26 Mulheres Importantes Que Fizeram História
26 Mulheres Importantes Que Fizeram História
26 Mulheres Importantes Que Fizeram História
Laura Aidar
Formada em Comunicação
Atualizado em 03/02/2022
São muitas as grandes mulheres que marcaram a história da humanidade. São pessoas
importantes que atuaram como cientistas, escritoras, revolucionárias, médicas, astronautas e
tantas outras funções.
1. Rosa Luxembugo (1871-1919)
Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres.
Uma mulher muito importante para as conquistas do povo negro nos EUA foi Rosa Parks.
Rosa nasceu em 1913 no Alabama, ao sul do país, região onde a segregação racial foi intensa.
Em 1955 marcou a história como ativista quando se recusou a ceder seu lugar a uma pessoa
branca em um ônibus. Na época, as leis de segregação eram rígidas e os ônibus tinham
assentos reservados a passageiros brancos.
Devido a sua atitude, a ativista foi presa. Isso gerou indignação na população negra e
impulsionou grandes protestos que resultaram na anulação das leis de segregação racial.
3. Anne Frank (1929-1945)
Quando se fala em mulheres fortes na Segunda Guerra Mundial, geralmente Anne Frank é
lembrada.
A judia foi uma das milhares de vítimas do nazismo e morreu aos 15 anos em Bergen-Belsen,
um campo de concentração na Alemanha.
Sua história ficou conhecida pois a garota manteve um diário desde os 13 anos. Nele contava
seu dia-a-dia, relatando sentimentos e a convivência com oito pessoas em um esconderijo.
Das pessoas escondidas, a única que sobreviveu foi seu pai, Otto Frank. Ele encontrou os
escritos da filha e publicou o livro O diário de Anne Frank em 1947, um dos mais verdadeiros e
emocionantes testemunhos do período.
Angela teve papel importante em 1971 ao ser presa injustamente, o que motivou um
movimento por sua libertação, o Free Angela, que contou com o apoio de artistas e da
sociedade civil.
Uma das mulheres que marcaram a história da medicina é a romena Sofia Ionescu-Ogrezeanu.
Assim, em 1944 realiza sua primeira cirurgia cerebral e mais tarde aprofunda os estudos,
tornando-se a primeira mulher neurologista.
Sofia era muito dedicada à profissão e contribuiu grandemente para avanços nos estudos e
pesquisas na área da neurociência.
6. Sofonisba Anguissola (1532-1625)
A primeira mulher a ser reconhecida como artista plástica internacionalmente foi a italiana
renascentista Sofonisba Anguissola.
Sofonisba aprendeu pintura como parte de sua educação, tendo como mestre o pintor
Bernardino Campi.
Valentina Tereshkova foi a uma astronauta russa que em 1963 foi a primeira mulher a viajar
para o espaço.
Curiosamente, mesmo com o passar dos anos, Valentina ainda é a única mulher a ter realizado
uma viagem espacial sozinha.
8. Bertha Von Suttner (1843-1914)
A austro-húngara Bertha Von Suttner foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel da Paz,
em 1905. Inclusive, ela foi uma das responsáveis pela criação do prêmio, pois ajudou o amigo
Alfred Nobel na idealização da homenagem, ocorrida pela primeira vez em 1901.
Bertha dedicou sua vida à escrita e a pacificação. Seu romance Abaixo às armas, de 1889, se
tornou conhecido como um manifesto antimilitarista, pois expõe a violência das guerras sob o
ponto de vista de uma mulher.
A paquistanesa Malala Yousafzai é uma das mulheres que vem chamando a atenção de boa
parte do mundo para os direitos das crianças, principalmente, das crianças do sexo feminino.
Ela defendeu que as meninas pudessem frequentar escolas em seu país. Por isso, Malala foi
perseguida e sofreu um atentado em 2012, quando voltava da escola em um ônibus.
Depois de meses em tratamento, Malala se recuperou e fundou a Malala Fund, fundação que
arrecada verba para destinar à educação de meninas em todo o mundo.
Em 2014, aos 17 anos, foi homenageada com o Prêmio Nobel da Paz, sendo a mais jovem
mulher a receber a honraria.
A drag queen e travesti teve papel essencial na Rebelião de Stonewall, em 1969, quando a
população marginalizada LGBT se revolta contra a violência policial em Nova York em cima da
comunidade gay.
Seus estudos contribuíram para a criação de avanços na medicina como o raio-x. Foi a primeira
mulher a ganhar o Prêmio Nobel de Física, em 1903. Em 1911 recebe também o Prêmio Nobel
de Química.
Maria da Penha é uma brasileira nascida no Ceará que teve a vida marcada pela violência
doméstica, o que a impulsionou na luta contra o feminicídio e violência a contra a mulher.
Seu marido, o professor universitário Marco Antonio Heredia Viveros, tentou executá-la duas
vezes em 1983. Uma das tentativas a deixou paraplégica e a partir de então, ela começou uma
luta pela condenação do marido.
O caso ganhou repercussão e uma lei com seu nome foi sancionada no Brasil em 2006, a Lei
Maria da Penha, importante instrumento de combate à violência doméstica.
Teve uma produção intensa, pintando autorretratos e cenas surrealistas com forte identidade
latino-americana.
Atualmente, a artista é reconhecida também como um emblema feminista. Isso porque
mesmo não se identificando como tal, teve uma postura marcada contra o sistema patriarcal e
impôs suas ideias de forma criativa e decidida.
