Relatorio: Terras 'Publicas E Da Colonisaçãoo'
Relatorio: Terras 'Publicas E Da Colonisaçãoo'
Relatorio: Terras 'Publicas E Da Colonisaçãoo'
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1861
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TYPOGRAPHIA UNIVERSAL DE LAE~DIERr.(
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Rua dos Invalidos, 6:1. B.
1861
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RELA1"üRIO
J)A
Pelo decr to . 257;') de ·f 4 de Abril tio anno passado. farão extinctas as dele-
gacias do Arrt z nas, Piauby, Parabyba do Norte, Goyaz, Sergipe, Minas-Geraes
e' Rio de Jm,eiI J, passando as attribuições de seus chefes para o presidentes das
provincias, e n I I e havião sido C1'eaclas essas repartições.
Quanto, POI' • á mencionada em ultimo Ioga I' , determinou o governo imperial,
pelo decreto n. 273'1 de 16 de Janeiro do mesmo anno que pas assem as res-
J
Terra!!! publicaM.
o coronel Conrado JacoiJ de Niemeyer, lfu lJavia sido nOloca: o illspelitol' gera.l
de medições nesta provincia, acLJa a- e nes~a occa ião incumbido do negocias im-
portantes de ua profiss~o na do Rio de Janeir , Ijm virtude ele' requisição do re -
pectivo presidente e fôra alli ubstituido interinamente pelo capitão .\n[onio Augusto
de . l'T'llda, o qual, distrabido para outra commissõe por delibera .ão da presi-
ilencia, não e 'ecutou, 011, pelo meno, não con ta que executa se nenhum do
trahalho, J) ai. propriamrnt a cargo lia in:-pecl.ori:l.
, commissào, yue, alüm de outros eu~argo' anteriol'e" füra 'ollfiau,l êl. I%le oúidat
pelo pre idente e antori ada pelo govcmo impel'ial em 30 de gosto de 1859, teve
por fim e colber, do accordo com a camara. municipal de ,Borja, 11m local para
estabelecimento de uma eolonia; e em 11 dfl Maio do anno passado remetLeu o
presid nto um e bo~.o da planta da povoa ão e colonia prüj ctatia no ljuhy-
Grande.
Entretanto na ab s da serra de S, ~ral'tinllll Len'ê.l.' devoluta' tinhão ido OCCLl-
pada por intruso , vindos da colonia de S. Leopoldo, pelo que orden;l.ra o governo
imperial, por avi o de 23 de etembl'O ele 1858, a medição dessa terra. Nada
con tando. porém, a respeito de te serviço, em avi o de . ovembl'O de 1859 e
de go to ultimo exigirão- e c1arecimenLos da pre idencia, a qual infoL'mou que,
tendo ficado em eJTeito o contracto celebrado com aarimen~or para excutar aquelle
trabalhos, teve- 'e (le pL'oceder a elJes por admini 'tração. p.ohnma inform::J .ão po -
terior tem vindo a re3peito do etfeito desta providencia.
Tendo-se determinado, em avi o de 9 de No embro ultimo, que informa e a mesma
pre 'idencla ácerca do re uHado das obra da e trada, que segue para Mato-
Gros o, e lue muito proveito a pMe ser á colonia I Tova-PetL'opoli. e a oulra , que
com immen n vanta-gem ' podem fundar m serra. acima, fIue e communiquem
com t.a:, a informação ohlida roi crue o majol' Lniz Man~el Mal'lin da
ilva, que a dita presidencia desianál'a para proced I' ao exame , p\;mta e orça-
mento neces adas, só partio. para alli, ha pouco tempo, não () tendo f ito ante p,m
con equencia do rigor da ecLação.
Quanto aos trabalbos de legitimação c t'úvalida.ão de po 'e' 'e'lual'ia' ou
conces, õe , que tão aLisfactoriarnentc c com tanto zelo e pedcia havião sido exe-
cutado, pelo major Candido JanuaL'jo Pa sos, quando teve ncarregado de
•• ediçõe de tena devoluLa, egundo ,e e. púz no ultimo relat J da reparti0ão
da terras, força é confes ar que, ha mai de um anno, pouco ou nada e tem feito
na provincia relativamente a este ramo de serviço.
o-p, i -<) () '1
-4-
E, com etleito, de llIO " latada l'emettido pelo delegado da terra em 12 de
Setembro ultimo, e de um mappa, que o acompanhou, cornprebendendo seto me-
dições e vê que só duas se effectuárão depois que de lá veio aqueIte oflicial, cum-
l
-prindo natal' que das outras cinco, ll'es forão por e lo realisada outra já o Linba
l
SANTA CATHAIIINA.
Teudo o engenheiro Carlos Riviere desi tido da lla reclamação c ntl'a a delibe-
ração ele 9 de FevereIro do anno pa ado, pela qual o governo imperial rescindira
o conl.raclo com elle celebrado em 16 de Junho de '1859, afim de entrar- em novo
ajustes á erca tIas exploraçõ e levantamento da planta do rio ltapocú e seu
afllllentes, segundo se disse no relatol'io ultimo <la repartição das terras publica ,
farão encetados estes ajuste; baven<lo- e chegado a um accorJo ql1a-i definUivo,
adiou-se Poste objecto para occasião mais 0ppOl'tuna.
bm compensação acaba de seI' celebraclo cóm o mesmo ngenlleil'o oulro cou-
traclo, lendo por fim a execução de Ll'aball~de mea.ição de perlmetros de territol'Íos
entro os rios Biguassú e Tijncas-Grandes, onele ex.istem terras c1evolutas de excet-
lenle qualidade, pl'Oximas á capital ela provincia e mui proprias, portanto, á'
coloni aç':o.
Em virtude deste contn1cto terá Riviere ele medir e demarcar lotes de terras e
executar outro trabalhos, que fórem necessarios para. eslab lecimento de colonos,
egundo as instrucções da presic1encia; commissão e ta, que, tendo. ido destinada
ao 2° tenente honorario c1::1 :1r!Tl:1da. Joaquim José de ouza Corcoroca, como foi
declarado no citado l'elato"rio, Ilcál'a sem effeito, por se lhe hàvel' dado incum-
bencia diversa na mesma pl'ovincia.
Cabe-me aqui elar uma ligeira noticia dos trabalhos executados por aqllelle, en-
genheiro, constêultPo~ <10 mappa e memorial p.or elle apre entados em 5 de Junho
do anno findo, em exe~ução do dllo contracto na parte concernente aos rios ltajaby-
Assá. e Mirim, Lujz Alves e eu affiuentes.
Tem o primeiro desses fios 39,137 braça de desenvolvimento de de o Salto-
Grande até a ua foz, cuja largura é de 900 braças, recebenno em eu' Clll'30 nu-
merosi imos conego on ribeiros, sendo o mais uotaveis em nllmem de 1 - .
Ja dcscripção deste e do outros rio , observou Riviere satisfactoriamente a
prescripções do sel! contracto, fazendo menção dos pontos mais culminantes e ua
allura acima do nivel do mal', ] em como da direcção, profundidade, largura,
velocidade e volume da~ aguas ela natureza do alveo e do solo adjacente.
l
Informa que, a 1,500 braças alem do Salto de Luiz Alves, vio bellas val'zeas co-
bél'tas de maLl . . , sendo ahi o rio mais largo (} pmfun<lo; e observa que, fazendo-
se uma estrada de cerca de trcs leguas e meia estabelecer-se-hia com v ntagem
l
Por aviso de 7 ue darço uo anuo passau foi PI) til iI tli~LJo:ição ua. prt 'itlenci' I)
1° teneat D. Eug nio Frederico de "0 io ) eilbitz para servir de joiz ornmis :irio,
devendo com çar as medições por atIUelle municipio, onde houve se maL alfluencia
°
de. lrabalbo, l'eCllmm ndando- e que prazo para a legitimações e I'e alidaçõ s
fos e o mai curto possí\'el . afim de e poder lf'rminar com owiol' brc.. irlade a di -
crimioa\,ião daR term: lJublicas e LIa::; particulares.
Sogundo partici pOli o presidente, em daLa de 20 de Sotembl'O ultimo acha-se
aquelle clIgenheir'o II) 11Iunic.ilJio la. Laguna; mas o de:.'cl11[JelllJo ua 'ua c.oLOmi~ TIo
tem ido v3garosamcnLe em consequencia da, '!luvas e falta de tTabalh dom.
TlJnuo . ido major. oão de Souz::. Jilt:Uo e ..-\1\ im e:\.olll~rado, a pedido ~eu. UO
cargo de delegado do directo\' geral das terra publica::. e podendo. as imo mai
deseOlbcu'a.çado oorecciollar a 'árla geral lia ~I'o ..'incja, objecto em que já:c occu-
pav' anteriormente <lutorison o governo imperial ao pre. idente, em a.. Lo de _ oe
Novembro proximo fiodo, a incumbi-lo e~pccblm ntc lo. a commi;,sã~ '.u (,~
outras flue r·.. sem concernente :'~ na profissão.
1\'ão c n-ta. porém, a esta Jircctoria, que o presidente h.i" expetEdo 01'( cm
alguma !TI ob.'ol'vancia do disposto no citado a,'iso.
.-\.Iglllnas commís.õe mai têm. ido confbdas a. outros engenheil'Os e agrimensores,
na-ta provincia, ten :10 por fim a execucIio de l.raballlO que mais immediatamente
inf.ere são o lIesemolvimento e a facilidad de communicarões das colonia, exi -
tentes e de noros nucl os coloniae . Delias , portanto. farei" rnf'nção, quarído cou-
iderar e,Je a 'amplo.
PARANÁ.
MATO-GROS O.
Além do capitão Pedl'O Fmncisco Pae Leme, aclla-se nesta provincia, por ol'dem
do governo imperial, o engenbeil'O Luiz Francisco Padilha, que tambem recebeu
da presidencia a. nomeação de juiz commissario, para [lroeeder no municrpio da
j
•• PAULO.
Desde a data do ultimo I'elatorio nada constava na I'epartição da terra a re. peito
da execução do cOlHracto, de que alli se fez menção, celebrado pela camara mu-
nicipal de Cananéa com Sebastião Lourenço Ponte ,para a abertura da estrada, que
deve facilitar a communicação do litoral com o centro do territorl0 medido e de·
marcado ne se municipio pelo es.-ia pector de medições E1'Oesto Diniz treet.
Em 14 d· Agosto foi este habil engenhei1'O incumhido de ir examinar as obra
l'ealisadas. Voltando em demora, informou qu" nada e ta a feito, e qge o em-
preitei1'O, que era ú presidente da mesnia camara, Ibe declarál'a ter desi tido do
contracto por não poder satisfazer a obrigações contrahidas,
TlOha-se, pois, perdido um tempo precioso, e el'a de toda a urgeocia til'ar PI'O-
veito daquelle terl'itorio, já desLinado para nelle ~e fOI'mar um nucleo de 'olono
estrangeiros, attentas as vantajosas condições, que para isso offel'ece.
~i ~
-~-
PI'OpM rnllo n:-\a llirccloria, de accordo com o que já estava cleliberado, que
fo~'p, a. ohl'a feita por a.dministração, sendo della encarregado Julio GroLh, ex-
()jllcla.nlc (lnCJnelle i1rpecl,ol', o qual, por oa capa idade e conhecimentos praticas
(lo lugar' e da estrada em qnesLão, dava garantias de bem rtesempenbar uma tal
oommis~í'ío. .
Pur a"iRo de ·19 de '~O\'embl'o ultioJO a sim foi determinado, lJartindo jmme-
rlial:unell\.e Julio G1'Oth a exr,Clltar aquelles trabalhos, com recõmmendação d s-
collíer de ,ie Jogo a localidade que parecesse mais apropriada_para assentamento
<lo projectado nucleo colonial, sendo Lambem encarregado de executar Oe serviços
de denubadas, queim-as de mattas, constl'Ucç'ão de ranchos pl'Ovisorios, etc.
Aguardo as informações. que delle exigi; e por isso nada ma is pos o accr'es-
cental'.
Depoi. da, ultimas informações, de que den conta a di('ectoria no :eu relatorio
do ,10.00 passado, consta de varias participações que o trabalhos confiados a este
engenheiro erão por vezef; intel'l'Ompido p,m com; (IUeneÍ<l nas chuvas e maiR ainda
pela falta L1e ü'abalhadores; havendo, porém, em pa.rte, ces arlo a elo recebimento
do dinheiro. pa,'::\ as de rezas respectivas.
Allegando o mesmo empregado a Lle essidade üe L[uem o au:ilias na medição
e di crimini.lç~O das tCl'ra, devolutas e partiéulal'e em Areia', . U"eira e Cunha
foi-lhe enviado o agrimen 01' Caetano COITea Lima, o qual voltol1 logo do serviço,
por se n~o conformar com a perda de seus vencimenl;os antes de pod 'r p,ncetar os
trabalhos 00 mal,to.
Não-obsl.ante, em !5 ele Setembro remettel1 Black uma planta dos teITenos dp-vo-
lutos da Rocaina, por elle levantada, mostrando o respectivo desenvolviment ra
o lado da erra do Mar entre Mambucaba e Paraty, e contelldo quanto ha execu:-
tado desde que se acha nesta commissão,
O-P. l
-9-
Tornando-se demorados, e por conseguinte pouco proficHos, os tra))alhos a cargo
deste engenheiro, á vista dos motivos expendidos e do numero de braças de medi9~0
effectuada, que não correspondia ao tempo decorrido, entendi dever propôr a sus-
pensão desta commissão, afim de continuar pelo mesmo ou por outro engenheiro,
quando de uma vez se possão remover os embai'aços, que ficão apontados.
Dignando-se o SI'. ex-ministro do Imperio appl'oval' este expediente, transmitti
as competentes ordens ao referido Penna[orte Blac){ em 30 de Novembro ultimo,
recommendando-Ihe que confeccionasse um mappa de tudo quanto ficasse feito, ese
recolhesse 3em demora a esta côrte.
Finalmente, em data de 17 de Fevereiro -findo, particip.ou-me elIe te I' medido
6,000 braças para fechamento de um perimetro de terras devolutas na Bocaina,
havendo com elias completado o numero total de 39,700 braças medidas e demar-
cadas, cujo mappa e memoriac::> geodesicos o delegado <.las terra~ transmitLio a esta
directoria com officio de 25 do citado mez.
RIO. DE JANEIRO.
)UNAS-GERAE •
~ de Abril, pelo qual se declarou ao respectivo director que a colonia devia es~
tender-se para o lado de S. 1atheus.
Concluidos aquelles trabalhos no mez de Outubro, enviou o director com oflicio
de 3 de Novembro o mappa geral, demonstrando que forTIo medidas 92,400 braças
lineares.
ESPIR1TO-SANTO.
Varias commissões de engenheiros existem nesta provincia, das quaes farei suc·
cinta menção, começando por aquellas, de que deu conta o relatorio anterior, com
excepção da que fôra confiada ao agrimensor Radamakel', a qual nTIo teve segui-
'mento, desde que se retirou para esta côrte por motivo de molestia.
Tendo-se providenciado convenientemente ácerca dos trabalhos que se achavão a
cargo do engenheiro' civil Amelio Pralon, continuárão QS mesmos com mais regu·
laridade.
Em data de 7 de JLmho remetteu o dito Pralon a planta dos prazos. que medira
até então, e dos rios, ribeirões e corregos por elle reconhecidos. Em 23 de Agosto
enviou outro mappa contendo os serviço feitos posteriormente, declarando haver
concluido mais cincoenta prazos medidos e demarcados, juntamente com as derru-
badas e ranchos respectivos, na fórma de seu novo contracto.
Ficárão por algum tempo su pensos os trabalho de sua pl'Ofissão, até que,
tendo sido interinamente encarregado pelo presidente da província da direcção da
"olonia Santa Leopoldina, foi ahi empregado com outros engenheiros na demar-
tação de limites, em exames, ex.plorações e levantamento de plantas.
Tendo vindo a esta côrte liquidar algumas (fuestões pendentes, aclIa-se agora
de partida paiu. a mesma província, afim de ir' eJIectuar, por contracto CJ.ue cele-
brará com a presidencia, outros serviços urgentes e que interessão muito de perto
o bem-estar, o desenvolvimento e o futuro da mencionada colonia.
O engenheiro Adalberto Jalm, director da colonia Santa Isabel, continúa a des-
empenhar satisfactoriamen te as suas obrigações.
Do que se aeha feito ali e em Santa Leopoldina, tratal'ei quando dêr noticia de
uma e outra colonia.
Os serviços de medição ele prazos, cont.ractados com o capitão Pedro Claudio
Soido, para a funàação de um nucleo colonial ás margens do 'rio Guandú e con-
fluencia do Rio-Doce perto elo porto elo Souza, derão-s por concllliclos com a
promptificação de cincoenta prazos, segundo consta de um mappa, l:emetticlo pelo
presidente com aviso de 23 de Abril do anno passado.
. Por aviso de 11 de Julho seguinte foi a presidencià autorisada a contractal' com
aquelle mesmo engenheiro a mediçI'lo de lotes de terras, tendo tido em Setembro
~e 18::>9 igual autorisação.a respeito das derrubadas., queimas de mattas e cons-
trucção de ranchos, pal'a accommodação e estabelecimento de novos eolonos.
Em virtude deSoles avisos foi celebrado um contracto, no qual se estipulou que
até 15 de Fevereiro estarião medidos e demarcados duzentos lotes, sendo cem na
colonia Santa Isabel, e outros cem na colonia Santa Leopoldina; obrigando-se,
outrosim, o capitão Soido a executar os referidos trabalhos preparatorios e os ca-
minhos de communicação para os prazos.
Pelo mesmo contracto se estipulou que mediria elle tel'ras, cuja venda fosse re·
querida por particulares, não recebendo mais de cem réis por braça corrente.
. Ultimamente participou, o presidente que os, duzentos primeiros prazos se achavão
promptos; e consultou se deveria auLoI'Ísar o mesmo engenheiro a ex.ecutar iguaes
0-1'. 1.
-11-
. serviços de medição na duas citadas colonias. Foi resoh-:do que continua e o
contracto a 'Iigorar, quanto aos trabalhos na cnlonia. anLa Leopoldina e em outros
pontos da provincia, menos na colooia Santa Isahel, onde ficavão a cargo do seu
director, conforme tinha sido determinado. por avisà de 7 de \nrembro do aooo
findo.
Segundo se communicou no ultimo relatorio , fóra cOlúmissionado o 10 tenente
Manoel Feliciano Muniz Freire para extremar as terras de, olutas das dos particu-
12res no aldeamento 1m perial Affonsino, medindo e demarcando aquellas, afim de
que, cessando o abuso das invasões, pudessem ser eXpo3tas á venda quanto antes.
. Tendo, porém, sido incumbido de Outl'OS serviços, em virtude de ordens da p1'e-
sldencia, expedio-se aviso a esta com reconJU1endação de o fazer seguir sem demora
a. desempenbar a sua commissão. Com oflicio de 3 de ovembro remetteu o presi-
dente o relato rio do que ali . e havia feito, o qual não pMe sei' devidamente
apreciado por falta da competente planta, cuja remeS~ê se exigio, bem cOtno decla·
ração de todas as explicações necessaria-·.
Novas com'missões.
Desde '185G, em que foi fundada a colonia Sanla Leopoldina, não se tinha podido
conseguir a escolha Je local apropriado para a séde da população, nem a medição e
demarcação L10s lilllÍtes da lllesma colonia.
Pam isso concorrêl'ão -varias obstaculos, endo o principal a necessidade urgente
de se tratar do estabelecimento do (jolonos SUiSS05, seus primeiros povoadores; e
mais tarde, em 1858 e 1'"' - 9, a de medi r e preparar prazos para installaçào de
grande numero de colono, que tinhão ele ser para ali enviado, como rôra exposto
nos relatorios anteriores.
O engenbeiro- melio Praloll, flue devia proceder aos exames e explorações ne-
ce. sarias para a designação elo centro colonial, conforme seu primitivo contracto de 3
de Abril de j 857, e avisos de '15 e 17 de Fevereiro de '18~9, occupado sempre
eoni outro' serriços, que estiverão lambem a seu cargo, não pôde dar conta da-
quella commissão. -'
Tinhão-se installado o::. primeil'O. colonos nas terras situadas á margem direita
do rio Santa Maria; os que e lhes seguirão e tabelecêrão-se mais para o inte~
rior, e o porto ela Cachoeira, menos proprio para éde da povoação, foi-se
tornando provisoriaUleute, como lugar de desembarque e já habitado, o ponto de
reunião de alguns e tabelecimento . coloniaes feitos cm tel'l'enos .particulares.
li'oi, poi , o anno passado, que come0árão a ter execução as ordens anterior-
mente expedidas~ assim a respeito do terreno para a povoação, como do" limites
do districto da colou ia.
E, com effeito, cm offieio de 7 de Julho deu o pre'iuente parte de ter notlleado
para estes trabalbo uma cOl11missão campo La do, então, director da colonia e de
dous engenheiro, mandando·lhe as conveniente instrucçãe .
Pelo falleciment') do bal'ão de Pflul pa son a fazer parte desta commissão o en·
genheiro PJ:1.1on, tambem encalTego.do interinamente Lla direcç30 da colonia.
Acha- e hoje feita a escolha para centro da povoação, bem como concluida a
I,iediçflo c demarcaçflo de um (lUaclrado ue <lua legua por lado, ~lepois de reno-
"a cios os prillleil'Os exame.. c explol'açõe::. da ommis~ão, Ilcando fÓl'a desses limites
a parte da colonia denominada - Velha, ou do Suí sos - : o que tudo consta do
mappa confeccionado pelo referido Pl'alon.
