Ação Trabalhista

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II - AÇÃO TRABALHISTA

O Estado não admite a justiça privada (tutela dos direitos subjetivos pelos
próprios sujeitos interessados, ou seja, a justiça pelas próprias mãos), chamando
para si o monopólio da solução dos conflitos. Essa função estatal se denomina
jurisdição, lembre-se que a jurisdição é forma de solução de conflitos por
heterocomposição.

O exercício da jurisdição é feito por meio do processo. A função jurisdicional é


inerte (sem iniciativa própria) e só atua por meio de provocação, que se dá pela
instauração do processo. Não há jurisdição sem processo nem processo sem
ação. A lide provoca a ação; a ação provoca o processo; o processo provoca a
jurisdição; e a jurisdição compõe ou elimina a lide.

Ação é direito abstrato de agir. Pretensão é o direito de exigir; ação é a pretensão


e mais a atividade; direito subjetivo é o poder jurídico de ter a faculdade de agir.
Exercer a pretensão é exigir a prestação; propor ação é requerer a tutela do
Estado, deduzindo o que se requer.

O juiz, ao julgar a lide, enfrenta três ordens de matérias: matéria processual,


matéria de ação e matéria de mérito. Embora a ação seja um direito subjetivo
público processual, um direito abstrato de provocar a jurisdição, há condições
legalmente exigíveis para que ela nasça; há, também, requisitos para que o
processo se desenvolva validamente de modo a permitir uma decisão sobre o
mérito.

Os requisitos necessários para o nascimento de uma ação são chamados de


condições da ação; os requisitos necessários ao desenvolvimento regular do
processo, de modo a permitir uma decisão sobre o mérito, são chamados
pressupostos processuais.

Leia com atenção o artigo 17 do CPC de 2015, que estabelece que para postular
em juízo é necessário interesse e legitimidade, a possibilidade jurídica do
pedido não é considerada condição da ação, desde a edição do CPC de 2015 e
na Justiça era já antes disso mitigada.
1. RECLAMAÇÃO TRABALHISTA/ AÇÃO TRABALHISTA/ DISSÍDIO

Chama-se reclamação trabalhista a ação trabalhista do empregado em face do


empregador ou do trabalhador em face do tomador dos serviços (a ação nunca
é movida contra o réu, mas contra o Estado, que detém o monopólio da jurisdição
e em face do réu).

A Justiça do Trabalho também é competente para as ações movidas pelos


empregadores ou tomadores em face dos empregados ou trabalhadores, que
tenham por objeto o contrato de trabalho

Os dissídios trabalhistas são de conhecimento ou de execução, note-se que as


cautelares foram abolidas no CPC de 2015 desta forma a tutela de urgência,
cautelar ou antecipada podem ser aplicadas ao processo do trabalho.

O dissídio de conhecimento classifica-se segundo os sujeitos e a natureza da


tutela jurisdicional pretendida. Subdivide-se em:

a) individuais (o objeto da investigação cognitiva é um interesse individual de


um ou mais de um empregado (litisconsórcio ativo) e de um ou mais de um
empregador (litisconsórcio passivo);

b) coletivos (o objeto da cognição será o interesse de natureza jurídica ou


econômica de um grupo, ideal e abstratamente considerado (categoria
econômica e categoria profissional).

Segundo a natureza da tutela jurisdicional pretendida, classifica-se em:

a) declaratórios (reclamam sentença de mérito que declare a existência ou a


inexistência de uma relação jurídica ou de uma situação jurídica).

b) constitutivos (reclamam sentença que crie, modifique ou extinga relação


jurídica).

c) condenatórios (reclamam sentença que imponha condenação na obrigação


de dar, fazer ou de não-fazer).

Por dissídio de execução se deve entender toda controvérsia que envolva a


execução de títulos extrajudiciais, execução trazida ao processo após a prolação
da sentença de mérito, na fase de acertamento do título executivo judicial oriundo
da sentença (cálculos ou artigos de liquidação, perícia, arbitramento etc.) ou na
de expropriação forçada de bens integrantes do patrimônio do devedor
(execução, avaliação, penhora, praças e leilões, arrematação, remição,
adjudicação, embargos do devedor, agravo de petição etc.), bem como às
referentes à intervenção de terceiros (embargos do arrematante, embargos de
terceiro etc.) não abrangidos pela sentença condenatória.

Note-se que após a edição do novo CPC, muito se discute sobre a fim da
execução de título judicial também na Justiça do Trabalho, por uma questão legal
adotaremos a posição legalista da CLT, ou seja como existe definição expressa
não há de se falar em aplicabilidade subsidiária das novas disposições do CPC
nesse particular.

2. PROCESSO E PROCEDIMENTO

Para Carlos Henrique Bezerra Leite, processo e procedimento não se


confundem, o primeiro é um conjunto de atos que se desenvolvem
sucessivamente dentro de uma relação jurídico processual até atingir a coisa
julgada e procedimento é a forma como esses atos processuais se desenvolvem.

Em apartada síntese a Constituição Federal de 1988, a despeito de alguns


doutrinadores entenderem que não há distinção entre processo e procedimento,
nos leva a considerar a distinção a partir da leitura do artigo 22, I referente a
competência privativa da União com relação ao direito processual e o artigo 24
XI, que trata da competência concorrente para legislarem sobre procedimento
da União, Estados e Municípios.

3. ESPÉCIES DE PROCEDIMENTOS NO PROCESSO DO TRABALHO.

O procedimento comum trabalhista se divide em ordinário, sumário e


sumaríssimo e o procedimento especial envolve as ações especiais contidas na
CLT, como o inquérito de apuração de falta grave, a ação de cumprimento e o
dissídio coletivo.

3.1. Procedimento Comum Ordinário

Estão submetidas a esse procedimento comum as ações cujo valor da causa


exceda a 40 salário mínimos. A reclamação pode ser verbal ou escrita, admite-
se a citação por edital e na fase instrutória pode cada parte apresentar até três
testemunhas. A partir da reforma trabalhista o pedido no procedimento Ordinário
também deve ser liquidado.
3.2. Procedimento Comum Sumário

Também denominado de rito de alçada, é regulado pela lei 5584/70 abrangendo


as causas de pequeno valor que não excedam a dois salários mínimos.Tem
como caraterística principal: as sentenças não permitem recursos, salvo se
houve violação a constituição federal, portanto, fica limitado as questões
constitucionais. O número de testemunhas por parte é de três.

3.3. Procedimento Comum Sumaríssimo.

O procedimento sumaríssimo foi estabelecido e incluído na CLT (arts. 852-


A/852-I) pela Lei 9.957/00, sendo aplicável exclusivamente aos dissídios
individuais com o objetivo de tornar o processo trabalhista mais célere.

