Estagio Iv

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA

CENTRO DE HUMANIDADES
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
CURSO DE HISTÓRIA

DISCIPLINA: ESTAGIO SUPERVISIONADO V

PROF. MARIA DE FATIMA MORAIS PINHO

RELATORIO DA DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM HISTÓRIA V

FRANCISCO WESLEY BRANDÃO DE ARAUJO

Crato 2022
RESUMO

O estágio supervisionado no curso de licenciatura em História, tem por finalidade


proporcionar aos graduandos uma experiência com as escolas de ensino fundamental e médio,
dessa forma, proporcionando um período de vivência e observação não somente da prática da
docência, mas no cotidiano das escolas no geral, fazendo refletir sobre a realidade do sistema
educacional e os desafios e possibilidades da profissão docente. O trabalho em questão tem
como objetivo abordar um relato de experiência de estágio em Ensino Médio, sendo assim,
analisar e refletir a influência e importância dos estágios supervisionados na formação
docente. E, através disso, refletir o ensino de História dentro do estágio. O trabalho faz parte
do conteúdo programático da disciplina Estágio Supervisionado V, que tem como foco a
atuação do graduando no Ensino Médio, realizado no nono período do curso de Licenciatura
em História da Universidade Regional do Cariri – URCA. O período de abrangência do
estágio foi de 11 de outubro de 2022 à 24 de novembro do mesmo ano, realizado na Escola de
E.E.M Jose Alves de Figueiredo localizada em Crato, Ceará. Deste modo, cabe observar que a
prática do estágio se configura como importante instrumento no quesito de formação dos
futuros professores, propiciando novas experiências através da inserção nas salas de aula.

Palavras-chave: Salas de aula, Ensino de História, Formação docente.


INTRODUÇÃO

Para se ter um bom desenvolvimento profissional, novas experiências e uma


expectativa sobre um futuro, baseado em momentos vividos de aprendizagem, faz-se
necessário que aconteça a interação com o ambiente ao qual irá trabalhar/atuar, fortalecer e
pôr em prática aquilo que foi aprendido em sala de aula, viver o momento hodierno, o dia a
dia, ter o contato docente-docente como também docente-discente. Diante disso, essa
trajetória proporciona ao acadêmico uma boa formação não só na sua área de atuação, mas
também, pessoa e mental. Assim, é o estágio supervisionado é uma etapa do curso crucial
para o graduando.

Os universitários, através do estágio supervisionado, têm a oportunidade de


experimentar e viver um pouco daquilo que irão exercer no futuro. Observam, estudam,
buscam, vivem, ensinam, essa prática da docência estabelece um alto grau de aperfeiçoamento
para os alunos que estão em processo de preparo. Assim, os alunos se colocam como
professor e conseguem experimentar no dia a dia o que realmente é o sistema educacional e
suas formas de ser vivido. O aluno passa a analisar o ambiente ao qual se encontra, a
instituição, os professores, os estudantes, a forma de ensino, a sala de aula como um todo, as
maneiras de aprender, os métodos usados em sala de aula, as práticas pedagógicas, fazendo
com que o deixe mais reflexivo como docente e observador. De acordo com a Flávia Caimi
(2008,p.91)”o estágio implica uma leitura crítica, fundamentada num método e num
instrumental que envolvem saber observar, descrever, registrar, interpretar, problematizar,
teorizar e redimensionar a ação educativa.” Diante de tal contexto, mostra-se o qual
importância é a etapa do estágio supervisionado, ele não só propõe o exercício de observação,
como também, encaminha o acadêmico por uma estrada bem mais desenvolvida e preparada.
O ensino de História precisa ser organizado e analisado para que tais discussões sejam bem
vindas nos estágios. Assim, partiremos para o estágio que foi dado na Escola E.E.M José
Alves de Figueiredo, Crato, atividade que faz parte do Estágio Supervisionado V. O tempo de
estágio foi de meados do mês de outubro do ano de 2022 até o final do mês de novembro do
ano de 2022. O estágio abrangeu diversas atividades, dentre elas: pesquisas, propostas de
intervenção, planejamentos, métodos, brincadeiras, relatórios, resumos, observações
minuciosas, tudo que se é necessário para solucionar problemáticas e entender melhor a
dinâmica da instituição e o processo de aprendizagem, colocando em prática a teoria
educacional e os contrastes com a educação no ambiente escolar. As aulas foram monitoradas
com o auxílio dos livros e algumas gravuras sobre o conteúdo. Eram duas séries, 1º e 2º ano
do ensino médio, o 3º ano já estava em fase avaliativa e em preparação para os vestibulares.
Vale ressaltar que não foram aulas somente voltadas ao ensino do conteúdo, foram aulas
também voltadas ao desenvolvimento mental, social e econômica do aluno. Aulas as quais
ajudaram no trabalhar em equipe, pensar mais, analisar, ler em público, melhorarão psíquica e
principalmente, refletir sobre questões sociais. Tomemos como exemplo o assunto sobre o
período feudal, muitos questionaram o porquê de tantas discórdias, enquanto outros falaram
sobre os avanços sociais em relação aos comércios e as divisões de classes que tinha naquele
tempo. Diante disso, a experiência de estágio na formação de professores é fundamental para
a autonomia do acadêmico como professor, há uma ligação com o seu campo profissional,
uma responsabilidade com o meio de trabalho, uma vivência diferente do que costumam ter e
principalmente, uma porta de acesso à um processo formativo sobre quem realmente querem
ser e como querem ser.