O-P.1. 06
Em seu relatorio e: l zera a commissão a (;onveniencia ele se estabelecer neste
ultimo ponto uma outra c lonia distincla. O presidente da provincia., sem interpót
-a tal respeito a sua opinião, entendeu eleveI' primeiramente incumbir o ell[enheiro
Leopoldo Augusto DiociecialJo ele lello Cunha de vcriücar a "medição dos prazos
daquelles primeiros colonos sl1is~os, com o fim _de acautelar que tões futura.
E ta deliberação f i approvada pelo govel'J o imperial.
Cabe aqui declarar que o rererido 1\1ello Cunha havia sido posto á disposição '
presi~ente por aviso do 10 de Agosto, n50 só para auxiliar o' trabalho de medioão
de prazos na colonia Santa Leopoldina e· em outros ponto , como para tluaesquer
outras commissões, proprias ele SLla pl'Olis~ão inclusive a. ele legitimação de posses
e sesmarias.
- O engenheiro Martiniere, ao serviço da pl'Ovincia, (óra contractado pelo presi-
dente para medir e demarcar varios terrenos deVoluto, cnja comprà tem sido re-
querida por particulares. Foi fiXClc10 o preço de 100 réis por caela braça corrente de
medição, ficando por conta de Nfartinicre todas as despezas; sendo este o preço já
indicado em aviso ele 1'I de Julho do anno passaxlo para um outro contracto de igual
serviço, celebrado com o engenheiro Soido.
O J"enheiro austriaco Ernesto Diniz Street, conlraclaclo em Vienna em nome
do governo imperial em Abril de 1858, que, depois de concluir a medição, de-
marcação, divisão e desêripção do territorio de Cananéa, seguira para a provincia
de Pernambuco a desempenbar llma commissTIo nas obras da estrada de ferro
de i}gua-Preta, regresson a esta côrte o anno passado, afim de ir executar na
pl~o"incia do Espirito-Santo, mediante llma pequena modificação. em seu contracto,
tràbalhos de medição de terras devolutas, começando ('lo,; terrenos de Guarapary
mais proximos do rio do mesmo nome,. e onde este . a ser navegavel, com
obrigação·de executar qnaesquer outros de que fosse incumbido.
Antes, porém, de ·partir para esta provincia, foi á Cananéa examinar o estado
do caminho, que se dirige ao centro daquelle tert'itorio, dando desta passageira
commissão a informação ele que já fiz menç~lo em outro lugar.
O presidente da provincia do Espil'ito-Santo, em officio de 28 de Norembro ul-
timo, remetteu uma cópia das instTocçêes que déra a este engenheiro, determinando-
lQe que, depois de proceder aos necessarios reconhecimentos dos terrenos devolutos
entre o porto de Guarapary e o aldeamento Imperial AlIonsino, pal'a onde tem
aflui'do uma emigração ele fazendeir9s d9 Rio de Janeiro e de Minas, informasse se
nas proximida~es do dito porto existe local apropriado para o estabeleeimento de
uma eolonia. , .
Por essas instrucções tambem lhe foi ordenado que fornecesse os convenientes es-
cl;uecinlCntos ácerca da communicação entte os dous pontos acima indicados, da
medição e venda ele terras devoh1Las a-particulares nessa direcção.
De taes trabalhos, e de um outro, rerativo á communicação de Guarapary com a
colonia Santa Isabel, agoal'dão-se as competentes informações.
Os honrosos precedentes do engenheiro Strcet fazem esperar bons resultados dos
serviços, que lhe estão confiados.
BABIA.
A sul desta pl'Ovineia estavão sentIo invadidas e devasta <las as tCl'ras e ma'tas
da nação, pOI' indiviclu03 que prOCllrJO auferir grandes lucros da tirada de páo-
brasil e madeiras de lei, contra o disposto n~ lei de ·18 de Setembro de '1850, no
O-P. 1
.-
13
regulamento de 30 de Janeiro de i 854, e em ordens circulares para que as au
toridades competentes empreguem toda a vigilancia e empenho em cohibir se-
melhantes abusos.
Á vista de infol"mação da directoria, determinou o antecessor de V. Ex. que fossem
reiteradas mui explicitamente aquelIas ordens, e que se requisitasse do ministerio
da justiça as que delle dependem, afim -de que as referidas autoridades se tornassem
escrupulosas no cumprimento de seus deveres a esse respeito.
ara complemento destas providencias era indispensavel quefosse para ali enviado
um engenheiro habil e de conüança, encarregado de proceder á medição de peri-
metros de territorios e de terrenos devolutos, em que se achassem encravadas posses
e sesmarias, ou concessões; e ao mesmo tempo de discriminar estas e 1S terras
particulares das que pertencem ao Estado, legitimando e revalidando as que esti-
vessem no caso da lei, e remettendo ás autoridades competentes os intrusos ou
devastadores do·dominio publico.
Acha-se, pois, encarregado desta commissão, o 10 tenente de engenheiros Luiz An-
t,onio de Souza Pitanga, o qual deve brevemente partir para o seu destino, levando
por seu ajudante um agrimensor.
ALAGÔAS.
PERNAMBUCO.
CEABÁ.
Talllbem para esta provincia e fazia neces 'aria uma providencia semelhallte afim
de pôr termo a questões antiga a respeito de terras dos indio = O governo im-
perial, tornando este abjecto na. wl1sideração, que merecia, já em \gosto ele 1857 e
em Janeiro de 1858 havia recommendado á presidencia a sua especial attenção ás
reclamações elos indios e aos conflictos ·qne a ellas davão lugar.
Como, porém, continuavão estes Coonflictos, emquanto se procedia aos exames, in-
formações e esclarecimentos ácerca de taes questões, foi o presidente da provincia
autorisado, por aviso de 28 ele Outubro elo dito anno ele 1858, a nomear um en-
genheiro, que, servindo Lambem de jniz commissario, nos Lermos do decreto de ·13
de Fevereiro do mesmo anno, procedesse á discriminação das terras publicas e
pa!'Liculares na sesmal'ia dos ind.ios de Mecej ana.
Por falta de pessoa habilitada para esse fim, e sobre representação da presidencia,
que instava pela necessidade de se dar 'ex.ecuçã) áql1ella medida salutar, resolveu o
governo imperial, por aviso de 6 ue Agosto, eommissionar o engenheiro Antonio
Gongalv.s da Justa Araujo, p~ra ir desempenhar os serviços, de que se trata,
Nada consLando, até as ulLi mas datas, do que. possa. ter occorrido a tal re peito,
exigia esta directoria, em (lns ele Janeiro deste anno, Llue o referido engenlieiro
prestasse com urgencia as precisas in[onnações.
PARÁ.
Tel'rali tlevolutafi.
PARt
CEARÁ.
PARMIYllA.
ALA.GÔAS.
ESPlR1TO-SA TO.
S. PA.ULO.
SANTA CATHARINA.
j!
IJ
- i8-
Posses e seslnarla•.
PARÁ.
ALAGÓAS.
ESPffilTO-SANTO.
SANTA CATHAlUNA ,
A discriminação das terras publicas das qu~ pertencem ao dominio particular nã()
lém tido a desejada continuação, tanto por se haverem findado os prazos marcados e
'C presidencia não se julgar habilitada para prol'Oga-los, como por terem cessado
se funcçõe:;.<los juizc.s comll1issarios ant0riormente nomealllls. A esse estado de
cou as proveu o goreroo imperial autorisando o pre::>idente da provincia a marcar
novo prazo para a~ legitimações e revalida0õe;-" e nomeando juiz commrssal'io o
1 tenente D. Eugeniú Frederico ue Lossio e eilbitz para o município da Laguna.
0
Mas ainda o no,o prazo de seis mezes, contados de Junho a No,ernhro do anno
proximo passado, não foi utilisap.o: concedell-se llova pl'ol'Ogação de dous mezes.
No ultimo prazo de seis mezes forão legi ti madas H posses e revalidadas 3 ses-
Olarias, comp,;cllenc1endo na totalidade braç·a. quarlr;tda 11,03!1·,830. Exist ill ainda
em juizo dezeseis mqnerimentos para legitimações e revalidações.
Tem-se reconhQcido nesta provincia a vantagem üe se eucarregi-tr Ue semelllantes
funcções um juiz commissario; e, corno esta innovação algum proveito já tem dado
na Laguna, l'eclama-se a nomeação -de mai juize- commissariOs para outros IllU-
nicipios.
O delegado desta pl'üviocia julga essencial ao bom andamento das 'legitimações
e reyalidaçõe , apresentar as seguintes duvida , cuja "olução pede em seu recente
e circumstanciado relatorio:
1.° Se estão sujeita á revalidã-ção as conces-ões feita pelo governo imperial', por
falta de confirmação, embora não fossem sujeitas a e ta condição;
2.° Se, por maioria de razão, se pMe estender a disposição do art. 53 do regula-
mento de 30 de Janeiro de 1854· ás concessões do O'overno provincial, dispensando
as da revalidaç.ão ;
3.°' Ou, finalmente, se essas concessões, sendo dadas com o direito, que da oc-
cupação e po se provenba ao concessionario, devem ser consideradas como imples.
posses.
S. PEDRO.
Depois de findos os prazos marcados para o registro das terras possuidas nas
parochias, muito incompletas são as informações rrcebidas úcerca da continuação
des.te serviço, que, na conformidarle do aviso circular de 22 de Ou~ubro de '1858,
-passou a ser feito nas repartições especiaes. Por isso pouco podel'ei accrescentar ao
que se disse no' relatorio precedente, .
Esta falta de esclarecimentos noLa·se não só da parte das repartições especiaes.
existentes como da parLe- das presidencias, para as quaes passárão as attribuições
l
das que forilO extincras pelo decreto de 14· de Abril do annQ proximo passado.
Quanto ao registro geral das terras possuidas em cada provinci[ , o qual deve ser
organisado a vi ta dos livros remettidos pelos vigarios, tambem n~o são satisfac-
torias as informacões existentes nesta director'ia.
Pouco avulta pqr ora o algarismo das multas arrecadadas pOl' falta de declarações
para o l'egistl'O, posto que seja elevada a impor'Lancia total das multas i10 posLas.
Essa cobrança, porém, tem de ser feita pel,1 thesollral'ias, depois de findos os
prazos marcados pelas presidenci , segundo o c 1'9 circular de 18 de Maio de 1858,
afim de facultar o pagamento voluntario antes de se recorrer administrativamente aos
processo~ executivos e vexatorios.
Do thesolll'O publico nacional aguardão·se opportllnas comml1nicações concer-
nentes a este ponto importante do ramo de se", iço, a que ora me refiro. ão obstante..
convirá expedir novas ordens ás presidencias para que, pela sua parte, minis~rem
as infQlmações, que habilitem o go.verno imperial a inteirar-se'do estado, em que se
.acha a cobrança das multas.
Á vista da notavel reluctancia, em que se têm' conservado differentes vigar'ios ..
não remettendo os livros de registl'Os de suas parochias, não sei como não têm sido
~ompelJidos ao cumprimento de seus clevere~ quando, por aviso de t O de unho
l
mesq)as presidenci,as par~ atteoderem aos D;loLÍ\~os., q,ue fQp.~W;r.l a}legjlqos e paFc-:
cessem proc o entes para a rel~va~ão das ~ul~as, conviJi~. q~H~ em é.P.W~~~ çl~tj:lnQi
~p, i
-!{ -
nadas fossem I'emettidas a este mlnisterlo' relações das multas !'elevadas, cóm decla-
ração dos motivos aLtendidos Das respectiva,S decisões, afim de que possa o governo
imperial devidamente ajuizar do uso, que se faz daquella faculdade.
Esta medida em nada prejudicaria o exercicio razoavel de um arbítrio tão saluta!',!
como seja o de al\ivilll' os multados de um vexame desnecessario, sempre que mo-
tiv@s jus.tificados ou razões de uma verdadeira e reconhecida equidade determinem a
relevação da multas.
Cabe-me agora expOr succintamente o que se collige dos mappas paniae , remet-
tidos á directoria: no mappa geral annexo. fine ainda não pôde ser completo, verá
V. Ex. o resultado de quanto se ha feito em observancia do preceito da lei a respeito
do registro das terras possuidas.
PARA.
~ARA~IIÃO.
CEAR.t
O registro g.eral das terras da provincia ainda Dão havia começado a fazer-se na
del~gacia.
ali creãd.a, porque fôra extiDcta antes de funccionar.
O numero das posses registradal? é 3t,84.t ; o dos possuidores multados 459; a
somma das multas 26:025$000; a ·arrecadação 75$000.
O-P. i
- 2~-
PIAUHY.
PARAIIYBA.
PERNAMBUCO.
Pela razão dada no ultimo relatorio, o serviço do registro de LetTas não tem tido
grande desenvolvimento nesta provincia.
Registr*rão-se 9,046 posses nos municípios do Recife, Cabo. Páo d' Albo. Victoria
Nazaretb,. Goianna, Rio-Formoso, Limoeiro, Caruarú, VilIa-BeUa e CabroM. Farão
multados 154· possuidores, sendo o total das multas 4-:950:t/J000 , todas por arrecadar.
Segundo as informações transmittída , é o peior passivei o estado do registro,
geral.
Os vigal'ios ainda não remettêrão os livros competente3, porque ainda ha pouco
tempo findára o 3° prazo marcado, segundo tnfol'ma o delegado das ten'as.
ALAGÓAS.
Af:. posses registl'adas têm sido 111,441 , os possuidores multados 1,220. Como se
arrecadou de multas a quantia de 8:725$000. está em divida a de ll,q:!75:t/J000.
For~o recebidos os livros de todas as parocbias.
SERGIPE.
BAH!A.
Os parochos das diversas freguezias remettêrão 136 livros, dos qUMs consta o
registro de posses 40,257.. Multados farão 13,175 possuidores, avultando as multas
em 4{->3:775$OOO, de que foi relevada a quantia de 211:050$000.
Não posso deixar de fazer um reparo ácerca desta subida importancia de rele-
vação de multas. Parece-me que o governo imperial devêra ter informações circums-
tanciadas dos fundamentos, em que se baseião os presidentes para attenderem á alle-
gações dos possuidores omissos.
S. PAULO.
ESPIRITO-SANTO.
MINAS-GERAES.
O mappa do registro das terras publicas, remettido pela presidencia com data de
28 de Março ultimo, ainda não attinge a perfeição desejada.
Em uma nota final declara que a relação das multas, prestada pela tbesouraria
da fazenda, nâo combina com as mencionadas nos registros dos parocbos.
O registro geral, encetado na ex tincta repartição especial, está atrasado por falta
de pessoal, que se dedique ao trabalho de sua continuação. .
Farão remettidos os livros de todas as parochias.
Nelles achão-se registradas 84,294 posses, recahindo sobre 582 po&suidores multas
orçadas em 13:800$000, ~e que apenas se recebeu a quantia de 700$000.
O-P. i 1Y
- 24-
SANTA CATHAIUNA.
S. PEDRO.
S. PEDRO.
SANTA CATHARINA.
PARAN.t
Além do:; oito lotes comprado no 2° territorio do Assunguy, de que deu conta o
relatorio do anno passado, cuja venda proúuzio, na razão de úm real a braça qua-
drada, a quantia de 2:0 I0$595, fiterão-se, no correr do anno, a seauintes vendas:
Em 12 de Julho a AIrredo Von eler O.sten, 2 lotes, ns. 67 e 68, no me mo
territorio, á razão de meio real a braça Rs. 250$000.
Em 23 do dito mez, a Frederico Hegreville, os de n~. 33, 39 e- {~O, a um real,
Rs. 726$000.
Em 19 de Janeiro do cOl'I'ente anno, a Enaenio narques Monteiro, o de n. i 31,
a um real a braça, Rs. 250~000,
Na mesma data, a Pedro Raymund. Da.vid, os de ns. li e 32, a meio real,
.Rs. 225~OOO.
ESPrRITO-SANTO.
para bcnl e anliar, se, em presença desta circumstancias, COIT-; 'pondem os preços
d.as vendas ás offertas feitas. ,
A respeito ele uma dessas vendas forão ex.igidas informações da pl'tisidencia ; e outras "
terão de o ser para que fique o governo imperial inteirado de quanto occorre ácerca
deste importante objecto.
S. PAULO.
Desta provincia, onde devem ter sido comprada terras pertencentes ao Estado,
á vista de requerimentos da partes e autorisação do governo, nenhuma com muni-
cação ha. chegado a esta directoria.
Emigração.
européa em competencia com outros paizes, para onde esta se encaminhav.a de pre-
ferencla.
É assim que, no penultima relataria, tive a satisfação de annunciar a emigração
de 6,089 inJividuos pelos portos de Hamburgo, Bremen,"Antuerpja e Havre no anno
de '1858, muito superior 'a qualfluer' dos aimos anteriores; e isto, quando nesse
armo a emigração decresceu consideravelmentp a respeito de outros paizes.
Concorreu, em grande parte para este resulLado a vinda de grande numero de 'cola-
DOS parã a Associação Central de CoJonisação, além dos que havião sido encommenda-
dos pelo Dr. Nicoláo Rodrigues dos Santos França Leite, e dos introduzidos pelas
companhias do Mucury , União e Industria, ~ Sociedade Colonis~dora de Hamburgo.
Segundo o relatorio do aono passado,. porém, o algarismo dã en,!igração para o
Brasil, por via dos referidos portos, com excepção do do Havre, foi de 2,979 no
anilO de' 1859, tendo-se ali notado que a emigração respectiva em geral fMa menor
do que no anno precetlente.
O seguinte qua..dro egtatistico mostra qual foi a emigração effectuada por diversos
portos do Norte da Europa no anno de 1860, comparada com a do anterior. Foi
ministrado pelo nosso consul geral nas Cidades Hanseaticas :
( Por via de Hamburgo, em 1860, emigrárão 16,215 colonos.
De Bremen, no mrsmo anuo, 21,947.
Em 1859 havião emigrado de Hamburgo i3,242, e de Bremen 2'1,708.
Por via de Antuerpia, em 1860, emigrárão 2,504; havendo emigrado em 1859 i ,300."
Por via do. Havre, em 1860, emigrárão 2'1,186; no anno de lH59 havião emi-
grado i 5,392.
Por via de Liverpool, em 1860, emigrárão 80,586; haven,do em i859 emigrado-
79,386.
A' emigraç~o foi, pois, em 1860, por via de. Hamburgo , Bremen, -Antuerpia,
Havre e Liverpool, de 142,417 colonos, havendo sido em 1859 de 131,028; por
consequencia maior de 11,389.
A emigração de colonos para o Brasil foi de 3,019 ; sendo: 869 por via de Ham-
burgo; 77 por via de Bremen; 1,846 POl' via de Antuerpia, 227 por via do Havre.
. Os 142,417 calonos, partidos em 1860 de Hamburgo, Bremen, Antuerpia,
Havre e Liverpool, se discriminão da maneira seguinte:
Para os Estados-Unidos 119,957
Para o Canadá . 1,367
Para a Australia. 2,573
Para Buenos-Ayres. .. 744
Para o Cabo da Boa Esperança. 538
Para o Chile. . . . 252
Para destinos diversos . 13,967
Para o Brasil. 3,Oi9
Os 3,Oi 9 colonos, que partirão para o Brasil, seguirão dos portos de Hamburgo,
Bremen, Antuerpia e Havre, da maneira seguinte:
Para ° Rio de Janeiro:
Por Hamburgo i33
Por Antuerpia f,43i
Tlelo Havre . 227
Total .
O-P. 1
I~
- 30-
Total. 402
Para Santa Catharina :
Por Hambmgo 628
Por Antuerpia 90
Total, 718
Para Santos, por Hamburgo 108
A emigração, pois, para o Brasil, durante o armo de 1860 , sendo de 3,019 ,
foi maior de 20 pessoas do que no anno precedente, em que partírão 2,999. »
A di tTerença , que se úbserva nestes dons ultimos annos, comparados com o de
1858 , não é devida :\ falta de disposição dos emigrantes para se e.rlcaminbarell1 ao
Era iI. Este [acto tem a SUa natural explicação: 10, na diminuição das encommendas,
e, conseguintemente, de auxilios pecuuiarios para facilidade dos transportes; 2°, na
cruzada, que de novo se levantou contl'a nós da parte d:.l Prllssia, de outros Estados
da Allemanha e da Suissa; 3°, na falta de uma iniciatira mais pronunciada,
assim do governo imperial, como de algumas presidencias.
A primeira das causas apontadas proveio dos embaraços, em qt:.e se forão achando
diversas empresas coloniaes por deficiencia de meios, inclusive as auxiliadas pelo go-
verno imperial, as quaes, quasi ao mesmo tempo, tiverão de recorrer a este solicitando
novos favores, a rescisão de seus contractos, e até a encampação dos mesmos.
A segunda nasceu ,como tudo induz a crer, da predisposição que existe sempre
nos governos da Europa para obstarem ou difficultarem a expatriação dos seus
suhditos Jaborio os, morigerados e uteis, que são justamente os que nos con,vêm
para os trabalhos agricolas e industriaes; predisposição essa, que achou um ensejo
favoravel para se manifestar pOI' actos e circulares, na publicação de escriptos ap'ai-
xonado's, exagerados e calumniosos de certos individuos que' tratárão de des-
acreditar a colonia do Mucury, ;lS colooias de parceria da pI:Ovincia de S. Paulú e
outras, sendo nisso coadjuvados por informações e intrigas manejadas, infelizmente,
em nosso pl'Oprio paiz.
A terceira teve seu fundamento na prudencia, com que o governo imperial en-
_ tenden dever suspender por algum tempo a. sua iniciativa em objecto desta ordem,
até que pudesse combater aquella cruzada com a evidencia de factos demonstrativos de
que os colonos, que se estabelecem no Imperio como lavradores ou com qualquer outra
industria util, encontrão nelle o melhor protector, o mais desvelado promotor do
seu bem-estar e de seu futuro. .
