Cartilha Eleitoral-Propaganda Eleitoral

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E L E I Ç Õ E S M U N I C I PA I S 2 0 1 6

Propaganda Eleitoral
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ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2016

Em síntese, o presente trabalho tem por objetivo servir como


um facilitador para os Promotores de Justiça com atribuição eleitoral,
possibilitando um trabalho mais profícuo de orientação acerca das eleições
municipais de 2016.

A colocação das matérias, na forma de tópicos e de forma direta, tem


a intenção de tornar a leitura mais adequada, proporcionando agilidade na
obtenção da informação.

LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

Código Eleitoral - CE Art. 240 a 256

Lei nº 9.096/95 – LCC Art. 45 a 49

Lei nº 9.504/97 – LE Art. 36 a 57-I

Res.-TSE nº 23.457/2015
ÍNDICE

4 I. Propaganda Política

4 II. Propaganda Partidária

7 III. Propaganda Eleitoral

13 IV. Modalidades de Propaganda Eleitoral


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I. PROPAGANDA POLÍTICA

A propaganda política é gênero, do qual são espécies a propaganda partidária, a


propaganda intrapartidária e a propaganda eleitoral.

II. PROPAGANDA PARTIDÁRIA

1) FUNDAMENTO LEGAL. c) divulgar a posição do partido


O direito de antena está previsto em relação a temas político-comunitários;
no art. 17, § 3º, da CF e regulamentado d) promover e difundir a
nos artigos 45 a 49 da Lei nº 9.096/95 participação política feminina, dedicando
(Lei dos Partidos Políticos – Lei nº às mulheres o tempo que será fixado
9.096/97) e na Res.-TSE nº 20.034/97. pelo órgão nacional de direção partidária,
observado o mínimo de 10% do programa
2) OBJETIVO. e das inserções a que se refere o art. 49.
O art. 45, caput, da Lei nº 9.096/95
estabelece que a propaganda partidária 3) VEDAÇÕES.
será realizada, com exclusividade, para: No segundo semestre do
a) difundir os programas ano da eleição, não será veiculada a
partidários; propaganda partidária gratuita prevista
b) transmitir mensagens em lei nem permitido qualquer tipo de
aos filiados sobre a execução do propaganda política paga no rádio e na
programa partidário, dos eventos com televisão (art. 36, § 2º, da Lei nº 9.504/97).
este relacionados e das atividades
congressuais do partido; É vedada, na propaganda partidária

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(art. 45, § 1º, da Lei nº 9.096/95): 6) SANÇÃO.


a) a participação de pessoa A veiculação de propaganda
filiada a partido que não o responsável partidária em desacordo com o
pelo programa; estabelecido no art. 45 da Lei nº 9.096/95
b) a divulgação de propaganda prevê as seguintes sanções: cassação
de candidatos a cargos eletivos e a do direito de transmissão no semestre
defesa de interesses pessoais ou de seguinte, quando a infração ocorrer nas
outros partidos; transmissões em bloco; cassação do tempo
c) a utilização de imagens ou equivalente a cinco vezes ao da inserção
cenas incorretas ou incompletas, ilícita, no semestre seguinte, quando a
efeitos ou quaisquer outros recursos infração ocorrer nas transmissões em
que distorçam ou falseiem os fatos ou inserções (art. 45, § 2º, da Lei nº 9.096/95).
a sua comunicação.
O desvirtuamento da
4) GRATUIDADE. propaganda partidária pode configurar
As emissoras de rádio e televisão propaganda eleitoral extemporânea,
terão direito a compensação fiscal pela com possibilidade de fixação de multa
cedência do horário gratuito previsto (art. 36, § 3º, da Lei nº 9.504/97), sem
nesta Lei (art. 52, parágrafo único, da Lei prejuízo de eventual caracterização do
nº 9.096/95). uso indevido dos meios de comunicação
(art. 22 da LC nº 64/90).
5) FORMAS.
As transmissões serão realizadas
em rede nacional ou estadual e na
forma de blocos ou inserções (art. 46
da Lei nº 9.096/95), sendo obrigatória
a veiculação dos programas pelas
emissoras de rádio e televisão.

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7) PRAZO PARA AJUIZAMENTO DA 9) LEGITIMIDADE.


REPRESENTAÇÃO. A legitimidade para ajuizar
O prazo para oferecimento da representação por propaganda
representação encerra-se no último partidária irregular é do partido político
dia do semestre em que for veiculado (art. 45, § 3º, da Lei nº 9.096/95). O STF
o programa impugnado, ou se este conferiu interpretação conforme a
tiver sido transmitido nos últimos trinta Constituição ao art. 45, § 3º, da Lei nº
dias desse período, até o 15º dia do 9.096/95, estabelecendo a legitimidade
semestre seguinte (art. 45, § 4º, da Lei concorrente dos partidos políticos e do
nº 9.096/95). Ministério Público Eleitoral (ADI nº 4.617/
DF – Rel. Min. Luiz Fux – j. 19.06.2013).
8) COMPETÊNCIA.
A representação será processada
e julgada no TSE quando se tratar
de programa em bloco ou inserções
nacionais e será processada e julgada
pelo TRE quando se tratar de programas
em bloco ou inserções transmitido no
Estado (art. 45, § 3º, da Lei nº 9.096/95).

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III. PROPAGANDA ELEITORAL

1) FUNDAMENTO LEGAL. O descumprimento dessa regra


A propaganda eleitoral tem seu importa na possibilidade de a Justiça
fundamento legal na Lei nº 9.504/07 Eleitoral adotar medidas para impedir
(arts. 36 até o 57-I), no Código Eleitoral ou cessar imediatamente a propaganda
(arts. 240 a 256) e – para as eleições de irregular (art. 240, parágrafo único, do
2016 – na Res.-TSE nº 23.457/2015. Código Eleitoral).

2) CONCEITO. 4) FORMAS VEDADAS DE


Propaganda eleitoral é a que PROPAGANDA ELEITORAL.
visa a captar o voto do eleitor, com o O art. 243 do Código Eleitoral
fim de conquistar mandato eletivo. estabelece formas vedadas de
propaganda eleitoral (v.g., que implique
3) OBRIGATORIEDADE DE LEGENDA oferecimento, promessa ou solicitação
E VEDAÇÃO DE CRIAÇÃO DE de dinheiro, dádiva, rifa, sorteio ou
ESTADOS MENTAIS PASSIONAIS. vantagem de qualquer natureza;
A propaganda, qualquer que que perturbe o sossego público, com
seja a sua forma ou modalidade, algazarra ou abusos de instrumentos
mencionará sempre a legenda partidária sonoros ou sinais acústicos; que
e só poderá ser feita em língua nacional prejudique a higiene e a estética urbana
(art. 242 do Código Eleitoral). É vedado, ou contravenha a posturas municiais
na propaganda eleitoral, o emprego ou a outra qualquer restrição de direito).
de meios publicitários destinados a
criar, artificialmente, na opinião pública, 5) TAMANHO DO NOME DO
estados mentais, emocionais ou CANDIDATO A VICE NAS
passionais (art. 242 do Código Eleitoral). PROPAGANDAS.
Na propaganda de candidatos a
cargo majoritário, deverão constar, também, o

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nome dos candidatos a vice, de modo claro 8) PRAZO INICIAL.


e legível, em tamanho não inferior a 30% do A propaganda eleitoral somente
nome do titular (art. 36, § 4º, da Lei nº 9.504/97). é permitida a partir do dia 16 de agosto
de 2016 (art. 36, caput, da Lei nº 9.504/97).
6) DENOMINAÇÃO DA COLIGAÇÃO. Se veiculada em período antecedente
Na propaganda para ao previsto em lei, a propaganda se
eleição majoritária, a coligação caracteriza como antecipada e está
usará, obrigatoriamente, sob a sua sujeita à multa (art. 36, § 3º, da Lei nº
denominação, as legendas de todos 9.504/97).
os partidos políticos que a integram; na
propaganda para eleição proporcional, 9) PROPAGANDA ELEITORAL
cada partido político usará apenas a ANTECIPADA.
sua legenda sob o nome da coligação Será considerada propaganda
(art. 6º, § 2º, da Lei nº 9.504/97). eleitoral antecipada a convocação,
por parte do Presidente da República,
A denominação da coligação dos presidentes da Câmara dos
não poderá coincidir, incluir ou fazer Deputados, do Senado Federal e do
referência a nome ou a número de Supremo Tribunal Federal, de redes de
candidato, nem conter pedido de voto radiodifusão para divulgação de atos
para partido político (art. 6º, § 1º-A, da Lei que denotem propaganda política ou
nº 9.504/97). ataques a partidos políticos e seus
filiados ou instituições (art. 36-B da Lei
7) VEDAÇÃO DE USO DE SIMULADOR nº 9.504/97). Nos casos permitidos de
DE URNA ELETRÔNICA. convocação das redes de radiodifusão,
É vedada a utilização de artefato é vedada a utilização de símbolos ou
que se assemelhe a urna eletrônica imagens, exceto aqueles previstos no
como veículo de propaganda eleitoral § 1º do art. 13 da Constituição Federal
(art. 92 da Res.-TSE nº 23.457/2015). (art. 36-B, parágrafo único, da Lei nº
9.504/97).