REGÊNCIA E EXPERIENCIA

O estágio supervisionado é a etapa do curso onde o universitário tem um


período de investigar e observar tanto o docente quanto o discente em sua rotina de ensino e
sua rotina de aprendizado e conhecimento. Assim, o acadêmico desenvolve uma intimidade a
mais com a sala de aula e o meio o qual posteriormente irá trabalhar/estagiar, visualizando
habilidades e fitando conhecimentos. É indescritível esse período, pois é nele que há um
processo de formação profissional. O estágio funciona como uma visão do futuro, ali ele verá
por onde já passou na condição de aluno e por onde irá passar na condição de professor. Essa
fase traz consigo grandes experiências, tais como: contato aluno-professor, firmeza com o
próximo passo que dará em sua vida e principalmente, um momento de escolha sobre o real
futuro que deseja.

Espera-se que os profissionais hoje, além de estimulados e bem preparados, sejam


atualizados e conscientes de que sua formação é permanente. Sendo assim, é preciso
extrapolar a formação tradicional dos professores que se concentra em prepará-los no domínio
dos conteúdos, das técnicas e estratégias de ensino. A formação atual prevê um profissional
reflexivo, crítico envolvido em sua formação […] (FREITAS, 2004, P.35)
O estágio também proporciona uma imagem de fora (o aluno tem a oportunidade
de passar um tempo “vivendo” a vida fora de sala de aula e exteriorizando uma prática
diferente, antes mesmo de ser vivida. Com isso, o estagiário consegue colocar em ação
conhecimentos, métodos, formas, visões que ele tem guardada consigo mesmo. Assim, o
estágio de observação é crucial na formação do discente.

O presente relatório tem como objetivo descrever sobre análises e verificações


percebidas durante as aulas aplicadas três vezes na semana (terça, quarta e quinta), iniciadas
no mês de Outubro do ano de 2022 e com término no final do mês de Novembro do ano de
2022, na Escola Jose Alves de Figueiredo, localizada na periferia da cidade de Crato-CE, com
alunos dos primeiros anos, das turmas A, B e C e alunos dos segundos anos, das turmas A, B
e C. Pertencente à disciplina de Estágio Supervisionado V do curso de História.

No cotidiano dos educandos, o estágio tem como objetivo juntar teoria e


prática em uma só vivência, demonstrando diversas maneiras de aprender e ensinar conteúdo.
A sala de aula deve ser um ambiente que haja firmeza da parte do professor para com o aluno,
descontração entre as aulas (momentos de interagir, falar, interferir, dialogar), criatividade nas
atividades, métodos de aprender tal conteúdo e etc. Dessa forma, no estágio é que o ambiente
escolar seja uma conexão do professor com aluno, facilitando o conhecimento e inovando
maneiras de obter aprendizado.