Acha.Yão· se eotão em execução tl'aoalhos preparatorios em algumas colooias do
- governo. e nos territorios do ltajahy, Assunguy e Iguape, além elos que tinhão pOl'
fim a fllnda~ão de novos nucleos coloniaes em outras localidades.
Ordenando estes serviç.os teve o governo em vista proporcionar o offerecimento
de terras divididas em lotes couvenientemente preparados, vantajosa.mente situados,
e com facilidade ele cOlTIlIlunicações para os povoados, estradas geraes, rios navegaveis
e o litoral, destinados em primeiro lugar a e'migrantes contractados para virem estabele-
cer- se como proprietarios, e como precursores'de ôutroi:\ que espontaneamente seguis-
sem o senexemplo; em segundo lugar áquelles que desejassem apl'Oveitar-se dos favores
das Instrucções de 18 de No"embl'o de t858, as quaesgarantem na primeira parte de
O-P. i
- 31 -
suas disposições a venda de tena-' e algumas bem feitorias por modico preço em suas
colonias ou novos nucleos creados.
De parte dos referidos trabalhos e diligencias promovida pelo governo já fizel'ão
menção os dous ultimos relatorios: o que dé então até hOJe se tem feito, no sentido
indicado, acha-se con~ignado no presente relatorio.
Era este o estado, em que se achavão os negocios da emigração para o Imperio,
quando começou o anno de 1860; predominando ainda em parte as causas, bem
como as circumstancias .transitorias acima mencionadas: A reacção, porém, não
podia deixar ele apparecer á vista dos factos; a- verdade abrio caminho por entre o
nevoeiro das invectivas, das exagerações ~ calumnias. .
Contr'a os escriptos apaixonados dos que nos hostilisavão apparecêrão na Alle-
manha, na Suissa e mais paizes, outros escriptos defendendo O' nosso~ legitim03
intel'esses; é l-sobretudo, pondo em relevo a sinceridade, os e~rorços e desvelos do-
govemo imperial em acudir com promptas providencia sempre que emergencias
desagradavcis e excepcionaes exigem a sua efficaz protecção em prol dos colonos, ou
a 'ua alu tal' intervenção para a investigaçJo do. factos, restabelecimen to da ver-
dade e applicação de remedio adequ.ado.
Ao passo que escriptores conscienciosos e illustrados esposárão a causa da emi-
gração para o 1m perio, recebião os nosso' agent.es offic!aes na Europa todos os pre-
cisos esclarecimentos, explicações, instrucções e documentos, que os habilita sem
a manter os nossos direitos contra as arguições injustas e os manejos da intriga,
Esta reacção, que se operou, não como uma propaganda ostensiva e provocadora,
mas sim como empr'ego de uma arma legitima, de um meio prC'prio a fazer triumphar
a razão e a ver ade, deu em resultado deliberar o governo da Confederac.ão Helvetica
suspender o .el1 juizo ãcerca da colonisação suissa na provincia de S. Paulo, e
mandar a esta cOrte um enviado extraordinario, encarregado de estudar e examinar,
sem prevençõe e com esplrito de rectidão, essa questão, já tão debatida, e care-
cedora de uma solução definitiva.
Recahio felizmente a escolha daquelle governo na pessoa de um dist.incto diplo-
mata, de um perfeito cavalheiro, de um observador illu trado e Gonsciencioso, o
Sr. de Tschudi, que, havendo já visitado varias colonias, e, com especialidade, as
de parceria na pro incia de S. Paulo, tem dado as prova mais salientes e satisfac-
torias de sua imparcialidade e sentimentos da justiça, a par de uma escrupulosa
observancia dos seus deveres.
Consta que nos respectivos ['elatorios, dirigidos ao seu governo, rendeu home-
nagem :is benevolas di posições do governo imperial em prol dos colonos suissos,
attribuindo, em geral, o máo exito das colonias:í. infeliz escolha dos colonos. Taes
são, c m pouca differença, os sentimentos por elle manifestados ao ministerio dos
negocios estrangeiros, em uma nota com referencia ásua viagem á provincia de S. Paulo.
Acha- e elJe hoje na provincia de Santa Catharina, e é de esperar qne' o relatorio.
que houver de enviar ao seu governo, e qualquer exposição desta ultima viagem,
que julgar conveniente apresentar ao governo imperial, confirmem ainda mais o
geral conceito e a sincera estima e consideração , que tem abido gran-gear no
Brasil.
e, porém, este digno e circqmspecto diplomata tem sido um amigo, um
auxiliar, um intermediario consciencioso, que s6 nutre o desejo de ver olida-
mente restàbelecida uma perfeita intel\igencia entre os dous paizes, e de aplainar o
caminho á emigração dos seus compatriotas para o Brasil; outro tanto não se poderá
O-P. i ) lS
- 32-
dizer do Sr, de Meusebacll, a quem o governo da PJ'llssia, animado sem duvida
,das melhores intenções, encarregou de nma missão semelhante.
Nada direi a re peito do proceder inconveniente do Sr. de Meusebach, poupando~
me ao dif\sabor de refel'Ír factos, que estão blJje no dominio do publico, mas que,
tendo cbegado officialmente ao conhecimento do govel'Oo imperial, sel'ão tomados
na consideração, que merecerem.
Limitar-TOe-hei, portanto, a deixar aqui co signado que as visitas, que fez este
diplomata ás colonias ela Independencia, Santa Ro 'a e Santa Justa, na provincia
do Rio de Janeiro, e á de D. Pedro II, na de Minas-Gentes, causál'ão um abalo ines-
perado, e um effeito por e'\tremo desagradavel e prej udicial, assim a esses esta-
belecimentos, como aos vel'dadeil'os interesses da colonisação, Aguardão-sc a tal
respeito as inforrnaçõ s do commissario do govel'Oo imperial, que ali foi syndicar
dos factos occorridos e de suas cil'cumstancias.
Outras manifestaçõe ainda poem em releyo a mud~ll1ça, que se tem operado no
espirito daquelles paizes, que fornecem maior contingente de emigrantes, pelos
portos, de que acima fallei.
A brochll1'a do Dr, Lallemand contra a colonisação no Mucury combatida por
outras brochuras e artigos de jOl'Oaes, tem sido submettida a exame accurado por
pa;r,te de alguus governos, sociedades e commissões de emigração; c;Jbendo-me a
satisfação de r~fel'Ír o que OCCOl'J'eu ultimamente no Grão-Ducado de Baden, cujo
~o~eroo se aC~1a oas melhores disposições, quanto á e;nigmção dos sens subditos
para o Impeno.
Este governo s_ubmetteu ~ opusculo do Dr. Lallemand á commissão de emigração
instituida em Carlsruhe com o fim de velar pela sorte dos emigrantes no momento de se
éxpatr.iarem ; e chamou a attenção da mesma commi são para o que ali &e diz a res-
p'eito da deploravel sorte, a que se expunhão os e.nigrantes a!lemães, que se dirigião
~ara o Brasil.' .
'O resultado dos inqui(itos, a que grocedeu a dita comqJissão, foi que as autori-
dadeR dos districLos, que fornecem contingentes á emigração para o nosso paiz, de-
clarárão que er~o sati fa~torias as noticias dos seus conterraneos, já estabelecidos
entre nós, remettendo á commissão muitas carta& dt;stes, nas quaes se mostrarão mui
contentes em sua nova patria, e e'crevião a parentes e amigos, persuadindo-os a se-
guirem o seu exemplo. .
As mesmas autoridades, referindo-se á brocbura do Dr. Lallemand, a classificárão
de snspeita, mesmo pela exageração "de suas asserções; exageração, que induzida
a crer CJP" o sol não assoma para os- colonos do Mucury. « 011 devrait douter du leveI'
dij soleil a 1ft colDnie dlJ Mucury » - taes são as [Jrop'rías ex.pl'e 'sões dos informantes.
~Esta. noLiqia, que deix.o transcl:ipta, é extrabida de dados officiaes e rideclignos.
Ainda não ficã'O nisto as boas disposições que se têm l~esenvolvido, de um anno
~ esta parte, na .'\llell1anha a,favor dos nossos interesses. Igllae syrnpatbias têm
~rm~r cido na, Sa.xonia e em outros Estados, a despeito'dacil'cnlar'de 3 de Novembl[o
q~J ~5~, pel~ qual o gQv\erno d!i Prussia acons~lhál'a ,a se4S sul)l1itos não emígl"lrem
parp', o Brasi}.
,f N~o são,tê1;mbem os flilde9ses oS,nnicos, q1}e t~rn sido chamados pOl' seu~ parentes
e amigQ~, aqui re \~e.l tes; I)lui,tos ou~~os e,n;ligrantes,' que já se preparão a pal'til'
a Saxonia, do TYl'ol, da Belgica, da Hollanda e de differentes Estados da·Allemanba,
"11 rec~bido po,r iQterrl)edio do, gov~rpo i'Aperi~~, d s legílções e cons~lados.grande
nUrí),ero de caçtas. d,~'''''cóloqo,s,r~síden~ ;s nap,;.colop.ias de S~pta Isabel, de San,ta Leo-
pôldina, do Mucur.y, de Blurl}xna,u~ de O. Francisca, de. 'fheresopolis e elo ltaj€l-ilY,
coüvidapdo
f ~ .."
os af emiQ"[,íH'em
fl #~, ~l rr
par1jl os ,refeJ.'id9'8 nucJeos.
f". /
O-P, 1
- - 33-
Estes raetos falião por si: elles depoem tão evidentemente em favor do estado da;.
questão da emigração para o Jmperio, que nos deixão esperar, mais cedo do que era.
de suppôr, uma corrente espontanea de emigrantes para outras provincias , além da
de S. Pedro do Sul, para onde já se têm encaminhado.
Cabe aqui assignalar uma verdade reconhecida; e vem a ser - que de um lado a
existencia de centros coloniaes bem situados, convenientemente dirigidos e com as ne-
cessarias condições de prosperidade; e de outro lado as cartas dos colonos, estabeleci-
dos como proprietarios,satisfei tos de sua sorte e cheios de confiança na efficaz protecção e
razoaveis auxilios do governo imperial, produzem muito melhores effeitos a bem dos
interesses da emigração do que llma propaganda systematica e directa, acompanhada
de beBas promessas e descripções romanticas.
Bem compenet.rado, pois, desta verdade, não (juiz o governo imperial accelerar
a vinda de colonos para os seus estabelecimentos coloniaes, emquanto não se achas-
sem estes preparados convenientemente para a recepção e installação de novos con-
tingentes de emigrantes, deixando. que as hostilidades, de que acima fallei, fos?em
recuando antc a linguagem ela razão e da vel'dade, e cedessem á logica irresistivel
dos factos.
Ao passo que os acontecimentos seencaminhavão para este resultado, havia-se cele-
brado com a casa de Steil'llnann e Ca, de Antuerpia, o c ntracto de que deu noticia o
ultimo relatario para a remessa de 1,000 colonos. Principiárão estes a chegar pelo
meiado do anno passado, tendo sido a respectiva autorisação prorogada por duas
vezes, para mais 500 colonos no dito anno e outros tantos durante. os primeiros
I
2°, de attrahir emigrantes, que, vindo á sua custa e com algum peculio, trazem
comsigo uma pl'Ova segura de que são morigerados, habituados ao trabalho e á eco-
nomia; 3°, de evitar os engajamentos e todas essas que tões, que nascem das con-
dições de contractos, acompanhadas quasi sempre de exigencias desarrazoadas e de
reclamações infundadas; 4 de tirar o pretexto a intervenções indebitas, e, não
0
,
tamentos, de que não possão prescindir os emigrantes, que, durante um certo espaço
de tempo, vierem estabelecer-se nas colonias, onde se acharem parentes e amigos.
que os tiverem convidado. .
Tambem se pMe admittir como excepção, os auxilios por adiantamento,
quando, por exemplo, se reconhecer a necessidade de promover a fundação de
um novo nucleo colonial por parte do governo; ou quando houver algu-
ma proposta de emigração de certo numero de familias ele- uma mesma nacio-
O-P. 1.
- 35-
nalidade, de uma mesma parochia ou districto, que se propuzerem a emigrar
conjunctamente, tendo por si os abonos necessarios e um pequeno capital, e aUegando
entre outros motivos attendiveis, o desejo de se estabelecer em um mesmo nucleo.
Como estes, alguns outros casos especiaes ou extraordina;rios poderáõ parecer ao
governo imperial dignos de consideração.
São estas as infom1ações e considerações, que se me otIerece levai' ao conhecimento
de V. Ex., pelo que respeita á questão da emigração, propriamente dita, e aos
meios de promovê-la de modo, que se vá tornando espontanea no menor tempo
possi vel, e, particularmente, no sentido de desenvolver a colonisação 'sobl'e a base
da pequena propriedade.-
c..l()uisacão.
i>
Deste documento se observa que apenas forão distribuidos, em virtude" das ditas
'instrucções, 757 colonos até o dia 23 do mez que hoje finalisa; entl'etanto as encom-
mendas vão crescendo consideravelmente, de modo que cinco a seis mil colonos que
ti.vesse a Associação á sua disposição, não c.h"egarião para a satisfacção de todos os
pedidos, "
E qual a razão de uma tão notavel desproporção entre a demanda de colonos e a
distribuição feita'l Facilmente se exp-lica.
Quasi todas as encommendas restnngem-se a colonos oriundos de Portugal e suas
possessões, por motivos obvios, já declarados no relatorio do anno passado, onde ficon
tambem consignada a opposição, que fazia o governo portuguez á emigração de seus
subditos para o Imperio por interrnedio da Associação Central de Colonisação.
Ora, esla opposição, ou desconfiança daquelle governo continuou durante o anno
decorrido, bavendo-s~ tornado extensiva á sahida de emigrantes não engajados pela
Associação, cujas operações parece terem servido antes de pretexto do que de motivo
fundado para a I)l'ohibição decretada.
Sejão quaes torem as cansas, que tem determinado um tal pl'Ocedimento, o cerlo é
que uma cruzada sy?temaLica, apoiada em um partido forte, adverso ã.emigr?ção, se tem
levantado contra n6s, e com mai 'nlensidade nos dous ultimos annos;sendo muito para
notar que no Brasil, mórmente nesta cOrte, não tem faltado quem, im pmdenlemente, e
até COJ;O ingratí<lão, alimente uma intolerancia, prejudicial mesmo aos seus com-
patriotas, os quaes, como muitos outros, prosperarião aqui e voltarião para lá com boa
fortuna, quando não se Dxassem no Imperio.
Ha no emtanto fundamento para crer que o governo de Portugal, consultando
melhor os proprios interesses ae seus subc1ilos, e confiando inteiramente na solicitude
do govemo imperial em proteger os colonos, mude de pensar, e reconheça que suffi-
cientes garantias existem nas sobreditas i'nstrucções, além de outTas, que possão ser
adoptadas, para que a intervenção da Associação Central seja ainda mais benefica e
efficaz. Consta mesmo que esta tem, pela sua parte, empregado os meios conveniente
afim de obter a revoga,.ção das ordens expedidas contra seus agentes,
Pelo que respeita aos AlIemães, Suissos e outl'OS colonos engajados no Norte da
Europa, ha como se sabe, urna repugnancia da parte dos nossos fazendeiros em com-
prehendê-Ios nas suas encommendas para trabalhos de parcer-ia Ou salario, pelas
considerações apresentadas no nltimo relatorio e, principalmente, ú vista do que tem
occorrido nas colonias das provinc.ias de S. Paulo e Rio de Janeiro.
E com razão receião elles expô r-se a passar pelos dissabores, que hão soffrido os pro-
prietarios daquelles estabelecimentos, e ainda mais depois do que acaba de ter logar.
em consequencia da visita elo ministro da Prussia ás colonias da Independencia,
"anta Rosa e Santa Justa .
. Felizmente., para contrabalançai' os desagradaveis eITeHos, resultantes c1aquella vi-
sita, temos o procedimento cil'curnspecto do illustre enviado da Suissa, que soube fazer
justiça ás rectas intenções do governo imperial e ao caracter dos nossos fazendeiros,
collocanc1o em Sen verdadeil'O terreno as questões da colonisação por parceria na
provincia de S, Paulo, de que tratarei em logar competente.
Se, por tanto, até bojeforão importados e distribuidos, nos termos elas Instrucções
de 18 de Novembro de '1858, sómente 130 Allemães e 7 Francezes, como se observa
no mappa acima mencionado, deve-se esperar que se desíaneção os embaraços, a
que alludi : mórmente, se houver perseverança de nossa parte, e se, além de algumas
pequenas modificações, de que sejão susceptiveis aquellas instrucções, e da refo ma
ou revogação <.la lei de 11 de Ontubro de 1837, forem adoptadas as medidas concer·
nentes á creação de um juizo especial para a decisão das questões derivadas dos COll-
o-p, i
- 37-
(;olollia!!!.
O-I'. i
- 40-
~olollla!!! do governo.
ESPIRlTO-SA 'TO.
II
- ·u -.
rO terrilorio pertencente ti colonia comprehende uma •de 35,182,000 braças
quadradas, equivalente a um quadrado, pouco mars ·ou menos, de duas leguas por
lado, achando-se cultivada'S i,i50,000 braças quadradas. e com simples derrubadas
350,000. .
O director da colo ia continuou com a medição e demarcação de prazos para es-
tabelecimento de novos colonas; tendo tambem feito iguaes trabalhos, por contracto
com a presidencia, o engenheiro Pedro Claudio Soido, os quaes terminárão com a
promptificação de 100 prazos. .
Dos 60 prazos competentemente preparados pelo director, 25 já forão distribuidos
aos colonos para ali remettidos por ordem do governo. Restão disponiveis 35 para
o lado da margem direita do rio Braço do Sul, sobre o qual se projecta a construcção
de uma ponte.
Continuão os trabalhos da medição e demarcação de novos prazos e de derru-
badas a cargo do director. Tem este igualmente executado a abertura de caminhos
prefazendo a extensão de oito leguas, pouco mais ou ménos, e atravessando os prazos
já medidos, e por terrenos quasi todos planos. .
Todos eS3es trabalhos achão·se indicados e explicados na planta e infol'mações
remettidas pelo director.
A cultura da colonia consiste na plantação (lo café, mandioca, aipim, balatas ,
milho, feijão e legumes de todas as qualidades, Teve logar o anno passado uma
peque~a exportação de café; e maior teria sido, se não fosse a secca, que tambem
damnificou a plantação de milho e feijão. Informa, porém, aquelle empregado que
o café promelte actualmente uma abundante colheita, podendo-se, 110 caso que isso
se realise, dispensar o auxiliQ das dial'ias fornecidas pelo governo aos colonos,
que destas têm carecido.
A criação do gado vai prosperando, principalmente depois que se abl'io e preparou
o pa~to commum da colonia.
Ex.is m 60 a 70 cabeças de gado vaccum e 94 de ânimaes cavallares ou muare ,
pertencentes aos colonos.
A estatistica da população dá, até o fim do anno passado, 652 pessoas; sendo:
Homens. 352
Mulheres 300
- 652-
Adultos. 348
Menores .304
- 65~
Casados. • . 24f
Solteiros (inclusive viuvos) 4H
- 652-
Catholicos . 272
Protestantes. 380
- 65~
Segundo a nacionalidade, divide-se a população em:
Allemães, inclusive 187 Prussianos . 437
Brasileiros, inclusive -\0 nascidos na colonia. t85
Sardos . !O
S-uissos. 8
Fra"H~eZes. ~
- ' 65~
o-P.
·j2 -
victimas da febre amarella . que nunca alli chegou. Fallecêrão, um, de molestia
de figado . já em desenvolvimento á sua· cbegada no Brasil; e outro de uma mo-
lestia, que adquiri.o durante uma visita, que fez, no maior calor do verão, a uma
-colonia, que não pertencia á sua pal'Ochia. »
Concluirei dizendo que, segundo uma informação dada pelo presidente, em data
de 23 de Novembl'O do anno findo, acompanhada de uma relação es·tatistica, apre-
senLada pelo director desta colonia , consta que de '137 familias, entãõ estabelecidas,
algumas possuem mais de dez contos de réis, e apenas 8 não promettem prosperar
(l-r.
•
- 43-
por motivos' a.pontados na mesma I'elação; havendo duvida a respeilo de outl'as 8,.
e nada se podendo ainda sâber de 5, que começão agora a trabalhar.
Como se vê, de quanto fica expost.o, :\ colonia Santa Isabel se acha nas me-
lhores condições de prosperidade; e o governo imperial não ponpa esforços, para
lhe dar todo o passiveI impulso e os auxilias necessarios.
Esta calonia, de fundação muito mais modema do que a de Santa Isabel, e tendo
recebido um grande accrescimo. de colonos nestes ultimas annos, aioda não póde
apresentar, como aql1ella, a ordem e regularidade uecessarias em sua adminis-
traçTIo e serviços.
A pouca duração ou interinidade llos seu directores, junta a um concurso de
circurnstancias inesperadas, tem contribuido tambem para embal'açar o seu natural
desemolviment~. Na data do ultimo relatorio da repartição geral das terras publicas,
era director da colonia o Barão de Pfuh, assaz conhecido pela sua intelligencia,
capacidade e zelo na gerencia dos negocios do c, tabelecimento a seu cargo.
Infelizmente uma morte prematura conscquencia de uma grave enfermidade,
privou-nos de sua muito valiosa coadjuvação. Este infausto acontecimento não deixou
. de produzir alguma sorpresa e bastante pezar; e, co::r.o ao mesmo tempo a dita
enfermidacle apresentava certos symptoma , semelhantes ao da Lebre amarella,
procedeu se sem demora a autopsia e a todos os exames e indagações necessarias,
para que, conhecida a verdade, não houvesse quem se prevalecesse dessa triste
occurrencia, afim de desconceituar as condições de salubridade da colonia ou at-
trilmir o fallecimento de 1]0 digno clil'ector a outras causas, que não fo se a de
um acontecimento natural.