O procedimento sumaríssimo será aplicável às causas cujo valor seja superior a


dois salários mínimos até quarenta vezes o salário mínimo vigente no momento
do ajuizamento da demanda, conforme estabelece o art. 852-A da CLT, incluído
pela referida lei:

São suas características principais:

Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a


Administração Pública direta, autárquica e fundacional

- Não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do


nome e endereço do reclamado, sob pena de arquivamento;

- A apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias


do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial.

- As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em


audiência Una, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser
convocado para atuar simultaneamente com o titular.

- Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento,


ainda que não requeridas previamente. Interrompida a audiência, o seu
prosseguimento e a solução do processo dar-se-ão no prazo máximo de trinta
dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da causa.

- O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem


produzidas, considerado o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou
excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como
para apreciá-las e dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica.

- Na ata de audiência serão resumidamente registrados apenas os atos


essenciais, as afirmações fundamentais das partes e as informações úteis à
solução da causa trazidas pela prova testemunhal.
Serão decididos, de plano, todos os incidentes e exceções que possam interferir
no prosseguimento da audiência e do processo. As demais questões serão
decididas na sentença.

- De acordo com a Consolidação, todas as provas serão produzidas na audiência


de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente. Também aqui
prevalece o princípio da concentração dos atos processuais, em
consonância com o objetivo de atender a celeridade processual. Sobre os
documentos apresentados por uma das partes, manifestar-se-á imediatamente
a parte contrária, sem interrupção da audiência, ressalvados os casos de
absoluta impossibilidade, a critério do juiz diante do caso concreto.

- No procedimento sumaríssimo, o adiamento da audiência para que a parte se


pronuncie sobre documentos somente deve ser deferido quando for
absolutamente impossível a sua manifestação imediata (na mesma sessão) de
acordo com o juízo da autoridade judicial.

- A prova pericial somente será produzida quando houver necessidade, por


força das circunstâncias fáticas ou por imposição legal. Neste caso, o juiz
deve, desde logo, nomear o perito, fixar o prazo para a realização do exame
técnico e entrega do laudo e, ainda, estabelecer o objeto da perícia. Podem as
partes formular quesitos e indicar assistentes técnicos, para assegurar-lhes o
direito de ampla defesa, no prazo assinado pelo juiz.

- As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à


audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação. Só será
deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de
comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá
determinar sua imediata condução coercitiva.

Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-


se-ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante justificado nos
autos pelo juiz da causa.

- A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo dos


fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório.

- As partes serão intimadas da sentença na própria audiência em que prolatada.


Contudo, as partes serão intimadas da sentença através de nova intimação nos
seguintes casos: revelia da parte reclamada (parte final do art. 852, da CLT); se
a ata de audiência de julgamento não for juntada no prazo de 48 horas (art. 851,
§ 2º, da CLT); ou se a parte não estiver presente na data de encerramento da
instrução, quando for designada a publicação da sentença.

- Nos termos do §1º 895 da CLT nas reclamações sujeitas ao procedimento


sumaríssimo, o recurso ordinário: será imediatamente distribuído, uma vez
recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias,
e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para
julgamento, sem revisor; terá parecer oral do representante do Ministério Público
presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com
registro na certidão; terá acórdão consistente unicamente na certidão de
julgamento, com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das
razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos
próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância,
servirá de acórdão. Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão
designar Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das
sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo.

- Quanto ao cabimento do recurso de revista no procedimento sumaríssimo, é


certo que o referido recurso somente será admitido quando a decisão recorrida
for contrária à súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do
Trabalho e violação direta da Constituição Federal, conforme estabelece o art.
896, § 9º consolidado: somente será admitido recurso de revista por
contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior
do Trabalho, Súmula Vinculante do STF e violação direta da Constituição
da República.

4. ATOS JURÍDICOS PROCESSUAIS

Relembrando teoria geral do processo: Fato jurídico é o acontecimento, os


direitos nascem, se modificam ou se extinguem;

Ato jurídico é um acontecimento voluntário que produz efeito jurídico;


Fato processual é um acontecimento involuntário que ocorre no curso de um
processo.
Atos jurídicos processuais ocorrem voluntariamente e dependem da
manifestação dos sujeitos do processo, em razão disso podem ser unilaterais
(como por exemplo a petição inicial) ou bilaterais (petição conjunta de acordo),
desta forma um ato processual tem por objetivo a constituição, desenvolvimento,
conservação, modificação ou extinção de uma relação processual.

Os atos jurídicos processuais considerando a teoria subjetiva adotada pelo CPC


podem ser classificados em pronunciamentos do juiz, da parte ou atos do chefe
de secretaria.

Os atos jurídicos processuais são comunicados através da citação e da


intimação.

Citação é o ato pelo qual o réu ou interessados são convocados para integrar a
relação processual;
Intimação é o ato processual através do qual se dá ciência de um outro ato
processual ou termo do processo.

4.1. NOTIFICAÇÃO NO PROCESSO DO TRABALHO

No processo do trabalho conforme expresso na CLT o termo NOTIFICAÇÃO é


utilizado para qualquer comunicação de atos processuais (seja citação ou
intimação), exceção feita a fase de execução onde se utiliza a expressão
CITAÇÂO DO EXECUTADO para pagamento ou nomeação de bens à penhora,
no entanto na prática, na Justiça do Trabalho, o termo Notificação é utilizado no
sentido de citação na fase de conhecimento e intimação para comunicação dos
demais atos.

A NOTIFICAÇÃO ato que tem a finalidade de trazer o réu para integrar a relação
processual para que compareça em audiência e se querendo ofereça defesa, é
feita pelo correio através de Aviso de Recebimento, diretamente pelo setor de
distribuição após o recebimento da petição inicial, diferentemente do que ocorre
na Justiça Comum, não existe despacho de recebimento da petição inicial pelo
juiz, antes da citação.

A Súmula 16 do TST estabelece a presunção de recebimento da notificação no


prazo de 48 horas após a postagem, sendo ônus da prova do réu eventual
alegação de não recebimento.

SÚMULA Nº 16 - NOTIFICAÇÃO
Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de
sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse
prazo constitui ônus de prova do destinatário. Rês. 121/2003, DJ 19, 20 e
21.11.2003

Note-se que no processo do trabalho a Notificação (citação) não é pessoal,


sendo válida a entrega para qualquer pessoa ou preposto no endereço do réu.

