Protocolo Enfermagem Plan Familiar
Protocolo Enfermagem Plan Familiar
Protocolo Enfermagem Plan Familiar
3a Revisão
Outubro / 2017
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3a Revisão
Elaborado por:
Ana Maria Alencar
Agna Soares da Silva Menezes
Andressa da Cruz Almeida
Aline Ribeiro Nepomuceno
Ana Paula Maciel
Carolina dos Reis Alves
Daniella Cristina Martins Dias Veloso
Deiviane Pereira da Silva
Fabrícia Vieira de Matos
Genesco Leonardo de Souza Nunes
Kenia Souto Moreira
Ludmila Rodrigues Campolina
Maria Fernanda Veloso Silva
Michelly Silva Santos Mourão
Patrícia Ferreira Costa
Tatiane Fróes Fernandes
Viviane Maia Santos
Outubro / 2017
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3a Revisão
Revisado Por:
Outubro / 2017
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FICHA TÉCNICA
PREFEITO MUNICIPAL
Humberto Guimarães Souto
ASSESSOR EXECUTIVO
José Mendes da Silva
OUVIDORA DA SAÚDE
Luciene Mussi França Nunes
Outubro / 2017
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LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE FLUXOGRAMAS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 11
3. JUSTIFICATIVA ......................................................................................... 27
5. OBJETIVOS................................................................................................ 43
6. METODOLOGIA ........................................................................................ 44
7. DESENVOLVIMENTO ............................................................................... 46
REFERENCIA............................................................................................... 77
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RESUMO
1. INTRODUÇÃO
2. CARACTERÍSTICAS DO MUNICÍPIO
A
Figura 1: Localização de Montes Claros no estado de Minas Gerais.
Fonte: Google maps
Aspectos demográficos
A população total do município conforme Censo 2010: 361.915 habitantes e a
população estimada em 2017: 402.027 habitantes.
A distribuição das faixas etárias demonstra uma evidente inversão da
pirâmide com diminuição da população das faixas etárias menores com sinalização
da manutenção e consolidação desta tendência. Isto provavelmente é fruto de
políticas de controle de natalidade implementadas nos anos 70/80 do século
15
passado e que foram muito bem absorvidas pela população brasileira (MONTES
CLAROS, 2015). Evidenciado a seguir na Figura 2.
Atividades econômicas
O IBGE caracteriza como cidade média aquela que possui população entre
100 mil e 500 mil habitantes. Na dinâmica econômica das cidades médias, o
tamanho econômico é um indicativo responsável pela existência de infraestrutura
necessária ao poder de atração locacional e ao papel de intermediação com outros
centros urbanos (CASTELLO BRANCO, 2006). Uma das principais características
de uma cidade média é o papel de centralidade, exercendo uma força de articulação
com outros centros urbanos e a atuação como centro principal de oferta de serviços,
comércio, moradia e emprego, entre outros bens para a sua área de influência.
Neste sentido, uma cidade média mostra sua relevância no seu contexto regional e
até em outros níveis de escalas (FRANÇA, 2011)
Montes Claros é o exemplo clássico de cidade média, possui uma economia
diversificada e um comércio vibrante. Desde os primórdios da colonização a Região
Norte Mineira vem sendo um Centro de Comercialização, o que lhe tem permitido
não só quantificar a produção regional, como também influir na orientação e
expansão da região.
Cada vez mais consolidada como “polo do Norte de Minas”, pela sua forte
influência sobre as demais cidades que compõem a região, Montes Claros tem
atraído variados setores de serviços, como os de saúde, educacional, comercial e de
lazer. Sua infraestrutura urbana influencia o dinamismo da cidade ao agregar um
espaço de serviços mais moderno e de maior complexidade.
Contudo, semelhante a outras cidades brasileiras, a produção da riqueza
material assenta-se num modelo concentrador de renda. Consequentemente, a
cidade apresenta espaços territoriais que antagonizam o dinamismo econômico e o
peso das desigualdades sociais, sendo necessário, avançar em esforço que
minimizem as desigualdades econômicas, sociais e políticas (FRANÇA, 2011).