Hoje deve-se ter como certo que o Barão de P(uh não foi victima da febre ama-
rella, que nunca appareceu na colonia, mas sim que, incaniiarel no desempenho
dos seus deveres e no ioteresse, que tomava pelo futuro do estabelecimento e do
seus habitantes, cuja prosperidade já antecipadamente havia anminciado, expôz-
se aos rigores do sol, não se esquiyando a fadigas, nem guardando as cautellas
necessarias em suas viagens pela colonia. Em uma dellas, pois, no mez de Julho
do anno passado teve de succumbir a um ataque, que não poderia er enão o resul-
tado das <rausa' apontadas, e para cujos effeito ratae~ não pouco terião concorrido o
seu temperamento sanguineo e constituiç30 plethorica. '
A admioLtração da colonia foi interinamente confiada ao engenheiro civil Arnelio
Pralon, o qual, occupado ao mesmo tempo com, aríos trabalhos de sua proDssHO,
de que se achava ahi encarregado, fez quanto estere ao seu alcance para manter e
regular a marcha dos sel'vi'ços coloniae até a chegada do novo director oRarão
de Varnbuler. Entrou este no exercicio do seu cargo no dia 20 de Novembro ultimo
e prometLe fazer uma boa administração, send::> como é, intelligente e pratico em
lidar com estabelecimentos dessa natureza.
Importantes trabalhos tém sido executado . pois, além das obra da est.rada do
Porto da Cachoeira ao "alie de Bragança, da casa do director, das medições de
prazos, dos caminhos coloniaes e dos cemiterios, serviços estes, que continuárão
durante o anno ; concluio-se a medição e demarcação do perimetro do territorio da
colnnia, fix.ado em um quadrado de duas legllas por lado com pequena differeoça.
A úrea comprehendida nesse perímetro acha-se quasi toda dividida em prazo&
competentemente demarcados, muitos com derrubadas feitas e pequenas casas le-;
O-I'.
- ~4-
"Vantadas para 'estabelecimento <fie Ilav " colonos. Muitos caminhos se tem abe~t'0
para communicaQão dos prazos, qu~ vão 'Sendo occupados.
Em fim , acha-se definitiv.amente escolhida a localidade e traçada a planta, que
.parece mais apropriada para assentamento da povoação, em um ponto central da
colonia.
A pIa I geral do districto da colonia, ol'ganisada pelo engenheiro Pralon e re-
'mettida pela presidencia ao governo imperial com officio de 18 de Janeiro deste
anno, demonstra todos aqueHes servi&os. indicados os prazos occupados. os que
se achão disponiveis e preparados para receberem os colonos, que fôrem chegando,
os que restão a medir, os caminhos feitos e a'área destinada á sMe da povoação,
equivalente a 960,000 braças quadradas.
Da mesma planta se vê que os dous polygonos do tefl'itorlo ,situados ao Norte da
colonia, tem a sua communicação já estabelecida para o Porto da Cachoeira sobre
o rio Santa Maria; entretanto que os dous polygonos ao Sul, para onde se têm ul-
timamente encaminhado os colonos, carecem ele uma outra communicação mais
natural e mais faci!. Esta só se póde effectuar CQm vantagem abl'indo-se uma es-'
trada de rodagem para o porto ele Mangarahy sobre o mesmo rio, sendo 'para notar
que deste ponto até a cida.de da Victl:Jria a navegação é sempre franca em todas as
estacões.
Attendendo á urgencia da abertul'a desta éstrada, bem como a do assentamento
da povoação, construcção das casas para residencia dos empregados, da capeHa
cathoJica, da escola, etc., acaba de ser incumbido desses serviços o engenheiro
Pralon, mediante contl'acto, que tem de celebrar com .0 presidente, á vista das
competentes plantas e orçamentos.
Nos trabalhos da demarcação do perímetro ela colonia, da medição de prazos,
derrubadas e outros, de que acima fiz menção, farão tambem empregados os enge-
nheiros Muniz Freire, Mello Cunha e Pedro Claudio Soido, tendo este de cone ui,
a medição e preparo dos 70, que estão ainda por medir.
Os empregados da colonia são:
Director, Barão de Varnbuler; -
Escrivão, Camillo de Lelis Alvares da Silva;
Medico, vago, pela demissão pedida ultimamente pelo Dr. Martim Leocadio Cor-
deiro.
Enfermeiro, o colono Jahn Brunn ;
Capellão, Prei Adriano Lantselmer;
Engenheiro, Leopoldo Augusto Diocleciano de MeUo e Cu ha, á disposição do
presidente da provincia;
Engenheiros encarregados de trabalhos por contracto, Amelio Pralon e Pedro
Claudio Soido.
A estatistica da população, constante de um mappa remettido pela presidencia ,
em data de 27 de Julho do anno findo, apresenta um total de 239 famílias, com-
~ogtas de to03 individuos; a saber:
Homens. 5H
Mulheres 462
- 4003
Maiores. , '57i
Menores .. 432
t003
Catholicos 322
Protestantes. 681
1003
o-P.
- 4.'5 -
de que trato.
Em um breve relatorio , ultimamente recebido do nol'O director, que ainda não
tem tempo bastante, como declara, para enviar uma estatistica exacta e circums-
tanciada, apenas se vê a indicação do numero das familias conforme as suas .na-
cionalidades e a respectiva classificação, segundo a maior ou menor aptidão para o
trabalho e resultado de suas culturas. ão reproduzirei aqui essas informações, por-
·que convém esperar' que uma melhor averiguação a tal'respeito forneça dados mais
positivos. .
Pelo que respeita á lavoura me servirei conjuncLamente deste ultimo relataria e de
um outro apresentado em Junho do anno passado peJo finado director -ao pre~idente
da provincia.
Os colonos se Lêm applicado m,ais ao plantio da mandioca, que prospel'a, e pouco
á do milho, occupando-se recentemente em cultivar a batata ingleza. Espera-se que
dentro de dous annos haverá urna soffrivel colheita de café.
Aspecto mais lisongeiro offereceria a colonlà a este respeito, se as estações ti-
vessem corrido favoravelmente, ·e d'entre os colonos, que, em geral, são pacificas
e bem comportados, não existissem muitos preguiçosos para o trabalho' sendo,
porém, de esperar que com a persuasão, meios brandos, e, sobretudo, com as
providencias dadas para que na distribuição das diarias se não alimente a ocio-
sidade, se convenceráõ os remissos de que o seu futuro depende de sua actividade
e pprseverança no trabalho.
O-P. i
-- 46-
Para Inelhor se conseguir um tal fim, detel'lninou-sc, em aviso de 28 de. Junho
do anno passado, que os cnlonos, que se mostrassem aptos para as dCrI'llbadas
e para os serviços dos eaminhos e outros da colonia, fossem empregados nelles d~
pl'Cferencia a trabalhadores ou emp.reiteiros extranhos ao estabelecimento, havendo-
se ao mesmo tempo providenciado a que a distribuição das diarias se fizesse de uma
maneira mais regular e menos vexatoria para os colonos, que começa ão a desgostal'-
se e a quci xar-se do encarregado especial <-leste serviço anteriormente á chegada
l
pés, aquellas, importadas pOI' famllias de alguns colonos ali i chegados, e propa-
gadas pell) contagio e faHa de cautelas e de limpeza; e estas, devidas proprlamcnle
á incuria, pouco asseio e preguiça-, que as des[ rezão na inras~o do ma1.
Á vista do- referido mappa, nenhum 'caso de febre ~ntermittente olÍ de outra na-
tUl'eza endemica. se den no districto colonial, qúe é, sem contestação, bastante
s:lUdayel. Apenas alguns casos apparecem desta ultima no porto da Cachoeira, que
não pertence á colonia, endo que esse mal de preferencia aiIecta os recem-chegados
e os que abi se demorâo nos tra.balbos da e trada acima mencionada.
É porém, de esperar, que com o a sentamento da povoação da colonia no pr ,!to
central escolhido, com a residencia do medico nesse lagar, com o estabelecimento
de um hospital e de uma botica convenientemente sortida de todo o necessario •
muito tenha de melborar o estado sanitario dos eus habitantes.
Tendo infelizmente aquelle habil e zeloso facultativo pedido a sua e"Xoneração para
se recolher a esta côrte, por Illotiros ponderoso, flue allegou trata-se de enviar
para.?lIi um outro, que o sub, ti lua.
Quanto aos colonos snissos, que primiti\ amente se estabelecêrão cm Santa Leo-
poldina, mostrão-se elles pouco satisfeitos do seu estado de fortuua, provindo as
suas queixas da má qualidade attribuida ao terreno dos prazos, que lhes forão di -
tl'ibuidos. Mas essa causa deixou de existir, desde que os mesmos colono;:, não têm
aceitado no"os' prazos á sua escolha, oITerecidos pelo governo provincial, preferindo
conservar-se nas suas terras actuaes para se esquivarem ~'o trabalho a alguma dis-
tancin. Accresce a circumstancia de existirem no pl'Oprio territorio occupado pelos
Suisso's diversos colonos laboriosos, que têm muito boas plantações.
ÉSLá, portanto, a origem do mal, que allcrrárão, na sua ~ouca actiYidade, nos
,cus hal)itos de pmgniça.
Por falta de informações, nada de maior iutel'esse posso dizer ácerca deste m -Ieo
colonial, além do que ficou consignado no ultimo relatorio da repartição das terras
publicas.
O-P. 1
- h7 -
- . penas ê{)nsta de um.oflieio da presidencia, com data de 3 de Dezembro, que mui
limit.ado e o numero das pessoas, que se têm querido por ora prevalecer das van-
ta '"0ens aarantidas
o
nas Instruccões
•
de que alli se fez menção.
ANTA CÀTHARI~A.
Colonia Blwnenau.
Depois das informações presJ;adas nos relatorios de 1859, apresentados pela re-
partição geral das terras publicas e. pelo commissario do governo o conselheiro Lníz
Pedreira do Couto Ferraz, permaneceu esta colonia no estCldo, em que fôra des-
cripta, ,até que, em meiados çlo anno passado, resolveu o governo imperial dar-I be
o possivel desenvolvimento; pois que, além de uma população de colonos antigos,
que vivião satisfeitos e na abastança, possuia elementos para se tornar um nndeo
importante e florescente.
Tomada esta deliberação, derão-se as seguintes providencias:
Ao 2° tenente àá armada Corcoroca foi confiada a direcção da coloDia, por a\'Íso
do 1 de Agosto, depois de haver o mesmo executado trabalhos preparatorios para
0
o-p.i
- 50-
Theresopolis.
Acbando-se este novo nucleo colonial mui proxiino á colonia Santa I abel, a que
me referi antecedentemente, tem de aproveitar-lhe o trabal~os ordenados para
facilidade de communicações pela estrada geral de Lages e caminbos, de que tambem
fallei, com especialidade o que deve communicar o centro da povoação com o rio
dos Bugres e a mesma estrada.
Tendo o governo imperial de enviar para ali os primeiros colonos, que estavão
a chegar da Emopa, rernettidos por Steinrnann & C., de Antuerpia, nomeou em
16 de Junho do anno findo para servir de director da colonia"Ü .capitão Theodol'o
Todeschioi engenheiro ha.bil, que tinha por si as melhores informaçl'"es. A 8 de
I
Itajahy.
Colonia de Nacionaes.
PARANÁ.
S. PAULO.
Depois do relatorio âo anno passado, em que se deu conta dos trabalhos prepara-
torios ordenados a bem da fundação deste nucleo, informou o director provisorio
Fernando Gothard que se achavão promptos 'tl'eS ranchos e um quarto proximo a
concluir.se. Qbanto aos meios de communicação, diz este empregado que mandára
abril' uma picada desde 61 logar destinado ao assento da colonia até o porto de em-
barque no rio Paricoeira-Asstl.
Sendo, porém, mui oonfusas as informações prestadas por Gotbard a tal respeito,
exigirão-se novos esolarecimentos do delegado das terras. Segundo declarou elle,
eill oflicios de 10 e 20 de Outubl'O, aquelle rio não dá navegação franca, por obs-
truido, e o caminho, que do territorio vai ter a elle em uma distancia de .4 a 5
leguas, liem como o que de Iguape se dirige a Xirirlca atravessando o mesmo terri-
torio, .não se !lchão em estado ele prestar serven;tia para o fim, que se deseja, de
facilitar, o mais possivel, as coçnrnunicações.
Examinadas nesta repartição estas e outras circumstancias, e não parecendo con-
veniente estabelecer nesse ponto colonos pecem-chegados da Europa, como fôra
projectado ao principio, resolveu o goverIlo, por aviso de 9 de Fevereiro ultimo,
promover ahi o estabelecimento de colonos nacionaes e de estrangeiros, ba ..mais
tempo, residentes no paiz, e que 1!0ssuão algum peculio para as suas primeiras
despezas, priacipalmente as do seu sustento.
Ofliciando neste sentido ao presidente da província, ponderou-lhe o antecessor
de V. Ex. que seria conveniente ir para aIli encaminhando os colonos de parcetia,
- que existem na provincia, e que, tendo-se desembaraçado de seus compromissos,
quize. sem estabelecer-se como proprietarios comprando terras ao governo, qtlando
não prefer~ssem ou não pudessem comprar terras pertencentes aos fazendeiros, com
quem se houvessem contractado.
O-P. 1
- 54-
RIO-GRANDE DO SUL.
S. Leopoldo.
Não se faz menção desta colonia nas informações recebidas, pela razão de que;
ba muito tempo, é villa e tão florescente, que merece talvez mais do que algumas
cidacles ser elevada a esta categoria.
Ql1anto se tem e 'posto a respeito della nos relatorios anteriores attesta um
degenvolvimento sempre crescente um gráo de prosperidade tal e a existencia de
uma pomação tão consideravel, que se tem tornado não só um verdadeiro celleiro
da provincia e um ceDtro de exportaç1io para fóra della, como um viveiro de
colono~, que, Dão podendo já conter-se nos limites do seu territorio, têm emi-
grado p(lra outras colonias mais modernas. •
Demaig, se a colonia de Petropolis, na provincia do Rio de Janeiro, de muito menor
desenvolrimento e população, passou de, regímen colonial pa.ra o municipal, pelo
facto de ter sido elevada á categoria de c.idade, formando o centro de um mu-
nicipio, é fóra de duvida que a de S. Leopoldo está inteiramente no caso de não
ser mais considerada como sujeia ao regimen colonial, o qual, na verdade, desap-
pareceu, ha bastante tempo, desde que se constituio tambem em municipio, sub-
sistindo por si e sem que seus b?-bitantes tenhão carecido dos auxilios e protecção,
que rt'clamão os nucleos coloniaes propriamente ditos. _
.' ~nllc1ada em f824., recebeu esta éolonia, por muitos annos, auxilios de di-
nheiros publicos, os quaes, segundo um calculo feito no relatorio de f857, im-
portárão na somma de 500:000$. .
t(l'"Assim, pois, nada tendo de novo a dizer ácerca desta importantissima povoação
qU.e, com razão, pMe ser eliminada do catalogo das colonias, passarei a tratar
das outras existentes na provincia, posto que mui limitadas sejão as infor-
mações, que a respeito deUas possu~ esta directoria.
Santa-Cruz.
A população debta colonia, que até o anno passado era de 2,722 pessoas,
conta hoje 2,886, pela maior parte lavradores, sendo 669 o numero dos fogos.
o A área de terreno cu1tivado é de 58, fOO,OOO braças quadradas, e a do não
wltivado, de braças quadradas 31,960,000..
Esta colonia continúa em via de prosperidade, devendo ter augmentado neces-
sariamente a sua produeção agricola, bem como a criação de animaes de differentes
especies.
Referindo-me, quanto ao mais, ao que se disse nos dous ultimos relato rios,
concluireI noticiando que não poucos emig!'anLes, vindos da Europa, se vão para
ali encaminhando.
O-P. i
- 55-
Sa11to-Angelo.
Do mappa remettjdo pelo delegado das terl'as nada consta que se eleva men.
cionar a respeito destas colonias, podendo-se pl'esumir que contínuão pelo menos.
no mesmo estado, que foi descripto no citado relataria.
Direi apenas que naquelle mappa se dá como ext.ifJcta a ultima dessas co-
10nias, talvez porque quasi toda ã sua população se compõe de nacionaes. Privado,
porém, de dados precisos e explicações procedentes, ainda não posso considera-Ia
como tal.
BABIA.
o-p.i
- 56
Colonia Rio-Pardo.
o-P. 1
- 57
PIAUHY •
.-
Colonia. S. Diogo.
PAnÁ.
Esta colonia foi fundada m 4· ue 'lalo de t 855 pelo cidadão José do O' e
Almeida, sendo para ella adoptado o systema de arrendamento e pal'ceria.
A sua população consta de 52 homens e 55 mulheres, sendo maiores 71 e me-
nores 36, casatto, 20, olteiro~ e vinvos 67, ao toflo 107. Oeste:: colonos iOi são
brasileiro, 3 porLuguezes e ;3 sui sos. "
Os empregados da colonia -ão: um medico, um pharmaceutico, um capellão,
nm administrador e um guarda-livros.
Possue um engeullo de assucal', distillação Lle aguartlente, sen'aria de madeira..
Tem além disto uma capella 22 casas para os colonos.
A industria exercida na coI nia conj te na la.voUl'a, colheitas ilvestl'es, obras
de gomma ela tica, d redes renda de linho. ..
Allegaucto o empl'e ado .fo ' do O' Almeida os grande embaraço e diffi-
culdades, que tem cncon Lrado, além dos grande pl'ej uizos, que soffreu com a fun-
dação da colooia, pedia ao governo imperial a 1'e ci ão do seu contracto de 18 de
Setembl'O de 1858, [)L'opJndo- e a illd 'IDoi ar a fazcnJa nacional da quantia
de 30:000~OOO, (Iue recebéra por empre timo e ofIerecendo por garantia do reem-
bolso respeclivo a hypoLheca elos, en estabelecimento.
I
ESPIRITO-SANTO.
Colonia do Rio-Novo.
Colonill Fmnsilvania.
I . ele··
ú cliz.er rllle esta calonia tl'm deixa.do ele ex.i til'. Depois de celebrado
CQlll o Dr, Fran~~a Leite o ~ontnl(:lo (te 22 cll} Outubro de lt;59, cujas lJa. 'e' se
acllão exarada no relato rio ant.cri r, e cm rirtude elo qual se l'e olvêl'a a ('08-
cisão do contracto tIo 17 dc Dezembro de 18, fi, tc\'e- 'o de proceder á' ava-
liações I1ccessarias: ma, sn citando·~e duvida. i. cel'ca do valOl' dado aos esta-
belecimentos tia Barra e P'rau'i]\,ania, ficou su pun a a l'ealí ação ele La tl'al1sacção,
pelo meno nesta parte.
r o emtaoto forão tenüo e:ocuçào alguma da oulra condiçãe e'Upulada. É
n
uma delias a que diz r speito aos colono::, qne h:l."dão, ~ido cootractados na
Europa por conta. elo emlJl'e'ario c lll1e o governo imperial, conformo a decla-
ração, que lhe f6ra feiLa e que mencionei no l'elatol'io de 1859, continuou a
receber e a mandar esta1.Jelecer nas colonia anta Isabel e Santa Leopoldina, le-
n
MINAS-üERAES.
;l'fucury.
providencias e medidas (t tomar ·,rim ele CJue do conl.l'ado, que se acaba de celelJl'ar,
se obtenlJão ,as maiores vantagens possi\'eis a bem ~Ia colonisação 110 Mucury.
Colonia D. Francisca.
1859
Homeus . '1,309
Mulher s-: 1,166
Catholicos . M..l)
Protestantes. 2,029
a.tmal isado3 53:3
aserdos. 95
Fallecidos 38
1860
Homens. 1,518
Mulheres. 1,367
Catholicos 1.. 82
O-P. i
".
-- 63
Protestantes. 2,403
Naturalisados 570
Nascidos. 133
Fallecidos '. 7t
'1859
Catholicos 4-
Protestantes. 16
Mi tos . 3
J860
Catholicos 9
Protestantes. 16
Mixlo 16
A estrada, que desta colonia vai ter á provincia do Paraná, tem smo regularmente
feita. egundo a opinião do presidente e mais informaçõe recebidas esta estrada
será uma das melhores do paiz pelo eu hom traçado c perfeito acabamento" além
das gl'ande yantag n \ qu olIerecer: á !'elações e commercio da dua pro-
vincias.
Existe ne ta repartição um plano da e lrada, l'emellido pela presidencia com
omrio de '16 de Maio do anuo I'I' ximo findo; c havendo 8, ta informado que a
onl a con ignada pam esta obra eslava qnasi esgotada, foi aulorisada, por aviso
lo 5 de Junbo, a ir maocland ali fazer a )' 'peCliYa c1espezas pelos diver os
O-P. 1
- 6~ -
credUos distribuidos á provincia; devendo, no caso de serem insu.ffi.cientes, 1'e-
pletter uma demonstração circllmstanciada rle tudo afim-de se providenciar conve-
nientemente.
O major Pedro Torquato Xavier ue Brito engenheiro flscal po-r parte-do gôverno
imperial, deu regularmente conta do. trabalhos ef'fectuados até o Q01 do mez de JUlho,
informando com miotlciosidaue 3 resp ito de todos os serviços, assim de construc-
ções, como de concertos e r paras.