Para saber mais detalhes da artista, leia Biografia de Frida Kahlo e Frases de Frida Kahlo para
conhecer a biografia da artista mexicana.
Greta Thunberg é uma jovem ativista sueca que ficou conhecida em 2018 por realizar
protestos contra os danos climáticos junto ao parlamento sueco.
A partir de então, a garota se tornou uma inspiração e liderança para milhares de estudantes
em seu país, que passaram a cobrar medidas de proteção à natureza e fazer manifestações
pelo clima.
Greta ganhou projeção internacional e foi indicada duas vezes ao Prêmio Nobel da Paz, em
2019 e 2020.
Figura de destaque no movimento feminista brasileiro, Bertha Lutz foi uma das mulheres
grandes na história do país.
Ela lutou pela conquista do voto feminino no Brasil e pela libertação das mulheres. Além disso,
foi cientista e dedicou parte da vida à política.
A religiosa Dorothy Stang, também conhecida como Irmã Dorothy, foi uma missionária católica
que nasceu nos EUA. Na década de 70 se fixou na região amazônica do Brasil junto a
trabalhadores rurais do local. Passou a realizar ações em projetos de reflorestamento e defesa
da floresta e das pessoas.
Foi assassinada no Pará em 2005, aos 73 anos, deixando um legado de luta e justiça.
Harriet Tubman foi uma mulher forte que fez da sua vida uma luta contra a escravidão nos
EUA. Nascida escravizada, ela conseguiu escapar do cativeiro e ainda contribuiu para libertar
em torno de 300 negros.
Harriet viveu até os 90 anos e no fim da vida se dedicou a causa do voto feminino. Sua história
de vida impressionante e sua potência a transformaram em um emblema na luta abolicionista
nos EUA e também no mundo todo.
Hilária Batista de Almeida era o nome de batismo de Tia Ciata, uma mulher brasileira que
entrou para a história do país como uma das maiores influências para o surgimento do samba
carioca.
Cozinheira, Ciata era também mãe de santo e recebia diversos músicos em sua casa para
compor e tocar samba. Isso em uma época que as manifestações culturais do povo negro eram
proibidas.
Por conta disso foi condecorada com o "The Distinguished Flying Cross, um prêmio destinado a
pessoas das forças armadas que realizam atos de coragem.
Amalia foi uma figura atuante para que outras mulheres pudessem também pilotar, pois
contribuiu em organizações que tinham esse objetivo.
Em 1937, ao tentar dar a volta ao mundo de avião, Amalia desapareceu. Assim, foi dada como
morta oficialmente em 1939.
Joana Darc foi uma personalidade importante na França devido aos seus feitos na Guerra dos
Cem Anos.
Em sua curta vida, a camponesa liderou exércitos e alcançou vitórias, pois tinha a intenção de
libertar seu país da Inglaterra.
Joana Darc dizia ouvir vozes que a orientavam. A moça foi condenada pela Inquisição e
executada como bruxa. Porém, no início do século XX foi canonizada como santa pela Igreja
Católica.
A primeira mulher tatuadora nos EUA foi Maud Stevens Wagner. Atuante no circo como
acrobata e contorcionista, Maud viajava o país com circos itinerantes.
Conheceu o tatuador Gus Wagner e com ele aprendeu a arte do desenho sobre a pele. Os dois
se casaram e tiveram uma filha, Lotteva, que se tornou também tatuadora.
22. Nise da Silveira (1905-1999)
Uma das personalidades brasileiras mais relevantes na psiquiatria foi a médica Nise da Silveira.
Ela desenvolveu métodos de trabalho com os pacientes que incluíam o processo artístico e um
tratamento mais humano e eficaz, revolucionando a maneira como a saúde mental é
encarada no país.
Isso porque, na época, era costume usar recursos invasivos e violentos como eletrochoque,
lobotomia (retirada de parte do cérebro) e grande quantidade de remédios.
Simone deixou obras literárias essenciais para a construção de uma nova maneira de enxergar
o que é ser mulher. Uma frase famosa da autora é: Não se nasce mulher, torna-se.
Um dos símbolos femininos de maior força para o movimento negro no Brasil é Dandara.
Casada com Zumbi dos Palmares, Dandara foi uma guerreira no período colonial do país.
Não há muitos registros sobre sua vida e seus feitos. Entretanto, especula-se que ela conhecia
as técnicas de capoeira e lutou bravamente para defender o quilombo dos Palmares.
Morreu em 1694 ao cometer suicídio, pois não tolerava retornar à condição de escrava.
Contribuiu para a fundação do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras do Rio de Janeiro e
do Movimento Negro Unificado.
Deixou livros, ensaios e artigos importantes para pensar o feminismo na América Latina.
A fotógrafa Claudia Andujar nasceu na Suíça. Ainda criança fugiu da perseguição aos judeus na
Segunda Guerra e foi para os EUA.
Em 1955 Claudia vem ao Brasil para encontrar a mãe, também fugitiva da guerra. A partir de
então fixa residência no país e passa a trabalhar como fotojornalista.
No final da década de 60 se envolve com a causa indígena no Brasil e a partir dos anos 70 se
dedica a fotografar e defender o povo Yanomami.
Sua atuação se estendeu para além da fotografia. Claudia se tornou uma importante figura
para a proteção das florestas e indígenas, contribuindo para a demarcação de terras no Brasil.