18
População Ativa
Segundo o portal cidades do IBGE, em Montes Claros, entre 2000 e 2010, a
taxa de atividade da população de 18 anos ou mais (ou seja, o percentual dessa
população que era economicamente ativa) passou de 69,12% em 2000 para 69,85%
em 2010. Ao mesmo tempo, sua taxa de desocupação (ou seja, o percentual da
população economicamente ativa que estava desocupada) passou de 17,01% em
2000 para 9,50% em 2010. Segundo o censo de 2010, o salário médio mensal dos
trabalhadores formais era de 2,2 salários mínimos, haviam 101.744 (25,8 %)
pessoas ocupadas e 36,4 % da população com rendimento nominal mensal per
capita de até 1/2 salários mínimos (https://cidades.ibge.gov.br/v4/brasil/mg/montes-
claros/panorama).
Educação
A Proporção de crianças e jovens que frequentaram/completaram
determinado ciclo escolar indica a situação da educação entre a população em idade
escolar do estado e compõe o IDHM Educação. Em Montes Claros, segundo dados
do IBGE 2010, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola era de 96,94%, a
proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino
fundamental era de 93,33%, a proporção de jovens de 15 a 17 anos com ensino
fundamental completo era de 70,94% e a proporção de jovens de 18 a 20 anos com
ensino médio completo era 58,03%.
Também, em 2010, 89,99% da população de 6 a 17 anos do município estava
cursando o ensino básico regular com até dois anos de defasagem idade-série e a
Taxa de Escolarização de 6 a 14 anos de idade era de 98,4 %.
Em 2015, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) para os
alunos dos anos inicias da rede pública da cidade teve nota média de 6.2 e para os
alunos dos anos finais, essa nota foi de 4.6. O IDEB foi criado em 2007 e reúne, em
um só indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a
qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações
(MONTES CLAROS, 2017).
O número de pessoas de 10 anos ou mais de idade em Montes Claros em
2010 era de 308.936, destes frequentavam a escola 80.181 (25,95%). Dos 80.181
que frequentavam a escola, 37.479 (46,7%) eram do sexo Masculino e 42.702
(53,3%) do sexo feminino.
Na literatura não são encontrados dados recentes sobre a educação, muitos
destes dados são provenientes dos censos nacionais e o último ocorreu em 2010.
Em uma publicação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD), de 2013, a média de escolaridade no Brasil, um dos critérios educacionais
que o programa utiliza na elaboração do IDH, foi de 7,2 anos, o menor número entre
os países da América do Sul. Este resultado indica a necessidade dos investimentos
em educação no Brasil.
FISIOTERAPIA
Hospital Aroldo Tourinho
Clínica de Traumatologia E Fisioterapia (São José)
Clínica de Fisioterapia São Lucas
Fisiocenter/ Santa Casa
Ortoclinica Ltda
Clínica Geraldo Caldos
SAÚDE AUDITIVA
Otorrino Fisio Center
NEFROLOGIA
Fundação de Saúde Dílson de Quadros Godinho – Hospital Dílson Godinho
Irmandade Nossa Senhora das Mercês – Santa Casa de Caridade de Montes
Claros
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA/ MEDICINA NUCLEAR
Ressonar Imagens Médicas
Núcleo de Medicina Nuclear
ONCOLOGIA
Irmandade Nossa Senhora das Mercês – Santa Casa de Caridade de Montes
Claros
Fundação de Saúde Dílson de Quadros Godinho – Hospital Dílson Godinho
3. JUSTIFICATIVA
4. ASPECTOS LEGAIS
- Instituir ações para segurança do paciente e propor medidas para reduzir os riscos
e diminuir os eventos adversos;
- Alimentar e garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas de
informação da Atenção Básica, conforme normativa vigente;
- Realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação compulsória, bem
como outras doenças, agravos, surtos, acidentes, violências, situações sanitárias e
ambientais de importância local, considerando essas ocorrências para o
planejamento de ações de prevenção, proteção e recuperação em saúde no
território;
- Realizar busca ativa de internações e atendimentos de urgência/emergência por
causas sensíveis à Atenção Básica, a fim de estabelecer estratégias que ampliem a
resolutividade e a longitudinalidade pelas equipes que atuam na AB;
- Realizar visitas domiciliares e atendimentos em domicílio às famílias e pessoas em
residências, Instituições de Longa Permanência (ILP), abrigos, entre outros tipos de
moradia existentes em seu território, de acordo com o planejamento da equipe,
necessidades e prioridades estabelecidas;
- Realizar atenção domiciliar a pessoas com problemas de saúde
controlados/compensados com algum grau de dependência para as atividades da
vida diária e que não podem se deslocar até a Unidade Básica de Saúde;
- Realizar trabalhos interdisciplinares e em equipe, integrando áreas técnicas,
profissionais de diferentes formações e até mesmo outros níveis de atenção,
buscando incorporar práticas de vigilância, clínica ampliada e matriciamento ao
processo de trabalho cotidiano para essa integração (realização de consulta
