Arte Agora
Arte Agora
Arte Agora
D O C O R P O
CHRISTINE GREINER
SOFIA NEUPARTH
(orgs.)
ARTE AGORA
Infothes Informação e Tesauro
ISBN 978-85-391-0230-3
CDU 800.95
CDD 301.21
ARTE AGORA
Conselho Editorial
Eduardo Peñuela Cañizal
Norval Baitello junior
Maria Odila Leite da Silva Dias
Celia Maria Marinho de Azevedo
Gustavo Bernardo Krause
Maria de Lourdes Sekeff (in memoriam)
Pedro Roberto Jacobi
Lucrécia D’Alessio Ferrara
Antes de começar... 00
Parte 1
Sobre ser e poder
Que corpo é este? Que arte é esta? 00
Sofia Neuparth
Indivíduo e potência 00
Peter Pal Pelbart
Parte 2
Sobre dizer e fazer
Como o corpo permite estes textos os quatro formas
de dizer a mesma coisa que não consigo dizer 00
Margarida Agostinho
Projeto-processo-produto: uma proposta
evolucionista para rever o projeto artístico 00
Helena Kalz
Parte 3
Sobre estar e ocupar
Texto sem nome às voltas do corpo na cidade 00
Paula Petreca
Ciência, arte e o conceito de Umwelt 00
Jorge de Albuquerque Vieira
Considerações sobre uma arte fora do mercado 00
Marta Traquino
Não sei se as galinhas vão ter dentes, mas sei que as
palavras vão ter de criar músculos 00
Graça Passos
Parte 4
Sobre viver e conviver
Arte e soberania 00
José A. Bragança de Miranda
Arte e civilidade 00
Christine Greiner
Uma conversa com Maria Filomena Molder
Antes de começar...
Christine Greiner
Parte 1
Sobre ser e poder
Que corpo é este?
Que arte é esta?
Sofia Neuparth
Contextualização
a arte é conhecimento.
o fazer e fruir artístico abrem-me o desdobramento de
possibilidades de relação e, assim, de reflexão e acção. so-
mos seres relacionais e os laços e afectos que tecemos ao
longo da vida não se restringem ao universo humano, des-
de o princípio do desenvolvimento embrionário, quando
o zigoto se lança no caminho ao longo do útero materno,
já entramos em contacto com o acontecimento que tan-
tos têm identificado como ser o não ser. o mesmo agrega-
do de células em movimento dá origem ao humano e ao
seu ambiente imediato…
ao reconhecer,
à comunicação da forma/obra,
ao deixar,
sei que a linguagem não existe para fazer passar uma men-
sagem, que não me posso ausentar no transporte da ca-
neta.
extensões.
Peter Pelbart
2. Sahara, 65.
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3. Francis Bacon, Lógica da Sensação, Jorge Zahar Ed., Rio de Janeiro, p. 66.
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Peter Pelbart
Incapacidade
Ponto Fixo
As próprias medidas
O uso
Lugares da Escrita
Helena Katz
Epistemologias
O projeto da evolução
Bibliografia
BRADIE, Michael. “Epistemology from an Evolutionary
Point of View”, em Conceptual Issues in Evolutionary Biology,
ed. SOBER Elliot, pg. 454-475, MIT Press, 1995.
BURIAN, Richard M. “”Adaptation: Historical Perspectives”,
em Keywords in Evolutionary Biology, ed. por KELLER, Eve-
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Press,1995.
CAMPBELL, Donald T. “Blind variation and selective reten-
tion in creative thought as in other knowledge processess”, em
Psychological Review, nº 67, pg. 380-400.
DENNETT, Daniel C. A Perigosa Idéia de Darwin. A Evolu-
ção e os Significados da Vida. Ed. Rocco, 1998.
Digital Encyclopedia of Charles S. Peirce, ed. QUEIROZ,
João e GUDWIn, Ricardo.
FODOR, Jerry. Psychossemantics. MIT Press, 1987.
LAKOFF, George e JONSON, MARK. Philosophy in the
flesh: the embodied mind and its challenge to western thou-
ght. New York: Basic Books, 1999.
MERRELL, Floyd. “Abducting Abduction”, em Digital
Encyclopedia of Charles S. Peirce, ed. QUEIROZ, João e GU-
DWIN, Ricardo. http://www.digitalpeirce.fee.unicamp.br/
MERRELL, Floyd. Peirce’s Semiotics Now. Toronto: Cana-
dian Scholar’s Press, 1995.
QUEIROZ, João. Semiose Segundo C.S. Peirce. Ed. Educ/
Fapesp, 2004.