Mulheres na ciência: 9 nomes que você precisa conhecer
Quando se pensa em grandes nomes da ciência, geralmente as mulheres não são lembradas.
Isso devido à falta de estímulo para que ocupassem essa área do conhecimento.
Ainda assim, existem mulheres cientistas que se destacaram por contribuir com estudos e
descobertas muito importantes para toda a humanidade.
A polonesa Marie Curie nasceu em Varsóvia em 7 de novembro de 1867. Seu pai era professor
de física e matemática.
Com dificuldade, Marie conseguiu se formar em física em 1893 e em matemática no ano
seguinte, seguindo os passos do pai.
Seus estudos foram de enorme importância para a ciência, pois constatou a existência do
polônio e do rádio, elementos químicos que contribuíram para a criação de tratamentos
médicos como a radioterapia.
Marie Curie recebeu em 1903 o Prêmio Nobel de Física, se tornando a primeira mulher a
alcançar tal homenagem.
Teve incentivo do pai, Teón, também professor e matemático. Assim, a jovem conclui os
estudos e torna-se professora e diretora da Academia de Alexandria.
Infelizmente sua obra foi perdida, assim como de outros estudiosos do período, mas sua
relevância está no mapeamento e movimentação dos astros.
A morte de Hypatia foi dramática. Por volta de 415 d.C, a professora foi alvo de extremistas
religiosos que viam os estudos científicos como maléficos. Assim, foi linchada e assassinada em
espaço público.
3. Anna Atkins (1799-1871)
A botânica e fotógrafa Anna Atkins entrou para a história como a primeira mulher a publicar
um livro com fotografias.
Com o auxílio da cianotipia, uma técnica alternativa de registros de imagens, Anna catalogou
diversas algas e publicou em seu livro Fotografias de British Algæ: Cyanotype Impressions.
Filha do químico John George Children, também foi estimulada desde a infância a estudar.
Nascida em 1799 na Inglaterra, era raro as mulheres receberem esse tipo de incentivo na
época.
Seu nome ficou por muito tempo esquecido, sendo resgatado a partir da década de 70.
Florence Sabin nasceu nos EUA em 9 de novembro de 1871. Sua atuação foi na medicina, onde
fez investigações e descobertas importantes na área da anatomia, sistema linfático e
sanguíneo.
Depois que se aposentou, Florence dedicou sua vida ao ativismo a favor da saúde pública em
seu estado, o Colorado.
Ada Lovelace nasceu em 1815 na Inglaterra e dedicou sua vida à matemática e à escrita.
Seu maior feito foi ter desenvolvido o primeiro algorítimo a ser processado por uma máquina.
Por isso, ela é considerada a primeira programadora da história.
Seu pai era o poeta romântico Lord Byron, mas não teve influência em sua criação. Assim, Ada
foi incentivada a estudar matemática pela sua mãe.
Ada faleceu aos 36 anos de câncer e sem reconhecimento em vida, só vindo a ter visibilidade
depois que o cientista Alan Turing a citou.
Concluiu o curso de química aos 19 anos e construiu uma sólida carreira, sendo homenageada
com o Prêmio Nobel de medicina em 1988.
7. Mária Telkes (1900-1995)
Mária Telkes foi uma cientista húngara nascida em 1900 que teve grande relevância para as
pesquisas sobre energia solar, o que lhe rendeu o apelido de Rainha do Sol.
Nascida em fevereiro de 1905 em Maceió, Nise passa a viver no Rio de Janeiro a partir de
1927. Trabalhou no Hospital do Engenho de Dentro, no subúrbio carioca e lá implementa
recursos terapêuticos usando a arte e a interação com animais.
Seu legado é importante, pois, através de muita luta e enfrentamento, consegue trazer um
olhar mais humano e eficaz à psiquiatria e aos pacientes.
Sônia também foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira como professora de física no ITA
(Instituto Tecnológico de Aeronáutica).
Se formou em física pela Universidade Federal de São Carlos e especializou-sem em física
moderna.
Além das contribuições no ensino de física, ela também atua como ativista pela educação de
pessoas carentes e na luta feminista.
Rebeca Fuks
Vivemos nos dias de hoje a nossa tão sonhada independência graças à elas e as suas
conquistas, que na época pareciam impensáveis. Relembre agora as biografias de 12 grandes
ícones femininos.
A cientista polonesa Marie Curie (1867-1934) é um orgulho para nós mulheres. Pioneira, ela
quebrou diversas barreiras: foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel de Física, a primeira
personalidade que recebeu duas vezes o Prêmio Nobel (o segundo na área da química) e foi a
primeira mulher a lecionar na Sorbonne.
Com uma infância modesta, Marie (que na verdade chamava-se Manya Sklodowska) começou
a trabalhar cedo para a ajudar a família. Brilhante aluna, ela ganhou uma série de prêmios na
escola.
Com muito sacrifício pessoal, Marie conseguiu ir estudar na Sorbonne. Foi lá que conheceu
Pierre Curie, um cientista que viria a se tornar seu futuro marido. Juntos, eles levaram a frente
uma série de estudos sobre radioatividade de importância ímpar para a academia.
Quem nunca ouviu falar de Cleópatra (69-30 a.C.)? A rainha do Egito foi a última soberana da
dinastia dos Ptolomeus e ganhou poder após a morte do seu pai.