compartilhada - reservada aos profissionais de nível superior, construção de Projeto
Terapêutico Singular, trabalho com grupos, entre outras estratégias, em
consonância com as necessidades e demandas da população);
- Participar de reuniões de equipes a fim de acompanhar e discutir em conjunto o
planejamento e avaliação sistemática das ações da equipe, a partir da utilização dos
dados disponíveis, visando a readequação constante do processo de trabalho;
- Articular e participar das atividades de educação permanente e educação
continuada;
- Realizar ações de educação em saúde à população adstrita, conforme
planejamento da equipe e utilizando abordagens adequadas às necessidades deste
público;
31
Enfermeiro
I.- Realizar atenção à saúde aos indivíduos e famílias vinculadas às equipes e,
quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários
(escolas, associações entre outras), em todos os ciclos de vida;
II.- Realizar consulta de enfermagem, procedimentos, solicitar exames
complementares, prescrever medicações conforme protocolos, diretrizes clínicas e
terapêuticas, ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal,
estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da
profissão;
III.- Realizar e/ou supervisionar acolhimento com escuta qualificada e classificação
de risco, de acordo com protocolos estabelecidos;
IV.- Realizar estratificação de risco e elaborar plano de cuidados para as pessoas
que possuem condições crônicas no território, junto aos demais membros da equipe;
V.- Realizar atividades em grupo e encaminhar, quando necessário, usuários a
outros serviços, conforme fluxo estabelecido pela rede local;
VI.- Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos técnicos/auxiliares de
enfermagem, ACS e ACE em conjunto com os outros membros da equipe;
VII.- Supervisionar as ações do técnico/auxiliar de enfermagem e ACS;
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Médico:
I.- Realizar a atenção à saúde às pessoas e famílias sob sua responsabilidade;
II.- Realizar consultas clínicas, pequenos procedimentos cirúrgicos, atividades em
grupo na UBS e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais
espaços comunitários (escolas, associações entre outros); em conformidade com
protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, bem como outras normativas técnicas
estabelecidas pelos gestores (federal, estadual, municipal ou Distrito Federal),
observadas as disposições legais da profissão;
III.- Realizar estratificação de risco e elaborar plano de cuidados para as pessoas
que possuem condições crônicas no território, junto aos demais membros da equipe;
IV.- Encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos de atenção,
respeitando fluxos locais, mantendo sob sua responsabilidade o acompanhamento
do plano terapêutico prescrito;
V.- Indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a
responsabilização pelo acompanhamento da pessoa;
VI.- Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS e ACE em
conjunto com os outros membros da equipe; e
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Cirurgião-Dentista:
I.- Realizar a atenção em saúde bucal (promoção e proteção da saúde, prevenção
de agravos, diagnóstico, tratamento, acompanhamento, reabilitação e manutenção
da saúde) individual e coletiva a todas as famílias, a indivíduos e a grupos
específicos, atividades em grupo na UBS e, quando indicado ou necessário, no
domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações entre
outros), de acordo com planejamento da equipe, com resolubilidade e em
conformidade com protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, bem como outras
normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do
Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão;
II.- Realizar diagnóstico com a finalidade de obter o perfil epidemiológico para o
planejamento e a programação em saúde bucal no território;
III.- Realizar os procedimentos clínicos e cirúrgicos da AB em saúde bucal, incluindo
atendimento das urgências, pequenas cirurgias ambulatoriais e procedimentos
relacionados com as fases clínicas de moldagem, adaptação e acompanhamento de
próteses dentárias (elementar, total e parcial removível);
IV.- Coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da saúde e à
prevenção de doenças bucais;
V.- Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde com os demais
membros da equipe, buscando aproximar saúde bucal e integrar ações de forma
multidisciplinar;
VI.- Realizar supervisão do técnico em saúde bucal (TSB) e auxiliar em saúde bucal
(ASB);
VII.- Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS e ACE em
conjunto com os outros membros da equipe;
VIII.-Realizar estratificação de risco e elaborar plano de cuidados para as pessoas
que possuem condições crônicas no território, junto aos demais membros da equipe;
e
IX.- Exercer outras atribuições que sejam de responsabilidade na sua área de
atuação.
