Áreas de Atendimento Especializado 1 P
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SUMÁRIO
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5- CONCLUSÃO................................................................................................ 26
REFERÊNCIAS ................................................................................................. 28
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NOSSA HISTÓRIA
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1- ENTENDENDO CONCEITOS IMPORTANTES
CARACTERÍSTICAS
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É importante saber que os limites entre deficiência mental propriamente dita e
outras categorias, como a de atraso evolutivo ou dificuldades gerais de aprendizagem,
não são marcantes, nítidos; são fronteiras móveis e mal definidas, de modo que apenas o
desenvolvimento da pessoa e sua resposta à intervenção educativa permite, com o tempo,
discernir a deficiência mental permanente de outros possíveis atrasos e/ou dificuldades
de caráter transitório ou menos generalizado. A deficiência mental constitui uma condição
permanente, embora não imutável. Por isso é correto incluir a deficiência mental na seção
das necessidades educativas especiais de caráter permanente, ainda que o desafio do
educador consista justamente em tratar de mudar para melhor o grau da capacidade
deficiente do educando.
As pessoas com deficiência mental apresentam tipicamente outros traços além de
sua limitação intelectual. Seguramente, o traço mais visível nessas pessoas é a rigidez
comportamental. Os sujeitos com deficiência são capazes de permanecer muito mais
tempo que outras pessoas em uma determinada tarefa, por mais repetitiva que seja. Eles
gostam da repetição da rotina. Esta conduta coloca-os em boa posição para os postos de
trabalho, mas não os favorece em seu desenvolvimento pessoal. Os educadores devem
introduzir a novidade em doses razoáveis, que possam ser aceitas por um indivíduo
concreto sem perturbar seu equilíbrio emocional.
A pessoa com deficiência costuma ter uma grande dependência afetiva e
comportamental com relação a outras pessoas. Assim, são muito dependentes em seu
comportamento e em suas relações como também em seus afetos, nos diversos aspectos
de sua vida e de sua conduta. Uma pessoa com déficit cognitivo tem uma particular
dificuldade para desenvolver comportamentos auto-referidos, relativos a si mesmo, e que
implicam uma “reflexão” pelo menos física, corporal, mas sobretudo mental: auto-
observar-se, autoconhecer-se e cultivar a autoconsciência. A pessoa com deficiência
mental tem dificuldades especiais em adquirir conhecimentos. Suas dificuldades parecem
ter a ver com todos os processos cognitivos e os parâmetros de inteligência.
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sujeitos com deficiência supõe-se que há déficits não apenas nas destrezas
e nos saberes prévios, mas também nas estratégias (FIERRO, 2004, p. 195).
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a) Apoio Intermitente: utilizado esporadicamente, quando necessário, em
fases de mudanças bruscas na vida da pessoa e/ou situações específicas de
aprendizagem, como, por exemplo, no ingresso do aluno da classe regular.
b) Apoio Limitado: oferecido por tempo limitado: reforço pedagógico
para determinado conteúdo, treinamentos para ingressar no mercado de
trabalho.
c) Apoio Extensivo: oferecido de forma periódica e regular, podendo se
estender sem limitação de tempo para determinados ambientes, por
exemplo, atendimento do professor itinerante na escola ou na sala de
recursos, suporte do gerente do trabalho, ou outros especialistas, para
adaptação no campo profissional.
d) Apoio pervasivo ou generalizado: para indivíduos com maior grau de
comprometimento; é constante, intenso, disponibilizado em todos os
ambientes durante toda a vida; em geral são realizados por uma equipe
multiprofissional (GLAT, 2007. p. 86)
2- A PRÁTICA PEDAGÓGICA
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e o reconhecimento de que ensinar uma turma é, na verdade, trabalhar com um grande
grupo e com todas as possibilidades de subdividi-lo. Dessa forma, nas subdivisões de
turma, os alunos com deficiência mental trabalham em qualquer grupo de colegas, sem
formar um grupo à parte. Na escola regular, o conhecimento que é construído pelo aluno
é necessário e exigido socialmente.
No atendimento educacional especializado, o aluno constrói o conhecimento para
ele mesmo, o que é fundamental para que consiga alcançar o conhecimento acadêmico,
pois ele não depende de uma avaliação externa, calcada na evolução do conhecimento
acadêmico, mas de novos parâmetros relativos às suas conquistas diante do desafio da
construção do conhecimento. O atendimento especializado e a escola comum deverão
acontecer concomitantemente., pois um beneficia o outro. São as necessidades de cada
aluno que definirão o tempo a ser destinado ao atendimento especializado e este deverá
acontecer sempre em horário oposto ao das aulas do ensino regular. Glat (2007) enfatiza
que os alunos com deficiência mental só se beneficiarão do ensino regular se forem feitas
adaptações curriculares e de acessibilidade.
