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Formação Do Solo

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Formação dos solos

Elementos que compõem o solo e porcentagem:


São cinco os elementos que constituem o solo: matéria mineral, matéria
orgânica, água, ar e organismos vivos (biota do solo), embora estes últimos não
sejam considerados constituintes do solo em termos geológicos. As partículas
minerais e orgânicas são unidas através de processos físicos, químicos e
biológicos, formando agregados e espaços livres – os poros -, nos quais ocorre a
circulação de água e ar. É nesta matriz (definida pela estrutura do solo) que se
vão desenvolver as raízes das plantas e a restante atividade biológica.
Estes elementos que constituem o solo estão presentes em cada secção, que é,
assim, uma matriz mineral-orgânica, porosa e biologicamente ativa. Cerca de
metade é sólida, constituída por matéria mineral (45%) e matéria orgânica (5%), e
a restante é espaço livre, formado por poros que retêm o ar (20%-30%) e a água
(20%-30%).
A textura do solo é definida pela proporção das partículas minerais elementares
que o constituem (areia, limo e argila). Estas partículas constituem aquilo a que se
chama de terra fina: minerais de dimensão inferior a dois milímetros (mm) de
diâmetro. Estão definidas diferentes classes de textura, nas quais estas partículas
são separadas em lotes de acordo com a sua dimensão: areia, com diâmetro
entre 2 mm e 0,02 mm; limo, de diâmetro entre 0,02 mm e 0,002 mm e argila,
partículas de dimensão inferior a 0,002 mm.

Cada horizonte dos solos possui composições diferentes, observe:


Horizonte O – Camada com alta presença de matéria orgânica, água,
animais e plantas.

Horizonte A – Mais escura por possuir matéria orgânica, água e sais


minerais.

Horizonte B – Acumula sais minerais e materiais dos horizontes O e A,


possui presença maior de ar.

Horizonte C – Constituído por fragmentos de rochas desintegradas do


horizonte D; grande presença de ar.

Horizonte D ou R – Rocha matriz ou originária do solo.

Classificação dos solos:


No Brasil há o predomínio de três tipos de solos, os latossolos, argissolos e
neossolos, que juntos abrangem cerca de 70% do território nacional, segundo o
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) - IBGE. Os latossolos e argissolos
ocupam aproximadamente 58% da área e são solos mais profundos, altamente
intemperizados, ácidos e de baixa fertilidade natural. Em certos casos, também
ocorrem solos de média a alta fertilidade, em geral pouco profundos em decorrência
de seu baixo grau de intemperismo. Estes se enquadram principalmente nas classes
dos neossolos, luvissolos, planossolos, nitossolos, chernossolos e cambissolos.

Os solos apresentam grande variedade química, física e biológica em sua


composição. São 13 classes contidas no sistema de solos brasileiro. São exemplos:

 Argissolos

 Cambissolos

 Chernossolos

 Esposossolos

 Gleissolos

 Latossolos

 Luvissolos

 Neossolos

 Notssolos

 Organossolos

 Planossolos

 Plintossolos

 Vertissolos

Classificação quanto a origem:


Quanto à origem, os solos são classificados em eluviais e aluviais.

1. Eluviais: quando os solos se formam por rochas encontradas no mesmo local da


formação, ou seja, quando a rocha que se decompôs e se alterou para a formação do
solo se encontra no mesmo local do solo;

2. Aluviais: quando os solos foram formados por rochas localizadas em outros


lugares. Graças à ação das águas e dos ventos, os sedimentos foram transportados
para outro local.

Classificação quanto à influência externa:


Quanto à influência externa, existe outra forma de classificação dos solos, também
chamada de classificação zonal, que divide os solos em zonais,
intrazonais e azonais:

1. Zonais: são maduros, bem delineados e profundos. São subdivididos


em latossolos, podzóis, solos de pradaria e desérticos.

1.1. Latossolos: São solos pouco férteis, presentes geralmente em climas quentes e


úmidos, com profundidades superiores a 2m;

1.2. Podzóis: São solos férteis, graças à acumulação de minérios, húmus e matéria


orgânica, e são próprios de climas frios e temperados;

1.3. Solos de pradarias: São ricos em cálcio e matérias orgânicas, por isso, são


extremamente férteis. Estão presentes em regiões subúmidas de clima temperados;

1.4. Desérticos: Solos caracterizados por serem pouco profundos e pouco férteis.


Próprios de regiões desérticas.

2. Intrazonais: são solos bem desenvolvidos, além de serem bastante influenciados


pelo local e pelos fatores externos. Dividem-se em solos salinos e solos
hidromórficos.

2.1. Solos salinos: também chamados de halomórficos, caracterizam-se pelo alto


índice de sais solúveis, próprios de regiões áridas e próximas ao mar. Possuem uma
baixa fertilidade;

2.2. Solos hidromórficos: por estarem localizados próximos a rios e lagos,


apresentam grande umidade. Sua fertilidade depende do índice de umidade: quanto
mais úmidos, menos férteis.

