Guia Violencia Contra A Mulher 2022 Atualizada

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Guia sobre

Violência
contra a
Mulher
Informar para transformar!

Polícia Civil do Distrito Federal


Dezembro de 2022
Você sabia?

A Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas


de Discriminação contra a Mulher e a Convenção
Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a
Violência Contra a Mulher, das quais o Brasil é signatário,
são normativos nos quais o nosso país se comprometeu a
coibir toda desigualdade e violência contra as mulheres.

A Lei nº 11.340/2006 ou
Quer saber mais Lei Maria da Penha –
sobre a linha
histórica dos sancionada em 7 de
direitos da mulher agosto de 2006,
no Brasil? representa um importante
progresso na proteção aos
direitos das mulheres e um
marco das lutas feministas
no Brasil, sendo
reconhecida pelas Nações
Unidas como uma das
legislações mais
avançadas do mundo no
tratamento dessa matéria
(ONU MULHERES, 2016).
O que é violência de gênero?

De acordo com as Diretrizes para investigar, processar


e julgar com perspectiva de gênero as mortes violentas de
mulheres (ONU MULHERES, 2016), os papéis de gênero
são comportamentos adquiridos pela convivência na
sociedade, cujos membros estão condicionados para
perceber certas atividades, tarefas e responsabilidades
como masculinas ou femininas.
Dessa forma, faz parte das relações interpessoais a
atribuição de diferentes papéis ao homem e à mulher,
contudo essa divisão não deve ter caráter discriminatório,
com a atribuição de pesos com importâncias
diferenciadas.
No caso da nossa sociedade, os papéis masculinos são
supervalorizados em detrimento dos femininos.
A cultura que oprime as mulheres e endossa a violência
obsta que mulheres e homens vivam de forma livre e
impede que ambos atinjam potencial máximo, tanto no
âmbito familiar como na vida pública, conforme suas
aptidões pessoais e características individuais.
A violência contra a mulher por razões de gênero é
considerada como forma extrema de violação de direitos
humanos que afeta ou é decorrente de outras violações
de direitos – de liberdade, de acesso à educação, cultura,
saúde, trabalho e emprego dignos, entre outros – e que
limitam as condições necessárias para que as mulheres
possam sair da situação de violência antes de seu
agravamento (ONU MULHERES, 2016).
Existem fatores que podem aumentar o risco da violência
contra a mulher e também podem ser causas da própria
violência, contribuindo para sua maior frequência:

Violência contra mulheres baseada na raça/cor: a raça


e a cor têm sido fatores preponderantes para
justificar e potencializar o risco da violência contra
mulheres devido à desigualdade racial decorrente do
histórico sociocultural brasileiro.

Vulnerabilidade social e econômica: a falta de recursos


financeiros, de trabalho e renda da mulher que
depende financeiramente do autor da agressão são
fatores de risco motivadores da permanência da
vítima no ciclo da violência.
Violência contra mulheres com deficiência: o autor da
agressão se aproveita da vulnerabilidade decorrente da
deficiência para praticar os mais diversos crimes contra
essa mulher, que está, por vezes, impossibilitada de
falar, ouvir, ver, se locomover, e, portanto, oferecer
resistência e se defender.

Violência contra mulheres homossexuais, bissexuais,


transgêneros: A violência se agrava quando as mulheres
têm orientação sexual ou identidade de gênero diferentes
daquela designada no momento do seu nascimento e
imposta socialmente. Assim, a Lei Maria da Penha se
aplica às relações homoafetivas e também à mulher
transexual.

Você sabia que a Polícia


Civil do Distrito Federal possui
uma Delegacia Especializada
em crimes cometidos por Acesse PCDF Oficial
no Youtube
discriminação racial, religiosa,
orientação sexual, contra a
pessoa idosa ou com
deficiência? Acesse o link ao
lado para saber mais sobre a
DECRIN.
Você já foi vítima de discriminação
de gênero?*

Julgaram você pela roupa que vestia?


