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1.

INTRODUÇÃO
Os agregados são materiais que, no início do desenvolvimento do concreto, eram
adicionados à massa de cimento e água, para dar-lhe “corpo”, tornando-a mais
econômica.Com o passar do tempo, a evolução tecnológica e o conhecimento dos
profissionais do setor de construção fizeram com que esses materiais ganhassem o
devido reconhecimento .
Hoje, eles representam cerca de oitenta por cento do peso do concreto e sabemos que
além de sua influência benéfica quanto à retração e à resistência, o tamanho, a
densidade e a forma dos seus grãos podem definir várias das características desejadas
em um concreto.
Visto a larga importância que os agregados representam para a indústria da construção
civil, pode-se entender a importância e a necessidade de se estudar esses materiais, afim
de conhecer as suas características, classificações, propriedades, dentre outros pontos.

Sendo assim, o presente trabalho tem como principal objetivo apresentar e discutir
assuntos referentes aos agregados, desde uma visão geral que irá explicar o que são
esses materiais e as suas principais funções, passando pelas suas classificações,
definições de agregados graúdos e miúdos, exemplos de cada um deles, formas de
obtenção, classificação, aplicação, substâncias nocivas, até chegar à fase de ensaios,
sejam eles feitos para agregados graúdos ou miúdos, mas que independentemente do
caso, permite a mensuração das propriedades químicas e físicas desses materiais.

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2.OBJETIVOS
2.1. OBJETIVOS GERAIS
Apresentar uma abordagem geral dos a gregados utilizados na construção civil,
desde as suas definições e classificações.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS


Apresentar uma visão geral do que são os agregados, incluindo sua definição e
função
 Apresentar uma visão geral do que são os agregados, incluindo sua definição e
função principal dentro da construção civil;
 Apresentar as diferentes classificações possíveis dos agregados;
 Apresentar os diferentes tipos de agregados miúdos, incluindo sua de finição,
função, obtenção, substâncias nocivas e classificações;
 Apresentar os diferentes tipos de agregados graúdos, incluindo sua definição,
função, obtenção, aplicação e classificações.

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3. AGREGADOS – VISÃO GERAL
3.1. CONCEITO E APLICAÇÕES
Os agregados para construção civil são materiais granulares, sem forma e volume
definidos, geralmente inertes (não tem atividade química), de dimensões e propriedades
estabelecidas para uso em obras de construção civil, tais como, a pedra britada, o
cascalho e as areias naturais ou obtidas por moagem de rocha, além das argilas e dos
substitutivos como resíduos inertes reciclados, escórias de aciaria, produtos industriais,
entre outros inúmeros exemplos.

Fig.

Dentro da construção civil , os agregados são ut ilizados em lastros de vias


férreas, bases para calçamentos e para pavimentações, na composição de materiais
para revestimentos betuminosos, como material de drenagem e para filtros , na
confecção de gabiões e muros de contenção e, fin almente, como material granulo
so e inerte na confecção de ar gamassas e concretos.

É na confecção de argamassas e concretos a aplicação mais comum e importante


dos agregados, sejam eles graúdos ou miúdos, já que esses materiais chegam a
representar até 70% do volume total de um concreto convencional.

3.2. FUNÇÃO DOS AGREGADOS

Os agregados definem várias das características desejadas em um concreto, como


retração e resistência, a um custo ex tremamente baixo quando comparado ao
cimento. Mas, para iss o, é preciso usar conhecimentos específicos e tecnológicos
quant o à dosagem exata desses materiais.

Afinal, devido à importâ ncia dos agregados dentro da mistura, vários são os
ensaios necessários para a utilização. Esses ensaios servem para definir a
granulometria, mass a específica real e aparente, módulo de finura, torrões de
argila, impur ezas orgânicas, mat eriais pulverulentos, etc.

Entre outras finalidades de extrema im portância dos a gregados para concreto,

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destacam-se:

 Resistir aos esforços aplicados ao concreto, transmiti ndo a s tensões


resultantes através de seus grãos. Geralmente, a resistência à compressão
dos agregados é superior à do concreto (exemplo diss o é o calcário, tipo
de rocha utiliz ada na produção da pedra britada, que apresenta resistência à
compressão entre 93 e 241 Mpa). Além dos esforços mecânicos, devem
resistir ainda ao desgaste e intemperismo;

 Reduzir o efeito das variações volumétricas ocasionadas pela retração.