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10) EXCLUDENTES DE PROPAGANDA candidatos;

ELEITORAL ANTECIPADA. IV. a divulgação de atos de parlamentares


e debates legislativos, desde que não se
O art. 36-A da Lei nº 9.504/97 estabelece
faça pedido de votos;
que:
V. a divulgação de posicionamento
Art. 36-A. Não configuram propaganda
pessoal sobre questões políticas, inclusive
eleitoral antecipada, desde que não
nas redes sociais;
envolvam pedido explícito de voto, a menção
VI. a realização, a expensas de partido
à pretensa candidatura, a exaltação das
político, de reuniões de iniciativa da sociedade
qualidades pessoais dos pré-candidatos e
civil, de veículo ou meio de comunicação ou
os seguintes atos, que poderão ter cobertura
do próprio partido, em qualquer localidade,
dos meios de comunicação social, inclusive
para divulgar ideias, objetivos e propostas
via internet:
partidárias”.
I. a participação de filiados a partidos
políticos ou de pré-candidatos em
Ainda de acordo com o art. 36-
entrevistas, programas, encontros ou
debates no rádio, na televisão e na Internet, A, § 2º, da Lei nº 9.504/97, “nas hipóteses
inclusive com a exposição de plataformas e dos incisos I a VI do caput, são permitidos
projetos políticos, observado pelas emissoras o pedido de apoio político e a divulgação
de rádio e de televisão o dever de conferir da pré-candidatura, das ações políticas
tratamento isonômico;
desenvolvidas e das que se pretende
II. a realização de encontros, seminários
desenvolver”, ressalvando-se, porém,
ou congressos, em ambiente fechado e a
que “o disposto no § 2º não se aplica aos
expensas dos partidos políticos, para tratar
da organização dos processos eleitorais,
profissionais de comunicação social no
discussão de políticas públicas, planos de exercício da profissão” (art. 36-A, § 3º, da Lei
governo ou alianças partidárias visando nº 9.504/97).
às eleições, podendo tais atividades
ser divulgadas pelos instrumentos de Por fim, é vedada a transmissão
comunicação intrapartidária;
ao vivo por emissoras de rádio e de
III. a realização de prévias partidárias
televisão das prévias partidárias, sem
e a respectiva distribuição de material
prejuízo da cobertura dos meios de
informativo, a divulgação dos nomes
dos filiados que participarão da disputa comunicação social (art. 36-A, § 1º, da Lei
e a realização de debates entre os pré- nº 9.504/97).

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11) PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE conduta, salvo quando comprovada a


SOLIDÁRIA. sua participação”.
O princípio da responsabilidade
solidária, originariamente, estava 12) PROCEDIMENTO PARA
previsto apenas no art. 241 do Código APURAÇÃO DA PROPAGANDA
Eleitoral, nos seguintes termos: “Toda ELEITORAL IRREGULAR.
propaganda eleitoral será realizada A propaganda eleitoral irregular
sob a responsabilidade dos partidos é apurada mediante representação e
e por eles paga, imputando-lhes através do procedimento previsto no
solidariedade nos excessos praticados art. 96 da Lei nº 9.504/97.
pelos seus candidatos e adeptos”. A Lei
nº 12.891/2013 acrescentou o parágrafo 13) LEGITIMADOS PARA O
único do art. 241 do Código Eleitoral, com AJUIZAMENTO DA REPRESENTAÇÃO
a seguinte redação: “A solidariedade POR PROPAGANDA IRREGULAR.
prevista neste artigo é restrita aos São legitimados ativos para
candidatos e aos respectivos partidos, propor a representação por propaganda
não alcançando outros partidos, mesmo irregular, o Ministério Público, o partido
quando integrantes de uma mesma político, a coligação e o candidato. O
coligação”. partido, quando coligado, não pode
ajuizar a ação isoladamente. O eleitor
Mais recentemente, a Lei nº não possui legitimidade ativa. Por fim, é
13.165/2015 – sem alterar a redação indispensável a capacidade postulatória
do art. 241 do Código Eleitoral – para manusear a representação.
acrescentou o § 11 ao art. 96 da Lei
nº 9.504/97, estabelecendo que: 14) PRAZO PARA AJUIZAMENTO
“As sanções aplicadas a candidato DA REPRESENTAÇÃO POR
em razão do descumprimento de PROPAGANDA ELEITORAL
disposições desta Lei não se estendem IRREGULAR.
ao respectivo partido, mesmo na A representação por
hipótese de esse ter se beneficiado da propaganda eleitoral deve ser ajuizada

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até a data da eleição, sob pena de não 15) REQUISITOS DA REPRESENTAÇÃO


conhecimento da ação por falta de POR PROPAGANDA ELEITORAL
interesse de agir (Ac.-TSE no Agravo IRREGULAR.
Regimental em Recurso Especial A representação deve ser
Eleitoral nº 28.227 – Rel. Min. Caputo ajuizada contra o responsável pela
Bastos – j. 02.08.2007). divulgação da propaganda e, quando
provado o prévio conhecimento, o
Porém, o prazo para ajuizamento beneficiário (art. 40-B da Lei nº 9.504/97).
é de 48 horas, contados da veiculação
da ofensa: A responsabilidade por
a) no caso “de propaganda propaganda irregular, na condição de
irregular durante o horário normal de beneficiário, ocorre quando:
programação das emissoras de rádio e a) intimado da propaganda,
de televisão” (TSE – Agravo Regimental não providencia sua retirada ou
em Recurso Especial Eleitoral nº 27.763 regularização no prazo legal (48 horas);
– Rel. Min. Ayres Britto – j. 22.04.2008); b) as circunstâncias e
b) “para o aforamento de peculiaridades do caso específico
representação por invasão de horário revelarem a impossibilidade de não ter
da propaganda” (Ac.-TSE no Agravo conhecimento da propaganda (art. 40-
Regimental no Agravo de Instrumento B, parágrafo único, da Lei nº 9.504/97).
nº 6.204 – Rel. Min. José Gerardo Grossi
– j. 15.05.2007). A adoção desse prazo 16) PODER DE POLÍCIA.
decadencial de 48 horas é justificada O poder de polícia pode ser
para evitar o armazenamento tático exercido de ofício pelo Juiz Eleitoral,
das ações, com possível supressão de desde que sem a imposição de
parcela do tempo do horário eleitoral sanção pecuniária. Se houver a
gratuito do candidato ofensor em caso necessidade de aplicação de multa
de procedência das representações. cumulativamente ao poder de polícia, é
necessário o ajuizamento da respectiva
representação por quaisquer dos

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legitimados. Neste sentido, é o teor da apreciado pela Justiça Eleitoral (art. 16-B
Súmula nº 18 do TSE. da Lei nº 9.504/97).

O poder de polícia eleitoral é


exercício privativo da Justiça Eleitoral,
por quaisquer de seus órgãos judiciais
(Juiz Eleitoral, TRE e TSE).
O poder de polícia se restringe
às providências necessárias para inibir
práticas ilegais, vedada a censura
prévia sobre o teor de programas a
serem exibidos na televisão, rádio ou na
internet (art. 41, § 2º, da Lei nº 9.504/97).
O direito de propaganda não importa
restrição ao poder de polícia quando
este deva ser exercido em benefício
da ordem pública (Art. 249 do Código
Eleitoral).

17) CANDIDATO SUB JUDICE.


