0% acharam este documento útil (0 voto)
44 visualizações20 páginas

Relat Rio 04 Constante de Plack

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1/ 20

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas


Bacharelado em Ciências Exatas e Tecnológicas

RELATÓRIO 4
CONSTANTE DE PLANCK

DANIELE RIBEIRO GONÇALVES,


LYLIAN GABRIELE CARNEIRO OLIVEIRA,
MARCUS VINÍCIUS FRAGA LOBO FILHO.

CRUZ DAS ALMAS


22 DE JULHO DE 2022
1
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas
Bacharelado em Ciências Exatas e Tecnológicas

Relatório 4
Constante de Planck

Relatório da disciplina GCET828.P - Física Experimental IV,


apresentado ao Prof. Pablo P. Pedrado Centro de Ciências
Exatas e Tecnológicas da Universidade Federal do Recôncavo
da Bahia, como método para avaliação parcial do semestre.

Alunos: Daniele Ribeiro Gonçalves,


Lylian Gabriele Carneiro Oliveira,
Marcus Vinícius Fraga Lobo Filho.

Professor: Pablo P. Pedra

Cruz das Almas


Julho de 2022
Lista de ilustrações

Figura 1 – Um modelo físico de corpo negro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6


Figura 2 – Comprimento de onda (µm) - (A curva de 4000K tem um pico pró-
ximo da faixa visível. E representa um corpo que brilha com uma
cor branco-amarelada). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Figura 3 – Materiais utilizados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Figura 4 – Representação do circuito montado. . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Figura 5 – Gráfico referente ao experimento realizado com a LED verde. . . . 12
Figura 6 – Gráfico referente ao experimento realizado com a LED vermelha. 13
Figura 7 – Gráfico referente aos dados obtidos através do experimento reali-
zado com a LED azul. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Figura 8 – Gráfico obtido através dos dados da LED amarela. . . . . . . . . . 14
Figura 9 – Gráfico referente a tensão inicial de cada LED e suas respectivas
frequências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Figura 10 – Dados coletados experimentalmente. . . . . . . . . . . . . . . . . 19

2
Sumário

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

2 OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

4 MATERIAIS E MÉTODOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

6 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Anexo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4

INTRODUÇÃO

O físico alemão Max Planck, em 1900, em busca de uma solução para o pro-
blema da catástrofe do ultravioleta, introduziu a ideia de que a energia é uma gran-
deza discreta. Ao contrário dos preceitos da Física Clássica, sua sugestão foi de que
a energia ocorria em pequenas porções, ou quanta (plural de quantum). A constante
de Planck é uma das constantes da física mais conhecidas, graças à enorme preci-
são de sua medida e também por sua grandeza, que se relaciona com medidas de
energia.
5

OBJETIVOS

❏ Determinar a constante de Planck através da utilização de um circuito básico


utilizando LEDs.
6

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Em 1900, Max Planck - físico alemão (1858-1947) desenvolveu uma teoria da


radiação de corpo negro que leva a uma equação para (I(λ, T )), que corresponde
totalmente aos resultados experimentais para todos os comprimentos de onda. Planck
supôs que a radiação da cavidade se originava de osciladores atômicos nas paredes
desta, mostrada na Figura 1.

Figura 1 – Um modelo físico de corpo negro.


Fonte: (JOHN W. J. JR.; RAYMOND, 2012)

Planck apresentou duas suposições ousadas e controversas referentes à natu-


reza dos osciladores nas paredes da cavidade:

❏ A energia de um oscilador pode ter apenas determinados valores discretos En :

En = nhf (1)

onde n é um inteiro positivo chamado número quântico, f a frequência do os-


cilador e h um parâmetro introduzido por Planck, atualmente conhecido como
constante de Planck.
7

❏ Os osciladores emitem ou absorvem energia ao transitar de um estado quân-


tico para outro. Toda a diferença de energia entre os estados inicial e final na
transição é emitida ou absorvida na forma de um único quantum de radiação. A
Equation 1 demonstrará que a quantidade de energia emitida pelo oscilador e
conduzida pelo quantum de radiação é

E = hf .

Um oscilador emite ou absorve energia apenas quando muda de estado quân-


tico. Se permanecer apenas em um, nenhuma energia é absorvida ou emitida.

O ponto essencial na teoria de Planck é a suposição radical dos estados de


energia quantizada. Esse desenvolvimento – uma clara divergência da Física clássica
– marcou o nascimento da teoria quântica.

Planck utilizou as mesmas ideias clássicas do modelo de Rayleigh-Jeans para


obter a densidade de energia como um produto das constantes e da energia média
para um determinado comprimento de onda, mas a energia média não é fornecida
pelo teorema da equipartição. A energia média de uma onda é a média da diferença
de energia entre os níveis do oscilador, ponderada de acordo com a probabilidade de
a onda estar sendo emitida. Esta ponderação tem como base a ocupação dos estados
de energia mais alta, como descrito pela lei de distribuição de Boltzmann.