Retração é a redução de volume pela perda de umidad e de um elemento
d e concreto se ja no estado fresco, seja no estado endurecido. Esta perda d
e u midade ou evaporação fará com que o concreto se enfraqueça. Isso
pode levar a fissu ras, deformação interna e externa de flexão. No
concreto armado, essas mudanças vol umétricas da pasta são restringidas,
em parte, pela presença do agregado. Nessa lógica, quanto maior o teor d
e agregados em relação à pasta de cimento, menor será a retração.

 Reduzir o custo do concreto. Se gundo BAUER (2011), os agregados


constit uem um componente importante no concreto, em part e, p elo fato
de contribuírem com cerca de 80% de seu peso, e apenas 20% do seu custo.

4. CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS

Os agregados podem ser classificados quanto à sua origem, quanto à massa


unitária e quanto à dimensão de suas partículas

4.1. QUANTO À ORIGEM.


Um dos critérios d e classificação dos a gregados é quanto a sua ori gem e
forma d e obtenção. Nesse quesito, podem ser divididos em agregados naturais e
artificiais.

 Naturais: Compreende os agregados que não sofr eram nenhum processo


de beneficiamento, sendo encontrados na natureza já na forma particulada
e com dimensões aplicáveis a produção de produtos da construção, como
argamassas e concretos, como também aqueles que necessitam de um
trabalho de afeiçoamento pela ação do homem afim de chegar à situação de
uso como agregado.

Ex: areia de rio, seixos, britas e pó de pedra.

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 Artificiais: Compreende os agregados obtidos por processos industriais
e/ou originados a partir de materiais sintéticos tais como produtos ou rejeitos
industriais.
Ex: vermiculitas e argilas expansivas, granalha de aço, etc.

Fig.

4.2. QUANTO À MASSA UNITÁRIA

Outro fator qu e define a classificação dos agregados é a massa unitária ou


massa específica aparente. Nesse quesito, podem ser divididos em agregados
leves, normais e pesados.

 Agregados leves: Compreende todos os a gregados com massa unitária


inferior a 2000 kg/m3. Essa menor massa é devido à microestrutura
celular altamente porosa desses agregados. Sua principal aplicação é na
produção de concretos leves.

Ex: vermiculitas e argilas expansivas, borracha (EVA), pérolas de


isopor, pedra
pomes ou púmice, etc.

 Agregados normais: Compreende todos os agregados com massa unitária


ent re 2000 e 3000 kg/m3. Sua principal aplicação é na produção de concretos
convencionais.

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Ex: britas comuns, areia natural, seixos, etc.

 Agregados pesados: Compreende todos os agregados com massa unitária


superior a 3000 kg/m3. Sua princi pal aplicação é na produção de
concretos p esados, utiliz ados frequentemente na construção de câmaras de
raio-x e gama ou ambientes que lidam com energia atômica, já que esse
concreto atua com o isolante radioativo. A maior massa destes agregados
pod e ser explicada pel a presença dos minerais de bário, ferro e titânio
na estrutura dos agregados.
Ex: barita, magnetita, limonita, hematita, granalha de aço, etc.

4.3. QUANTO À DIMENSÃO DAS PARTÍCULAS


O último quesito de classificação leva em consideração a dimensão característica
das partículas que compõem o agregado. Nesse quesito, podem ser divididos em
agregados miúdos, graúdos e ainda em material pulverulento.

