Elasticidade

1. Elasticidade-preço da demanda;
2. Elasticidade-renda da demanda;
3. Elasticidade-preço cruzada da demanda;
4. Elasticidade-preço da oferta.
Elasticidade
• A elasticidade é alteração percentual em uma variável, dada uma
variação percetual em outra, coeteris paribus.

• Ela é sinonimo de sensibilidade, resposta, reação de uma variável, em

face de mudanças em outras variáveis.
• Trata-se de um conceito de ampla aplicação em Economia.

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Elasticidade-preço da demanda
• É a variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual
no preço do bem, coeteris paribus. Mede a sensibilidade, a resposta dos
consumidores, quando ocorre uma variação no preço de um bem ou serviço.
𝐪𝟏 − 𝐪𝟎 ∆𝐪𝐝
𝐯𝐚𝐫𝐢𝐚çã𝐨 𝐩𝐞𝐫𝐜𝐞𝐧𝐮𝐚𝐥 𝐪𝐝 𝐪𝟎 𝐪𝐝
𝐄𝐩𝐩 = = 𝐩 −𝐩 =
𝐯𝐚𝐫𝐢𝐚çã𝐨 𝐩𝐞𝐫𝐜𝐞𝐧𝐭𝐮𝐚𝐥 𝐩 𝟏 𝟎 ∆𝐩
𝐩𝟎 𝐩
𝐩 ∆𝐪𝐝
𝐄𝐩𝐩 = 𝐝 .
𝐪 ∆𝐩
∆𝐪𝐝
• Com é negativa (pela lei geral da demanda);
∆𝐩
• P e q são valores positivos, segue que a elasticidade-preço da demanda é
sempre negativa.
• Por essa razão, o seu valor é usualmente expresso em módulo.

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Classificação da demanda de acordo com a
Elasticidade-preço
• De acordo com a elasticidade-preço, a demanda pode ser classificada
como, elástica, inelástica ou de elasticidade-preço unitária.
a. Demanda unitária: 𝑬𝒑𝒑 > 𝟏 . Exemplo, dada uma variação
percentual, de 10% no preço, a quantidade demandada varia, em
sentido contrario, em 15%, coeteris paribus. Isso releva que a
quantidade é baste sensível à variação de seu preço.
b. Demanda inelástica: 𝑬𝒑𝒑 < 𝟏. Exemplo, dada uma variação de,
10% no preço leva a uma variação na demanda desse bem de apenas
4%. Neste caso, os consumidores são poucos sensíveis a variações
de preço.
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Classificação da demanda de acordo com a
Elasticidade-preço
c. Demanda unitária: 𝑬𝒑𝒑 = 𝟏. Se o preço aumenta em 10%, por
exemplo, a quantidade cai também em 10%, coeteris paribus. Os
consumidores são relativamente mais sensíveis, reagem mais a
variações de preços entres os bens.

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Factores que afectam a elasticidade-preço
da demanda.
• São quatro os factores que explicam o valor numérico da elasticidade-
preço da demanda, a saber:
1. Disponibilidade de bens substitutos;
2. Essencialidade do bem;
3. Importância relativa do bem no orçamento; e
4. Horizonte de tempo.

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Formas de cálculo
• O cálculo do valor numérico da elasticidade dependerá do
conhecimento ou não da função demanda, e se se deseja calculá-la
num ponto específico da demanda, ou em determinado trecho da
curva. Vejamos as várias alternativas:
• Elasticidade no ponto: calculada num ponto especifico da demanda, a
dado preço e quantidade.
• Por acréscimos finitos:
𝐩 ∆𝐪𝐝
𝑬𝒑𝒑 = 𝐝.
𝐪 ∆𝐩
• Por derivada:
𝐩 𝛛𝐪𝐝
𝑬𝒑𝒑 = 𝐝.
𝐪 𝛛𝐩
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Formas de cálculo
• Elasticidade no ponto médio (ou no arco): se quisermos a elasticidade
num trecho da curva da demanda, em vez de um ponto específico,
tomamos a média dos preços e a média das quantidades.
𝒑𝟎 + 𝒑𝟏
𝑨𝑩 𝟐 ∆𝒒
𝑬𝑷𝑷 = 𝒒 +𝒒 .
𝟎 𝟏 ∆𝐩
𝟐
• Que é igual a
𝑨𝑩
𝒑𝟎 + 𝒑𝟏 ∆𝒒
𝑬𝑷𝑷 = .
𝒒𝟎 + 𝒒𝟏 ∆𝐩
• Ou, aplicando derivada:
𝑨𝑩
𝒑𝟎 + 𝒑𝟏 𝝏𝒒
𝑬𝑷𝑷 = .
𝒒𝟎 + 𝒒𝟏 𝝏𝐩
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Elasticidade-preço cruzada da demanda
• É a variação percentual da quantidade demandada do bem x, dada uma
variação percentual no preço do bem y, coeteris paribus.
∆𝒒𝒙
𝑿𝒀
𝒗𝒂𝒓𝒊𝒂çã𝒐 𝒑𝒆𝒓𝒄𝒆𝒏𝒕𝒖𝒂𝒍 𝒒𝒙 𝒒𝒙
𝑬𝒑𝒑 = =
𝒗𝒂𝒓𝒊𝒂çã𝒐 𝒑𝒆𝒓𝒄𝒆𝒏𝒕𝒖𝒂𝒍 𝒑𝒚 ∆𝒑𝒚
𝒑𝒚
𝑿𝒀
𝒑𝒚 ∆𝒒𝒙
𝑬𝒑𝒑 = .
𝒒𝒙 ∆𝒑𝒚
Ou, em termos de derivada,
𝒑𝒚 𝝏𝒒𝒙
𝑬𝑿𝒀
𝒑𝒑 = .
𝒒𝒙 𝝏𝒑𝒚

