EBSERH - Pronomes Oblíquos e Colocação Pronominal

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EBSERH

língua portuguesa
Pronomes Oblíquos e
Colocação Pronominal
LÍNGUA PORTUGUESA
Pronomes Oblíquos e Colocação Pronominal
Prof. Elias Santana

SUMÁRIO
Pronomes Oblíquos e Colocação Pronominal....................................................3
1. Pronomes Pessoais...................................................................................4
2. Colocação Pronominal..............................................................................9
3. Colocação Pronominal em Locuções Verbais............................................... 14
Questões de Concurso................................................................................ 20
Gabarito................................................................................................... 34
Questões Comentadas................................................................................ 35

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Pronomes Oblíquos e Colocação Pronominal
Prof. Elias Santana

ELIAS SANTANA
Licenciado em Letras – Língua Portuguesa e Respectiva Literatura – pela
Universidade de Brasília. Possui mestrado pela mesma instituição, na área
de concentração “Gramática – Teoria e Análise”, com enfoque em ensino
de gramática. Foi servidor da Secretaria de Educação do DF, além de pro­
fessor em vários colégios e cursos preparatórios. Ministra aulas de gramá­
tica, redação discursiva e interpretação de textos. Ademais, é escritor,
com uma obra literária já publicada. Por essa razão, recebeu Moção de
Louvor da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

PRONOMES OBLÍQUOS E COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Olá, querido(a) amigo(a)! Como andam os seus estudos de língua portuguesa?

Estamos, a cada dia, avançando mais em nosso idioma, de uma forma lógica e

objetiva. Tratamos de morfologia e de boa parte da sintaxe. Agora, quero abordar

com vocês um novo assunto, que possui íntima conexão com o que já vimos nos

PDFs anteriores.

Analise comigo o seguinte exemplo:

(1) O professor está feliz! O professor tem alunos dedicados!

A sentença acima é perfeitamente compreensível para qualquer pessoa (até

demais)! Note que o professor que está feliz é o mesmo que tem alunos dedicados.

Todavia, você há de convir comigo que é uma construção linguisticamente pobre,

uma vez que apresenta um mesmo vocábulo duas vezes. Esse é um mecanismo

chamado de coesão por repetição. Consiste em repetir uma mesma palavra para

formar a malha textual. Vale aqui um aviso importante: repetir palavras não é

um erro gramatical, mas é um recurso que, quando adotado desnecessária

ou abusivamente, torna o texto paupérrimo.

Sei que você já está pensando em inúmeras formas de escrever o texto acima.

Quero te apresentar uma possibilidade:


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(2) O professor está feliz! Ele tem alunos dedicados!

Em vez de repetir uma mesma palavra, optei por usar um pronome substan-

tivo. A coesão foi estabelecida, mas com vocábulos diferentes. Preciso que você

relembre o que é um pronome, assunto visto no PDF 1.

Agora, veja comigo esta outra construção:

(3) O professor estava em reunião. A diretora chamou o professor.

Mais uma vez, fiz uso da repetição de palavras na construção do texto. Como

você já sabe, o pronome é uma possibilidade que pode resolver essa questão. Mas

o que você acha desta?

(4) O professor estava em uma reunião. A diretora chamou ele. *

Sei que essa é uma forma comumente falada em nosso cotidiano. Ela não é,

entretanto, aceita pela norma culta. Meu objetivo não é (e nunca será) mudar o

jeito como você fala, mas te ensinar os padrões previstos para a língua escrita, a

fim de que você seja mais assertivo em provas e redija melhor. Conforme a tradição

gramatical, o correto seria

(5) O professor estava em uma reunião. A diretora chamou-o.

Agora, você me questiona: “professor, mas como saberei qual pronome usar? E

esse pronome pode ficar antes do verbo também?”. Fique tranquilo(a)! É isso que

estudaremos neste PDF!

1. Pronomes Pessoais

Você se lembra que, no PDF 2, eu apresentei as pessoas do discurso? Existem,

na nossa gramática, pronomes responsáveis por designar cada uma delas. Esses

são os chamados pronomes pessoais. Eles são assim divididos:


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Pronomes pessoais
Do caso oblíquo
Pessoas do discurso Do caso reto
átonos (P.O.A.) tônicos (P.O.T.)
1ª p. do singular Eu me a mim, comigo
2ª p. do singular Tu te a ti, contigo
3ª p. do singular Ele o, a, lhe, se a ele, a ela, a si, consigo
1ª p. do plural Nós nos a nós, conosco
2ª p. do plural Vós vos a vós, convosco
3ª p. do plural Eles os, as, lhes, se a eles, a elas, a sim, consigo

Para você entender bem o que esses pronomes fazem, precisamos voltar um

pouco no tempo e falar sobre o latim. Nesta língua, as funções sintáticas eram cha­

madas de casos. Como o português é uma língua derivada do latim, alguns resquí­

cios ficaram na gramática. Em outras palavras, os pronomes que são classificados

em casos já possuem funções sintáticas pré-definidas! Os pronomes pessoais do

caso reto, por exemplo, são usados em posição de sujeito. Já os pronomes pesso­

ais do caso oblíquo, em geral, ocupam a posição de complementos! Isso explica o

que ocorre nos exemplos que já foram aqui apresentados. Em 2, o pronome “ele”

ficou adequado porque desempenhava a função de sujeito, mas não ficou bom em

4 porque estava em função de objeto direto. Por isso, em 5, fiz uso de um pronome

oblíquo átono de 3ª pessoa do singular (“o”) para corrigir o texto. Aqui, algumas

perguntas surgem:

ALUNO: professor, mas pronomes como ele, ela, nós, vós, eles e elas apa­

recem tanto nos pessoais do caso reto como nos pessoais do caso oblíquo tônico.

Como vou diferenciá-los?

ELIAS: não sei se você percebeu, mas os pronomes oblíquos tônicos são sempre

dotados de preposição! Essa é a diferença! Nem sempre será a preposição “a”,

mas sempre haverá uma preposição!