34
XI.- Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídas por legislação específica da
categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor federal, municipal ou do Distrito
Federal.
b) Atribuições do ACS:
I- Trabalhar com adscrição de indivíduos e famílias em base geográfica definida e
cadastrar todas as pessoas de sua área, mantendo os dados atualizados no sistema
de informação da Atenção Básica vigente, utilizando-os de forma sistemática, com
apoio da equipe, para a análise da situação de saúde, considerando as
características sociais, econômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas do
território, e priorizando as situações a serem acompanhadas no planejamento local;
II - Utilizar instrumentos para a coleta de informações que apoiem no diagnóstico
demográfico e sociocultural da comunidade;
III - Registrar, para fins de planejamento e acompanhamento das ações de saúde,
os dados de nascimentos, óbitos, doenças e outros agravos à saúde, garantido o
sigilo ético;
IV - Desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de saúde e a
população adscrita à UBS, considerando as características e as finalidades do
trabalho de acompanhamento de indivíduos e grupos sociais ou coletividades;
V - Informar os usuários sobre as datas e horários de consultas e exames
agendados;
VI - Participar dos processos de regulação a partir da Atenção Básica para
acompanhamento das necessidades dos usuários no que diz respeito a
agendamentos ou desistências de consultas e exames solicitados;
VII - Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídas por legislação específica
da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor federal, municipal ou do
Distrito Federal.
Agente Comunitário de Saúde poderá executar em caráter excepcional,
assistidas por profissional de saúde de nível superior, membro da equipe, após
treinamento específico e fornecimento de equipamentos adequados, em sua base
geográfica de atuação, encaminhando o paciente para a unidade de saúde de
referência.
I - aferir a pressão arterial, inclusive no domicílio, com o objetivo de promover saúde
e prevenir doenças e agravos;
40
Atribuições do ACE:
I - Executar ações de campo para pesquisa entomológica, malacológica ou coleta de
reservatórios de doenças;
II.- Realizar cadastramento e atualização da base de imóveis para planejamento e
definição de estratégias de prevenção, intervenção e controle de doenças, incluindo,
dentre outros, o recenseamento de animais e levantamento de índice amostral
tecnicamente indicado;
III. Executar ações de controle de doenças utilizando as medidas de controle
químico, biológico, manejo ambiental e outras ações de manejo integrado de
vetores;
IV.- Realizar e manter atualizados os mapas, croquis e o reconhecimento geográfico
de seu território;
V.- Executar ações de campo em projetos que visem avaliar novas metodologias de
intervenção para prevenção e controle de doenças; e
VI.- Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídas por legislação específica da
categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor federal, municipal ou do Distrito
Federal.
O ACS e o ACE devem compor uma equipe de Atenção Básica (eAB) ou uma
equipe de Saúde da Família (eSF) e serem coordenados por profissionais de saúde
de nível superior realizado de forma compartilhada entre a Atenção Básica e a
41
Vigilância em Saúde. Nas localidades em que não houver cobertura por equipe de
Atenção Básica (eAB) ou equipe de Saúde da Família (eSF), o ACS deve se vincular
à equipe da Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS). Já o ACE,
nesses casos, deve ser vinculado à equipe de vigilância em saúde do município e
sua supervisão técnica deve ser realizada por profissional com comprovada
capacidade técnica, podendo estar vinculado à equipe de atenção básica, ou saúde
da família, ou a outro serviço a ser definido pelo gestor local.
Pessoal Administrativo
5. OBJETIVOS
6. METODOLOGIA
7. DESENVOLVIMENTO
Aconselhamento
Atividades Educativas
assistida, riscos implicados em certas praticas sexuais (BRASIL, 2010; SÃO PAULO,
2012; BRASIL, 2016).
Ao final da segunda etapa, a clientela optará pelo método de sua escolha,
será encaminhado para a consulta médica ou de enfermagem e receberá sua
prescrição e cartão do planejamento.
O certificado deverá ser entregue para quem optar pelo DIU e/ou esterilização
(feminina ou masculina). A atividade educativa terá validade de 01 ano devendo,
portanto, a clientela após o vencimento participar novamente do planejamento
reprodutivo; entretanto, a prescrição do método terá validade de 3 meses em que o
cliente receberá a prescrição após consulta de enfermagem ou médica.