Se o réu não for localizado ou criar embaraços para o recebimento da


notificação o artigo 841 § 1º da CLT estabelece a citação por edital, no entanto,
na prática, nessa hipótese antes da expedição do edital os juízes determinam a
citação através de oficial de justiça, como forma de privilegiar os princípios da
economia e celeridade processual.
Entre o recebimento da NOTIFICAÇÃO e a data da realização
da audiência é necessário a existência de pelo menos cinco
dias

IMPORTANTE

4.2. INTIMAÇÃO.

As intimações pela regra do artigo 52 da CLT, devem ser feitas em audiência,


somente na hipótese de revelia decretada a sentença deverá ser enviada através
dos correios.

A intimação também pode ser feita para os advogados através do Diário Oficial
Eletrônico, no entanto, deve o advogado ficar atento na hipótese de constar em
ata de audiência que a sentença será publicada na forma da Súmula 197 do
TST:

Súmula nº 197 do TST.PRAZO (mantida) - Res. 121/2003, DJ


19, 20 e 21.11.2003.O prazo para recurso da parte que,
intimada, não comparecer à audiência em prosseguimento
para a prolação da sentença conta-se de sua publicação

Súmula nº 30 do TST INTIMAÇÃO DA SENTENÇA (mantida) -


Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003-Quando não juntada
a ata ao processo em 48 horas, contadas da audiência de
julgamento (art. 851, § 2º, da CLT), o prazo para recurso
será contado da data em que a parte receber a intimação da
sentença

Os atos processuais devem ser praticados de forma pública, salvo interesse


social e direitos da personalidade das partes ou terceiros em jogo, das 6:00 às
20 horas. Havendo autorização expressa do juiz (e isso deve constar do
mandado) a penhora pode ser realizada em domingos e feriados.
Se na procuração ad judicia constar mais de um advogado e
a intimação for realizada em nome de advogado não
indicado para recebimento das intimações, essa intimação
será nula, sala a inexistência de prejuízo

IMPORTANTE

Os atos processuais trabalhistas também podem ser praticados através de


cartas precatórias, cartas rogatórias e cartas de ordem, aplicando-se para tanto
as disposições dos artigos 260 a 268 do CPC de forma subsidiária por força do
artigo 769 da CLT.

4.3. TERMOS

Os termos são a exteriorização gráfica do ato (ex: termo de audiência) a CLT


regulamenta a forma dos termos nos artigos 771 a 773 da CLT.

4.4. PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO

O processo eletrônico foi instalado na Justiça do Trabalho pela lei 11.419/2006,


se caracteriza pela utilização, transmissão e assinatura através de meios
eletrônicos em Plataforma da Justiça do Trabalho.

Os juízes, servidores e advogados têm acesso ao sistema através de


credenciamento, mas para atuação do advogado nos processos além do
credenciamento é indispensável também a juntada da procuração ad judicia.

(Acesso a plataforma PJe – Justiça do Trabalho através de certificado digital)

Em razão do Jus Postulandi das partes que vigora na Justiça do Trabalho, deve
ser disponibilizado aos jurisdicionados que proponham ou se defendam em
ações trabalhistas, meios (disponibilização de equipamentos e auxiliares) para
utilização do sistema, como forma de evitar embaço ao acesso à jurisdição, o
mesmo se aplica aos jurisdicionados com deficiência, ou maiores de 60 anos, e
por fim aos advogados com deficiência física impeditiva para uso do sistema.

Em relação aos advogados a Justiça do Trabalho pode celebrar convênios com


a OAB e associações de advogados.

(Na plataforma do PJe acesso ao acervo de processos e demais comandos)

A sistemática do PJE tem relação direta com a efetivação do princípio


constitucional da duração razoável do processo expresso no inciso LXXVIII do
artigo 5º da CF.

Todos os atos processuais no PJe segundo Bezerra Leite são atos processuais
jurídicos complexos, na medida em que envolvem a transmissão de um
documento e o aperfeiçoamento do ato se dá com a emissão do protocolo
eletrônico.

Os prazos processuais previstos em lei são ampliados no PJE em relação aos


processos físicos, sem exaurem às vinte e quatro horas do último dia do prazo,
desta forma por exemplo se o último dia do prazo para a interposição do Recurso
Ordinário recair do dia 21 de maio segunda-feira, pouco importa que o
expediente forense se encerrou as 18:00, o recurso em questão será
considerado tempestivo desde que transmitido até as 23:59:59 segundos do dia
21 de maio.

4.5. NULIDADES

As nulidades processuais somente podem ser assim consideradas se


efetivamente declaradas judicialmente, diferentemente do que ocorre quando
se trata de nulidade no direito material, lembre-se processualmente não existem
nulidades de pleno direito.
As nulidades se traduzem em vícios do ato processual, e esses vícios podem
gerar nulidades absolutas, relativas.

A nulidade absoluta pode ser declarada de ofício ou a requerimento das partes


e tem por fundamento a violação de uma norma de ordem pública, não se
submete a preclusão, podendo ser declarada em qualquer momento processual
e inclusive objeto de fundamento de ação rescisória, como por exemplo, uma
sentença prolatada por juiz materialmente incompetente (artigo 114 da CF).

A nulidade relativa somente pode ser declarada por requerimento da parte


prejudicada, tem por fundamento a violação de uma norma de caráter
dispositivo, está sujeita a preclusão, como por exemplo, a incompetência
relativa, que deve ser objeto de requerimento no prazo de cinco dias após o
recebimento da notificação pelo réu, transcorrido o prazo a nulidade se
convalida.

O regramento das nulidades está previsto nos artigos 794 a 798 da CLT, onde
resta claro que a nulidade somente será declarada se resultar em manifesto
prejuízo às partes, cabendo a parte prejudicada arguir a nulidade na primeira
oportunidade em que tiver na audiência ou for se manifestar nos autos.

Reflita sobre este exemplo, em audiência o advogado do autor pretende que uma
determinada testemunha seja ouvida, e o juiz indefere a oitiva, em razão da
irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias no processo do trabalho
(artigo 893 §1º CLT), cabe ao advogado protestar verbalmente e requerer que
seu protesto seja consignado na ata de audiência, para evitar a preclusão,
caso a sentença lhe seja desfavorável em razão da não oitiva da testemunha no
recurso deverá ser arguida preliminar de nulidade da sentença por ofensa ao
princípio do contraditório e da ampla defesa e isso somente é possível em razão
do inconformismo através do protesto que foi lançado em ata de audiência.