Ao aplicar este método, Planck obteve uma expressão teórica para a distribui-
ção de comprimentos de onda que apresentava uma excelente correspondência com
as curvas experimentais na Figura 2.

Figura 2 – Comprimento de onda (µm) - (A curva de 4000K tem um pico próximo


da faixa visível. E representa um corpo que brilha com uma cor branco-
amarelada).
Fonte: (JOHN W. J. JR.; RAYMOND, 2012)
8

A Função de distribuição de comprimentos de onda de Planck é dada por:

2πhc 2
I(λ, T ) =
λ5 (e hc/λkB T ) − 1

Esta função inclui o parâmetro h, que Planck ajustou de modo que sua curva
correspondesse aos dados experimentais para todos os comprimentos de onda. O
valor deste parâmetro é considerado independente do material do qual o corpo negro
é feito e da temperatura. Trata-se de uma constante fundamental da natureza. O valor
de h, a constante de Planck é

h = 62607015 · 10−34 J · s.

Quando Planck apresentou sua teoria, a maioria dos cientistas (incluindo ele
mesmo!) não considerou o conceito do quantum como realístico. Acreditavam que
se tratava de um artifício matemático que, por acaso, antecipava resultados corretos.
Assim, Planck e outros continuaram a procurar uma explicação mais “racional” da radi-
ação de corpo negro. Entretanto, desenvolvimentos subsequentes demonstraram que
uma teoria com base no conceito do quantum (em vez de em conceitos clássicos) ti-
nha de ser aplicada para explicar não apenas a radiação de corpo negro, mas também
vários outros fenômenos no nível atômico.
9

MATERIAIS E MÉTODOS

❏ LEDs (verde, amarelo, azul e vermelho);

❏ Resistores;

❏ Multímetro ET-1002;

❏ Multímetro 1K-1000;

❏ Potenciômetro;

❏ Placa protoboard;

❏ Cabos de ligação;

❏ Fonte 9V .

Figura 3 – Materiais utilizados.


Fonte: Elaborado pelo autor
10

Iniciou-se o experimento montando um circuito elétrico, com o intuito de fazer medi-


ções dos valores de tensão e corrente no LED. Alimentando o circuito com uma fonte
de 9V , tendo nele um potenciômetro, resistências e a LED, como mostra a Figura 4,
posiciona-se o multímetro, tendo este a função de amperímetro para medir a corrente
que chega no LED e o voltímetro sendo posicionado de modo que seja medido a
diferença de tensão nos terminais da LED.

Figura 4 – Representação do circuito montado.


Fonte: Artigo: constante de Planck utilizando LEDs.

Diminuiu-se a claridade do ambiente de modo que facilitasse a percepção da


luminosidade das LEDs. Posicionando primeiro a LED verde, inicia-se a medição vari-
ando o potenciômetro de modo que aumente a tensão que chegue na LED e anota-se
três valores de tensões sendo que a LED ainda não demonstre está acesa, anotando
também os respectivos valores de corrente. Em seguida continua-se variando o po-
tenciômetro de modo que analise a tensão e a corrente com a LED acesa, anotando
assim seis valores de tensão e suas respectivas corrente.

Realiza-se esse mesmo procedimento para as demais LEDs (azul, amarelo e


vermelha).
11

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Com os dados obtidos para cada LED, é possível elaborar gráficos que relacio-
nam a corrente com a tensão. A incerteza das medidas é obtida através do manual do
equipamento, sendo que para realizar as medidas das tensões utilizou-se o voltímetro
IK-1000 na escala de 20V , tendo assim a seguinte equação para a incerteza:

±(0, 5% + 2d) d = 10−2


 
0, 5
Para a medida de 1, 71V , obtém-se ± × 1, 71 × 2 × 10−2 ≈ 0, 03V .
100
Obtendo assim (1, 71 ± 0, 03)V . De maneira similar, foram calculadas as incerte-
zas das outras medidas.

Para realizar a medida da corrente utilizou-se o multímetro ET-1002 na faixa de


20mA e pelo manual temos:

±(1, 0% + 5D) D = 10−5


 
−3 1, 0
Assim para a medida 0, 02×10 obtém-se ± × 0, 02 × 10−2 × 5 × 10−5 ≈
100
5 × 10−5 A.

Obtendo-se assim, (2±5)×10−5 A, realizando de maneira similar esses cálculos


para as outras medidas de corrente.

Desta forma para os dados referente a LED verde é possível elaborar o gráfico
representado na Figura 5:
12

Figura 5 – Gráfico referente ao experimento realizado com a LED verde.