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Elasticidade-preço cruzada da demanda
• Se 𝑬𝑿𝒀
𝒑𝒑 > 0, os bens x e y são substitutos ou concorrentes (o aumento
do preço de y aumenta o consumo de x, coeteris paribus).
• 𝑬𝑿𝒀
𝒑𝒑 < 0: os bens x e y são complementares (o aumento do preço de y
diminui a demanda de x, coeteris paribus)

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Elasticidade-renda da demanda
• É a variação percentual da quantidade demandada, dada uma variação
percentual da renda do consumidor, coeteris paribus.
∆𝒒
𝒗𝒂𝒓𝒊𝒂çã𝒐 𝒑𝒆𝒓𝒄𝒆𝒏𝒕𝒖𝒂𝒍 𝒒 𝒒
𝑬𝑹𝑷 = =
𝒗𝒂𝒓𝒊𝒂çã𝒐 𝒑𝒆𝒓𝒄𝒆𝒏𝒕𝒖𝒂𝒍 𝑹 ∆𝑹
𝑹
e
𝑹 ∆𝒒
𝑬𝑹𝑷 = .
𝒒 ∆𝑹
ou
𝑹 𝝏𝒒
𝑬𝑹𝑷 = .
𝒒 𝝏𝑹
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Elasticidade-renda da demanda
• Se 𝑬𝑹𝑷 > 1 : bem superior (ou bem de luxo): dada uma variação da
renda, o consumo varia mais que proporcionalmente;
• 𝑬𝑹𝑷 > 0 : bem normal: o consumo aumenta quando a renda aumenta;
• 𝑬𝑹𝑷 < 0 : bem inferior: a demanda cai quando a renda aumenta;
• 𝑬𝑹𝑷 = 0 : bem de consumo saciado: variações na renda não alteram o
consumo do bem. Ou seja, a variável renda não é importante para
explicar o comportamento da demanda desse bem.

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Elasticidade-renda da demanda
• Normalmente, a elasticidade-renda da demanda de produtos
manufaturados é superior à elasticidade-renda de produtos básicos,
como alimentos. Isso porque, quanto mais elevada a renda, a tendência
é aumentar mais o consumo de produtos, como, por exemplo,
eletrônicos, automóveis, relativamente aos alimentos (cujo consumo
tem um limite fisiológico).
• A elasticidade-renda é muito importante para o planeamento
empresarial, pois é um importante parâmetro para projetar suas
vendas, de acordo com o crescimento da renda do país.

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Elasticidade-preço da oferta
• Mede a variação percentual da quantidade ofertada, dada uma variação
percentual no preço do bem, coeteris paribus.
∆𝒒𝒔
𝒗𝒂𝒓𝒊𝒂çã𝒐 𝒑𝒆𝒓𝒄𝒆𝒏𝒕𝒖𝒂𝒍 𝒒𝒔 𝒒𝒔
𝑬𝒑𝒔 = =
𝒗𝒂𝒓𝒊𝒂çã𝒐 𝒑𝒆𝒓𝒄𝒆𝒏𝒕𝒖𝒂𝒍 𝒑 ∆𝒑
𝒑
E
𝒑 ∆𝒒𝒔
𝑬𝒑𝒔 = 𝒔 .
𝒒 ∆𝒑
Ou, em termos de derivada,
𝒑 𝝏𝒒𝒔
𝑬𝒑𝒔 = 𝒔 .
𝒒 𝝏𝒑
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Elasticidade-preço da oferta
• Podemos ter as seguintes situações ou conclusões:
• 𝑬𝒑𝒔 > 𝟏: bem de oferta elástica;
• 𝑬𝒑𝒔 < 𝟏: bem de oferta inelástica;
• 𝑬𝒑𝒔 = 𝟏: elasticidade-preço da oferta unitária.

• Como no caso da demanda, a elasticidade-preço da oferta também

pode ser calculada no ponto ou no arco.

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Referências
• VASCONCELOS, Marcos Antôno Sandoval, (1989). Micro e Macro,
Journal of Chemical Information and Modeling
• SAMUELSON, P. A. & NORDAUS, W. D. (1985). Economics. 12.
ed. New York, McGrawHill;

• STIGUM, B. P. & STIGUM, M. L. (1973). Economia. São Paulo,

Editora da Universidade de São Paulo.

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