O candidato cujo registro
esteja sub judice poderá efetuar todos
os atos relativos à sua campanha
eleitoral, inclusive utilizar o horário
eleitoral gratuito, para sua propaganda,
no rádio e na televisão (art. 16-A da
Lei nº 9.504/97). O mesmo direito é
assegurado ao candidato cujo pedido
de registro tenha sido protocolado no
prazo legal e ainda não tenha sido

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IV. MODALIDADES DE
PROPAGANDA ELEITORAL

1) PROPAGANDA EM OUTDOORS. 2) PROPAGANDA EM BENS


É vedada a propaganda PARTICULARES.
eleitoral por meio de outdoor, inclusive A veiculação de propaganda em
eletrônicos, sujeitando-se a empresa bens particulares:
responsável, os partidos, as coligações a) independe de obtenção de
e os candidatos à imediata retirada da licença municipal e da autorização da
propaganda irregular e ao pagamento Justiça Eleitoral (art. 37, § 2º, da Lei nº
de multa no valor de R$ 5.000,00 a 9.504/97);
R$ 15.000,00 (art. 39, § 8º, da Lei nº b) não pode ser feita mediante
9.504/97). inscrição ou pintura nas fachadas,
muros ou paredes, admitida apenas a
A utilização de engenhos ou fixação de adesivo ou papel (art. 15, § 5º,
equipamentos publicitários ou ainda da Res.-TSE nº 23.457/2015; art. 37, § 2º,
de conjunto de peças de propaganda da Lei nº 9.504/97);
que justapostas se assemelhem ou c) deve ser espontânea e gratuita
causem efeito visual de outdoor sujeito (art. 37, § 8º, da Lei nº 9.504/97);
o infrator à multa de R$ 5.000,00 a d) é vedado qualquer tipo de
R$ 15.000,00 (art. 20, § 1º, da Res.-TSE pagamento em troca de espaço para
nº 23.457/2015). A caracterização da esta finalidade (art. 37, § 8º, da Lei nº
responsabilidade do candidato na 9.504/97).
hipótese do § 1º não depende de prévia
notificação, bastando a existência de A justaposição de adesivo ou de
circunstâncias que demonstrem seu papel cuja dimensão exceda a 0,5m²
prévio conhecimento (art. 20, § 2º, da caracteriza propaganda irregular, em
Res.-TSE nº 23.457/2015). razão do efeito visual único, ainda que

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a publicidade, individualmente, tenha 4) PROPAGANDA EM BENS


respeitado esse limite (art. 15, § 1º, da PÚBLICOS E DE USO COMUM.
Res.-TSE nº 23.457/2015). É vedada a veiculação de
propaganda de qualquer natureza
3) PROPAGANDA NAS SEDES DO (pichação, inscrição a tinta, fixação
PARTIDO E COMITÊS DE CAMPANHA. de placas, estandartes, faixas e
É assegurado aos partidos o assemelhados), inclusive em postes
direito de fazer inscrever, na fachada de iluminação pública e sinalização
de suas sedes e dependências, o de tráfego, viadutos, passarelas,
nome que os designe, pela forma que pontes, paradas de ônibus e outros
melhor lhes parecer (art. 244, II, do equipamentos urbanos:
Código Eleitoral; art. 10 da Res.-TSE nº a) nos bens cujo uso dependa de
23.457/2015). cessão ou permissão do Poder Público;
b) nos bens que pertençam ao
Os candidatos, partidos e Poder Público;
coligações poderão fazer inscrever, na c) nos bens de uso comum (art.
sede do comitê central de campanha – 37, caput, da Lei nº 9.504/97).
cujo endereço dever ser informado ao
Juiz Eleitoral –, a sua designação, bem A veiculação de propaganda em
como o nome e número do candidato, desacordo com o disposto no caput deste
em formato que não se assemelhe ou artigo sujeita o responsável, após a notificação
gere efeito de outdoor (art. 10, § 1º, da e comprovação, à restauração do bem e, caso
Res.-TSE nº 23.457/2015). não cumprida no prazo, a multa no valor de
R$ 2.000,00 a R$ 8.000,00 (art. 37, § 1º, da Lei
Nos demais comitês de nº 9.504/97).
campanha, que não o central, a
divulgação dos dados da candidatura Bens de uso comum, para fins
deverá observar o limite de 0,5m² (art. eleitorais, são os assim definidos pelo
10, § 2º, da Res.-TSE nº 23.457/2015). Código Civil e também aqueles a que
a população em geral tem acesso,

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tais como cinemas, clubes, lojas, eleitoral fica a critério da Mesa Diretora
centros comerciais, templos, ginásios, (art. 37, § 3º, da Lei nº 9.504/97).
estádios, ainda que de propriedade
privada (art. 37, § 4º, da Lei nº 9.504/97). 6) PROPAGANDA ELEITORAL EM
RECINTO ABERTO OU FECHADO.
Nas árvores e nos jardins A realização de qualquer ato de
localizados em áreas públicas, bem propaganda partidária ou eleitoral, em
como em muros, cercas e tapumes recinto aberto ou fechado, não depende
divisórios, não é permitida a colocação de licença da polícia (art. 39, caput, da Lei
de propaganda eleitoral de qualquer nº 9.504/97).
natureza, mesmo que não lhes cause
dano (art. 37, § 5º, da Lei nº 9.504/97). O candidato, partido ou coligação
promotora do ato fará a devida
É permitida a colocação de comunicação à autoridade policial em,
mesas para distribuição de material de no mínimo, 24 horas antes de sua
campanha e a utilização de bandeiras realização, a fim de que esta lhe garanta,
ao longo das vias públicas, desde que segundo a prioridade de uso, o direito
móveis e que não dificultem o bom contra quem tencione usar o local no
andamento de pessoas e veículos (art. mesmo dia e horário (art. 39, § 1º, da Lei
37, § 6º, da Lei nº 9.504/97). A mobilidade nº 9.504/97). A autoridade policial tomará
estará caracterizada com a colocação e as providências necessárias à garantia
retirada dos meios de propaganda entre da realização do ato e ao funcionamento
as 06 e as 22 horas (art. 37, § 7º, da Lei nº do tráfego e dos serviços públicos que o
9.504/97). evento possa afetar (art. 39, § 2º, da Lei
nº 9.504/97).
5) PROPAGANDA NAS
DEPENDÊNCIAS DO PODER
LEGISLATIVO.
Nas dependências do Poder
Legislativo, a veiculação de propaganda

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7) PROPAGANDA MEDIANTE O 3º do art. 39 da Lei nº 9.504/97 (art. 39,


USO DE ALTO-FALANTES OU § 11, da Lei nº 9.504/97).
AMPLIFICADORES DE SOM.
O funcionamento de alto- Considera-se carro de som,
falantes ou amplificadores de som – qualquer veículo, motorizado ou não,
ressalvada a hipótese do § 4º do art. ou ainda tracionado por animais, que
39 da Lei nº 9.504/97 (que trata de transite divulgando jingles ou mensagens
comícios e uso de aparelhagem fixa): de candidatos (art. 39, § 9º-A, da Lei nº
a) é permitido no horário das 08 9.504/97), bem como o veículo automotor
às 22 horas; que usa equipamento de som com
b) é vedada a instalação e o potência nominal de amplificação de, no
uso dos equipamentos em distância máximo, 10.000 watts (art. 39, § 12, I, da
inferior a 200 metros: das sedes Lei nº 9.504/97).
dos Poderes Executivo e Legislativo,
da União, dos Estados, do Distrito O minitrio é o veículo automotor
Federal e dos Municípios, das sedes que usa equipamento de som com
dos Tribunais Judiciais, e dos quartéis potência nominal de amplificação maior
e outros estabelecimentos militares; que 10.000 watts e até 20.000 watts
dos hospitais e casas de saúde; das (art. 39, § 12, II, da Lei nº 9.504/97).
escolas, bibliotecas públicas, igrejas e
teatros, quando em funcionamento (art. 8) COMÍCIOS E APARELHAGEM DE
39, § 3º, da Lei nº 9.504/97). SONORIZAÇÃO FIXA.
A realização de comícios e
É permitida a circulação de aparelhagem de sonorização fixa são
carros de som e minitrios como meio permitidas no horário compreendido
de propaganda eleitoral, desde que entre as 08 e as 24 horas, com exceção
observado o limite de 80 decibéis de do comício de encerramento de
nível de pressão sonora, medido a campanha – que poderá ser prorrogado
7 metros de distância do veículo, e por mais duas horas (art. 39, § 4º, da Lei
respeitadas as vedações previstas no § nº 9.504/97).

1
Ou seja, o dia 29 de setembro de 2016 é o último dia para a realização de comícios, com a exceção do comício
de encerramento de campanha – que pode se prorrogar por mais duas horas.

