Ficha 5 - Direito Administrativo - Atos Administrativos - 14062022

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Ficha 5 – direito administrativo – atos administrativos – 30 minutos

1 – ATOS ADMINISTRATIVOS

1.1 - podemos conceituar atos administrativos como toda declaração unilateral de


vontade do Estado, ou de quem lhe faça as vezes, que visa criar, modificar,
extinguir e confirmar relações jurídicas, feita sob o regime jurídico administrativo e
que visa atender, direta ou indiretamente, o interesse público.

2 – fato administrativo

2.1 - Para MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO, tem-se por FATO ADMINISTRATIVO: “
todo e qualquer comportamento que produz efeitos no campo do direito
administrativo, como, por exemplo, a morte de um funcionário, que produz a vacância
de seu cargo, o decurso do tempo, que produz a prescrição administrativa etc.”

3 – outras diferenças entre ato e fato administrativo

a) atos administrativos podem ser anulados e revogados, já os fatos administrativos


não;

b) os atos administrativos gozam de atributos diferenciados, como a presunção de


legitimidade, de veracidade, a imperatividade, já os fatos administrativos não possuem
esses atributos.

4 - São elementos ou requisitos do ato administrativo: (mnemônico FF.COM)

a) forma.

b) finalidade.

c) competência.

d) objeto.

e) motivo.

4.1 – competência - A competência está ligada a quem possui a atribuição legal para
agir, para praticar o ato. Como se sabe, a Administração, em razão do princípio da
legalidade, só pode agir se existir uma lei autorizando ou determinando a conduta.

4.1.2 - A competência é:
a) irrenunciável;
b) inderrogável;
c) imprescritível e
d) de exercício obrigatório.
4.1.3 - Em regra, qualquer competência pode ser deslocada por delegação.
Normalmente, a delegação é vertical do superior para seu subordinado, decorrendo da
relação de hierarquia. Contudo, a Lei n. 9.784/99, que trata do processo administrativo,
permite delegação horizontal, que consiste no compartilhamento de delegações entre
dois agentes de mesmo nível hierárquico.

4.1.4 - A competência é sempre um ELEMENTO VINCULADO, pois o comportamento


administrativo deve estar pautado na lei.

4.1.5 - Alguns VÍCIOS ligados ao elemento competência podem afetar a validade do


ato:

a) O primeiro deles é o EXCESSO DE PODER que ocorre quando o agente ultrapassa os


limites legais de sua competência, passando a desenvolver atividade sem o amparo
legal.

b) Há ainda a USURPAÇÃO DE FUNÇÃO, que, inclusive, constitui crime previsto no


art. 328 do Código Penal. Ato inexistente.

4.2 - Forma

4.2.1 - A forma está ligada ao revestimento externo do ato, ou, por outras palavras,
como o ato será externado. A regra é a forma escrita, em homenagem ao princípio
da solenidade.

4.2.2 - Segundo a doutrina majoritária, a forma também é sempre um ELEMENTO


VINCULADO do ato administrativo.

4.3 - Motivo

4.3.1 - O motivo está relacionado aos pressupostos de fato e de direito que


embasaram a prática do ato. É o que impulsiona o agente a agir. Registre-se que o
motivo tanto pode ser vinculado como discricionário, a depender da natureza do ato
administrativo.

4.3.2 - Não se deve confundir motivo – elemento do ato administrativo – com


motivação, que é a explicitação linguística dos motivos quando da formalização do
ato.

4.3.3 - Todo ato possui motivo, porém nem sempre será necessária a sua
apresentação. A título de exemplo, o art. 50 da Lei 9.784/1999 informa quais atos
precisam ser motivados, ou seja, casos em que é necessário explicitar a motivação.

Vejamos o que enuncia o referido dispositivo legal:

“Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação


dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
I – neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

II– imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;

III – decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;

IV – dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;

V– decidam recursos administrativos;

VI – decorram de reexame de ofício;

VII – deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou


discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;

VIII – importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato


administrativo.

4.3.4 – motivação aliunde – é quando a motivação do ato administrativo se resumir a


uma mera declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres,
informações, decisões ou propostas, que, nesse caso, serão parte integrante daquele,
trata-se tecnicamente da chamada MOTIVAÇÃO ALIUNDE.

