Trabalho de Material
Trabalho de Material
Trabalho de Material
INTRODUÇÃO
Os agregados são materiais que, no início do desenvolvimento do concreto, eram
adicionados à massa de cimento e água, para dar-lhe “corpo”, tornando-a mais
econômica.Com o passar do tempo, a evolução tecnológica e o conhecimento dos
profissionais do setor de construção fizeram com que esses materiais ganhassem o
devido reconhecimento .
Hoje, eles representam cerca de oitenta por cento do peso do concreto e sabemos que
além de sua influência benéfica quanto à retração e à resistência, o tamanho, a
densidade e a forma dos seus grãos podem definir várias das características desejadas
em um concreto.
Visto a larga importância que os agregados representam para a indústria da construção
civil, pode-se entender a importância e a necessidade de se estudar esses materiais, afim
de conhecer as suas características, classificações, propriedades, dentre outros pontos.
Sendo assim, o presente trabalho tem como principal objetivo apresentar e discutir
assuntos referentes aos agregados, desde uma visão geral que irá explicar o que são
esses materiais e as suas principais funções, passando pelas suas classificações,
definições de agregados graúdos e miúdos, exemplos de cada um deles, formas de
obtenção, classificação, aplicação, substâncias nocivas, até chegar à fase de ensaios,
sejam eles feitos para agregados graúdos ou miúdos, mas que independentemente do
caso, permite a mensuração das propriedades químicas e físicas desses materiais.
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2.OBJETIVOS
2.1. OBJETIVOS GERAIS
Apresentar uma abordagem geral dos a gregados utilizados na construção civil,
desde as suas definições e classificações.
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3. AGREGADOS – VISÃO GERAL
3.1. CONCEITO E APLICAÇÕES
Os agregados para construção civil são materiais granulares, sem forma e volume
definidos, geralmente inertes (não tem atividade química), de dimensões e propriedades
estabelecidas para uso em obras de construção civil, tais como, a pedra britada, o
cascalho e as areias naturais ou obtidas por moagem de rocha, além das argilas e dos
substitutivos como resíduos inertes reciclados, escórias de aciaria, produtos industriais,
entre outros inúmeros exemplos.
Fig.
Afinal, devido à importâ ncia dos agregados dentro da mistura, vários são os
ensaios necessários para a utilização. Esses ensaios servem para definir a
granulometria, mass a específica real e aparente, módulo de finura, torrões de
argila, impur ezas orgânicas, mat eriais pulverulentos, etc.
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destacam-se:
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Artificiais: Compreende os agregados obtidos por processos industriais
e/ou originados a partir de materiais sintéticos tais como produtos ou rejeitos
industriais.
Ex: vermiculitas e argilas expansivas, granalha de aço, etc.
Fig.
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Ex: britas comuns, areia natural, seixos, etc.
5.GRANULOMETRIA
A granulometria tem grande influência sobre a qualidade dos concretos e
argamassas, tanto no estado plástico quanto no estado endurecido. A composição
granulométrica é obtida através do peneiramento do agregado, no qual são
verificados as porcentagens retidas e acumuladas.
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Quanto menor o diâmetro da partícula, maior a área específica e maior a quantidade de
água para uma certa consistência.
Já a dimensão máxima característica é a abertura da malha em mm, que contenha
uma porcentagem retida acumulada igual ou inferior a 5%.
Segundo a norma NBR 7211, para ser classificado como agregado graúdo, o
grão precisa passar pela peneira de 75 mm e ficar retido na peneira de 4,75mm.
Para ser classificado como agregado miúdo o grão precisa passar pela peneira de
4,75mm e ficar retido na peneira de 150μm . E materiais pulverulentos, como
partículas minerais, tem dimensão inferior a 7,5μm, incluindo os materiais solúveis
em água presentes nos agregados.
6. AGREGADO MIÚDO
6.1. AREIA
A areia é um produto result ante da desagre gação de roch as, apresentando -se
em grãos de tamanhos e formas variados. Esta desagregação pode ser causada
por processos naturais como a águ a, o vento, as geadas e a ve getação, ou
artificiais, através de processos mecanizados como a britagem de rochas.
Para as construções menores, a areia é vendida a granel (por porções), por volume
(em metros cúbicos) ou ensacada em pacotes de 20 e 50 kg. No caso das constr uções
maiores, há a opção de se comprar por caminhões, também medidos em metros
cúbicos. Após ser descarregada, ela dev e ser estocada em baias drenadas, de
forma a evitar que a parcela degrãos finos sejam carreados.
6.1.1. OBTENÇÃO
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Um processo de lavagem intensiva pode diminui r os sais até teores aceitáveis,
podendo então produzir um concreto cujos inconvenientes se restrinjam ao uso
de ar eia fina (maior consumo de água e consequentemente d e cimento, com
cuidados adicionais na cura devido à maior suscetibil idade à retração por s
ecagem). Nas condições mais comuns, tais concretos podem acabar sendo
antieconômicos, sendo preferível "importar" areia usual.