O projeto político pedagógico da escola deverá contemplar este atendimento bem
como a avaliação individual do aluno. Como sugestões metodológicas para o trabalho
com alunos com NEE sugere-se o sistema de tutoria por pares, no qual um aluno mais
adiantado auxilia o colega que ainda está elaborando o conceito. Uma outra sugestão são
os cantinhos de arte, teatro, leitura, que possibilitam o trabalho diversificado em
individual ou em grupos. O jogo também é uma alternativa metodológica interessante
pois possibilita a construção do conhecimento através do lúdico.
Stainback e Stainback apud Glat (2007) diz que, ao receber alunos com NEE em
suas classes as escolas deverão analisar algumas questões tais como:
de que maneira todos os alunos poderão participar da aula proposta? Há
necessidade de apoio e adaptações? Caso positivo, como fazê-las para
plena participação do aluno com deficiência mental? Quais são os objetivos
prioritários para a aprendizagem; ou seja, quais são as atitudes, habilidades
e conteúdos que devem ser priorizados no processo de construção de
conhecimento do aluno? Que expectativas deve ter o professor diante da
resolução ou realização das atividades planejadas e propostas para o aluno
com deficiência mental? (GLAT, 2007, p. 88).
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percorridos por todos os seus alunos, tenham eles uma necessidade educacional especial
ou não.
2.1- SURDEZ
CARACTERÍSTICAS GERAIS
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Especiais de Alunos Surdos, apresenta os graus de perda auditiva que podem ser
encontradas (BRASIL, 2006, p. 17):
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língua falada, outros a língua de sinais e outros, ainda, o método
combinado. Em 1880, no Congresso Mundial de Professores de Surdos
(Milão - Itália) chegou-se à conclusão de que os surdos deveriam ser
ensinados pelo método oral puro, sendo proibida a utilização da língua de
sinais. A partir daí, a opressão de mais de um século a que os surdos foram
submetidos, sendo proibidos de utilizar sua língua e obrigados a
comportarem-se como ouvintes, trouxe uma série de consequências sociais
e educacionais negativas (BRASIL, 2006, p. 67).
Glat (2007) diz que diante dessa constatação, a inadequação do sistema de ensino
e o despreparo do professor para implementar ações apropriadas junto a esse alunado
passam a ser pontos a ser considerados. Pois, se os alunos surdos apresentam capacidades
cognitivas similares aos ouvintes, por que uns desenvolvem menos habilidades
acadêmicas? Será devido à sua dificuldade de comunicação verbal? Ou o tipo de ensino
que lhes têm sido oferecido? Como atender os alunos surdos numa concepção de
educação inclusiva? Trataremos abaixo das abordagens comunicativas mais utilizadas no
trabalho com surdos.
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Para contribuir com esta discussão o texto do MEC (2006) apresenta algumas
diretrizes para esse trabalho, com base no paradigma da educação inclusiva.
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lógico e sociabilização, como cantinho de jogos ou artes, espaço da leitura
e espaço da dança.
Fazer síntese e resumir conclusões para favorecer a apreensão das
informações abordadas verbalmente.
Empregar glossários ou listas de palavras que estarão incluídas na
atividade desenvolvida e anexá-las em um mural visível a todos na sala.
Alternar atividades verbais com as motoras (brincadeiras e danças),
diminuindo, assim, o cansaço causado pela atenção visual constante do
aluno.
Utilizar vocabulário e comandos simples e claros nos exercícios;
Modificar o vocabulário, os comandos, as instruções, as questões,
principalmente na hora das avaliações;
Dar-lhe oportunidades para ler, escrever no quadro, levar recado para
outros professores e colegas, certificar-se de que ele participa das
atividades extra-classe, etc.
É importante também atentar para o fato de que embora sabendo ler ( ver o
significante, a letra). Os alunos surdos muitas vezes não entendem o significado daquilo
que leram, sendo necessário “traduzir”, trocar ou simplificar a forma da mensagem
(GLAT, 2006, p. 108). Quanto à interação entre alunos:
O trabalho com surdez deve ser desenvolvido em um espaço que utilize a Língua
de Sinais e a Língua Portuguesa. Neste tipo de atendimento destacam-se três momentos
distintos:
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preferencialmente surdo. Esse trabalho é realizado todos os dias, e destina-
se aos alunos com surdez.
momento de atendimento educacional especializado para o ensino de
Libras na escola comum, no qual os alunos com surdez terão aulas de
Libras, favorecendo o conhecimento e a aquisição de termos
científicos.Este trabalho é realizado pelo professor e/ou instrutor de Libras
( preferencialmente surdo), de acordo com o desenvolvimento da Língua
de Sinais em que o aluno se encontra. O atendimento deve ser planejado a
partir do diagnóstico do conhecimento que o aluno tem a respeito da Língua
de Sinais.