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É vedada, desde 48 horas (art. 12, parágrafo único, da Res.-TSE nº


antes1 até 24 horas depois da eleição, 23.457/2015).
a realização de comícios ou reuniões
públicas (art. 240, parágrafo único, do 10) TRIOS ELÉTRICOS.
Código Eleitoral; art. 4º, caput, da Res.- Fica vedada a utilização de trios
TSE nº 23.457/2015). elétricos em campanhas eleitorais,
exceto para a sonorização de comícios
9) SHOWMÍCIOS. (art. 39, § 10, da Lei nº 9.504/97). Trio
É proibida a realização de elétrico é o veículo automotor que usa
showmício e de evento assemelhado equipamento de som com potência
para promoção de candidatos, bem nominal de amplificação maior que
como a apresentação, remunerada 20.000 (vinte mil) watts (art. 39, § 12, III,
ou não, de artistas com finalidade de da Lei nº 9.504/97).
animar comício e reunião eleitoral (art.
39, § 7º, da Lei nº 9.504/97). 11) DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAL
GRÁFICO, CAMINHADA, CARREATA,
Fica vedada a utilização de trios PASSEATA OU CARRO DE SOM.
elétricos em campanhas eleitorais, Até as 22 horas do dia em que
exceto para a sonorização comícios (art. antecede a eleição, serão permitidos
39, § 10, da Lei nº 9.504/97). distribuição de material gráfico,
caminhada, carreata, passeata ou
Essa proibição, no entanto, não carro de som que transite pela cidade
se estende aos candidatos profissionais divulgando jingles ou mensagens
da classe artística – cantores, atores e de candidatos (art. 39, § 9º, da Lei nº
apresentadores – que poderão exercer 9.504/97).
a profissão durante o período eleitoral,
desde que não tenha por finalidade a 12) PROPAGANDA MEDIANTE
animação de comício ou para divulgação, PANFLETAGEM.
ainda que de forma dissimulada, de sua Independe da obtenção de
candidatura ou de campanha eleitoral licença municipal e de autorização

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da Justiça Eleitoral a veiculação de 13) PROPAGANDA POR ADESIVOS.


propaganda eleitoral pela distribuição Os adesivos referidos no caput
de folhetos, adesivos, volantes e do art. 38 da Lei nº 9.504/97 poderão
outros impressos, os quais devem ter a dimensão máxima de 50 por 40
ser editados por responsabilidade do centímetros (art. 38, § 3º, da Lei nº 9.504/97).
partido, coligação ou candidato (art. 38, Quando fixados em veículos, o
caput, da Lei nº 9.504/97). adesivo pode ser microperfurado até
a extensão total do para-brisa traseiro
Todo material impresso de e, em outras posições, até a dimensão
propaganda eleitoral deverá conter máxima de 50 por 40 centímetros (art.
o número do CNPJ ou do CPF do 38, § 4º, da Lei nº 9.504/97).
responsável pela confecção, bem como
de quem a contratou e a respectiva 14) PROPAGANDA ELEITORAL NA
tiragem (art. 38, § 1º, da Lei nº 9.504/97). IMPRENSA ESCRITA.
Quando o material impresso veicular O tratamento diferenciado da
propaganda conjunta de diversos legislação eleitoral entre imprensa
candidatos, os gastos relativos a escrita e emissoras de rádio e televisão é
cada um deles deverão constar na justificado pela difusão diversificada entre
respectiva prestação de contas, ou os meios de comunicação e também
apenas naquela relativa ao que houver pelo regime jurídico adotado. Com efeito,
arcado com os custos (art. 38, § 2º, da “a publicação de veículo impresso de
Lei nº 9.504/97). comunicação independe de prévia licença
da autoridade” (art. 220, § 6º, da CF), ao
É facultada a impressão em braille passo que para o serviço de radiodifusão
dos mesmos conteúdos dos panfletos e sonora e de sons e imagens compete
similares, quando assim demandados ao Poder Público outorgar concessão,
(art. 16, caput, da Res.-TSE nº 23.457/2015). permissão e autorização (art. 223 da CF).

a) Propaganda paga.
A propaganda eleitoral na

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imprensa escrita somente é permitida O espaço máximo, por edição, é


na forma paga (art. 43, caput, da Lei nº de 1/8 de página em jornal padrão e de
9.504/97). 1/4 em jornal tabloide.

b) Limite máximo por edição. c) Período legal.


É permitida a divulgação paga, na A divulgação de propaganda
imprensa escrita, e a reprodução na internet eleitoral na imprensa escrita é permitida
do jornal impresso, de até 10 anúncios de “até a antevéspera das eleições” (ou
propaganda eleitoral, por veículo, em datas seja, até 30 de setembro de 2016).
diversas, para cada candidato.
d) Obrigatoriedade do valor da
É autorizada a reprodução virtual inserção.
das páginas do jornal impresso na Deverá constar do anúncio, de
internet, desde que seja feita no sítio do forma visível, o valor pago pela inserção
próprio jornal, independentemente de (art. 43, § 1º, da Lei nº 9.504/97).
seu conteúdo, devendo ser respeitado
integralmente o formato gráfico e o e) Responsabilidade.
conteúdo editorial da versão impressa A inobservância do disposto
(art. 30, § 5º, da Res.-TSE nº 23.457/2015). neste artigo sujeita os responsáveis pelos
veículos de divulgação e os partidos,
O limite de anúncios previsto coligações ou candidatos beneficiados
no caput, será verificado de acordo a multa no valor de R$ 1.000,00 à R$
com a imagem ou nome do respectivo 10.000,00 ou o equivalente ao da
candidato, independentemente de divulgação da propaganda paga, se este
quem tenha contratado a divulgação for maior (art. 43, § 2º, da Lei nº 9.504/97).
da propaganda (art. 30, § 6º, da Res.-
TSE nº 23.457/2015). f) Posicionamento favorável.
Não caracteriza propaganda
eleitoral a divulgação de opinião
favorável a candidato, a partido político

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ou coligação pela imprensa escrita, b) Vedações.


desde que não seja matéria paga, mas Encerrado o prazo para a
os abusos e os excessos, assim como realização das convenções (ou seja,
as demais formas de uso indevido do a partir de 06 de agosto de 2016),
meio de comunicação, serão apurados é vedado às emissoras de rádio e
nos termos do art. 22 da LC nº 64/90 televisão, em sua programação normal
(art. 30, § 4º, da Res.-TSE nº 23.457/2015). e noticiário (art. 45 da Lei nº 9.504/97;
art. 31 da Res.-TSE nº 23.457/2015; Ac.-
g) Colunista de jornal. STF na ADI-MC nº 4.451 – Rel. Min. Ayres
Os colunistas de jornal e Britto – j. 02.09.2010):
revistas, ainda que candidatos, I. transmitir, ainda que sob
não são obrigados a se afastar de a forma de entrevista jornalística,
suas funções e podem continuar imagens de realização de pesquisa
escrevendo, ressalvada a hipótese de ou qualquer outro tipo de consulta
configuração de abuso ou uso indevido popular de natureza eleitoral em que
dos meios de comunicação ou mesmo seja possível identificar o entrevistado
de propaganda eleitoral antecipada ou em que haja manipulação de dados;
(Res.-TSE nº 21.763 – Rel. Min. Fernando II. veicular propaganda política;
Neves – j. 18.05.2004). III. dar tratamento privilegiado a
candidato, partido ou coligação;
15) PROPAGANDA ELEITORAL NO IV. veicular ou divulgar filmes,
RÁDIO E NA TELEVISÃO. novelas, minisséries ou qualquer
a) Forma: horário eleitoral gratuito. outro programa com alusão ou
A propaganda eleitoral no rádio crítica a candidato ou partido político,
e na televisão restringe-se ao horário mesmo que dissimuladamente, exceto
gratuito, sendo terminantemente programa jornalísticos ou debates
proibida a veiculação de propaganda políticos;
paga (art. 44 da Lei nº 9.504/97). V. divulgar nome de programa
que se refira a candidato escolhido em
convenção, ainda que preexistente,