Teve medo de sair desacompanhada ou com
determinada roupa em razão da cultura do estupro?
Insinuaram que não é decente ter desejo sexual?
Mediram sua honra pelo número de parceiros sexuais?
Pediram para você se cobrir enquanto amamentava
em público?
Cobraram padrão ideal de beleza?
Exigiram que você fosse bonita ou inteligente? – as duas
coisas não dá!
Acusaram você de mandona ou louca quando foi
contundente na defesa dos seus argumentos?
Recebeu pagamento inferior pela mesma função
exercida por um homem?
Disseram que seu lugar é na cozinha ou que um tanque
de roupa suja resolve qualquer depressão?
Fizeram você acreditar que é a rainha do lar ? – daí você
limpa e lava sozinha o que todo mundo suja?
Colocaram na sua cabeça que você não tem
racionalidade para chefia?
Perguntaram se a sua irritação era TPM?

*Fonte: Cartilha Mulher vire a página – Ministério Público do Mato Grosso do Sul.
Você já foi vítima de discriminação
de gênero?*

Esperaram que você resolvesse a discussão com


lágrimas?
Sugeriram que você gosta é de dinheiro e que um cartão
de crédito soluciona qualquer crise?
Convenceram você de ser incapaz de admirar e
respeitar outra mulher?
Você notou a desproporcionalidade da representação
feminina na atividade política?
Pediram para você segurar o seu homem, porque o
mercado está difícil?
Avaliaram sua inaptidão feminina para negócios,
números, ciência ou condução de veículo automotor?
Tentaram te convencer que ciúmes é sinal de amor?
Presenciou ou sofreu a prática de atos libidinosos, como
por exemplo presenciar um homem praticar
automasturbação, toques inapropriados com
conotação sexual (passar a mão nas nádegas, nos
seios, beijo a força)?
Já teve suas ideias apropriadas por colegas do sexo
masculino?

*Fonte: Cartilha Mulher vire a página – Ministério Público do Mato Grosso do Sul.
O que é violência doméstica?

A Lei Maria da Penha estabelece os estreitos âmbitos


de sua aplicação: violência contra a mulher baseada no
gênero, praticada no contexto doméstico, familiar ou de
uma relação íntima de afeto. Não é qualquer violência
contra a mulher, portanto, que enseja a aplicação da Lei
Maria da Penha.

Em quais hipóteses
então se configura a
violência doméstica?
Ela decorre:
Do ambiente doméstico...
... entendido como residência, incluídos todos os tipos de
residências, das mais simples às mais sofisticadas. Uma
barraca pode ser uma residência, no caso de pessoas
que vivem em situação de rua. Também se inclui os
esporadicamente agregados, que são as pessoas
autorizadas a permanecer na casa da família. Exemplo:
empregada doméstica que dorme na residência e sofre
agressão física do patrão.

Do vínculo familiar...
... existente entre a vítima e o autor da agressão, seja ele
decorrente de algum ato legalmente constituído ou por
consideração. Aqui se incluem os familiares com vínculos
consanguíneos (irmãos, pais, tios, sobrinhos, etc...), afins
(cunhados, sogros, etc...), por afinidade ou por vontade
expressa (casamento, união estável).

Das relações afetivas...


... que fundamentam um ato de violência contra a mulher,
independentemente de ter ocorrido durante ou depois do
término desse relacionamento. Também não é necessária
a convivência sob o mesmo teto entre os envolvidos.
É verdade que a violência doméstica
se desenvolve em ciclos?

Sim, em regra a primeira fase é marcada pelo aumento


da tensão, quando acontece a mudança de
comportamento do autor da agressão. Antes carinhoso,
atencioso e prestativo, ele passa a ser crítico, controlador
e apresentar atos de violência, ainda que implícitos.
É nesse momento que se iniciam as agressões invisíveis,
de difícil identificação, pois não deixam vestígios. Cita-se
como exemplos, quando a mulher é extremamente
controlada pelo seu namorado, que não a deixa ir sozinha
na academia, ter vida social com amigos, participar de
redes sociais ou usar determinadas roupas por julgá-las
inadequadas.
Muitas vezes o autor justifica seus atos de “controle”
como cuidado, zelo, amor, mas, na verdade, é o início de
uma vida sem liberdade, de desrespeito.
É nessa fase que surgem as violências psicológicas e
morais, em que as mulheres suportam humilhações das
mais diversas ordens, que diminuem sua autoestima e as
adoecem.
Após, segue-se a fase da explosão, momento mais
extremo do ciclo. Esse ato pode ser uma agressão física
ou sexual ou outro ato de violência que torne insuportável
a convivência.
É verdade que a violência doméstica
se desenvolve em ciclos?