QUEIROZ, João, EMMECHE, Claus & EL-HANI, Charbel
Niño. “Information and Semiosis in Living Systems: A Semio-
tic Approach”, em S.E.E.D Journal (Semiotic, Evolution, Ener-
gy and Development).
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Paula Petreca
I - Introdução
II - O Conceito de Umwelt
IV - Arte e Realidade
E mais adiante:
V - Considerações Finais
VI - Bibliografia
Marta Traquino
vender. Uma arte fora do mercado será uma arte que não
move dinheiro, será uma arte a mover pensamento livre
onde o momento em que o intraduzível acontece se pode
suster, assim como desejamos que aconteça quando senti-
mos o prazer de um encontro.
Graça Passos
I. Arte e política
10. De facto na história não existem «erros», pois nela impera a facticidade
do «acontecido», do efectuado. Como afirma Carl Einstein: « Once the
cement binding human beings to their environment—namely, God—had
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crumbled, the chasm between psychological processes and their causal ex-
planation deepened and became the fundamental problem. God had func-
tioned as a mean, reconciling paradoxes and antinomies. Absorbed and
neutralized in God, they were thus removed from the immediate world. In
earlier times, cognition, logic, and dialectics were subject to the irrational
dominant that was God. The incongruous and the miraculous were consi-
dered to be the origin and the ground of being; the hallucinatory, mythic
origin of cognition was clearly apparent and retained its power. In this re-
gard, medieval thought was far more complex than modern thought, since
it encompassed logic’s irrational opposite». Cf. Carl Einstein, «Gestalt and
concept» in OCTOBER 107, winter 2004, pp. 172.
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11. Victor Hugo, cf. O capítulo «Ceci tuera cela» in Notre-dame de Paris
(1831).
12. Começa assim a «soberania» do artista…
13. Stéphane Mallarmé, “Les Impressionnistes et Edouard Manet” (1876).
14. Cf. Hans Blumenberg, «The epochs of the concept of an epoch» in Hans
Blumenberg (1975), The Legitimacy of the Modern Age, Mass., MIT Press,
1985, pp.457ss.
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20. Hegel (1807), Fenomenologia do Espírito, Vol. II, Trad. Paulo Menezes,
Petrópolis, 1992, p. 185.
21. Neste sentido, a idade média era política «inconscientemente», na medida
em que correspondia a um mundo unitário, apesar das divisões e das ordens
medievais, altamente hierárquicas.
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22. Neste aspecto, uma arte do aspecto que se pretenda política confunde-se
com uma «cosmética» generalizada. Sobre a crítica da «cosmética», cf.
Jacqueline Liechttenstein, «~De la toilette platonique» in La Couler Elo-
quente, Paris, Flammarion, 1989.
23. Trata-se de um assunto controverso. Cf. Reynolds, D. "Mallarmé and Hegel:
Speculation and Reflexivity." French Cultural Studies 2 (1991): pp.71-89.
24. Hegel, "Über Mythologie, Volksgeist und Kunst" (On mythology,"national
spirit," and art) in Donald Phillip Verene, Hegel's Recollection: A Study
of Images in the Phenomenology of Spirit, State University of New York
Press, 1985, p. 37.
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32. Sobre as formas que foi assumindo a noção de obra de arte total até à con-
temporaneidade, ver, por exemplo, Matthew Smith, The Total Work Of
Art, Routledge, 2007.
33. A influência do pensamento de Jean Baudrillard nos cineastas, como Cro-
nenberg, os irmãos Waschofski, etc., tem a ver com a possibilidade de tecni-
camente se poder «produzir» o aspecto, tornando-o absoluto. O que tem
pouco de inovador, bem vistas as coisas… Basta ver como o cinema, trabalho
os sentidos para que a obra ressalte, momentaneamente absoluta.
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II. Soberania
34. Mas é com Marcel Duchamp que alcança a sua expressão máxima.
35. Diz Benjamin: «So steht es um die Ästhetisierung der Politik, welche der
Faschismus betreibt. Der Kommunismus antwortet ihm mit der Politisie-
rung der Kunst». (Zweite Auffassung)
36. Em princípio a solução benjaminiana passaria pelo «cinema»… essa arte co-
operativa, dinâmica e circulando por todo o planeta. Neste aspecto o cinema
confunde-se com a arte contemporânea, como se pode ler nos paralipóme-
na ao ensaio sobre a obra de arte. Cf. Walter Benjamin, ADENDA A “
A OBRA DE ARTE NA ÉPOCA DA SUA POSSIBILIDADE DE RE-
PRODUÇÃO TÉCNICA” in A Modernidade, ed. e trad. João Barrento,
Lisboa, Assírio & Alvim, p. 505.
