O documento discute a judicialização das relações sociais no Brasil após a Constituição de 1988 e o papel do Poder Judiciário nesse processo. Aborda conceitos como ativismo judicial e como o Judiciário tem interferido em questões políticas por meio de decisões que atendem demandas sociais negligenciadas pelos outros poderes. Apresenta também exemplos reais de casos em que o Supremo Tribunal Federal adotou uma postura ativista.
O documento discute a judicialização das relações sociais no Brasil após a Constituição de 1988 e o papel do Poder Judiciário nesse processo. Aborda conceitos como ativismo judicial e como o Judiciário tem interferido em questões políticas por meio de decisões que atendem demandas sociais negligenciadas pelos outros poderes. Apresenta também exemplos reais de casos em que o Supremo Tribunal Federal adotou uma postura ativista.
O documento discute a judicialização das relações sociais no Brasil após a Constituição de 1988 e o papel do Poder Judiciário nesse processo. Aborda conceitos como ativismo judicial e como o Judiciário tem interferido em questões políticas por meio de decisões que atendem demandas sociais negligenciadas pelos outros poderes. Apresenta também exemplos reais de casos em que o Supremo Tribunal Federal adotou uma postura ativista.
O documento discute a judicialização das relações sociais no Brasil após a Constituição de 1988 e o papel do Poder Judiciário nesse processo. Aborda conceitos como ativismo judicial e como o Judiciário tem interferido em questões políticas por meio de decisões que atendem demandas sociais negligenciadas pelos outros poderes. Apresenta também exemplos reais de casos em que o Supremo Tribunal Federal adotou uma postura ativista.
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FACULDADE MULTIVIX
GRADUAÇÃO DE DIREITO
CECÍLIA KRUGER BREMIKAMP
ATIVISMO JUDICIAL E O PAPEL DO JUDICIÁRIO NA
JUDICIALIZAÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIAIS
VITÓRIA- ES 2022 1- A JUDICIALIZAÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIAIS
Após a promulgação da Constituição de 1988, a sociedade brasileira
passou a reconhecer e positivar uma ampla gama de direitos, até então negados a seus cidadãos e cidadãs. E, como uma das formas de garantia de sua efetivação, reservou ao Poder Judiciário um papel influente na vida republicana. A Constituição é a lei máxima de um país e sua função é traçar os parâmetros do sistema jurídico e definir os princípios e diretrizes que regem uma sociedade, organizando assim as normas da sociedade e gerando o bem-estar de todos. A judicialização se trata de um fenômeno por meio do qual importantes questões políticas, sociais e morais são resolvidas pelo Poder Judiciário ao invés de serem solucionadas pelo poder Executivo o Legislativo, portanto, esse fenômeno vem da própria separação dos poderes. O Poder Judiciário é o órgão que possui a função de administrar a lei e a justiça em prol da sociedade e possui a função de defender os direitos de todos os indivíduos. Com a criação do Superior Tribunal de Justiça, houve uma maior participação do Poder Judiciário em questões como meio ambiente, saúde, questões humanitárias em geral entre outras. 2- ATIVISMO JUDICIAL
Ativismo judicial está associado a uma participação mais ampla e intensa
do Judiciário na concretização dos valores e fins constitucionais, ou seja, com uma maior interferência sob a atuação dos outros dois Poderes: Executivo e Legislativo. Em relação aos fundamentos, o ativismo judicial se baseia em uma razão normativa e uma razão filosófica, onde o fundamento normativo transcorre do próprio texto constitucional, que atribui ao Poder Judiciário a função de controlar as decisões políticas dos demais Poderes em relação as disposições da Constituição. Algumas características do ativismo judicial são o contra- majorirtismo, o não originalismo, a ausência de deferência perante os precedentes judiciais, o ativismo jurisdicional, a criatividade judicial, o ativismo remedial e o ativismo partidário. O ativismo judicial é uma consequência da judicialização, sendo que o excesso de demandas políticas levadas ao judiciário é o que faz com que os juízes atuem de maneira ampla, ultrapassando o limite da lei. 3- PAPEL DO JUDICIÁRIO NO ATIVISMO JUDICIAL