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ALUNO: professor, os pronomes oblíquos só desempenham a função de comple­


mento verbal?
ELIAS: não. Eles podem também desempenhar outras funções sintáticas, mas
isso é pouco cobrado em provas.
ALUNO: Elias, então o que cai muito em provas?
ELIAS: os pronomes oblíquos átonos, principalmente os de 3ª pessoa, desempe­
nhando a função de complementos verbais (OD ou OI). Eu vou te apresentar outras
funções dos pronomes, mas só ao final do PDF – e de maneira breve! Lembre-se: o
seu objetivo aqui é aprender a resolver questões de gramática! Logo, atacaremos
aquilo que é mais frequente em provas!

Como funcionam os pronomes oblíquos átonos?


Amigo(a), vou, em um quadro simples, apresentar a você como se distribuem
os P.O.A. nas funções de complemento verbal:

Funções sintáticas dos P.O.A.


me, te, nos, vos (1ª e 2ª p.v.) OD ou OI
o, a, os, as (3ª p.v.) OD
lhe, lhes (3ª p.v.) OI
se (3ª p.v.) estudaremos no PDF “vozes verbais e funções do SE”

Os pronomes de primeira e segunda pessoas verbais desempenham tanto a fun­


ção de objeto direto quanto a de objeto indireto. Isso, claro, vai depender do verbo
a que se ligam. Veja os exemplos:
(6) Ela te encontrou na reunião.

(7) Ela te disse a verdade.

Em 6, o pronome “te” desempenha a função de OD porque quem encontra,


encontra alguém. Em 7, o mesmo pronome é OI, uma vez que quem diz, diz
algo (a verdade = OD) a alguém (te = OI). Vamos garantir o entendimento por
meio de mais um par de orações:
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(8) Ela nos viu durante o evento.

(9) Ela nos deu aquele lindo presente.

A situação é semelhante, mas agora com um pronome de primeira pessoa do

plural. Em 8, quem vê, vê alguém (por isso o pronome é OD). Já em 9, quem dá,

dá algo a alguém (por isso o pronome é OI).

Agora, eu vou ser muito sincero com você: são raras as questões de prova que

abordam pronomes oblíquos átonos de primeira ou de segunda pessoas. O grande

foco dos examinadores são os pronomes de terceira pessoa. Isso ocorre por dois

motivos: (a) são mais trabalhosos; (b) aparecem mais nos textos adotados nas

provas.

Vamos ver então como funcionam os pronomes de terceira pessoa:

(10) Ela comunicou o ocorrido aos familiares.

Com a classificação sintática dos termos da oração, podemos determinar quais

pronomes usaremos. “O ocorrido” e “aos familiares” são pessoas de que se fala –

por isso, terceira pessoa verbal. Como “o ocorrido” é um OD, devemos substituí-lo

por “o” (“ocorrido” é masculino e singular). Por sua vez, “aos familiares” é um OI

e pode ser substituído por “lhes” (“familiares” é singular). Claro que não emprega­

remos os dois pronomes ao mesmo tempo (essa era uma possibilidade comum no

português arcaico). No português contemporâneo, as construções possíveis seriam:

(11) Ela comunicou-o aos familiares. (“o” = o ocorrido)

(12) Ela comunicou-lhes o ocorrido. (“lhes” = aos familiares)


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(IADES/2014) Em “deu-lhe uma bronca” (linha 6), no lugar do pronome destaca­

do, poderia ser empregado o pronome o.1

(CESPE/2013) Em busca de mais recursos, Marconi escreveu ao governo italiano,

mas um funcionário descartou a ideia, dizendo que era melhor apresentá-la em um

manicômio.

No fragmento II, estaria mantida a correção gramatical do texto caso fosse inse­

rido, logo após a forma verbal “dizendo”, o pronome lhe ― dizendo-lhe ―, ele­

mento que exerceria a função de complemento indireto do verbo, retomando, por

coesão, “Marconi”.2

Agora, veja uma outra questão:

(IBFC/2011) Assinale a alternativa que indica corretamente a substituição do nome

destacado pelo pronome.

Não contei a Paulo a verdade.

a) Não contei-lhe a verdade.

b) Não lhe contei a verdade.

c) Não o contei a verdade.

d) Não contei-o a verdade.3

1
Errado. Note que, na construção, quem dá, dá algo (“uma bronca” = OD) a alguém (lhe = OI). A substi­
tuição sugerida é entre pronomes de funções sintáticas distintas.
2
Certo. Pela semântica textual, é possível entender que o funcionário disse algo a Marconi. Colocar o pro­
nome lhe diante de “dizendo” significa tornar explícito o objeto indireto do verbo.
3
Primeiramente, preciso que você tenha certeza de algo: “a Paulo” é o OI do verbo “contei”. Por
isso, o pronome adequado é lhe. Isso nos permite dispensar as alternativas C e D. Mas surge
uma nova dúvida: qual é a posição correta do pronome? Antes ou depois do verbo “contei”? Por
enquanto, eu vou te deixar nessa expectativa!
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2. Colocação Pronominal

Em linhas gerais, existem três posições para se colocar um P.O.A.: depois do

verbo (ênclise), antes do verbo (próclise) ou no meio do verbo (mesóclise).

Existem princípios e regras para o uso de cada uma delas. Vamos conhecê-los:

Princípios (estão acima das regras):

1. Não se usa um pronome oblíquo átono em início de frase ou após pontuação.4

2. Casos facultativos de colocação pronominal (os pronomes podem ser coloca­

dos em duas das três posições previstas):

2.1. Verbos no infinitivo.

2.2. Sujeito explícito anteposto ao verbo.5

(IADES/2014)

Mande notícias do mundo de lá

Diz quem fica

Me dê um abraço, venha me apertar

Tô chegando

A colocação do pronome em “Me dê um abraço” (linha 3) está correta.6

(CESPE/2013) O filósofo francês Jacques Rancière critica a ideia de democracia que

tem estruturado nossa vida social — regida por uma ordem policial, segundo ele —,

devido ao fato de ela se distanciar do que seria sua razão de ser.

