Cromatografia Espinafre

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Universidade Estadual do Centro Oeste - UNICENTRO

Departamento de Farmácia Disciplina de Farmacobotânica e Farmacognosia


Professora: Dra. Leticia Freire de Oliveira
Discentes: Beatriz Noguchi, Ellen Chade, Maria Clara Aquino, Gabriela Oliveira e
Cássio Jordani

Aula Prática - Análise cromatográfica do extrato de folhas verdes

1- INTRODUÇÃO
A extração de produtos naturais e sua separação cromatográfica são utilizadas para
ilustrar diversos fenômenos envolvendo forças moleculares, bem como realizar a análise
quantitativa e qualitativa de determinados compostos específicos, para fins de pesquisa,
controle de qualidade, dentre outras aplicações.
A cromatografia é uma técnica de separação de misturas complexas baseada em
suas propriedades de solubilidade, polaridade e propriedades de funções orgânicas. Os
métodos cromatográficos são usados para separar misturas contendo duas ou mais
substâncias ou íons, baseando-se em sua distribuição diferencial em duas fases:
estacionária e móvel.
Uma das modalidades de cromatografia é a cromatografia em papel, trata-se de uma
técnica simples utilizada em análises de amostras em pequenas quantidades, na qual os
componentes da amostra analisada são separados entre a fase estacionária e a fase móvel
em movimento no papel.
O objetivo da aula prática em questão foi elucidar na prática o princípio da
cromatografia, bem como conhecer sua funcionalidade, além de qualificar a presença de
pigmentos presentes no espinafre.

2- MATERIAIS E MÉTODOS
• 1 grau e 1 pistilo
• Espinafre ou outras folhas verdes
• Etanol P.A.
• Acetona P. A
• Aparato filtrante: Filtros de papel com funil ou filtros de algodão ou peneira
• Placas petri
• Béquer
• Proveta
• Papel filtro
Método

1. Lavar as folhas de espinafre frescas


2. Fragmentar as folhas em um grau.
3. Amassar bem as folhas
4. Adicionar o solvente (Etanol) para extração
5. Macerar por 2 min.
6. Filtrar em papel filtro
7. Separar o líquido extraído
▪ Cromatografia em papel:
1. Cortar o papel filtro (8x5 cm)
2. Colocar uma pequena quantidade de extrato em um béquer.
3. Colocar vagarosamente o papel filtro para eluição
4. Aguardar eluição da fase móvel (Acetona).
5. Anotar o tempo de eluição.
6. Deixar o papel filtro secar.
7. Observar as bandas formadas, descrever as características de cor e eluição.
8. Fator de retenção (Rf), onde: D1 = Distância percorrida pelo composto e D2 = distância
percorrida pelo solvente.

𝑅𝑓 = 𝐷1 𝐷2

3- RESULTADOS E DISCUSSÕES: RESPONDER EM FORMA DE TEXTO FRIENDS

1. Calcule o fator de retenção (Rf) de cada substância.


2. Qual o princípio da cromatografia?
3. Explique fase estacionária e fase móvel.
4. Quais os principais pigmentos das plantas?
5. Demonstre, Clorofila b, Clorofila a, Xantofila e Caroteno.

6. Qual a diferença estrutural entre a clorofila a e a clorofila b?


7. Onde se localizam, na célula, as clorofilas e os demais pigmentos?
8. Como se pode explicar a separação pela cromatografia de papel, com base nas
estruturas moleculares de cada composto?
● Cálculo do fator de retenção (Rf) para acetona

𝐷1
𝑅𝑓= 𝐷2 resultado do solvente ao todo: 4,2
Clorofil B 2,1 cm
Clorofila A 0,9cm
Xantofila 0,5

1,2
𝑅𝑓= 2,4 = 0,5

● Cálculo do fator de retenção (Rf) para etanol

0,5
- xantofila 𝑅𝑓= 4,2 = 0,11
0,9
- clorofila A 𝑅𝑓= 4,2 = 0,21
2,1
- clorofila B 𝑅𝑓= 4,2 = 0,5

