Estágio Poli 2021 Jovens e Adultos
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UBERABA
2021
FACULDADE FUTURA
UBERABA
2021
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: REFLEXÕES SOBRE O PAPEL DO
PROFESSOR.
RESUMO- Este trabalho visa levantar reflexões e relevância significativa na discussão sobre
educação de jovens e adultos, pois esta é uma forma de educação muito importante para o Brasil,
mas ainda há um grande número de pessoas sem educação básica. Nessa temática, é necessário
destacar o papel dos professores que atuam com esses públicos, objetivando de forma direta e
decisiva o papel da educação de qualidade no processo de construção do conhecimento dos
alunos. Este artigo tem como objetivo levantar os pontos de esclarecimento da educação EJA,
fortalecer a reflexão sobre o papel do professor que atua na educação de jovens e adultos, elencar
os pontos relevantes do método Freiriana na situação de alfabetização e fornecer um guia para a
trajetória de construção do conhecimento. e disseminação. Contribua. Neste novo público, deixe-
os participar de um método de ensino crítico libertador e conversacional.
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................5
2. DESENVOLVIMENTO..............................................................................8
3. RELATO DE ESTUDO............................................................................12
4. CONCLUSÃO..........................................................................................14
5. REFERÊNCIAS.......................................................................................15
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1. INTRODUÇÃO
Os dias atuais apresentam para os professores uma jornada de trabalho de três turnos,
vivenciando “o aviltamento de seu trabalho seja no que diz respeito à remuneração, seja naquilo
que se refere às condições de trabalho, marcada pela necessidade de alargamento cada vez
maior da jornada, pela terceirização ou precarização [...]” (RUMMERT, 2006 p. 128), pois, o
professor pertence à classe trabalhadora e, como tal, uma vítima do sistema-capital,
necessitando de uma formação integral e relacionada à sua práxis. Diante de tais perspectivas,
muitas têm sido as questões, entre elas: como tem sido a formação do professor que atua na
Educação de Jovens e Adultos (EJA)? Quem são os alunos da EJA? Quais as expectativas
contemporâneas para a EJA? Como os sujeitos se percebem no processo? A formação de
professores de EJA ainda se dá de forma generalizada, baseada em princípios da educação
básica regular, muitos cursos de formação de professores têm sido realizados totalmente à
distância, em condições precárias. É possível inferir que há certa proposição para tal, pois não é
possível discutir com a TV e não havendo discussão, consequentemente, não há elevação da
consciência ingênua para a crítica. Assim, profissionais formados sem possibilidade de exercício
crítico, retornam à escola para reproduzir a ideologia dominante.
Portanto, é necessário uma compreensão do que é a educação popular (Freire, 1996),
para que haja comprometimento com o processo de transformação da sociedade, com a quebra
de paradigmas impositivos e o ensinar aos jovens e adultos, muitas vezes marginalizados,
apresentando conteúdos significativos e que busquem a emancipação das classes menos
favorecidas.
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Para Moreira (1992), os professores devem ser formados para atuarem como intelectuais
transformadores, sendo necessário que compreendam as relações de poder estabelecidas pelos
dominantes e busquem em conjunto com as classes subalternas a superação dos preconceitos
e predisposições que estão enraizados ao longo dos tempos. 1744 Para que este processo
ocorra, torna-se necessário que o professor ressignifique a sua prática pedagógica, identificando
e compartilhando experiências para a construção de seres críticos, atuando como mediador de
conhecimentos no processo de humanização.
No caso específico da EJA, todos os aspectos já mencionados devem ser acrescidos de
preconceitos, descasos e estereótipos que contribuem para uma formação ainda mais precária.
Diante do exposto, este trabalho pretendeu aprofundar estudos a respeito da EJA, considerando
a trajetória dessa modalidade na história da educação brasileira e os parâmetros postos pelo
mundo neoliberal para os sujeitos envolvidos. A opção metodológica pautou-se pelos
pressupostos da abordagem qualitativa, visto que permite ao investigador uma compreensão
ampla do seu objeto de investigação. Richardson (1999), apresenta que ”[...] a abordagem
qualitativa de um problema, além de ser uma opção do investigador, justifica-se, sobretudo, por
ser uma forma adequada para entender a natureza de um fenômeno social”(p.79).