4
É possível ver P.O.A. após pontuação quando esta representa uma intercalação na oração. Ex.: O professor
chegou atrasado; ele, todavia, nos dará aula.
5
Quando há um caso de sujeito explícito anteposto ao verbo interno a uma oração subordinada, só se pode
usar a próclise, deixando, portanto, de ser um caso facultativo. Falaremos sobre isso quando chegarmos ao
período composto (em outro PDF).
6
Errado. Conforme reza o princípio 1, não se inicia uma frase com um P.O.A..
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A correção do texto seria mantida caso o pronome “se”, em vez de anteceder, pas­

sasse a ocupar a posição imediatamente posterior ao verbo: devido ao fato de ela

distanciar-se.7

(CESPE/2013) O cenário se repete neste início de 2013, com a redução no nível de

água dos reservatórios.

Em “se repete”, o deslocamento do elemento “se” para depois da forma verbal —

repete-se — preservaria a correção gramatical do trecho.8

Regras

1) A ênclise é a regra geral! É a colocação em que primeiro devemos pensar! Só

que existem casos em que ela não é aplicável. São eles:

• Quando há fator de atração antes do verbo;

• Quando o verbo estiver no futuro;

• Quando o verbo estiver no particípio.

Para resolver o primeiro caso, usamos a próclise. Para o segundo, a mesóclise.

O último veremos melhor quando estudarmos a colocação pronominal em locuções

verbais.

2) A próclise é usada prioritariamente quando há um fator de atração antes do

verbo (também conhecido como fator de próclise). São algumas palavras que

atraem o pronome para perto delas, o que faz com que este fique antes do

verbo. Eis a lista de fatores de atração:

7
Certo. Questão simples: você notou que o verbo “distanciar” está no infinitivo? Conforme está em 2.1, trata-se de
um caso facultativo de colocação pronominal. Logo, o pronome pode ser colocado em próclise ou em ênclise.
8
Certo. Esta questão enquadra-se no princípio 2.2. Pergunte ao verbo: quem se repete? “O cenário”, que é
o sujeito da oração. Novamente, estamos diante de mais um caso facultativo!
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• Palavras negativas (Ex.: Ele não se perdoa pelo ocorrido.)

• Advérbios (Ex.: Ontem me falaram a verdade.)

• Pronomes

–– Indefinidos (Ex.: Alguém te dará atenção.)

–– Interrogativos (Ex.: Quem lhe doou os cobertores?)

–– Relativos (Ex.: O homem que nos abordou era policial.)

• Conjunções subordinativas (Ex.: Ele disse que a ouviu atentamente.)

• Orações exclamativas ou optativas9 (Ex.: Que Jesus te acompanhe!)

• Em + gerúndio (Ex.: Em se tratando de gramática, não tenho dificuldades.)

Algumas dicas importantes sobre os fatores de atração:

a. Nenhum fator de atração é tão cobrado quanto o NÃO. Sabemos que ele é

um advérbio de negação, mas prefiro separá-lo dos advérbios, uma vez que é mui­

to mais fácil reconhecê-lo como palavra negativa.

b. Todo QUE é um fator de atração. Mais tarde, você aprenderá comigo a dife­

renciar as classificações dessa palavra. Por enquanto, quero que você saiba apenas

que o QUE atrai os P.O.A..

c. Os advérbios também são muito cobrados em provas, mas tome um certo

cuidado! Se o advérbio estiver isolado por pontuação, ele perde o valor atrativo!

(CESPE/2013) Mas a opção entre o certo e o errado não se coloca apenas na esfera

de temas polêmicos que atraem os holofotes da mídia.

Devido à presença do advérbio “apenas” (R.18), o pronome “se” poderia ser desloca­

do para imediatamente após a forma verbal “coloca”, da seguinte forma: coloca-se.10

9
Orações optativas são as que exprimem desejo (quando se deseja algo a alguém).
10
Errado. Uma palavra só é fator de atração se estiver anteposta ao verbo. Logo, “apenas” não influencia na
colocação pronominal. Além disso, veja que, antes do verbo, há uma palavra negativa.
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(CESPE/2013) Diversidade é a semente inesgotável da autenticidade e da individu­

alidade humana, que se expressam na subjetividade da liberdade pessoal.

No trecho “que se expressam na subjetividade da liberdade pessoal”, o emprego

do pronome átono “se” após a forma verbal — expressam-se — prejudicaria a cor­

reção gramatical do texto, dada a presença de fator de próclise na estrutura apre­

sentada.11

3) Há casos em que nem próclise e nem ênclise são aplicáveis. É aí que entra a

mesóclise. Veja:

(13) Contarei uma história aos meus alunos.

Vou fazer uso do OI – que será substituído por lhes nas minhas construções

seguintes. Veja o resultado:

• Contarei-lhes uma história. (errado, pois o verbo está no futuro – não admite

ênclise)

• Lhes contarei uma história. (errado, pois fere o primeiro princípio)

• Contar-lhes-ei uma história. (certo)

A mesóclise só é aplicável a verbos no futuro! Vamos testar outras duas possi­

bilidades:

(14) Eu contarei uma história aos meus alunos.

• Eu contarei-lhes uma história. (errado, pois o verbo está no futuro – não ad­

mite ênclise)
11
Certo. Conforme eu disse, o QUE é sempre fator de atração. Não quero, agora, que você se preocupe em
identificar a função dele. Agora, preocupe-se apenas com a colocação do pronome.
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• Eu lhes contarei uma história. (certo, conforme o segundo princípio – sujeito

explícito)

• Eu contar-lhes-ei uma história. (certo, conforme o segundo princípio – sujeito

explícito)

(15) Eu não contarei uma história aos meus alunos.

• Eu não contarei-lhes uma história. (errado, pois o verbo está no futuro – não

admite ênclise)

• Eu não lhes contarei uma história. (certo, pois há respeito ao fator de atração)

• Eu não contar-lhes-ei uma história. (errado, pois desrespeita a presença do

fator de atração)

(CESPE/2013) O Ministério Público Federal impetrou mandado de segurança contra

a decisão do juízo singular que, em sessão plenária do tribunal do júri, indeferiu

pedido do impetrante para que às testemunhas indígenas fosse feita a pergunta

sobre em qual idioma elas se expressariam melhor, restando incólume a decisão do

mesmo juízo de perguntar a cada testemunha se ela se expressaria em português

e, caso positiva a resposta, colher-se-ia o depoimento nesse idioma, sem prejuízo

do auxílio do intérprete.