Por fim, a fase da lua de mel, nesta o abusador


demonstra arrependimento pelos atos praticados, por
mais violentos e devastadores que tenham sido. Passa a
apresentar o comportamento conquistador do início do
relacionamento, de docilidade e amorosidade; compra
presentes; faz promessas de mudanças, que,
provavelmente nunca vão ocorrer se não houver um
investimento verdadeiro nesse sentido.
No entanto, algum tempo depois, por não ter ocorrido
mudança e intervenção substancial naquela relação, os
atos de violência se repetem, saindo da lua de mel e
voltando para a fase de tensão, em um movimento cíclico.
Quais são as formas de violência
contra a mulher?

O artigo art. 5º, da Lei Maria da Penha, previu a violência


doméstica e familiar contra a mulher como sendo
qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe
cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou
psicológico e dano moral ou patrimonial.

Violência física: qualquer conduta por parte do autor da


violência que ofenda a integridade ou a saúde corporal da
vítima, tais como espancamentos, apertões nos braços,
estrangulamentos, sufocamentos, golpes com objetos
cortantes ou perfurantes, queimaduras, disparo de armas de
fogo, dentre outros.

Violência psicológica: como qualquer conduta que lhe


cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe
prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise
degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças
e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação,
manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição
contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade,
ridicularizarão, exploração e limitação do direito de ir e vir ou
qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde
psicológica e à autodeterminação.

Violência patrimonial: entendida como qualquer conduta


que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total
de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos
pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos,
incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.
Violência sexual: compreende qualquer conduta que
constranja a mulher a presenciar, manter ou participar de
relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça,
coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a
utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça
de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante
coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite
ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos.
O estupro marital é crime!

Você sabia?
Embora a violência psicológica seja considerada como
uma forma de violência contra a mulher, esse tipo de
violação se tornou crime apenas a partir de julho de
2021.
Em 2021 também foi tipificado o crime de
perseguição ou stalking, ou seja, o ato de perseguir
alguém, reiteradamente e por qualquer meio,
ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, Acesse para
restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de saber mais sobre
o Stalking
qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera
de liberdade ou privacidade.
O estelionato amoroso é crime, nele, o autor se vale
da confiança conquistada em um suposto relacionamento
amoroso, para obter vantagem econômica, financeira e
patrimonial às custas da vítima. A vítima acredita
Acesse PCDF
estar vivenciando uma história de amor, que não é Oficial no
Youtube
verdadeira.
Violência moral: entendida como qualquer conduta que
configure calúnia, difamação ou injúria.
A injúria é ofender a honra subjetiva, sendo o
exemplo clássico as ofensas morais e os xingamentos.
Calúnia é imputar à vítima fato definido como crime,
que se sabe não verdadeiro. Exemplo: falar que a
mulher furtou um aparelho celular; que ela comete
maus-tratos contra o filho em comum.
A difamação é imputar fato ofensivo à honra da
vítima; desmoralizá-la socialmente, contando a
terceiros fatos ofensivos à sua reputação. Exemplo:
divulgar nas redes sociais que a mulher não cuida
direito dos filhos; que teve um amante durante o
casamento. Não interessa se o fato é verdadeiro ou
não; a intenção é a desmoralização social.

Você sabia?
A violência institucional foi criada por
intermédio da Lei 14.245/2021 e busca coibir a
prática de atos atentatórios à dignidade da vítima
e de testemunhas, proibindo, durante audiências,
questionamentos e manifestações sobre
circunstâncias ou elementos alheios aos fatos objeto
de apuração no processo e a utilização de
linguagem, de informações ou de material que
ofendam a dignidade da vítima ou de testemunhas.
O que são as medidas
protetivas?