Para Neville (1982), estas substâncias podem ser impurezas que int erferem no
processo de hidratação do cimento, substâncias que cobrem a superfície do
agregado impedindo uma boa aderência com a pasta de cimento e partículas fracas e
friáveis qu e podem alterar a resistência e a característica de concretos e
argamassas. Essas impurezas podem causar patologias como desagregação dos
agregados, e na presença de umidade pode provocar eflorescência e corrosão da
armadura. Segundo a A BNT N BR 7211, a quantidade de subst âncias nocivas
mencionadas anteriormente não deve exceder os limites máximos em porcentagem
estabelecidos na tabela abaixo com relação à massa do material.
6.1.3. CLASSIFICAÇÃO
A areia, segundo a NBR 7211, pode ser divi dia em 3 diferentes ti pos
considerando a sua granulometria. São eles:
Areia fina: Possui grãos com diâmetro entre 0,06 e 0,2 mm. Esse tipo de areia pode
ser empregada na fabricação do concreto, entretanto, o fato de seus grãos serem
muito pequenos, exige que mais água seja inserida na mi stura, afetando diret
amente a resistência do mesmo. É a mais apropriada para argamassas de rebocos
e chapiscos. A s vezes é misturada com areias médias ou grossas para melhor
distribuição entre grãos;
Areia média: Possui grãos com diâmetro entre 0,2 e 0,6 mm. P ode ser utilizada
em quase todas as fases da obra, sendo ideal p ara argamassas de emboço. Além
das aplicações na construção civil e fabricação de artefatos de concreto aparente,
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esse tipo de areia é muito utilizado em áreas de lazer, praias artificiais, campos
de futebol de areia, vôlei de praia e tanques para recreação infantil
Areia grossa: Possui grãos com diâmetro entre 0,6 e 2,0 mm. É a mais
empregadacomo agregado miúdo na construção civil para fab ricação de concretos
e assentamentos de tijolos em paredes que irão receber um revestimento argamassado.
Além disso, é im portante ressaltar que é difícil en contrar uniformidade n as
dimensões de grãos de areia de mesma categoria. Essa desigualdade é conv
eniente, pois contribui para obtenção de melhores resultados em seu emprego, já
que dim inui a exist ência de vazios na massa, diminuindo também o volume dos
aglomerantes (cimento e cal) na mistura, que são materiais de maior custo . É
por isso que alguma s pessoas, seguindo essa lógica, costumam misturar diferentes
tipos de areia – fina, média e grossa – na t entativa de reduz ir o coeficiente de
va vazios dentro da mistura.
6.2. PÓ DE PEDRA
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7-AGREGADOS GRAÚDOS
7.1. BRITA
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consumo de cimento (para não mudar a relação água/cimento)
e,consequentemente, influencia o custo do concreto. O formato dos grãostambém
é relevante para a qualidade e o custo. P ara isso, costuma -se c alcular o índice
de forma do agregado, qu e é a relação entre a maior e a menor dimensão do grão
(analo gamente, a relação entre o comprimento e a altura). Quanto menor o índic e
d e forma, menor será o teor de vazios do agregado, de modo que a qu antidade
de argamassa para preenchê -los também será menor, exigindo menor quantidade de
água. Geralmente, a brita é co mprada de depósitos de materiais de construção,
utilizando medidas de volum e, sem elhante ao que acontece com a areia. Nesse
caso, é p reciso verificar as licenças da fonte de extração ou brita gem, o que
resguarda o comprador de aborrecimentos referentes à qualidad e ou a prejuízos
ambientais. Afinal, quem compra material de origem ilegal também pode ser
autuado pela Justiça.
Quanto à esto cagem desse insumo em obra, deve -se tom ar cuidado pa ra que
não haja segregação. Geralmente, os grãos maiores tendem a ficar na base das
pilha s. Dessa forma, no preparo do concreto, deve-se pegar o material desde a base
até o topo das pilhas.
7.1.1. OBTENÇÃO
A obtenção da pedra brit ada é feita através de um conjunto de oper ações que
permitem a retirada da pedra natural da jazida para que possa ser reduzida a f
ormas e compatíveis para o seu uso e aplicação n a construção civil. O desmonte e
a britagem da rocha seguem as etapas descritas a seguir:
Decapagem do terreno: Durante essa primeira etapa é efetuada a li mpeza das
bancadas
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Decapagem do Terreno: Durante essa primeira etapa é efetuada a li mpeza das
bancadascom a ajuda de máquin as e caminhões, a fim de remover a argila e
qualquer outro material impróprio para a britagem;
Essa etapa é realizada com a ajud a de explosivos. Para isso, sãoexecutadas
perfurações na rocha, previament e c alculadas no plano de f ogo, onde são
colocadas as dinamites para que possam ser detonadas.
Transporte da mina para a Britagem: O carregamento do material detonado é
feito com escavadeira hidráulica em c aminhões basculantes que transportam o
material da mina até britagem primária.