A posposição do pronome “se” ao verbo em “colher-se-ia” — colheria-se — compro­

meteria a correção gramatical do trecho.12

Viu como é simples? Não há mistério na colocação dos P.O.A.!

12
Certo. Primeiramente, note que o verbo colheria está no futuro do pretérito, o que já inviabiliza a ênclise.
No trecho apresentado, a próclise também não é possível, na medida em que há um sinal de pontuação
anteposto ao verbo. A mesóclise é a única opção válida.
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ADENDO: adaptação fonética dos pronomes o, a, os, as.

Por uma questão de eufonia – garantir a composição de uma sonoridade

harmoniosa –, os pronomes o, a, os, as podem sofrer alterações. Veja o qua­

dro abaixo:

Adaptação fonética (o, a, os, as)


Diante de verbos terminados em Usa-se
R, S ou Z lo, la, los, las
Sons nasais (M ou algo com ~) no, na, nos, nas
Demais verbos o, a, os, as

Vejamos alguns exemplos:

• É hora de deixar o apartamento. = É hora de deixá-lo.

• Fiz as tarefas. = Fi-las.

• Ele quis alguns conselhos. = Ele qui=lo.

• Fecharei minha casa com cadeado. = Fechá-la-ei com cadeado.

• Declamaram minha poesia favorita. = Declamaram-na.

• Ele propõe novas regras. = Ele propõe-nas.

• Encontrei meu filho aos prantos. = Encontrei-o aos prantos.

3. Colocação Pronominal em Locuções Verbais

A colocação pronominal em locuções verbais é ainda mais simples do que em

um único verbo! Preciso, primeiramente, que você se lembre de que uma locução

verbal é formada por verbo auxiliar + verbo principal. Vejamos as possibilidades no

esquema abaixo:

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1. Sem fator de atração antes da locução verbal:

V. aux. + Infinitivo

V. aux. + Gerúndio Permitido

V. aux. + Particípio ∅

Permitido Permitido

Neste caso, pode-se usar o pronome antes do auxiliar, entre o auxiliar e o prin­

cipal e após o principal (exceto quando este estiver no particípio). Atenção: cuidado

para não ferir o princípio 1. Veja exemplos:

(16) Eu vou encontrar novos caminhos.

• Eu os vou encontrar.

• Eu vou(-)os encontrar.

• Eu vou encontrá-los.

(17) Estou construindo uma nova casa.

• A estou construindo. (Errado. Princípio 1.)

• Estou(-)a construindo.

• Estou construindo-a.

(18) Ele tinha imprimido o documento.

• Ele o tinha imprimido.

• Ele tinha(-)o imprimido.

• Ele tinha imprimido-o. (Errado. Verbos nos particípio não aceitam ênclise.)

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 Obs.: .: Segundo muitos gramáticos, o emprego do hífen quando o pronome está

entre o auxiliar e o principal é facultativo.

2. Com fator de atração antes da locução verbal:

V. aux. + Infinitivo

V. aux. + Gerúndio Permitido

V. aux. + Particípio ∅

Permitido Permitido

Neste caso, o pronome deve ser empregado antes do auxiliar ou depois do prin­

cipal. Atenção: cuidado para não ferir o princípio 1. Veja exemplos:

(19) Eu não vou encontrar novos caminhos.

• Eu não os vou encontrar.

• Eu não vou encontrá-los.

(20) Já estou construindo uma nova casa.

• Já a estou construindo.

• Já estou construindo-a.

(21) Ele nunca tinha imprimido o documento.

• Ele nunca o imprimiu.

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ADENDO: apossínclise.

Sempre há um aluno para me perguntar sobre essa quarta forma de colo­

cação pronominal. Ela é encontrada em registros literários antigos – e, ainda

assim, raramente. Ocorre quando há dois fatores de atração antepostos a um

verbo.

• O homem que se não respeita pode padecer.

Também seria gramaticalmente correto escrever

• O homem que não se respeita pode padecer.

De coração: acrescentei isso por curiosidade de alguns! Não é uma preocu­

pação para provas.

ADENDO: outras funções sintáticas dos pronomes oblíquos átonos.

Conforme prometi, ao fim da unidade, apresento a você outras funções

sintáticas que os pronomes oblíquos átonos podem desempenhar. São elas:

adjunto adnominal, complemento nominal e sujeito.

1. Adjunto adnominal (sempre haverá a semântica de posse)

• Levaram-me a mala. (= Levaram a minha mala.)

• Cheirei-te os cabelos. (= Cheirei os seus cabelos.)

• A fila do banco nos tirou a paciência. (= A fila do banco tirou a nossa pa­

ciência.)

• Aquela garota lhe veio ao pensamento. (= Aquela garota veio ao seu

pensamento.)

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2. Complemento nominal

• Suas ideias sempre me foram agradáveis. (= Suas ideias sempre foram

agradáveis a mim.)

• Eu sempre te serei fiel. (= Eu sempre serei fiel a ti.)

• Eles sempre nos foram próximos. (= Eles sempre foram próximos a nós.)

• A falta de fé não lhe é favorável. (= A falta de fé não é favorável a ele.)

3. Sujeito (quando há um verbo causativo ou sensitivo + infinitivo ou ge­

rúndio)

Os P. O. A. só se tornam sujeitos na configuração que acima apresentei. Os

verbos causativos são mandar, deixar, fazer e os sensitivos são ver, ouvir,

sentir, olhar (verbos sinônimos desses também recebem a mesma classifica­

ção). Veja, agora, os exemplos:

• Deixe-me falar de amor! (me é o sujeito do verbo “falar”)

• Mandaram-te comprar um novo par de tênis. (te é o sujeito de “comprar”)

• Ele se deixou levar pela opinião alheia. (se é sujeito de “levar”)

• Sinto-nos levitando pela sala. (nos é sujeito de “levitando”)

• Fizeram-lhes falar a verdade. (lhes é sujeito de “falar”)

• Eu os vi namorando na praça. (os é sujeito de “namorando”)

 Obs.: esse tipo de sujeito também é conhecido como sujeito acusativo.

Repito: isso pouco aparece em provas.

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O que cai, Elias?