 Agregados miúdos: Segundo a ABNT NBR 7211 (Agregados para


concreto –Especificação), agregados mi údos são aqueles “cujos grãos
passam pela peneira com abertura de malha de 4,75 mm e ficam retidos
na peneira com abertura de malha de 150 µm (0,15 mm), em ensaio
realizado de acordo com a ABNT NBR NM 248, com peneiras definidas
pela ABNT NBR NM ISO 3310-1”.
Ex: pó de pedra, areia e siltes, etc.
 Agregados graúdos: Segundo a ABNT NBR 7211 (Agregados para
concreto – Especificação), agregados graúdos são aqueles “cujos grãos
passam pela peneira com abertura de malha de 75 mm e ficam retidos na
p eneira com abertura de malha de 4,75 mm, em ensaio realizado de
acordo com a ABNT NBR NM 248, com peneiras definidas pela ABNT
NBR NM ISO 3310-1”.
Ex: seixo rolado, brita, argila expandida, etc

5.GRANULOMETRIA
A granulometria tem grande influência sobre a qualidade dos concretos e
argamassas, tanto no estado plástico quanto no estado endurecido. A composição
granulométrica é obtida através do peneiramento do agregado, no qual são
verificados as porcentagens retidas e acumuladas.

O somatório das porcentagens retidas acumuladas dividido por 100 resulta no


módulo de finura. Esse módulo altera a área de molhagem necessária para obter
determinada consistência.

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Quanto menor o diâmetro da partícula, maior a área específica e maior a quantidade de
água para uma certa consistência.
Já a dimensão máxima característica é a abertura da malha em mm, que contenha
uma porcentagem retida acumulada igual ou inferior a 5%.
Segundo a norma NBR 7211, para ser classificado como agregado graúdo, o
grão precisa passar pela peneira de 75 mm e ficar retido na peneira de 4,75mm.
Para ser classificado como agregado miúdo o grão precisa passar pela peneira de
4,75mm e ficar retido na peneira de 150μm . E materiais pulverulentos, como
partículas minerais, tem dimensão inferior a 7,5μm, incluindo os materiais solúveis
em água presentes nos agregados.

Os agregados miúdos são divididos em três zonas: fina, média, e grossa. Já os


agregados graúdos tem graduação de zero a
quatro, com limites fixados

6. AGREGADO MIÚDO

6.1. AREIA

A areia é um produto result ante da desagre gação de roch as, apresentando -se
em grãos de tamanhos e formas variados. Esta desagregação pode ser causada
por processos naturais como a águ a, o vento, as geadas e a ve getação, ou
artificiais, através de processos mecanizados como a britagem de rochas.

Para as construções menores, a areia é vendida a granel (por porções), por volume
(em metros cúbicos) ou ensacada em pacotes de 20 e 50 kg. No caso das constr uções
maiores, há a opção de se comprar por caminhões, também medidos em metros
cúbicos. Após ser descarregada, ela dev e ser estocada em baias drenadas, de
forma a evitar que a parcela degrãos finos sejam carreados.

6.1.1. OBTENÇÃO

Formada principalmente por quartzo, as areias são normalmente ex traídas de


depósitos recentes e sub-recentes de canais e terraços fluviais (VALVERDE, 2001).
De acordo com Almeid a e Silva (2005), atualm ente, 90% da produção nacional
de areia natural, é obtida a partir da extração em leito de rios e os 10% restantes, de
outras fontes (várzeas, d epósitos lacustres, mantos de decomposição de rochas,
pegmatit os e arenitos decompostos). O processo de extração da a reia p ode ser
manual, extração em fossa, área de várzea, leito de curso d’agua, em leito de curso
d’agua navegável e por desmonte hidráulico.

Já as areias provenientes de praias e de dunas situadas próximas ao litoral,


geralmente, não são uti lizadas na co nstrução civil. Nesses casos, as deficiências
habitualmente apontadas relacionam-se com a granulometria muito fina e com a
pr esença de sais s olúveis (cloreto de sódio). Esses sais, em contato com as
armaduras de aço, aumentam consid eravelmente as suas chances de corrosão.

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Um processo de lavagem intensiva pode diminui r os sais até teores aceitáveis,
podendo então produzir um concreto cujos inconvenientes se restrinjam ao uso
de ar eia fina (maior consumo de água e consequentemente d e cimento, com
cuidados adicionais na cura devido à maior suscetibil idade à retração por s
ecagem). Nas condições mais comuns, tais concretos podem acabar sendo
antieconômicos, sendo preferível "importar" areia usual.