Momento do atendimento educacional especializado para o ensino de
Língua Portuguesa, no qual serão trabalhadas as especificidades dessa
língua para pessoas com surdez. Este trabalho é realizado todos os dias para
os alunos com surdez, à parte das aulas da turma comum, por uma
professora de Língua Portuguesa, graduada nesta área, preferencialmente.
O atendimento deve ser planejado a partir do diagnóstico do conhecimento
que o aluno tem a respeito da Língua Portuguesa (BRASIL, 2007).
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Para facilitar o trabalho com alunos com deficiência física, faz-se necessário que
os profissionais que atuam em seu processo pedagógico conheçam a diversidade e a
complexidade dos diferentes tipos de deficiência física. Esse conhecimento é necessário
ao docente para ajudá-lo a elaborar estratégias de ensino de forma a desenvolver
programas pedagógicos que focalizem o potencial dos alunos e não suas limitações.
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Neste contexto, atitudes de não aceitação dos grupos sociais e das famílias, muitas
vezes levam a pessoa com deficiência a assumir posturas indesejáveis e excludentes como
o isolamento, colaborando assim, para dificultar a sua inclusão no ambiente escolar.
Segundo texto do MEC (2006) grande parte das crianças que têm deficiências
físicas é beneficiada com somente algumas modificações no ambiente físico, nos
materiais e equipamentos utilizados para a atividade escolar.
Wilson (2006) sugere algumas adequações que são comumente mais necessárias,
as quais passaremos a descrever.
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3.1.2- MODIFICAÇÕES NA SALA DE AULA
1. forrar a carteira com papel, prendendo-o com fita adesiva, de forma a
facilitar a escrita para as crianças que apresentem dificuldades de
coordenação motora, espasticidade.
2. colocar canaletas de madeira ou de PVC cortado ao meio, em volta da
carteira, para evitar que os lápis caiam no chão.
3. providenciar suportes para livros.
4. providenciar vira-páginas mecânico
5. providenciar assentos giratórios nas carteiras, para facilitar o movimento
de levantar e de sentar.
6. providenciar descanso para os pés.
7. providenciar extensões adicionais com dobradiças em carteiras, para
crianças que têm pouco equilíbrio para permanecer sentadas.
8. aumentar o calibre do lápis, enrolando-o com fita crepe, cadarço ou ainda
espuma, para facilitar a preensão.
9. providenciar equipamentos como cadeiras ajustáveis, mesas que podem
ser erguidas, estabilizadores, mesas talhadas, enfim, mobília que atenda
problemas específicos de levantar e sentar.
10. providenciar ajudas técnicas conforme as necessidades dos alunos.
Como com qualquer outro aluno, o professor deverá estar atento ao processo de
ensino e aprendizagem, para identificar as necessidades peculiares do aluno com
deficiência física. Crianças com lesões cerebrais às vezes apresentam dificuldades nas
funções perceptuais, tais como discriminar cor, forma, número, tamanho, natureza e
semelhança de objetos. Neste caso, deve-se acrescentar objetivos educacionais para esse
aluno em particular, com os correspondentes conteúdos de estimulação psicomotora.
Crianças que apresentem dificuldades de apreensão de conceitos podem ser
auxiliadas nesse processo se o professor planejar o ensino organizando objetos em
categorias, enfatizando os aspectos e/ou itens relevantes em um contexto, privilegiando
experiências concretas antes de proceder ao estágio abstrato do trato dos símbolos
numéricos, por exemplo.
Auxílios sinestésicos, tais como números para recortar, ou de lixa, que
podem ser percebidos pelo tato, podem também ser bons auxiliares do
ensino. Pode-se usar cores para fazer sobressair às configurações e auxiliar,
assim, a percepção dos objetos e textos (WILSON,2006).
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integração íntima com a vida da escola; estimulação de interesses e
orientação à criatividade nas atividades de recreação; estimulação da
iniciativa e da capacidade de liderança do aluno; estimular a experiência da
vida na comunidade; estimular a ampla utilização das bibliotecas públicas
e da escola (WILSON,2006).