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inclusive se coincidente com o nome do valor de R$ 21.282,00 a R$ 106.410,00,


candidato ou com a variação nominal duplicada em caso de reincidência
por ele adotada. Sendo o nome do (art. 45, § 2º, da Lei nº 9.504/97; art.
programa o mesmo que o do candidato, 31, § 2º, da Res.-TSE nº 23.457/2015),
fica proibida a sua divulgação, sob pena sem prejuízo de aplicação ao partido
de cancelamento do respectivo registro. ou coligação da perda de tempo
equivalente ao dobro do usado na
c) Aplicação das vedações à internet. prática do ilícito, no período do horário
O art. 45, § 3º, da Lei nº 9.504/97 gratuito subsequente, dobrada a cada
– que determinava a aplicação das reincidência, devendo, no mesmo
regras de igualdade de tratamento período, exibir-se a informação de que
dos candidatos “às páginas mantidas a não-veiculação do programa resulta
pelas empresas de comunicação de infração da lei eleitoral (art. 55,
social na internet e demais redes parágrafo único, da Lei nº 9.504/97).
destinadas à prestação de serviços de
telecomunicações de valor adicionado” e) Apresentador ou comentarista.
– foi revogado pela Lei nº 12.034/2009. A partir de 30 de junho de
2016, é vedado às emissoras transmitir
Por consequência, o TSE decidiu programa apresentado ou comentado
que “as regras previstas no art. 45 da por pré-candidato, sob pena, no caso
Lei 9.504/97 não se aplicam aos sítios de sua escolha na convenção partidária,
da internet, pois a norma é dirigida às de imposição da multa prevista no §
emissoras de rádio e televisão” (Recurso 2º e de cancelamento do registro da
em Representação nº 199326 – Rel. Min. candidatura do beneficiário (art. 45, § 1º,
Henrique Neves – j. 19.08.2010). da Lei nº 9.504/97).

d) Sanções.
O descumprimento ao previsto
no art. 45 da Lei nº 9.504/97 sujeita a
emissora ao pagamento de multa no

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16) DEBATES. condicionantes do art. 36-A, inciso I, da Lei


a) Faculdade. nº 9.504/97.
A lei assegura a faculdade de
transmissão, por emissora de rádio ou Para as eleições de 2016, o TSE
televisão, de debates sobre as eleições definiu que o debate, no primeiro turno,
majoritária e proporcional, na forma pode se estender até às 07 horas do
prevista pelo art. 46 da Lei nº 9.504/97. dia 30 de setembro, e, em caso de
segundo turno, não poderá ultrapassar
b) Participação. a meia-noite do dia 28 de outubro (art.
É assegurada, nos debates, 34, IV, da Res.-TSE nº 23.457/2015).
a participação de candidatos dos
partidos com representação superior d) Regras.
a 9 (nove) Deputados Federais, sendo Os debates serão realizados
facultada a dos demais (art. 46, caput, segundo as regras estabelecidas em
da Lei nº 9.504/97; art. 33, § 1º, da Res.- acordo celebrado entre os partidos
TSE nº 23.457/2015). políticos e a pessoa jurídica interessada
na realização do evento, dando-se ciência
Considera-se a representação à Justiça Eleitoral (art. 46, § 4º, da Lei nº
de cada partido político na Câmara dos 9.504/97).
Deputados a resultante na eleição,
ressalvadas as mudanças de filiação Para os debates que se
partidária que não tenham sido realizarem no primeiro turno das
contestadas ou cuja justa causa tenha eleições, serão consideradas aprovadas
sido reconhecida pela Justiça Eleitoral as regras, inclusive as que definam o
(art. 33, § 2º, da Res.-TSE 23.457/2015). número de participantes, que obtiverem
a concordância de pelo menos 2/3 dos
c) Prazo. candidatos aptos no caso de eleição
A lei não estabelece prazo inicial majoritária, e de pelo menos 2/3 dos
para a realização dos debates sobre partidos ou coligações com candidatos
eleições, devendo ser observadas as aptos, no caso de eleição proporcional

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(art. 46, § 5º, da Lei nº 9.504/97). 9.504/97).

São considerados aptos os É admitida a realização de


candidatos filiados a partido político debate sem a presença de candidato
com representação superior a 09 de algum partido político ou de
parlamentares na Câmara dos Deputados coligação, desde que o veículo de
e que tenham requerido o registro de comunicação responsável comprove
candidatura na Justiça Eleitoral (art. 32, § havê-lo convidado com a antecedência
2º, da Res.-TSE nº 23.457/2015). mínima de 72 horas da realização do
debate (art. 46, § 1º, da Lei nº 9.504/97).
Inexistindo acordo, deverão ser
seguidas as regras estabelecidas em lei O horário destinado à realização
(art. 46 da Lei nº 9.504/97): do debate poderá ser destinado à
a) nas eleições majoritárias, pode entrevista de candidato, caso apenas
ser feito em conjunto (estando presentes este tenha comparecido ao evento (art.
todos os candidatos a um mesmo cargo) 34, III, da Res.-TSE nº 23.457/2015).
ou em grupos (com a presença, no
mínimo, de três); Os debates deverão ser parte de
b) nas eleições proporcionais, programação previamente estabelecida
os debates deverão ser organizados e divulgada pela emissora, fazendo-se
de modo que assegurem a presença de mediante sorteio a escolha do dia e da
número equivalente de candidatos de ordem de fala de cada candidato (art. 33, III,
todos os partidos políticos e coligações da Res.-TSE nº 23.457/2015; art. 46, III, da Lei
a um mesmo cargo eletivo, podendo nº 9.504/97).
desdobrar-se em mais de um dia.
e) Sanção.
É vedada a presença de um O descumprimento do disposto
mesmo candidato à eleição proporcional neste artigo sujeitará a empresa
em mais de um debate da mesma infratora à suspensão, por 24 horas,
emissora (art. 46, § 2º, da Lei nº da sua programação e à transmissão a

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cada quinze minutos da informação de A obrigatoriedade estende-se


que se encontra fora do ar por haver às rádios comunitárias (art. 36, § 1º, da
desobedecido à lei eleitoral; em caso Res.-TSE nº 23.457/2015).
de reiteração da conduta, o período da
suspensão será duplicado. (art. 46, § 3º, As emissoras de rádio sob
da Lei nº 9.504/97; art. 35 da Res.-TSE responsabilidade do Senado Federal e
nº 23.457/2015). da Câmara dos Deputados instaladas
em localidades fora do Distrito Federal
17) PROPAGANDA ELEITORAL são dispensadas da veiculação da
GRATUITA NO RÁDIO E NA propaganda eleitoral gratuita (art. 47, §
TELEVISÃO. 9º, da Lei nº 9.504/97; art. 36, § 2º, da
a) Obrigatoriedade das emissoras Res.-TSE nº 23.457/2015).
(alcance da imposição e exceção).
A lei estabelece a b) Forma de exibição: bloco e
obrigatoriedade de veiculação da inserções.
propaganda eleitoral gratuita para as A propaganda eleitoral gratuita
emissoras de rádio e de televisão de deve ser exibida, em rede:
canal aberto (art. 47 da Lei nº 9.504/97) a) na forma de bloco, de segunda
e para as emissoras de televisão que a sábado, para Prefeito (art. 47, § 1º, VI,
operam em VHF e UHF, além dos da Lei nº 9.504/97; art. 37, inciso I, da
canais de televisão por assinatura sob Res.-TSE nº 23.457/2015);
a responsabilidade do Senado Federal, b) na forma de inserções, de
Câmara dos Deputados, Assembleias segunda a domingo, para Prefeito e
Legislativas, Câmara Legislativa do Vereador, na proporção de 60% para
Distrito Federal ou Câmaras Municipais, Prefeito e 40% para vereador (art. 47, §
que são referidos no art. 57 da Lei nº 1º, VII, da Lei nº 9.504/97; art. 37, inciso II,
9.504/97. da Res.-TSE nº 23.457/2015).