As medidas protetivas visam garantir proteção à mulher em


situação de violência, resguardando sua integridade física e
psicológica, além de proteger seus bens. A fim de conferir uma
proteção plena à vítima, é possível, inclusive, que seus
familiares e testemunhas também sejam abrangidos pelas
medidas protetivas.
No Distrito Federal a medida protetiva é encaminhada de
forma on-line ao Tribunal de Justiça, logo após o registro da
ocorrência, e deve ser enviada com todos os documentos,
imagens, áudios, vídeos que ajudem a provar o fato criminoso.
O rol das medidas protetivas é exemplificativo, assim podem
ser solicitadas medidas de proteção não previstas na Lei
11.340/06, desde que tenham alguma relação com o caso
concreto.

Estão previstas na
Lei Maria da Penha
as seguintes medidas
protetivas:
I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas,
com comunicação ao órgão competente, nos termos da
Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência
com a ofendida;
III - proibição de determinadas condutas, entre as quais:
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das
testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre
estes e o agressor;
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas
por qualquer meio de comunicação;
c) frequentação de determinados lugares a fim de
preservar a integridade física e psicológica da ofendida;
IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes
menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar
ou serviço similar;
V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios.
VI – comparecimento do agressor a programas de
recuperação e reeducação;
VII – acompanhamento psicossocial do agressor, por meio
de atendimento individual e/ou em grupo de apoio;
VIII - restituição de bens indevidamente subtraídos pelo
agressor à ofendida;
IX - proibição temporária para a celebração de atos e
contratos de compra, venda e locação de propriedade em
comum, salvo expressa autorização judicial;
X - suspensão das procurações conferidas pela ofendida
ao agressor;
XI - prestação de caução provisória, mediante depósito
judicial, por perdas e danos materiais decorrentes da
prática de violência doméstica e familiar contra a ofendida.
Não existe prazo previsto para a duração das medidas
protetivas, dependerá do caso concreto e da decisão do
Judiciário.
Caso a medida protetiva não seja estendida aos filhos
comuns, o autor deverá pedir auxílio de outra pessoa (familiar,
vizinho ou amigo) para buscá-los na residência da vítima.
Da mesma forma, se houver sido decretado a afastamento
do lar ou mesmo a proibição de contato e aproximação e caso
haja a necessidade de o agressor retirar bens pessoais da
residência de convivência com a vítima, este deverá recorrer a
terceiros para fazê-lo.

O que pode acontecer se o autor descumprir


medidas protetivas deferidas?

O descumprimento de medidas protetivas é crime previsto


na Lei Maria da Penha! O autor da agressão pode ser preso em
flagrante ou ser decretada a sua prisão preventiva pelo juiz.
Caso o autor descumpra medidas protetivas, procure a
Polícia o mais rápido possível.
Em que caso a mulher pode ser
encaminhada à Casa Abrigo?

Apenas com o registro da ocorrência policial que indique que


a vítima corre risco de vida e mediante a solicitação de
medidas protetivas de urgência.

E qual o objetivo do preenchimento


do Formulário Nacional de
Avaliação de Risco?
O Formulário Nacional de Avaliação de Risco visa colher
maiores detalhes acerca das situações de violência, das
circunstâncias que a potencializem e dos indícios de maior
vulnerabilidade da vítima, a fim de subsidiar a atuação dos
órgãos de segurança pública, do Ministério Público, do Poder
Judiciário e da rede de proteção para gerenciar o risco do
aumento das agressões.
Assim, o Formulário é essencial para a análise do
deferimento das medidas protetivas.

Quer conhecer o
Formulário Nacional
de Avaliação de
Risco?
Por que as mulheres permanecem
em um relacionamento abusivo?*

Medo
Negação da realidade
Amor
Sentimento de culpa
Baixa autoestima
Vergonha
Sensação de impotência
Esperança de que o(a) agressor(a) vai mudar
Pressão social, de familiares ou filhos
Origem em lar onde a violência era o modelo
Dependência econômica
Temor de perder a guarda dos filhos
Temor de perder o direito aos bens do casal
Gratidão a auxílio que recebeu no passado
Dependência emocional
Isolamento
Crenças religiosas ou culturais
Afastamento do mercado de trabalho
Analfabetismo
Problemas de saúde física ou mental
Desconhecimento das opções de ajuda e falta de rede de
apoio
Desconhecimento de que o abuso é crime
*Fonte: Cartilha Mulher vire a página – Ministério Público do Mato Grosso do Sul.
Você está em um relacionamento
abusivo?*

Ele(a) é ciumento, possessivo e controlador?