Em um Estado democrático de direito, é de grande importância o
equilíbrio entre os Poderes, de maneira que nenhum se destaque em relação ao outro. A separação entre política e direito é considerada essencial, pois enquanto que na política funciona o governo da maioria e a soberania do povo, no direito o que prevalece são os direitos fundamentais e a lei em si. São dois conceitos que interagem entre si, porém o direito sempre apresenta uma autonomia maior em relação à política. Existem dois meios que fazem a separação do direito e da política: a independência do Poder Judiciário, e a vinculação dos juízes. O ativismo tem um ponto positivo, ao atender às demandas sociais não atendidas por instâncias políticas, porém por outro lado apresenta um aspecto negativo ao revelar que as instituições constitucionalmente competentes não funcionam satisfatoriamente, ao assumir para si questões referentes aos outros poderes. Em relação as repercussões sociais, pode-se concluir que a sociedade agora conta com muito mais demandas atendidas pelos órgãos do poder, devido também ao papel do executivo no ativismo judicial. 4- EFEITO VINCULANTE NO JUDICIÁRIO E ATIVISMO JUDICIAL
O termo súmula significa resumo ou síntese. Juridicamente, uma súmula
é uma síntese da jurisprudência predominante sobre um determinado assunto. As súmulas vinculantes, impostas pela EC n. 45/2004, representam uma aproximação dos sistemas de civil law e common law no direito brasileiro. O Poder Judiciário não deve interferir acerca de políticas públicas, como ocorre nas súmulas vinculantes, sendo autênticas normas de nível constitucional. Alguns problemas que deveriam ser resolvidos pelo Legislativo e Executivo serão solucionados mediante o instituto das súmulas vinculantes. A jurisdição constitucional não deve partir do fato, mas da norma constitucional, como atualmente é exercido o ativismo judicial, sendo assim, a súmula vinculante tem como função homogeneizar decisões sobre temas divergentes, garantindo a coerência e segurança jurídica do ordenamento como um todo. As súmulas possuem duas características, a imperatividade e a coercibilidade. 5- ATIVISMO JUDICIAL: CASO REAL
Um exemplo sobre o ativismo judicial em casos reais é o reconhecimento
das uniões homoafetivas no Brasil pelo STF que mesmo sem previsão legal, tomou uma decisão ativista ao utilizar a mutação constitucional, para atender um pedido da sociedade para o qual o legislativo se manteve neutro. Outro caso sobre o ativismo judicial, é sobre a vedação ao voto impresso nas urnas eletrônicas, onde o STF interviu de maneira ativista ao declarar a inconstitucionalidade do voto impresso na urna eletrônica. 6- REFERÊNCIAS
OLIVEIRA DE, Antonio Carlos. Judicialização das relações sociais,
2021. Disponível em: < http://osocialemquestao.ser.puc- rio.br/media/OSQ_31_apresenta%C3%A7%C3%A3o.pdf >. Acesso em: 21 de abr. de 2022.
BOBSIN, Arthur. Entenda o cenário da judicialização do Direito no
Brasil e possíveis alternativas, 2021. Disponível em: < https://www.aurum.com.br/blog/judicializacao/ >. Acesso em: 21 de abr. de 2022.
QUEIROZ DE, Antônio Augusto. O que é e para que serve a
Constituição de um país, 2021. Disponível em: < https://www.conjur.com.br/2018-out-03/antonio-queiroz-serve- constituicao >. Acesso em: 21 de abr. de 2022.
MARTINS, Karine. O que é o Poder Judiciário? 2021. Disponível em: <
https://www.politize.com.br/o-que-e-poder-judiciario/ >. Acesso em: 21 de abr. de 2022.
DO VALE, Ionilton Pereira. O Ativismo Judicial: conceito e formas de
interpretação, 2015. Disponível em: < https://ioniltonpereira.jusbrasil.com.br/artigos/169255171/o-ativismo- judicial-conceito-e-formas-de-interpretacao >. Acesso em: 21 de abr. de 2022.
MARTINS, Sérgio Merola. Ativismo Judicial: o que é, histórico e
exemplos, 2019. Disponível em: < https://www.aurum.com.br/blog/ativismo-judicial/ >. Acesso em: 21 de abr. de 2022.