Os pronomes oblíquos são frequentes em provas, principalmente os átonos,

pois eles são pouco usados na fala cotidiana dos brasileiros. Acerca deles, saiba

identificar quando são complementos verbais (principalmente os de terceira pessoa

verbal), substituir complementos verbais por pronomes e colocar corretamente o P.

O. A. antes, depois ou no meio do verbo. Mais uma dica importante: jamais tente

resolver uma questão de P. O. A. “com os ouvidos”. O nosso português falado atual

rejeita muitas formas gramaticalmente corretas – ou você vai ter a coragem de

me dizer que fi-los com amor ou comunicar-lhes-ia o incidente são formas naturais

para você? Você pode até achá-las bonitas, mas naturais, não! Analise a língua es­

crita com as regras da língua escrita! Por fim, faço mais um comentário importante:

muitas questões com P. O. A. exigem do aluno o conhecimento de coesão, ou seja,

saber a que termo no texto o pronome se refere.

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QUESTÕES DE CONCURSO

1. (SEDF/2017) Quando nos perguntamos o que é a consciência, não temos melhor

resposta que a de Louis Armstrong.

Na linha 9, o pronome “nos”, na oração em que ocorre, exerce a função de comple­

mento direto da forma verbal “perguntamos”.

2. (ANVISA/2016) Passamos a dialogar com nosso corpo e, para nossa surpresa,

descobrimos que esse é um diálogo gratificante. Sabem-no bem as pessoas que

embarcam em um programa de exercício.

Na linha 18, a forma “no” desempenha a função de complemento direto da forma

verbal “Sabem” e funciona como elemento de coesão, uma vez que retoma a infor­

mação segundo a qual o diálogo com o corpo é gratificante.

3. (TRE-PE/2017) Na teoria constitucional moderna, cidadão é o indivíduo que tem

um vínculo jurídico com o Estado, sendo portador de direitos e deveres fixados por

determinada estrutura legal (Constituição, leis), que lhe confere, ainda, a nacionali­

dade. Cidadãos, em tese, são livres e iguais perante a lei, porém súditos do Estado.

No segundo parágrafo do texto CG1A1AAA, o pronome “lhe” (l.18) faz referência a

a) “Estado” (l.16).

b) “portador de direitos e deveres” (l.17).

c) “nacionalidade” (l.19).

d) “teoria constitucional moderna” (l.15).

e) “cidadão” (l.15).

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4. (TCE-PA/2016) Sendo tal prestação obrigação personalíssima, não se pode ad­

mitir que seja executada por meio de pessoa interposta.

A correção gramatical do texto seria mantida caso, na linha 14, a partícula “se”

fosse empregada imediatamente após a forma verbal “pode” — escrevendo-se da

seguinte forma: pode-se.

5. (TCE-PA/2016) A administração pública deve pautar-se nos princípios consti­

tucionais que a regem. É necessário, ainda, que tais princípios estejam pública e

legalmente disponíveis ao conhecimento de todos os cidadãos, para que estes pos­

sam respeitá-los e vivenciá-los. Nesse contexto, destacam-se os princípios consti­

tucionais tidos como base da função pública e que, sem dúvida, constituem pilares

de sustentabilidade da função gestora.

Na linha 16 do texto CG3A1AAA, a forma pronominal “los”, em “respeitá-los” e “vi­

venciá-los”, remete a

a) “todos os cidadãos” (l.15).

b) “princípios constitucionais” (l.13).

c) “estes” (l.16).

d) “os membros de uma corporação profissional” (l. 9 e 10).

e) “funcionários e servidores da administração pública” (l. 10 e 11).

6. (FUNPRESP/2016) Leu um tratado de psicologia e trocou-o em miúdo, isto é,

reduziu-o a artigos.

A substituição do pronome “o”, em “reduziu-o a artigos” (l. 11 e 12), por lhe pre­

servaria a correção gramatical do texto.

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7. (TRE-PI/2016) Entretanto, esse é um cenário que se repete em diversas nações

tidas como desenvolvidas e com maior tradição democrática, como é o caso da

França.

A correção e o sentido original do texto seriam mantidos caso se substituísse o tre­

cho “que se repete” (l.28) por que repete-se.

8. (TRE-PI/2016) Afinal, depois de Ducrot e Anscombre, a questão da argumenta­

ção parece ter-se tornado moda nos estudos da linguagem.

O deslocamento da partícula “se”, em “parece ter-se tornado moda” (l. 33 e 34),

para imediatamente depois de “tornado” — escrevendo-se parece ter tornado-se

moda — prejudicaria a correção gramatical do texto.

9. (DPU/2016) Com esse trabalho nós estamos garantindo seu acesso à justiça e

aos direitos para que consigam se beneficiar de outras políticas públicas”, explica a

coordenadora do Departamento de Atividade Psicossocial.

Seria mantida a correção gramatical do período caso a partícula “se”, em “se bene­

ficiar” (R.16), fosse deslocada para imediatamente após a forma verbal “beneficiar”

— escrevendo-se beneficiar-se.

10. (TJDFT/2015) Art. 3.º Define-se como meta permanente do Viver Direito a

gestão ambientalmente saudável, caracterizada pela adoção de práticas ecologica­

mente eficientes

O deslocamento da partícula “se”, em “Define-se” (l.24), para o início do período —

escrevendo-se Se define — prejudicaria a correção gramatical do texto.

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11. (MEC/2015) Amanda recusou-se e foi consagrada naquela que seria a última

tentativa de ser modelo.

Haveria prejuízo para a correção gramatical do texto caso o pronome “se”, em

“Amanda recusou-se” (l.5), fosse deslocado para imediatamente antes da forma

verbal “recusou”: Amanda se recusou.

12. (DEPEN/2015) O que se constata é que, na prática, o cidadão preso perde mui­

to mais do que sua liberdade.

A correção gramatical do texto seria preservada, caso o trecho “O que se constata”,

no início do segundo parágrafo, fosse reescrito da seguinte forma: O que consta­

ta-se.

13. (MPU/2015) Evidencia-se, portanto, que é justamente na fase do inquérito

policial que serão coletadas as informações e as provas que irão formar o conven­

cimento do titular da ação penal.

Em “Evidencia-se” (l.24), o pronome “se” pode, facultativa e corretamente, ser

tanto posposto — como aí foi empregado — quanto anteposto à forma verbal — Se

evidencia.