Ele(a) me xinga, deprecia ou tenta me fazer passar por
louca?
Ele(a) monitora meu celular, computador e atividades?
Ele(a) me isola de familiares e amigos?
Ele(a) me humilha publicamente?
Ele(a) controla sozinho(a) o dinheiro e as despesas do
casal? Mesmo quando o dinheiro é fruto do meu
trabalho?
Ele(a) me impede de estudar ou trabalhar?
Ele(a) me segura, empurra, chacoalha e bate de vez em
quando?
Quando ele(a) me agride tenta colocar a culpa em mim?
Diz que foi para me dar um corretivo? Diz que eu
mereci?

*Fonte: Cartilha Mulher vire a página – Ministério Público do Mato Grosso do Sul.
Você está em um relacionamento
abusivo?*

Ele(a) destrói bens e faz ameaças?


Ele(a) me culpa constantemente por erros e
comportamentos dele(a)?
Ele(a) maltrata os animais domésticos para me
amedrontar e mostrar o que pode fazer comigo?
Ele(a) maltrata os filhos para mostrar força ou para me
punir?
Ele(a) pede perdão depois de um ato violento, diz que
não vai acontecer mais e pede para eu “retirar a
queixa”?
Ele(a) faz um ou mais dos itens anteriores, mas diz que é
por amor?

*Fonte: Cartilha Mulher vire a página – Ministério Público do Mato Grosso do Sul.
Como devo agir?*

Busque ajuda
imediatamente! Acesse a lista
telefônica da PCDF

Procure ajuda tão logo o delito tenha ocorrido – se


há lesões aparentes, o atendimento imediato facilitará a
elaboração do exame de corpo de delito e a lembrança
detalhada dos fatos;
Faça registro de foto ou vídeo das lesões corporais;
Se não houve exame de corpo de delito direto, o
prontuário do posto de saúde, do hospital ou
atestado do médico em consultório são registros
admissíveis;
Se há ameaça ou perturbação por meio de ligação
telefônica, SMS, e-mail, redes sociais (Facebook,
Instagram, Twitter, Tinder, Periscope e outros) e
dispositivos multiplataforma (Whatsapp, Telegram,
Viber e outros), imprima ou salve a imagem da tela
para posterior impressão, contendo as chamadas
recebidas e/ou mensagens. Conserve todos os escritos
ameaçadores e ofensivos – cartas, bilhetes, anotações,
mensagens, pois tais provas são importantes para
caracterizar o crime de perseguição e/ou outros
delitos;
*Fonte: Cartilha Mulher vire a página – Ministério Público do Mato Grosso do Sul.
Se há constante perturbação e/ou reiterado
descumprimento da medida protetiva, faça
anotações desses acontecimentos – em papel ou
em meio eletrônico – contendo datas, horários e
locais dos acontecimentos, bem como dizeres e
atitudes do(a) agressor(a);
Fale com uma pessoa próxima, ela poderá ser sua
testemunha em um processo futuro.

Você ainda pode entrar Se você é um parente ou


em contato com a vizinho e quer denunciar
Central Disque 180 ou uma situação de violência,
com a Polícia Militar disque 197, mande um
no 190 Whatsapp para (61)
98626-1197, ou faça uma
Denúncia On-line no link
abaixo!

Acesse a denúncia
on-line da PCDF
Peça ajuda!
A Rede de Atendimento à Mulher, vítima de violência
doméstica, pode oferecer apoio e orientação.

Todas as Delegacias do
Distrito Federal possuem
Seções de Atendimento à
Mulher:

Acesse a lista telefônica


da PCDF

A PCDF conta com duas Delegacias Especiais de


Atendimento à Mulher – DEAM:

Acesse as informações Acesse as informações


da DEAM I da DEAM II
Peça ajuda!

Você também pode efetuar o registro de ocorrência


pela Delegacia Eletrônica da PCDF, basta acessar o
site, clicar em Delegacia Eletrônica e escolher a opção
MARIA DA PENHA ON-LINE.

Acesse o registro
de Maria da Penha
on-line.