6.1.2. SUBSTÂNCIAS PREJUDICIAIS

Por exercer considerável inf luência na trabalhabilidade, resistência e dura bilidade


de um concreto ou argamassa, a areia deve ser isenta de substâncias deletérias ,
que podem ser sais, óleos, graxas, torrões de argila, materiais carbonosos,
impurezas orgânicas, material pulverulento, entre outros.

Para Neville (1982), estas substâncias podem ser impurezas que int erferem no
processo de hidratação do cimento, substâncias que cobrem a superfície do
agregado impedindo uma boa aderência com a pasta de cimento e partículas fracas e
friáveis qu e podem alterar a resistência e a característica de concretos e
argamassas. Essas impurezas podem causar patologias como desagregação dos
agregados, e na presença de umidade pode provocar eflorescência e corrosão da
armadura. Segundo a A BNT N BR 7211, a quantidade de subst âncias nocivas
mencionadas anteriormente não deve exceder os limites máximos em porcentagem
estabelecidos na tabela abaixo com relação à massa do material.

6.1.3. CLASSIFICAÇÃO

A areia, segundo a NBR 7211, pode ser divi dia em 3 diferentes ti pos
considerando a sua granulometria. São eles:
Areia fina: Possui grãos com diâmetro entre 0,06 e 0,2 mm. Esse tipo de areia pode
ser empregada na fabricação do concreto, entretanto, o fato de seus grãos serem
muito pequenos, exige que mais água seja inserida na mi stura, afetando diret
amente a resistência do mesmo. É a mais apropriada para argamassas de rebocos
e chapiscos. A s vezes é misturada com areias médias ou grossas para melhor
distribuição entre grãos;

Areia média: Possui grãos com diâmetro entre 0,2 e 0,6 mm. P ode ser utilizada
em quase todas as fases da obra, sendo ideal p ara argamassas de emboço. Além
das aplicações na construção civil e fabricação de artefatos de concreto aparente,

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esse tipo de areia é muito utilizado em áreas de lazer, praias artificiais, campos
de futebol de areia, vôlei de praia e tanques para recreação infantil

Areia grossa: Possui grãos com diâmetro entre 0,6 e 2,0 mm. É a mais
empregadacomo agregado miúdo na construção civil para fab ricação de concretos
e assentamentos de tijolos em paredes que irão receber um revestimento argamassado.
Além disso, é im portante ressaltar que é difícil en contrar uniformidade n as
dimensões de grãos de areia de mesma categoria. Essa desigualdade é conv
eniente, pois contribui para obtenção de melhores resultados em seu emprego, já
que dim inui a exist ência de vazios na massa, diminuindo também o volume dos
aglomerantes (cimento e cal) na mistura, que são materiais de maior custo . É
por isso que alguma s pessoas, seguindo essa lógica, costumam misturar diferentes
tipos de areia – fina, média e grossa – na t entativa de reduz ir o coeficiente de
va vazios dentro da mistura.

6.2. PÓ DE PEDRA

Material fino proveniente da britagem de ro chas. Devido a sua maleabilid ade, é


mui to utilizado na construção civil em: obras de terraplenagem como materia l
para s ub-base e estabilizador de base; calçamentos de pisos pré-moldados e
paralelos, principalmente calçadas; confecção de argamassas p ara assentamento e
emboço; usina de asfalto para calçamentos com base asfáltica; indústria de pré-
moldados; fabricação de massa asfáltica para recapeamento de estradas, avenidas e
estabilizador de solo.

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7-AGREGADOS GRAÚDOS
7.1. BRITA

As britas (também conhecidas como pedras britadas), principal matéria-prima do


concreto, nada mais são do que fragmentos de rochas duras e maiores, como
granito, gnaisse, calcário e basalto por exemplo , que foram detonadas com
dinamite nos maciços rochosos.

Após a detonação, os ‘pedaços’ resultantes ainda passam por um pro cesso de


trituração, conhecido como brita gem, e por um peneiramento, até que estejam
prontos para serem comercializados.