Britagem primária: O material proveniente da mina é descarregado na baia de
alimentação e lançado para dentro do britador de mandíbulas, onde é triturado;
Britagem secundária: Essa etapa recebe o material proveniente da brit agem
primária, que é lançado para dentro do britador Hydrocone e triturado de acordo
com a abertura do britador, reduzindo ainda mais suas dimensões;
Britagem terciária: O material gerado no pro cesso anterior é conduzido ao
britador de impacto vertical (VS I).Nesse processo o material é arremessado
dentro de um compartimento circular fechado, onde ocorrem diversas colisões
entre as partícula s de pedra e também com as paredes revestidas do VSI,
propiciando com isso uma correção no formato dos grãos do agregado, tornando-os
mais arredondados;
7.1.2. CLASSIFICAÇÃO
Cada um desses tipos tem uma função específica na construção civil, seja para
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fabricação de concreto, pavimentação, construção de edificações ou de grandes
obras, como: ferrovias, túneis e barragens
7.1.3. APLICAÇÃO
Brita 0: A brita 0 (ou pedrisco), por suas dimensões reduzidas, é bastante empregada
na fabricação de vi gas e vigotas, lajes pré -moldadas, meio-fio, postes de
concreto, tubos, blocos de concreto intertravado, jateamento em túneis e acabamentos
em geral
Brita 2: Segundo Sbrighi Neto, a brita 2 foi muito usada em concreto até 15,
20 anos atrás, mas está em desuso, porque o concreto evoluiu e os agregados
tiveram de evoluir também. “Há 100 anos o concreto era muito mais áspero.
Hoje, ele tem mais trabalhabilidade, pode s er bombe ado ou autoadensável”,
comenta. Entretanto, para concretos que exigem mais resistência, assim como para
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a construção de fundações e pisos mais espessos, esse ti po de brita é o mais
indicado. Sendo assim, ela é muito utilizada como aterramento para subestações
elétricas, e em grandes concretagens como: tubulões, sapatas, formas deslizantes,
bueiros, canaletas e em concreto ciclópico.
Brita 4: A brita 4, bem grande, tem aplicações bem específicas, como em fossas
sépticas, sumidouros, gabiões, reforços de subleito para pistas com tráfego
pesado, lastros de ferrovias e concretos ciclópicos.
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7.2. BICA CORRIDA
Os seixos rolados são pedras com formatos arred ondados, sem pontas afiadas. Elas
são encontradas nas cores azuis, brancas e naturais. Na n atureza, elas possuem
esse formato graças à ação da á gua de rios e do mar, que provoca a erosão das
rochas e as pole ao mesmo tempo. Eles também podem ser produzidos
artificialmente com a modelagem sendo feita por máquinas. Na construção civil,
os seixos rolados podem ser utili zados como agregado graúdo, podendo resultar
em um concreto com resistência maior que o concreto com brita, dependendo do
traço, mas com o módulo de elasticidade menor e com as deformações elásticas
maiores para u ma mesma resistência. Entretanto, a sua maior aplicação é como
elemento decorativo, podendo ser utilizado de várias formas e em vários lugares
diferentes.
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Ao colocar esses seixos no seu jardim, você aj uda a proteger o solo, que não
fica exposto ao sol. Além da decoração de plantas, você também pode usá-los
como adorno para passarelas em quintais. Ele também pode ser utilizado para
adornar pare des, sendo aplicado solto sobre a argamassa ou com a ajuda de telas,
que ajudam a acelerar o processo. Eles também podem ser utili zados no lugar de
revestimentos de porcelanato e m ambientes intern os para dar um tom mais n
atural. Contudo, é importante intercalar áreas com pisos de outros
materiais no mesmo cômodo para que ele não fique muito escorregadio. Os seixos
rolados não precisam receber nenhum tipo de impermeabilização, embora o
aconselhável seja aplicar uma camada de resina fosca ou brilhante para realçar as
cores naturais do material. Sua li mpeza não precisa de nenhum material especial,
podendo ser feita apenas utilizando água e sabão neutro.
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8. CONCLUSÃO
Em virtude dos fatos mencionados, conclui-se que os agregados desempenham
um papel vital dentro de argamassas e conc retos, influenciando diretamente suas
características, de forma a melhora-las. Foi possível entender ainda, as diferentes
classificações dos agregados quanto a sua origem e granulometria.
Quanto aos agre gados miúdos, o trabalho apresentou sua definição e ainda al
guns exemplos, discorrendo brevemente sobre cada um deles. Entr etanto, o fo co
dessa parte foi a areia, já que esse é o agregado miúdo mais consumido no
planeta. Em relação a esse material, o trabalho abordou tópicos como obtenção,
substâncias nocivas e suas classificações.
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9. BIBLÍOGRAFIA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7211: Agregado para
concreto – Especificação. Rio de Janeiro. 2009.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7216: Amostragem
de agregados. Rio de Janeiro. 1987.
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