5. PARTES E PROCURADORES

Parte é todo aquele que pede ou em face de quem se pede no processo. Podem
ser partes as pessoas físicas, ou naturais, as jurídicas em geral e ainda o
espólio, massa falida, herança jacente e herança vacante, o condomínio, as
sociedades de benemerência e todos os que contratarem empregados sob
subordinação e onerosidade, para trabalho de natureza não-eventual e intuiti
personae.

Exceto se na condição de aprendiz, o menor de 16 anos não pode trabalhar


(CF/88, art. 7º, XXXIII). O maior de 16 anos e menor de 18 é relativamente
capaz e pode celebrar contrato de trabalho com assistência do pai, tutor, curador
ou responsável legal, pode assinar recibos de pagamento de salário sem
qualquer assistência, mas não pode firmar o recibo de rescisão final. O menor
entre 16 e menor 18 anos é, pois, assistido na Justiça do Trabalho em eventual
ação trabalhista.

O assistente do menor não o substitui e não pode, pois, fazer acordo em nome
do assistido. Se não houver pai, mãe ou tutor cabe à Procuradoria do Trabalho
oficiar como assistente do menor.

Os incapazes serão representados em juízo por seus representantes (CPC


2015, art. 71).

O empregador pode ser representado por gerente ou qualquer


outro preposto. Não há na lei exigência para que o preposto seja
empregado e a reforma trabalhista no artigo 843§ 3º da CLT,
estabelece que não se exige a condição de empregado para o
preposto, desta forma não há de se falar em aplicabilidade do
enunciado da Súmula 377 do TST

IMPORTANTE

O empregado pode ser representado pelo sindicato (CLT, art. 791, § 1º).

A massa falida é representada pelo síndico; o condomínio, pelo síndico ou


preposto credenciado por ele; o espólio, por seu representante,
independentemente de inventário.

5.1. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL

O sindicato pode atuar na Justiça do Trabalho na condição de assistente


(representante) ou de substituto processual. Na condição de assistente ou
representante será necessária à juntada de mandato.

A substituição processual ocorre quando alguém, autorizado por lei, age em


nome próprio na defesa de direito e interesse alheio no processo, exemplo: o
sindicato em nome próprio pleiteando direito da categoria (os trabalhadores são
substituídos).

Não se pode confundir substituição processual com sucessão processual, esta


última decorre de ato inter vivos ou causa mortis, como por exemplo morte da
parte pessoa física.
5.2. LITISCONSÓRCIO

A caracterização do litisconsórcio ocorre pela existência de mais de um litigante


em um dos pólos da relação processual. Denomina-se litisconsórcio ativo na
hipótese de mais de um autor, litisconsórcio passivo na hipótese de mais de um
réu e litisconsórcio misto na hipótese de multiplicidade de autores e/ou de réus
na mesma ação processual.

O litisconsórcio pode ser classificado em inicial ou ulterior, conforme o


momento de sua formação, ou também facultativo ou necessário, no que se
refere a sua obrigatoriedade.

O litisconsórcio necessário também pode ser classificado com relação a


exigência ou não de uniformidade da decisão em unitário e simples.

A temática do litisconsórcio é tratada no Código de


Processo Civil e desta forma se aplica de forma
subsidiária por força do artigo 769 da CLT considerando-
se algumas especificidades, como forma de
compatibilização desse instituto com os princípios e
IMPORTANTE sistemática do direito processual laboral.

O artigo 842 da CLT faz referência ao dissídio individual plúrimo, onde se


observa que somente é admitido na hipótese de todos os demandantes
serem empregados da empresa e ou grupo econômico arrolados no pólo
passivo, ocorre que a doutrina tem entendido de outro lado, que com a
ampliação da competência da justiça do trabalho para outras modalidades de
relação de trabalho, não apenas as decorrentes do vínculo de emprego, o
instituto do litisconsórcio deve ser aplicado nos moldes do artigo 113 a 118 do
CPC.

Outra especificidade a ser considerada refere-se ao litisconsórcio ativo


facultativo multitudinário expresso nos parágrafos 1º e 2º do artigo 113 do
CPC, eis que a jurisprudência dominante do TST, ao contrário da previsão do
dispositivo mencionado tem entendido que em se tratando de matéria de direito,
o juiz não pode limitar o número de litisconsortes, a partir da invocação do
artigo 842 da CLT.

Lembre-se que a OJ nº 310 da SDI1 do TST estabelece que diferentemente do


que ocorre no processo comum, não se aplica o prazo em dobro para
litisconsortes com procuradores distintos:
LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO EM DOBRO. art.
229, caput e §§ 1º e 2º, do CPC de 2015. ART. 191 DO CPC de 1973.
INAPLICÁVEL AO PROCESSO DO TRABALHO (atualizada em decorrência
do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.
2016.Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229,
caput e §§ 1º e 2º, do CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão
de incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente.

Na hipótese de Mandado de Segurança em relação a ato coator de juiz em


determinada relação processual, o mesmo deve ser impetrado contra a
autoridade coatora e deve ser arrolada como litisconsorte necessário a parte
ex-adversa do impetrante, que sofrerá os efeitos dessa ação mandamental.

Em ação rescisória que tem por objetivo desconstituir sentença proferida em


ação coletiva, onde o sindicato atuou como substituto, os trabalhadores
substituídos não são litisconsortes a teor da Súmula 406 do TST.

Súmula nº 406 do TST-AÇÃO RESCISÓRIA. LITISCONSÓRCIO. NECESSÁRIO NO PÓLO


PASSIVO E FACULTATIVO NO ATIVO. INEXISTENTE QUANTO AOS SUBSTITUÍDOS
PELO SINDICATO (conversão das Orientações Jurisprudenciais n. º 82 e 110 da
SBDI-2) - Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005

I - O litisconsórcio, na ação rescisória, é necessário em relação ao pólo passivo da


demanda, porque supõe uma comunidade de direitos ou de obrigações que não
admite solução díspar para os litisconsortes, em face da indivisibilidade do objeto.
Já em relação ao pólo ativo, o litisconsórcio é facultativo, uma vez que a
aglutinação de autores se faz por conveniência e não pela necessidade decorrente
da natureza do litígio, pois não se pode condicionar o exercício do direito individual
de um dos litigantes no processo originário à anuência dos demais para retomar a
lide. (ex-OJ nº 82 da SBDI-2 - inserida em 13.03.2002)

II - O Sindicato, substituto processual e autor da reclamação trabalhista, em cujos


autos fora proferida a decisão rescindenda, possui legitimidade para figurar como
réu na ação rescisória, sendo descabida a exigência de citação de todos os
empregados substituídos, porquanto inexistente litisconsórcio passivo necessário.
(ex-OJ nº 110 da SBDI-2 - DJ 29.04.2003)