Muita gente sabe que a sedutora moça foi amante de Júlio César e Marco Antônio, mas o que
pouca gente sabe é que ela conhecia profundamente poesia grega, matemática, filosofia e
sabia falar nove línguas.
Cleópatra não se deixava intimidar pelos homens poderosos que a rodeavam e tomava a
frente quando o assunto era negociar com outros povos.
O nome de Rosa Parks infelizmente não é muito conhecido entre os brasileiros, o que é uma
pena (mas aqui estamos nós para tentar corrigir essa lacuna).
A ativista do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos ficou conhecida
depois de se recusar a ceder o seu assento no ônibus a um branco. Corajosa, ela defendeu o
seu ideal pela igualdade até o final e chegou a ser inclusive levada à prisão por lutar pelo que
acreditava.
O pequeno bravo gesto de Rosa deu início a uma verdadeira revolução. Foi (também) graças à
ela que os protestos contra o preconceito racial ganharam força e, no dia 13 de novembro de
1956, a Suprema corte decretou como inconstitucionais as leis de segregação.
Rosa ficou tão reconhecida que chegou a ser chamada de "mãe do movimento dos direitos
civis".
Gostou de saber da conquista encabeçada pela ativista? Então saiba mais sobre a trajetória
de Rosa Parks.
Vítima do Holocausto, Anne Frank deixou o mundo quando tinha apenas 15 anos. Judia, ela
morreu no terrível campo de concentração Bergen-Belsen, na Alemanha.
Mas antes de deixar o mundo Anne Frank relatou os horrores que viveu com a ocupação
nazista e eternizou a sua experiência e a da sua família em um diário que transcendeu
gerações. Sua obra foi publicada postumamente pelo pai, um sobrevivente do campo de
concentração de Auschwitz.
Sabia que a Índia já teve uma primeira-ministra mulher? Indira Gandhi ocupou o cargo de
chefe do governo duas vezes: a primeira entre 1966 e 1977 e a segunda entre 1980 e 1984.
Fui uma das primeiras mulheres emancipadas, antes que a coisa se transformasse em moda.
Tive que lutar por tudo que conquistei.
Seu livro O Segundo Sexo é de fundamental importância para o movimento feminista e foi
essencial para estimular o debate sobre a opressão que a mulher vivia na sociedade.
Vanguardista em uma França conservadora, Simone de Beauvoir pregava, acima de tudo, que
a mulher tivesse independência.
Figura polêmica, a escritora também ficou conhecida pelo relacionamento longo e complexo
que manteve com o filósofo Jean-Paul Sartre.
Para quem pensa que a luta pelas mulheres acabou há muito tempo atrás, essa jovem está
aqui para provar que (infelizmente) ainda temos muitas batalhas pela frente.
Malala Yousafzai (1997) foi a personalidade mais jovem a receber um Prêmio Nobel da Paz. "O
que ela fez para alcançar esse feito?", você deve estar se perguntando. Malala defendeu com
unhas e dentes o direito das meninas irem para a escola em um Paquistão profundamente
misógino.
Em um país onde as mulheres são coagidas a casarem cedo e a terem filhos o quanto antes
(acredite, é comum ver meninas grávidas aos 14 anos), Malala se diferenciou da maioria e foi
estimulada pela família a estudar (o pai da menina era dono de uma escola).
Com apenas 11 anos, Malala começou a escrever um blog onde defendia a tese de que as
meninas deveriam frequentar a escola. Pela sua postura idealista, começou a receber uma
série de ameaças de morte.
Aos 15 anos, Malala foi reconhecida por um membro do Talibã que disparou contra ela três
vezes. Todos os tiros atingiram a cabeça. Felizmente, a garota foi socorrida e levada para a
Inglaterra, onde recebeu exílio.
Por falar em mulheres de fibra, essa lista não estaria completa se não tivesse o nome de
Virginia Woolf (1882-1941). A escritora inglesa foi dos grandes nomes da literatura ocidental e
se destacou como uma das maiores autoras modernistas do século XX.
Virginia usava seus livros para divulgar uma série de lutas feministas e questionava
abertamente posturas políticas e sociais do seu tempo.
O primeiro romance da autora foi publicado em 1912. Além de escrever, Virginia também
editava e fundou junto com o marido a editora Hogarth Press (que descobriu talentos como
T.S. Eliot e Katherine Mansfield).
A fama do grande público veio com a publicação de Mrs.Dalloway (1925), que projetou a sua
crítica contra a sociedade que oprimia e não estimulava intelectualmente as mulheres.
Se é apaixonado por literatura não pode perder a leitura da biografia completa de Virginia
Woolf.
Angela Merkel (1954) é uma peça chave na política da União Europeia. Chanceler da República
Federal da Alemanha desde 2005, ela é também presidente do partido União Democrata-
Cristã.
Filha de um pastor, desde sempre Angela lutou por ideais socialistas, tendo militado quando
jovem pela Juventude Livre Alemã.
Angela quebrou também outra barreira: ela foi a primeira figura política oriunda da Alemanha
do Leste a subir ao comando.
Como pensar no México e não lembrar das pinturas coloridas e exuberantes de Frida
Kahlo (1907-1954)?
A pintora de sobrancelhas unidas teve uma infância muito difícil marcada por uma saúde frágil.