A propaganda eleitoral, na forma


de inserção, terá duração total de 70

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minutos diários (inclusive aos domingos), com clareza, o período de sua realização e
sendo que as veiculações terão a margem de erro, não sendo obrigatória a
tempo de 30 e 60 segundos, sendo menção aos concorrentes, desde que o modo
distribuídas, ao longo da programação, de apresentação dos resultados não induza
entre as cinco e vinte e quatro horas o eleitor em erro quanto ao desempenho do
(art. 51, caput, da Lei nº 9.504/97), em candidato em relação aos demais (art. 57 da
blocos distintos de audiência (inciso III). Res.-TSE nº 23.457/2015).
Somente serão exibidas as inserções
de televisão nos municípios em que c) Termo inicial e final do horário
houver estação geradora de serviços eleitoral gratuito.
de radiodifusão de sons e imagens (47, A veiculação de propaganda no
§ 1º-A, da Lei nº 9.504/97). horário eleitoral gratuito, no primeiro turno,
ocorre no período compreendido entre 26
Na veiculação das inserções, é de agosto a 29 de setembro de 2016 (art.
vedada: 37, caput, da Res.-TSE nº 23.457/2015).
a) a divulgação de mensagens que
possam degradar ou ridicularizar candidato, No segundo turno, o horário
partido ou coligação (art. 51, inciso IV, da Lei eleitoral gratuito terá início 48 horas
nº 9.504/97); após a proclamação provisória
b) a veiculação de inserções dos resultados do primeiro turno
idênticas no mesmo intervalo de estendendo-se até o dia 28 de outubro
programação, exceto se o número de de 2016 (art. 41 da Res.-TSE 23.457/2015).
inserções de que dispuser o partido
exceder os intervalos disponíveis, sendo d) Distribuição do tempo: critérios,
vedada a transmissão em sequência para substituição de candidatos e tempo
o mesmo partido político (art. 51, parágrafo remanescente.
único, da Lei nº 9.504/97). A distribuição do tempo para
a veiculação da propaganda eleitoral
Na divulgação de pesquisas no gratuita observará os seguintes
horário eleitoral gratuito devem ser informados, critérios (art. 47, § 2º, da Lei nº 9.504/97):

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90% proporcionalmente ao número Havendo segundo turno, o


de representantes na Câmara dos tempo de cada período diário será
Deputados, considerados, no caso de dividido igualitariamente entre os
coligação para eleições majoritárias, candidatos (art. 49, § 2º, da Lei nº
o resultado da soma do número 9.504/97; art. 41, § 1 º, da Res.-TSE nº
de representantes dos 06 maiores 23.457/2015).
partidos que a integrem e, no caso de
eleições proporcionais, o resultado da Se o candidato a Prefeito deixar
soma do número de representantes de concorrer, em qualquer etapa do
de todos os partidos que a integrem pleito, e não havendo substituição, será
(inciso I); 10% igualitariamente (inciso II). feita nova distribuição do tempo entre
os candidatos remanescentes (art. 39,
Para efeito do disposto do art. § 3º, da Res.-TSE nº 23.457/2015).
47, a representação de cada partido na
Câmara dos Deputados é a resultante e) Ordem de veiculação da
da eleição (art. 47, § 3º, da Lei nº 9.504/97). propaganda gratuita.
Em havendo fusão ou incorporação, A ordem de veiculação da
o número de representantes de propaganda de cada partido ou
partido corresponderá à soma dos coligação, no primeiro dia do horário
representantes que os partidos de eleitoral gratuito, será estabelecida
origem possuíam na data da eleição mediante sorteio da Justiça Eleitoral, a
(art. 47, § 4º, da Lei nº 9.504/97). ser realizado até 19 de agosto de 2016 (art.
50 da Lei nº 9.504/97; art. 38, parágrafo
Aos partidos e coligações que único, da Res.-TSE nº 23.457/2015). A
obtiverem direito a parcela do horário partir de então, a cada dia que se seguir,
eleitoral inferior a 30 segundos, será a propaganda veiculada por último, na
assegurado o direito de acumulá-lo véspera, será a primeira, apresentando-
para uso em tempo equivalente (art. 47, se as demais na ordem do sorteio (art. 50
§ 6º, da Lei nº 9.504/97). da Lei nº 9.504/97).

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f) Municípios sem emissora de pelo menos uma emissora (art. 40, § 5º,
televisão. da Res.-TSE nº 23.457/2015). Os partidos,
Nos Municípios em que não as coligações e os candidatos serão
houver emissora de rádio e televisão, responsáveis pelo transporte e entrega
será garantida aos partidos políticos das mídias que contêm a propaganda
participantes do pleito a veiculação eleitoral na sede da emissora geradora
de propaganda eleitoral gratuita nas localizada em outro município (art. 40, §
localidades aptas à realização do 8º, da Res.-TSE nº 23.457/2015).
segundo turno das eleições e nas quais
seja operacionalmente viável realizar a g) Do plano de mídia.
retransmissão (art. 48, caput, da Lei nº A partir do dia 15 de agosto do ano
9.504/97). de 2016, os Juízes Eleitorais convocarão
os partidos e a representação das
A maioria dos órgãos municipais emissoras de televisão para elaborarem
de direção dos partidos participantes plano de mídia, para o uso da parcela do
do pleito poderá requerer ao TRE, até horário eleitoral gratuito a que tenham
15 de agosto de 2016, a veiculação da direito, garantida a todos participação
propaganda em rede pelas emissoras nos horários de maior e menor audiência
que os atingem (art. 40, § 1º, da Res.- (art. 52 da Lei nº 9.504/97).
TSE nº 23.457/2015). O TRE efetuará,
até 17 de agosto de 2016, a indicação h) Da entrega e da conservação dos
das emissoras que transmitirão a mapas de mídia e das fitas.
propaganda dos candidatos para cada As mídias com as gravações
município requerente, de acordo com da propaganda eleitoral no rádio e na
a orientação da maioria dos órgãos televisão serão entregues às emissoras,
regionais dos partidos envolvidos (art. com antecedência mínima:
40, § 2º, da Res.-TSE nº 23.457/2015). Ao a) de 06 horas do horário
município no qual esteja localizada a previsto para o início da transmissão,
antena transmissora, ficar assegurada no caso de programas em rede;
a transmissão do programa eleitoral em b) de 12 horas do horário

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previsto para a transmissão, no caso as pessoas autorizadas a entregar os


das inserções (art. 47, § 8º, da Lei nº mapas e as mídias, comunicando eventual
9.504/97). Por ocasião da elaboração substituição com 24 horas de antecedência
do plano de mídia, as emissoras, os (art. 44, § 1º, da Res.-TSE nº 23.457/2015).
partidos e as coligações poderão As emissoras estarão desobrigadas do
acordar outros prazos, sob a supervisão recebimento de mapas de mídia e material
do Juiz Eleitoral (art. 45, parágrafo único, que não forem encaminhados pelas
da Res.-TSE nº 23.457/2015). pessoas credenciadas (art. 44, § 6º, da
Res.-TSE nº 23.457/2015).
Os mapas de mídia deverão ser
entregues às emissoras, em regra, até Os programas de propaganda
às 14 horas da véspera da apresentação eleitoral gratuita deverão ser gravados
do programa (art. 44, § 3º, da Res.-TSE em meio de armazenamento compatível
nº 23.457/2015); nas transmissões de com as condições técnicas da emissora
sábados, domingos e segundas, os mapas geradora (art. 46, caput, da Res.-TSE nº
devem ser apresentados até às 14 horas 23.457/2015).
da sexta-feira imediatamente anterior (art.
44, § 4º, da Res.-TSE nº 23.457/2015). As gravações deverão ser
conservadas pelo prazo de 20 dias
O descumprimento dos prazos depois de transmitidas pelas emissoras
estabelecidos para entrega do mapa de até 1 quilowatt e pelo prazo de 30
de mídia exime as emissoras da dias pelas demais (art. 50, caput, da
responsabilidade da transmissão do Res.-TSE nº 23.457/2015).
programa em desacordo com os mapas
apresentados (art. 44, § 5º, da Res.-TSE Caso a mídia não seja entregue
nº 23.457/2015). no prazo ou não apresente condições
técnicas de veiculação, deverá ser
Os partidos e coligações deverão retransmitido, no horário reservado
comunicar à emissora responsável pela a esse partido ou coligação, o último
geração, até o dia 25 de agosto de 2016, programa ou inserção entregue (art. 49,

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caput, da Res.-TSE nº 23.457/2015) e, não j) Utilização do tempo exclusivamente


havendo programa entregue, será levada para cada sistema eleitoral.
ao ar a informação de que o horário está É vedado aos partidos políticos e
reservado para a propaganda eleitoral às coligações incluir no horário destinado
do referido partido ou coligação (art. 49, aos candidatos às eleições proporcionais
§ 1º, da Res.-TSE nº 23.457/2015). propaganda das candidaturas às eleições
majoritárias, ou vice-versa, ressalvada
O material da propaganda a utilização, durante a exibição do
eleitoral deverá ser retirado das programa, de legendas com referência
emissoras 60 dias após a respectiva aos candidatos majoritários ou, ao
divulgação, sob pena de destruição (art. fundo, de cartazes ou fotografias desses
102 da Res.-TSE nº 23.457/2015). candidatos (art. 53-A, caput, da Lei nº
9.504/97).
i) Da falta ou excesso de tempo na
gravação veiculada. É facultada a inserção de
Se a duração do programa depoimento de candidatos a eleições
ultrapassar o tempo estabelecido (seja proporcionais no horário da propaganda
transmissão por bloco ou inserção), terá das candidaturas majoritárias e vice-
a sua parte final cortada (art. 49, §§ 2º e versa, registrados sob o mesmo partido
3º, da Res.-TSE nº 23.457/2015). ou coligação, desde que o depoimento
consista exclusivamente em pedido de
Caso a propaganda em bloco voto ao candidato que cedeu o tempo
tenha duração insuficiente, o tempo (art. 53-A, § 1º, da Lei nº 9.504/97).
será complementado pela emissora
geradora com a veiculação dos Fica vedada a utilização
seguintes dizeres ‘Horário reservado à da propaganda de candidaturas
propaganda eleitoral gratuita’ (art. 49, § proporcionais como propaganda de
1º, da Res.-TSE nº 23.457/2015). candidaturas majoritárias e vice-versa
(art. 53-A, § 2º, da Lei nº 9.504/97).