Atividades Clínicas
Frente aos altos índices de doenças transmissíveis por via sexual, torna-se
imprescindível a abordagem da prevenção das DST/HIV/Aids dando-se ênfase à
dupla proteção, que é dada pelo uso combinado do preservativo masculino ou
feminino com algum outro método anticoncepcional, tendo como finalidade
promover, ao mesmo tempo, a prevenção da gravidez e a prevenção da infecção
pelo HIV/ Aids e outras DSTs.
Métodos Comportamentais;
Método da Lactação e Amenorréia (LAM)
Métodos de Barreira (Preservativo Masculino e Feminino)
Métodos Anticoncepcionais Hormonais Orais.
Métodos Anticoncepcionais Hormonais Injetáveis.
Métodos de Emergência.
Fonte: BRASIL, 2016, p.161. *Anticoncepcional com dose menor ou igual 0,35mg de etinilestradiol.
**Diafragma, preservativo e espermicida. ***Anticonvulsivante: fenitoina,carbamazepina, topiramato,
oxcarbamazepina,barbitúricos,primidona. Não entra nessa lista o Acido Valproico.
50
51
Pontos-chave:
Esses métodos requerem disciplina, conhecimento do funcionamento do
corpo, observação atenta e a cooperação de ambos os parceiros.
Baixa eficácia em uso rotineiro – a eficácia depende de seu uso correto e da
cooperação de ambos os parceiros.
Desaconselha-se o uso desses métodos em mulheres que apresentam longos
períodos de anovulação, ciclos irregulares ou amenorreia, ou em períodos em
que as mulheres tenham dificuldade de interpretar seus sinais de fertilidade
(adolescentes, períodos pós-parto, pós-aborto, durante a amamentação e
perimenopausa).
Consultas de Retorno
Avaliar a qualidade dos registros e a capacidade da mulher e/ou do casal em
cumprir as instruções de uso do método. Reforçar as recomendações dadas na
primeira consulta.
Agendar o primeiro retorno de acordo com o método escolhido:
Tabela ou calendário: primeiro retorno depois de um mês e retornos
subsequentes de seis em seis meses.
Billings ou muco cervival: semanais durante o primeiro mês; retornos
quinzenais até o terceiro mês; retornos mensais até o sexto mês e retornos
subsequentes semestrais.
Temperatura corporal basal: mensais durante os seis primeiros meses com
retornos subsequentes anuais.
Sintotérmico: semanais durante o primeiro mês; retornos quinzenais até o
terceiro mês; retornos mensais até o sexto mês; retornos trimestrais até o
primeiro ano e retornos subsequentes semestrais.
Coito Interrompido
Além dos métodos citados acima, existem práticas sexuais que podem ser
consideradas como métodos comportamentais, já que reduzem o risco de gravidez
indesejada: o coito interrompido e a relação sexual sem penetração.
O coito interrompido, apesar de ser muito usado, não deve ser estimulado como
método anticoncepcional, porque é grande a possibilidade de falha, considerando
que o líquido que sai pouco antes da ejaculação pode conter espermatozoides. Além
disso, às vezes o homem não consegue interromper a relação antes da ejaculação.
53
Consiste em utilizar a
Amamentação exclusiva como
opção inicial de planejamento
reprodutivo. Age impedindo a
ovulação, porque o aleitamento produz
transformações na velocidade que se
libera os hormônios femininos,
desorganizando o eixo
hipotálamo – hipófise - ovário. A sucção frequente por parte do lactente envia
impulsos nervosos ao hipotálamo materno, alterando a produção hormonal, o que
leva à anovulação; como consequência da não ovulação ocorre a “amenorréia”, um
dos critérios básicos para a eficácia do LAM.
Quando praticado corretamente, a eficácia do LAM varia de 98% a 99,5%. Para isso,
é necessário: que a mulher esteja nos primeiros seis meses após o parto, sem
menstruar e praticando aleitamento exclusivo que significa que o único alimento do
bebê é o leite materno. Nesta fase não devem ser oferecidos líquidos (água, chás)
ou alimentos sólidos.
Pontos-chave:
Empatia por um profissional de saúde, que transmita confiança e acredite no
método e a escute com interesse e preocupação;
Que a nutriz tenha acesso fácil a este profissional e se sinta à vontade para
fazer perguntas, tirar suas dúvidas e encontrar nele um bom apoiador da
amamentação.