Para piorar a situação, aos 18 anos, o ônibus em que estava sofreu um grave acidente e Frida
ficou com sequelas para sempre.
Dessa situação trágica, Frida soube retirar sabedoria: enquanto estava presa a cama do
hospital começou a pintar com um cavalete adaptado, assim nasceram os famosos
autorretratos. Dizia ela:
Comunista, foi no partido que ela conheceu o seu grande amor, o muralista Diego Rivera. O
relacionamento, cheio de altos e baixos, foi um marco na vida de Frida.
A pintora foi o maior nome das artes plásticas da sua geração e um orgulho para o seu país.
Suas telas foram expostas mundo afora, inclusive em metrópoles como Nova Iorque e Paris.
Além de pintar, Frida deu aulas da Escola Nacional de Pintura e Escultura.
Ao longo de toda a sua vida, ela foi um símbolo da luta feminista e defendeu com unhas e
dentes os direitos das mulheres.
Leia também o artigo Frida Kahlo: conheça a vida e trajetória através de suas obras.
Madre Teresa de Calcutá nasceu Agnes Gonxha Bojaxhiu, na Macedônia, mas logo descobriu
que o seu lugar era o mundo e a sua vocação era ajudar os mais carentes. É dela a famosa
frase:
Temos que ir a procura das pessoas, porque podem ter fome de pão ou de amizade.
Fiel aos seus ideais, Madre Teresa de Calcutá fez votos de pobreza, castidade e obediência.
Com uma vocação religiosa despertada desde cedo, assim que completou a maioridade entrou
para a Casa das Irmãs de Nossa Senhora do Loreto.
Toda a sua vida foi de entrega e doação, especialmente nos países subdesenvolvidos onde
ficou conhecida como a "mãe dos pobres". Tamanha generosidade lhe rendeu um prêmio
Nobel da Paz, recebido em 1979.
Madre Teresa de Calcutá era uma figura tão especial que chegou a ser beatificada pela Igreja
em 2003 e foi canonizada treze anos mais tarde.
Joana d'Arc é um nome incontornável quando se fala na história do seu país, a França. Ela
participou ativamente da Guerra dos Cem Anos, conflito levado a cabo pela França contra a
Inglaterra. Corajosa, Joana expulsou uma série de ingleses do território francês.
Numa época em que as mulheres tinham pouca (aliás, basicamente nenhuma) participação em
conflitos armados, é de se louvar que essa senhora tenha alcançado o título de chefe de
guerra, tendo chegado a liderar uma tropa durante três dias.
Capturada pelo inimigo, Joana teve uma sina triste e foi condenada a ser queimada em praça
pública sob a acusação de heresia e feitiçaria. Apesar do trágico destino, Joana entrou para a
história e até os dias de hoje é lembrada como uma referência de grande mulher.
Que tal saber mais sobre essa guerreira de fibra? Não perca tempo e vá para o artigo: Joana
d'Arc: 11 curiosidades e momentos importantes de sua biografia.
Se você gostou de saber um pouco mais sobre a trajetória dessas mulheres excepcionais,
experimente ler também:
Por muito tempo, muito tempo mesmo, ser mulher era sinônimo de não ter direitos. Elas não
podiam estudar, trabalhar, votar ou se interessar por qualquer assunto que não fosse cuidar
de filhos e fazer enxoval. Só para você ter ideia, na Idade Média, muitos homens removiam o
próprio testículo esquerdo, na certeza de que apenas o direito produzia espermatozoides
capazes de gerar um filho homem. Pois é.
Felizmente, algumas coisas já mudaram nesse sentido na maior parte do mundo, por mais que
muitas mulheres ainda sejam reprimidas e violentadas apenas por causa de seu gênero. A
seguir, conheça uma lista de grandes mulheres que deixaram importantes contribuições
sociais, culturais e científicas à humanidade.
1. Marie Curie
(Fonte: Wikimedia Commons)
É impossível estudar química e física sem falar de Marie Curie, a polonesa que ficou famosa
graças às suas pesquisas sobre radioatividade. Vale lembrar também que essa mulher
conseguiu a proeza de ganhar o cobiçado Prêmio Nobel – duas vezes.
2. Malala Yousafzai
Você provavelmente já ouviu falar da Malala, a garota paquistanesa que é também a pessoa
mais jovem a ser contemplada com um Prêmio Nobel. Por sua luta pelos direitos das mulheres
à educação e pelo símbolo de força e resistência que se tornou, devido à sua experiência
pessoal (ela levou um tiro na cabeça quando tinha apenas 14 anos), Malala mais do que
merece estar nessa lista.
3. Kathrine Switzer
Ela foi a primeira mulher a participar da famosa Maratona de Boston, em 1967. Na imagem
acima você pode ver o momento em que homens da organização do evento, quando viram
que uma mulher estava participando, tentaram impedi-la de correr.
4. Margaret Heafield
Tá vendo essa moça da foto? Pois é. Ela trabalhou como diretora de engenharia de software
para a NASA. Basicamente, foi uma das responsáveis pelo Projeto Apollo, um dos mais
importantes da agência espacial.
5. Valentina Tereshkova
Essa russa foi a primeira mulher a viajar para o espaço, em 1963, na missão Vostok VI.
7. Amelia Earhart
Amelia foi a primeira mulher a fazer um voo solo sobre o oceano Atlântico, em 1928.
