Fichamento 6

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Universidade Federal Rural do Semi-árido

Disciplina: Ética e Legislação


Docente: Daniel Araújo Valença
Discente: Francisco Erimar Cavalcante Neto
Turma: 01 Matutina
Objetivo: Fichamento do Capitulo 6 – Os valores
- Livro De Ética 30ª (Adolfo Sánchez Vázquez)
CAPÍTULO VI - OS VALORES
Todo ato moral inclui a necessidade de escolher entre vários atos possíveis. O
comportamento moral faz parte da vida cotidiana de todos os indivíduos, e as
preferências por um ato sobre outro também. As preferências sempre envolvem
algum juízo de valor sobre os atos.

1. Que são os valores


Os valores podem ser atribuídos às coisas ou objetos naturais ou produzidos pelo
homem, bem como podem ser relativos à conduta humana, particularmente a
conduta moral. O objeto valioso não pode existir sem certa relação com um sujeito,
nem independentemente das propriedades naturais, sensíveis e físicas que
sustentam seu valor.

2. Sobre o valor econômico


O termo “valor” deriva da economia. Para que um objeto tenha valor de uso deve
satisfazer uma necessidade humana, independentemente de ser natural ou produto
do trabalho humano. Quando estes objetos se transformam em mercadorias,
adquirem duplo valor: de uso e de troca. O valor de troca é adquirido pelo produto
do trabalho humano ao ser comparado com outros produtos. O valor de troca da
mercadoria é indiferente ao seu valor de uso, ou seja, é independente de sua
capacidade de satisfazer uma necessidade humana determinada.

3. Definição do valor
O valor não é propriedade dos objetos em si, mas propriedade adquirida graças à
sua relação com o homem como ser social. Mas, por sua vez, os objetos podem ter
valor somente quando dotados realmente de certas propriedades objetivas.

4. Objetivismo e subjetivismo axiológicos


O subjetivismo axiológico pode ser considerado como psicologismo axiológico, visto
que reduz o valor de uma coisa a um estado psíquico subjetivo. Uma pessoa não
deseja um objeto porque vale, mas este vale porque é desejado. De acordo com a
posição subjetivista, não existem objetos de valor em si independentemente de
qualquer relação com um sujeito. Esta tese recusa por completo as propriedades
do objeto, sejam naturais ou criadas pelo homem. A tese do objetivismo axiológico
rejeita o subjetivismo axiológico e afirma que há objetos valiosos em si,
independentemente do sujeito. Segundo essa teoria, existe uma separação radical
entre valor e bem (coisa valiosa) e entre valor e existência humana
5. A objetividade dos valores
Os valores não existem em si e por si independentemente dos objetos reais (cujas
propriedades objetivas se apresentam como propriedades valiosas – humanas e
sociais), nem tampouco independentemente da relação com o sujeito (o homem
social). Existem com uma objetividade social. Por conseguinte, os valores existem
unicamente em um mundo social, ou seja, pelo homem e para o homem.

6. Os Valores Morais e Não Morais


Os objetos úteis não encarnam valores morais, embora possam encontrar-se numa
relação instrumental com estes valores. A “bondade” instrumental ou funcional de
um objeto está alheia a qualquer qualificação moral, pois pode servir de meio ou
instrumento para realizar um ato moralmente bom ou um ato moralmente mau. Os
objetos devem ser excluídos do reino dos objetos valiosos que podem ser
qualificados moralmente. Quando o termo “bondade” se aplica a eles (por exemplo,
faca “boa”) deve ser entendido no sentido axiológico adequado, e não propriamente
moral.
Os valores existem unicamente em atos ou produtos humanos. Tão-somente o que
tem um significado humano pode ser avaliado moralmente – mas apenas os atos
realizados livremente, ou seja, de modo consciente e voluntário.
Um mesmo produto humano pode assumir vários valores, embora um deles seja o
determinante. Por exemplo: uma obra de arte pode ter não só um valor estético,
como também político, moral ou religioso. No entanto, nunca se pretende deduzir
desses valores o seu valor propriamente estético. Um mesmo ato ou produto
humano pode ser avaliado a partir de diversos ângulos, podendo realizar diferentes
valores. Mas ainda que os valores se juntem num mesmo objeto, não devem ser
confundidos. Os valores morais se encarnam somente em atos ou produtos
humanos realizados de modo consciente e voluntário.

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