Vantagens:
A proteção anticoncepcional começa logo depois do parto, não apresenta efeitos
colaterais, não apresenta custos diretos, possibilita que a mãe e o bebê usufruam
das vantagens da amamentação com a criação de forte vínculo.
Consultas de Retorno
Pontos-chave:
Nunca se deve usar duas camisinhas ao mesmo tempo, nem duas
camisinhas masculinas, nem duas femininas, nem masculina com feminina,
pois o risco de rompimento é maior.
Não utilizar lubrificante a base de óleo.
Qualquer lubrificante à base de água pode ser usado: gel lubrificante,
glicerina, geleia ou cremes espermicidas.
A anticoncepção de emergência pode ser usada para evitar a gravidez em
casos de rompimento da camisinha ou quando ocorrer vazamento do
esperma.
Consulta de Retorno
palestras, não necessitando de prescrição médica. Pode ser feita por qualquer
profissional da equipe de saúde, desde que devidamente capacitado.
Sua eficácia depende de seu uso correto, da motivação do casal em usá-lo a cada
intercurso sexual, do tempo de experiência com o método e da qualidade do
produto. Com relação às DST, os condons oferecem proteção contra o HIV/Aids,
gonorreia, sífilis, clamídia e tricomoníase. Oferecem menor proteção contra o
herpes genital, vírus do condiloma genital (HPV) e outras doenças que causam
ulcerações na pele desprotegida.
Pontos-chave:
A camisinha feminina deve ser usada uma única vez;
Não pode ser utilizada juntamente com o preservativo masculino pois
aumenta o risco de rompimento.
A dificuldade pela colocação pode ser superada com uma orientação
adequada.
Consultas de Retorno:
Ponto- chave:
Muito eficazes quando em uso correto.
Não há necessidade de pausas para “descanso”.
Podem ser usadas desde a adolescência até a menopausa.
A fertilidade retorna logo após a interrupção de seu uso.
Orientações importantes
No primeiro mês de uso, ingerir o primeiro comprimido no primeiro dia do ciclo
menstrual ou, no máximo, até o quinto dia. A pílula, se usada corretamente, oferece
proteção anticoncepcional já no primeiro ciclo de uso. Quanto mais precoce for o
início de uso da pílula em relação ao início do ciclo menstrual, melhor é a sua
eficácia nesse ciclo.
A seguir, a usuária deve ingerir um comprimido por dia até o término da cartela,
preferencialmente no mesmo horário.
Ao final da cartela, se a cartela for de 21 comprimidos, fazer pausa de sete dias e
iniciar nova cartela no oitavo dia.
Caso de Esquecimento
Em caso de esquecimento de uma pílula tomar a pílula esquecida
imediatamente e a pílula regular no horário habitual.
Esqueceu duas pílulas ou atrasou o início da nova cartela em um ou dois
dias - Tomar uma pílula de imediato e tomar a pílula seguinte no horário
regular. Nesses casos, o risco de gravidez é muito baixo. Usar método de
barreira ou evitar relações sexuais durante sete dias. Contar a cartela:
Se restam sete ou mais pílulas: tomar o restante como de costume.
Se restam menos que sete pílulas: tomar o restante como de costume
e iniciar nova cartela no dia seguinte após a última pílula da cartela. Nesse
caso, a menstruação pode não ocorrer naquele ciclo.
Esqueceu de tomar três ou mais pílulas - Tomar uma pílula de imediato e
utilizar outro método contraceptivo de apoio por sete dias. Caso a usuária
tenha feito sexo nos últimos cinco dias, avaliar necessidade de uso do
anticoncepcional de emergência.
Esqueceu de tomar três ou mais e o esquecimento tiver ocorrido na 3ª
semana da cartela, iniciar nova cartela após sete dias. Usar método de
barreira ou evitar relações sexuais durante sete dias.
Se após gestação
Em geral, os AOC (Anticoncepcional Oral Combinado) não são usados em
mulheres nos primeiros seis meses do pós-parto que estejam amamentando.
Não amamentando: Para início de AOC: pode iniciar o uso de AOC em
qualquer momento após o 21º dia do pós-parto, desde que com certeza
razoável de que não está grávida.
Após aborto (espontâneo ou não): imediatamente. Se iniciar nos sete dias
depois de aborto, não necessita de método de apoio. Se mais que sete dias,
iniciar desde que haja certeza razoável de que a mulher não está grávida.