8. Komako Kimura
Essa mulher sufragista lutou pelo direito das mulheres ao voto e participou também da marcha
realizada em Nova York, em outubro de 1917.
A escritora judia fez um brilhante e extremamente triste retrato de sua família, que precisou se
esconder de nazistas, e você provavelmente já ouviu falar sobre ela.
13. A protetora
Essa mulher foi fotografada em 1990, na Armênia, quando protegia sua casa com um rifle. Na
época da foto, ela tinha 106 anos.
Essa mulher foi obrigada a cumprir prisão domiciliar por 15 anos. O motivo? Ela fez uma
campanha pró-democracia.
20. Nísia Floresta Augusta
Nísia foi a primeira brasileira a lutar pela emancipação feminina. É considerada precursora do
feminismo no país, sendo também reconhecida por seu empenho em alfabetizar meninas e
mulheres. Nísia Floresta também foi uma das primeiras mulheres a publicar artigos em jornais
brasileiros, além de ter sido a tradutora do manifesto feminista de Mary Wollstonecraft,
“Direitos das Mulheres e Injustiças dos Homens”.
Se hoje debatemos questões sobre maternidade consciente, amor livre e o direito da mulher
ao amor, podemos agradecer Maria Lacerda de Moura, uma brasileira de Minas Gerais.
Dedicada a causas sociais, ela também atuou como educadora tanto em Minas quanto em São
Paulo e trabalhou para a imprensa anarquista nacional e internacional.
Você sabia que há não muito tempo atrás as mulheres não podiam participar de competições
de esporte? Ou votar e trabalhar fora? Por muito tempo foi atribuído à mulher um papel
doméstico para o cuidado exclusivo dos filhos e da casa.
Ainda há um longo caminho para que se possa considerar a sociedade igualitária em relação ao
gênero, mas muito já se mudou graças aos esforços destas e de outras mulheres pioneiras e
determinadas.
Conhecida como a “Dama de Ferro”, Thatcher foi a pessoa que passou mais tempo no cargo de
Primeiro-Ministro durante o século XX, tendo cumprido três mandatos de 1979 a 1990. A
governante foi uma grande defensora das ideologias do liberalismo clássico e teve como
principal obstáculo em seu governo o grande índice de desemprego causado pela recessão.
Ativista símbolo do movimento dos direitos civis dos negros nos EUA
Rosa Parks tornou-se o pivô do boicote aos ônibus de Montgomery, o qual acabou com a lei de
segregação racial dos transportes públicos da cidade. Na década de 1950, muitas cidades
norte-americanas mantinham esta lei, a qual dividia os assentos entre “brancos” e “pessoas de
cor”, termo utilizado na época para se referir a afrodescendentes. Em 1955, Rosa Parks se
negou a ceder o seu assento para um branco e foi presa. O caso repercutiu no boicote que
durou 381 dias, tendo a comunidade negra se negado a usar o transporte até que a segregação
fosse encerrada.
Jornalista cubana
Conhecida principalmente pelos artigos que publica no seu blog Generación Y desde 2007,
Yoani Sánchez luta pela liberdade de expressão em Cuba. No país onde a política é totalmente
centralizada no Partido Comunista Cubano, a mídia também acaba por ser controlada. Yoani
conseguiu levar informações internas para fora do país e se tornou uma voz importante para a
reaproximação da Cuba aos EUA.
Albanesa naturalizada indiana, Madre Teresa de Calcutá nasceu Anjezë Gonxhe Bojaxhiu e
dedicou a vida a cuidar dos mais pobres. Um dos maiores nomes quando se fala em caridade, a
beata recebeu o Nobel da Paz em 1979 e foi canonizada em 2016 pelo Papa Francisco. Fundou
a Congregação Missionárias da Caridade que está presente em pelo menos 139 países.
A “Heroína dos Dois Mundos” foi uma brava guerreira que se apaixonou e lutou ao lado do
guerrilheiro italiano Giuseppe Garibaldi pela independência Gaúcha no Brasil e
pelo Risorgimento, movimento de unificação da Itália. Ela teve um papel fundamental durante
as batalhas e a sua garra e determinação inspiraram diversas homenagens pelos locais onde
passou, havendo pelo menos duas cidades em Santa Catarina nomeadas em sua homenagem:
Anita Garibaldi e Anitápolis.
Kathrine Switzer desafiou as regras e se tornou a primeira mulher a correr em uma maratona
no ano de 1967, em Boston, quando somente era permitido a homens participar de provas de
rua nos EUA. Um dos diretores do evento tentou impedi-la de correr, mas foi bloqueado por
outros competidores, tudo em frente às câmeras. Após este feito, a atleta criou a
fundação 261 Fearless pela luta pela igualdade de gênero nos esportes.
Com apenas 12 anos de idade Gertrude Ederle se tornou a pessoa mais nova a bater um
recorde de natação, e este foi apenas o primeiro. Porém, o que a deixou mesmo para a história
foi ter sido a primeira mulher a ter atravessado o Canal da Mancha a nado, tendo também
batido o recorde nesta ocasião. Antes dela, o nadador mais rápido tinha sido Enrique
Tiraboschi com 16 horas e 33 minutos de travessia. Gertrude fez o percurso em 14 horas e 34
minutos.
A história de Portugal conta com muitos rostos femininos. Foram várias as mulheres
portuguesas que mudaram o rumo do nosso país.
POR NATIONAL GEOGRAPHIC
PUBLICADO 6/07/2020, 17:52
Arquivo da biblioteca da National Geographic na sede, em Washington.
SUBSCREVA JÁ
Fazemos referência aos nomes daquelas que viveram numa era que privilegiava o género
masculino e que tiveram de enfrentar várias adversidades e barreiras sociais, para estarem
presentes em alguns setores do mercado do trabalho.
Foi também professora e tradutora. Publicou as obras 'O Silêncio de Vidro' (1962), 'História de
um Condenado à Morte' (1983), 'As Mãos e o Gesto' (2000), 'Relva Verde para Cláudio' (2003)
e 'Escrita de Esferográfica' (2008). Foi autora da primeira tradução para português dos contos
de Tchekov, “Os Tzibukine” (1963).
A médica ginecologista, foi a tribunal por duas vezes para reivindicar o seu direito de voto. No
dia do voto, fez-se acompanhar por dez mulheres da Associação de Propaganda Feminista, que
quiseram testemunhar. Uma multidão de curiosos aguardava-as à saída do Clube Estefânia.
O seu nome ficou para sempre inscrito na história com o número de eleitor 2513. Entretanto,
rapidamente mudaram a lei e passaram a excluir as mulheres do direito ao voto, mesmo num
regime democrático. Foram necessários 63 anos e uma revolução para que tal voltasse a ser
possível.
Carolina Beatriz Ângelo foi também a primeira mulher a realizar uma cirurgia e a defender o
serviço militar obrigatório para as mulheres.
Só tinha 12 anos e as suas formas femininas ainda não eram evidentes. Disfarçada de rapaz,
fugiu da vida e da irmã que não gostava, para se alistar no exército português como soldado.
As suas habilidades com a espada deram-lhe honras como oficial-cavaleiro.
Revelou o seu segredo depois de se apaixonar por um colega de armas, o qual viria a tornar-se
seu marido. Foi pelo engano que conquistou o seu lugar na história, mas as suas capacidades e
bravura mereceram-lhe o reconhecimento de mérito.
Implorou ao seu pai que a deixasse tirar o brevete de piloto. Tendo este recusado, por não se
tratar de um lugar para alguém com o seu estatuto social, Milú chegou a fazer greve de fome,
até que o seu pai acabou por ceder ao seu pedido.
A notícia espalhou-se por toda a comunicação. Adelaide Cabete e o Conselho Nacional das
Mulheres Portuguesas apoiaram Milú e organizaram uma angariação de fundos para lhe
comprar um avião.
Ficou conhecida como um ícone feminista, aviadora e sonhadora intrépida. Foram precisos
mais de 19 anos para que outra mulher obtivesse autorização para pilotar um avião, neste
caso, Maria Ghira. Só 65 anos depois foram atribuídas as primeiras asas de piloto militar a uma
mulher em Portugal, Paula Costa.
Isabel foi ainda condecorada pela Força Aérea Portuguesa, no ano de 2014, com a Medalha de
Mérito Aeronáutico de 1.ª classe.
Manuela, que também foi professora de Português e Francês, foi a primeira mulher
portuguesa a adotar o jornalismo como profissão. Foi chefe de redação da revista Vida
Mundial e passou pelo Diário Ilustrado, antes do terminar no Diário de Notícias. Viveu até aos
105 anos, numa vida repleta de histórias.
Amadureceu a sua consciência política e participou da exaltação aos Aliados, pelo fim da II
Guerra Mundial, em 1945.
Esta mulher portuguesa foi um exemplo na Resistência, enquanto o seu marido João Varela
Gomes fora gravemente ferido, num assalto ao quartel militar, por suspeitas do seu
envolvimento, que negou até ao último dia.
Maria Eugénia foi uma figura marcante na luta antifascista e na ajuda aos presos políticos,
demasiado livre para pertencer a um partido.
Esta é uma pequena lista de algumas das mulheres portuguesas que ajudaram a mudar o Ser
Mulher, em Portugal e no mundo.
Dia da Mulher: 10 portuguesas que se chegaram à frente
A consorte de D. Dinis até pode ter ficado para a história pelo milagre das rosas - milagre que,
aliás, partilha com a sua tia materna Isabel da Hungria, que terá tido performance semelhante
-, mas aqui o que importa é o seu carácter emancipado. Isabel queria dar pão aos pobres e
pouco lhe importava o que o marido pensasse sobre o assunto.
Crítica literária, escritora e lexicógrafa, foi a primeira mulher a leccionar numa universidade
portuguesa, na Universidade de Coimbra. Nascida em Berlim, Carolina Michaëlis teve ainda
grande relevância enquanto mediadora entre as esferas culturais e artísticas portuguesa e
alemã.
Feminista e sufragista, Carolina foi sagaz e usou o sistema em seu favor. Sendo mãe e viúva,
fez valer o seu estatuto de "chefe de família" a quem estava consagrado pela lei o direito ao
voto. Votou em 1911 para a eleição da Assembleia Constituinte. O seu ato valeu uma alteração
à lei, que deixou de permitir o voto aos simplesmente "cidadãos eleitores", acrescentando a
especificação "do sexo masculino".
Chegou a conseguir uma entrevista a Humberto I de Itália, então ex-rei exilado em Lisboa,
fazendo-se passar por criada. A entrevista foi publicada em 1946 no Diário de Lisboa. Foi a
primeira mulher a receber a carteira de jornalista em Portugal, em 1934, quando começou a
trabalhar para o jornal República. Morreu há menos de um mês, a 10 de fevereiro, com uns
muito preenchidos 105 anos
Não é possível determinar se foi a primeira em alguma das conquistas femininas mas terá sido
seguramente uma mulher determinante no curso da história do Portugal contemporâneo, pelo
que a sua força, o seu génio e a sua garra merecem lembrados sempre que se celebre o que as
mulheres conquistaram e se recorde o que é torto e injusto neste ainda "men's world".
O seu nome verdadeiro era Maria de Lourdes Dias Costa mas prevaleceu o nome artístico com
que se apresentava enquanto atriz, locutora de rádio e declamadora. Foi também com esse
nome que assinou, em 1945, o filme Três Dias Sem Deus, o primeiro alguma vez realizado por
uma mulher portuguesa.
Não foi a primeira, foi mesmo a única mulher a chefiar um Governo em Portugal, o V Governo
Constitucional. Maria de Lourdes Pintasilgo foi a nossa primeira-ministra de julho de 1979 até
janeiro de 1980. A título de curiosidade, Pintasilgo era engenheira químico-industrial de
formação.
"Rilvinhas", assim lhe chamavam, era ainda moça quando fez o impensável na altura: ser
mulher e saltar de paraquedas. Foi a primeira a fazê-lo não só em Portugal mas em toda a
Península Ibérica. Depois disso, somou vários feitos. De entre estes, destaca-se o facto de ter
sido a impulsionadora do esquadrão das Enfermeiras Paraquedistas, que enfrentaram os males
da guerra em África.
Foi uma das primeiras mulheres-polícia em Portugal e a GQ esteve à conversa com a senhora,
agora com 76 anos. Descubra a sua história, neste vídeo.
Estas mulheres são portuguesas e farão, para sempre, parte da história do país
Portugal tem sido agraciado com mulheres importantes em todos os quadrantes sociais e
profissionais: artistas, músicas, poetisas, cientistas… Todas elas muito corajosas. 💛
Desde tempos idos que temos algumas figuras marcantes na nossa história, e que se não as
conhecias, ficarás a conhecer agora!
Foi a primeira do seu tempo em muitas coisas. A primeira médica a operar no Hospital São
José em Lisboa, a primeira mulher a ser considerada “chefe de família”, e sobretudo, a
primeira mulher a votar em 1911! Sufragista, feminista, e muito à frente da época em que
viveu.
2 – Florbela Espanca (1894 – 1930)
Com uma vida conturbada e cheia de sentimento, Florbela Espanca foi uma das maiores
poetisas do nosso país. Na sua curta vida, escreveu alguns dos mais belos poemas e contos
que nos ficaram na memória, importantes pelo seu conteúdo lírico, feminino e de certa
maneira erótico.
Mais conhecida pelo seu apelido, Vieira da Silva foi uma pintora, ilustradora e escultora
portuguesa. Tendo em muito influenciado a arte portuguesa com a sua própria corrente
artística, mantinha-se fiel a si mesma, não seguindo outras correntes com as quais convivia.
Casou com o também artista Arpad Szenes, com quem compartilhou projetos de arte.
4 – Brites de Almeida (1350)
Foi uma figura lendária, a nossa Padeira de Aljubarrota. Considerada uma heroína na Batalha
de Aljubarrota, contra as forças castelhanas. Segundo a história, Brites ficou conhecida por ter
morto 7 castelhanos que estavam escondidos num forno de pão, apenas com a sua pá de
adeira.
5 – Amália Rodrigues (1920 – 1999)
Atriz e ícone da cultura popular, ficou famosa com o filme “A Canção de Lisboa”, onde atuou
ao lado de Vasco Santana e António Silva. Protagonizou outros filmes de culto portugueses,
como a “Aldeia da Roupa Branca”, que foi o seu último filme. A partir de 1960 começa a viajar
pelo mundo, e a conhecer personalidades importantes como Salvador Dali, Greta Garbo e
Edith Piaf. Depois das viagens dedica-se também a escrever sobre a sua vida fabulosa,
enquanto viva no Hotel Tivoli, em Lisboa.
7 – Sophia de Mello Breyner Andresen (1919 – 2004)
Escritora e poetisa, foi a primeira mulher a receber o Prémio Camões, que é para a literatura
portuguesa o que o Prémio Nobel é para a paz. Para além da sua lírica, escreveu muitos contos
belos e importantes para os mais novos, como “A Menina do Mar”, “O Cavaleiro da
Dinamarca” e “A Fada Oriana”. Desde 2014 que está no Panteão Nacional, e os seus poemas
continuam por aí, e a ser lidos por todos.
É uma ex-atleta portuguesa, conhecida principalmente por ser campeã a nível olímpico,
europeu e mundial na maratona. Representou o país nos jogos olímpicos, e foi considerada a
melhor maratonista de sempre! O povo português refere-se carinhosamente a Rosa como “a
nossa Rosinha”, considerando-a das atletas mais importantes do século XX.
9 – Eunice Muñoz (1928)
Vinda de uma família de atores, Eunice Muñoz é uma das melhores atrizes portuguesas de
sempre. Atuou em teatro, cinema e televisão, a sua biografia é vasta e (quase) infinita, cheia
de talento por todos os lados. É uma personalidade muito querida no país, sendo por todos
respeitada e elogiada.
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