14. (FUB/2015) Na média, os alunos testados deram 35 respostas corretas a 50

perguntas acerca de temas que os deixavam curiosos e 27 de 50 questões sobre

assuntos que não os atraíam.

Em um uso mais formal da língua, as regras de colocação pronominal do padrão

culto permitem que o pronome átono em “que não os atraíam” (l. 10 e 11) seja

também utilizado depois do verbo, sob a forma de nos, ligada ao verbo por um

hífen.

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15. (TJ-SE/2014) E motivação política, isso então nem se fala.

No segmento “isso então nem se fala” (l.8), a posição do pronome “se” justifica-se

pela presença de palavra de sentido negativo.

16. (STF/2014) Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro.

Na oração “guiava-me a promessa do livro” (l.22), o pronome “me” exerce a função

de complemento da forma verbal “guiava”.

17. (ICMBIO/2014) Depois, quando a captura com malha foi autorizada, ele se

destacou entre os colegas.

Na oração “ele se destacou entre os colegas” (l.11), é obrigatório o uso do pronome

“se” em posição pré-verbal, devido ao fator atrativo exercido pelo elemento que o

antecede.

18. (ICMBIO/2014) Não se trata de educar o ser humano para o domínio e a apro­

priação da natureza, mas de educar a humanidade para ser capaz de trocar e de

aprender com ela”, completa.

Na linha 17, o pronome átono ‘se’, em ‘não se trata’, poderia, opcionalmente, ocor­

rer após o verbo, escrevendo-se não trata-se, sem comprometer a fidelidade do

texto à norma da língua na modalidade escrita formal.

19. (CD/2014) As quadras, distribuídas simetricamente pelas asas, têm prédios

com plantas semelhantes, que se repetem a cada quadradinho, muitas vezes até

localizados de forma análoga. Dentro dos apartamentos, entretanto, esconde-se o

estilo de cada morador, que se revela não apenas em detalhes decorativos, mas em

modificações nas plantas e na função dos cômodos.


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Nas estruturas “que se repetem” (L.4) e “que se revela” (L.6), o pronome “se”

poderia ser deslocado, sem prejuízo da correção gramatical do texto, para ime­

diatamente após as formas verbais “repetem” e “revela” — que repetem-se e que

revela-se, respectivamente.

20. (MC/2013) Desse modo, embora por inércia continuemos utilizando a palavra

escândalo, a realidade a esvaziou do seu conteúdo tradicional.

O pronome “a” em “a esvaziou” (l.16) retoma a expressão “a palavra escândalo”

(l.16) e exerce a função sintática de objeto.

21. (AL-MS/2016) Os árabes usavam mosaicos de azulejos para ornamentar as

paredes de seus palácios, conferindo às paredes brilho e ostentação. Influenciados

pela técnica mourisca, artesãos espanhóis e portugueses simplificaram a técnica e

adaptaram a técnica aos padrões ocidentais.

Fazendo-se as devidas alterações, os elementos sublinhados acima estão correta­

mente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:

a) conferindo-as – adaptaram-lhe

b) lhe conferindo − a adaptaram

c) conferindo-lhes − adaptaram-na

d) conferindo-a – lhes adaptaram

e) conferindo-as – as adaptaram

22. (PREFEITURA DE TERESINA-PI/2016) Lembro-me bem dela recolhendo os nos­

sos uniformes do colégio e levando para lavar... (1º parágrafo)

Para que a expressão os nossos uniformes do colégio seja corretamente retomada

por um pronome, o segmento sublinhado deve ser substituído por:


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a) lhes levando

b) levando-nos

c) levando-lhe

d) o levando

e) levando-os

23. (TRT 23/2016) Em 1949, quando o pai morreu, Manoel herdou suas terras em

Corumbá. Pensou inicialmente em vender as terras, mas a mulher convenceu Ma­

noel a restabelecer raízes no Pantanal. Por ocasião do lançamento de “O Guardador

das Águas”, que daria a Manoel o seu primeiro Prêmio Jabuti, afirmou: “Entre o

poeta e a natureza ocorre uma eucaristia”.

Fazendo-se as alterações necessárias, os elementos sublinhados acima foram cor­

retamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:

a) vendê-las − convenceu-o − lhe daria

b) vender-lhes − convenceu-lhe − daria-lhe

c) as vender − convenceu-lhe − o daria

d) vendê-las − lhe convenceu − daria-no

e) vender-lhes − o convenceu − lhe daria

24. (TRT 23/2016) O pronome está empregado corretamente na seguinte frase

redigida a partir do texto:

a) A técnica da assinatura digital permite proteger documentos, porque os atribui

uma espécie de código inviolável.

b) O documento com assinatura digital recebe uma criptografia assimétrica, confe­

rindo-lhe uma “imutabilidade lógica”.

c) Uma maneira de deixar o documento eletrônico mais seguro contra fraudes é

acrescentá-lo uma assinatura digital.


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d) Os algoritmos usados na assinatura digital de documentos lhes tornam mais

confiáveis, pois evitam a adulteração.

e) A inserção de mais um espaço em um documento com assinatura digital pode

invalidar-lhe definitivamente.

25. (TCE-SP/2015) A substituição do elemento grifado pelo pronome correspon­

dente, com os necessários ajustes, foi feita corretamente no segmento que se en­

contra em:

a) uma forma de nomear os mais velhos = uma forma de lhes nomear

b) cria profissionais e instituições = cria-lhes

c) não oferece instrumentos = não os oferece

d) ofereceria aos mais velhos a oportunidade = ofereceria-lhes a oportunidade

e) que impõe outro recorte à geografia social = que impõe-no à geografia social

26. (TRE-PB/2015)

... nada há de errado em aquecer a atividade econômica. (1º parágrafo)

... que não compreendem a comercialização do afeto... (1º parágrafo)

... uma falha em demonstrar dedicação aos filhos. (1º parágrafo)

Na ordem dada, os complementos verbais sublinhados acima são corretamente

substituídos por pronomes em:

a) aquecê-la − compreendem-no − demonstrar-lo

b) aquecer-lhe − compreendem-na − demonstrar-lhes

c) aquecer-la − o compreendem − demonstrar-lo

d) aquecer-lhe − compreender-lhe − demonstrá-los

e) aquecê-la − a compreendem − demonstrar-lhes

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27. (TRT 9/2015)

... desrespeitando interlocutores.