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Uso de comunicação aumentativa e alternativa, para atender as necessidades
dos educandos com dificuldades de fala e de escrita.
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Baixa Visão é a alteração da capacidade funcional da visão, decorrente de
inúmeros fatores isolados ou associados, tais como: Baixa acuidade visual
significativa, redução importante do campo visual, alterações corticais e/ou
sensibilidade aos contrastes, que interferem ou que limitam o desempenho
visual do indivíduo. A perda da função visual pode se dar em nível severo,
moderado ou leve, podendo ser influenciada também por fatores
ambientais inadequados. Cegueira é a perda total da visão, até a ausência
de projeção de luz. Do ponto de vista educacional, deve-se evitar o conceito
de cegueira legal ( acuidade visual igual ou menor que 20/200 ou campo
visual inferior a 20º no menor olho), utilizada apenas para fins sociais, pois
não revelam o potencial visual útil para a execução de tarefas (BRASIL,
2006, p. 16).
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A baixa visão muitas vezes passa despercebida aos pais, manifestando-se com
frequência, no momento em que aumentam, na escola, os níveis de exigência quanto ao
desempenho visual da criança, para perto.
A detecção precoce de quaisquer problemas pode constituir fator decisivo no
desenvolvimento global da criança, desde que sejam propiciadas condições adequadas de
estimulação.
Em todas as situações escolares, a professora tem, normalmente, oportunidade de
observar sinais, sintomas, posturas e condutas do aluno, que indicam a necessidade de
encaminhamento a um exame clínico apurado.
Canejo apud Glat (2007) afirma que com atendimento educacional adequado e
acesso a programas e serviços especializados de reabilitação, a falta, perda ou diminuição
acentuada da visão, não significa a impossibilidade de uma vida independente, plena e
produtiva.
Oferecendo-lhe os meios necessários para o desenvolvimento de sua autonomia e
independência, a escolarização da pessoa cega é viável em todos os níveis.
Dentre os sintomas que a professora deve observar, temos:
Sintomas:
tonturas, náuseas, dor de cabeça;
sensibilidade excessiva à luz ( fotofobia);
visão dupla e embaçada.
Condutas do Aluno:
aperta e esfrega os olhos;
irritação, olhos avermelhados e/ou lacrimejantes;
pálpebras com as bordas avermelhadas ou inchadas;
purgações e terçóis;
estrabismo;
sintagma ( olhos em constante oscilação);
piscar excessivamente;
crosta presente na área de implante dos cílios;
franzimento da testa ou piscar contínuo, para fixar perto ou longe;
dificuldade para seguimento de objeto;
cautela excessiva ao andar;
tropeço e quedas frequentes;
desatenção e falta de interesse;
inquietação e irritabilidade;
dificuldade para leitura e escrita;
aproximação excessiva do objeto que está sendo visto;
postura inadequada;
fadiga ao esforço visual (BRASIL, 2006).
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especialista a fim de traçar estratégias de ensino que melhor se adequem à realidade do
aluno atendido.
Em relação à educação escolar do aluno de baixa visão, Glat (2007) nos diz que é
fundamental que o professor tenha conhecimento de como a criança vê, sendo
imprescindível a orientação por um oftalmologista especialista. A partir desta avaliação
é que se poderá traçar o planejamento da aprendizagem e definir as ampliações
necessárias, tipo de letra e corpo, os contrastes que podem ser feitos, estabelecendo-se
estratégias pedagógicas de estimulação da visão residual.
O resíduo visual precisa sempre ser estimulado e este é um processo que não se
dá apenas no âmbito dos serviços de estimulação e reabilitação, mas também por meio
das atividades de sala de aula. Quanto mais a criança for estimulada a ver, por meio de
materiais e recursos adequados, mais ela terá domínio de seu potencial de visão.
ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS
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Motivar o aluno a construir as imagens mentais a partir da experiência
concreta com os objetos para a representação tridimensional e a
representação simbólica;
Ajudar o aluno a compreender suas reais alterações de campo visual, as
dificuldades com escotoma (ponto cego), buscando o melhor
posicionamento de cabeça ou do material que favoreça melhor desempenho
visual.
ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS
ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS
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da cicatriz macular. Recomendam-se os mesmos procedimentos pedagógicos da atrofia
óptica, pois o funcionamento visual é semelhante.
Deve-se considerar que nas alterações maculares importantes, a discriminação de
figuras complexas como de animais torna-se difícil. Embora o aluno apresente nível
gráfico elementar, o professor pode e deve oferecer materiais simbólicos como letras e
outros. A cópia da lousa é bastante difícil em virtude de, a distância, a visão ficar
prejudicada, ou apresentar escotomas no campo visual.
