Renascimento

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................1

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................................2

3. O REAVIVAMENTO DA TEOLOGIA DO ANTIGO TESTAMENTO..........................2

4. CONCLUSÃO.....................................................................................................................5

5. BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................6
1. INTRODUÇÃO

A presente pesquisa, aborda sobre o renascimento da Teologia do Antigo Testamento de


realçar que a história da teologia do Antigo Testamento é longa, fascinante e sinuosa. Embora essa
disciplina em sua forma moderna mal tenha 200 anos, suas raízes remontam ao próprio Antigo
Testamento. Muitos estudiosos do Antigo Testamento datam o início do estudo moderno da teologia
do Antigo Testamento com a palestra inaugural de Johann Philipp Gabler na Universidade de Altdorf
em 1787.' Até a época de Gabler a igreja não fazia distinção entre teologia dogmática e teologia
bíblica ou entre teologia do Novo Testamento e teologia do Antigo Testamento. Gabler pensava que se
deviam fazer essas distinções.

Embora ele não tenha escrito uma teologia do Antigo Testamento, estabeleceu os princípios
básicos e o método pelos quais seria possível escrever uma teologia bíblica e uma teologia do Antigo
Testamento. Gabler era racionalista e provavelmente estava irritado com o que considerava uma força
repressora que a igreja exercia sobre a exegese e sobre a interpretação das Escrituras.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Na Idade Média os estudiosos ensinavam que toda passagem das Escrituras tinha quatro
significados: literal ou histórico; alegórico ou teológico aquilo em que devemos crer; moral ou
tropológico o que devemos fazer; e espiritual ou anagógico para onde estamos nos dirigindo. Pode-se
ver um exemplo dos quatro significados nos vários sentidos atribuídos à palavra “maná”. Literalmente,
maná era o alimento que Deus fornecia de modo miraculoso para os israelitas no deserto.
Alegoricamente, era o sacramento bendito na eucaristia. Tropologicamente, era a substância espiritual
diária da alma mediante o Espírito de Deus que nela habita. E anagogicamente, ele se tomou o
alimento das almas benditas no céu a “visão beatífica” e a união perfeita com Cristo. Essa era a
situação na igreja romana desde cerca de 800 até 1500. Esse tipo de hermenêutica não podia produzir
uma teologia do Antigo Testamento.

A longa e escura noite do período medieval terminou com o início da Renascença. A


Renascença começou provavelmente na Itália pouco depois de 1300 como um avivamento do
aprendizado acerca de artes, ciências e literatura clássica do mundo antigo grego e latino. Espalhou-se
para outros países durante os séculos subsequentes (1400 a 1600) e marcou a transição do mundo
medieval para o moderno.

2.1- O reavivamento da teologia do Antigo Testamento

O que causou essa súbita mudança na teologia do Antigo Testamento?

O que a trouxe de volta à vida?

A principal causa da mudança na teologia e nos estudos bíblicos foi a “precipitação


radioativa” da Primeira Guerra Mundial. Antes de 1917, a atitude que prevalecia no mundo ocidental
era de confiança no progresso inevitável. As pessoas podiam erguer-se por seus próprios esforços de
qualquer crise e transformá-la em meio para alcançar um padrão mais elevado de vida.

E então em apenas uma geração ocorreram duas guerras mundiais, com toda sua destruição,
devastação, crueldade, ódio e alienação. A confiança no progresso inevitável e na bondade e
capacidade inerentes à humanidade foi esmagada. As pessoas começaram a buscar uma fonte de força
e uma palavra de orientação fora de si mesmas. Algumas encontraram essa força e orientação na
Palavra de Deus.