Enxurradas de fotos invadem o espaço virtual...

... que caracteriza a obsessão pelos “cliques”.

Fazendo-se as alterações necessárias, os elementos sublinhados nos segmentos

acima foram corretamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:

a) desrespeitando-os − invadem-no − a caracteriza.

b) desrespeitando-lhes − o invadem − caracteriza-lhe.

c) desrespeitando-os − lhe invadem − a caracteriza.

d) desrespeitando-nos − invadem-no − lhe caracteriza.

e) desrespeitando-lhes − invadem-no − caracteriza-a.

28. (TRT 9/2015) Nos casos de uso indiscriminado da ênfase, atribui-se à ênfase

um efeito retórico que na verdade enfraquece a ênfase, em vez de explorar os atri­

butos da ênfase que podem justificar a ênfase como um expediente de bom estilo.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se corretamente os

elementos sublinhados, na ordem dada, por:

a) atribui-se à ela − lhe enfraquece − explorar seus atributos − justificá-la.

b) atribui-se a ela – a enfraquece − explorar seus atributos − justificá-la.

c) a ela se atribui − enfraquece-lhe − explorá-la nos atributos − justificá-la.

d) atribui-lhe − a enfraquece − lhe explorar os atributos − lhe justificar.

e) se lhe atribui − enfraquece-a − explorar seus atributos − justificar-lhe.

29. (TRT 9/2015) O fragmento sublinhado está reescrito corretamente, com a ex­

pressão em negrito substituída por um pronome, em

a) suas personagens enfrentam o cotidiano da mulher moderna → enfrentam-o


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b) as mulheres consideram o humor um sinal de inteligência → lhe consideram

c) a tarefa mais importante que o homem precisa desempenhar na vida é impres­

sionar o sexo oposto → impressionar-lhe

d) dê às mulheres mais tempo → dê-lhes

e) As mulheres não têm a menor necessidade correspondente de atrair os homens

dessa maneira. → têm-a

30. (TRT 9/2015) A colocação pronominal está correta em:

a) As pessoas têm dedicado-se a compartilhar fotos de várias situações.

b) Ela repara como tornam-se diferentes algumas pessoas nas redes sociais.

c) A autora parece incomodar-se com algumas postagens nas redes sociais.

d) Há vários recursos digitais que prestam-se a corrigir os defeitos das imagens.

e) Atualmente, as pessoas sempre lembram-se de sorrir ao serem fotografadas.

31. (DPE-SP/2015) Estão adequadas ambas as construções pronominais indica­

das entre parênteses, como alternativas válidas, no contexto, para as expressões

sublinhadas em:

a) Voltaire atribui aos grosseiros (atribui-lhes) a responsabilidade por aplaudirem

a barbárie (lhe aplaudirem).

b) As velhas acusam a vítima (acusam-lhe) de herege e os bárbaros seguem as

velhas (seguem-nas) em seu preconceito.

c) Os poetas idealistas louvam os campesinos (lhes louvam), ignorando os defeitos

deles (ignorando-lhes os defeitos).

d) Muitos homens querem agradar as massas (as agradar), não hesitando em cor­

tejar as mesmas (cortejar-lhes).

e) Para que aprimoremos a civilização (a aprimoremos), é preciso prestigiar os

pensantes (prestigiá-los).
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32. (MPE-PB/2015)

Tinha filhos e pensava dar aos herdeiros uma criação melhor.

O povo, a princípio, não levava a sério o Santa Fé.

Viam aquele homem de fora...

Fazendo as devidas alterações, os segmentos sublinhados acima foram correta­

mente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:

a) dá-los - não levava-lhe a sério - Viam-o

b) dá-los - não levava-o a sério - Viam-lhe

c) lhes dar - não lhe levava a sério - Viam-o

d) dar-lhes - não o levava a sério - Viam-no

e) dar-lhes - não levava-lhe a sério - Viam-no

33. (TCE-CE/2015) As leis? Ora, como são os homens que elaboram as leis, eles

usam essas leis a seu favor, dão a essas leis um caráter coercitivo, tornam essas

leis um instrumento de penalização das mulheres adúlteras.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos su­

blinhados, na ordem dada, por:

a) elaboram-nas − usam-lhes − dão-lhes − tornam-lhes

b) as elaboram − usam-nas − dão-nas − as tornam

c) elaboram-lhes − as usam − lhes dão − lhes tornam

d) elaboram-nas − lhes usam − dão a elas − tornam-lhes

e) as elaboram − usam-nas − dão-lhes − tornam-nas

34. (METRÔ-SP/2015)

Ninguém sabe de fato o que é a vida...

Querida, não reduza minhas ideias...

Podemos fazer opções mais ousadas.


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Os trechos sublinhados são corretamente substituídos por pronomes em:

a) Ninguém a sabe de fato / Querida, não as reduza / Podemo-las fazer

b) Ninguém a sabe de fato / Querida, não as reduza / Podemos as fazer

c) Ninguém a sabe de fato / Querida, não reduza-as / Podemos fazê-las

d) Ninguém o sabe de fato / Querida, não nas reduza / Podemos fazê-lo

e) Ninguém o sabe de fato / Querida, não as reduza / Podemos fazê-las

35. (TRT 15/2015)

Mas é possível retirar uma segunda conclusão... (8° parágrafo)

... pode relembrar ao mundo algumas vergonhas... (último parágrafo)

... não têm final feliz. (último parágrafo)

Os segmentos sublinhados acima são corretamente substituídos por pronomes em:

a) retirá-la - relembrar-lhe - o têm

b) retirá-la - relembrá-las - têm-no

c) retirar-lhe - lhe relembrar - têm-no

d) a retirar - relembrá-lo - o têm

e) lhe retirar - o relembrar - o têm

36. (MANAUSPREV/2015) Considere:

recuperar esse valor intrínseco

mostram numerosas oportunidades

compreender seus mecanismos

Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos sublinhados acima foram cor­

retamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:

a) recuperar-lhe - mostram-nas - compreender-lhes

b) recuperá-lo - mostram-nas - compreendê-los


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c) recuperá-lo - lhes mostram - lhes compreender

d) o recuperar - mostram-lhes - os compreender

e) lhe recuperar - as mostram - compreendê-los

37. (TJ-AP/2014) A jornalista Eliane Brum aproximou-se das parteiras amapaenses

e entrevistou as parteiras amapaenses para apresentar as parteiras amapaenses

ao restante do Brasil.