O resultado do relatorio parciaes é o eguinte:
Ficou concluida a 2" secção ela .strac1a com 1.352,5 braças lilleam promptas,
com 150 de terreno \impo de troncos (' r~iz(ll::, (' com 220 de malta derrubado ao
todo 1,722,5 braça. Fizerão- e vario onc.ertos na I n secção em consequencia dos
estragos causados pela' grande chúva. Conclllio-,sc '\ ponte do Principe e apromp-
tárão-se algun hoeiro~.
As obras da igreja catholiea t.h-_er~o anuameute I'azendo- c 8,087,2; palmos cu-
bicos de alvenaria de pedrn c cal para accrescenl:amento ela altura da parede exterior
da capella-mól', e 11-41 palmos eubico Lambem d'alvenaria no atcr scenLamento das
paredes exteriores, e concluindo-se o arco ele tijolo da parede da acristia.
Quanto aos,trabalhos da ca a de oraç;lo, cou i LirJo em obra. ele alrenaria e na
promptificação de :1,:·H.i2 l)almos \ineare no nlac1eiramento para o tl'cLo, torneamento
de quatro coll11l1nas, e outros el'\7iço. -
No relatorio, J'emeLLido pelo major João-de ouza Mello e AlYilll, em data de 20
de Julho, achão-se reunidos ·os ll1ensaes, ;), que Jae tenho referido. _
De ent~o para eá nada mais tem coo Lado a respeito das obra acima mencio-
nadas; tendo o eng nheiro major Brilo pedido em Setembro a sua demissão pelo
eu mão estado de sande. -
Concedida essa demissão, pri)Viclenciou o r. x-ministro do Imperio para que
continuasse-a haver na colonia um outro fisca.l do governo em substituição áquelle,
autorisando ao presidente a nomear provisoriamente a quem bem pudesse desem-
penhar uma tal commissão, nomeat,;ão que' l'ecahio na pessoa d Gustavo Adolpho
Olto de Nierneyer, que já tem sido empregado nos lraballlos das obras da colonia.
Caminhos coloniaes.
.' .Neste sentido aquella Sociedade repl'esentou ao gov uo imperial t por intel'll1edi()
do seu procurador nesta côrte, propondo-lhe me.smo a transferencia e a is o esti-
vesse disposto. '
O governo, ~eixando o objecto principal dessa representação para resolver mais
tarde e convementemente, conce C'1 lhe, além da pl'estação garantida pelo art. :14-
d.o contracto do t o de Julho dI' ~~ã9; com as mesmas condições, um auxilio addi,
ClOnaI de 15:000~.OOO em t <:JS pr ações íguaes, com intervallo de quatro mezes de
uma á outra, reahsand~-~~ a primeira logo depois da assigoat.ura do cont.racto~, que
se lavrou em data dp,. J de Outubro do anno passado.
R10-GRA~DE DO SUL.
Esla colonia, conhecida tambem pelo nOlDe de Montravel, situada á margem di-
reita do Caby, não apresenta, segundo as iuformações recebidas ultimamente,
augmento algum no eu pessoal' pois o total' de 1,3i6 colonos, que tinha ha um
anno, é o mesmo que ainda existe, com a dilIerença de ter crescido o nnmero da
familias de 276 a 283, devido isto talvez a alguns casamentos.
A população divide-se em 692 catholicos e 624 protestantes; sendo:
Homens ele mais de 12 annos, 4·62; de menos, 228.-
Mulheres, idem 4-04; idem, 232.
r lsados, 478 ; viuvos, 1. 9 homens e 27 mulheres.
oUeiros, 4·23 ditos e 369 dita.
Os trabalhos agricolas offerecem um notarei progres o; pOl'que, não tendo havido
augmento de população, o resultado da producção foi muito maior do que o referido
no relatorio ultimo da repartição' a saber:
RRODUCTO. VENDA. CONSUlIO. SOBRA.
S. Lou.renço
A respeito desta colonia apenas direi que o seu empresario •Jacob RlJ "ingatz, en-
contrando grandes difficuldades e obstaculos em medir, dentro de dous .:.':1nos, o
primeiro perímetro do territorio vendido, declarou não lhe ser possivel obse :'~~r o
art. 5 do seu contracto de 18 de Dezembro de 1857, e pedio prol'Ogação daquelle
prazo até o 10 de Novembro do corrente' anno. ' .
O governo imperial, attendendo ás razões expostas, assim o deliberou por aviso
de 16 de Jovembro.
PROVl.'NC/A DE S. PEDRO.
O delegado das tenas dá con{o ~xtillcta esta eolonia. A informação não parece
assaz fundada; porque, posto o seu pessoal tivesse diminuido de cerca de to fa-
miJias, que· se dirigir.ão para Pelotas, Jaguarão e Montevidéo, as que restavão tÍ-
ravão anteriorment.e bastante pcoveito de sua. cultura e industria agricola.
T.enciono, p,ortanto., exigir novas informações, com as razões justificativas da...
queUa asserção.
(H>. 1
- 61-
Cou entos.
Estrella.
Maríal1ite.
Nota o delegado que esta colonia vai em decadencia; havendo razões para acre-
ditar-se nisso, pois no anno anterior ~e 12.6 habitantes achava-se roduzida a 57.
Mundo-Novo.
Comguanto aqueHa autoridade nada diga desta colonia por falta de informaçees,
todavia é certo que eTla continúa a prosperaT, e possuia o anno passado t ,005
indh"iduo.s., pela maior parte rracionaes. A sua -prodncção, qne avulta em milho,
lelião e fumo, aá sufficiente lucro ãos lavr.adores.
PARANÁ.
C.o'lonia Superaguy.
É a unica q.ue c.1.iste nesta prQvincia, mantida pelo seu proprietario, Pel'l'et Gentil,
.que, nada- tendo recebido de auxílio da parte do governo, não poucos sacrificio
ba feito para apresenta·la no es.tado em que a descrevi no relatorio de ,1859.
É de crer que continue a ·pn>spel'ar; mas o empre ario a.llegou que sem alguma
coadjuvação não poderia (lar-lhe o desenvol\imen1o, de que a colonia é suscepti- -
veJ. Este consciencioso e dedicado empresario, hoje cidadão brasileiro se tem torna-
J
.do digno de aJgum apoio; e por isso, em aviso de !·l de ;Junho, foi remettido o seu
requerimento ao pres.idente da pl'Ovincia para o tornar em consiCleração no que
dep nder dos poderes .pl'ovinciae , e informar, quanto ao qõe fôr lia compet ncia.
do go<verno imperial.
o-p.l
- 68-
cr:oloalas ~e pareerla.
Limitar-me-hei a- fazer mençào das colonias, que existem" nas seguintes pro.-
"incias:
MARANHÃO.
Santa Isabel.
S. PAULQ.
As colonias existentes nesta provlDCla, com excepção de duas ou tl'es, são re-
gidas por contractos de parceria, observando-se em algumas um systema mixto de
parceria e salario.
Os colonos, de que se compoem. são AlIemães e Suissos, pela maior parte; Por-
tuguezes em menor numero, alguns Belgas e Brasileiros.
Aquellas, porém, que mais têm attrallido a attenção publica, assim liO paiz como
na Europa, e excitado maior interesse da parte do governo imperial, são as que
têm em seu se ' familias suissas, importadas pela casa Vergueiro & C., mediante
adiantamentos feitos pelas respectivas municipalidades.
Nos relatorios anteriores e outros documentos achão-se bastantes esclarecimentos
ácerca das desagradaveis occurrencias', de. que se derivárão questões, que ainda
estão pendentes; e o governo imperial, já por intermedio do nosso agente diplo-
. matico na Confederação Helvetica, já por commissarios seus, enviados á provincia
de S. Paulo, tem procllrailo remover as difficuldades, providenciando sobre varias
queixas e reclamações SUSC5 tadas.
Os relatorios do ultimo commissario DI'. Sebastião Machado Nunes , anIlexos ào
do allOO passado da repartição geral das terras publicas, expuzerão com bastante
clareza e circun1stanciadamente o estado daqueUas colonias e as respectivas questões.
De então para cá, as cousas têm melhorado sensivelmente; continuando, porém,
da parte da casa commercíal Vergueiro & C., a reluctancia em não concorrer, por
todos os meios a seu alcance, para que se possa dar uma solução prompta, ra-
zoavel e definitiva ácerca dos assumptos em discussão. E essa reluctancia é tanto
mais estranhavel, quanto ha sido a dita casa a principal causadora do desconcc'to ,
em que cahira a colonísação suíssa na província de S. Paulo.
No correr .do anno chegou a esta côrte o SI'. de Tschudi, digno enviado ex-
O-P. 1
-69-
"traordinario da referida Confederação, possuido das melhores intenções, e ·fiell'e-
. presentante dos s~ntimentos de benevolencia e sympatbia do seu governo.
Seguio logo para a dita província; e de volta da sua viagem dirigio ao govemo
imperial o interessante e consciencioso relatorio de quanto observou nas colonias,
·de que se trata, das boas intenções em geral, em que actualmente se achão os pro-
prietarios e os colonos entre si, assignalando as cau::as principaes· do IT)ão exito ,
que tivera ali a colonisação suissa, e queixando-'e amargamente da casa Ver-
gueiro &. C.
Já the occasião de expressar em outro logar o meu pensamento ãcerca da ma-
neira honrosa com que se houve o Sr. de Tschudi ; e correndo-me agora o dever
de dar conta do que se paêsou, óu das alterações havidas nas sobreditas colonias ,
não o poderia melhor fazer ~do que pondo em confrontação os relatorios do com·
missario do governo. de que acima fiz menção, com os do di~tincto diplomata.
Este trabalho, porém, consta da informação e parecer, que em data de:l t de
Janeiro proximo findo tjYe"7a honra de submetter á consideração do antecessor de
V. Ex.
Por i SO, e para evitar repetições, peço licença a V. Ex. para annexa-lo ao pre-
sente -relatorio juntamente com aquelle valioso documento, que é o testemunho
mais solemne e insuspeito do quanto tem sido mal apreciada na Elll'opa a causa da
colonisação suissa; pois nelle o Sr. Tschudi, com espirito de I'Cctidão e impar-
cialidade. aprecia as questõe pendentes em todos os diversos pontos até hoje em
di cussão.
RIO DE JANEIRO.
tatechese.
..ulAZOl\''AS.
Para a catechese das indios do i\1to Rio-Negro fei enviado um IDlssremario exi -
tente na provin'Ci-a de Pernambuco. Satisfez-se assim á pl'esidencia da provínoia do
Amazonas. que fôra endereçada ao ministerio da justiça, e communicada por este ao
do lmperio.
PARÁ.
director J.jão da Cunha Alcanfor, assassi·nando João Alves da Siha, que o acom-
I
CEARÁ.
0-». 1
7~- -
PARAI:ITBA.
BABIA.
ALAGÓAS.
ESPIRITO-SANTO.
SANTA CATHARINA.
S. PAULO.
S. PEDRO.
O-P. 1
- 75
Í>ARAJ~Á.
SERGIPE.
MATO-GROSSO.
Orcamento.
"
111m. e Exm. Sr.-Com o incluso Aviso tr!lnsmiUi0 S. Ex. o SI'. Miniôtro d03 Negocios Esb'an-
glliros o relatorio que lhe dirigira o Enviado Extl'[lOrdinario da Confederação Helvelica, de volta de
sua viagem á provincia de S. Paulo, onde foi examinar, de ordem do seu Governo, as colonias Suissas
alli existentes .
. S. Ex. o SI'. Minislro dos Negocios E-trangeiros chama a attenção de V. Ex. para este inte-
r ssanle trabalho, que he na verdade um valioso documento demonstralivo da imparciéllidade, caracter
circulllspecto, e espirito de justiça do Sr. de Tschudi, que, no desempenho de sua delicada missão,
soube procurar a verdade sem prevenções, e formal' o seu juizo sem preconceitos.
Depois de fazer merecidos elogios ao Dr. Sebastião Machado Nunes, ex-Commissario do Governo
Imperial n'aquella provincia, e cujo relatorio reconhece ter sido imparcial e consciencioso, louva o
procc:dimento que as auloridades do raiz liverão para com elle durélnte li sua viélgem na mesma pro-
vincia, fazcn{]o especial menção do SI'. Tito Augusto Pereira e Matlos, Juiz Municipal e Delegado
de Polici« de Campinas.
Tarnbern se mostra satisfeito do bom acolhimento que encontrou da parte dos Fazendeiros que,
segundo rcfere, puzeriio á sua d!sposição todos os meios a seu alcance afim de lhe simplificarem o exame
de suas eolonias, COI11 a unica excepção de José Vergueiro, chefe dn casa Vergueiro & C.a de quem
se queixa amargamente, por se ter este esquivado a toda a especie de esclarccimento a respeito da culonia
-lbicaba,-faltnndo a promessa que lhe fizera em San los de ir alli recebe-lo.
lIe com elTdto mui notavcl esse procedimento, tanto mais quanto, tendo a dita casa concorrida
principéllmente para o descredito em que tem cahido a colonisação Suissa em S. Paulo, entende aquelle
Fazendeiro que deve aggra"ar mais a situação, não empregando de sua parte os convenientes meios
que podessem modiUca-la, e facilitar uma razoavcl e justa solução de qnestães pendentes. A sua
Tclulancia tem chegado a ponto de reüUSélr-se a dar informações indispensaveis, que lhe tem sido
pedidéls por parte do Governo Imperial.
l~m resullado de suas investigações propõe-se o S... Tschudi a explicar:
1.0 as motivos por que a colonisação por parceria não póde prosperar na provincin de S. Paulo.
2. o O cstado em que se achão os colonos Suissos na mesma provinciél.
3.· i S medidas que julga indispensaveis para melhorar-se a posiçãO de certas familias, dignas de
tGdo o intc 'esse, e que \las circumstancias em que se achão jamais poderJo pagar suas dividas.
:I," P_4.RTE.
Motivos per que nião póde prospea'al' la coloubmção por Pai'ceI'ia en!"
S. I:"aulo.
•
~3-
Referindo-se perém ao estado. em que se achão os colonos, exprime-se nestes termos: J e dois
déclarer pOlir ê'rejuste, qilC les c%ns, qUi font les plus vives 1'éclamations, appartiennent gél1é1'alemcnt
ti la catltpgo1'ie de cw.r; 71eu assidús au tmIJail, tandis que les travailleurs se mont1'ent plus satis{aits
et cherchent à rembouresc1' leu.rs detles. .
. . A con'clusãO, que tira o Sr, Tschudi de quanto expôz n'esta L" parte, be que a colonisação por
par<;,eria na Provincia de S. Paulo tem lido máos resultados, produzindo o desanimo dos colonos, e
lião podendo continuar em seu descnvolvimento, por depcnder de uma serie de circumstancias, fa.vo-
raveis, que só se encontrflo em casos excepcionaes.
Sem pretender conLestar, Cm lhese, esLa opinião de tão conpiscuo (3 consciencioso cavalleiro, devo
fodavia ponderar que não !le ainda para desesperar do futuro dessa colonisação, uma vez qne remo-
vidas sejão, como he de mister, as causas que mai immediatamente tem embaraçado os resultados
dcsrjados.
A não ser assIm, tambem deveria condemnar-se a colonisação por nucleos de pequenos proprietarios,
só porque em algumas colonias as cousas não tem caminhado bem, ou se levantão queixas, OLl
desgraças apparecem.
O Governo Imperial que, em sua solicitude por este ramo de seniço publico, já tem provido
de remedio a difl'erentes occufrencias desagradaveis que se tem dado, não deixa:-á dl~ estudar todos
0S meios, e de adoptar tojas as medidas a seu alcance para que a colonisação produza benefici03
reae,;, assim para os colonos, como para o paiz.
~ .• P~RTE.
lUtmicil)io de Jundiahy.
Colonia-Boa Vista, de que ho propriet~rio Francisco Mariano Gaivão Bueno. Depois da visita
do Commissario melhorou muilo de circumstancias, tendo o fazendeiro substituido os contractos de
})arceria pelos de salario. Hoje, tanto elle, como os colonos achão-se satisfeitos.
As dimculdades e atrazos que ha solIrido esta coloni1'. provierão, segundo o iIlustre visilante, de
seu múo administrador, e da má natureza dos colonos,
C~lonia do Dr. Mariano Gaivão de Moura Lacerda. Ia prosperando, mas eslá hoje em termo
de pas~ar 11. oulms mãos, por ter seu proprietario ido exercer as funcções de promotor publico
no l3anan;ll.
4. -"
. As Colúnias apontadas neste município forão cinco, a saber: Soledade, Boa Vista, Tapera, Boa'
Esperança, e Laranjal. ,
Da L" restão duas familias que prosperárão, havendo uma dellas já comprado uma propriedade
])01' 2:U25:ti\OOO, dos qunes já pagou dous terços.
A 2. a tambem prospera, c he elogiado o seu proprietario Floriano Camargo Penteado.
Da 3." os colonos apenas se queix[\o de que os cafés podados não produ""em bastante: continuão
porém satisfeitos, sendo os contractos escrupulosamente ob3ervados por elles, e pela proprietaria D.
Maria Innocencia de Souza. ' . .
A 4.. " só tem hoje uma familia Sllissa das quatro que encontrou o commissario, tendo-se retirado
as outras quites com o proprietario Joaquim Ignacio de Vasconcellos Machado.
Na 5.", que prospera, estão os r.olonos satisfeitos. Quanto ao processo que deu em resu1lado a
condemnação de tres colonos, declard o Sr. Tschlldi que forão elles feitos com as formalidades legaes,
e precisas garantias de defeza para os nlesmos colonos.
Segundo o nelatorio do Commissario Machado Nunes esses colonos erão desordeiros, e um dellos
cabeça de motim, 'resultando de sua condemnação marchar a colúnia para o estado Iisongeiro em que.
a descreve o Sr. Tschudi, que, sem contestar as In'ás inclinaçtJes desses individuas, pronuncia-se contra
a applicação que se lhes .fez da Lei de 11 de Outubro de 1837. Como porém o tempo de detenção,
ii que forão condemnados, estava a terminar, deveul hoje os ditos colonos estar soltos.
neferindo-se tambem o Sr. Tschudi ao facto, por. elle testemllnhado, de haver uma colona
catholica Suissa abandonado seu marido protestante, com a intenção de se casar com um Belga
catholico, dirige censuras ao Vigario de Campinas, o Padre Mig.uc], declarando ao mesmo tempo que
se entendeu c,on1 o prop"rietario dã colonia, e com as au toridades do lugar para que puzessem obstaeulos
á uma tal união,
Colonia Ibicaba, pertencente a casa VergueÍl'o. Tendo feito na 1." parle do seu Relatorio varias
considerações ácerca do procedimenlo do respectivo proprietario, limita-se aqui o Enviado do Governo
da Suissa a referÍl' as queixas que lhe fizerão os colonos em S. J(lsé do Rio Claro, onde comparer 1'50,
e declarárão que so!Trião máos tratos do Director alJemão, homem brutal (} deshumano; e que o
1)I'oprietario não lhes tem querido restituir a com missão de 10~ e 5~ que indevidamente ca1'l'C'goli
em' suas dividas. -
Taes são, porém, os sentimentos de justiça e moderação do SI'. Tschudi, que se obstem de
formar uma exacta opinião da situação da eolonia, porque, diz elle, tendo ouvido sómenle as accusações
11<Jo lhe foi possivel entrar no conhecimento da clefeza, havendo recusado o fazendeiro não só franquear-
lhe a sua colonia, como ministrar-lhe o menor esclarecimento.
Qnanto ao procedimento do director allemão, está persuadido que he ene movido pelo d05rjo
de impellir os colonos a alguns actos de desordem, para assim se justil1car da condueta que tivera
nos élcontecimentos do 1857, que tanto derão que fallar na Europa.
As eolonias-S. Jeronimo, Morro Azul, e Palmeiras merecêrão do SI', Tschudi, o mesmo bom
conceito que denas formou o comniissar.io Machado Nunes.
Colonia- Angelica da casa Vergueiro & C.". Os colonos deste estabp.lecimen to, na opinião do
consciencioso Diplomata, aehão-se aqui em melhoi'es condições do que na colonia Ibicaba, devido isso
a uma direcção mais justa, e mais humana,' para o que, se poderá accrescentar, não pouco teria
concorrido a visita do ultimo Commissario do Governo, a que me tenho referido.
Colonias-llel'ye Lamintinga. Com quanto muito tenhão melhorado as relações entre os colonos,
e o proprietario, tem todavia aqueHe Diplomata aprehensão de qllo o estado dellas não he lisongeil'O.
Colonia-Boa Vista, pertencente a Benedicto Antonio de Camargo. Attribue aos esforços do dito
Commissario. a {lessação do estado de desordem em que este a achou.
No mez de Maio do anno passado tove ahi lugar um assassinato, perpetrado na pessoa de ~m.
colono Suis~o por dous filhos de um colono Portuguez, á mandado deste. O Sr. Tschudi, mencio'1ando
este facto, accl'escenta que' o autor do crime .tOra pl'e~ no mez de Agosto, e devia em pquco... dias
comparecél' perante o Jury; " .
A viuva do assassinado, que se acha em posição desgraçada, se faz merecedora de auxilio e amparo.
19l11uleipio da Constituição.
A Colonia-S. Lourenço de J~uiz Antonio de Souza Barros merece os maiores elogios; e os colonos
que não tem amortizado as suas dividas, na opinião do illustre visitante, só de si se devem queixar,
a excepção de algumas familias, que por circumslancias independentes de sua vontade não o tem podido
conseguir.
CoJonia-Santo Antonio, de que he proprietario Elias Silveira Leite. Ma um anno á esta parte
tem melhorado sensivelmente, havendo-se restabelecido a boa iotelligencia entre esle fazendeiro e os
seus colonos. Este facto se lIóde ainda attribnir á benefica visita do ultimo Gommissario do Governo
Imperial.