Uma razão para o interesse renovado no Antigo Testamento depois da Primeira Guerra
Mundial foi o fato de que muitos teólogos e políticos na Alemanha começaram a atacar o Antigo
Testamento como parte de uma campanha de anti- semitismo. Durante os últimos anos da década de
1920 e especialmente na década seguinte, a luta na Alemanha concentrou-se no Antigo Testamento e
começou a provocar pensamentos radicais sobre sua natureza e importância.
A Era da Razão foi uma consequência da Renascença e da Reforma. Os cruzados tinham
redescoberto os clássicos gregos na ciência e na filosofia. Os pioneiros da ciência moderna,
orientando-se a partir dos antigos clássicos gregos, começaram a desafiar as teorias tradicionais acerca
do universo. Copémico (1473-1543) insistiu que o sol, não a terra, era o centro do universo; e Sir Isaac
Newton (1642-1727) via o mundo como uma máquina movida por leis naturais. Os deístas ingleses,
tais como Lord Herbert de Cherbury e Thomas Hobbes (1588-1679), não negavam a existência de
Deus, mas excluíram da história e da natureza a revelação, os milagres e o sobrenatural.

Uma característica distintiva da Renascença foi a redescoberta do valor e da individualidade


das pessoas. Na Idade Média o indivíduo era um dente de engrenagem na maquinaria da humanidade.
Reventlow conta que, para alguns, a Renascença foi o clímax na história do espírito humano. Trazido
à vida pela redescoberta da antiguidade, a Renascença encontrou as forças do novo individualismo em
toda parte na política, na arte e na educação. Fluiu o entusiasmo por estética, liberdade de pensamento,
seriedade moral, paixão desenfreada, desejo de vingança sangrenta e ascetismo tudo junto, numa
justaposição inimitável. Podemos também encontrar nessas atitudes o germe de uma alienação
firmemente arraigada da religião tradicional.

Jesus falou com autoridade, originalidade, novidade e liberdade ao lidar com as Escrituras do
Antigo Testamento. Ele se colocou acima delas; não considerava o Antigo Testamento completo ou a
última palavra de Deus, mas aceitava-o como as primeiras palavras de Deus. Jesus disse: “Não penseis
que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir” (Mt 5.17).

Um período de escolasticismo protestante veio imediatamente após a Reforma. Em seus


vigorosos debates com os católicos romanos, os protestantes desenvolveram um autoritarismo tão
rígido quanto o da igreja romana, com a única diferença de que os protestantes tinham na Bíblia a sua
autoridade final. Contestavam com firmeza qualquer pessoa ou movimento que desafiasse sua visão
das Escrituras, chegando até mesmo a alegar que toda palavra e toda letra do texto original era
inspirada incluindo os pontos vocálicos do hebraico.

Em 1538 um estudioso judeu, Elias Levita, desafiou essa visão e sustentou que os pontos
vocálicos não faziam parte dos textos hebraicos originais. Johann Buxtorf e seu filho, da Universidade
de Basiléia, debateram duramente por muito tempo para defender a visão ortodoxa, mas no final
perderam a causa. Sabemos agora a partir de descobertas como a dos manuscritos do Mar Morto que o
texto hebraico original não tinham sinais vocálicos. Estes foram inventados pelos massoretas entre 500
e 800 d.C.

Para os católicos, o “argumento a partir das Escrituras” começou pouco tempo depois de 1500,
na época do Concílio de Trento. Começou principalmente como uma resposta à controvérsia com os
protestantes ou nas controvérsias entre jesuítas e dominicanos. Joseph Blenkinsopp deu a entender que
uma das razões pelas quais a Bíblia foi dividida em versículos nesse período foi “o propósito de
fornecer munição rápida para fins de controvérsia”.

Além de Lutero e Calvino, outros grupos desafiaram a visão tradicional das Escrituras,
incluindo os anabatistas e socinianos. Os anabatistas em geral rejeitavam o Antigo Testamento como
autoridade para os cristãos, alegando que ele era um livro destinado apenas para os judeus.
Acreditavam também que o Antigo Testamento não contém nenhuma crença em imortalidade do
indivíduo." Os socinianos admitiam o caráter divino do Antigo Testamento, mas sustentavam que
agora ele era apenas de interesse histórico e não essencial para a doutrina cristã.