3. Azonais: solos pouco desenvolvidos e muito rasos. Dividem-se em solos aluviais e


litossolos.
3.1. Solos aluviais: presentes em áreas de formação recente em planícies úmidas.
Quando os seus sedimentos são transportados, formam um solo de coloração
amarela denominado de loess.

3.2 Litossolos: presentes em locais com declives acentuados. Costumam estar


posicionados diretamente sobre a rocha formadora. São solos inférteis.

Classificação dos solos quanto a cor:

Vermelho: Solo vermelho é aquele que apresenta uma coloração avermelhada como
resultado da presença de compostos de ferro. Este solo pode se formar a partir de
sedimentos ricos em ferro ou os compostos podem se desenvolver no solo à medida que
ele sofre intemperismo. Existem vários tipos diferentes de solo que é vermelho, e
simplesmente identificar a cor não fornece muitas informações sobre ele, exceto a
verificação de que provavelmente é rico em ferro. 

Amarelo: Os Argissolos Amarelos são solos desenvolvidos principalmente de


sedimentos do Grupo Barreiras, mas, são também desenvolvidos de rochas cristalinas
ou sob influência destas.
Escuros: Solos escuros indicam a presença de muita matéria orgânica decomposta
ou em decomposição. É um solo muito bom para agricultura, mas não é um solo bom
para fundações, já que não tem uma boa compactação e cria “vazios” devido à
decomposição da matéria orgânica.

Práticas de conversão do solo: Não existe uma forma única de conservação do


solo, pois cada um tem suas próprias características. Portanto, deve-se conhecer as
particularidades da área a ser conservada, da vegetação presente, assim como algumas
características da região para saber qual a melhor técnica a aplicar.

Dentre as principais estratégias utilizadas para conservação do solo, podemos considerar


as práticas conservacionistas e as vegetativas.

 Práticas conservacionistas: aquelas que, com modificações no sistema de


cultivo, além de controlar a erosão, contribuem para manter ou até mesmo
aumentar a fertilidade do solo.
 Práticas vegetativas: são aquelas que utilizam a vegetação para a proteção do
solo contra os efeitos da erosão.
Dentre essas estratégias, podemos citar:
Plantio Direto:

No plantio direto ocorre o mínimo revolvimento do solo. Ocorre também a manutenção


de uma cobertura de palhada que ajuda a reduzir impactos das gotas de chuva.
Rotação de culturas: É uma técnica agrícola de conservação que visa a
diminuir a exaustão do solo. Isto é feito trocando as culturas a cada novo plantio
de forma de que as necessidades de adubação sejam diferentes a cada ciclo.
Consiste em alternar espécies vegetais numa mesma área agrícola. As espécies
escolhidas devem ter, juntas, propósitos comerciais e recuperação do solo.

Escalando-se diferentes culturas e promovendo-se a rotação


de herbicidas e inseticidas, melhora-se o controle de plantas
daninhas e insetos pela quebra de seu ciclo de desenvolvimento, variação da
absorção de nutrientes, e ainda variação radicular, explorando de diferentes
formas o solo.

Terraceamento : O terraceamento é uma técnica agrícola de plantio


elaborada para a contenção de erosões causadas pelo escoamento da água em
áreas de vertentes. Essa técnica é aplicada ao parcelar uma área inclinada em
várias rampas. Com isso, as águas das chuvas, ao escoarem superficialmente,
perdem sua força, removendo menos sedimentos do solo e causando menos
impactos sobre ele.
Pousio: Pousio (ou poisio), em agricultura, é nome que se dá ao descanso ou
repouso proporcionado às terras cultiváveis, interrompendo-lhe as culturas para
tornar o solo mais fértil.

O pousio aumenta a recuperação da bioestrutura do solo e a profundidade


de enraizamento, tendo por consequência o aumento das trocas das
substâncias humificadas e seu reabastecimento, verificado, por exemplo, em solos
das regiões tropicais.

Fatores de empobrecimento do solo:

Laterização : é um processo no qual o solo acumula grande quantidade de óxidos


hidratados de ferro ou alumínio, o que modifica a sua composição e a coloração, que se
torna avermelhada, com cor de ferrugem. É um processo que decorre, especialmente,
do intemperismo químico, que é ocasionado pela água das chuvas ou irrigação.

A exposição do solo ao intenso sol da zona intertropical promove uma espécie de


“cozimento” da superfície exposta ao calor durante o longo período de estiagem, tornando-o
seco, reduzindo a infiltração, aumentando o escoamento e culminando na redução da
fertilidade.

Lixiviação: é o movimento de materiais solúveis na matriz do solo pelo efeito da


água que escorre e causa erosão ou a água que infiltra no solo em direção ao lençol
freático. A chuva, quando encontra o solo desprotegido, sem cobertura vegetal viva
ou morta, provoca um processo de destruição de agregados em partículas
primárias: areia, silte e argila.
Solimização:

Entende-se por salinização do solo o processo de excessivo acúmulo de sais minerais,


estes geralmente provenientes das águas pluviais, oceânicas ou aquelas utilizadas pela
irrigação na agricultura.

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