Ação Trabalhista
Ação Trabalhista
Ação Trabalhista
O Estado não admite a justiça privada (tutela dos direitos subjetivos pelos
próprios sujeitos interessados, ou seja, a justiça pelas próprias mãos), chamando
para si o monopólio da solução dos conflitos. Essa função estatal se denomina
jurisdição, lembre-se que a jurisdição é forma de solução de conflitos por
heterocomposição.
Leia com atenção o artigo 17 do CPC de 2015, que estabelece que para postular
em juízo é necessário interesse e legitimidade, a possibilidade jurídica do
pedido não é considerada condição da ação, desde a edição do CPC de 2015 e
na Justiça era já antes disso mitigada.
1. RECLAMAÇÃO TRABALHISTA/ AÇÃO TRABALHISTA/ DISSÍDIO
Note-se que após a edição do novo CPC, muito se discute sobre a fim da
execução de título judicial também na Justiça do Trabalho, por uma questão legal
adotaremos a posição legalista da CLT, ou seja como existe definição expressa
não há de se falar em aplicabilidade subsidiária das novas disposições do CPC
nesse particular.
2. PROCESSO E PROCEDIMENTO
Citação é o ato pelo qual o réu ou interessados são convocados para integrar a
relação processual;
Intimação é o ato processual através do qual se dá ciência de um outro ato
processual ou termo do processo.
A NOTIFICAÇÃO ato que tem a finalidade de trazer o réu para integrar a relação
processual para que compareça em audiência e se querendo ofereça defesa, é
feita pelo correio através de Aviso de Recebimento, diretamente pelo setor de
distribuição após o recebimento da petição inicial, diferentemente do que ocorre
na Justiça Comum, não existe despacho de recebimento da petição inicial pelo
juiz, antes da citação.
SÚMULA Nº 16 - NOTIFICAÇÃO
Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de
sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse
prazo constitui ônus de prova do destinatário. Rês. 121/2003, DJ 19, 20 e
21.11.2003
IMPORTANTE
4.2. INTIMAÇÃO.
A intimação também pode ser feita para os advogados através do Diário Oficial
Eletrônico, no entanto, deve o advogado ficar atento na hipótese de constar em
ata de audiência que a sentença será publicada na forma da Súmula 197 do
TST:
IMPORTANTE
4.3. TERMOS
Em razão do Jus Postulandi das partes que vigora na Justiça do Trabalho, deve
ser disponibilizado aos jurisdicionados que proponham ou se defendam em
ações trabalhistas, meios (disponibilização de equipamentos e auxiliares) para
utilização do sistema, como forma de evitar embaço ao acesso à jurisdição, o
mesmo se aplica aos jurisdicionados com deficiência, ou maiores de 60 anos, e
por fim aos advogados com deficiência física impeditiva para uso do sistema.
Todos os atos processuais no PJe segundo Bezerra Leite são atos processuais
jurídicos complexos, na medida em que envolvem a transmissão de um
documento e o aperfeiçoamento do ato se dá com a emissão do protocolo
eletrônico.
4.5. NULIDADES
O regramento das nulidades está previsto nos artigos 794 a 798 da CLT, onde
resta claro que a nulidade somente será declarada se resultar em manifesto
prejuízo às partes, cabendo a parte prejudicada arguir a nulidade na primeira
oportunidade em que tiver na audiência ou for se manifestar nos autos.
Reflita sobre este exemplo, em audiência o advogado do autor pretende que uma
determinada testemunha seja ouvida, e o juiz indefere a oitiva, em razão da
irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias no processo do trabalho
(artigo 893 §1º CLT), cabe ao advogado protestar verbalmente e requerer que
seu protesto seja consignado na ata de audiência, para evitar a preclusão,
caso a sentença lhe seja desfavorável em razão da não oitiva da testemunha no
recurso deverá ser arguida preliminar de nulidade da sentença por ofensa ao
princípio do contraditório e da ampla defesa e isso somente é possível em razão
do inconformismo através do protesto que foi lançado em ata de audiência.