O professor deve ajudar o aluno a buscar a melhor posição e distância para facilitar
a cópia da lousa, além de organizar o campo gráfico da lousa em relação à necessidade
do aluno.
O aluno que teve a catarata operada precocemente e com boa correção óptica
dificilmente necessitará de ajudas adicionais. Nos casos de altas correções ópticas, há
necessidade de grande aproximação do material a ser lido, o que pode acarretar cansaço
e estresse na leitura.
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É importante investigar com o aluno e o médico, se uma correção óptica de menor
dioptria com adição manual não favorece o processo de leitura e escrita. Nas cataratas
não operadas, lupas iluminadas e controle de iluminação no ambiente com luminárias de
foco dirigíveis podem melhorar o desempenho visual.
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regulares, com apoio ou não de salas de recursos e professores itinerantes, entretanto, nas
escolas onde o processo de inclusão já segue mais adiantado, esses alunos são
matriculados diretamente na classe comum, sendo alfabetizados, paralelamente no
sistema Braille, na sala de recursos.
Entretanto:
não há ainda divulgação de pesquisas longitudinais que comparem essas
duas formas de alfabetização para crianças cegas, ficando a decisão do
momento de inclusão na turma regular mais ao nível da opinião da equipe
da escola e/ou viabilidade de recursos e ainda da decisão da família, que
sempre deve ser ouvida. Por isso consideramos bastante oportuno o
desenvolvimento de estudos focados na alfabetização de crianças cegas
através das tecnologias da informação e comunicação, como por exemplo,
o uso de um programa de alfabetização com recurso de voz sintetizada, o
que permitiria verificar a adequação de alfabetizar a criança cega pela
oralidade, ou seja, com base no desenvolvimento da consciência fonológica
(GLAT, 2007, p. 129).
Após estar alfabetizada, a criança deve frequentar o ensino regular contando com
o apoio dos Centros de Atendimento Especializado e do professor itinerante cuja função
é fornecer material em Braille ou ampliado, material em alto relevo e quaisquer outras
adaptações que se fizerem necessárias. Desta forma o aluno, dotado dos recursos
necessários à sua aprendizagem deverá ser integrado totalmente pelo professor nas
atividades rotineiras de sala de aula.
5- CONCLUSÃO
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O desafio implica numa nova visão de necessidades educacionais especiais que,
além das dos alunos, traduzem-se por necessidades das escolas, dos professores e de todos
os recursos humanos que nela trabalham.
Ainda parafraseando Carvalho (2005) podemos concluir que a grande questão
parece ser: como planejar e desenvolver práticas pedagógicas verdadeiramente inclusivas,
de modo a atender a todos e a cada um, valorizando o trabalho na diversidade, entendida
como um recurso e não um obstáculo? O que nos falta para desenvolver práticas
pedagógicas? O conceito de inclusão é bastante sutil porque, segundo Carvalho (2005) é
um processo e não um estado, porque a movimentação física de alunos para que estejam
presentes na classe comum não garante que estejam integrados com seus colegas e
aprendendo e participando. Podemos estar presentes e excluídos.
Para que a inclusão realmente aconteça é preciso vontade política, gerenciamento
e lideranças competentes e convencidas, além de professores qualificados em sua
formação inicial e continuada. Este trabalho teve como objetivo mostrar, de forma
simples e objetiva, como deve ser feito o trabalho com alunos com as mais variadas
deficiências que se apresentam no ensino regular. Esperamos contribuir e facilitar o
trabalho do professor do ensino regular que recebe alunos com as mais variadas
deficiências e não encontra subsídios para desenvolver seu trabalho.
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Click e Assista
https://www.youtube.com/watch?v=w8EDNWyJKg0
https://www.youtube.com/watch?v=ZA3vVnvf_uM
REFERÊNCIAS
GLAT, Rosana (org) Educação Inclusiva: cultura e cotidiano escolar. Rio de Janeiro: 7 letras,
2007. MARTINS, José de Souza. Exclusão social e a nova desigualdade. São Paulo: Paulus, 1997.
PATTO, Maria Helena Souza, in MARTINS, José de Souza. Exclusão social e a nova
desigualdade. São Paulo: Paulus, 1997.
RODRIGUES, Davi; KREBS, Ruy; FREITAS, Soraia (orgs) Educação Inclusiva e Necessidades
Educacionais Especiais. Santa Maria, Ed. UFSM, 2005. p. 277.
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SILVA, Adilson Florentino da. A inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais
especiais: deficiência física. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial,
2006.
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