O estudo “Preparing for Future Learning with a Tangible User Interface: The Case
of Neuroscience” (Preparando-se para a aprendizagem futura com uma interface
tangível para o usuário: o caso da neurociência), realizado pela Faculdade de
Educação de Stanford, nos Estados Unidos, conseguiu demonstrar que quando um
aprendizado tem início na prática, os resultados de aprendizagem podem ser mais
efetivos. Em uma experiência com 28 alunos de graduação que não haviam tido
nenhum contato prévio com conceitos de neurociência, eles foram divididos em
grupos para serem submetidos a duas metodologias de aula diferentes. Após
passarem por um teste de verificação sobre o que tinham aprendido, os estudantes
que tiveram contato com uma atividade exploratória obtiveram uma nota 30% maior
do que a dos colegas que apenas leram sobre o assunto.

Diante de tal contexto, a pesquisa mostra o quanto é fundamental sair do seu


ambiente de “conforto” e ir para um ambiente de “desconforto’’ para que se obtenha bons
resultados de aprendizagem e carreira profissional.

No Ensino Medio onde se é trabalhada a história, vale ressaltar que a


disciplina tem uma ampla visão sobre o mundo e tudo que aconteceu e acontece nele. É um
estudo minucioso para acontecimentos passados e até mesmo futuros. Ao longo do tempo a
matéria gera nos alunos sede por buscar, procurar, analisar, investigar, ler, observar, levando a
desenvolver o intelecto, fortalecer o cérebro no processo de aprendizagem, enriquecendo a
memória e formando cidadãos críticos e sustentáveis em relação aos campos políticos, sociais
e econômicos.

Outro aspecto de fundamental importância, de acordo com Assmann (1998,


p. 29), é a questão do ambiente pedagógico que deve ser um lugar de "fascinação e
inventividade". Para ele o prazer está diretamente relacionado à construção do conhecimento
e o aluno só poderá sentir prazer em aprender se o professor sentir o mesmo ao ensinar ou,
para usar as palavras do autor: "pedagogia é encantar-se e seduzir-se reciprocamente com
experiências de aprendizagem" (ASSMANN, 1998, p. 34).

Ao iniciar o estágio, na terça-feira do mês de outubro do ano de 2022, o


meu primeiro contato na instituição foi com os alunos do primeiro ano da turma C, uma sala
movimentada, adolescentes numa faixa etário de 14-17 anos, alegres e entusiasmados. A
princípio tive que ter boa articulação, falatório legal e brincalhão. Durante a aula tudo era
manuseado de forma bem diferente. A professora auxiliou iniciando e fazendo a chamada,
depois fiz algumas anotações no quadro e pedi para que os alunos lessem e questionassem
entre si. A dinâmica da aula para ajudar o aluno não só em aprender o conteúdo, mas também
em desenvolver a leitura, a amizade e o falar em público. Era uma turma bem participativa.

Ainda no mesmo dia da primeira semana, terça-feira, fui para o segundo


ano da turma B. O conteúdo era bem extenso e logo após a chamada, fiz breves considerações
com o novo conteúdo e logo depois o conteúdo em si. Os alunos deveriam ler sobre o
conteúdo e fazer pequenos resumos, desses resumos, eles iriam tirar palavras chaves e fazer
mapas mentais. Posteriormente cada dupla e cada trio apresentaram os seus trabalhos. Nessa
aula os alunos não só aprenderam sobre o conteúdo, mas também desenvolveram a mente e a
capacidade de memória.

No segundo dia, quarta-feira, fui para o primeiro ano da turma A. O conteúdo


era bem pequeno e separei a sala em dois grupos, cada grupo ficava com uma parte do
conteúdo e entre si faziam debates. Era uma turma bem extensa, então, cada aluno ficou com
um pedaço de folha e escreveu uma pergunta. Ao finalizar, percebi que além do conteúdo
aprendido, foi fortalecido o trabalho em equipe.
Ainda na quarta-feira, fui para o primeiro ano da turma B. Os alunos eram
bem agitados e gostavam muito de brincar. O conteúdo era sobre o período feudal. Iniciamos
com a frequência e depois a exposição do conteúdo no quadro. Nessa aula o contato
professor-aluno foi bem grande. Além de aprenderem o tema, também estimularam a
imaginação.

