Renascimento
Renascimento
Renascimento
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................1
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................................2
4. CONCLUSÃO.....................................................................................................................5
5. BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................6
1. INTRODUÇÃO
Embora ele não tenha escrito uma teologia do Antigo Testamento, estabeleceu os princípios
básicos e o método pelos quais seria possível escrever uma teologia bíblica e uma teologia do Antigo
Testamento. Gabler era racionalista e provavelmente estava irritado com o que considerava uma força
repressora que a igreja exercia sobre a exegese e sobre a interpretação das Escrituras.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Na Idade Média os estudiosos ensinavam que toda passagem das Escrituras tinha quatro
significados: literal ou histórico; alegórico ou teológico aquilo em que devemos crer; moral ou
tropológico o que devemos fazer; e espiritual ou anagógico para onde estamos nos dirigindo. Pode-se
ver um exemplo dos quatro significados nos vários sentidos atribuídos à palavra “maná”. Literalmente,
maná era o alimento que Deus fornecia de modo miraculoso para os israelitas no deserto.
Alegoricamente, era o sacramento bendito na eucaristia. Tropologicamente, era a substância espiritual
diária da alma mediante o Espírito de Deus que nela habita. E anagogicamente, ele se tomou o
alimento das almas benditas no céu a “visão beatífica” e a união perfeita com Cristo. Essa era a
situação na igreja romana desde cerca de 800 até 1500. Esse tipo de hermenêutica não podia produzir
uma teologia do Antigo Testamento.
E então em apenas uma geração ocorreram duas guerras mundiais, com toda sua destruição,
devastação, crueldade, ódio e alienação. A confiança no progresso inevitável e na bondade e
capacidade inerentes à humanidade foi esmagada. As pessoas começaram a buscar uma fonte de força
e uma palavra de orientação fora de si mesmas. Algumas encontraram essa força e orientação na
Palavra de Deus.
Uma razão para o interesse renovado no Antigo Testamento depois da Primeira Guerra
Mundial foi o fato de que muitos teólogos e políticos na Alemanha começaram a atacar o Antigo
Testamento como parte de uma campanha de anti- semitismo. Durante os últimos anos da década de
1920 e especialmente na década seguinte, a luta na Alemanha concentrou-se no Antigo Testamento e
começou a provocar pensamentos radicais sobre sua natureza e importância.
A Era da Razão foi uma consequência da Renascença e da Reforma. Os cruzados tinham
redescoberto os clássicos gregos na ciência e na filosofia. Os pioneiros da ciência moderna,
orientando-se a partir dos antigos clássicos gregos, começaram a desafiar as teorias tradicionais acerca
do universo. Copémico (1473-1543) insistiu que o sol, não a terra, era o centro do universo; e Sir Isaac
Newton (1642-1727) via o mundo como uma máquina movida por leis naturais. Os deístas ingleses,
tais como Lord Herbert de Cherbury e Thomas Hobbes (1588-1679), não negavam a existência de
Deus, mas excluíram da história e da natureza a revelação, os milagres e o sobrenatural.
Jesus falou com autoridade, originalidade, novidade e liberdade ao lidar com as Escrituras do
Antigo Testamento. Ele se colocou acima delas; não considerava o Antigo Testamento completo ou a
última palavra de Deus, mas aceitava-o como as primeiras palavras de Deus. Jesus disse: “Não penseis
que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir” (Mt 5.17).
Em 1538 um estudioso judeu, Elias Levita, desafiou essa visão e sustentou que os pontos
vocálicos não faziam parte dos textos hebraicos originais. Johann Buxtorf e seu filho, da Universidade
de Basiléia, debateram duramente por muito tempo para defender a visão ortodoxa, mas no final
perderam a causa. Sabemos agora a partir de descobertas como a dos manuscritos do Mar Morto que o
texto hebraico original não tinham sinais vocálicos. Estes foram inventados pelos massoretas entre 500
e 800 d.C.
Para os católicos, o “argumento a partir das Escrituras” começou pouco tempo depois de 1500,
na época do Concílio de Trento. Começou principalmente como uma resposta à controvérsia com os
protestantes ou nas controvérsias entre jesuítas e dominicanos. Joseph Blenkinsopp deu a entender que
uma das razões pelas quais a Bíblia foi dividida em versículos nesse período foi “o propósito de
fornecer munição rápida para fins de controvérsia”.
Além de Lutero e Calvino, outros grupos desafiaram a visão tradicional das Escrituras,
incluindo os anabatistas e socinianos. Os anabatistas em geral rejeitavam o Antigo Testamento como
autoridade para os cristãos, alegando que ele era um livro destinado apenas para os judeus.
Acreditavam também que o Antigo Testamento não contém nenhuma crença em imortalidade do
indivíduo." Os socinianos admitiam o caráter divino do Antigo Testamento, mas sustentavam que
agora ele era apenas de interesse histórico e não essencial para a doutrina cristã.
Se a semente do interesse na teologia bíblica pode ser vista nas obras dos que usaram textos-
prova para sustentar a doutrina ortodoxa, ela foi nutrida pelos que usaram textos-prova para criticar a
ortodoxia. O método de textos-prova nunca poderia produzir uma verdadeira teologia do Antigo
Testamento. A teologia do Antigo Testamento é basicamente uma disciplina histórica e descritiva. Só
depois da descoberta dos princípios histórico-gramaticais de interpretação é que poderia ser escrita
uma verdadeira teologia do Antigo Testamento. Isso não ocorreu até a Era da Razão.
Desta feita, concluiu-se a principal causa da mudança na teologia e nos estudos bíblicos foi a
“precipitação radioativa” da Primeira Guerra Mundial. Antes de 1917, a atitude que prevalecia no
mundo ocidental era de confiança no progresso inevitável. As pessoas podiam erguer-se por seus
próprios esforços de qualquer crise e transformá-la em meio para alcançar um padrão mais elevado de
vida.
Portanto, em apenas uma geração ocorreram duas guerras mundiais, com toda sua destruição,
devastação, crueldade, ódio e alienação. A confiança no progresso inevitável e na bondade e
capacidade inerentes à humanidade foi esmagada. As pessoas começaram a buscar uma fonte de força
e uma palavra de orientação fora de si mesmas. Algumas encontraram essa força e orientação na
Palavra de Deus.
4. BIBLIOGRAFIA
Stamm, Johann Jakob e Maurice Edward A. The Ten Commandments in Recent Research.
London: SCM, 1967.
Aristóteles. Natural Science, Psychology, The Nicomachean Ethics, traduzido por Philip
Wheelwright. New York: The Odyssey Press, 193 (Ciência Natural, Psicologia e Ética a
Nicômaco).
Biblical Theology." IDBS. New York: Abingdon, 1976: 104-111.
The Image of God." BJRL 51(1968): 11-26.
Westcott, B. F. The Epistle to the Hebrews. London: Macmillan, 1899.