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O partido político ou a coligação Será permitida a veiculação de


que não observar a regra contida entrevistas com o candidato e de cenas
neste artigo perderá, em seu horário de externas nas quais ele, pessoalmente,
propaganda gratuita, tempo equivalente exponha: realizações de governo
no horário reservado à propaganda ou da administração pública; falhas
da eleição disputada pelo candidato administrativas e deficiências verificadas
beneficiado (art. 53-A, § 3º, da Lei nº em obras e serviços públicos; atos
9.504/97). parlamentares e debates legislativos
(art. 54, § 2º, da Lei nº 9.504/97).
k) Participação de filiados a outros
partidos e mediante remuneração. No segundo turno das eleições
Dos programas de rádio e televisão não será permitida, nos programas de
destinados à propaganda eleitoral que trata este artigo, a participação
gratuita de cada partido ou coligação só de filiados a partidos que tenham
poderão aparecer: formalizado o apoio a outros candidatos
a) os candidatos; (art. 54, § 1º, da Lei nº 9.504/97).
b) os apoiadores dos candidatos;
c) os candidatos referidos no l) Uso da imagem do candidato ou
§ 1º do art. 53-A da Lei nº 9.504/97 (que militante.
poderão dispor de até 25% do tempo de É permitido ao partido político
cada programa ou inserção). utilizar na propaganda eleitoral de
seus candidatos em âmbito regional,
A aparição regrada pelo art. inclusive no horário eleitoral gratuito,
54 da Lei nº 9.504/97 pode ocorrer a imagem e a voz de candidato ou
em “gravações internas e externas” e militante de partido político que integre
através de “caracteres com propostas, a sua coligação em âmbito nacional (art.
fotos, jingles, clipes com música ou 45, § 6º, da Lei nº 9.504/97).
vinhetas, inclusive de passagem, com
indicação do número do candidato ou
do partido”.

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m) Vedações no horário eleitoral n) Suspensão da programação da


gratuito. emissora.
Na propaganda eleitoral gratuita, A requerimento de partido,
é vedado ao partido, coligação ou coligação ou candidato, a Justiça Eleitoral
candidato, transmitir, ainda que sob poderá determinar a suspensão, por
forma de entrevista jornalística, imagens vinte e quatro horas, da programação
de realização de pesquisa ou qualquer normal de emissora que deixar de
outro tipo de consulta popular de cumprir as disposições desta Lei sobre
natureza eleitoral em que seja possível propaganda (art. 56, caput, da Lei nº
identificar o entrevistado ou em que haja 9.504/97).
manipulação de dados, assim como usar
trucagem, montagem ou outro recurso No período da suspensão, a
de áudio ou vídeo que, de qualquer emissora transmitirá, a cada quinze
forma, degrade ou ridicularize candidato, minutos, a informação de que se encontra
partido ou coligação, ou produzir ou fora do ar por ter desobedecido à lei
veicular programa com esse efeito (art. eleitoral; em caso de reiteração da conduta,
55 da Lei nº 9.504/97; art. 54 da Res.-TSE o período de suspensão será duplicado
nº 23.457/2015). (art. 56, §§ 1º e 2º, da Lei nº 9.504/97).

A sanção pela inobservância o) Corte, censura e degradação ou
desta regra sujeitará o partido político ridicularização de candidatos.
ou a coligação à perda de tempo Não serão admitidos cortes
equivalente ao dobro do usado na instantâneos ou qualquer tipo de
prática do ilícito, no período do horário censura prévia nos programas
gratuito subseqüente, dobrada a cada eleitorais gratuitos (art. 53, caput, da Lei
reincidência, devendo, no mesmo nº 9.504/97).
período, exibir-se a informação de que
a não-veiculação do programa resulta É vedada a veiculação de
de infração da lei eleitoral (art. 55, propaganda que possa degradar ou
parágrafo único, da Lei nº 9.504/97). ridicularizar candidatos, sujeitando-se o

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partido ou coligação infratores à perda 9.504/97).


do direito à veiculação de propaganda
no horário eleitoral gratuito do dia r) Emissora sem autorização para
seguinte (art. 53, § 1º, da Lei nº 9.504/97). funcionamento.
Será punida, nos termos do § 1º do art.
Sem prejuízo do disposto no § 1º, 37, a emissora que, não autorizada a funcionar
a requerimento de partido, coligação ou pelo poder competente, veicular propaganda
candidato, a Justiça Eleitoral impedirá a eleitoral (art. 44, § 3º, da Lei nº 9.504/97).
reapresentação de propaganda ofensiva
à honra de candidato, à moral e aos bons s) Compensação fiscal.
costumes (art. 53, § 2º, da Lei nº 9.504/97). As emissoras de rádio e televisão
terão direito à compensação fiscal pela
p) Obrigatoriedade da LIBRAS e cedência do horário gratuito previsto
recursos de legenda. na lei das eleições (art. 99, caput, da Lei
A propaganda eleitoral gratuita nº 9.504/97).
na televisão deverá utilizar a Linguagem
Brasileira de Sinais – LIBRAS ou o t) Televisão por assinatura.
recurso de legenda, que deverão Aos canais de televisão por
constar obrigatoriamente do material assinatura não compreendidos no caput
entregue às emissoras (art. 44, § 1º, da do art. 57 da Lei nº 9.504/97 será vedada
Lei nº 9.504/97). a veiculação de qualquer propaganda
eleitoral, salvo a retransmissão integral
q) Vedação à promoção de marca ou do horário eleitoral gratuito e a
produto. realização de debates, observadas as
No horário reservado para a disposições legais (art. 93, parágrafo
propaganda eleitoral, não será permitida único, da Res.-TSE nº 23.457/2015).
a utilização comercial ou propaganda
realizada com a intenção, ainda que
disfarçada ou subliminar, de promover
marca ou produto (art. 44, § 2º, da Lei nº

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18) PROPAGANDA ELEITORAL NA Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou


INTERNET. indiretamente, em provedor de serviço de
a) Prazo. internet estabelecido no País;
A propaganda eleitoral na II. em sítio do partido ou da coligação,
internet somente é permitida a partir do com endereço eletrônico comunicado à
dia 16 de agosto do ano da eleição (art. Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou
57-A da Lei nº 9.504/97), sendo possível indiretamente, em provedor de serviço de
a sua manutenção – no site (eleitoral, internet estabelecido no País;
interativo ou social), blog ou outros III. por meio de mensagem
meios eletrônicos de comunicação do eletrônica para endereços cadastrados
candidato ou no site do partido – até o gratuitamente pelo candidato, partido ou
dia do pleito, inclusive. coligação;
Com efeito, não se aplica a IV. por meio de blogs, redes sociais,
vedação constante no parágrafo sítios de mensagens instantâneas e
único do art. 240 do Código Eleitoral assemelhados, cujo conteúdo seja gerado
à propaganda eleitoral veiculada ou editado por candidatos, partidos ou
gratuitamente na internet, no sítio coligações ou de iniciativa de qualquer
eleitoral, blog, sítio interativo ou pessoa natural.
social, ou outros meios eletrônicos de
comunicação do candidato, ou no sítio c) Liberdade de manifestação do
do partido, nas formas prevista no art. pensamento.
57-B da Lei nº 9.504/97 (art. 4º, parágrafo A livre manifestação do
único, da Res.-TSE nº 23.457/2015). pensamento do eleitor identificado
na internet somente é passível de
b) Formas permitidas. limitação quando ocorrer ofensa à
A propaganda eleitoral na internet honra de terceiros ou divulgação de
é permitida nas seguintes formas (art. 57-B fatos sabidamente inverídicos (art. 21,
da Lei nº 9.504/97): § 1º, da Res.-TSE nº 23.457/2015). Essa
I. em sítio do candidato, com liberdade de pensamento é extensiva às
endereço eletrônico comunicado à manifestações ocorridas antes da data