Na hipótese de litisconsortes no pólo passivo, o depósito recursal efetivado por


um dos litisconsortes desde que o objeto do recurso, não seja a exclusão da lide,
beneficia o outro litisconsorte, a teor da sumula 128 do TST.
DEPÓSITO RECURSAL (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 139, 189 e 190 da
SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada
novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum
depósito mais é exigido para qualquer recurso. (ex-Súmula nº 128 - alterada pela Res.
121/2003, DJ 21.11.03, que incorporou a OJ nº 139 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998)
II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de qualquer
decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, elevação do valor
do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo. (ex-OJ nº 189 da SBDI-1 -
inserida em 08.11.2000)
III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal efetuado
por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia
sua exclusão da lide. (ex-OJ nº 190 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)

5.3. JUS POSTULANDI DAS PARTES.

Jus postulandi (direito de postular em juízo) é a faculdade outorgada pela lei no


processo do trabalho às partes (CLT, arts. 791 e 843, § 1º) para exercer a sua
capacidade postulatória. Ou seja, para propor ação na Justiça do Trabalho,
ou para se defender a parte não precisa estar necessariamente, assistida
por advogado.

No entanto, o jus postulandi conferido as partes não é absoluto, limita-se as


Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, somente na
instância ordinária, não alcançando procedimentos técnicos, ou recursos de
competência do TST do STF, nos termos da Súmula 425 do TST:

Súmula nº 425 do TST: JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO.


ALCANCE. Res. 165/2010, DEJT divulgado em 30.04.2010 e 03 e
04.05.2010 O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da
CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do
Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o
mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal
Superior do Trabalho.

A doutrina analisando a Instrução Normativa 27/2005, que trata da ampliação da


competência material da Justiça do Trabalho após a edição da Emenda
Constitucional 45/04, entende que para as demandas oriundas de outras
relações de trabalho (que não se refiram a relação de emprego), não há de se
falar em jus postulandi a ser exercício diretamente pela parte.
5.4. REPRESENTAÇÃO EM JUÍZO POR ADVOGADO

Não é permitido ao advogado postular em juízo sem procuração, salvo para atos
de urgência, ou para evitar, preclusão, prescrição ou decadência, no processo
do trabalho.

No processo do trabalho são admitidos o mandato tácito e o apud acta.

Mandato tácito se verifica pelo conjunto de atos que foram praticados pelo
advogado no processo em nome da parte, sem a apresentação de mandado de
procuração ad judicia.

Apud acta tem definição legal no parágrafo 3º do artigo 791 da CLT, onde o
advogado é constituído com poderes para foro geral por simples registro de seu
nome em ata de audiência, a requerimento do advogado com anuência da parte.
Note-se que com relação ao mandato tácito ou apud acta, os poderes são
exclusivamente para foro geral e não para poderes especiais.

O Orientação Jurisprudencial 319 SBDI-1 do TST entende por regular a


representação de estagiário na hipótese de habilitação posterior: “são
considerados validos os atos praticados por estagiário se entre o
substabelecimento e a interposição do recurso sobreveio habilitação, do então
estagiário, para a atuar como advogado. ” Importante conhecer também os
enunciados das Súmulas 395 456 do TST:

Súmula nº 395 do TST


MANDATO E SUBSTABELECIMENTO. CONDIÇÕES DE VALIDADE (nova
redação dos itens I e II e acrescido o item V em decorrência do CPC de
2015) - Res. 211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.08.2016.
I - Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém
cláusula estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da
demanda (§ 4º do art. 105 do CPC de 2015). (ex -OJ nº 312 da SBDI-1 - DJ
11.08.2003)
II – Se há previsão, no instrumento de mandato, de prazo para sua juntada,
o mandato só tem validade se anexado ao processo o respectivo
instrumento no aludido prazo. (ex-OJ nº 313 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003)
III - São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja,
no mandato, poderes expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos,
do Código Civil de 2002). (ex-OJ nº 108 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997)
IV - Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento
é anterior à outorga passada ao substabelecente. (ex-OJ nº 330 da SBDI-1 -
DJ 09.12.2003)
V – Verificada a irregularidade de representação nas hipóteses dos itens II e
IV, deve o juiz suspender o processo e designar prazo razoável para que seja
sanado o vício, ainda que em instânciarecursal (art. 76 do CPC de 2015).
Súmula nº 456 do TST
REPRESENTAÇÃO. PESSOA JURÍDICA. PROCURAÇÃO. INVALIDADE.
IDENTIFICAÇÃO DO OUTORGANTE E DE SEU REPRESENTANTE.
(Inseridos os itens II e III em decorrência do CPC de 2015) - Res.
211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.08.2016.I - É inválido o
instrumento de mandato firmado em nome de pessoa jurídica que não
contenha, pelo menos, o nome do outorgante e do signatário da
procuração, pois estes dados constituem elementos que os
individualizam.
II – Verificada a irregularidade de representação da parte na instância
originária, o juiz designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado
o vício. Descumprida a determinação, extinguirá o processo, sem
resolução de mérito, se a providência couber ao reclamante, ou
considerará revel o reclamado, se a providência lhe couber (art. 76, §
1º, do CPC de 2015).
III – Caso a irregularidade de representação da parte seja constatada
em fase recursal, o relator designará prazo de 5 (cinco) dias para que
seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não
conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou
determinará
5.5. INTERVENÇÃO o desentranhamento
DE TERCEIROS das contrarrazões,
NO PROCESSO se a providência
DO TRABALHO
couber ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de2015
O processo do trabalho é movido pelos princípios da simplicidade, da celeridade
e da economia processual e a CLT é omissa em relação ao cabimento da
intervenção de terceiros, havendo especialmente depois da ampliação da
competência material da Justiça do Trabalho, discussão sobre a aplicação do
instituto, no entanto, ainda majoritariamente o entendimento é pela
inaplicabilidade de forma geral, restando tão somente situações muito
específicas.

O Código de Processo Civil prevê as seguintes modalidades de intervenção de


terceiros: assistência, oposição denunciação da lide, chamamento ao processo,
incidente de desconsideração da personalidade jurídica e o amicus curiae.

5.5.1. ASSISTÊNCIA

A assistência simples ou adesiva somente é admissível no processo do


trabalho a partir da demonstração de interesse jurídico e não meramente
econômico a teor da Súmula 82 do TST.O assistente simples atua como um
auxiliar da parte principal, exercendo os mesmos poderes e sujeitando-se aos
mesmos ônus.