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2. DESENVOLVIMENTO
Durante muito tempo, portanto, as escolas noturnas eram a única forma de educação de
adultos praticada no país. Paiva, em seu livro Educação Popular e educação de adultos (1983),
faz um paralelo entre as finalidades e objetivos da educação de jovens e adultos e as
preocupações sociais e políticas da sociedade da época do Brasil Colônia, ao afirmar que “a
educação popular colonial é praticamente inexistente, excetuando a ação dos jesuítas e outros
religiosos nos primeiros momentos, quase nenhuma atenção é dada ao problema [...]” (PAIVA,
2003, p. 63)
Assim, a educação para todos desde os primórdios de nossa história política se reveste
de grande descaso político. É importante ressaltar que a educação de jovens e adultos era
carregada de um princípio missionário e caridoso, atender aos considerados “desvalidos”. O
letramento destas pessoas era um ato de caridade das pessoas letradas às pessoas perigosas
e degeneradas. “Era preciso ‘iluminar’ as mentes que viviam nas trevas da ignorância para que
houvesse progresso” (STEPHANOU; BASTOS, 2005, p. 261).
Entendia-se que o analfabeto era um peso e o culpado pelo não desenvolvimento do
país. Os processos de alfabetização em momentos da história política brasileira sempre
estiveram vinculados a interesses de governos em eliminar o analfabetismo com vista a
aumentar também o quantitativo de eleitores.
O educador Paulo Freire traz grandes contribuições para esse debate com introdução de
sua pedagogia chamando a atenção para que o desenvolvimento educativo deva acontecer
contextualizado às necessidades das pessoas educadas, “com” elas e não “para” elas. Percebe-
se nas ideias de Freire a implantação de uma pedagogia dialógica e contextualizada,
provocando no educando a reflexão sobre o seu papel social, sua capacidade de mudar a si e
mudar a realidade social, que lhe imputam a miséria, e a exclusão de usufruto dos bens sociais
como saúde e educação numa sociedade letrada.
A sociedade brasileira ao longo de sua história é marcada pelas desigualdades sociais
que foram constituídas pelas relações estabelecidas entre educação escolar e estrutura social.
No cenário da educação brasileira encontramos diversas reformas educacionais, buscando
assim, quitar uma dívida secular com os excluídos.
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3. RELATO DE ESTUDO
4. CONCLUSÃO
Falando sobre o papel do professor e sua prática docente perante o público, cabe
destacar que, para o alcance de objetivos positivos no processo de ensino, a educação é
vista como um meio de transformação da realidade pessoal, porém eles entendem isso só
adquirindo conhecimento, essa transformação tão esperada, principalmente uma
transformação de si mesmo, é possível. Vale ressaltar também que o método educativo
difundido por Paulo Freire tem contribuído significativamente para o sucesso do processo
educativo das disciplinas inseridas nessa modalidade de ensino.
Diante desta pesquisa percebe-se que, não se pode mais ver o ensino voltado para a
EJA como um procedimento em que o professor deposita e o aluno recebe, justamente o que
Freire já dizia ser uma educação bancaria, mas que esse processo na busca e construção de
novos conhecimentos se dá através de variados meios, nesse caminho um dos pilares
relevantes apontados por Paulo Freire é o dialogo entre professor-aluno e vice versa, pois,
ambos aprendem numa troca mutua de conhecimento. Entretanto nota-se que só assim eles
se tornarão agentes transformadores em diferentes contextos . Portanto, permitir aos sujeitos
agir no mundo, dominar a cultura letrada e desempenhar conscientemente o seu papel de
cidadão na sociedade é muito mais do que transmitir conhecimento, é agir como intelectual
capaz de provocar mudanças.
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5. REFERÊNCIAS
SANTOS, Aguinacira Ciebre dos. Ser Educador na EJA: mais que um mediador no
processo de superação e desafios de aprendizagem. Revista Eventos Pedagógicos,
Mato Grosso, v.3, n. especial, p. 268 – 275, Abril. 2012.