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do início da propaganda eleitoral, ainda e) Vedação no uso, doação ou


que dela conste mensagem de apoio ou cessão de cadastro eletrônico das
crítica a partido político ou a candidato, fontes vedadas.
próprias do debate político e democrático São vedadas às pessoas
(art. 21, § 2º, da Res.-TSE nº 23.457/2015). relacionadas no art. 24 da Lei nº
9.504/97, a utilização, doação ou cessão
d) Formas vedadas. de cadastro eletrônico de seus clientes,
Na internet, é vedada: em favor de candidatos, partidos ou
a) a veiculação de qualquer tipo de coligações (art. 57-E, caput, da Lei nº
propaganda eleitoral paga (art. 57-C, caput, 9.504/97).
da Lei nº 9.504/97);
b) ainda que gratuitamente, a É proibida a venda de cadastro de
veiculação de propaganda eleitoral na endereços eletrônicos (art. 57-E, § 1º, da Lei
internet em sites de pessoas jurídicas, com nº 9.504/97).
ou sem fins lucrativos, e sites oficiais ou A violação ao disposto neste
hospedados por órgãos ou entidades da artigo sujeita o responsável pela
administração pública direta ou indireta da divulgação da propaganda e, quando
União, Estados, Distrito Federal e Municípios comprovado seu prévio conhecimento,
(art. 57-C, § 1º, da Lei nº 9.504/97). o beneficiário á multa no valor de
R$5.000,00 a R$30.000,00 (art. 57-E,
A não-observância das regras § 2º, da Lei nº 9.504/97).
estabelecidas no art. 57-C, caput, e § 1º
sujeita o responsável pela divulgação f) Vedação do anonimato e direito de
e, quando comprovado seu prévio resposta.
conhecimento, o beneficiário à multa no O art. 57-D, caput, da Lei nº
valor de R$ 5.000,00 à R$ 30.000,00 9.504/97:
(art. 57-C, § 2º, da Lei nº 9.504/97). a) prevê a livre manifestação do
pensamento, vedado o anonimato;
b) assegura o direito de resposta
(nos termos das alíneas a, b e c do inciso

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IV do § 3º do art. 58 e do art. 58-A da Lei h) Propaganda com atribuição de


nº 9.504/97). autoria indevida a terceiro.
Quem realizar propaganda
O § 2º do art. 57-D da Lei nº eleitoral na internet atribuindo
9.504/97 estatui que a violação do disposto indevidamente sua autoria a terceiro,
neste artigo sujeitará o responsável pela inclusive a candidato, partido ou
divulgação da propaganda e, quando coligação, sem prejuízo das demais
comprovado se prévio conhecimento, sanções cabíveis, fica sujeito a uma
o beneficiário à multa no valor de R$ pena de multa entre R$ 5.000,00 e R$
5.000,00 a R$ 30.000,00. 30.000,00 (art. 57-H da Lei nº 9.504/97).

g) Mensagens eletrônicas. i) Provedor de conteúdo e de serviço.


As mensagens eletrônicas Aplicam-se ao provedor
enviadas por candidato, partido ou de conteúdo e de serviços
coligação, por qualquer meio, deverão de multimídia que hospeda a
dispor de mecanismo que permite seu divulgação da propaganda de
descadastramento pelo destinatário, candidato, partido ou coligação
obrigando o remetente a providenciá-lo as penalidades previstas nesta
no prazo de quarenta e oito horas (art. Lei se, no prazo determinado pela
57-G da Lei nº 9.504/97). Justiça Eleitoral, contado a partir
da notificação de decisão sobre a
Mensagens eletrônicas enviadas existência de propaganda irregular,
após o término do prazo previsto não tomar as providências para a
no caput sujeitam os responsáveis cessação dessa divulgação (art.
ao pagamento de multa no valor de 57-F, caput, da Lei nº 9.504/97).
R$ 100,00 por mensagem (art. 57-G,
parágrafo único, da Lei nº 9.504/97). O provedor de conteúdo ou de
serviços multimídia só será responsável
pela divulgação da propaganda
se a publicação do material for

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comprovadamente de seu prévio nº 9.504/97).


conhecimento (art. 57-F, parágrafo
único, da Lei nº 9.504/97). O período de suspensão será
duplicado em caso de reiteração da
O prévio conhecimento poderá conduta (art. 57-I, § 1º, da Lei nº 9.504/97).
ser demonstrado, sem prejuízo dos
demais meios de prova, “por meio 19) PROPAGANDA ELEITORAL NO
de cópia de notificação, diretamente DIA DA ELEIÇÃO.
encaminhada e entregue pelo O art. 39, § 5º, da Lei nº 9.504/97
interessado ao provedor de internet, prevê como crime, no dia da eleição:
na qual deverá constar, de forma clara a) a arregimentação de eleitor;
e detalhada, a propaganda por ela b) a propaganda boca de urna;
considerada irregular” (art. 26, § 2º, da c) a divulgação de qualquer
Res.-TSE nº 23.457/2015 do TSE). espécie de propaganda de partidos
políticos ou seus candidatos, mediante
j) Suspensão do acesso ao conteúdo publicações, cartazes, camisas, bonés,
do site. broches ou dísticos em vestuário.
A Justiça Eleitoral poderá
determinar a suspensão, por vinte e quatro No entanto, “é permitida, no dia
horas, do acesso de todo o conteúdo das eleições, a manifestação individual e
informativo dos sítios da internet que silenciosa de preferência de vontade do
deixarem de cumprir as disposições desta eleitor por partido político, coligação ou
Lei (art. 57-I, caput, da Lei nº 9.504/97). candidato, relevada exclusivamente pelo uso
de bandeiras, broches, dísticos e adesivos”
No período da suspensão a (art. 39-A, caput, da Lei nº 9.504/97).
empresa informará, a todos os usuários
que tentarem acessar seus serviços, É igualmente vedada, no dia
que se encontra temporariamente do pleito, a aglomeração de pessoas
inoperante por desobediência à portando vestuário padronizado, bem
legislação eleitoral (art. 57-I, § 2º, da Lei como os instrumentos de propaganda

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referidos no caput, de modo a previsto no inciso III do § 5º do art. 39 da


caracterizar manifestação coletiva, com Lei nº 9.504/1997 (art. 14, § 7º, da Res.-
ou sem utilização de veículos (art. 39-A, TSE nº 23.457/2015).
§ 1º, da Lei nº 9.504/97).

No recinto das seções eleitorais


e juntas apuradoras, é proibido aos
servidores da Justiça Eleitoral, aos
mesários e aos escrutinadores o uso
de vestuário ou objeto que contenha
qualquer propaganda de partido
político, coligação ou candidato (art. 39-
A, § 2º, da Lei nº 9.504/97).

Aos fiscais dos partidos, nos


trabalhos de votação, só é permitido
que, em seus crachás, constem o nome
e a sigla do partido político ou coligação
a que sirvam, vedada a padronização
do vestuário (art. 39-A, § 3º, da Lei nº
9.504/97).

O derrame ou a anuência com o


derrame de material de propaganda no
local de votação ou nas vias próximas,
ainda que realizado na véspera da
eleição, configura propaganda irregular,
sujeitando-se o infrator à multa prevista
no § 1º do art. 37 da Lei nº 9.504/1997,
sem prejuízo da apuração do crime

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ANOTAÇÕES:

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ANOTAÇÕES:

39
GABINETE DE ASSESSORAMENTO ELEITORAL
COORDENAÇÃO: RODRIGO LÓPEZ ZILIO
ASSESSORIA: JONIO BRAZ PEREIRA

FONE: (51) 3295.1461 | (51) 3295.1205


E-MAIL: [email protected]
PÁGINA NA INTRANET: http://intra.mp.rs.gov.br/subinst/gael
ENDEREÇO: AV. AURELIANO DE FIGUEIREDO PINTO, Nº80,
13º ANDAR, TORRE NORTE | PRAIA DE BELAS - PORTO
ALEGRE | CEP: 90050-190

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