5.5.2. OPOSIÇÃO

A oposição tem como obstáculo para a sua aplicação no processo do trabalho


o regramento da competência material no que se refere ao dissídio individual, já
no dissídio coletivo é possível por exemplo que um sindicato que se julgue
representante de determinada categoria profissional apresente oposição
em demanda em que litigam dois outros sindicatos (um representativo dos
empregados e outros dos empregadores), avocando para si a representatividade
da categoria profissional.

5.5.3. DENUNCIAÇÃO DA LIDE

A denunciação da Lide tem por finalidade no processo civil a concentração em


um único processo de duas lides (a lide originária e a lide que decorre da
denunciação), existe grande discussão sobre a sua aplicabilidade no processo
do trabalho, em razão da competência material da Justiça do Trabalho,
especialmente no que se refere aos seguros relacionados ao acidente do
trabalho facultativamente mantidos por empresa com entes privados de seguro.

5.5.4. CHAMAMENTO AO PROCESSO

O chamamento ao processo tem por finalidade trazer ao processo outros


responsáveis pelo débito, no processo do trabalho o chamamento se admite,
na hipótese de grupo de empresas, condomínio residencial, consorcio de
empregadores e sociedades não constituídas de forma regular.

5.5.5. INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE


JURÍDICA

O incidente de desconsideração da Personalidade Jurídica no Código de


Processo Civil de 2015 é uma das hipóteses de intervenção de terceiros, no
entanto há muito tempo era aplicado ao processo do trabalho a partir de
construção jurisprudencial e doutrinária como garantia da efetivação da tutela
jurisdicional.

A reforma trabalhista inseriu o artigo 855-A na CLT para disciplinar o instituto


para importar o artigo 133, na forma já considerada desde a edição do CPC de
2015 quando o TST editou a Instrução Normativa 39/16.

A desconsideração da personalidade jurídica pode ocorrer na petição inicial, logo


nessa hipótese não se trata de intervenção de terceiros e sim de litisconsórcio
passivo.

Em razão das especificidades do processo do trabalho a decisão que acolhe


ou não a desconsideração na fase de conhecimento (quer na inicial , quer por
incidente) trata-se de decisão interlocutória, logo irrecorrível de plano, nos
termos do artigo 893 § 1º da CLT, na fase de execução cabe agravo de petição
( independentemente da garantia do juízo nos termos do artigo 855-A §1º II da
CLT) e cabe agravo interno, se a decisão de desconsideração for proferida em
incidente instaurado de forma originária no Tribunal .
O incidente suspende o processo (sem prejuízo de eventual concessão de
tutela de urgência) e somente após o mesmo ser julgado o processo volta a
correr.

6. PETIÇÃO INICIAL

A petição inicial se refere aqui a modalidade escrita, mas lembre-se que no


processo do trabalho a reclamação trabalhista também pode ser verbal quando
apresentada diretamente do setor de Reclamações Verbais da Justiça do
Trabalho.

Os requisitos da petição inicial escrita estão previstos no artigo 840 da CLT, que
sofreu alteração com a reforma trabalhista, no que se refere ao pedido.

O pedido na ação trabalhista deve ser certo, determinado e com a indicação


de seu valor, sob pena de extinção sem resolução de mérito dos pedidos não
liquidados.

Note que o pedido deve ser certo, determinado com a indicação do


valor para qualquer dos ritos cabíveis no processo do trabalho, antes
da reforma a liquidação do pedido somente era necessária no rito
sumaríssimo.

IMPORTANTE

7. AUDIÊNCIA

A audiência é um ato processual.

Na audiência são produzidas quase todas as provas (é claro que a inspeção, a


vistoria, a perícia grafotécnica, de insalubridade ou periculosidade e a contábil,
entre outras, realizam-se fora das audiências, mas repercutem nelas, e ali são
apreciadas).

É na audiência que o juiz entra em contato com as partes, advogados,


testemunhas, nela se materializa o princípio da imediação ou imediatidade.

As audiências realizam-se, em princípio, na sede do órgão da Justiça do


Trabalho; se houver necessidade ou conveniência, poderá ser fixado outro local,
desde que previamente comunicado às partes, por edital (CLT, art. 814, § 1º).

As audiências são unas e indivisíveis, mas fraciona-se se não for possível


concluir num só momento a instrução e o julgamento. No Rito Sumaríssimo a
audiência será sempre una.

Nas audiências deverão comparecer as partes e suas testemunhas,


independentemente de seus advogados (CLT, art. 843 e 845); não há tolerância
legal para atrasos, a não ser o de 15 minutos para o juiz (CLT, art. 815, parágrafo
único).

O empregador poderá se fazer substituir por gerente ou qualquer outro preposto


que tenha conhecimento sobre os fatos (relevantes) da lide, que não precisa ser
empregado, conforme anteriormente explicitado.

Em caso de doença ou de qualquer outro motivo relevante, devidamente


comprovado, o empregado poderá se fazer representar por outro empregado
que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato (a representação é
apenas para impedir o arquivamento do processo e provocar o adiamento da
sessão).

A desistência da ação somente poderá ser feita até o oferecimento da


contestação, nos termos do parágrafo 3º do artigo 841 da CLT

IMPORTANTE

O não comparecimento injustificado do reclamante à audiência impõe


o arquivamento do processo, ocorrendo motivo relevante o juiz pode
suspender a audiência e designar outra.

IMPORTANTE
O não comparecimento do reclamante gera a condenação no
pagamento das custas, mesmo que o reclamante seja beneficiário
. da justiça gratuita, salvo se comprovar no prazo de 15 dias que a
ausência ocorreu por motivo legalmente justificável. O pagamento
das custas é condição para a propositura de nova ação. Se a
ausência do reclamante se der após a audiência inaugural, haverá
confissão ficta, e não mais arquivamento. A confissão ficta do
IMPORTANTE empregado permite ao juiz presumir a veracidade das alegações
da defesa

O não comparecimento do reclamado importa em revelia, além de


confissão quanto a matéria fática. A revelia não produzirá os efeitos
da confissão se houver pluralidade de reclamados e um deles
contestar; se o litigio versar sobre direitos indisponíveis; se a petição
inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere
indispensável para a prova do ato; se as alegações do reclamante
forem inverossímeis ou estivem em contradição com prova
IMPORTANTE constante dos autos
.Mesmo ausente o reclamado, se seu advogado estiver presente serão
aceitos a contestação e documentos apresentados.

IMPORTANTE

Se o reclamante der causa a dois arquivamentos seguidos ficará proibido de


demandar na Justiça do Trabalho por seis meses (CLT, art. 732). A esse hiato
de suspensão chama-se perempção de instância.