5. PARTES E PROCURADORES
Parte é todo aquele que pede ou em face de quem se pede no processo. Podem
ser partes as pessoas físicas, ou naturais, as jurídicas em geral e ainda o
espólio, massa falida, herança jacente e herança vacante, o condomínio, as
sociedades de benemerência e todos os que contratarem empregados sob
subordinação e onerosidade, para trabalho de natureza não-eventual e intuiti
personae.
O assistente do menor não o substitui e não pode, pois, fazer acordo em nome
do assistido. Se não houver pai, mãe ou tutor cabe à Procuradoria do Trabalho
oficiar como assistente do menor.
IMPORTANTE
O empregado pode ser representado pelo sindicato (CLT, art. 791, § 1º).
Não é permitido ao advogado postular em juízo sem procuração, salvo para atos
de urgência, ou para evitar, preclusão, prescrição ou decadência, no processo
do trabalho.
Mandato tácito se verifica pelo conjunto de atos que foram praticados pelo
advogado no processo em nome da parte, sem a apresentação de mandado de
procuração ad judicia.
Apud acta tem definição legal no parágrafo 3º do artigo 791 da CLT, onde o
advogado é constituído com poderes para foro geral por simples registro de seu
nome em ata de audiência, a requerimento do advogado com anuência da parte.
Note-se que com relação ao mandato tácito ou apud acta, os poderes são
exclusivamente para foro geral e não para poderes especiais.
5.5.1. ASSISTÊNCIA
5.5.2. OPOSIÇÃO
6. PETIÇÃO INICIAL
Os requisitos da petição inicial escrita estão previstos no artigo 840 da CLT, que
sofreu alteração com a reforma trabalhista, no que se refere ao pedido.
IMPORTANTE
7. AUDIÊNCIA
IMPORTANTE
IMPORTANTE
O não comparecimento do reclamante gera a condenação no
pagamento das custas, mesmo que o reclamante seja beneficiário
. da justiça gratuita, salvo se comprovar no prazo de 15 dias que a
ausência ocorreu por motivo legalmente justificável. O pagamento
das custas é condição para a propositura de nova ação. Se a
ausência do reclamante se der após a audiência inaugural, haverá
confissão ficta, e não mais arquivamento. A confissão ficta do
IMPORTANTE empregado permite ao juiz presumir a veracidade das alegações
da defesa
IMPORTANTE
IMPORTANTE
IMPORTANTE
8. HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO
Se houver acordo, lavrar-se-á termo, assinado pelo Juiz e pelos litigantes (CLT,
art. 847, § 1º); as partes podem conciliar-se a qualquer tempo, antes e depois do
julgamento, tendo ou não interposto recurso. O juiz não está obrigado a
homologar qualquer acordo, se entender que o acordo é prejudicial a uma das
partes pode deixar de homologá-lo.
9. DEFESA TRABALHISTA
Mesmo diante da revelia de uma das partes o juiz não pode deixar de considerar
os demais elementos de prova constantes dos autos (cartões, recibos etc.). A
confissão ficta gera presunção juris tantum (admite prova em contrário) das
alegações da parte presente à audiência.
Repita-se revelia não é pena, pois a defesa não é obrigação, mas simples
consequência da falta de impugnação das pretensões da inicial no momento
próprio. O Estado não pode obrigar ninguém a se defender. Deve isso sim,
assegurar em pé de igualdade a qualquer um a possibilidade de defesa, com os
mesmos prazos e o acesso às mesmas provas.
10.1. Conceito
“Art. 5º, CF/88. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: (...) LIV - ninguém será privado da liberdade
ou de seus bens sem o devido processo legal; LV - aos litigantes, em processo
judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;”
O objeto da prova são os fatos narrados pelo autor, pelo réu ou por terceiros,
que na técnica processual se referem aos acontecimentos jurídicos (fatos
jurídicos naturais), ou atos jurídicos ou ilícitos (fatos jurídicos voluntários),
originadores do conflito intersubjetivo de interesses.
10.7. Presunções
Processo racional dedutivo por meio do qual um fato infere-se com razoável
probabilidade da existência de outro.
A sentença definitiva transitada em julgado faz coisa julgada e somente pode ser
desconstituída através de ação rescisória.
12. HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL.