CINEMA

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Cinema

EMPREENDEDORISMO

Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br


Expediente

Presidente do Conselho Deliberativo

José Roberto Tadros

Diretor Presidente

Carlos Carmo Andrade Melles

Diretor Técnico

Bruno Quick

Diretor de Administração e Finanças

Eduardo Diogo

Unidade de Gestão de Soluções

Diego Demetrio

Coordenação

Luciana Macedo de Almeida

Autor

SEBRAE NA

Projeto Gráfico

Staff Art Marketing e Comunicação Ltda.


www.staffart.com.br
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Sumário

Apresentação de Negócio ........................................................................................................................ 1

Mercado ................................................................................................................................................... 1

Localização .............................................................................................................................................. 3

Exigências Legais e Específicas .............................................................................................................. 4

Estrutura .................................................................................................................................................. 8

Pessoal .................................................................................................................................................... 9

Equipamentos .......................................................................................................................................... 10
Matéria Prima/Mercadoria ........................................................................................................................ 12

Organização do Processo Produtivo ....................................................................................................... 14

Automação ............................................................................................................................................... 15

Canais de Distribuição ............................................................................................................................. 15

Investimentos ........................................................................................................................................... 15

Capital de Giro ......................................................................................................................................... 17

Custos ...................................................................................................................................................... 19

Diversificação/Agregação de Valor .......................................................................................................... 20

Divulgação ............................................................................................................................................... 21
Informações Fiscais e Tributárias ............................................................................................................ 21

Eventos .................................................................................................................................................... 23

Entidades em Geral ................................................................................................................................. 24

Normas Técnicas ..................................................................................................................................... 24

Glossário .................................................................................................................................................. 26

Dicas de Negócio ..................................................................................................................................... 27

Características Específicas do Empreendedor ........................................................................................ 28

Bibliografia Complementar ....................................................................................................................... 28

Fonte de Recurso .................................................................................................................................... 29

Planejamento Financeiro ......................................................................................................................... 29

Produtos e Serviços - Sebrae .................................................................................................................. 31

Sites Úteis ................................................................................................................................................ 32


Apresentação de Negócio / Mercado
1. Apresentação de Negócio
Cinema é um ramo de negócio que está associado aos momentos de lazer das
pessoas. Trata-se da exibição de filmes em salas de cinema para um público
espectador em geral, seja para homens, mulheres, adultos, crianças ou idosos.

A concorrência é formada principalmente por grandes empresas que representam mais


da metade do faturamento total no Brasil, mas que está concentrada nas grandes
capitais brasileiras. As oportunidades estão mapeadas, contudo. Conforme estudos da
Agência Nacional do Cinema (Ancine), poucos municípios brasileiros dispõem de salas
de cinema, demonstrando que há um grande mercado ainda a ser explorado.

O consumo desse tipo de entretenimento sofre influências econômicas e está


intimamente ligado à renda do cidadão, pois não é considerado um lazer barato. O
investimento nesse negócio é bastante elevado, considerando os equipamentos e a
estrutura das salas, mas há linhas específicas de crédito e financiamento disponíveis.
A lucratividade está baseada mais nos serviços complementares oferecidos – como
alimentos e bebidas, venda de espaço de mídia ou aluguel das salas para eventos –
que no faturamento de bilheteria. Além disso, é possível explorar nichos de mercado,
conforme a potencialidade local. A distribuição de filmes está concentrada com poucas
grandes empresas, muitas delas internacionais.

2. Mercado

• Mercado consumidor
O mercado consumidor de cinemas é formado por quem busca nos filmes um
momento de lazer e descontração. O público é composto por homens, mulheres,
adultos, jovens, idosos e crianças. O preço médio do ingresso de cinema em 2018 está
em R$ 15,03, e o público total dos cinemas brasileiros cresceu 45% de 2009 para
2018, passando de 112.6 milhões para 163.4 milhões (Ancine, 2019). O faturamento
bruto com bilheteria em 2018 foi de R$ 2.458 milhões, um crescimento de 95,04% em
relação ao valor arrecadado em 2009 que foi de 1.260 milhões. Os títulos estrangeiros
ainda atraem mais público que os nacionais, bem como geram mais receita de
bilheteria, sendo que 64,21% do títulos exibidos foram estrangeiros, e 35,79%
nacionais (Ancine, 2019). A taxa de ocupação média dos cinemas é de 30%.

Diversos são os fatores que afetam esse tipo de mercado, desde situações
macroeconômicas, que influenciam no poder aquisitivo das pessoas, o surgimento de
outros formatos de entretenimento, como Blue Ray, internet, mídias on-line (como
Netflix), canais de televisão a cabo e o próprio valor do ingresso, que varia conforme a
tecnologia de projeção e as promoções que os empreendimentos realizam. Aplica-se a
política de desconto para estudantes e idosos, conforme a legislação. A sazonalidade

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Apresentação de Negócio / Mercado
do mercado consumidor é grande, concentrando-se nos meses de férias escolares e
fins de semana. As promoções realizadas para atrair o público durante a semana
concentram-se de segunda a quarta-feira e nos primeiros horários do período
vespertino.

• Concorrência
O mercado concorrencial não é numeroso, dado o alto investimento em estrutura e
equipamentos. A principal ameaça a um pequeno cinema está na proximidade e
concorrência direta com as redes de complexos de cinema. A diferenciação, além da
equiparação da tecnologia dos equipamentos e o preço do ingresso, se darão na
experiência do expectador, no conforto oferecido, nos serviços complementares, na
localização, no acesso ao empreendimento e na seleção de filmes ofertados.

No fim da década de 1970 havia cerca de 3.000 salas de cinema no Brasil. Ao longo
dos anos, esse quantitativo sofreu bastante oscilação, chegando ao número reduzido
de 1.000 salas aproximadamente ao fim de 1997. Devido, principalmente às políticas
governamentais de incentivo promovidas no início da década de 2000, houve um
crescimento no número de salas de cinema.

Segundo dados da Ancine (2019), em 2018, o país contava com 3.467 salas de
exibição, distribuídas em 848 cinemas. Outro dado que aponta o potencial de
crescimento do mercado é que, em 2016, o Brasil é o 60º país na relação número de
habitantes por sala de cinema.

Dados do Data Sebrae (2017) destacam que a grande maioria dos empreendimentos é
de micro ou pequena empresa. As 20 maiores empresas, representam 52,70% da
quantidade de salas exibidoras no país.

A tecnologia também está cada vez mais presente nas salas de cinema. O processo
de transição tecnológica para projeção digital alcançou sua totalidade, atingindo
100,00% do parque exibido; a tecnologia 3D, por sua vez, passou de 109 salas em
2009 para 1.385 em 2017 (Ancine, 2017). Essa tendência no mercado brasileiro segue
a evolução mundial.

• Fornecedor
O mercado fornecedor para as salas de cinema é formado basicamente por empresas
produtoras de filmes, por empresas focadas na distribuição de filmes cinematográficos
e por empresas que fornecem equipamentos para a estruturação das salas de cinema
e dos serviços complementares de alimentação.

As produções de filmes não são consideradas problema mundial, visto que as


indústrias americana, europeia e indiana estão bastante consolidadas e reconhecidas,
com diversos lançamentos mensais. A produção brasileira tem crescido
consideravelmente nos últimos anos, alcançando 114 lançamentos em 2014 (Ancine,
2016).

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Localização
A distribuição, tampouco, apresenta problemas no Brasil, uma vez que as maiores
empresas mundiais têm representação em território nacional. As maiores distribuidoras
de títulos estrangeiros e brasileiros são Disney, Sony, Warner, Fox, Paramount,
Downtown/Paris, Imagem Filmes e Imovision.

Do ponto de vista de equipamentos, todos podem ser adquiridos no Brasil, mesmo


aqueles mais sofisticados, que, se não encontrados facilmente, podem ser importados
em trâmites usuais. Nesse sentido, o futuro empresário do setor não encontrará
problemas com o mercado fornecedor de filmes e equipamentos para estruturar o seu
próprio cinema no Brasil.

Os alimentos e bebidas oferecidos tradicionalmente são pipoca, refrigerante, sucos,


balas e chocolates, que podem ser facilmente adquiridos em grandes ou pequenos
varejistas e atacadistas alimentícios.

Mais informações sobre o mercado fornecedor estão a seguir, nos tópicos


“Equipamento” e “Matéria-prima”.

3. Localização
A localização é um aspecto determinante do sucesso de um cinema. Os principais
pontos a considerar são:

• Instalação em municípios de porte médio e bairros populares de grandes cidades


– a Ancine listou as localidades de maior potencial, e pelo Programa Cinema Perto de
Você oferece, em parceria com o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES),
linhas de crédito e financiamento;
• Proximidade a centros comerciais, galerias e shoppings de grande fluxo de
pessoas e, preferencialmente, com áreas de lazer;
• Compatibilidade entre o horário de funcionamento do cinema e dos
empreendimentos no seu entorno;
• Distância de concorrentes diretos;
• Facilidade de acesso a transportes públicos e estacionamento amplo disponível;
• Acessibilidade do local, para deficientes e pessoas com dificuldade de locomoção;
• Energia elétrica disponível initerruptamente, e espaço para geradores de
emergência;
• Espaço para saídas de emergência.
As atividades econômicas da maioria das cidades são regulamentadas pelo Plano
Diretor Urbano (PDU), que determina o tipo de atividade que pode funcionar em
determinado endereço. A consulta de local junto à Prefeitura deve atentar para:

• se o imóvel está regularizado, ou seja, se possui HABITE-SE;


• se as atividades a serem desenvolvidas no local respeitam a Lei de Zoneamento

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Exigências Legais e Específicas
do Município, pois alguns tipos de negócios não são permitidos em qualquer bairro;
• se os pagamentos do IPTU referente ao imóvel estão em dia;
• no caso de serem instaladas placas de identificação do estabelecimento, letreiros
e outdoors, será necessário verificar o que determina a legislação local sobre o
licenciamento das mesmas;
• exigências da legislação local e do Corpo de Bombeiros Militar.
Na década de 1970 foram muito comuns os cinemas de rua, porém, ao longo dos
anos, o número desse tipo de empreendimento diminuiu. Nas grandes cidades, as
redes de exibição cinematográfica passaram a investir em complexos de salas de
cinema dentro de shoppings centers, adensando suas áreas de lazer, e quase não se
encontram mais os cinemas de rua.

Para definição da melhor localização do cinema, é imprescindível a identificação dos


concorrentes, o perfil e o interesse dos potenciais clientes, a disponibilidade de imóvel
adequado e os preços de aluguel cobrados.

4. Exigências Legais e Específicas


O segmento de Exibição Cinematográfica é composto pela Classe do CNAE
(Classificação Nacional de Atividades Econômicas) Atividades de Exibição
Cinematográfica (5914-6) que, por sua vez, compreende a projeção de filmes em salas
de cinema, cineclubes, salas privadas e outros locais de exibição. Ou seja, ele abrange
as empresas que apresentam a produção cinematográfica ao público espectador.

Em nível nacional, as etapas de abertura de um empreendimento de exibição


cinematográfica estão abaixo listadas.

Em seguida, faz-se:

1. Registro da empresa nos seguintes órgãos


• Junta Comercial;
• Secretaria da Receita Federal (CNPJ);
• Secretaria Estadual da Fazenda;
• Prefeitura do Município, para obter o Alvará de Funcionamento;
• Enquadramento na Entidade Sindical Patronal (empresa ficará obrigada a
recolher anualmente a Contribuição Sindical Patronal);
• Cadastramento na Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade Social
– Instituto Nacional de Seguro Social (INSS)/Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS)”;
• Corpo de Bombeiros Militar.
2. Obtenção do Alvará de Licença Sanitária – adequar as instalações de acordo
com o Código Sanitário (especificações legais sobre as condições físicas). Em âmbito
federal, a fiscalização cabe a Agência Nacional de Vigilância Sanitária; já em âmbito
estadual e municipal fica a cargo das secretarias estadual e municipais de saúde.

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Exigências Legais e Específicas
3. Dependendo do município, verificar se a atividade é passível de licenciamento
ambiental no órgão responsável.
4. Registro na Ancine – Agência Nacional do Cinema.
É importante que o empreendimento esteja atento e conheça os códigos e as regras
presentes no Código de Defesa do Consumidor. Os destaques ficam para as
informações sobre a meia-entrada e as formas de pagamento, o cupom fiscal e a
disponibilização do Código em si para possíveis consultas.

Algumas outras exigências legais e específicas são impostas aos empreendimentos de


cinema e devem ser cumpridas. São elas:

Leis, Decretos e Medidas Provisórias Federais

• Lei Federal 8.069/1990 – dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e


dá outras providências;
• Lei Federal nº 8.078/1990 – dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras
providências;
• Lei Federal nº 9.610/1998 – altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos
autorais e dá outras providências;
• Lei Federal nº 40.454/2002 – dispõe sobre remissão da Contribuição para o
Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica – CONDECINE, de que trata a Medida
Provisória nº 2.228-1/2001, e dá outras providências;
• Decreto Federal nº 4.456/2002 – regulamenta o art. 67 da Medida Provisória no
2.228-1/2001, estabelecendo as competências do Ministério da Cultura e da Agência
Nacional do Cinema – ANCINE, com relação aos projetos audiovisuais realizados com
base na Lei no 8.313, de 23 de dezembro de 1991, dispõe sobre a transferência de
atividades, nos termos do art. 66, inciso I, da referida Medida Provisória, e dos
processos relativos aos projetos audiovisuais realizados com base na citada Lei no
8.313, de 1991, e na Lei no 8.685, de 20 de julho de 1993, e dá outras providências;
• Lei Federal nº 11.646/2008 – altera dispositivos da Lei no 8.313/1991, para
estender o benefício fiscal às doações e patrocínios destinados à construção de salas
de cinema em Municípios com menos de 100.000 (cem mil) habitantes, e dá outras
providências;
• Lei Federal nº 12.599/2012 – além de dar outras providências, institui o Programa
Cinema Perto de Você, que se organiza em torno de um conjunto de mecanismos e
ações diversificadas, destinadas à melhoria do ambiente de negócios e da oferta de
capital para os empreendedores. De um lado, há linhas financeiras para estimular os
empreendimentos privados, além de recursos para a abertura de salas por Prefeituras
e Governos Estaduais. De outro, o programa institui instrumentos de desoneração
fiscal, visando à redução dos custos dos investimentos e da operação dos complexos.
Articula, também, ações regulatórias e de estímulo à digitalização, visando à ampliação
das receitas e à modernização dos negócios de exibição e distribuição de cinema.
Além disso, a Lei institui o Regime Especial de Tributação para o Desenvolvimento da
Atividade de Exibição Cinematográfica – RECINE. Este novo regime fiscal tem por
objetivo fortalecer a sustentabilidade e a viabilidade econômica da atividade,
especialmente dos projetos financiados com recursos da União;
• Decreto Federal nº 7.729/2012 – regulamenta as disposições da Lei 12.599, de 23

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Exigências Legais e Específicas
de março de 2012, relativas ao Programa Cinema Perto de Você, estabelece normas
para credenciamento, aprovação e habilitação de projetos para o Regime Especial de
Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica e dá
outras providências;
• Lei Federal nº 10.741/2013 – dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras
providências;
• Decreto Federal nº 8.084/2013 – regulamenta a Lei nº 12.761/2012, que institui o
Programa de Cultura do Trabalhador e cria o vale-cultura;
• Decreto Federal nº 8.537/2015 – regulamenta a Lei nº 12.852/2013, e a Lei nº
12.933/2013, para dispor sobre o benefício da meia-entrada para acesso a eventos
artístico-culturais e esportivos. O Decreto não estabelece novas orientações em
relação ao direito de 50% de desconto para idosos. Assim, fica mantido o que
preconiza o Estatuto do Idoso, que já assegurava a meia-entrada em 40% do total dos
ingressos disponíveis para cada evento;
• Lei Federal nº 13.146/ 2015 – institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência);
• Lei Federal nº 13.196/2015 – altera a Medida Provisória no 2.228-1/2001, para
dispor sobre a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica
Nacional (Condecine) e prorrogar a vigência de incentivo fiscal no âmbito dos Fundos
de Financiamento da Indústria Cinematográfica Nacional (Funcines) e dá outras
providências;
• Decreto Federal nº 8.620/2015 – trata da Cota de Tela para 2016, determinando o
número de dias e a diversidade mínima de títulos brasileiros a serem exibidos nas
salas de cinema do país ao longo do ano.
• LEI Nº 13.594, DE 5 DE JANEIRO DE 2018 - Prorroga o prazo para a utilização do
Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição
Cinematográfica (Recine), instituído pela Lei nº 12.599, de 23 de março de 2012, bem
como dos benefícios fiscais previstos nos arts. 1º e 1º-A da Lei nº 8.685, de 20 de julho
de 1993, e no art. 44 da Medida Provisória nº 2.228-1, de 6 de setembro de 2001; e
altera a Lei nº 8.685, de 20 de julho de 1993, e a Medida Provisória nº 2.228-1, de 6 de
setembro de 2001.
Instruções Normativas Ancine

• Instrução Normativa nº 150, de 23 de setembro de 2019 - Dispõe sobre os


procedimentos para a apresentação e análise das prestações de contas de recursos
públicos aplicados em projetos audiovisuais de competência da ANCINE executados
por meio de ações de fomento direto e indireto, revoga a Instrução Normativa nº 124,
de 22 de dezembro de 2015, e dá outras providências. ESTA INSTRUÇÃO
NORMATIVA ENTRARÁ EM VIGOR A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2020.
• Instrução Normativa nº 149, de 17 de setembro de 2019 - Altera dispositivos
da Instrução Normativa nº 125, de 22 de dezembro de 2015, e dá outras providências.
• Instrução Normativa n.º 148, de 18 de junho de 2019 - Altera dispositivos da
Instrução Normativa nº 109 de 19 de dezembro de 2012 e da Instrução Normativa nº
128, de 13 de setembro de 2016.
• Instrução Normativa n.º 147, de 22 de janeiro de 2019 - Altera dispositivos da
Instrução Normativa nº 95, de 08 de dezembro de 2011.
• Instrução Normativa n.º 146, de 21 de dezembro de 2018 - Altera dispositivos da

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Exigências Legais e Específicas
Instrução Normativa nº 134, de 09 de maio de 2017.
• Instrução Normativa n.º 145, de 08 de outubro de 2018 - Altera dispositivos das
Instruções Normativas nº 116, de 18 de dezembro de 2014, e nº 128, de 13 de
setembro de 2016.
• Instrução Normativa nº 144, de 18 de setembro de 2018 - Altera dispositivos da
Instrução Normativa nº 104, de 10 de julho de 2012
• Instrução Normativa nº 143, de 21 de junho de 2018 - REVOGADA PELA
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 147, DE 22 DE JANEIRO DE 2019.
• INSTRUÇÃO NORMATIVA nº. 142, de 30 de janeiro de 2018 - Altera dispositivo
da Instrução Normativa nº 141, de 24 de janeiro de 2018.
• INSTRUÇÃO NORMATIVA nº. 141, de 24 de janeiro de 2018 - Altera dispositivos
da Instrução Normativa nº 88, de 2 de março de 2010.
• INSTRUÇÃO NORMATIVA nº. 140, de 21 de dezembro de 2017 - Altera
dispositivos da Instrução Normativa nº 128, de 13 de setembro de 2016.
• INSTRUÇÃO NORMATIVA nº. 139, de 07 de dezembro de 2017 - Altera artigos da
Instrução Normativa nº 60, de 17 de abril de 2007, e dá outras providências.
• INSTRUÇÃO NORMATIVA nº. 138, de 06 de dezembro de 2017 - Altera
dispositivos da Instrução Normativa nº. 65, de 18 de outubro de 2007.
• INSTRUÇÃO NORMATIVA nº. 137, de 17 de novembro de 2017 - Altera
dispositivos da Instrução Normativa nº 128, de 13 de setembro de 2016.
• INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 136, de 02 de outubro de 2017 - Altera dispositivos
da Instrução Normativa nº 134, de 09 de maio de 2017.
• INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº. 135, de 13 de julho de 2017 - Altera dispositivos da
Instrução Normativa nº 134, de 09 de maio de 2017.
• INSTRUÇÃO NORMATIVA nº. 134, de 09 de maio de 2017 - Altera dispositivos da
Instrução Normativa nº 95, de 08 de dezembro de 2011 e da Instrução Normativa nº
105, de 10 de julho de 2012.
• INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº. 133, de 07 de março de 2017 - Dispõe sobre a
utilização de recursos derivados dos benefícios fiscais previstos pelos art. 3º e 3º-A da
Lei nº. 8.685, de 20 de julho de 1993, e pelo art. 39, inciso X da Medida Provisória nº.
2.228-1, de 6 de setembro de 2001, e dá outras providências.
• INSTRUÇÃO NORMATIVA nº. 132, de 15 de março de 2017 - Altera dispositivos
das Instruções Normativas nº. 116, de 18 de dezembro de 2014, e nº. 128, de 13 de
setembro de 2016.
• INSTRUÇÃO NORMATIVA nº. 131, de 21 de dezembro de 2016 - Altera
dispositivos da Instrução Normativa nº. 88, de 2 de março de 2010.
• INSTRUÇÃO NORMATIVA nº. 130, de 13 de dezembro de 2016 - Normatiza a
utilização da logomarca e dos créditos textuais da ANCINE nos produtos realizados
com recursos públicos federais da área audiovisual, e dá outras providências.
• INSTRUÇÃO NORMATIVA nº. 129, de 10 de novembro de 2016 - Altera
dispositivo da Instrução Normativa nº. 91, de 1º de dezembro de 2010.
• Instruções Normativas Ancine nº 128/2016 – dispõe sobre as normas gerais e
critérios básicos de acessibilidade visual e auditiva a serem observados nos
segmentos de distribuição e exibição cinematográfica;
• Instruções Normativas Ancine nº 127/2016 – posterga o prazo previsto para
vigência do Sistema de Controle de Bilheteria da Instrução Normativa nº 123, de 22 de
dezembro de 2015;
• Instruções Normativas Ancine nº 103/2012 – estabelece procedimentos para a

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Estrutura
apresentação, análise e credenciamento de projetos com vistas à habilitação ao
Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição
Cinematográfica – RECINE, instituído pela Lei nº 12.599, de 23 de março de 2012;
• Instruções Normativas Ancine nº 88/2010 – regulamenta o cumprimento e a
aferição da exibição obrigatória de obras cinematográficas brasileiras de longa
metragem pelas empresas proprietárias, locatárias ou arrendatárias de salas ou
complexos de exibição pública comercial e dá outras providências;
• Instruções Normativas Ancine nº 67/2007 – regulamenta o cumprimento e a
aferição da exibição obrigatória de obras cinematográficas brasileiras de longa
metragem pelas empresas proprietárias, locatárias ou arrendatárias de salas ou
complexos de exibição pública comercial e dá outras providências;
• Instruções Normativas Ancine nº 65/2007 – regulamenta o procedimento de envio
obrigatório de relatórios de comercialização pelas empresas distribuidoras de obras
audiovisuais para salas de exibição e dá outras providências;
• Instruções Normativas Ancine nº 63/2007 – define cineclubes, estabelece normas
para o seu registro facultativo e dá outras providências;
• Instruções Normativas Ancine nº 61/2007 – regulamenta a elaboração, a
apresentação e o acompanhamento de projetos de infraestrutura técnica para o
segmento de mercado de salas de exibição.

5. Estrutura
A estrutura de um cinema será dimensionada de acordo com o a quantidade de salas
de exibição e do público estimado para cada sala. A composição básica de um cinema
é formada pelas seguintes áreas:

• Sala de Exibição: composta por cadeiras, tela de projeção, sala de projeção e


equipamentos audiovisuais. O número de expectadores impacta não só na dimensão
da sala, como nos equipamentos instalados. Além da porta de entrada, deve-se pensar
nas portas de saída e emergência. É indispensável a instalação de sistemas de
prevenção de incêndio (sprinkler, mangueiras e extintores de incêndio), iluminação de
emergência e as portas devem ser do tipo “corta-fogo” com barras “antipânico”. As
poltronas devem ser preferencialmente estofadas, de ótimo conforto e que
proporcionem bem-estar, e deve haver espaço demarcado para cadeirantes. Os
carpetes devem ser antimofo, deve haver indicativos luminosos no chão para
orientação e a distribuição de cadeiras deve estar escalonada, como um anfiteatro,
para que a visão de qualquer espectador não seja obstruída por outros espectadores
ou poltronas à sua frente. O site do Centro Técnico do Audiovisual (CTAV) apresenta
referências (http://www.ctav.gov.br/tecnica/arquitetura-de-salas-de-exibicao/) e
informações específicas sobre dimensões, tamanho da tela, altura das poltronas e
inclinação do plano dos expectadores, acústica da sala, nível de ruídos de fundo,
perda de transmissão sonora entre sala e iluminação;

• Bilheteria: local de compra dos ingressos. Sua dimensão deverá atender


eficientemente à quantidade de expectadores e salas de cinema, inclusive com

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Pessoal
horários simultâneos. Deve-se prever e respeitar o espaço para atendimento
preferencial a idosos, gestantes e deficientes;

• Sala de Espera: local em que as pessoas irão aguardar antes do início da sessão;

• Lanchonete ou Bombonière: destinado à compra de petiscos, bebidas e


pequenos lanches para serem degustados durante a sessão de cinema.

• Banheiros: devem ser dimensionados de acordo com a quantidade de pessoas


esperadas no cinema. Devem seguir as normas de acessibilidade;

• Administração: onde serão realizadas todas as etapas administrativas, como


pagamento de fornecedores, pessoal, financeiro, contábil etc.
O ar-condicionado é essencial e deve ser limpo periodicamente, tendo em vista que as
salas ficam fechadas e não recebem luz nem ventilação natural. A acústica também é
muito importante, para que o som de um filme não atrapalhe a exibição que ocorre ao
lado. Existem normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e
da Organização Internacional para Padronização (Isso) que orientam sobre ruídos em
salas cinematográficas, instalações de centrais de ar-condicionado, acessibilidade a
edificações, mobiliários, espaços e equipamentos que devem ser verificados antes do
planejamento da estrutura do cinema. O tópico “Normas Técnicas” apresenta os
detalhes.

Para instalação dos espaços acima, o ideal é que se inicie com uma área mínima de
400m2 para um cinema de aproximadamente 100 lugares. Ressalta-se que o cinema
deverá dotar os espaços com layout interativo e agradável, pois a ambientação será
um elemento de diferencial do empreendimento. Assim, é importante a contração de
pessoal qualificado como arquitetos, designers e engenheiros. Considere a
possibilidade de espaço para um crescimento futuro das atividades.

6. Pessoal
O quantitativo de pessoal dependerá da estrutura do cinema, do seu horário de
funcionamento e de seu modelo de negócio. São poucas as funções que necessitam
conhecimento especializado.

Considerando a estrutura sugerida para o cinema, para a operação em dois turnos


entre uma a duas salas de exibição, sugere-se a seguinte distribuição de pessoal:

Operações

• 2 funcionários para operação de projetor, que deverão ter feito cursos técnicos de
operação de equipamentos de áudio e vídeo ou computação;

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Equipamentos
• 2 funcionários, com o ensino fundamental, para atuarem na orientação aos
clientes e limpeza das salas (dois turnos);

• 1 pessoa para realizar a venda dos bilhetes, com no mínimo o ensino médio, e
treinada nos equipamentos de venda;

• 2 pessoas para preparar e vender petiscos e bebidas. Esse serviço pode ser
terceirizado.
Administração

• 1 gerente, com ensino superior preferencialmente em administração, que terá


como função a gestão geral do cinema, como compras de títulos, negociação de
espaços publicitários e negociação com fornecedores diversos;

• 1 responsável por assuntos financeiros, contábeis e de pessoal, com no mínimo


ensino superior completo. Esse serviço pode ser terceirizado também;

• 2 pessoas para segurança/vigia, cujos serviços podem ser terceirizados.


A manutenção de equipamentos e da estrutura podem ser terceirizados, para
empresas ou profissionais especializados.

Os funcionários das áreas operacionais devem estar devidamente uniformizados e


terem aptidão para o atendimento ao cliente. É importante destacar que a qualificação
dos profissionais e a baixa rotatividade de pessoal contribuem para uma ótima
experiência do cliente.

Dados da Ancine (2015) indicam que as empresas de exibição cinematográfica criaram


mais de 4.000 postos de trabalho entre 2007 e 2014, empregando 14.466 pessoas, em
2014, com remuneração média de R$ 1,2 mil.

7. Equipamentos
Os equipamentos irão variar de acordo com a estrutura do cinema e da quantidade de
salas de exibição. Assim, para um cinema com apenas uma sala, os equipamentos
necessários são:

Sala de exibição:

• Projetor;

• Sistema de som;

• Tela de projeção;

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Equipamentos
• Poltronas;

• Ar-condicionado;

• Sistema de iluminação das salas, de sinalização no piso, e de emergência;

• Isolamento acústico;

• Equipamentos de incêndio e segurança, como sprinklers, extintores, mangueiras


de incêndio, portas corta-fogo e portas de emergência com barras antipânico.
Bilheteria:

• Balcão de atendimento;

• Computador com software de venda de ingresso. O sistema deverá estar em


conformidade com o Sistema de Controle de Bilheteria da Ancine;

• Impressora fiscal e de ingresso;

• Monitor para apresentação dos horários das sessões e propaganda.


Lanchonete/bombonière

• Balcão de vendas;

• Computador e impressora fiscal;

• Refrigerador;

• Armários para guardar alimentos;

• Equipamentos para elaboração de alimentos (dependerá do cardápio oferecido).


Administração

• Mobiliário de escritório, com mesa, cadeira e armários;

• Computador e impressora;

• Software para administração financeira e contábil;

• Gerador de energia (para emergências em caso de queda de fornecimento);

• Cofre.
Ressalta-se que a quantidade de equipamentos deverá atentar para o espaço físico no
qual o cinema será estruturado, pois quanto mais salas de exibição oferecer, maior

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Matéria Prima/Mercadoria
será a necessidade de equipamentos.

Os equipamentos costumam ter baixa obsolescência, exigindo reposição conforme


nível de utilização e manutenção preventiva. Porém, as tecnologias disponíveis e as
normativas criadas com o passar do tempo podem exigir substituição antes do término
da vida útil dos equipamentos. Não é usual o aluguel ou leasing dos equipamentos e
máquinas listadas, tampouco seu seguro.

Ressalta-se que, entre os equipamentos listados, há uma grande variedade, modelo,


preços e fornecedores. Nessa etapa, sugere-se que o Sebrae seja buscado para
ajudar o futuro empreendedor a dimensionar corretamente o negócio, ainda mais por
se tratar de um empreendimento de alto custo para estruturação.

8. Matéria Prima/Mercadoria
A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta e a
demanda. Esse equilíbrio deve ser sistematicamente conferido, principalmente por
estes três importantes indicadores de desempenho:

Giro dos estoques: é um indicador do número de vezes em que o capital investido em


estoques é recuperado por meio das vendas. Usualmente é medido em base anual e
tem a característica de representar o que aconteceu no passado. Obs.: quanto maior
for a frequência de entregas dos fornecedores, logicamente em menores lotes, maior
será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice de rotação de
estoques.

Cobertura dos estoques: é a indicação do período de tempo em que o estoque, em


determinado momento, consegue cobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento.

Nível de serviço ao cliente: é o indicador para o ambiente do varejo de pronta


entrega, isto é, aquele segmento de negócio em que o cliente quer receber a
mercadoria ou serviço imediatamente após a escolha; demonstra o número de
oportunidades de venda que podem ter sido perdidas, pelo fato de não existir a
mercadoria em estoque ou não se poder executar o serviço com prontidão.

Portanto, o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor impacto na
alocação de capital de giro. O estoque mínimo deve ser calculado levando-se em conta
o número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede da
empresa.

Essas orientações valem para os insumos alimentícios, como bebidas, pipoca,


chocolates, salgados e balas. Eles devem ser dimensionados e ofertados conforme a
demanda, observando o nível dos estoques e a validade dos produtos. É importante
destacar que a maior lucratividade dos cinemas vem da venda de alimentos e bebidas,
uma vez que a maior parte (50% a 75%) da arrecadação da bilheteria vai para as

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Matéria Prima/Mercadoria
distribuidoras. Embora a receita das vendas complementares seja estimada em 20%
do total do empreendimento, toda rentabilidade dela fica para o cinema.

Já para o principal insumo de um cinema, os filmes, que serão exibidos nas telas das
salas, são essenciais a seleção de títulos e sua variedade, levando em consideração o
perfil do público. Esse será o grande diferencial do cinema.

Os principais gêneros de filmes são: ação, animação, aventura, comédia, cult, curta-
metragem, documentário, drama, faroeste (ou western), ficção científica, guerra,
infantil, musical, policial, romance, suspense e terror.

A Lei de Direitos Autorais deve ser observada, pois esse negócio se configura pela
apresentação pública de obras intelectuais. A projeção de filmes somente poderá
ocorrer se houver prévia e expressa autorização do detentor dos direitos autorais da
obra que será utilizada, que usualmente se dá pelo distribuidor (algumas vezes pelo
produtor) do filme. A violação dos direitos autorais pode gerar sanções como
apreensão e destruição do material, multas de indenizações por perdas e danos
morais e materiais.

Os direitos de exibição de um filme são licenciados para distribuidores durante um


determinado período para um território específico. São as empresas distribuidoras que
determinam a estratégia de lançamento (como número de cópias do filme, marketing,
data de lançamento etc.) e a política de comercialização (valor dos aluguéis para os
exibidores, por exemplo).

A legislação brasileira obriga os cinemas a exibir obras cinematográficas brasileiras de


longa metragem, por um número de dias fixado anualmente, conhecido por Cota de
Telas. A Ancine divulga os decretos federais anuais que determinam a quantidade de
dias e a diversidade de títulos para o ano da abertura. Em 2017, foram exibidos 160
filmes nacionais, que atingiram 17 milhões de pessoas e renderam R$ 240,8 milhões
nas bilheterias dos cinemas (Ancine, 2017).

Dados da Ancine (2016) evidenciam que, em média, vem diminuindo a quantidade de


semanas que os filmes permanecem em cartaz, com exceção de grandes lançamentos
(exibidos em mais de 500 salas), e que os títulos estrangeiros permanecem mais
tempo em cartaz que os brasileiros.

As distribuidoras apresentam custos por cópias de cada filme, de modo que elas
tentarão otimizar as vendas. Uma de suas estratégias é oferecer pacotes de filmes que
incluem um título que não interessa muito ao cinema para assegurar outro que é
desejado.

Além disso, as distribuidoras tentam equilibrar os filmes entre os cinemas de uma


região, para que não haja concorrência muito acentuada entre seus clientes cinemas.
Às vezes, um cinema consegue um contrato exclusivo ou especial para fazer a estreia
de um filme. Isso atrai bastante atenção e público para o empreendimento.

As duas maneiras mais comuns de um cinema contratar um filme são:

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Organização do Processo Produtivo
• Preço fechado – o cinema concorda em pagar uma quantia fixa pelo direito de
exibição do filme, durante um determinado período. O resultado pode ser lucro ou
prejuízo, dependendo do valor acordado e da arrecadação obtida. Poucas empresas
de distribuição usam este sistema atualmente;

• Porcentagem – a distribuidora e o cinema acordam vários termos, como o custo


operacional do cinema (quantia fixa para cobrir as despesas básicas de cada semana
de exibição), a porcentagem de divisão da bilheteria bruta ou líquida (valor de bilheteria
após a dedução dos reembolsos ou custo operacional) e a duração do contrato (em
geral, quatro semanas). A distribuidora fica com a maior parte do dinheiro arrecadado
pelo filme.

9. Organização do Processo Produtivo


O processo produtivo para esse tipo de negócio, apesar de ser bastante simples,
requer planejamento e organização, uma vez que há uma agenda de filmes e horários
a serem cumpridos, em um determinado espaço de tempo temporal. Assim, o processo
para a exibição dos filmes, simplificadamente, é:

• Contato com as distribuidoras de filmes, negociação e aquisição de títulos;

• Organização da agenda de exibição, com definição de horários e determinação do


total de dias e sua divulgação ao público;

• Recebimento das cópias dos filmes, poucos dias antes da exibição;

• Venda dos ingressos;

• Venda de produtos e serviços complementares, como alimentos e bebidas;

• Exibição dos filmes durante o número específico de semanas, conforme contrato


estabelecido com a distribuidora;

• Devolução da cópia do filme à distribuidora e realização do pagamento acordado.


É possível renegociar a extensão do contrato, caso seja de interesse do cinema e haja
disponibilidade de cópias.
Uma sala pode passar mais de um filme por dia, em diferentes sessões. O mesmo
filme, por sua vez, pode ser adquirido em cópias múltiplas para ser exibido
simultaneamente ou em horários próximos, quando a demanda por sua exibição for
grande.

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Automação / Canais de Distribuição / Investimentos
10. Automação
Um computador com software administrativo financeiro é o suficiente para o
empreendimento formado por uma sala de exibição. Porém, quando se trata de uma
empresa de maior porte, com várias salas, se faz necessário um processo mais
sofisticado para prover um melhor atendimento e mais controle dos processos de
exibição dos filmes.

Assim, a disponibilização de computadores e softwares voltados para atendimento e


agendamento mais efetivos são itens obrigatórios. O mercado dispõe de diversos
sistemas, em diversos níveis de sofisticação, para gerenciamento de estabelecimentos
como este e similares. Sistemas de compra e venda pela internet poderão ser
pensados no momento do desenvolvimento do plano de negócio.

A tecnologia dos projetores está evoluindo rapidamente, de modo que hoje os


equipamentos analógicos estão quase obsoletos para grandes salas de exibição e
últimos grandes lançamentos de mercado (a ser exibido em mais e 500 salas). Eles
foram substituídos por projetos digitais, 3D e outros, que são mais automatizados,
principalmente no que se refere à montagem dos filmes (de manual para arquivos
prontos digitais em hard disk).

Existe uma pressão das distribuidoras para que os cinemas substituam os projetos
analógicos. Isso porque os custos das cópias diminuem 10 vezes (de R$ 4.500 para
R$ 450), além de não sofrerem com desgastes e possíveis riscos ou quebras.

11. Canais de Distribuição


Não há canaisde distribuição para o cinema. O próprio estabelecimento é que atende o
cliente final (telespectador) da cadeia de filmes cinematográficos.

As vendas podem ter mais de um canal, além da tradicional bilheteria com um


atendente. Pode-se vender antecipadamente o ingresso pela internet, em website
próprio ou de parceiros especializados – há vários disponíveis no mercado. Outra
opção são totens de autoatendimento na entrada do cinema para vendas de ingresso
aos clientes que pagam com cartão de crédito ou débito.

12. Investimentos
Os investimentos necessários para estruturar um cinema irão variar de acordo com o
porte, a quantidade de salas de exibição e o público esperado. Para uma sala de

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Automação / Canais de Distribuição / Investimentos
exibição, os investimentos necessários em termos de equipamentos são:

Sala de exibição

• 1 Projetor = R$ 96.000,00;
• Sistema de som = R$ 25.000,00;
• 1 Tela de projeção = R$ 20.000,00;
• 100 Poltronas = R$ 50.000,00;
• Ar-condicionado = R$ 12.000,00;
• Sistema de iluminação das salas, de sinalização no piso e de emergência = R$
1.500,00
• Isolamento acústico = R$ 120.000,00;
• 2 porta corta fogo = R$ 8.000,00;
• Mangueira de incêndio = R$ 500,00;
• 2 portas de emergência com barras antipânico = R$ 1.400,00;
• Equipamentos de incêndio, sprinklers, extintores = R$ 1.800,00
Bilheteria

• Balcão de atendimento = R$ 800,00;

• 2 Computador com monitor com software de venda de ingresso = R$ 6.000,00;

• 1 Impressora fiscal e de ingresso = R$ 500,00.


Lanchonete/bombonière

• Balcão de vendas = R$ 2.000,00;

• 1 Computador = R$ 1.500,00
• 1 impressora fiscal = R$ 500,00;

• 2 Refrigerador = R$ 3.000,00;

• 1 Armários para guardar alimentos = R$ 600,00;

• Equipamentos para elaboração de alimentos R$ 1.500,00.


Administração

• Mobiliário de escritório, com mesa, cadeira e armários = R$ 6.000,00;

• 1 Computador = R$ 1.500,00
• 1 impressora fiscal = R$ 500,00;

• Gerador de energia = R$ 5.000,00;


TOTAL DO INVESTIMENTO = R$ 370.000,00

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Capital de Giro
É muito importante destacar que esse valor é uma estimativa, que variará muito
conforme o modelo de negócios, dimensão do empreendimento, público
pretendido e equipamentos selecionados. Por isso, é essencial a elaboração de
um plano de negócios.

Além disso, destaca-se que nessa estimativa não se levou em conta o valor do imóvel.
Por haver uma diversidade de preço e tamanhos muito elevados não foi quantificado o
valor do terreno nem da construção civil, sendo esta uma necessidade a ser pensada
de acordo com a localidade onde será estruturado o empreendimento.

Ao investimento inicial, deve-se agregar um valor para capital de giro, que será tratado
em tópico específico, a seguir.

É importante destacar que, por meio da Lei Federal nº 12.599/2012 combinado com a
LEI Nº 13.524, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2017 (Regime Especial de Tributação para
o Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica – Recine), fica suspensa
a exigibilidade de todos os tributos federais incidentes sobre a aquisição de máquinas,
aparelhos, instrumentos, equipamentos e materiais de construção necessários à
construção ou à modernização de complexos cinematográficos. Os tributos
desonerados são: Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (Cofins), PIS-importação, Cofins-importação,
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente na importação ou no comércio
interno e Imposto de Importação (bens e materiais sem similar nacional). Essa medida
facilita, por exemplo, a digitalização do parque exibidor em operação, além de reduzir
os custos dos investimentos em novas salas. Para aproveitarem esse benefício, as
salas de cinema deverão credenciar previamente seus projetos na Ancine.

13. Capital de Giro


Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manter
para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma quantia
imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilações de
caixa.

O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa. São eles: prazos
médios recebidos de fornecedores (PMF); prazos médios de estocagem (PME) e
prazos médios concedidos a clientes (PMCC).

Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de estocagem,
maior será sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter estoques mínimos
regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode melhorar muito a
necessidade de imobilização de dinheiro em caixa.

Se o prazo médio recebido dos fornecedores de matéria-prima, mão de obra, aluguel,

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Capital de Giro
impostos e outros forem maiores que os prazos médios de estocagem somada ao
prazo médio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a necessidade de
capital de giro será positiva, ou seja, é necessária a manutenção de dinheiro disponível
para suportar as oscilações de caixa. Neste caso um aumento de vendas implica
também em um aumento de encaixe em capital de giro. Para tanto, o lucro apurado da
empresa deve ser ao menos parcialmente reservado para complementar essa
necessidade do caixa.

Se ocorrer o contrário, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores forem maiores


que os prazos médios de estocagem e os prazos concedidos aos clientes para
pagamento, a necessidade de capital de giro é negativa. Neste caso, deve-se atentar
para quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar compromissos
de pagamentos futuros (fornecedores, impostos). Portanto, retiradas e imobilizações
excessivas poderão fazer com que a empresa venha a ter problemas com seus
pagamentos futuros.

Um fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser implantado na
empresa para a gestão competente da necessidade de capital de giro. Só assim as
variações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão ser geridas com
precisão.

Como um cinema demanda uma equipe de pessoal disponível para manter a operação
do negócio, além de haver a necessidade de manutenção constante dos
equipamentos, aquisição de filmes e produtos para comercialização diária, bem como
pagamento por energia, água e outros, faz-se necessário um montante para capital de
giro.

Um valor sugerido, que deve ser melhor definido em um plano de negócios mais
detalhado, é cerca de 30% do montante investido na instalação do empreendimento.
Assim, para um montante de investimento em estrutura da ordem de R$ 370 mil será
necessário, em termos de capital de giro, um valor montante de R$ 111 mil.

Esse valor é uma estimativa, levando em consideração que nos primeiros meses o
volume de faturamento será médio/alto, bem como o de custos. Por isso, valem as
dicas de:

• Negociar prazos mais extensos com fornecedores;

• Administrar cuidadosamente as vendas, evitando pagamentos a prazo;

• Sempre que possível, usar recursos próprios para capital de giro;

• Se for necessário contrair empréstimos, procurar prazos mais longos e taxas mais
baixas.

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Custos
14. Custos
São todos os gastos realizados para a operação do cinema, como: aluguel, água, luz,
salários, percentual sobre a arrecadação da bilheteria e insumos de alimentos e
bebidas. O cuidado na administração e na redução de todos os custos envolvidos de
compra e operação é fator-chave para rentabilidade do negócio, observado o
comprometimento com a qualidade dos serviços e produtos oferecidos.

Quanto menores os custos, maior a possibilidade de melhorar o resultado financeiro do


negócio. É importante notar que quanto menores forem os custos menor também será
a necessidade de disponibilidade de capital de giro, liberando recursos para novos
investimentos produtivos ou aumentando a lucratividade do empreendimento.

Os custos e as despesas típicos deste tipo de empreendimento devem ser estimados


considerando pelo menos os itens abaixo:

• Salários e encargos;

• Tributos, impostos, contribuições e taxas;

• Aluguel, taxa de condomínio, segurança;

• Água, luz, telefone e acesso à internet;

• Limpeza, higiene, manutenção;

• Assessoria contábil;

• Propaganda e Publicidade;

• Aquisição de matéria-prima (filmes) e insumos alimentícios.


Estima-se que o custo mensal para este empreendimento seja da ordem de 85% do
faturamento total de um empreendimento de pequeno porte – afinal, pelo menos 50%
do arrecadado na bilheteria são pagos para as distribuidoras. Como um cinema de
uma sala de 100 lugares apresenta fatura em média de R$ 600 mil por ano, o custo
estimado é da ordem de R$ 500 mil.

Ressalta-se que os valores acima apresentados são referenciais, sendo


necessário um detalhamento das reais necessidades do negócio a ser montado,
conforme a realidade local e o público pretendido. O Sebrae poderá ser buscado
para auxiliar nesse processo.

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Diversificação/Agregação de Valor
15. Diversificação/Agregação de Valor
A diversificação de produtos e serviços e a agregação de valor à experiência do cliente
são práticas que podem ser o fator-chave de diferenciação do empreendimento. Elas
não têm nada a ver com custo ou valor de venda, mas sim, com o que aumenta ou
melhora o benefício do que o cinema oferece. Ou seja, agregar valor significa oferecer
aos seus clientes o que eles precisam e que ninguém ainda oferece. É inovar.

Em um cinema, pode-se trabalhar a diversidade, a qualidade e a atualidade dos filmes


em cartaz. Nichos de mercado de segmentos de filmes podem ser explorados,
principalmente no caso de cineclubes.

Outra possibilidade está relacionada com a tecnologia utilizada. Atualmente as


principais marcas de cinemas estão com salas para projeção 3D, e algumas em 4D ou
com equipamentos que intensificam a experiência e emoção dos espectadores ao
assistirem aos filmes, assim é importante avaliar o interesse e o custo de implementar
uma sala com tecnologias mais modernas e inovadoras.

Outras ações poderão ser realizadas em relação à comodidade do cliente, com a


utilização de poltronas mais confortáveis, iluminação e qualidade superior de áudio e
vídeo, sala vip de espera e/ou exibição, poltronas especiais (dupla, de maior reclinação
etc.).

Eventos, estreia de filmes ou sessões especiais (grupos, escolas, cine maternal etc.)
costuma atrair públicos específicos. Também é usual o desconto no valor do ingresso
em dias e horários de menor fluxo de público, como dias de semana à tarde. Para os
clientes fidelizados, pode ser interessante a compra adiantada de um lote de ingressos
por um preço menor que a soma individual deles, ou um modelo de assinatura, que dá
direito a assistir a um determinado número de filmes por mês.

As maiores redes de cinema instaladas no Brasil vendem ingressos com assentos


marcados, o que permite compra planejada e antecipada por parte dos clientes mais
fidelizados.

Pode-se também instalar uma área de vendas de alimentos e bebidas – como pipoca,
chocolates, balas, sucos e refrigerantes – que poderá ser próprio ou operado por
terceirizado, com balcão de atendimento, estruturas móveis ou vending machines,
gerando benefício e comodidade ao público.

Outra possibilidade é utilizar a estrutura de exibição do cinema para, em parceria com


outras empresas produtoras, transmitir ao vivo ou gravações de eventos culturais,
esportivos e corporativos, com toda comodidade, qualidade e capacidade de lugares
que um cinema pode oferecer. O aluguel de salas para eventos fechados, como
palestras ou aniversários, também é válido.

Ou, também, considerar um cinema itinerante, em que a estrutura se desloca por meio

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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias
de uma unidade móvel para localidades que não dispõem de cinema. Parceiros podem
apoiar o negócio e oferecer espaço, como ginásios, clubes, escolas, praças, empresas,
entre outros.

Vale ressaltar que sempre é possível propor melhorias e novidades, para isso, é
indicado observar hábitos, ouvir os clientes e criar novos produtos e serviços, com o
objetivo de ampliar os níveis de satisfação dos clientes.

16. Divulgação
A publicidade é um importante instrumento para tornar a empresa e seus serviços
conhecidos pelos clientes potenciais. O objetivo da divulgação é construir uma imagem
positiva diante dos clientes e tornar conhecidos os serviços oferecidos pelo
empreendimento. São várias as mídias disponíveis, e a mais adequada é aquela que
tem melhor aderência ao perfil do público-alvo para influenciar sua decisão, que se
enquadra no orçamento da empresa e que tem maior penetração e credibilidade com o
cliente.

Algumas ações e mídias são pagas e outras gratuitas. O cinema poderá utilizar,
conforme sua estratégia de marketing, anúncios em jornais locais, rádio, revistas,
outdoor, websites próprios e de parceiros, redes sociais e trabalhar a assessoria de
comunicação e imprensa. Parcerias com comércio local, como restaurantes, livrarias e
cafés, também funcionam.

Eventos e sessões especiais também ajudam a divulgar o empreendimento, para


visitantes e por meio da imprensa.

As distribuidoras muitas vezes disponibilizam material promocional dos filmes, que


auxiliam na divulgação, em diversas mídias, dos títulos em cartaz. Cabe ao cinema
captar clientes e aproveitar esse investimento dos seus fornecedores.

O cinema em si, por sua vez, pode ser um excelente espaço de mídia para outras
empresas se divulgarem. Seja com elemento audiovisual a ser apresentado antes dos
filmes, seja em cartazes impressos ou digitais (monitores ou televisões) pelo cinema. E
a venda desses espaços gera receita para o empreendimento.

17. Informações Fiscais e Tributárias


O segmento de Exibição Cinematográfica – assim entendido pela Classificação
Nacional de Atividades Econômicas/Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(CNAE/IBGE) 5914-6 como atividade de projeção de filmes e fitas de vídeo em salas
de cinema e a projeção de filmes em cineclubes, ao ar livre, em salas privadas e em

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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias
outros locais de exibição – poderá optar pelo SIMPLES Nacional - Regime Especial
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas MEs
(Microempresas) e EPPs (Empresas de Pequeno Porte), instituído pela Lei
Complementar nº 123/2006, desde que a receita bruta anual de sua atividade não
ultrapasse R$ 360 mil para microempresa e R$ 4,8 milhões para empresa de pequeno
porte e sejam respeitados os demais requisitos previstos na Lei.

Nesse regime, o empreendedor de ME e EPP poderá recolher os seguintes tributos e


contribuições, por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de
Arrecadação do Simples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional
(http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional):

Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, as alíquotas do Simples Nacional variam


de acordo com as tabelas I a VI, dependendo das atividades exercidas e da receita
bruta auferida pelo negócio. No caso de início de atividade no próprio ano-calendário
da opção pelo Simples Nacional, para efeito de determinação da alíquota no primeiro
mês de atividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser proporcionais ao
número de meses de atividade no período. Esta atividade se enquadra no Anexo II
da Lei Complementar nº 123/2006, cujas alíquotas aplicáveis variam de 4% a 19%,
dependendo da faixa de receita bruta anual auferida.

Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade conceder


benefícios tributários para o ICMS (desde que a atividade seja tributada por esse
imposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera Federal poderá
ocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou COFINS.

Outros regimes de tributação

Para os empreendedores que preferem não optar pelo Simples Nacional, há os


regimes de tributação abaixo:

Lucro Presumido: é o lucro que se presume através da receita bruta de vendas de


mercadorias e/ou prestação de serviços. Trata-se de uma forma de tributação
simplificada utilizada para determinar a base de cálculo dos tributos das pessoas
jurídicas que não estiverem obrigadas à apuração pelo Lucro Real. Nesse regime, a
apuração dos impostos é feita trimestralmente.

A base de cálculo para determinação do valor presumido varia de acordo com a


atividade da empresa.

Recomendamos que o empreendedor consulte sempre um contador, para que ele o


oriente sobre o enquadramento jurídico e o regime de tributação mais adequado ao
seu caso.

Por meio da Lei Federal nº 12.599/2012 foi instituído o Regime Especial de Tributação
para o Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica – RECINE. Este
regime fiscal tem por objetivo fortalecer a sustentabilidade e a viabilidade econômica
da atividade, especialmente dos projetos financiados com recursos da União. Ela

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Eventos
desonera os investimentos na medida em que suspende a exigibilidade de todos os
tributos federais incidentes sobre a aquisição de máquinas, aparelhos, instrumentos,
equipamentos e materiais de construção necessários à construção ou à modernização
de complexos cinematográficos. Os tributos desonerados são: PIS, Cofins, PIS-
importação, COFINS-importação, IPI incidente na importação ou no comércio interno e
Imposto de Importação (bens e materiais sem similar nacional). Para se candidatar a
esse benefício, os cinemas deverão credenciar previamente seus projetos na Ancine.

Os tributos estaduais e municipais devem ser verificados localmente. Entretanto,


destaca-se que, no âmbito do Projeto Cinema da Cidade (Ancine), são exigidos dos
municípios e governos estaduais compromissos de redução de tributos presentes na
operação das salas. É o caso principalmente do Imposto sobre Serviço de Qualquer
Natureza (ISS), nos municípios. Alguns estados já começaram a praticar ações nesse
sentido, como o RJ, que estabeleceu alíquota zero para o ICMS devido na importação
de equipamentos audiovisuais.

18. Eventos

• Expocine

• Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

• Festival de Cinema de Gramado

• Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

• Festival Internacional de Cinema Ambiental (Fica).


http://www.fica.go.gov.br/#festival

• Festival do Rio

• É Tudo Verdade – Festival de Documentários

• Festival de Curtas Kinoforum – Festival Internacional de Curtas-metragens;

• CinemaCon – convenção da Associação Americana de Proprietários de Cinemas


(NATO), que atrai participantes de mais de 80 países;

• ShowEast – convenção anual nos Estados Unidos;

• CineEurope – debate sobre o mercado europeu, em evento anual itinerante;

• CineAsia – evento anual itinerante, voltado para o mercado asiático.

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Entidades em Geral / Normas Técnicas
19. Entidades em Geral

• ABC – Associação Brasileira de Cinematografia

• Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema

• Ancine – Associação Nacional de Cinema.

• CPCB – Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro

• Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura (SAv/MinC)

• Socine – Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual

• STIC – Sindicato Interestadual dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e


do Audiovisual

20. Normas Técnicas


As normas técnicas são documentos de uso voluntário, sendo importantes referências
para o mercado. As normas técnicas podem estabelecer quesitos de qualidade,
desempenho, de segurança. Não obstante, pode estabelecer procedimentos,
padronizar formas, dimensões, tipos, usos, fixar, classificações ou terminologias e
glossários. Definir a maneira de medir ou determinar as características, como métodos
de ensaio. As Normas técnicas são publicadas pela ABNT (Associação Brasileira de
Normas técnicas).

1.Normas específicas para uma Loja de Produtos Agropecuários:

ABNT NBR 9843:2004 Versão Corrigida:2004 - Agrotóxico e afins - Armazenamento,


movimentação e gerenciamento em armazéns, depósitos e laboratórios ? Esta Norma
estabelece os requisitos exigíveis para o armazenamento adequado de agrotóxicos,
visando preservar a qualidade do produto, bem como a prevenção de acidentes.

ABNT NBR 13968:1997 - Embalagem rígida vazia de agrotóxico - Procedimentos de


lavagem . Esta Norma estabelece os procedimentos para a adequada lavagem de
embalagens rígidas vazias de agrotóxicos que contiveram formulações miscíveis ou
dispersíveis em água, classificadas como embalagens não-perigosas, para fins de
manuseio, transporte e armazenagem.

ABNT NBR 14719:2001 – Embalagem rígida vazia de agrotóxico - Destinação final da


embalagem lavada - Procedimento ? Esta Norma estabelece os procedimentos para a
destinação final das embalagens rígidas, usadas, vazias, adequadamente lavadas de

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Entidades em Geral / Normas Técnicas
acordo com a NBR 13968, que contiveram formulações de agrotóxicos miscíveis ou
dispersíveis em água.

2.Normas aplicáveis na execução das instalações de uma Loja de Produtos


Agropecuários:

ABNT NBR 15842:2010 - Qualidade de serviço para pequeno comércio – Requisitos


gerais. Esta Norma estabelece os requisitos de qualidade para as atividades de venda
e serviços adicionais nos estabelecimentos de pequeno comércio, que permitam
satisfazer as expectativas do cliente.

ABNT NBR 12693:2010 – Sistemas de proteção por extintores de incêndio.Esta Norma


estabelece os requisitos exigíveis para projeto, seleção e instalação de extintores de
incêndio portáteis e sobre rodas, em edificações e áreas de risco, para combate a
princípio de incêndio.

ABNT NBR 5410:2004 Versão Corrigida: 2008 - Instalações elétricas de baixa


tensão.Esta Norma estabelece as condições a que devem satisfazer as instalações
elétricas de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o
funcionamento adequado da instalação e a conservação dos bens.

ABNT NBR 5413:1992 Versão Corrigida:1992 - Iluminância de interioresEsta Norma


estabelece os valores de iluminâncias médias mínimas em serviço para iluminação
artificial em interiores, onde se realizem atividades de comércio, indústria, ensino,
esporte e outras.

ABNT NBR 5419:2005 - Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas.Esta


Norma fixa as condições de projeto, instalação e manutenção de sistemas de proteção
contra descargas atmosféricas (SPDA), para proteger as edificações e estruturas
definidas em 1.2 contra a incidência direta dos raios. A proteção se aplica também
contra a incidência direta dos raios sobre os equipamentos e pessoas que se
encontrem no interior destas edificações e estruturas ou no interior da proteção
impostas pelo SPDA instalado.

ABNT NBR 5626:1998 - Instalação predial de água fria . Esta Norma estabelece
exigências e recomendações relativas ao projeto, execução e manutenção da
instalação predial de água fria. As exigências e recomendações aqui estabelecidas
emanam fundamentalmente do respeito aos princípios de bom desempenho da
instalação e da garantia de potabilidade da água no caso de instalação de água
potável.

ABNT NBR 9050:2004 Versão Corrigida: 2005 - Acessibilidade a edificações,


mobiliário, espaços e equipamentos urbanosEsta Norma estabelece critérios e
parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto, construção, instalação e
adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições
de acessibilidade.

ABNT NBR IEC 60839-1-1:2010 - Sistemas de alarme - Parte 1: Requisitos gerais -

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Glossário
Seção 1: GeralEsta Norma especifica os requisitos gerais para o projeto, instalação,
comissionamento (controle após instalação), operação, ensaio de manutenção e
registros de sistemas de alarme manual e automático empregados para a proteção de
pessoas, de propriedade e do ambiente.

21. Glossário

• Argumento cinematográfico: texto com desenvolvimento dramatúrgico, com ou


sem diálogos, com ou sem divisão de sequências.
• Bilhete ou ingresso: comprovante de pagamento ou cortesia, que garante a
entrada na sessão de cinema.
• Circuito: empresas exibidoras distintas, que, a pedido de seus responsáveis e
com base na pública e notória composição de seus lançamentos, verificada em
períodos anteriores continuados e não inferiores aos dois últimos semestres de
programação obtenham da Ancine o reconhecimento de serem integrantes de um
mesmo conjunto programador, para efeito de controle e aferições internas e desde que
mantidas as condições que embasaram a solicitação e o reconhecimento como
conjunto.
• Comissão de distribuição: percentual de comissão cobrado pelas empresas
distribuidoras e produtoras do filme cinematográfico. A base é a arrecadação bruta ou
líquida de vendas de ingressos do filme.
Complexo de cinemas: conjunto de uma ou mais salas, espaços ou locais de exibição
registrados na Ancine e pertencentes a uma mesma empresa exibidora, situados em
uma mesma unidade arquitetônica, em posição geminada ou não.

• Cota de tela: número de dias obrigatórios para a exibição de obras


cinematográficas brasileiras de longa metragem em salas de exibição cinematográfica.
• Dia de exibição: período transcorrido entre o início da venda de ingressos para a
sessão inicial e o fechamento da bilheteria, nele considerados todos os programas.
• Empresa exibidora: cinema com a documentação de abertura e funcionamento
da empresa, com destaque para o Certificado de Registro de Empresa na Ancine,
capacitada a realizar a projeção de obras audiovisuais.
Fechamento temporário ou parcial de salas de exibição: interrupção na sequência
contínua de dias de operação, de uma sala, espaço ou local de exibição ou redução
não definitiva na lotação ou no número de sessões, que, devidamente registrados na
Ancine, influam na aferição de números ou índices, dos quais a obrigatoriedade de
exibição, a transferência de dias ou a continuidade em exibição, previstos na
legislação, se sirvam como parâmetros.

• Frequência média semanal ou índice de frequência: total de espectadores


registrados nos borderôs de exibição (relatórios) correspondentes às semanas do
período fixado em Instrução Normativa da Ancine, dividido pelo número de semanas

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Dicas de Negócio
cinematográficas nele contidas, independentemente da quantidade de sessões e obras
exibidas ou da forma em que são programadas pelas salas, espaços ou locais de
exibição, ou, fator de cálculo, expresso em indicador relativo a essa média semanal de
frequência.
• Lotação da sala ou número de poltronas: total de assentos, cadeiras ou
poltronas fixas existentes em uma mesma sala, espaço ou local de exibição e
constante de seu registro na Ancine.
• Lugares oferecidos: lotação da sala, espaço ou local de exibição ou número de
poltronas ali existentes, multiplicado pelo número de sessões oferecidas ao público
durante o período aferido.
• Número de espectadores: somatório total da quantidade de ingressos pagos,
independentemente do valor corresponder ao preço completo da inteira, da meia-
entrada, dos ingressos promocionais com abatimentos fixos ou reduções percentuais e
até mesmo de ingressos considerados em cortesia, desde que tenham sido lançados
em borderô, sendo ou não considerados para efeito de faturamento.
Receita bruta do cinema – arrecadação de bilheteria, vendas de serviços
complementares, receita de espaço de mídia. Sala, espaço ou local de exibição: todo
recinto, em ambiente aberto ou fechado, no qual se realize projeção de obra
audiovisual cinematográfica ou videográfica, a partir de qualquer suporte e por meio de
qualquer tecnologia, em caráter público ou privado, com ou sem finalidade comercial.
Sinopse – descrição abreviada ou síntese do projeto, sua história e seus personagens,
quando for o caso.

22. Dicas de Negócio


Os cinemas são um entretenimento consolidado em cidades maiores e atraem o
interesse do público em geral, independentemente da idade ou gênero. A concorrência
nos centros urbanos é de grandes empresas, muitas delas internacionais, que
oferecem complexos de salas de exibição. Entretanto, há diversas localidades em que
foram identificadas oportunidades para se instalar um cinema (listadas no site da
Ancine).

Os produtos e serviços variarão conforme o público atendido, e, para o sucesso do


negócio valem algumas dicas gerais:

• Investir na qualidade integral de atendimento ao cliente;

• Qualidade do serviço, ambiente agradável, profissionais atenciosos, respeitosos e


interessados pelo cliente;

• Comodidades adicionais como estacionamento, facilidade de agendamento de


horário, poltronas confortáveis, iluminação.
Ao planejar a instalação de um novo cinema, considere principalmente:

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Características Específicas do Empreendedor / Bibliografia Complementar
• A capacidade da localidade de receber um cinema e entender a concorrência.
Verifique se já existe ou existiu um cinema (se fechou, pesquise o motivo);

• A possibilidade de aproveitar a infraestrutura inicial de um antigo cinema ou


empreendimento similar;

• O número mínimo de lugares em um cinema pode variar entre 100, 200 até 300
lugares;

• Nos meses de maior movimento (janeiro/fevereiro/julho), época de muitos


lançamentos, o cinema deve garantir a taxa de ocupação das salas de 50%, no
mínimo;

• Visitar estabelecimentos congêneres, conversar com pessoas que já atuam no


ramo há algum tempo, ler publicações específicas, consultar entidades de classe ou
sindicatos, são medidas que constituirão uma base importante para a definição do
negócio.

23. Características Específicas do Empreendedor


Algumas características desejáveis ao empresário desse ramo são:

• Conhecer bem o ramo de negócio;


• Pesquisar e observar permanentemente o segmento de mercado onde está
competindo, promovendo ajustes e adaptações no atendimento;
• Ter atitude e iniciativa para promover as mudanças necessárias;
• Saber administrar todas as áreas internas da empresa;
• Ter visão clara de onde quer chegar;
• Planejar e acompanhar o desempenho da empresa;
• Estabelecer metas;
• Ser persistente e não desistir dos seus objetivos;
• Manter o foco definido para a atividade empresarial;
• Assumir somente riscos calculados;
• Estar sempre disposto a inovar e promover mudanças;
• Ter grande capacidade para perceber novas oportunidades e agir rapidamente
para aproveitá-las;
• Ter habilidade para liderar sua equipe de profissionais.

24. Bibliografia Complementar

• ANCINE. Anuário Estatístico do Cinema Brasileiro, 2014. Disponível em: http:

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Fonte de Recurso / Planejamento Financeiro
//oca.ancine.gov.br/media/SAM/DadosMercado/Anuario_Estatistico_do_Cinema_Brasil
eiro_2014.pdf. Acesso em 16 de setembro de 2016.

• ANCINE. OCA – Observatório brasileiro do cinema e do audiovisual.


Disponível em: http://oca.ancine.gov.br. Acesso em 16 de setembro de 2016.

• ANCINE. Valor adicionado pelo setor audiovisual – Estudo Anual 2015.


Disponível em: http://oca.ancine.gov.br/media/SAM/Estudos/VALOR-ADICIONADO-
PELO-SETOR-AUDIOVISUAL.pdf. Acesso em 16 de setembro de 2016.

• SEBRAE. DataSebrae. Disponível em: http://www.datasebrae.com.br/. Acesso em


06 de outubro 2019.
• ABNT - Associação Brasileira de normas Tecnicas:
http://www.abnt.org.br/noticias/5966-coletanea-de-normas-de-cinema. Acesso em 05
de outubro de 2019
• ANCINE - Anuário 2017- https://www.ancine.gov.br/. Acesso em 05 de outubro de
2019.
Em inglês:

• ICO – Independent Cinema Office. Disponível em:


http://www.independentcinemaoffice.org.uk. Acesso em 27 de setembro de 2016.

• NATO – National Association of Theater Owners. Disponível em:


http://www.natoonline.org. Acesso em 27 de setembro de 2016.

25. Fonte de Recurso


O empreendedor pode buscar junto às agências de fomento linhas de crédito que
possam ser utilizadas para ajudá-lo no início do negócio. Algumas instituições
financeiras também possuem linhas de crédito voltadas para o pequeno negócio e que
são lastreadas pelo Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), em que o
Sebrae pode ser avalista complementar de financiamentos para pequenos negócios,
desde que atendidas alguns requisitos preliminares.

Maiores informações podem ser obtidas na página do Sebrae na


web:http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/fundo-de-aval-do-sebrae-
oferece-garantia-para-ospequenos-
negocios,ac58742e7e294410VgnVCM2000003c74010aRCRD..

26. Planejamento Financeiro


Ao empreendedor não basta vocação e força de vontade para que o negócio seja um
sucesso. Independentemente do segmento ou tamanho da empresa, necessário que

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Fonte de Recurso / Planejamento Financeiro
haja um controle financeiro adequado que permita a mitigação de riscos de insolvência
em razão do descasamento contínuo de entradas e saídas de recursos. Abaixo, estão
listadas algumas sugestões que auxiliarão na gestão financeira do negócio:

FLUXO DE CAIXA

O controle ideal sobre as despesas da empresa é realizado por meio do


acompanhamento contínuo da entrada e da saída de dinheiro através do fluxo de
caixa. Esse controle permite ao empreendedor visão ampla da situação financeira do
negócio, facilitando a contabilização dos ganhos e gestão da movimentação financeira.
A medida que a empresa for crescendo, dificultando o controle manual do fluxo de
caixa, tornando difícil o acompanhamento de todas as movimentações financeiras, o
empreendedor poderá investir na aquisição de softwares de gerenciamento.

PRINCÍPIO DA ENTIDADE

O patrimônio da empresa não se mistura com o de seu proprietário. Portanto, jamais


se deve confundir a conta pessoal com a conta empresarial, isso seria uma falha de
gestão gravíssima que pode levar o negócio à bancarrota. Ao não separar as duas
contas, a lucratividade do negócio tende a não ser atingida, sendo ainda mais difícil
reinvestir os recursos, gerados pela própria operação. É o caminho certo para o
fracasso empresarial.

DESPESAS

O empreendedor deve estar sempre atento para as despesas de rotina como água,
luz, material de escritório, internet, produtos de limpeza e manutenção de
equipamentos. Embora pequenas, o seu controle é essencial para que não reduzam a
lucratividade do negócio.

RESERVAS/PROVISÕES

Esse recurso funcionará como um fundo de reserva, o qual será composto por um
percentual do lucro mensal - sempre que for auferido. Para o fundo de reserva em
questão, poderá ser estabelecido um teto máximo. Quando atingido, não haverá
necessidade de novas alocações de recursos, voltando a fazê-las apenas no caso de
recomposição da reserva utilizada. Esse recurso provisionado poderá ser usado para
cobrir eventuais desembolsos que ocorram ao longo do ano.

EMPRÉSTIMOS

Poderão ocorrer situações em que o empresário necessitará de recursos para


alavancar os negócios. No entanto, não deverá optar pela primeira proposta, mas estar
atento ao que o mercado oferece, pesquisando todas as opções disponíveis. Deve te
cuidado especialmente com as condições de pagamento, juros e taxas de
administração. A palavra-chave é renegociação, de forma a evitar maior incidência de
juros.

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Produtos e Serviços - Sebrae
OBJETIVOS

Definidos os objetivos, deve-se elaborar e implementar os planos de ação, visando


amenizar erros ou definir ajustes que facilitem a consecução dos objetivos financeiros
estabelecidos.

UTILIZAÇÃO DE SOFTWARES

As novas tecnologias são de grande valia para a realização das atividades de


gerenciamento, pois possibilitam um controle rápido e eficaz. O empreendedor poderá
consultar no mercado as mais variadas ferramentas e escolher a que mais adequada
for a suas necessidades.

27. Produtos e Serviços - Sebrae


Aproveite as ferramentas de gestão e conhecimento criadas para ajudar a impulsionar
o seu negócio. Para consultar a programação disponível em seu estado, entre em
contato pelo telefone 0800 570 0800.

Confira as principais opções de orientação empresarial e capacitações oferecidas pelo


Sebrae:

Cursos online e gratuitos - http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/cursosonline

Para desenvolver o comportamento empreendedor

Empretec - Metodologia da Organização das Nações Unidas (ONU) que proporciona o


amadurecimento de características empreendedoras, aumentando a competitividade e
as chances de permanência no mercado: http://goo.gl/SD5GQ9

Para quem quer começar o próprio negócio

As soluções abaixo são úteis para quem quer iniciar um negócio. Pessoas que não
possuem negócio próprio, mas que querem estruturar uma empresa. Ou pessoas que
tem experiência em trabalhar por conta própria e querem se formalizar.

Plano de Negócios - O plano irá orientá-lo na busca de informações detalhadas sobre


o ramo, os produtos e os serviços a serem oferecidos, além de clientes, concorrentes,
fornecedores e pontos fortes e fracos, construindo a viabilidade da ideia e na gestão da
empresa: http://goo.gl/odLojT

Para quem quer inovar

Ferramenta Canvas online e gratuita - A metodologia Canvas ajuda o empreendedor a


identificar como pode se diferenciar e inovar no mercado: https://www.sebraecanvas.

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Sites Úteis
com/#/

Sebraetec - O Programa Sebraetec oferece serviços especializados e customizados


para implantar soluções em sete áreas de inovação: http://goo.gl/kO3Wiy

ALI - O Programa Agentes Locais de Inovação (ALI) é um acordo de cooperação


técnica com o CNPq, com o objetivo de promover a prática continuada de ações de
inovação nas empresas de pequeno porte: http://goo.gl/3kMRUh

28. Sites Úteis


https://abcine.org.br/site/

https://abraccine.org/

http://www.cpcb.org.br/

RECEITA FEDERAL DO BRASIL: <http://www.receita.fazenda.gov.br>.

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