Aula 4
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DA ADMINISTRAÇÃO
AULA 4
CONTEXTUALIZANDO
Todos os dias, nem bem acordamos direito e logo temos decisões para
tomar. Levanto ou durmo mais um pouquinho? O que eu vou comer? O que eu
vou vestir? Vou a pé ou de ônibus? Essas decisões são relativamente simples,
pois se baseiam na nossa experiência de vida. As mais difíceis são aquelas que
nos deixam sem saber qual caminho seguir, tais como as que, algumas vezes,
enfrentamos no trabalho. Nesse caso, uma decisão equivocada pode prejudicar
os colegas e a organização.
Qualquer manual ou artigo sobre gestão encontrado em uma busca rápida
na Internet ensina que, para que isso não ocorra, devemos coletar muitos dados
e informações sobre o problema, examinar os pontos positivos e negativos de
cada alternativa de resolução etc. Ou seja, decidir com a razão. Será mesmo?
Acredito que após essa aula você se sentirá mais bem preparado para enfrentar
uma grande decisão no trabalho.
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TEMA 1 – ABORDAGEM COMPORTAMENTAL – BARNARD, A
COOPERAÇÃO E AS FUNÇÕES DO EXECUTIVO
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Figura 1 – Condições de existência da organização
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A cooperação é mantida de acordo com o alcance simultâneo dos
objetivos organizacionais, que consiste na efetividade, e dos objetivos individuais
mediante a satisfação de necessidades pessoais, que consiste na eficiência. Se
o funcionário está satisfeito, continua a cooperar; caso contrário, diminui os seus
esforços, colocando em risco o alcance dos objetivos da organização e, por
conseguinte, a sua sobrevivência (Barnard, 1971).
Atenção: note que, para Barnard (1971), eficiência é a capacidade da
organização de satisfazer os objetivos pessoais dos funcionários, incentivando-
os a cooperar. Tal definição derivou do seu questionamento da ideia de eficiência
da burocracia, qual seja, a capacidade da organização de produzir mais como
menos recursos, tempo e desperdício, como vimos em outras aulas. Essa é a
definição de eficiência em vigor na Administração.
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Saiba mais
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para analisar a relação entre solução de problemas e cognição humana (Herbert
Simon, 2018).
Simon atuou, ainda, como consultor dos governos dos presidentes
Lyndon Johnson e Richard Nixon, nos anos 1960 e 1970, e no comitê da
Academia Nacional de Ciências. Durante a sua carreira, recebeu diversos
prêmios científicos, inclusive o mais importante deles, o Prêmio Nobel de
Economia, em 1978, por romper a concepção econômica de racionalidade plena
na tomada de decisão, mediante a descrição dos seus limites. De 1937 a 2001,
elaborou cerca de 845 artigos científicos e vários livros, entre os quais
Comportamento Administrativo, publicado em 1935, que se tornou um clássico
na Administração e em outras áreas. As suas pesquisas também contribuíram
bastante para o desenvolvimento do campo da inteligência artificial. Simon
faleceu em Pittsburg, aos 84 anos (Herbert Simon, 2018).
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as alternativas que consegue listar e nas circunstâncias que se apresentam
(Simon, 1979).
Decisões podem ser programadas e não-programadas. As decisões
programadas são repetitivas, relacionadas a problemas operacionais que podem
ser resolvidos por meio da aplicação de regras rotineiras e de operações
padronizadas, inclusive pelos subordinados. Já as decisões não-programadas
são mais complexas, comumente relacionadas a problemas inéditos na
organização, tais como o lançamento de um produto novo, a demissão de
funcionários, entre outros. Esse tipo de decisão é de responsabilidade exclusiva
do administrador, não devendo ser tomada pelos seus subordinados. Requer
que o administrador desenvolva capacidade de julgamento, intuição e
criatividade (Simon, 1979).
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3.1 Definição e teorias da motivação
Créditos: Dragance137/Shutterstock.
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• Necessidades fisiológicas (5): são inatas e relacionadas com a
sobrevivência, como fome, sede, sono, abrigo etc. São as necessidades
que precisam ser satisfeitas com maior urgência.