No site você poderá


solicitar medidas
protetivas, preencher
o Formulário
Nacional de Avaliação
de Risco e solicitar
encaminhamento à
Casa Abrigo.
Peça ajuda!
A PCDF oferece às vítimas de violência doméstica e
familiar atendimento especializado e multidisciplinar por
intermédio dos Núcleos Integrados de Atendimento à
Mulher – NUIAMs. Além do registro da ocorrência
policial, são oferecidos acolhimentos nas áreas de
psicologia, direito e serviço social, bem como
encaminhamentos à rede parceira.

Acesse para saber


mais sobre os
NUIAMs/PCDF

Acesse a Rede de
Proteção!

Acesse a
Rede de Proteção
Pense em um plano de
segurança*

Ninguém conhece melhor o agressor do que a vítima,


esteja atenta aos sinais de risco e elabore um plano de
segurança.

Tenha um celular consigo a todo momento;


Coloque ao menos o número de uma pessoa de sua
confiança para discagem rápida em seu celular;
Oriente essa pessoa para, ao receber a ligação, se houver
silêncio ou gritos, acionar o número 190, ou combine com
essa pessoa palavra ou frase para indicar sua situação de
risco;
Mantenha aparelho telefônico em cômodo que você possa
trancar pelo lado de dentro;
Informe a seus vizinhos a existência de medida protetiva e
peça-lhes para acionarem o número 190 em caso de
aproximação do(a) agressor(a) e/ou combine com eles
palavra, frase ou gesto para indicar sua situação de risco;
Informe no condomínio e/ou ao síndico quanto à
existência de medida protetiva deferida;

*Fonte: Cartilha Mulher vire a página – Ministério Público do Mato Grosso do Sul.
Pense em um plano de
segurança*

Se o(a) agressor(a) se mudou, troque o segredo das


fechaduras;
Identifique a saída mais fácil (porta ou janela) da sua casa;
Corra para esse cômodo previamente identificado;
Evite banheiros, closets, despensas ou cômodos muito
pequenos onde o(a) agressor(a) possa encurralar você;
Evite cozinha, depósitos, garagem ou todo local em que
o(a) agressor(a) possa ter acesso a arma de fogo ou arma
branca (faca, facão, tesoura, canivete);

*Fonte: Cartilha Mulher vire a página – Ministério Público do Mato Grosso do Sul.
Pense em um plano de
segurança*

Pense antecipadamente quem (vizinho, amigo, familiar)


você procuraria em caso de emergência;
Memorize endereço e/ou telefone dessa pessoa, ou tenha
no celular ou local de fácil acesso;
Mantenha sua bolsa organizada com tudo o que possa
precisar em caso de fuga;
Mantenha bolsa extra, em local próximo a sua saída mais
fácil, contendo cópia de documentos seus e das crianças,
dinheiro, medicamentos e chaves;
Mantenha consigo todo o tempo cópia da medida
protetiva (na bolsa, na bolsa extra, dentro do seu veículo
ou mesmo no celular);
Forneça cópia da medida protetiva para as pessoas de
sua confiança;
Forneça cópia da medida protetiva à coordenação da
creche ou da escola de suas crianças;
Informe à coordenação quem está autorizado a retirar as
crianças;
Forneça cópia da medida protetiva a sua chefia no
trabalho;

*Fonte: Cartilha Mulher vire a página – Ministério Público do Mato Grosso do Sul.
Pense em um plano de
segurança*

Forneça fotografia e/ou descrição do(a) agressor(a) a seus


colegas de trabalho e funcionários da recepção e
segurança para que possam identificá-lo(a);
Ensine a seus filhos o endereço da própria casa e o seu
telefone, bem como os de familiares e amigos, mostre a
saída de segurança, indique quem procurar em caso de
emergência e como ligar para o 190;
Não viole a medida protetiva – recebendo, telefonando ou
trocando mensagens com o(a) agressor(a), tal atitude
pode colocar você e seus filhos em risco.

*Fonte: Cartilha Mulher vire a página – Ministério Público do Mato Grosso do Sul.
"Só a educação liberta".
Epicteto
Guia sobre
Violência
contra a
Mulher

Polícia Civil do Distrito Federal


Departamento de Polícia Especializada
Delegacia Especial de Atendimento à Mulher

1ª Edição
Dezembro de 2022

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