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37. É certo que as artes de instalação parece escapar ao efeito inevitável da ex-
pansão da obra de arte, mas isso não ocorre sem ambiguidades, pois a maior
complexidade da instalação não impede que as obras se fragmentem e mo-
netarizem de outro modo, como ocorre, por exemplo, nas obras de Matthew
Barney ou Olaf Elliasson cujo gigantismo parece apelar a esta noção.
148 Arte Agora
47. Diz Beuys: «everything that concerns creativity is invisible, is a purely spi-
ritual substance. And this work, with this invisible substance, this is what I
call "social sculpture."». Para uma crítica da gesammtkunstwerke de Beuys,
cf. Eric Michaud, «The Ends of Art According to Beuys» in October, Vol.
45 (Summer, 1988), pp. 36-46
48. Este problema emerge filosoficamente no texto intitulado «Oldest Pro-
gramme for a System of German Idealism» (1796), atribuível a Hegel, mas
que poderá ser também de Holderlin ou Schelling. O desenvolvimento do
pensamento destes autores, foi levando a ponderações diferentes da estrutu-
ra enunciada no referido «programa». Cf. Bernstein, J. M. (ed.), Classical
and Romantic German Aesthetics, Cambridge University Press, 2003.
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49. É esta a opinião de Carl Einstein: « The European art work serves even now
to provide a sense of inner security and strength to the propertied class. It
offers the bourgeois a fiction of aestheticized revolt, in which every desire
for change can find a harmless “spiritual” outlet.» in «On primitive art»,
OCTOBER 105, Summer 2003, p. 124.
50. Num livro importante, Christoph Menke opõe ao modelo idealista de «au-
tonomia da arte», o modelo alargado, que define como soberano: «Where-
as the autonomy model confers relative validity upon aesthetic experience,
the sovereignty model grants it absolute validity, since its enactment dis-
rupts the successful functioning of nonaesthetic discourses. The sovereignty
model considers aesthetic experience a medium for the dissolution of the
rule of nonaesthetic reason, the vehicle for an experientially enacted criti-
que of reason». Cf. Christoph Menke (1988), The Sovereignty of Art: Aes-
thetic Negativity in Adorno and Derrida, Mass., MIT Press, 1999, p. IX.
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de que a transferência já ocorreu desde sempre, a não ser por falha grave ou
desarranjo do Estado. Sobre os limites do Leviatã, Cf. Susanne Sreedhar,
Hobbes on Resistance: Defying the Leviathan, Cambridge, Cambridge
University Press, 2010.
59. Claro que este jogo só se mantém enquanto existir Estado e propriedade.
Assenta aqui a razão da fragilidade das teses de Giorgio Agamben sobre a
soberania enquanto fundamento do Estado de excepção. De facto, a arte e
o crime restituem-nos outras formas de soberania, acima de tudo ao recusa-
rem, ou fingirem aceitar, a ideia de intrasferabilidade.
60. A obediência surge como o «mistério» da política, como afirma La Boétie.
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61. A questão das mulheres é essencial neste texto, que surge a, aliás, no livro La
Philosophie du Boudoir ou Les instituteurs immoraux (1795), um singular
simpósio, que «as mães deveriam dar a ler às filhas».
62. Trata-se, de facto, de uma frase de Clairwil em Juliette: «Je voudrais, dit
Clairwil, trouver un crime dont l’effet perpétuel agît, même quand je
n’agirais plus, en sorte qu’il n’y eût pas un seul instant de ma vie, ou même
en dormant, où je ne fusse cause d’un désordre quelconque, et que ce désor-
dre pût s’étendre au point qu’il entraînât une corruption générale, ou un
dérangement si formel, qu’au-delà même de ma vie l’effet s’en prolongeât
encore. (Cf. Le Brun and Pauvert (eds), Sade, Histoire de Juliette, ou les
Prospérités du vice, (Paris: Société Nouvelle des Éditions Pauvert, 1987),
Vol. 8, p. 541. É conhecida a dificuldade de separar Sade das suas persona-
gens, com as quais nunca se identifica plenamente. Mas a ideia de um acto
absoluto é claramente sadiana. Sobre este assunto, ver «Sade and Transcen-
dence» in John Phillips, Sade: The Libertine Novels, Londres, Pluto Press,
2001, pp. 156-157.
160 Arte Agora
63. Na lei dos grandes números nenhuma posição ficará por frequentar, por ab-
surda ou bizarra que seja. Ora, a lei dos grandes números é a que determina,
estatisticamente, a entrada na história na era da multidão.