• Necessidades de segurança (4): estão relacionadas com a busca de
proteção e estabilidade em resposta a qualquer ameaça, perigo ou
privação. Envolvem a manutenção do emprego, da moral, de recursos e
bens materiais etc.
• Necessidades sociais (3): são voltadas à busca de aceitação pelo grupo
social, de amizade, afeto e amor. Quando não são atendidas, podem gerar
hostilidade, isolamento e solidão.
• Necessidades de estima (2): estão relacionadas com a busca de
independência, autonomia, respeito, aprovação e reconhecimento social
e profissional, cujo alcance gera sentimentos de autoconfiança, valor,
utilidade, prestígio, poder. A sua insatisfação pode provocar fraqueza,
dependência, desamparo, sentimento de inferioridade, desânimo.
• Necessidades de autorrealização (1): são aquelas orientadas para o
desenvolvimento contínuo, para a aplicação e o aproveitamento do
próprio potencial.
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maior jornal diário da cidade. Porém, a sua atuação na firma e algumas opiniões
publicadas no jornal desagradaram o regime nazista, obrigando-o a se instalar
na Inglaterra, em 1933. Quatro anos depois, ele foi morar nos Estados Unidos
(Instituto Drucker, 2018).
Entre 1939 e 1949, Drucker ensinou economia, filosofia e política em duas
faculdades, e em seguida foi lecionar administração na Universidade de Nova
Iorque, permanecendo lá até 1971. Nesse ano, ele foi para a Universidade de
Claremont, na Califórnia, onde deu aulas de ciências sociais e administração até
2002, além de contribuir para a criação dos programas de MBA Executivo, que
foram os primeiros do país, e da Escola de Administração, que atualmente tem
o seu nome. Ele também atuou como consultor das áreas de estratégia e política
em inúmeras empresas mundiais, como a General Eletric, a Coca-Cola, a IBM e
a Intel, e em entidades sem fins lucrativos norte-americanas, como a Cruz
Vermelha, o Exército da Salvação, a American Heart Association, entre outras.
Colaborou, ainda, com órgãos dos governos dos Estados Unidos, do Canadá,
do Japão e de outros países (Instituto Drucker, 2018).
Escreveu diversos artigos científicos e publicou 39 livros, nos quais
antecipou grandes acontecimentos do século XX, entre os quais a ascensão do
Japão na economia, as privatizações, a era do conhecimento e a queda da União
Soviética. Em 2002, foi agraciado com a Medalha Presidencial da Liberdade, a
maior condecoração civil dos Estados Unidos. Celebrado como o maior guru da
Administração, apesar de odiar tal rótulo, em 2005 ele foi proclamado “o homem
que inventou a gestão” pela revista Business Week. Drucker faleceu em
Claremont, aos 95 anos. Em 2006, foi criado um instituto que leva o seu nome,
com o objetivo de promover o conhecimento, incentivar as práticas
administrativas e fortalecer as organizações (Instituto Drucker, 2018).
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Durante o processo, gerentes e subordinados formulam juntos objetivos
comuns e delimitam as suas áreas de responsabilidade de acordo com os
resultados esperados, que se tornam os padrões de desempenho com base nos
quais eles serão avaliados. A definição dos objetivos é consensual e
participativa, e o gerente se encarrega de fornecer apoio, direção e recursos para
que eles sejam atingidos, além de cobrar os resultados. Depois disso, eles se
reúnem regulamente para avaliar objetivos e resultados. Caso necessário,
ambos são reformulados, ações são corrigidas e novos recursos são estipulados
(Chiavenato, 2014).
Os objetivos devem ser formulados com base nos critérios abaixo,
escolhidos conforme as prioridades da organização e as contribuições dos
funcionários para o cumprimento dos resultados (Maximiano, 2017):
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resultados. Isso ocorre também quando não se relacionam os seus objetivos com
os da organização, negando o acesso aos resultados imediatos. Por sua vez, o
processo não é revisado e atualizado, mediante as mudanças do contexto
econômico, tecnológico e social (Chiavenato, 2014).
TROCANDO IDEIAS
NA PRÁTICA
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FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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