Quanto ao facto das pancadils dadas pelo proprietar.io em um colooo, a que se- referi o aquelIe
Commissilrio cm seu l'eliltorio do anno passado, com todas as circumstancias que o acompanhárão,
faz o SI'. Tschudi algumas observações, dizendo que não só não he Suisso e sim Dinamarquez o
[nedico que atlestiíra ser insignificante a olfcnsa praticad'), como que o seu attestado não merece
credito porque o braço quebrado do colono rôra tão mal curado, que ainda hoje apresenta um
defeito notarei no osso do ante braço.
Beleva, porém, ponderar que a divergencia á respeito da nacionalidade do medico he indifferente.
para o caso de que se trata; e que, .~egundo a nossa lei criminal, como a de outros paizes, o facto
de uma cura mal feita não aggrava a natureza e circumstancias do crime comemttido.
Lastima emf]m que o colono oITendido não tenha tido até hoje satisfação alguma por falta
de meios de intentar um processo. Attendendo-se porém ao que sobre eSSa desagradavel
occurrencia expuz o Commissal'io !\'Iachado Nunes, forç.a he reconhecer que, tendo o conflicto sido filho
do momento, e sem premeditação de um ou outro lado, e sendo tão desencontradas as informações
então colhidas, que reciprocamente abona vão ou arcusavão uma e outra parte, a esse estado duvidoso
da queslão se deve attribuil' o não ter ella -tido seguimento, e não a qualquel' outro motivo digno de
maior reparo.
Re tambem de supp(}r que se não tratasse de instaurar um processo por parte do colono, pela
convicção formadll á respeito deste de ser dado a embriaguez, e costumado em semelhante estado a
provocar e fazer desordens.
Aqui termina a 2.' parte do Relatorio do digno Enviado da Confederação Suissa,
Nenhuma refiex50 mais farei acerca deste úllimo facto, bem como de alguns. outros que devão-
ser melhor averiguados; porque, sendo por V. Ex. tomadas na devida consideraçãO, não ficarão sem
as providencias que parecerem mais acertadas,
],I edidas1ll!ccssnrias para melho1"ar (l posição de algumas (amilias, dignas de todo o intcrcsse, e
que, conservadas nas condições cm que se achão, jámais pOde1"ào paga'r suas dividas.
perial disposto a tomar a si o pagamento das dividas das familias a que se tem referido, espera quu
estas dividas serão diminuidas consideTavclmcllLe não só por parte das municipalides Suissas, como
por parte dos fazendeiros.
Conclue o il1ustre Diplomata declarando, que entraní com prazei' cm outras particularidades d
projecto, no caso de que a sua idéa seja bem accita; e então indicará as famílias que se fazem digna:!
e carecedoras de um podcroso auxilio; bem como alguns meios conrll1centes a estabelece-Ias de lima
maneira mais vantajosa, e sob a direcção de unia pessoil, que conhece, e que em seu conceilo reune lodas
as qualidades necessarias para um encargo de lanla imporlancia.
Tudo quanto fica succintamente exposto nesta~." pilrlo do relatorio de que ténho tralado
confirma o alto conceilo de imparcial, consciencioso e sincero, que justifica as s)'rnpathias e conside-
ração com que tem sido geralmenle acolhida a missão do E[\\'iado Exlraordinario da Confederação
Helvetica.
r\. idéa da creação do centro colonial na Provincia de S. Paulo, com CSIJ:lcíafidadc para o fim
~roposto, he com elfeito digna de toda a consideração; assÍln como o bons despjos e bcnefíca coo-
peração, olferecidos pelo Sr. Tschudi a bem da sua realização r não podem, deix.ar de ser agrada-
velmente acolhidos pelo Governo Imperial.
Entretanto cumpre observar que, existindo já medidos e demarcados nesta Provincia dous terri-
torjos, destinados a fundação de nucleos coloniac.> de pequenos proprictaríos. (I saber, o tl'rritorio de
Iguape e o de Cananéa, reconhecerá o Sr. Tschudi nes[e facto a demonstraçüo de que o Goven~o
Imperial não se tem descuidado de promover a colonisação pelo principia da propriedade l1il dila
Provincia.
Dentro em pouco tempo estarão concluidos os trabJlhos preparatoríos ncC'c.;;sarios ,\ cr'eação de
de um nucleo de colonos europêos, no territorio de Callanéa, perto do litoral, e da ddade deste nome.
Quanto ao nucleo no territol'io de Iguapc, para cujo fim já se lIchão executaclos t(les trabalhos,
não se prestando eHe desde já ao reoebimento e estabelecimento do colonos e trangeiros recem-
chegados, em virtude de circumstancias especiaes, estão dadas as convenicntr-s ordens para nc:lle se
distribuirem por modico preço lotes de terras anacionaes, a estrangeiros Já aclimatados no paíz,
e com especialidade aos colonos de parceria, que, achando ·se devidamente desligados de seus eom-
missos com os respectivos proprietarios, desejarem alli eSlabelecer-se.
Neste mesmo nucleo poderão ser admiltidas as familias pelas quaes se inLCI'essa o SI'. Tschudi,
logo que, como tem pensado o GO'iel'l11) Imperial, se poder chegar a um conveniente aceor J em
olução linal das questões suscitadas á respeito das colonias Suissas, e outras existentes na dita Pro-
vincia.
Além disto, não I1a muito que se concluirão as explorações, medições e levantamento de plant
de terrenos devolutos em não pequena extensão, de reconhecida fertiltdilde, e vantajosamente í-
tuados não longe da. capital, nem das colonias de que 5e trata, e tendo filcil accesso para difr(~
rentes pontos do litoral, entre as povoações de ltapecerica, CutÍa e Una, além de outras ulli
existentes, e por tanto mui apropriados á colonisação.
Estas observações, porém, não tem por fim excluir a possibilidllde da adopção da id ~il de
um centro colonial na localidade indicada pelo Sr. Tschudi, idtla que não deixa de ser apro-
"eitavel; mas sim. para que fique aqui consignada a verdade de que o GOl'erno Imperial t ln
ambem dirigido a sua attenção para a Província de S. Paulo, relativamente á rormal;ão de
JUeleos de colonos propric[arios.
CO~CLU§ÃO.
Tada mais se me orrefece dizer COlll rderencía ao interessante Rellllorio cIo Enviado Extraor-
dinal'io dá Confederação Helvetica, trabalho por celto digno de ser tomado na maior consideração pelo
:\Iinisterio á cargo, de V. Ex., (lgradecendo-se a S. Ex. o Sr. Ministro dos Nrgocíos Estrangeiros a
remessa de um documento a todos os respeitos valioso e importante, como o que nos orrefece aquclle
illusti'ado CavalIeiro.
Exceliencc!
".prr., lIvoir cxamlnl', par ordre dI) mno Gonvrrnement, lnl ec la plus scrupuleuse attention toutes
les colonirs de la Province de S. I)anl ou se tronvent des Suissrs, jejuge convenable decommuniquer
aussi an Gouvcrnemcnt Impérial le résultat de nlPS obscrvations.
D'abord j' ai la sali fac.lion de dire à votre E~cellenc.r, qne le rapport de I\Ionsieur le Desem-
bargador Dr. Scba lião ~lachado Nunes, cornmissaire du Gouvernement Impérial pour examineI' I'état
des colonies de la Pro\ ince de S. Panl et qni a terminé sa visite au mois de Mars de celte année,
à été fail d'Une milnicre imparliale ct cnn cirncieusr.
La visite de cc commissaire a (·té d'un clfet aussi avantageux aux fazendeiros qu'aux cololllr ~Ir.
le nr. I\Jachado Nunes avecson habililó bien connuo a réussi de la maniere la plus satisfaisante pOUI'
I~s deux purtie, à flplanir dun.s djlférrntes coloni()s des dillicullés sérieuses, qui y existaient depuis
plnsieurs années. Lcs quolqucs erreurs, que j'ai notél's dans son rapport, ne proviennent sans douto
flllo de donnérs inexacles flui lui, ont élé fournics. Ainsi, dans la primiere page ii dit: que les colons
Portllgais sont pr,:,rérablrs ntlx colons Suisses! Selon mes informations rt mes observalions perso-
lIelles, ii est loin d'cn être ainsi.
La conduite des colons de la Province de S. Paul, leur perséverance au travail et leur aptitude
à la colonisation démon trent qll'ils doivent être classés de la maniêre suivante:
1.0 Danois du Duché de Holstein cololls grands travailleurs, tenant leur maison d'une pro-
prelé exemplaire, mais trcs-exigrants au dire dos fazendeiros.
2. ° Suüses, AlIemands et Relges. Colons possédant entr'eux les mêmes aptitudes. II s'y trouvo
d'excellr.nt.es familles, comme aussi d'autres anlipatiques au travail. '
3.° Portugais. Les fazendeiros cn général s'en plaignent beaucoup, ils sont querellcurs, c'est
sur eux qu'il faut reporteI' les dcux assassinais commis SUl' la personne de deu x colons,
4.° Les Brésiliens enfin. Les fazendeiros, qui ont fait l'essai de leurs compatriotes comme
colons. sont unanimes à déclarer qu'ils n'ont pas le gout du travail, et préférent la chasse á la
cultum du sol. Les objr.ts de lellr prédileclion sont un fusil et' une selle qn'ils possédent avant
tout meuble; toutefois c'est avec plaisir que plu~ieuri fazendeiros ont observé chez ces colons depuis
quelque lemps un désir de rivaliser par le travail avec les colons Europeens.
Pendant lout mon voyagc, je n'ai cu en général qu'à me louer des autorités du pays et je i-
terai parliculierement à Votre Excellence, Monsieur le Dr. Tito Augusto Pereira c Mattos Juiz
lIunicipal e j)elegado de Policia de Campina, dont los ca;'acilés ct le mérite sont sans doute bicn
ronnu du Gouvernement Impérial; ii a déployé nn grand z;le pour faciliteI' la làche difficile qUI)
j'avais tl remplir. Le même ac.cueil m'a élé fait par tous los fazendeiros de la Province qui onL lOis
à ma disposition tous les moyens cn leur pOlJ\'oir pour me simplifier I'examen des colonies. Un
seul, 1111'. José rergu('ú'o cher de la maison Vergueiro & C.", comme fai eu l'hooneur d'en faire
part à volre Excellence pai' I'entremise de Mon ieur le Président de la Province de S. Paul, m'a
déclaré que je ne sl'l'ais pas reçu dans les fazendas de. sa maison, en tant que me présentant d'une
rnanicre officieile; ii perlTlllltrait toulcfois ma visite s'il se trouvait lui même à sa fazenda d'lbicaba,
ou ii dcvait etrc, ainsi qu'il me l'a\'uit écrit, vers la fin du mois d'Aoüt. Le 6 de Septembre ce-
pendanL lorsque je quittai Santos POUI' revénir à Ilio de Jaueiro, l\fr. José "erguei 1'0 était encore
dans la preIllÍere vi!le.
Je ne dissimulerai point au Gouvernement Impérial la fâcheuse impression que ce refus de :\11'.
Verguei 1'0 a produit chez les antres fazrndeiros de la Province de S. Paul ct celte impres ion a été
d'alllant },{us fâchcuse que déja Monsieur le DI'. S. Machado Nunes avaiL élé l'objet de la même
mesure au suj{'t de cette olonie qui avait la prétention de servir de colonie mooole.
Force me rut donc d'appeler prés de moi, à la ville de S. João do Rio Claq> distante de deux
lieues de la colonie, les colons Suisses de rette maison afin d'econter lems reclamalíons.
Si je suis bien informé, ii exsiste au Bré'il une loi qui permet aux autorités d'examiner à tout
moment I'etnt des esclaves d'une fazenda; par con equent ne doit-on pas supposer avec plus de
rai~i)n, que .Ie GoUYernernent Imperial a le droit de faire Yêrifier la posilion d'bommes libl'es liés
seulc.ment par un contrat de seryices? Cette supposition est d'autant mieux basée qU'avant' moo
dépurt pour la Province de S. Paul, Son ExceUence Monsieur le :\finistre de I'Empire m'a communi-
qué, qu'il avait fait savoir à la maison "ergueiro <Sr C.a que le Gouvernement Impérial, considéraot
la colonisation comme une qUC6tion yitale pour le pays, a le droit d'intervenir dans tout ce qui
a rapport aux colonies particuUeres. Le refus de Mr! José Vergueiro est donc inexplicable,
-8-
.J'ai lieu de croire qu'cn général les fazendeir os ont éLé tres satisfaits de ma visite, -puisquo
plusleurs d'entre eux sont venus quelques jours apres I'cxarJlen dc leurs colonies m'adresser leurs
rcmerciements. D'apres leu r opinion, ma pl'ésence a produit un efi'ct moral lres-saluLail'e SUl' l'esprit
des colons.
L'aperçu de mes invesLigations, quant aux colonies de la province de S. Paul, que jai I'honneur
de présenLer à Votre Excellence, expliquem:
I. I.es motifs pour lesquels la colonisation, solon le systême de parceria ne peut réussil' dans
la province de S. l'auI.
II. L'etat acLuel des colons Suisses daus la province de S. Paul.
. lU. Les mesures quejejugc indispcnsables d'adoptl'r pour améliorpl' la posilion de certaines famílles
dignes- de toul iutel'et, lesquelles' dans les circollstances actuellcs ne pOUl'raint jamais rembourser
Icul's deItes.
I.
. MOli(s POU1' lesquels la colonisation, selon le systême de «Parceria~ ne peut reussir dans la
Rrotince de S. Pauto
. La province de S. Paul, proYince agricole par excr.lIcncc soit par ses tenes fertiles, soit par
son magnifique climat, est appelée li jouer \lU grand r61e dans la colonisation par les besoins impérieux
qu'elle a de travailleurs auxquels elle peut facilemenl assurer uu heul'eux sort,
Malheureusement le syslêrne de « Parceria » élabli pai' la maison Verguei 1'0 & C.a a non seulemenl
détruit pour bien longlemps l'avenir et le développemnut de la colonisalion dans r.elte province; mais
de plus a nui à celle du Brésil en général, puisque les nombreuscs plaintes des colons, en partie
.iustes, ont cu un douloureux retentissemente en Europe 'et out découragé les émigranls de choisir cc
pays. .
J'ai l'honneur de venir énumerer à Voli'e Excellence les dilTérentes causes qui à mon point de
,'ue, sont les principaux défauls de ce systêrne de Parceria.
1. o _ Lcs avan"ces· reçues par la plupart des colons, et principalement par les colons Suisses pour
)a traversée d'Europe jusqu'à Santos ot lo "oyage lres-onéreux de celte derniere ville aux coJouies.
Les colons' arrivés' à letir destination, se voyaient sUl'chargés de deltes, qui pour bien des familles
s'élevent à prês de deux contos de réis; ce que les décourageait dês le commencement.
2. Les contrats à double enteute, dont le sens n'est pas c1airen\ent et positivement détcrminé;
0
par exemple, l'art. 3. des contrats de Parceria dit: « Os colonos moncionados no art 1. logo que
0 0
~h('garem ao porto de Sanlos, póf-se-hão á disposição dos IlIms. Srs. Verguei 1'0 & C.a que os rece-
berão, alimenlarão e farão conduzir aos seus destinos.» La maison Vcrgueiro & C. a, par cet
article, ne s'engage pas. à nourrir el transporteI' g1'atuítement da port de débarqucment à la colonie
los émigrés, mais ii n'est pas non plus expliqué que ces frais serout à la charge des colons. De la
maniére dont cet arlicle est rédigé, les colons Suisses eLaient persuadés que Ics dépenses de voyage
de SanLos à leur destinalion, seraieot à la charge de la maisou 'crgueiro & C.z.: lls furent donc
três surpris à leur arrivéo à la colonie d'apprendre qu'ils étaient débiLés de ces fmis.
Le § 2 de l'arlicle l~ de ces mêmes contrats exprime: que la maison Verguei 1'0 & C. a s'obligc
il fournir aux colons le nécessaire pour leur subsistance jusqu'à cc qu'ils puisscnt par eux mêmes
subren.ir à leur existence. Les colons se reposant SUl' cc paragraphe oot pensé que Ics fazendeiros
~t3ient obligés de les nourrir pOUl' uu lemps indeLerminé. 01' au liell de cultiveI' assez de sub-
slnoces alirnentaires paul' leurs besoins, i1s ont demandé des vines au propriétaire c·t ont ainsi con'
&idérablernent augmenLé leurs detLes. .
Le § 7 de I'article 5 eoonce: que les colons scrool assujetis aux réglements de la colonie. Mais, I'on
n'a point fait connailre aux coloos cn Europe la nature de ces réglcments, ce n'est qu'apres leur
<.lrrivée ti la fazenda qu'il leur en a éLé radé. SUl' plusieurs ülzcndas ces réglernenls slipulent de
fortes amendcs dont lcs colons se plaignent nmerernent. 00 ne peut nier qu'il n'y nit flagrante
inj sUce de raire signer aux colons un conlrat qui mentioooe 1I0 réglement disciplinaíre inconnu.
11 existe encore dos contraIs par les quels la maison Yergueiro & C.a s'engnge à ne pas séparer
lcs calons ressorLissnnts d'unc meme l\Iunicipalilé, et cependant m:tlgl'é cet engagemcnt, des familles
(fune meme communc Ollt élé séparées les unes des aulres.
Le %4 de I'article 4, dit: « Os Srs. Vergueiro lI\! C.' obrigão-se a faoultar-lhes o plaolnr naR suas
tcnas, cm lugar a isso proprio e designado, o neces~ario para seus sustentos.» II y ades colonies,
ou ii n'a pas été désigoé aux Golons assez de terres pOLIr leurs cullures particulieres. d'autres ou
le terrain assigné se trou"e à pres d'une lieu de la colonie; ce qui cst un grand inconvénicnt et
cause de grauds dérangcmcnls aux coloos.
0
3. La cornmissioo perçue par Missieurs Verguei 1'0 & C.a. I.a ma.ison Verguciro & C.a a im-
po é chaquc membr.e d'une famille de colons à leuI' m;l'ivóe à Sanlos< d~ Réis 10~OOO par têle pour
laduli.e et de Héis 5~OO(} pour enfant au dessous de 8 a 10 ans, sons. le. titre de commission.; et
nO\1 selllcmant eUe I a exigée de. personnes qu'eIte avait impoJ'té'(}s pou;.l' s~s pl'opres fazendas, mais
-9-
encore les individus décédés pendant la traversée furent soumis à cet lnJque impôt. qui alors dm
être paré par les membres survivanls de sa famille. Par ce fail, des familles se sont trouvét's dé-
bilrices de B.éis 110~000 de plus qu'elles ne devaient et ainsi surchargées d'une dette, dont elles
ne se doutaient nullement.
Le Gouvernement de S, Paul a bicn aulorisé la maisoll VergueiI"Q & C. a de percevoir celte
commission; mais est-i1 de bonne juslice et de bonne adminislration pour une colonie naissante,
d'exiger des colons nue .somme non stipulée sur leurs contraIs et si élévée qu'elle nuit a I'avenir et
à la prosperilé des familles?
II s'est produit encore un autre fait, déjà mentionné par ?dr. le Dr. Machado Nunes dans son
Relatorio page 5; je V()UX parleI' de l'impôt pour les hopitaux ou les pauvres, ainsi dil; Capitatioll,
impôt qui n'existe pas au Brésil et dont néamoins les colons furent débilés dans les avances des
Municipalités, comme l'indiquent leur contrats de passage.
Les deux Commissaires du Gouvernement Impérial qui ont examiné l'état des colonies de la Pro-
vince de S. Paul, ont liéclaré que: cet impôl était i'nj1tste et qu' ii devait êlre restitué aux colons qui
ont des contrats de passage.
La maison Vergueil'Os & C.a a elfectivement remboursé lcs sommes injustement perçues aux colons
des Fazendas du Sénateur Francisco Antonio de Souza Queiroz, du Commandeur Luiz Antonio de
Souza Barros, du Dr. José Elias Pacheco JordãO, de Benediclo Carnargo; mais elle a jugé convenabl~
de ne pas les relldre, mal~ré Ics reclamalions réilérés, à ceux des établissements de la famille Queiroz
Telles, de João Leite de Moraes Cunha, de Herculano Florence, de Francisco Mariano Gaivão Bueno,
de Floriano Camargo Penteado, qui cependant se trouvaient dans les mêmes condilions.
4." Les intérêls d'argent trop élevé5 comparativement à ceux en usage en Europe. Les colons ont
non seulement à supparter un taux d'inlérêt élevé SUl' les avances qu'ils ont re<:ues pour leur voyage;
mais encare cet intérêt leur est complé, SUl' la valeur des vivres qui leur ont élé fournis par les fa-
7.endeiros, SUl' la commission de la maison Vergueiros & C.a et même SUl' les amendes qui lem ont
été imposé~s; de telle sorte que lor5que les circonstances sont peu favorables, leur bénéfice de l'année
suffit à peine pOUl" contrabalanceI' ces inlérêts.
5. ° L'inegalité des récolles et du prix du café. La cuItum du café est plns que loute autre sujeUu
à des yicissitudes de loules natures. II faut en premier lieu des pieds de café dans de bonnes conditions,
cal' les cafiers !rop juenes ou trop vieux, ceux entés (podadGs) ou plantés dans un lenain pierreux
nc produisent que bien peu de chose.
Puis les intempéries des saisons, le froid, la grêle, pluies continuelles ou les chaleurs excessives
sont aulant d'occurrences qui exercent une bien grande influence sur la récolte.
Que de circonstances favorables, indépendantes du colon ne faul-H donc pas pour oblenir un
resultat satisfaisant. Enfin apres une bonne récoltc ii en vienl une médiocre.