4.3.5 – para a “TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES”, de origem Francesa, os


motivos atribuídos para a prática de um ato se vinculam à sua validade, de forma
que, se estes forem falsos ou inexistentes, fulminada estará a validade do ato. Ex: nos
atos discricionários, em que o administrador, não precisa explicitar a motivação do ato,
mas se o fizer ficará vinculado aos motivos apresentados.

4.4 - Objeto

4.4.1 - Objeto, também denominado de conteúdo por alguns autores, é o que o ato
cria, enuncia, declara, modifica, extingue na gestão administrativa. É a alteração
no mundo jurídico que o ato administrativo se propõe a processar. É o efeito
imediato do ato.

4.4.2 – diferença entre objeto e formas de manifestação dos objetos

a) são objetos: a licença, a autorização e a multa, pois criam e restringem relações


jurídicas.

b) Já o alvará e o auto de infração são as formas de manifestação desses objetos.

4.4.3 - O objeto, da mesma forma que o motivo, pode ser vinculado ou discricionário,
a depender do ato.

4.5 - Finalidade
4.5.1 - A finalidade nada mais é do que o objetivo de interesse público a atingir.

4.5.2 - Segundo Di Pietro, a finalidade pode ser analisada sob dois sentidos: um
amplo e um restrito:

Em SENTIDO AMPLO: a finalidade corresponde à consecução de um resultado de


interesse público; nesse sentido, se diz que o ato administrativo tem que ter
finalidade pública.

Em SENTIDO RESTRITO: finalidade é o resultado específico que cada ato deve


produzir, conforme definido na lei; nesse sentido, se diz que a finalidade do ato
administrativo é sempre a que decorre explícita ou implicitamente da lei.

4.5.3 - A finalidade é sempre um elemento vinculado, pois não se admite a busca de


outro interesse que não o público. Consequentemente, caso haja vício no elemento
finalidade, este NÃO é passível de convalidação, devendo ser anulado e outro legítimo
ser praticado.

4.5.4 - O vício mais comum no elemento finalidade é o DESVIO DE FINALIDADE ou DE


PODER que ocorre quando o agente, apesar de competente para a prática do ato, o faz
buscando alcançar outro interesse que não o público.

5 – ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO

a) presunção de legitimidade,

b) presunção de veracidade,

c) imperatividade,

d) autoexecutoriedade,

e) tipicidade.

5.1 - por conta da presunção de legitimidade, é possível a imediata execução d o a t o


ou operatividade, mesmo que arguidos vícios ou defeitos que os levem à invalidade.

5.2 - A IMPERATIVIDADE ou PODER EXTROVERSO é o atributo ou qualidade que tem o


condão de constituir terceiros em obrigações, independentemente de seu
consentimento.

5.2.1 - Nem todos os atos administrativos gozam do atributo da imperatividade. Apenas


o terão os atos que objetivam a criação de obrigações, pois a qualidade diferenciada
do ato é justamente a imposição destas independentemente da vontade de terceiros.

5.2.2 - os atos constitutivos de direitos, como, por exemplo, licenças, autorizações,


permissões, não gozam desse atributo.
5.3 – autoexecutoriedade

5.3.1 - não são todos os atos administrativos que gozam desse atributo, mas apenas
aqueles cuja violação do interesse público que se pretende impedir for iminente.

5.4 – TIPICIDADE

5.4.1 - o atributo da tipicidade significa que o ato administrativo deve corresponder


a figuras definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados
resultados. Para cada finalidade que a Administração pretende alcançar existe um ato
definido em lei.

6 - classificação dos atos administrativos.

6.1 - Os atos administrativos, quanto à FORMA, podem ser:

a) ato simples – basta uma única manifestação de vontade. Essa manifestação


pode ser singular (única autoridade) ou colegiada.

b) ato compostos - duas manifestações de vontade no mesmo órgão, em patamar


de desigualdade. A primeira é principal e a segunda é secundária.

c) atos complexos – duas manifestações de vontade, em órgãos diferentes, em


patamar de igualdade. Ex. nomeação de dirigente de agência reguladora, concessão de
aposentadoria.