IMPORTANTE

O reclamante e seu advogado sentam-se à esquerda do juiz; o reclamado e seu


advogado, à direita, instalada a audiência, antes da contestação, o juiz proporá
a primeira proposta de conciliação que é obrigatória sob pena de nulidade
absoluta; a segunda proposta de conciliação, ocorrerá após as razões finais,
depois de terminada a instrução (CLT, art. 850);

Não havendo acordo, será apresentada a defesa trabalhista se na forma oral,


feita em 20 minutos (CLT, art. 846), na prática a defesa escrita está consagrada.

Após a apresentação da defesa iniciar-se-á a instrução, ouvindo-se o reclamante


e o reclamado, de ofício ou a requerimento das partes, depois as testemunhas
do autor e em seguida as do réu, o perito e os técnicos, se houver; dependendo
da matéria alegada, e do ônus de cada parte na produção da prova, essa ordem
poderá ser invertida pelo juiz, sem qualquer nulidade. Após o interrogatório,
qualquer das partes poderá retirar-se, prosseguindo a instrução com seus
representantes.

A falta de proposta de conciliação torna nula a sentença; parte da


jurisprudência entende que apenas a falta da 2ª proposta de
conciliação NÃO nulifica a sentença; a da 1ª, SIM

IMPORTANTE
8. HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO

Se houver acordo, lavrar-se-á termo, assinado pelo Juiz e pelos litigantes (CLT,
art. 847, § 1º); as partes podem conciliar-se a qualquer tempo, antes e depois do
julgamento, tendo ou não interposto recurso. O juiz não está obrigado a
homologar qualquer acordo, se entender que o acordo é prejudicial a uma das
partes pode deixar de homologá-lo.

O acordo judicial homologado por sentença é irrecorrível.

9. DEFESA TRABALHISTA

Ninguém é obrigado a se defender. A defesa não é um ônus, mas uma


oportunidade que se dá ao reclamado ou réu de contrapor-se às alegações do
autor ou reclamante. Logo, revelia não é pena, mas uma forma de procedimento
em que se presume que o réu ou reclamado abdicou da oportunidade de defesa
que o Estado lhe outorgou. Diante da revelia, prossegue-se na marcha
processual ignorando os atos processuais que deveriam ter sido praticados pelo
revel e presumindo, por ficção jurídica, a veracidade das alegações da inicial.

A confissão ficta (ficta confessio) do empregado ou do patrão, consequência da


revelia é simples meio de prova e não impede a colheita do depoimento pessoal
ou a realização do interrogatório da parte presente nem elimina a possibilidade
de oitiva de testemunhas de qualquer das partes, mesmo da ausente.

Mesmo diante da revelia de uma das partes o juiz não pode deixar de considerar
os demais elementos de prova constantes dos autos (cartões, recibos etc.). A
confissão ficta gera presunção juris tantum (admite prova em contrário) das
alegações da parte presente à audiência.

Repita-se revelia não é pena, pois a defesa não é obrigação, mas simples
consequência da falta de impugnação das pretensões da inicial no momento
próprio. O Estado não pode obrigar ninguém a se defender. Deve isso sim,
assegurar em pé de igualdade a qualquer um a possibilidade de defesa, com os
mesmos prazos e o acesso às mesmas provas.

A defesa deve obedecer o ônus da impugnação específica, ou seja, todas as


alegações e os documentos acostados com a inicial devem ser contestados e
impugnados.

Ao defender-se, o réu pode apenas contestar ou contestar e reconvir.

Contestação é a defesa direta sobre o mérito; reconvenção é uma ação do réu


em face do autor, dentro do mesmo processo e exceção é a defesa processual.
No direito processual do trabalho só se consideram exceções às alegações de
suspeição ou e de incompetência (CLT, art. 799).

A exceção de incompetência em razão do lugar deve ser alegada no prazo


de cinco dias após o recebimento da notificação pelo réu, sob pena de
preclusão. Recebida a exceção de incompetência, não será realizada a
audiência, pois o processo ficará suspenso até a deliberação da mesma.

Todas as demais questões processuais, devem ser alegadas na resposta,


examinadas com o mérito e decididas na sentença final Ex.: coisa julgada (salvo
se abranger todo o objeto da lide, litispendência, prescrição (exceto a actio nata),
compensação e retenção (CLT, arts. 767 e 799, § 1º).

A exceção de suspeição de juiz, se não for declarada de ofício, pode ser


requerida pela parte. Recebida, será julgada pela própria Vara em 48 horas
contadas da arguição. Rejeitada, reabre-se à ré o prazo de resposta. Da decisão
da vara sobre o impedimento ou suspeição não cabe recurso; é meramente
interlocutória.

10. SISTEMA DE PROVAS.

10.1. Conceito

Para Manoel Antônio Teixeira Filho, a prova no sentido amplo, ou seja, o


vocábulo prova (originário do latim proba, de probare = demonstrar), significa
tudo que demonstra a veracidade de uma proposição ou a realidade de um fato,
sem, no entanto, esquecermos, ainda, dos sentidos de indício, sinal, ensaio,
experiência, que ele também sugere.

“Art. 5º, CF/88. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: (...) LIV - ninguém será privado da liberdade
ou de seus bens sem o devido processo legal; LV - aos litigantes, em processo
judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;”

10.2. Objeto da Prova

O objeto da prova são os fatos narrados pelo autor, pelo réu ou por terceiros,
que na técnica processual se referem aos acontecimentos jurídicos (fatos
jurídicos naturais), ou atos jurídicos ou ilícitos (fatos jurídicos voluntários),
originadores do conflito intersubjetivo de interesses.

10.3. Sistema de Apreciação Das Provas

Livre convencimento: O juiz não precisa fundamentar suas decisões. O livre


convencimento motivado (ou persuasão racional) Liberdade para formação do
convencimento, mas deve ser fundamentado nas provas dos autos

10.4. Ônus da Prova

A reforma trabalhista alterou a redação do artigo 818 da CLT, inserindo na


legislação o que na prática dos tribunais trabalhista já vinha sendo utilizado
especialmente após a edição do Código de Processo Civil de 2015. Note-se que
o dispositivo apresenta além do ônus estático da prova, o ônus dinâmico, com
fundamento no princípio da aptidão da prova

Art. 818. O ônus da prova incumbe:


I - Ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - Ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do
direito do reclamante.
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos deste artigo
IMPORTANTE ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juízo atribuir o ônus
da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que
deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
§ 2o A decisão referida no § 1o deste artigo deverá ser proferida antes da abertura da
instrução e, a requerimento da parte, implicará o adiamento da audiência e possibilitará
provar os fatos por qualquer meio em direito admitido.
§ 3o A decisão referida no § 1o deste artigo não pode gerar situação em que a
desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.