De acordo com o geólogo Claudio S brighi Neto, diretor do Instituto Brasileiro


do Concreto (Ibracom) e coordenador das Norm as Brasileiras de Agregados da
ABNT, as características mais importantes de cada um dos tipos de brita são: a
resistência mecânica, a distribuição granulométrica da rocha, e a quantidade de pó.
“Quando as rochas ficam expost as ao tempo, podem ser d egradadas e apresentar
pouca resistência mecânica. O ideal é utilizar rochas que não sofreram nenhum tipo
de alteração”, recomenda.

Dirce Balzan, professora da Faculdade de Engenharia da Fundação Armando


Alvares Penteado (FAAP), reforça que o desempenho da brita depende em grande
parte das propriedades geoló gicas da rocha de origem. “É importante conhecer o
tipo de rocha, a composição quím ica e mineralógi ca, a textura, o estado de
alteração, sua tendência à degradação, abrasão e fratura, a resistência mecânica,
assim como o potencial de adesão do ligante asfáltico à sua superfície”, enumera.

Um exemplo que a professora dá é que, em misturas asfálti cas, a distribuição


granulométrica do agregado influencia quase todas as propriedades importantes,
incluindo rigidez, estabilidade, du rabilidade, pe rmeabilidade, trabalhabilidade, r
esistência à fadiga, à deformação permanente e ao dano por umidade induzida.

Na hora de escolher a b rita para se utili zar em um concreto, d eve-se atentar


para o diâmetro máx imo, levando-se em consideração as dimensões da peça
estrutural e a distribuição das armaduras. O teor de mate rial p ulverulento deve
ser o menor possível, p ois sua presença aumenta consideravelmente a supe rfície
específica, exigind o uma quantidade maior de água, o que oc asiona correções no

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consumo de cimento (para não mudar a relação água/cimento)
e,consequentemente, influencia o custo do concreto. O formato dos grãostambém
é relevante para a qualidade e o custo. P ara isso, costuma -se c alcular o índice
de forma do agregado, qu e é a relação entre a maior e a menor dimensão do grão
(analo gamente, a relação entre o comprimento e a altura). Quanto menor o índic e
d e forma, menor será o teor de vazios do agregado, de modo que a qu antidade
de argamassa para preenchê -los também será menor, exigindo menor quantidade de
água. Geralmente, a brita é co mprada de depósitos de materiais de construção,
utilizando medidas de volum e, sem elhante ao que acontece com a areia. Nesse
caso, é p reciso verificar as licenças da fonte de extração ou brita gem, o que
resguarda o comprador de aborrecimentos referentes à qualidad e ou a prejuízos
ambientais. Afinal, quem compra material de origem ilegal também pode ser
autuado pela Justiça.

Quanto à esto cagem desse insumo em obra, deve -se tom ar cuidado pa ra que
não haja segregação. Geralmente, os grãos maiores tendem a ficar na base das
pilha s. Dessa forma, no preparo do concreto, deve-se pegar o material desde a base
até o topo das pilhas.

7.1.1. OBTENÇÃO

A pedra britada é um produto obti do a p artir da desagregação de rochas.


Entretanto, não é qualquer rocha que serve como fonte de brita. Para isso, a
rocha font e precisa atender a alguns requisitos como, por exemplo, resistência
mecânica, baixa absorção de água, resistência ao des gaste físico e químico, entre
outros . As principais rochas fonte de brita são o basalto (brita preta) e o granito
(pode ter várias cores).

A obtenção da pedra brit ada é feita através de um conjunto de oper ações que
permitem a retirada da pedra natural da jazida para que possa ser reduzida a f
ormas e compatíveis para o seu uso e aplicação n a construção civil. O desmonte e
a britagem da rocha seguem as etapas descritas a seguir:
Decapagem do terreno: Durante essa primeira etapa é efetuada a li mpeza das
bancadas