Atividades desenvolvidas:

● Resumos;

● Trabalho em grupo;

● Apresentações;

● Atividade em grupo;

● Diálogo aberto entre alunos.

● Uso da imaginação;

● Falar em público;

● Elaboração de projetos;

● etc…

De acordo com Pérez Gomes (2000) a função do professor é ser o facilitador,


buscando a compreensão comum no processo de construção do conhecimento compartilhado,
que se dá somente pela interação. A aula deve se transformar e provocar a reflexão sobre as
próprias ações, suas consequências para o conhecimento e para a ação educativa. Nesse
mesmo raciocínio é que Rey (1995) defende a ideia de que a relação professor-aluno é afetada
pelas ideias que um tem do outro e até mesmo as representações mútuas entre os mesmos. A
interação professor-aluno não pode ser reduzida ao processo cognitivo de construção de
conhecimento, pois se envolve também nas dimensões afetivas e motivacionais.

Na universidade, estudamos mais sobre a teoria e a parte de ensinar, não


temos tanto contato e acabamos não obtendo tanto conhecimento sobre ensinar. Por isso, o
estágio foi tão importante para ajudar na minha vida como acadêmico de ensino e futuro
profissional. Obtive visões diferentes e adquiri críticas mais construtivas e essenciais acerca
da sala de aula e do contato entre a instituição-professor-aluno. Portanto, posso concluir,
então, que o estágio foi um impulsionador para a minha preparação profissional, acrescentou e
aperfeiçoou o meu conhecimento como acadêmico do curso de História.

PLANEJAMENTO

O planejamento foi um dos pontos mais importante do estágio, sem ele a desordem
seria enorme, os improvisos iriam ocorrer e seria péssimo uma aula má administrada. O
planejamento é sem dúvidas imprescindível para execução de qualquer atividade que se
pretenda obter bons resultados, principalmente em um estágio de regência, onde o nervosismo
toma de conta, e sem um plano bem elaborado a gente fica desnorteado, bem como diz
Libânio:

o planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das
atividades didáticas em termos de organização e coordenação em face dos objetivos
propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino”.
Portanto, o planejamento de aula é um instrumento essencial para o professor
elaborar sua metodologia conforme o objetivo a ser alcançado, tendo que ser
criteriosamente adequado para as diferentes turmas, havendo flexibilidade caso
necessite de alterações.

Apesar do planejamento ser essencial, muitos professores optam por aulas


improvisadas, o que pode ser prejudicial para aprendizagem dos alunos, sem contar a
desorganização na hora de explicar o conteúdo. Portanto o planejamento de aula é um
essencial instrumento para o professor elaborar sua metodologia de aula.

O processo de planejamento começou desde as aulas teóricas na universidade com a


assistência da professora orientadora, que nos apresentou fundamentos teóricos para execução
de uma aula e de um bom planejamento que não fosse puramente burocrático. Portanto os
planejamentos visaram trabalhar a visão crítica dos alunos uma "cosmovisão histórica" do
mundo.

Os planos de aula seguiram o cronograma proposto pela professora da escola onde


estagiei.

CONCLUSÃO
A experiencia em sala de aula para os estagiários é com certeza essencial na
preparação do futuro professor, é um passo para uma carreira de aprendizado e conhecimento,
lidar com gente, com vidas, com a sociedade não é uma tarefa fácil, mas ardilosa e
responsável, é quase um dom.

Estar na profissão de professor pela primeira vez, me fez entender esse papel, e
implicou diretamente na minha forma de ver os professores, agora enxergo com olhos de um.
O estágio mostra a realidade e a vivencia entre professor e aluno. É um rito de passagem que
todos que querem ensinar devem passar.
REFERENCIAS

FREITAS, Maria Adelaide de. Educação e ensino de língua estrangeira hoje: implicações para
a formação de seus respectivos profissionais e aprendizes. In: ABRAHÃO, Maria Helena
Vieira
(Org.). Prática de ensino de língua estrangeira. Experiências e reflexões. Campinas, SP:
Pontes, Arte Língua, 2004. p.117-130.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994 (Coleção magistério
2° grau. Série formação do professor).

ASSMANN, Hugo. Reencantar a educação: rumo à sociedade aprendente. Petrópolis, RJ:


Vozes, 1998.
ANEXO

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