A cromatografia é um método físico-químico de separação de misturas complexas


usado para quantificar, identificar e separar os componentes de uma mistura. Para isso,
utiliza o princípio da retenção seletiva, que consiste na migração diferencial de
componentes em duas fases imiscíveis, a fase móvel e estacionária.
Na cromatografia de papel, a amostra é colocada em forma de gota em uma das
pontas do papel. Após isso o papel é inserido em um recipiente onde fica a fase móvel,
lembrando que a extremidade onde a amostra é colocada fica no fundo do papel. A fase
móvel sobe pelo papel por capilaridade, arrastando consigo a amostra e separando cada
componente de acordo com sua afinidade com a fase estacionária.
A fase móvel é a fase em que os componentes estudados "correm" por um solvente
fluido, que pode ser tanto líquido ou gasoso, um exemplo a ser utilizado é a acetona. Já a
fase estacionária consiste em uma fase fixa onde o componente que está sendo separado
ou identificado irá se fixar na superfície de outro material líquido ou sólido. No caso da
cromatografia em papel, o componente fixo é o próprio papel filtro.
Os principais pigmentos das plantas são conhecidos como clorofilas,são pigmentos
fotossintetizantes que podem ser classificados em a e b, absorvem os comprimentos de
onda correspondentes ao seu espectro de absorção e refletem os comprimentos de onda da
sua cor, o verde. Os carotenóides são pigmentos apolares que apresentam coloração
variável do amarelo ao laranja, porém insensíveis ao PH do meio cromoplastídeo. Podem
ser classificados em: carotenos que são moléculas de hidrocarboneto com coloração
alaranjada e as xantofilas do tipo oxicarotenóide de pigmento amarelo.
QUESTÃO 5
A principal diferença estrutural entre a clorofila a e clorofila b, está na ligação do
carbono 7 no anel de clorina, na qual na clorofila a liga-se a uma metila enquanto na b está
ligada a um grupo aldeído.
As clorofilas e outros pigmentos como os carotenóides da célula vegetal estão
presentes no interior dos plastos.
Os componentes são transportados em taxas diferentes porque não são igualmente
solúveis, dessa forma, os pigmentos menos solúveis se moverão pelo papel mais
lentamente do que os pigmentos mais solúveis, essa diferença é o que determina o
desenvolvimento do cromatograma. A solubilidade dos pigmentos é caracterizada de
acordo com o solvente usado.

4-CONCLUSÃO:
A cromatografia em coluna mostrou-se muito eficiente, e seu objetivo foi alcançado uma
vez que observamos a separação das cores da xantofila, Clorofila A e Clorofila B no
solvente Etanol, sendo possível de verificar através de cálculos de retenção e através de
análises visuais. É importante destacar que, os principais fatores que estão ligados a
análise cromatográfica em papel são as capilaridades e as interações das amostras com
as fases móveis e estacionárias influenciadas diretamente pelas polaridades dos
constituintes. Observamos também que na separação das misturas, os diferentes
componentes do analito têm vários graus de adesão à sílica. Por isso, movem-se em
diferentes velocidades através da fase estacionária conforme o solvente flui através dela.

5- REFERÊNCIAS:

http://professor.ufop.br/sites/default/files/mcoutrim/files/qui346_cromatografia_a_gas_10a_a
_12a_aula_2016-1.pdf

FONSECA, S.F. e GONÇALVES, C.C.S. Extração de pigmentos do espinafre e separação


em coluna de açúcar comercial. Química Nova na Escola, São Paulo, n. 20, p. 55-58,
novembro, 2004.

OLIVEIRA, A.R.M.; SIMONELLI, F. e MARQUES, F.A. Cromatografando com giz e


espinafre: Um experimento de fácil reprodução nas escolas do Ensino Médio. Química Nova
na Escola, n. 7, p. 37-38, 1998.

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