10.5. Meios De Provas

São meios de prova o depoimento pessoal, a prova documental, a prova


testemunhal, a prova pericial e a inspeção judicial.

O momento de apresentação dos documentos para o autor é por ocasião do


ajuizamento da ação e para o réu, no oferecimento da defesa, salvo na hipótese
de documento para provar fato novo.

A prova oral é muito importante para o processo do trabalho em razão da


natureza do contrato de trabalho, dificilmente o empregado possuirá documentos
que comprovem as suas alegações, de outro lado a empresa via de regra possui
maior aptidão para produzir provas especialmente as de caráter documental.

O depoimento das partes no processo do trabalho é denominado de


interrogatório, pode ser realizado a requerimento das partes ou por
determinação do juiz. Com relação a parte pessoa jurídica o depoimento é
realizado por sócio ou preposto e as suas alegações comprometem a parte. O
que se busca com o depoimento pessoal é a confissão.

As testemunhas são convidadas para comparecer em juízo, não existe a


necessidade de apresentação de rol prévio de testemunhas. No rito Ordinário
cada parte pode apresentar até três testemunhas, no rito sumaríssimo até duas
e no inquérito judicial de falta grave, cada parte pode apresentar até seis
testemunhas. No rito sumaríssimo o adiamento de audiência por ausência de
comparecimento de testemunha convidada o convite deve ser formalmente
comprovado. A reforma trabalhista estabeleceu no artigo 793D da CLT que a
testemunha que intencionalmente alterar a verdade dos fatos ou omitir fatos será
apenada com a multa do artigo 793 -C da CLT (superior a 1% e inferior a 10%
do valor da causa corrigido), esse dispositivo somente é aplicado aos processos
ajuizados após o dia 11 de novembro de 2017.

As testemunhas prestam depoimento sob compromisso (de dizer a verdade),


podem ser após a qualificação e antes do início do compromisso, podem ser
contraditadas. Na contradita pode ser alegada a falta de isenção da
testemunha, por interesse ou amizade íntima, sendo aceita a contradita a
testemunha poderá ser ouvida como informante, no entanto o valor de seu
depoimento para o conjunto probatório resta diminuído. Se não aceita a
contradita cabe o requerimento de consignação de protesto.

Não se considera interesse a hipótese da testemunha litigar em face do mesmo


empregador, desde que o autor da ação não tenha atuado como testemunha
em sua ação, pois, nessa hipótese há a presunção de troca de favores.

A prova pericial envolve conhecimento técnico especializado importante para o


deslinde da ação, os peritos são nomeados pelo juiz e as partes além de
apresentar quesitos podem indicar assistentes técnicos, o custo da perícia é
carreado a parte sucumbente no objeto da perícia, mesmo que seja beneficiário
da tutela gratuita, conforme mencionado em item próprio. O juiz não está
obrigado na formação do seu livre convencimento em seguir a conclusão do
laudo ofertado pelo perito.

Na inspeção judicial ocorre o deslocamento do juiz para verificação da situação


in loco.

10.6. Princípios Aplicáveis As Provas.

Contraditório e ampla defesa: As partes podem se manifestar reciprocamente


sobre as provas produzidas e utilizar os meios admitidos por lei.

Necessidade da prova: Os fatos, em regra, precisam ser provados.


Unicidade da prova: Análise dentro do conjunto probatório, não isoladamente.

Proibição da prova ilícita: Somente provas obtidas por meios lícitos.

Livre convencimento motivado: Livre apreciação, mas o convencimento tem


que ser fundamentado. 6. Imediação: A prova é do Juízo (produzida perante o
juiz). In dubio pro misero: muito relativo, não pode ser confundido com
distribuição do ônus da prova.

10.7. Presunções

Processo racional dedutivo por meio do qual um fato infere-se com razoável
probabilidade da existência de outro.

Presunções relativas (iuris tantum). Dispensa da prova do fato relevante para


julgamento, mas admite prova em contrário. Exemplos: (i) Duração
indeterminada do contrato de trabalho, (ii) jornada ordinária de trabalho, (iii)
existência de vínculo diante da prestação de serviços, etc.

Presunções absolutas. Consequências jurídicas determinadas por lei a certos


fatos. Não inverte o ônus da prova, pois não admite prova em contrário.
Exemplos: (i) gerente da filial tem pode receber citação, (ii) validade do pedido
de demissão de empregado estável, etc.

11. RAZÕES FINAIS. SENTENÇA

Encerrada a instrução processual as partes tem a faculdade de apresentação de


razões finais, no prazo de 10 minutos, sendo a seguir renovada a tentativa de
conciliação e proferida a sentença.

A sentença é constituída de relatório, fundamentação e parte dispositiva, no rito


sumaríssimo, no entanto, é dispensado o relatório.

A sentença pode resolver ou não o mérito, na CLT a primeira categoria é


denominada sentença definitiva e na segunda terminativa.

A sentença definitiva transitada em julgado faz coisa julgada e somente pode ser
desconstituída através de ação rescisória.
12. HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL.

A partir da reforma trabalhista é possível a homologação de acordo extrajudicial,


desde que obedecido o regramento do artigo 855- B, 855-C e 855D da CLT.

Note que obrigatoriamente se exige a presença de advogados, e as partes não


podem apresentar advogado comum, facultando-se ao trabalhador a assistência
de advogado do sindicato categoria que o representa.

Protocolada a petição, a prescrição estará suspensa e o juiz terá 15 dias para


analisar o acordo, podendo designar a audiência e proferirá a decisão que pode
ou não homologar o acordo. O prazo prescricional volta a correr a partir da
decisão que não homologa o acordo.

Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá


início por petição conjunta, sendo obrigatória a representação das
partes por advogado.
§ 1o As partes não poderão ser representadas por advogado comum.
§ 2o Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do
sindicato de sua categoria. ’
‘Art. 855-C. O disposto neste Capítulo não prejudica o prazo
estabelecido no § 6o do art. 477 desta Consolidação e não afasta a
aplicação da multa prevista no § 8o art. 477 desta Consolidação.’
‘Art. 855-D. No prazo de quinze dias a contar da distribuição da
petição, o juiz analisará o acordo, designará audiência se entender
necessário e proferirá sentença. ’
‘Art. 855-E. A petição de homologação de acordo extrajudicial
IMPORTANTE suspende o prazo prescricional da ação quanto aos direitos nela
especificados.
Parágrafo único. O prazo prescricional voltará a fluir no dia útil
seguinte ao do trânsito em julgado da decisão que negar a
homologação do acordo. ’”

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