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Decapagem do Terreno: Durante essa primeira etapa é efetuada a li mpeza das
bancadascom a ajuda de máquin as e caminhões, a fim de remover a argila e
qualquer outro material impróprio para a britagem;
Essa etapa é realizada com a ajud a de explosivos. Para isso, sãoexecutadas
perfurações na rocha, previament e c alculadas no plano de f ogo, onde são
colocadas as dinamites para que possam ser detonadas.
Transporte da mina para a Britagem: O carregamento do material detonado é
feito com escavadeira hidráulica em c aminhões basculantes que transportam o
material da mina até britagem primária.
Britagem primária: O material proveniente da mina é descarregado na baia de
alimentação e lançado para dentro do britador de mandíbulas, onde é triturado;
Britagem secundária: Essa etapa recebe o material proveniente da brit agem
primária, que é lançado para dentro do britador Hydrocone e triturado de acordo
com a abertura do britador, reduzindo ainda mais suas dimensões;
Britagem terciária: O material gerado no pro cesso anterior é conduzido ao
britador de impacto vertical (VS I).Nesse processo o material é arremessado
dentro de um compartimento circular fechado, onde ocorrem diversas colisões
entre as partícula s de pedra e também com as paredes revestidas do VSI,
propiciando com isso uma correção no formato dos grãos do agregado, tornando-os
mais arredondados;

Peneiramento, classificação e lavagem :O material proveniente a p artir da


britagem secundária é submetido a processos de peneiramento, em peneiras
vibratórias inclinadas. Nessas estruturas estão inst alados bicos injetores que
aspergem água sobre o material em processo de peneiramento, com o objetivo de
retirar o ex cesso de mat erial pulverulento dos grãos do agregado e eliminar a
emissão de pó no ambiente. Todos os materiais resultantes no processo de
peneiramento e lavagem tem sua granulometria
definida através de ensaios granulométricos;

 Decapagem do terreno: Durante essa primeira etapa é efetuada a li mpeza das


bancadas

7.1.2. CLASSIFICAÇÃO

Segundo a NBR 7211 da Associação Brasileira de Normas T écnicas (ABNT), os


diferentes tipos de brita são classificados de acordo com a sua granulometria, ou
seja, o tamanho dos grãos. Assim, temos o pó de brita e as britas 0, 1, 2, 3 e
4 (veja quadro com as granulometrias). Essa m edida quer dizer que qu anto
maior a sua classificação, maior será o seu diâmetro.

Cada um desses tipos tem uma função específica na construção civil, seja para

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fabricação de concreto, pavimentação, construção de edificações ou de grandes
obras, como: ferrovias, túneis e barragens

7.1.3. APLICAÇÃO
Brita 0: A brita 0 (ou pedrisco), por suas dimensões reduzidas, é bastante empregada
na fabricação de vi gas e vigotas, lajes pré -moldadas, meio-fio, postes de
concreto, tubos, blocos de concreto intertravado, jateamento em túneis e acabamentos
em geral

Brita 1: A brita 1 é a mais utilizada na construção civil atualmente, sendo a


mais encontrada em concretos. Está presente em colunas, vigas, lajes e em usinas de
concreto para a fabricação do concreto convencional e bombeável

Brita 2: Segundo Sbrighi Neto, a brita 2 foi muito usada em concreto até 15,
20 anos atrás, mas está em desuso, porque o concreto evoluiu e os agregados
tiveram de evoluir também. “Há 100 anos o concreto era muito mais áspero.
Hoje, ele tem mais trabalhabilidade, pode s er bombe ado ou autoadensável”,
comenta. Entretanto, para concretos que exigem mais resistência, assim como para

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a construção de fundações e pisos mais espessos, esse ti po de brita é o mais
indicado. Sendo assim, ela é muito utilizada como aterramento para subestações
elétricas, e em grandes concretagens como: tubulões, sapatas, formas deslizantes,
bueiros, canaletas e em concreto ciclópico.

Brita 3: A brita 3, por se r muita grossa, é pou co usada na fab ricação de co


ncreto. Ela é ideal para aterros, lastros ferroviários e drenos

Brita 4: A brita 4, bem grande, tem aplicações bem específicas, como em fossas
sépticas, sumidouros, gabiões, reforços de subleito para pistas com tráfego
pesado, lastros de ferrovias e concretos ciclópicos.

Pedra de mão: Também conhecida como rachão, pedra pulmão ou pedra


amarroada, a pedra de mão é usada na construção civil par a calçamento, gabiões
de contenção, enrocamento, muro de construção, drenagem e concreto ciclópico.