6.2 - quanto aos EFEITOS, os atos podem ser:

a) atos normativos – trata-se de exercício de poder regulamentar ou normativo. Traz


um comando geral para concreta aplicação da lei. E x : Regulamentos regimentos,
deliberações, resoluções.

b) atos ordinatórios – exercício de poder hierárquico. Visa disciplinar o funcionamento


da Administração e a conduta funcional dos agentes. Escalonar. Estruturar. Organizar.
Instruções, circulares, ordens de serviço.

c) atos negociais – manifestação de vontade da Administração coincidente com a


pretensão do particular. Ex. Licença, autorização, permissão de uso.

d) atos enunciativos – limita-se a certificar, atestar ou emitir uma opinião. Ex. certidão,
atestado, parecer.

e) atos punitivos – contém uma pena, sanção. Pune as infrações administrativas e os


comportamentos irregulares dos servidores ou particulares. Pode revelar o exercício
do poder de polícia ou disciplinar.
f) atos ad nutum: são atos que, em tese, seriam motivados, mas a lei expressamente
autoriza sua prática sem a motivação. Ex.: destituição exoneração do agente
comissionado. Apesar do ato ad nutum não exigir motivação, poderá ser
espontaneamente motivado. No entanto, neste caso, a validade do ato dependerá
daquilo que foi motivado.

Quando os motivos determinantes do ato forem inverídicos ou inexistentes, o ato ad


nutum será nulo por ilegalidade de motivação, conforme a teoria dos motivos
determinantes.

7 - EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO

7.1 - O ato administrativo pode ser extinto por vários motivos diferentes. De acordo
com Celso Antônio Bandeira de Mello, pode o ato ser extinto por:

a) cumprimento de seus efeitos;

b) desaparecimento do sujeito ou objeto;

c) por retirada.

7.1.2 - a RETIRADA é quando o ato é expulso do ordenamento jurídico por um outro


ato administrativo ou por incompatibilidade deste com norma superveniente de maior
hierarquia.

A retirada pode se concretizar por:

a) anulação;
b) revogação;
c) cassação;
d) caducidade;
e) contraposição;

7.2 - A ANULAÇÃO é a forma de controle interno em que a Administração extingue o


ato em razão de ele possuir vícios de legalidade. Não significa apenas inobservância à
lei. Em verdade, está acobertada pela ilegalidade toda violação à lei, princípios
constitucionais, regulamentos, editais etc.

7.2.1 - A anulação, por ser forma de extinção do ato por motivo de ilegalidade, além de
poder ser feita pela Administração, também poderá ser feita pelo Poder Judiciário.

7.2.2 - Registramos oportunamente que o art. 54 da Lei 9.784/1999 estabelece que:

“o direito da Administração de anular os atos administrativos de que


decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos,
contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé”.
Isso significa que o poder de anulação do ato não é ilimitado, sendo
impassível de invalidação em razão do obstáculo da segurança jurídica.

7.2.3 - a anulação gera efeitos retroativos, EX TUNC.

7.3 - A REVOGAÇÃO é a outra manifestação da autotutela em que o ato é extinto por


perda da conveniência e oportunidade em sua manutenção.

7.3.1 - NÃO podem ser revogados:

- atos ilícitos (já que estes devem ser anulados)

- atos materiais;

- atos que já produziram os seus efeitos;

- atos que geraram direitos adquiridos.

7.3.2 - a revogação gera efeitos EX NUNC não retroativos, pois o ato revogado era
válido e legal, sendo sua extinção baseada exclusivamente por perda superveniente da
conveniência e oportunidade.

8 - Controle sobre atos administrativos.

O Brasil adotou o modelo inglês de jurisdição una, privativa do Poder Judiciário, que
pode, como regra, rever atos e decisões administrativas dos demais Poderes (princípio
da inafastabilidade), pois, em regra, só a decisão judiciária de mérito é definitiva,
repercutindo além dos autos.

Difere-se do modelo francês, que reconhece a dupla jurisdição, a judicial e a


administrativa, conferindo a cada qual a exclusividade sobre certas matérias, proferindo
ambas decisões com definitividade.