La cueillette achevée, le planteU!' est exposé à de nouveaux hasards: le prix du café subit des
variations extraordinaires suivant les conjonclures, ain i que le prix du transport de la fazenda au
port de mel' suivant les distances, Je citerai pour exemple les colons de 1\lI'. Queiroz TeHes, qui cn
1857 reçurent pour produit net de I'arrobe de café, suivant facture de Santos Reis 2 845, tandis qu'en
185!), iLs ont obtenu pour la méme qualité de café, frais égalemente déduils Reis 4~OOO l'arrobe.
Par ces chilfres, 1'0n peut facilement compl'endre que, se une mauvaise récolte correspond avec de
bas prix, le colon soit dans l'impossibililé d'amortir sa dette.
6.° Les Directeurs. Dans le principe, les fazendeiros no lJoUvant s'enlendre avcc les colons vu la dif-
férence de langage, durent ayoir' recours à des allemands qu'ils engaglmmt en qualité de Directeurs.
i1alheureusement ces hommes en majeure partie sans honneur et sans conscience, au lien d'être de
fideles int.:rprétr,s entre les deux parties, de chercher à les concilier, ne s'appliqucrent, avec unedétestabl(\
hypocrisie, qu' à maltraiter les colons, même contre la valonté des fazendeiros, esperant par leur
servililé at leur faux zele se raire bien "euir de ces derniers. C'est à ces misérables qui! faut attri-
buer une des principales causes du malheur des colons dans plusieurs fazendas
7.° La juridiclion défectueuse. Suivant los contrats, tous le dilIérends entre Fazendeiros et colons
doivent être jugés par des arbitres devant I'autorilé compélanle sans aulre appeI. Los juge devaf.lt
lesquels ces litigcs sont portés sont les juges de Paix. 01' ces magistrats, com me Volre Excellence no
l'ignore pas, ne sont pas assez indépendant pOUl" jug-er d'une maniere imparliale de questioos de cettc
nature et u'ont pas Ires souvent, com me j'en ai des prouves, assez de bon sons pour comprendre
l'esprit des lois et leur application:
On prend pour base pour juger les infractions aux contrats la loi n.O 108 du 11 Octobre 1837
qui regle les raports entre « Locadores» e {(LOcatarios.) Selon mon opinion, les contrats de {( Parceria, )
qui no sont que des conl7'als d'a.~sociation ou de société en compete à demi, et non un engagement
de Locatarios à Locadores, ue peuveut nullement être du 1'e so1't de cette loi, et j'ai vu avec piai ir
plusiLurs jurisconslllles dist.ingués de la Province de S. t Paul partager à cet egard ma maniere de voir.
La loi n.O 108 adoptée par le Corps Légi lati!' à une époque ou l'immigrntion était insignificante,
ne peut aujourd'hui régler les diillcullés provenant de l'introduction dans l'Empire de nombreux colons
nvec des conlrats SUl' de trê5 difl'erentes bases. On a eu recours à cette loi aU5si dure qu'injuste, unique-
ment paI' défuut d'une aut.re adaptéc aux besoins acluels. .
3
-10 -
Si je suis convaincu que le Gouvernelllcnt lmpérial est bien péné1ré de l'insuffisance do cetle loi
pour les circonstances acLuelIes et ({U'i! voit I'urgente neccssité d'en proposer une nutre, je suis persuadé
également que le Corps Legislatif avec les élémens hó1érogimes dont ii est cornposé, ne parviendru
jamais à s'entendre pour du1er le pays d'une loi aussi utile qu'importante pour le développcment
de la colonisation. Aussi, Votre ExcolIence me permcltra ue fui dire, que je serais d'avis: que le
Cabinet lmpérial demandat au Corps Legislatif la facuHé de s'occuper lui merne de l'élaboration de
celte loi.
A cclte occasion, jo I'applerai il Votre ExcelIence, 1'idée juste et avant.ageuse plusiour:> fois émise,
de faire passeI' la juridiction de queslions entre colons et Fazendeiros des maios des Jujes de Paix en
cellll des Jujes de Droit, qui seraient autorisés à decider les différends dans le plus bref delai pos-
sible et gratuilement et non selon le systeme actuei, Oll les frais d'un proces devant un magistrat d'une
cuthógorie élevé.e sont supérieurs aux moyens pécuniaires du colons. Pom atteindrB complétement
cc but, ii serait important et nócessaire d'augmenter le salairc de ces Jujes de Droit, ufin de les
placer dans une position entiérement indépendanLe.
Pendant mon voyage, .ie me suis aperçu d'une negligence noLable et dont aucun des deux com-
missaires du Gouvel'llemenL lmpérial n'a parlé: Les or'p/wlins des colons élrangers elaicnt sanstuteurs.
01' ii est anivá souvent, qu'apres le déccs de chefs de famille endetlés, les fazendeiros ont dé-
claró vouloir conserveI' en leur pouvoir les enfan!s minieurs jusqu'à cc qu'ils soient rembousés par
eux- Et quoique, au Brésil comme en Europa, les orphelins jouissenL du bénéfice d'invenlaire, ii ne
s'est trouvé personne qui leur ait expliqué leurs droits et leurs devoirs. Ainsi un grand nombre de
péres de famille avec des deltes me disaient cn pleurant: Ce n'est que pOUl' I'avonir de nos enfants
que naus avons des sujets d'inquiétudes, cal' si nous venions à lem manqueI' en laissant des engage-
ments avec notfe fazendeiro, ils se trouveraient pou:' toujours enchainés à leur service.
Je les tranqui!lisai, leur expliquanl, que leurs enfants jouiraicnt au Brésil comme dans leur
patrie natale, des mêmes avantagcs pour les successions. PendanL mon séjour dans la Province de S.l Paul,
j'ai exigé des juges des Orphelins, que les Qrphelins des colons étrangers soient pourvus de tuteurs, la
plupart l'on1 fait pendant ma présence. A mon retour à la Ville de S.l Paul, fai appelé serieuse-
melit l'attenLion de lVIonsieur le Président de la Province SUl' ce fait, i! m'a promis d'envoyer sans
délai une circulaire à tous le juges des OrpheJins de sa province pour leU!' fappelel' ce devoir.
8. 0 Le Derouragement des colons. Pai' les motifs expliqués ci-dessus, les colons engagés selou
le systême de « Parceria)} sout engrande parLie découragés, puis qu'il est bien reconnu, que l'on
ne travaiUe pas avec la même ardem pour de I'al'gent depuis long-temps reçu. II sont d'autant. plus
découragés qu'ils ont appris par des lettres de Suisse, que la maison Vergueiros lI\: C. a n'avait pas
remboursé aux communcs leurs avances. De plus, l'idéal da colon, de drwenir propriétaire, est délruit,
idéal que chez la plupal't avait éLé· lo principal motif de leur expatriaLion.
9." Les colons. Les agents d'émigratinn se son! fort peu prcoccupés, quand ils ont engaO'é des
colons en Europe, de rechercher des hommes d'une moralitó rcconnue eL adonnés au travai!. Le premieI'
venu a été accep1é quancl même ses occupations étaicnt de natmo touLe dilfórente á celle aux queUes
il venait] se vouer au Brésil. .
II ne s'esL agi pOUl' ces individus que d'une sordide opúra1ion Oll tout senLiróent d'humanilé a
été écarlé. 11s ne se sont occupé que d'augmenter la quantité de leurs expeditlOns, salls nullement
s'arrêter à en considérer la qualité.
Je dois déc!arer pour être juste que les colons qui font les plus vives réclamations appartinenenl
génél'alements à la cathégorie de ceux peu assidus au travail, tandis que les travailleurs se monlrenl
plus satisfaits et cbercbent à reOlboul'ser leurs deltes. TouLe-fois, iI existe des colons qui malgré leur
assidui1é au travai!, soiL par le fait de Illaladies continuelles, de décés ou de circonstunces indépcn-
dantes de leur volonté, se trouvent dans une triste situation et surchargés de dettes, qu'il km sera
impossible d'acquitter sans un puissant secours.
10. Les fazendeiros. Lors de I'arrivée des colons, les fazendeiros habitues au travai! de IImrs
esclaves, ignoraient la maniem de traiter des bomOles libres à lem service. 11 est résulté de cet état
de choses bien des difficultés qui ont été uplanies depuis, ii est vrai. J'avoue que l'on a beaucoup
exagéré les plaintes contre ces propriétaires, je ne leur reproche généralement que de s'eu rapporter
d'une maniére lrop absolue à leurs Directeurs, les quels ne sont (las tres-souvent, comme j'ai cu l'hon-
neur de l'observer a Votre Excellence, des hommes dignes d'uneJ paraille confiance.
11. L'absence presque cOOlpléte de secours religieux. II me reste à signaler à Votre Excel-
lence, comme un des grands vices de ce systême de colonisation, le manque presque absolu de
secours religieux et d'écoles pour la plupart des colons, vice qui n'exisle pas dans les colonies com J
II.
Elat des colonies Suisses de la Pl'ovince de S. Paul. MI'. le DI'. Sebastião Machado Nunes r
comme j'ai cu l'honncur de le faire remarqueI', ayant presenté au Gouvernernent Impérial un fap-
P0l'! complet et consciencicux sur l'état des colonies de la Province ue S. Paul, je m'en rappol'te
au travail de ce commissairé Impérial, en indiquant en meme temps à Volre Excellence les dífTé-
rences que fai rencontrées.
1. 6 Municipio de Jundiaby. S. José da Lagoa de feu ~k Antonio Joaquim Pereira Guimarães.
J'ai trouvé celte colonie complétement dissoule, le propriétaire étant mort depuis quelques mois
ct sa veuve n·ayant voulu continueI' cet établisselllent. Cctte colonie n'a jamais prospéré vu la mao-
vaise qualité du sol et conséquemment le peu de produits que les colons ont reLiré de leurs terres.
Sitio Grande de Santo Antonio de MT. le commandeur Antonio de Queiroz 'felles. Les colon5-
de celte fazenda sont généralement tres-satisfaits du propriétaire, de meme ce derniel' des premiers,
et si lellrs deltc., sont en général d'un chiO·re élevé, iI no faot en altribucr la cause qu'aux fortes
avanr" qu'ils ont reçues de lcurs Municipalités.
_fr. le Commandollr Queiroz Telles vient d'augmentel' sa colonio par l'admission des huit fa-
milles de colons qui étaienL chez feu son beau fils MI'. Antonio Joaquim Pereira Guimarães. Ces.
familles ont eté trê5-contentes d'entrcr comme colons, avec des contrais de Parceria, chez ce digne
homme.
Le Sitio Grande est la fazenda qui a payé .aux colons le prix le plus élevé du café.
s. Joaquim, du Lieutenant colonel Joaquim Bcnediclo dg Queiroz 'felles se:tl'ouve dans les mêmcs.
conditions que la precedente. Panni les colons de cette fazenda, ii y a une fanJille qui a gagné
l'an passé plus de ltéis 800:tJ\OOO et qui l'intcntion de faire venir au Brésil les trois enfants qu'eUe'
a laissé en Suisse.
2. o Municipio do Ampam. Boa Vista, élablissement de Mr. João Leite de Moraes Cunha.
Les dilfél'ends qui ont existe pendant plusieurs années entre cc fazendeiro et Ies colons, et qui
ont ernpeché cette colonie de prospérer, furent réglés par MI'. le Dr. Macbado Nunes. Aujourd'hul
les cololls se trouvent plus saLisfaiLs et s'il subsiste quelques dificultés, ii n'en faut attribuel' la cause
qu'allx qualilés peu honorablcs du Directeur.
Colonie de Francisco l\iariano GaIvão Bueno. On doit imputeI' la triste marche de celte colonie
à la mau vaiso nature de colons.
MI'. GaIvão Bueno paul' remédier il cot état de choses, avec le consentement des colons modiffia
leurs contrats de Parceria en contrats de services.
La Colonie de MI'. le Dr. Joaquim Mariano Galvüo de Moura Lacerda, dont MI'. Te Dr. l\'1acbado
Nunes fait un si pompeux éloge ost SUl' le point de passel' en d'autres mains. MI". le Dr. de Moura
Lacerda s'est vu obligé de quitter son êtablissement et habite actuel1ement Bananal, ou ii exerce
la eharge de Promotor Publico.
3. o Municipio de Campinas. Soledade. Coloni~ de :!\Ir. Herculano FIorance ne consisfe que
do deux familles Suisses, gens-tres-travailleurs et trés-sobres, qui ont non seulement remboursé toutes
Ies avances du fazendeiro, mais encore ont réussi à mettra de l'argent de cóté. Vune de ces
famUles vient d'acbeter Ilne pl'opriélé pour le prix de Uéis 2:925~OOO, doot elle a payé l,es deux
tiers argent comptant; mais pour aníver à ce beau résultat il a falIu la réunion de beaucoup de
circon tances favorables.
Boa Vista de !\fr. Floriano da Camargo Penteado. EIl général les colons de cet établIssement
sont satisfaits et son peu seront alfranchis de leurs deltes. MI'. Camargo Penteado se conduit de
la maniêre la plus louable à l'égard d'une malheureuse famílle Suisse dont le pére est aveugle, UI},
enfant crétin et les autres lrop jeunes encore pOUl' se vouer (} l'agriculture.
-12 -
Tapera de D. Maria Innocellcia de Souza. Dans celte colonie, les conLrats sont scrupuleusement
observés; les colons se plaigncnt seulement d'avoir le Liel's de leurs cafiers entés, (podados) qui ne
produisent, comme ii est bicn connu, qu'une récolte trés-médiocre. Monsieur Ie Sénateur Queiroz
qui dirige cet établissement m'a toutefois affirmé, que ces cafiers n'avaient été donnés au colons
qu'avec leur acquiescemen t.
Boa Esperança de .Mr. Joaquim Ignacio de Yasconcellos Machado.
II n'y a qu' une seule famille Suisse dans cette fazenda et elle se trouve dans une triste situation,
occasionnée par la faiblesse du mari et les maladies conlinuelles de S:1 femme.
Laranjal, dD MI', Luciano Teixeira N:>gueira. Cette colonie prospél'c et los colons sont conLenls
du fazendeiro.
Ce propriétaire a eu un proccs, dont j'ai eu I'honneur d'enLretenir VoLrc Excellencc, avec trois
de ses colons, deux Suisses et un Hambourgeois. Le juge de Paix de Campinas, devant lequel ce
procés fuL intenté, ne comprenant pas l'esprit de la loi du 11 Octobre 1837, condamna ces colons
à la detention dans la maison de correclion de la ville de S. Paul, pendant le temps nécessaire pour
qu'ils puissent par leur travail rembourser la som me qu'ils doivent à MI'. Teixeira Nogueira, somme
qui s'éleve plus de quatre contos de réis.
La condnmnation ayant eu lieu le !) Septembrc 1858, j'ai fait les demarches néccssaires· pour
que ces colons prisonniers soient mis en Iiberté le 9 Septembre 18flO, puisquo la diLe loi de 1837
lixe le maximum de deux ans pour les délits de celte nalure,
AyanL appris que parmi les fazendeiros, ii s'éLaiL formé un parti duns lo but d'inOl,lencer SUl'
Ia décision du Juge, j'ai recommundé à MI', Ie Juge de Droit de veiller à ce que Ia loi reçut sa
complete execuLion. J'ignore aujoud'hui si ces colons ont été mis en liberté. J'ai pl'océdé à Ull
minutieux examen du procés inlenté à ces colons et me suis convaincu qu'il avait été fait alec touLes
les garanties désirables, que meme le défenseur des colons avait été choisi parmi les ennemis personnc
ct politiques de MI'. Luciano Teixeira Nogueira.
Pelldent 11Ion séjour dans cette colonie, un fait bien regrettable s'est présenLé: une suisse catho-
Iique mariée à un suis~e protestant a abandonné son mari avec I'intention de se remarier avec Illl
Belge catbolique.
Lc prêl1'c lIfiqttcl de Campinas, déclara qu'il n'entrevoyait aucun obsLacle à ce mariage puisqu'il
considél'ait son premieI' muriage avec un protestant, comme un concubinage. Ce prêLre Mignel est le
même qui opposa le plus formeI refus aux demandes réiterées de MI'. Teixeira Nogueira, de venil'
donnef les derniers secours de la rcligion tI un moribond qui demandait avec désespoir la présence
d'un prêlre,
J'ai conseillé à MI', Teixeira Nogueira de ne pas contribner à la réalisation d' Ull parei I forfuiL en
remettant I'argent que ces colons démandaient pour procéder à leur mariage, j'ai de plus appellé la
plus sérieuse attention des autol'ités de Campinas SUl' ce grave attentat aux mreurs et tI la Inoralo.
C'est encore sur ceLte fazenda qu'un colon brésilien fuL assassiné par un colon protugais el cela pour
une oITense bi,en légere. Le meurtl'ier n'a jamais été ellicacement poursuivj,
4.° Municipio de Limeira. Ibicaba.-Vu les circonstances, que j'ai eu l'honneur de porler à la
connaissance de Y. Ex. j'ai fait venir les colons de ceLte fazenda à S, João do Rio Claro. Là aucune plainle
ne me fuL faite de l'udministruteur, mais Ies colons declarerent unanimément que le Directeur allemand
les traitait de la maniére Ia plus brutale et la plus inhumaine,
Les colons de cette fazenda réclarnent vivement contre la commission de rs, 10~ dont leur compLe
a été debiLé, avec d'autant plus de raison qu'ils SOllt au service de la maison qui Ies a importés.
Les évenemonts qui se sont passés SUl' ceLte propriété em 1857, sont trop connus dll Gouver-
nement Impérial pour qu'il soit besoin d'en faire mention ici. J'ajouterai seulernent que les suisses
de celte colonie y sont depllis celte époque continuellement en butLe aux injustices et lâches persécu-
tions de leur Direcleur, qui apparemment espere par ces moyens les faire sortir de Ieurs devoirs pour
avoir le droit de les qualífier de colons de mauvaise uatme, et ainsi justifier les procédés qu'il cut
contro eux en 1857.
A fin de pas être accusé de partiulité, je ne parlerai point des nomb,'euses plaintes eL reclama-
tions que me firent ces colons. Dans toutrs les autres fazendas ayant enlendn Ics doux parties, fui
pu-me formeI' une opinion juste de la situation, mais quant à Ibicaba je COlmais les accllsations dos
colons sans Ia défense du proprietaire.
S, Jeronymo, de MI'. le Sénateur Luiz Antonio de Sousa Queiroz. Celte fazenda est bien dirigéc
ot les contrats y sont stricLement execulés, touterois les colons se plaignent amercment de l'emplo}'é
qui peu do temps avant était à la tête de la colonie.
Morro azul de l\lr. Alferes Joaquim F. Camul'go. - Sept familles suisscs expulscés par la maison
'ergueiros & C. a de ses étabellessements, se trouvent SUl' celte colonie. Le propl'iétaire est aussi salisfait
de ces colons que ces derniers le sont du pl'imier.
Ce fazendeiro n'a voulu fournir que peu de vivres la premiere annéc et quoique les colons aient
soulTert do ceLte circonstance, ils sont aujourd'hui contents de ll'avoil' pas al.lgmanté leurs detles.
Palmira de Lourenço Franco da Hocha.-Cinq fU1I1i1les suisses vivent cont('ntes SUl' cclte pl'opriélé,
à \'cxception d'une dont le chef a perdu par acciclent les deu'X yem:,
-13 -
- 5.' MunicilJ1:o do Rio Claro. SUl' la fazenda Angelica de la maison Vel'gueiro & C. a , les colons
se Irouvent dans de meill'eures condilions, ce qne l'on attribue à une direction plus juste et plus humaine.
Bel'Y et Couvitinga de Ml'. le Dr. José Elias Pacheco Jordão. Ces deu)( colonies n'onl jamais
prospél'é aussi bien par la faute du fazendeiro que par celle des colons, auxquels ii fut fait des
promesses qui ne se sont jamais réalisées. C'est pour ce motif que les colons cessérent de travailler
pendant l'espace de plus d'une année: le fazendeiro aigri de ceLte oisiviLé refusa de livrar des vivres.
Aujourd'hui quoique les plus grandes dillicultés soient aplanies et les relations entre les parties bien
améliorées. 1'état de ces l'olonies n'est pas tres satisfaisant.
Boa Vista de Benediclo Antonio de Camargo, Monsieur le Dr. Machado Nunes a ]onguement parlé
de l'état de cette fazenda et des moyens qu' iI a employés pour remédier au désordre qu' y existait.
Ses elTorts n'ont pas été vains, la colonie actuel1ement marche mieux.
Au mois de Mai de cetle année, un colon Portugais a fait assassiner à coups de bache, par
ses deux fils, un colon Suisse. L'auteur de ce crime fUt arrêté au mois d'Aout passé, et doit com-
parattre devant le Jury de Rio Claro sous peu de jours.
J'ai recommandé à Mr. le ju~e de Dl'oit de ne pas oublier d'en rappeler dans ]e cas, ou contre
toute attente, iI serait acquitté, puisque ce meurtre est sans cil'constances atténuantes selpn mes in-
formations. La veuve de la victime se trouve dans une malheureuse position avec deux enfants en bas-i\.ge.
6. Municipio da Constituição. S. Lourenço de Mr. le Commandegr Luiz Antonio de SO!lza Barros.
Cette fazenda est une des plus importantes de la Province de S.t Paul et comme colonie une
des mieux orgunisée. Les colons qui n'y diminuent pas Ieurs dettes, ne doivent s'en prendre qu'à
eux mêmes, à I'exception de quelques familles cependant, qui ne peuvent le faire' par des cil'constances
indépcndantes de leur VOIOllté. Les pIantations de cale de cet établissement sont belles, toutefois
apres une belle récolle, elles n'en donnent généralement qu'une mediocre. Les logements primitifs
des colol'ls ont été biltis dans une localilé malsaine, le propriétaire en fait aujourd'hui construire de
nouveaux SUl' un emplac()rnent dans de meilleures condiLions b)'giéniques.