Os anabatistas e socinianos foram os primeiros de muitos a tentar romper com a tradição em


direção a uma abordagem mais objetiva do Antigo Testamento um tratamento que conduz por fim à
verdadeira teologia do Antigo Testamento. Pouco depois de 1600 George Calixtus negou que o Antigo
Testamento contém a doutrina da trindade. Outros tentaram voltar à Bíblia como fonte principal de sua
teologia. Desses, os mais proeminentes foram Cocceius (1603-1669), líder dos pietistas, e G. C. Storr,
fundador da “Antiga Escola de Tübingen”.

Juntamente com esses homens e movimentos, as universidades se tornaram centros para


publicação de textos-prova (dieta probaníia) extraídos de todas as partes da Bíblia para sustentar a
doutrina ortodoxa. Dentan disse que embora a maioria das obras escritas a partir desse ponto de vista
fosse inexpressiva e artificial no tratamento da Bíblia, esses livros “continham a semente do interesse a
partir do qual se devia desenvolver o estudo da teologia bíblica, e o último deles, um tratado por Cari
Haymann (1768), era de fato intitulado Biblische Theologie”.

2.2- A germinação e o crescimento da Teologia do Antigo Testamento

Se a semente do interesse na teologia bíblica pode ser vista nas obras dos que usaram textos-
prova para sustentar a doutrina ortodoxa, ela foi nutrida pelos que usaram textos-prova para criticar a
ortodoxia. O método de textos-prova nunca poderia produzir uma verdadeira teologia do Antigo
Testamento. A teologia do Antigo Testamento é basicamente uma disciplina histórica e descritiva. Só
depois da descoberta dos princípios histórico-gramaticais de interpretação é que poderia ser escrita
uma verdadeira teologia do Antigo Testamento. Isso não ocorreu até a Era da Razão.

A Era da Razão foi uma consequência da Renascença e da Reforma. Os cruzados tinham


redescoberto os clássicos gregos na ciência e na filosofia. Os pioneiros da ciência moderna,
orientando-se a partir dos antigos clássicos gregos, começaram a desafiar as teorias tradicionais acerca
do universo. Copémico (1473-1543) insistiu que o sol, não a terra, era o centro do universo; e Sir Isaac
Newton (1642-1727) via o mundo como uma máquina movida por leis naturais. Os deístas ingleses,
tais como Lord Herbert de Cherbury e Thomas Hobbes (1588-1679), não negavam a existência de
Deus, mas excluíram da história e da natureza a revelação, os milagres e o sobrenatural.
3. CONCLUSÃO

Desta feita, concluiu-se a principal causa da mudança na teologia e nos estudos bíblicos foi a
“precipitação radioativa” da Primeira Guerra Mundial. Antes de 1917, a atitude que prevalecia no
mundo ocidental era de confiança no progresso inevitável. As pessoas podiam erguer-se por seus
próprios esforços de qualquer crise e transformá-la em meio para alcançar um padrão mais elevado de
vida.

Portanto, em apenas uma geração ocorreram duas guerras mundiais, com toda sua destruição,
devastação, crueldade, ódio e alienação. A confiança no progresso inevitável e na bondade e
capacidade inerentes à humanidade foi esmagada. As pessoas começaram a buscar uma fonte de força
e uma palavra de orientação fora de si mesmas. Algumas encontraram essa força e orientação na
Palavra de Deus.
4. BIBLIOGRAFIA
 Stamm, Johann Jakob e Maurice Edward A. The Ten Commandments in Recent Research.
London: SCM, 1967.
 Aristóteles. Natural Science, Psychology, The Nicomachean Ethics, traduzido por Philip
Wheelwright. New York: The Odyssey Press, 193 (Ciência Natural, Psicologia e Ética a
Nicômaco).
 Biblical Theology." IDBS. New York: Abingdon, 1976: 104-111.
 The Image of God." BJRL 51(1968): 11-26.
 Westcott, B. F. The Epistle to the Hebrews. London: Macmillan, 1899.

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