9 - A teoria do devido processo legal substantivo permite um controle externo pelo


Judiciário sobre a discricionariedade administrativa a partir de critérios de razoabilidade
e proporcionalidade, sem permitir a análise da oportunidade e conveniência, exclusiva
da Administração. Insta salientar que o mérito discricionário pode ser revisto pelo Poder
Judiciário, na medida em que a oportunidade e a conveniência extrapole a
proporcionalidade e a razoabilidade, princípios implícitos na Constituição.

10 - Confirmação - é a decisão da Administração que implica em renúncia ao poder de


anular o ato ilegal. A confirmação difere da convalidação, porque ela não corrige o vício
do ato. A confirmação mantém o ato tal como foi praticado. Somente é possível quando
não causar prejuízo a terceiros. Outra hipótese de confirmação é a que ocorre em
decorrência da prescrição do direto de anular o ato (confirmação tácita).
11 - Convalidação - De acordo com as lições de Maria Sylvia Zanella de Pietro, a
convalidação ou saneamento "é o ato administrativo pelo qual é suprido o vício
existente em um ato ilegal, com efeitos retroativos à data em que este foi praticado".

12 - Ratificação - Supre o vício de Competência. Realizada pela própria autoridade que


emanou o ato viciado.

13 - CASSAÇÃO - a cassação do ato administrativo é uma forma de extinção por


ilegalidade, porém ilegalidade cometida pelo destinatário do ato. Aqui, ao contrário da
anulação, o ato é praticado validamente, porém o seu destinatário lhe atribui
finalidade ilegal, gerando a possibilidade de a Administração cassar o ato.

14 - CADUCIDADE - A caducidade ocorre quando o ato perde o seu fundamento de


validade em razão de norma superveniente incompatível com ele. Ex: É o caso de
uma autorização para exploração de parque de diversões em certo local, que passa,
em razão de novas regras, a ser proibida naquela localidade antes permitida.

Não confundir com a Caducidade da concessão, por seu turno, é a extinção dos
contratos de concessão pelo Poder Público, através de ato unilateral, durante sua
vigência, por descumprimento de obrigações contratuais pelo concessionário

15 - CONTRAPOSIÇÃO OU DERRUBADA - Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, a


referida forma de extinção ocorre quando há a emissão de um ato com fundamento
em competência diversa da que gerou o ato anterior, mas cujos efeitos são
contrapostos aos daquele. É o caso, por exemplo, da exoneração de um funcionário,
que extingue os efeitos do ato de nomeação.

16 - As principais distinções entre o ato privado e o ato administrativo são:

a) atos administrativos geram efeitos especiais que constituem os atributos dos atos
administrativos;

b) ao contrário do ato privado, que possui genericamente como condição de validade o


simples preenchimento dos pressupostos genéricos (objeto lícito, possível e
determinado ou determinável; agente capaz; e forma prescrita ou não defesa em lei), o
ato administrativo está condicionado a outros pressupostos de validade (competência,
finalidade, forma, motivo e objeto).
QUESTÕES

1) Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: TJ-MG Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de Direito


Substituto

A Administração Pública pode

a) anular os próprios atos, se estiverem eivados de nulidade, desde que isso não
atinja a segurança jurídica.

b) anular os próprios atos, se estiverem eivados de nulidade, a qualquer tempo.

c) revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade,


respeitados os direitos adquiridos.

d) revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, sem


que isso possa gerar quaisquer direitos.

2) Ano: 2021 Banca: FUMARC Órgão: PC-MG Prova: FUMARC - 2021 - PC-MG -


Delegado de Polícia Substituto

O controle da administração, quanto à natureza do controlador, classifica-se em


legislativo, judicial ou administrativo.