64. Maurice Blanchot,« L’Inconvenance majeure», suivi de Sade, Français,
encore un effort, Paris, Jean Jacques Pauvert, 1965, p. 20. O que era uma
paródia de uma fórmula de Saint-Just: « On méprise la vertu comme le
vice, on dit aux hommes: Soyez traîtres, parjures, scélérats si vous voulez,
vous n’avez point à redouter l’infamie, mais craignez le glaive et dites à vos
enfants de le craindre. Il faut tout dire, les lois qui règnent par les bourreaux
périssent par le sang et l’infamie, car il faut bien enfin qu’elles retombent sur
quelqu’un». Contra o antigo poder, e para instaurar o seu, Saint-Just pede
aos cidadãos que «digam tudo», para depois moderar o princípio, que Sade
radicalizará. Cf. Saint-Just , «L’esprit de la révolution et de la constitution
de la France» (1791).
65. Jacques Derrida insiste que se o direito para dizer tudo for apenas literário e
ficcional pode tornar-se conservador. A isso ele contrapõe um «democracia
por vir» ou vindoura. Na prática isso implica uma confiança excessiva no
texto e nos seus efeitos, quando o dizer tudo de Sade, passando-se dentro da
ficção é, por uma mediação complexa, imediatamente político. Sobre este
assunto, cf. Kevin Hart, «The Right to Say Everything» in The European
Legacy, Vol. 9, No. 1, 2004, pp. 7-17.
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70. Walter Benjamin, The origin of German tragic drama, Londres, Verso, 1998.
71. Segundo Carl Schmitt, num livro que Benjamin leu cuidadosamente, «
Sovereign is he who decides on the exception». Cf. Carl Schmitt (1922),
Polical Theology, Mass., MIT Press, 1985, p. 30.
72. O mesmo se aplica a nível internacional, embora aí a definição de soberania
estatal ainda mantenha alguma parte da sua vigência clássica.
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76. Schmitt nem considera esta hipótese, pois parte demasiado convictamente
da tese de Kierkegaard, apresentado no texto sobre a «repetição»: "The ex-
ception explains the general and itself. And if one wants to study the gene-
ral correctly, one only needs to look around for a true exception. It reveals
everything more clearly than does the general. Endless talk about the general
becomes boring; there are exceptions. If they cannot be explained, then the
general also cannot be explained. The difficulty is usually not noticed be-
cause the general is not thought about with passion but with a comfortable
superficiality. The exception, on the other hand, thinks the general with in-
tense passion." (Kierkegaard)
77. Apesar da crítica intensa ao uso do sangue pelo romantiamo, por Nietzsche
associada ao império do sacrifício na história, no Zaratrutra afirma que «
Of all that is written I love only that which one writes with his blood». Cf.
Friedrich Nietzsche (1883-1885) - Thus Spoke Zarathustra, editado por A.
Caro & R. Pippin, Cambridge, Cambridge University Press, 2006, p. 27.
Como é evidente, não se trata de usar o sangue dos outros, mas pôr-se em
risco a si próprio.
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III. Crime
79. Cf. Max Stirner, O Único e a sua Propriedade, Tradução, glossário e notas
de João Barrento, Posfácio de José Bragança de Miranda, Lisboa, Antígona,
2004, p. 115.
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88. Mallarmé, enquête par Jules Huret menée pour l’Echo de Paris (1891).
89. Existe uma soberania negra, que se opõe ao direito e que simula poder insti-
tuir direito, quando nega apenas o existente. Ela é um delírio da soberania
estatal, e é tão inevitável e duradoura como a outra. Sobre o romantismo ne-
gro, historicamente ligado ao gótico novecentista, ver Mário Praz (1930), La
carne, la morte e il diavolo nella letteratura romantica, Milão, Rizolli, 2008.
Relativamente à arte contemporânea, Jean-Michel Rabaté mostra bem o fas-
cínio da arte com o crime, num processo que vem de Thomas de Quincey, de
Edgar Allan Poe, até Marcel Duchamp e Man Ray. Cf. Jean-Michel Rabaté,
Etant donnés : 1° l’art, 2° le crime – La modernité comme scène du crime,
Dijon, Les Presses du Réel, 2010.
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IV. Complô
94. Trata-se de um poema dos anos 20 « Verwisch die Spuren», onde se pode
ler « Whatever you say, don’t say it twice / If you find your ideas in anyone
else, disown them. / The man who hasn’t signed anything, who has left no
picture / Who was not there, who said nothing:/How can they catch him?
/ Cover your tracks!-» . Cf. Bertolt Brecht, “Cover Your Tracks” in Brecht,
Poems 1913–1956, ed. Willett and Mannheim, trans. Frank Jones.
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Christine Greiner
Cultivo e treino
95. As discussões mais recentes das Ciências Cognitivas demonstram que mes-
mo o entendimento conceitual nasce do movimento do corpo (Greiner
2010, parte 2).
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