Consultas de Retorno
O 1º retorno deve ser após 30 dias de uso da pílula. O retorno seguinte, após três
meses de uso do método. Os retornos subsequentes devem ser anuais. Retornos
61
mais frequentes devem ser agendados para usuárias com patologias associadas,
tais como hipertensão arterial leve, diabetes, entre outras. Nas consultas de retorno
deve ser checado o modo de uso do método.
Pontos-chave:
Podem ser usadas por lactantes a partir de seis semanas após o parto e
previne a gravidez eficazmente pelo menos por seis meses ou até a
menstruação retornar.
A quantidade e a qualidade do leite materno não são prejudicadas.
Ao término de uma cartela iniciar a seguinte no próximo dia, não deixar dias de
descanso, pois todas as pílulas da cartela são ativas.
Se após gestação:
- Amamentando de forma exclusiva ou não, com mais de seis semanas do parto:
iniciar a minipílula a qualquer momento se há certeza razoável de que não está
grávida. Método de apoio por sete dias.
- Não amamentando: Para início de minipílula: se menos de quatro semanas do
parto, começar a qualquer momento (sem necessidade de método de apoio) – não é
um método muito eficaz para mulheres que não estão amamentando.
Consultas de Retorno
O primeiro retorno deve ser após 30 dias de uso da pílula; o seguinte, após três
meses de uso do método. Os retornos subsequentes devem ser anuais. Retornos
mais frequentes para usuárias com patologias associadas, tais como hipertensão
arterial leve, diabetes, entre outras.
Quando indicar?
- Para toda e qualquer mulher, independentemente se adolescente ou adulta,
que preencha os critérios de elegibilidade para anticoncepção.
64
Pontos-chave:
A recuperação da fertilidade após o uso de injetáveis mensais é rápida, em
média, o retorno da ovulação acontece em 60 a 90 dias após a última injeção.
Contraindicações: em lactantes deve ser evitado pelo menos até o 6º mês após o
parto; gestação.
Orientações importantes
A primeira injeção deve ser administração até o quinto dia do início da menstruação.
As aplicações subsequentes devem ocorrer a cada 30 dias, mais ou menos Sete
dias, independentemente da menstruação.
Se houver menos de sete dias em atraso, realizar a próxima aplicação sem
necessidade de testes, avaliação ou método de apoio.
Se atrasar mais de sete dias, poderá receber a injeção seguinte se: houver certeza
que não está grávida (ela não fez sexo nas duas semanas após o período em que
deveria ter recebido sua última injeção ou utilizou método de apoio). Ela precisará de
método de apoio nos primeiros sete dias após a injeção.
65
Se a usuária estiver mais que sete dias atrasada e não atender aos critérios
acima, medidas adicionais (como o teste rápido para gravidez) poderão ser tomadas
para que se tenha certeza razoável de que ela não está grávida.
Se após gestação:
- Amamentando de forma exclusiva ou quase ou parcialmente para o injetável
mensal: atrase a primeira injeção até completar seis semanas depois do parto ou
quando o leite não for mais o alimento principal do bebê – o que ocorrer primeiro.
- Após aborto (espontâneo ou não): imediatamente. Se mais que sete dias, iniciar
desde que haja certeza razoável de que não está grávida (método de apoio por sete
dias)
- Não amamentando: para injetável mensal, se menos de quatro semanas do parto,
iniciar a qualquer momento a partir do 21º do parto; se mais que quatro semanas do
parto, iniciar a qualquer momento desde que com certeza razoável de que não está
grávida.
Se a menstruação tiver retornado, começar tal como mulheres que apresentam
ciclos menstruais.
Consultas de Retorno
O primeiro retorno deve ser após 30 dias de uso e os seguintes após três meses. Os
retornos subsequentes devem ser anuais e sempre checar a satisfação e o modo de
uso do método.
Quando indicar?
- Para toda e qualquer mulher, independentemente se adolescente ou adulta, que
preencha os critérios de elegibilidade para anticoncepção.
- Não necessita realizar colpocitologia, exame de mamas ou pélvico para iniciar o
uso.
- Aquelas infectadas com o HIV, que tenham aids ou estejam em terapia
antirretroviral (ARV) podem utilizar os AIs com segurança. Incentive-as a utilizarem
preservativos juntamente com os injetáveis.
Pontos-chave:
Orientações importantes
Se após gestação:
- Amamentando de forma exclusiva ou quase ou parcialmente para trimestral: se não
houve retorno da menstruação, iniciar a qualquer momento se há certeza razoável
de que não está grávida. Método de apoio por 7 dias.