No que se refere ao controle judicial sobre os atos administrativos,


é INCORRETO afirmar:

a) Compete ao Poder Judiciário, no desempenho de sua atividade típica


jurisdicional, revogar um ato administrativo ilegal, editado pelo Poder
Executivo, pelo Poder Legislativo e, ainda, no exercício de suas funções
administrativas, anular os seus próprios atos administrativos.
b) O controle judicial alcançará todos os aspectos de legalidade do ato
administrativo vinculado, sendo, no entanto, vedado ao judiciário adentrar aos
critérios de conveniência e oportunidade que deram ensejo à conduta do
administrador.

c) Os atos administrativos vinculados se submetem ao controle judicial em


relação a todos os seus elementos.

d) Segundo orientação doutrinária e jurisprudencial mais moderna, tem-se


admitido que o Poder Judiciário promova o controle do ato administrativo que,
embora com aparência de legalidade, se mostre na contramão dos princípios
jurídicos, notadamente os da razoabilidade e proporcionalidade.

3) Ano: 2021 Banca: FUMARC Órgão: PC-MG Prova: FUMARC - 2021 - PC-MG -


Delegado de Polícia Substituto
A Constituição Federal prevê algumas exceções ao princípio do concurso público, entre
as quais se destaca a nomeação para os cargos em comissão referidos no inciso II do
artigo 37 da Constituição Federal.

Considerando a situação hipotética de um determinado Prefeito Municipal ter


nomeado a sobrinha da sua esposa, médica especialista em saúde da família, para o
cargo de Secretária Municipal de Saúde, à vista da interpretação majoritária do STF
sobre o enunciado de Súmula Vinculante nº 13, é CORRETO afirmar:

a) O ato configura prática de nepotismo.

b) O ato é válido, porque o nepotismo se configura quando entre a pessoa


nomeada e a autoridade pública nomeante existe vínculo de parentesco até o
segundo grau. 

c) O ato não configura nepotismo, ante a inexistência de vínculo de parentesco


por consanguinidade. 

d) Por se tratar de cargo de natureza política e de profissional qualificado para o


desempenho da função, a nomeação, em tese, é válida.

4) Ano: 2021 Banca: FUMARC Órgão: PC-MG Prova: FUMARC - 2021 - PC-MG -


Delegado de Polícia Substituto
Maria, Servidora Pública Municipal, em janeiro de 2017 foi nomeada para ocupar um
cargo em comissão junto à Secretaria Municipal de Turismo. Em julho de 2019, ao
retornar das férias, ela tomou conhecimento de que havia sido exonerada e, após
consulta ao referido ato veiculado no Diário Oficial do Município, para sua maior
surpresa, constava que sua exoneração ocorrera “a pedido”.

Com base na “Teoria dos Motivos Determinantes”, é CORRETO afirmar:

a) Havendo comprovação de que o motivo expresso não guarda compatibilidade


com a realidade fática, o ato pode ser anulado pelo Poder Judiciário. 

b) O administrador não se vincula ao motivo exposto no ato administrativo sem


que a lei assim o exigisse. 

c) O ato é válido, eis que a exoneração de servidores para cargos públicos em


comissão leva em conta os critérios de conveniência e oportunidade da
Administração Pública. 

d) O vício no motivo constitui óbice ao controle judicial sobre o ato


administrativo. 

5) Ano: 2021 Banca: FAPEC Órgão: PC-MS Prova: FAPEC - 2021 - PC-MS - Delegado de


Polícia
A respeito do controle judicial da atividade administrativa, assinale a alternativa
correta.

a) O Poder Judiciário não pode controlar os limites do mérito do ato


administrativo discricionário, pois estes são impostos pela lei, e o
administrador, ao fazer sua escolha, o faz com base nos critérios de
conveniência e oportunidade.

b) A discricionariedade pode estar presente tanto no momento da prática quanto


no da revogação do ato administrativo.

c) A submissão total à lei está presente apenas nos atos administrativos


vinculados, pois, nos discricionários, há ampla margem de atuação do
administrador público.
d) Na atuação discricionária, o agente público não está subordinado aos limites
impostos pela lei, pois lhe é conferida ampla margem de atuação, sempre em
busca da solução que melhor atenda ao interesse público.

e) No exercício do Poder Vinculado, o administrador está subordinado à lei,


porém, esta lhe confere margem de opção, e o administrador terá, então, o
encargo de identificar, diante do caso concreto, a solução mais adequada.

GABARITO:

1) C
2) A
3) D
4) A
5) B

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