Fonte: Elaborado pelo autor

Nos pontos obtidos com a LED ainda apagada notando-se nos três primeiros
pontos um comportamento constante em relação a corrente, a partir da análise dos
pontos obtidos com a LED acesa percebe-se um comportamento exponencial cres-
cente. Em seguida foram selecionados os quatro últimos pontos, de modo a realizar
um ajuste linear para encontrar o valor experimental da tensão inicial para que a LED
acendesse (V0 ).

A equação obtida pelo ajuste foi:

Y = AX + B (2)

De modo que relacionando a equação do ajuste com a corrente e a tensão


(Y = I; X = V ), temos:
I = 0, 047V − 0, 088

Busca-se encontrar o valor referente a tensão inicial, de modo que ele corres-
ponde quando a reta intercepta o eixo da tensão, para isso faz-se a corrente(I) igual a
zero e isola o V na equação, obtendo assim para a LED verde o valor da tensão inicial
como sendo; V0 = 1, 87V ;

Para os dados obtidos através do experimento realizado com a LED vermelha


é possível elaborar o seguinte gráfico:
13

Figura 6 – Gráfico referente ao experimento realizado com a LED vermelha.


Fonte: Elaborado pelo autor

Com o mesmo procedimento realizado anteriormente, obteve-se para o LED


vermelho o valor da tensão inicial(V0 ) como sendo igual a 1, 81V .

Para o experimento realizado com a LED azul temos o seguinte gráfico;

Figura 7 – Gráfico referente aos dados obtidos através do experimento realizado com
a LED azul.
Fonte: Elaborado pelo autor
14

Realizando a análise dos dados obtido pelo gráfico de maneira similar a reali-
zada anteriormente, é possível chegar ao seguinte valor para a tensão inicial, V0 =
2, 57V .

E por fim o gráfico elaborado com os dados obtido pelo experimento com a LED
amarela:

Figura 8 – Gráfico obtido através dos dados da LED amarela.


Fonte: Elaborado pelo autor

Obteve-se o valor para a tensão inicial como sendo V0 = 1, 72V .

Deste modo com cada valor de V0 encontrado pelas analises feita anterior-
mente, elabora-se um gráfico relacionando-o com a frequência de cada LED, sabendo-
se que existe um intervalo de valores para a frequência de cada luz, estabeleceu-
se para a luz da LED vermelha a frequência de 4, 55 × 1014 Hz, para a luz azul de
6, 35 × 1014 Hz, para a luz amarela adotou-se o valor de 5, 2 × 1014 Hz e por fim para luz
verde adotou-se o valor de 5, 75 × 1014 Hz
15

Figura 9 – Gráfico referente a tensão inicial de cada LED e suas respectivas frequên-
cias.
Fonte: Elaborado pelo autor

Relacionando a Equation 2, do ajuste linear com a equação abaixo,

E = hf (3)

Onde temos que:


E = q0 V0

Obtendo assim:
h
V0 = ×f (4)
q
Sendo,

❏ E = energia;

❏ q0 = carga do elétron = 1, 602 × 10−19 C ;

❏ f = frequência;

❏ V0 = tensão;

❏ h = constante de Planck.
16

Relacionando a Equation 4 com a Equation 2 temos que:


h
Y = V, X = f , A = , e B=0
q

Desta forma determina-se que o valor experimental para a constante de Planck


é:
h = 4, 037 × 10−15 × (1, 602 × 10−19 ) = (6, 467 × 10−34 m2 · kg/s)

Tendo o valor teórico (Vt ), pode-se assim calcular o erro relativo referente ao
valor encontrado experimentalmente:

|Vt − Ve |
%ER = × 100;
Vt

|6, 62607015 · 10−34 − 6, 467 · 10−34 |


%ER = × 100;
6, 62607015 · 10−34

ER = 2, 4%.
17

CONCLUSÃO

Ao comparar os valores obtidos experimentalmente, com os teóricos nota-se


que, no último gráfico (Figura 9) ao relacionar os valores correspondentes as LEDs,
de modo que cada LED apresenta um comprimento de onda, sendo eles distintos e
chegar a um valor experimental da constante de Planck próximo ao teórico, sabendo-
se que a constante é ajustada para que sua curva correspondesse aos dados expe-
rimentais para todos os comprimentos de onda. Sendo este parâmetro considerado
independente do material que o corpo negro é feito e da temperatura, tratando-se
de uma constante fundamental da natureza. Tendo assim a teoria comprovada pelo
experimento.
18

Referências

JOHN W. J. JR.; RAYMOND, A. S. Física para cientistas e engenheiros, volume 4:


luz, óptica e física moderna. 8. ed. São Paulo: CENGAGE Learning, 2012. ISBN
978-85-221-1349-1. 6, 7
19

Anexo

Figura 10 – Dados coletados experimentalmente.


Fonte: Elaborado pelo autor

Você também pode gostar