- Após aborto (espontâneo ou não): imediatamente. Se mais que sete dias, iniciar
desde que haja certeza razoável de que não está grávida (método de apoio por sete
dias)
- Não amamentando: para trimestral, se menos de quatro semanas, iniciar a
qualquer momento (sem necessidade de método de apoio; se mais que quatro
semanas do parto, iniciar a qualquer momento desde que com certeza razoável de
que não está grávida.
Se a menstruação tiver retornado, começar tal como mulheres que apresentam
ciclos menstruais.
Consultas de Retorno
O primeiro retorno deve ser em três meses e em que também se fará a aplicação de
nova injeção. Se o retorno em três meses não for possível naquele serviço, fornecer
uma receita e uma dose da injeção para que seja aplicada em três meses e agendar
o retorno em seis meses. Os retornos subsequentes devem ser anuais e sempre
checar a satisfação e o modo de uso do método.
Caso haja vômitos até uma hora após a ingestão dos comprimidos, repetir a dose
após uso de um antiemético e de se alimentar Iniciar de preferência nas primeiras 72
horas. Limite de cinco dias
Indicações:
Relação sexual sem uso de anticoncepcional.
Falha ou esquecimento do uso de algum método: ruptura do preservativo,
esquecimento de pílulas ou injetáveis, deslocamento do DIU ou do diafragma.
No caso de violência sexual, se a mulher não estiver usando nenhum método
anticoncepcional.
Pontos-chave:
Deve ser usada somente como método de emergência, não podendo ser
utilizado de forma regular.
Pode ajudar a prevenir os abortos provocados, na medida em que previne
gestações indesejadas, que decorram de relações sexuais sem proteção
anticoncepcional.
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Contraindicações: em gestantes.
Consultas de Retorno
Após dez dias de prescrição da pílula de emergência para a avaliação do ciclo
menstrual e incentivo ao uso de outro método regular de anticoncepção, lembrando
sempre da dupla proteção.
São encontrados dois tipos: DIU com cobre (polietileno estéril radiopaco e revestido
com filamentos e/ou anéis de cobre, enrolado em sua haste vertical) e DIU que
libera hormônio (polietileno e a haste vertical é envolvida por uma cápsula que libera
continuamente pequenas quantidades de levonorgestrel).
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À cliente que optar pelo DIU deverá receber o certificado na sua consulta individual
com a identificação da data da última coleta do exame preventivo do câncer de colo
de útero (PCCU) e avaliação da necessidade de realização de uma nova coleta. A
atividade educativa terá validade de 01 ano devendo, portanto, a cliente após o
vencimento participar novamente do planejamento reprodutivo.
Laqueadura / Vasectomia
À clientela que optar pelo método cirúrgico deverá receber o certificado na sua
consulta individual. A atividade educativa terá validade de 01 ano devendo, portanto,
após o vencimento participar novamente do planejamento reprodutivo.
Orientações Importantes:
O certificado e a autorização de esterilização não podem ter quaisquer
rasuras e ser legível pois serão criteriosamente conferidos. O certificado pode
conter a assinatura / carimbo tanto do profissional enfermeiro quanto o do
profissional médico nas duas etapas. Já no documento de autorização de
esterilização deverá conter duas assinaturas e carimbo do profissional médico
e/ou somente uma assinatura do profissional enfermeiro.
3ª CESARIANA
PLANEJAMENTO FAMILIAR
REFERÊNCIAS
SOUZA, M.T et al. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein. 2010, n.8,
p.102-6.
FRANÇA, Iara Soares de. Indicadores sociais e econômicos para uma leitura do
processo de fragmentação do espaço urbano e desigualdade social na cidade média
de Montes Claros/MG. 2011. Disponível em:
<file:///C:/Users/jairo.nascimento.SMSAU/Downloads/51-100-1-SM.pdf> Acesso em:
Agosto/2017.
SANTOS, Luíz Filipe Rodrigues dos; Santos, Maria Santana Silva; Santos, Thaís
Pereira dos; Desigualdades socioeconômicas em Montes Claros-MG: breves
apontamentos. V Congresso em Desenvolvimento Social, 2016. Disponível em:
<http://www.congressods.com.br/anais/gt_02/DESIGUALDADES%20SOCIOECONO
MICAS%20EM%20MONTES%20CLAROS.pdf> Acesso em: Setembro/2017.