Sanlo Antonio de i\lr. Elias Silveira Leite. Cette colonie ne prospere pas par le fait des mêmes
causes qui existent duns les fazendas Bery et Couvitinga, PendiJnt I'espace de deux. ans, les colons
lI'ont pus travaillé rt ont augmenté leurs deltes au poinl qu'illeur sera difficile de les payer; d'autant
plus qu'ils ne vivent pas en treS-bOllne intelligcnce avec le propriétaire. Toulefois, depuis une année,
ii a une amélioration sensible dans les rapports du fazendeiro avec les colons.
Le fait al'rivé SUl' cette colonie et rapporté par i\lr. Ie Dr. Machado Nunes, d'un colon qui fUt
rrappé par le pl'Opriétaire, a causé une grande ensation en Suisse et, faute d'argent nécessaire pour
intenteI' un proces, l'olTensé n'a pas encore reçu sati faction.
MI'. le Dr. Melchert qui a donné SUl' ce fait Ull certificat au Commissaire Impel'ial, n'est pas suisse
comme I'affirlne 1\'Ir.le DI'. Machado Nunes, mais Danois et tl'es-lié d'amitié avec MI'. Elias Silveira LeiLe.
Ce certif1cat est faux, puis que tout médecin peut reconnaiLre que 1'os ulna de I'avant bras a
été cassé et si mal guéri que la partie supérieure de cet os forme avec la partie inférieure appuyée
SUl' I'os radius, nn angIe saillant.
II se trouvc encore quelques familles Suisses iso]ées dans des fazendas é10ignées, je n'en ferai
pns mention.
III.
:Mesures que je juge indispen ables, afin d'améliOTer la position de certaines famil\es, dignes de
.1out inLérêt, qui ne pourraient jamais dalls Ics circon tances actuelles rembourser 1eurs dettes.
Pendant lo cours de mon voyage, j'ai murement rélléchi SUl' les mesures à adopteI' pour amé-
]iorer le sort de certaines I'amilles qui se trouvent par suite da systême de Parceria, das une position
à ne POUVOil' avant bien des années rembourser les avances qui leur ont été faites, en restant dans
les mêmes conditions.
J'ai I'houneur de venir soumettre à la considération de V. Ex. Ie projet suivant, qui selon mon
opinion remplirait le hut proposé:
Lu I'ondation d'un centre colonial dans la Province de S.l Paul ou seraient admises les-familles
qui sont dans une triste situalion.
Les Paulislas se plaignent général ment de ce que Ie Gouvernement Imperia] n'a à ce jour-rien
fait pour proléger directement le déreloppement de la colonisation das leur Province. Ils préten-
dent que le Gouvernement Imperial reporte toute sa sollicitude SUl' d'antres Provil\crs, qui n'olTrent
cependant pas des conuitions plus favorables que la Iene pour la colonisation, tant sous le rapport
du Iimat que des prodlliLs ao'!'icoles.
onsidérant ces plaintes IOlldées, je pense que le Gouvernement Imperial doit saisir I'occasion
qui se présente pour remplir les deux buts, soit la réêlamation de la Province de S.t Paul, soit le
soulagement d'une partie de colons.
En créant un centre agrico]e das ]n Province de S.l Paul, on aurait I'avantage d'y pouvoir
transférer des famílIes acclimalées et habítuées à son "'eore de culture, et d'éviter les frais de Lrans-
pOJ't à une colonie du Gouvcrnement -placée à de grandes distances.
4
-14-
Les fammes qui en bien pcu do lemps auroul rcmboulsé lelll's delles, mais qui ce·pcJ.ldnnt il'uu-
ron1 pas uss~ d'al'gent pour acquérir une propriéLé, trouycraicnt par ce oentre colonial lo moyen
de de'Venir pJ1Oprié~aires à moins de fruis, et de réaliser leur idéal: La )lossession d'lm telTain.
Enfin un centre oolonial sur de teUes bases, duns une Pl'Ovince qui s'est acquise une si m-:
Ch(lUSe réputation taut en Suisse qu'en AUemagne paI' le systeme suivi par la l1li.lison Vergu·eiro & C.";
un t~l centre, dis-je, prouverait bien mieUl~ que de longues disserla1ions que la colonisation dan~
la Province de S.l Paul peut aS5m'el' le bonhcur de bien des Iiunilles, et doit attírer bon nombro
d'émigrants au Brésil, puis-que, je le répete, celte Province réuuit toutes les conditions désirables'
pour la satisfactioo des desirs et des veux des colons.
Le but de la oolonisation au Brésí1, o'est point de remplacer le travail des noirs par celui
d'hommcs libres. Le principal but du GOllvernement Imperial, est à mon avis: d'opposer à l'indo-
lence et à la paresse, I',intelligence et le travail, et 1'00 ne peut mieux obtnir parei I résultat pour
la l'rovince de S.l Paul, qu'en y fondant un centre colonial.
Les colonies Ilorissantes. à l'exemple de celles de la Province de Rio Grande do Sul le prou-
vent bien; non seulement alles augmentent la richesse tIe la P rovince et du Pays eutier, mais encore
avec le cours des annêes et l'accroissement de la colonisation, elles contribuent à 1'()ssimiJation des
gens du pays avec les étrangers, de telle sorte ques les deu x parties se complétent l'une par l'autre,
tant sous le rapport du service et du travaíl, que soqs celui des transaclions à l'égard des tcrrcs
superfiues. .
Je ne manqueraf pas de faire I'essorlír à Volre Excellcnce, les scrvices que rcndrait encore un
-centre colonial de celte nature sous le rapport retigieux. On pourrait y placer un Pasl!~ur protes-
tant avec l'oblígation de visiteI' deux fois par an Ics autres colonies de la Province. Cette mesum
contenterait les colon6, ce qui serait d'autant plus important, que lcurs plaintes de n'avoir aucun
secours de leur religion ont eu le plus grund retentissement en Europe et ont été, comme j'ui cu
l'houneur de 1'0bsef'Yel' à Votre Exocllence, une des causes qui ont arrete I'immigration au llrésil.
l~urtagcant eutíérement les vues de Votre Excellence, que la production doit &tre placée prés de
l~l consommation, j'ai rechcl'ché pendunt mon vovage qnelle sPl'ait la localité qui olfl'irait le plus
l.I'avantages pour la réalisation d'un proje1 de celte nature, ot j'esperc avoir tl'ouvé un ernplacement
(1 IIi réunit toutes les conditions désirables. Cet emplacement csl situc entre Ilu et Po1'lo Feli;
précisément à deux lienes de chacune de ces villes.
C'est nne uncienne fazenda nommée Capoava, ou existaient des plantalions de sucre, et qui
.actuellement est prcsqu'ubandonnée.
E1le li une \ieue de longucur sur une demi !ieue de largueur, de plus dans son voisinage se
tro'vent d'auLI'cs terrains que les propriétaires seraieut tout disposés de vendre, Pl\l'ccque selon )e
~ysteme agricole destructcur du llrésil, i1s ne rappol'lent pas même Ics inlérCts de la valcur que los
pl'upriétaires en cxigen1.
Cct emplacernent à la proxirnité de deux villes, assul'c aux colons tout.es lcs fucilités désirablcs
.ct lIn prompt débouché de leurs produits agricoles et d'(1Otre nature. Celte colonie selon les pro-
.bJbilité" poul'J'Uit même fournir aux colonies militaires du Tieté des subsides d'holllmos et de vivrcs.
Si Ic Gouvememeot Impérial était disposé à se charger de r~mbourser les deltes des colons
que je lui indiquerais, dettes qui je l'espere seroot dilllinuées non seulcment par les Municipalités
Sllisses mais aussi par les fazendeiros, ce ne serait qu'une avance qui s'urnortirait soit par la venle
des terrains aux colons, soit par les colons eux-mêmes du moment qu'ils pl'osperaient, ce qui est
hol's de dúute, placé dans les conditions que j'indiqlle. .
La prosperité des colonies dépendant esseotiellelllent des capacités et de l'intégrité du Directeur,
je crois encore être à même de pouvoir recúmmander au Gouvernement Impérial une persoone réu-
nissant les qualítés nécessaires pour un tel emploi.
Je ferai rcmanquel' à Votm Excellence que je ne prétends nulIement que le Gouvernement
Impérial doive choisir l'emplaoement que je lui signale; n'ayant en "ue que le bien être des colons
ct lu pl'osperité du pays, l'entrev.oyant dans celte localílé, c'est ce qui me la fait rccommandcr; jc
ccderai toutefois immédiatement à des proposilions plus J'avol'a-bles du Gouvernern n1.
Si Votre Excelleoce pal'tnge ma maniere de voir SUl' l'impol'tance qu'il y aurait de placcr les
familles qui n'oot pas réussi, plutót duns la Province de S.l Paul que dans toute autre: j'aurais
bien du plaisir d'entrer verbalement avec Elle dans les plus grands détails SUl' cc projet; j'indique-
rais les familles qui ont besoio d'un puissant appui, les mesures nécessaires pour les placer de la
maniêre la plus avantageuse et enfio uoe Direction qui remplisse les coodlliollS exigées.
Je saisis oette oocasion paur réitérer à Votl'e Excellen~c MI'. de Sinimbú, I'assurance de ma
haule estime et de ma considération la plus distinguée.- L'Envoyé Extraordinaire de la Confidéralion
Suisse, J. J. de Tschudi.-Rio de Janeiro t de Oclobre 1850.-Conl'ornle.-Joaquim Maria Nas-
cenles de Azamhuja-. E nada mais se oonlinha no documenlo acima rClllellido pelo Minislcrio de
Estrungei ros.
3. a Directoria da Secretari:l. de Estado dos "ego cios de Agricultura, Cornrnel'cio e Obras J;lu-
lJ',icas em ::ll de Man;o de 1861..- Conforll1e.- Bernard? .-1n!)uSlo Nascenfes de A::;((m/Jllj((.
ncla~ão dos Eml)rc~ados (Ia a.a
Dir'cctOl'ja da Sccrctal'ia dc Estado (los
Nc~ocios da i\.~l'icultura, COlllmCl'cio e Obras PllJ)licas.
NOItES.
M······I
Delegado !\fanoel Roque Jorge Ribeiro l:GOOHooO
Fiscal.. .. .. .. O da Thesouraria da Fnlenda..................... 300s000
Omeial , .............• ,.. 1: 200HOOO
Amanuense ........••..• , Antonio Gregorio da Fouseea , 600$000 POI'Laria tIe 20 de Novembro de 1858.
\ Porteiro arcltivista....... RoberLo HeslkeLh Sobriuho....................... 800HOOO Idem de 17 de AgosLo de 1857.
nhu~ .1
Delegado. ..............• Conselheiro José DeeLo da Cunha Figueiredo..... . 2: OOOHOOO DccreLo de 29 de Janeiro de 1858.
Fiscal , •.•. O da Thesouraria da Fazeildn . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300S000
Pern•• Omcial ...........•...... Frauciseo Gomes Velloso de Albuquerque Lins.... 1 :200$00() Idem de 2 de Março de 1859.
Amanuense ..•.....•••.. , Fraucisco Pacifico do Amaral..................... GOOSOOO PorLaria tIa Presidencia de 13 de Abril de 1858.
PorLei~o archivisLa JOãO ChrysosLomo Fernandes Vianna.............. 800$000 Idem idem.
1: OOO;~OOO
..,,,,,.~ ..·..·1
Delegado................ José Corrêa da Silva Titara...................... . DecreLo tIe 2:1 de SeLembro de 1855 •
Fiscal. . . .. .. . . . . .. .. . O da ThesoUl'aria tIa Fazenda..................... :)oOHOOO
Omeial José Alexaodre dos ]lassos........................ 1 :OOOfiOOO Idem idem.
AllIanuense....... AnLouio Simões de Souza............. GOOHOOO PorLaria de 28 de Fevereiro de 18&7.
PorLeiro archivista....... João Francisco tIe Carvalho...................... . 800g000 Idem de 3 de Abril de 18~6.
, Delegado Bacharel Pedro EunalJio da Silva Deirú............ ~:oooHooo DccreLo de 25 de AgosLo tIe 1859.
Lelegado José Joaquim Machado de Oliveira................ l:UOoHOOO ()ecreLo tIe 21 de Fevereiro de 185G.
S. pw... • .. 1 Fiscal. . .. . . .. .
OlIicial
Amanuense
. ••. •.
,
O da Thesoul'llria da Fazeuda . . . . .. . . . . . . ... . . . . .
AnLonio José Barbosa da Veiga...................
Joaquim José Pacheco Filho......................
300HOOO
1 :OOO/iOOO
GOOHOOO
Idem de 18 de Fevereiro de 185G.
PorLaria ele 31 de .Junho ele 18GO.
Porteiro archivisLa ..•.• .. José Marianno da Cunha......................... GOOHO()O Idem de 21 tIe AgosLo de 1360.
~
Delegado...... Manoel da Silva r.lul'ra :.. 1: GOOHOOO DecreLo de U de OULubro do 18GO.
Fiscal. . . . . . . . .. . . . .. .. .. O da Tltesouraria da l'azenda................... . . 300HOOO
S:U!t:\ Catha- OlTicinl................... JOUo André Cogoy JuniOl·..... 1 :OOoHoOO Idem de '4 'de Fevereiro de 1856.
l·lua.•....... ( Amanuense.............. Francisco Luiz da Silveira ,................ GOOHOOO PorLaria de '30 de OuLuhro de 18uO.
Porteiro III·clti'isla........ BarLholomeo Alvaro da Silva...................... 800~000 Idem ele 111 de Feverei 1'0 de 185G.
Delegado................ Candido Rodrigues Soares de Meircllcs ~ 1 :GOOHooO Decrelo de 21 de tllarço de 18Gl.
Fiscal " O da Tltcsouraria da Fazenda..................... 3008000
1'l\rau:L ) OlTicial •......••.. ...•... lH200$000
Arnanuense.............. José Borgcs Macedo.............................. GOO$OOO Portaria de 13 de Setembro de 18b9.
l
(, P",,'n;rn ,,,·,,1>;,,;<1"
• V"V"V ... v . . . . . ., , " . . . . . . . . , TMh "V".,
"VOV Inn",,;'"
...... [n"no
"V"VU ,ln _ . . . . . CasLro
.... <:i1"" SOOHOOO Idem de 18 de Julho de 18GO.
Delegado DI'. Antonio VleenLe ~Iquell'u l'ereim LeiLão....... :l:000$000 Decreto de 2 de SeLembro de 1859.
Fiscal '" .• . .. . O da Thesourariu da Fazenda.................... 300$000
s. P •••·...... OlJieia! .....•..•..•...... José Felieiauo Fel'llandes Pinheiro......
Amanuellse.............. Manoel Antonio Fel'llaudes Lima........
1: 40uHOOO
GOOHOOO
PorLaria
Idem de
de
11
23 de Abril de 18b8.
d~eLembro de 18;,8.
Porteiro arehivisLa ....... Manoel Agostinho cio NascimenLo ..... 700HOOO Idem de 23 de Abril de 1858 .
•
61·O~ISO. {
Delegado................ Ltliz Seixas Pereira de Guimllrães................. 400tl000 PorLaria de 22 de Selembro de 1858.
lUatt.l' Fiscal. . . . . . • • . . . . •. . .... O da Thesouraria da Fazenda..................... 20011000
Amanuense ..•..•....•... Francisco Ferraz Camargo..... 3GOHOOO Idem de 29 de Selembro de 1858.
~
.......... m= ·==-0 ZEZ'Dft -&=Bã~'W':lro.'1
..t:. 3.' Dir ..toria em 31 de Mlrrço de 1861.-llel·utU't'O lJ1uguslo jVtfStu!'ules tle A. ~tI'uib ..j" .
.o
Delação dos eolonos .Iestl-ibui.los até boje l)cla Assoeiaçii:o Central de
.
Colonisaeão em vil-tu.le das Instl-ueeões .te 1.8 de Novemb.·o de 1.8ó8. .
P)10CEDENCIA. NAVIOS. NACIONALIDADES.
23 » Bella Portuense . »
» Rapida , , . »)
8 » Decisão . »
2 » Caridade .. , . »
~ » • • • • • • • • • • • • • • • • • • •• Camponeza , . ))
7 » Rapida , ....•.. , , »
757
3." Directoria da Secrelaria de Estado dos Negocios da Agricultura \ Commercio e Obra Pulicas,
31 de Março da 1861. - Bet'nardo tiugusto Nascenles de Azambuja.
111(1.1)1)(' (l(J.~ e;rII~(n"!JeiJ~o.~ elll",,,lo.tf l!1'Il '18'60 COU' lIn;"n
fie 1'es;dil~eIlJ 110 11l11'Jel·io•
--- -
..RO"WIM::.Jt:S.
I;--------I:---·I'--~-
Tof~d.
por/iIOliiZ.,
~-~-~-
AUem,io Div~TSOS.
----',-----1------·:-----;----1---',----11
--../'--~--~-~-------.....
LaVOilm.1 Commer-
elO.
r Tlldus-
Irias.
CaI/LOUco. I Prolcs-
lantrs.
Espirito Santo.•. , &60 .,,;. ........ 'td 790 820 . ......... 40 248 612
San&a Catbarina i . 2,5~g ........... 4117 2.12! 178 . ......... 202 152 486
Paraná.. , •• , ...... B~2 200 aoo 332 91 13\1 131 393 439
S. Paulo." •...•. i08 ........... 108 . .......... .....•.... . ......... .......... ........ ,. ..........
Total. , .•
--=--
J5,63G
---
5.914 3.027 5.·974
- - - ----
2.495 1.786
----
3.098
_ _ _ _ o
-1.488 1.737
3.· Dii"ectoria da Secretaria de Estado dos NegoCios de Agriculturll, CO'mmercio e Obl'iIS Publicai;
~t de Março de t861.-Bernardo Âllgns(o Nascentes de Azambuja.
5\
1\!Iappa das posses e seslnarias legitimadas e revalidadas.
-:=~~~~~I--:- --:~":53-::~ qd .. - - - - 2 -
1
.-3-2-.2-0-0:-18.-7-b·r-.-Q-d-., - - - - - -
c"'''';"'~
~as lineares.
,
o
•
ilappa do registro das terras possuídas.
rROVINCUS. OBSEunçÕES.
Pará .....•.•....•. 19.320 1. 192 1 66 64:550S000 .... ...... 5 Forilo relel'ados de multas.
i\l'lranhão . 10.730 1.j'!15' 51 38:460S000 850S000
Ceará . 31. 841 459 34 26:01õaOOO 75aOOO
Piauhy . IL159 427 II 16:550aOOO .......... Muitos possuidore forilo relel'ados de mulla" autes
que fossem impostai pelos respectil'os Vigarios.
Parahyba . 21. 310 332 32 18: 150aOOO
Pernambuco . 9.046 154 17 4:950S000
Alagoas . 11.441 1.110 13 43:'i7 5SOOO 8:725S000 81 Possuidores forJo relel'ados.
ergipe .. 12.725 225 26 10:875S000 575S000
l3ahia . 40.257 13.175 139 463:715S0(\0 .......... ForJo relel'adas multas no "alor de 211 :0503000.
Espirito Santo ...... 4.377 53 4 1:975S000 1:550aOOO
.Paulo 37.911 , 30
Minas Ceraes....... 74.294 582 283 13:800aOOO 700SU70
Santa Cathnrina.... 21. 718 131 27 17: 'insOOO
edro " 19.330\ •. > . ,9 40:640S000 2:400S000
338.45~ ~I 822 7ôU:30ÕUO OO 14:875S000
3.· DirecL'Jria da Secretaria de Estado dos Negocias da Agricultura, Commercio e Obra Publicas
31 dr ~larço de 1861. - Bernardo A ullusto Nascentes (['Azambuja.
,
•
Mappa das terras publicas vendidas a particulares.
1I,-_P_l_'O_V_il_1C_i_a_s_o__
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1
tl.rea',_I_n_l_p_O_l_'t_a_n_C_ia_~~
L-,_ da ventla, o_b_s_e_I_'v_a._ç_u_e_s_. _
1l
S. Pedro . 3.026.631 3:108~270 Forão veudidas 2.858.500 braças qua-
dradas a hum real: o restante a pouco
mais de hum real.
Espirito Santo . 24.880.200 24,:339~700 Quasi todas á razão de hum real a braça.
3." Directoria da Secretaria de Estado dos Negocios da Agricultura, Commcrcío e Obras Publicas
31 de Março de 186 (. - Bernardo Augusto Nascentes de Azambnja.
Demonsll~acão do que se lia disl)Oslo até h~ie )01 couta do Clledil,o Hberlo
1
1.526:480~769
3.· Directoria da Secretaria d'Estado dos Negocios da Agricultura, Commercio e Obra Publicas
cm 3J de Março do 1861.-Benwl'cZo Augusto Nascentes de Azambuja.
55
DOS ARTIGOS CONTIDOS NESTE RELATORIO.
Relação dos empregados da 3" directoria da secretaria de e tado dos negocias da agri~
cultura, commercio e obras publicas.
Mappa do pessoal das repartições especiaes e seus vencimentos.
. » das po ses e sesmarias legitimada e revalidadas.
Relação dos colonos di tribuidos até hoje pela associação central de colonisação em vil'-
tude das instrucções de 18 de Novembro de 1 58.
Mappa das terras publicas vendidas a particulares.
» do registro das terras possuídas.
» dos estrangeiros entrados em 1860 com animo de re idirern no Imperio.
Demonstração do que se ha disposto até hoje por conta do cr dito (berto por de Telo
n. 885 de 4- de Outubro de 4856.
-.-----------+1----- · .
Rio de Janeil'o, 1861. - Typograpbia Univel'sal de LAE~uIEnT, rlla dos lnvalidos, 61 n.