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7.2. BICA CORRIDA

A bica corrida é um conjunto de britas, pedrisco e pó de pedra, também


chamado de 4A, que não apresenta granulometria definida, podendo ser ajustada
em sua produção, de acordo com a necessidade do cliente.

Pode ser utilizado na pavimentação d e estradas vi cinais (se cundárias), ruas e


acessos a obras e galpões com excesso de barro, ou como c amadas de bas e e
sub-base para pavimentos flexíveis e rígidos. Este tipo de material apresenta um
alto suporte de resistência, que o torn a ideal e apropriado para camadas
intermediarias e/ou de rolamento para os diversos tipos de pavimentação.

O engenheiro de processos da Votorantim Cimentos, Benedito Artelino da Silva,


explica que o 4A mais fino é ideal para locais on de há necessidade de ma ior
compacidade ou adensamento. Já a bica corrida grossa pode s er usada em
pontos d e percolação (escoamento) de água. “De qualque r origem mineral –
calcário, granito ou basalto -, a bica corrida d eve sempre possuir granulometria
contínua, o que significa um equilíbrio na sua composição, entre graúdos e
miúdos”, explica o engenheiro.

7.3. SEIXO ROLADO

Os seixos rolados são pedras com formatos arred ondados, sem pontas afiadas. Elas
são encontradas nas cores azuis, brancas e naturais. Na n atureza, elas possuem
esse formato graças à ação da á gua de rios e do mar, que provoca a erosão das
rochas e as pole ao mesmo tempo. Eles também podem ser produzidos
artificialmente com a modelagem sendo feita por máquinas. Na construção civil,
os seixos rolados podem ser utili zados como agregado graúdo, podendo resultar
em um concreto com resistência maior que o concreto com brita, dependendo do
traço, mas com o módulo de elasticidade menor e com as deformações elásticas
maiores para u ma mesma resistência. Entretanto, a sua maior aplicação é como
elemento decorativo, podendo ser utilizado de várias formas e em vários lugares
diferentes.

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Ao colocar esses seixos no seu jardim, você aj uda a proteger o solo, que não
fica exposto ao sol. Além da decoração de plantas, você também pode usá-los
como adorno para passarelas em quintais. Ele também pode ser utilizado para
adornar pare des, sendo aplicado solto sobre a argamassa ou com a ajuda de telas,
que ajudam a acelerar o processo. Eles também podem ser utili zados no lugar de
revestimentos de porcelanato e m ambientes intern os para dar um tom mais n
atural. Contudo, é importante intercalar áreas com pisos de outros
materiais no mesmo cômodo para que ele não fique muito escorregadio. Os seixos
rolados não precisam receber nenhum tipo de impermeabilização, embora o
aconselhável seja aplicar uma camada de resina fosca ou brilhante para realçar as
cores naturais do material. Sua li mpeza não precisa de nenhum material especial,
podendo ser feita apenas utilizando água e sabão neutro.

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8. CONCLUSÃO
Em virtude dos fatos mencionados, conclui-se que os agregados desempenham
um papel vital dentro de argamassas e conc retos, influenciando diretamente suas
características, de forma a melhora-las. Foi possível entender ainda, as diferentes
classificações dos agregados quanto a sua origem e granulometria.

Quanto aos agre gados miúdos, o trabalho apresentou sua definição e ainda al
guns exemplos, discorrendo brevemente sobre cada um deles. Entr etanto, o fo co
dessa parte foi a areia, já que esse é o agregado miúdo mais consumido no
planeta. Em relação a esse material, o trabalho abordou tópicos como obtenção,
substâncias nocivas e suas classificações.

Já em relação aos agregados graúdos, o trabalho também apresentou sua


definição e alguns ex emplos, discorrendo brevemente sobre cada um d eles.
Entretanto, o foco dessa parte foram as britas (ou ped ras britadas), já que ess e é
o agregado graúdo m ais consumido no planeta. Em r elação a esse material, o tr
abalho abordou tópicos como obt enção, classificação e a aplicação de cada tipo de
brita.

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9. BIBLÍOGRAFIA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7211: Agregado para
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