Para eliminar as repetições viciosas, as expressões destacadas devem ser substitu­

ídas, de acordo com a norma- padrão da língua portuguesa, respectivamente, por:

a) as entrevistou - lhes apresentar

b) entrevistou-nas - as apresentar

c) entrevistou-as - apresentá-las

d) entrevistou-lhes - apresentar-lhes

e) lhes entrevistou - apresentar-nas

38. (TCE-GO/2014) A substituição do elemento grifado pelo pronome correspon­

dente foi realizada de modo correto em:

a) para decompor os nutrientes = para decompô-lo

b) que cobre o estado de Goiás = que lhe cobre

c) que decompõem esses restos = que lhes decompõem

d) para diminuir a emissão de gases de efeito estufa = para diminuí-los

e) promovem benefícios vitais para o solo = promovem-nos

39. (SEFAZ-PE/2014) A substituição do elemento grifado pelo pronome correspon­

dente foi realizada de modo INCORRETO em:

a) pôs em evidência o fator comum = pô-lo em evidência

b) eliminou imediatamente a variante = eliminou-na imediatamente


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c) arremedar a marcha desgovernada de um tabético = arremedá-la

d) trocou por outras as botinas escarrapachadas = trocou-as por outras

e) ela destruía a unidade física do tipo = ela a destruía

40. (TRT 1/2014) As novas tecnologias estão em vertiginoso desenvolvimento, mas

não tomemos as novas tecnologias como um caminho inteiramente seguro, pois

falta às novas tecnologias, pela velocidade mesma com que se impõem, o controle

ético que submeta as novas tecnologias a um padrão de valores humanistas.

Para evitar as viciosas repetições do texto acima é preciso substituir os segmentos

sublinhados, na ordem dada, pelas seguintes formas:

a) lhes tomemos - lhes falta - as submeta

b) as tomemos - falta a elas - submeta-las

c) lhes tomemos - falta-lhes - submeta-lhes

d) tomemos a elas - lhes falta - lhes submeta

e) as tomemos - falta-lhes - as submeta

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GABARITO

1. E 26. e

2. C 27. a

3. E 28. b

4. E 29. d

5. b 30. c

6. E 31. e

7. E 32. d

8. C 33. e

9. C 34. e

10. C 35. a

11. E 36. b

12. E 37. c

13. E 38. e

14. E 39. b

15. C 40. e

16. C

17. E

18. E

19. E

20. C

21. c

22. e

23. a

24. b

25. c
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QUESTÕES COMENTADAS

1. (SEDF/2017) Quando nos perguntamos o que é a consciência, não temos melhor

resposta que a de Louis Armstrong.

Na linha 9, o pronome “nos”, na oração em que ocorre, exerce a função de comple­

mento direto da forma verbal “perguntamos”.

Errado.

Veja pela grade argumental do verbo: quem pergunta, pergunta algo a alguém. O

“algo” é “o que é a consciência”; o “a alguém” é “nos”. Perguntamos a nós o que é

consciência. O P. O. A., portanto, é um OI, e não OD.

2. (ANVISA/2016) Passamos a dialogar com nosso corpo e, para nossa surpresa,

descobrimos que esse é um diálogo gratificante. Sabem-no bem as pessoas que

embarcam em um programa de exercício.

Na linha 18, a forma “no” desempenha a função de complemento direto da forma

verbal “Sabem” e funciona como elemento de coesão, uma vez que retoma a infor­

mação segundo a qual o diálogo com o corpo é gratificante.

Certo.

Primeiramente, é preciso perceber que o pronome “no” retoma a informação “esse

é um diálogo gratificante”. Quem sabe, sabe algo. Sabe que esse é um diálogo gra­

tificante. O P. O. A. é um OD.

3. (TRE-PE/2017) Na teoria constitucional moderna, cidadão é o indivíduo que tem

um vínculo jurídico com o Estado, sendo portador de direitos e deveres fixados por

determinada estrutura legal (Constituição, leis), que lhe confere, ainda, a nacionali­

dade. Cidadãos, em tese, são livres e iguais perante a lei, porém súditos do Estado.
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No segundo parágrafo do texto CG1A1AAA, o pronome “lhe” (l.18) faz referência a

a) “Estado” (l.16).

b) “portador de direitos e deveres” (l.17).

c) “nacionalidade” (l.19).

d) “teoria constitucional moderna” (l.15).

e) “cidadão” (l.15).

Letra e.

Segundo o texto, é possível entender que “determinada estrutura legal” confere “a

nacionalidade” ao cidadão. Além disso, vale acrescentar que o P. O. A. desempe­

nha a função de objeto indireto, e que ele está em próclise em função do fator de

atração (“que”) antes dele.

4. (TCE-PA/2016) Sendo tal prestação obrigação personalíssima, não se pode ad­

mitir que seja executada por meio de pessoa interposta.

A correção gramatical do texto seria mantida caso, na linha 14, a partícula “se”

fosse empregada imediatamente após a forma verbal “pode” — escrevendo-se da

seguinte forma: pode-se.

Errado.

Veja que é um caso de colocação pronominal em uma locução verbal (“pode admi­

tir”). Todavia, há um fator de atração anteposto a ela. Logo, não se pode colocar o

pronome entre o auxiliar e o principal.

5. (TCE-PA/2016) A administração pública deve pautar-se nos princípios consti­

tucionais que a regem. É necessário, ainda, que tais princípios estejam pública e

legalmente disponíveis ao conhecimento de todos os cidadãos, para que estes pos­


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sam respeitá-los e vivenciá-los. Nesse contexto, destacam-se os princípios consti­

tucionais tidos como base da função pública e que, sem dúvida, constituem pilares

de sustentabilidade da função gestora.

Na linha 16 do texto CG3A1AAA, a forma pronominal “los”, em “respeitá-los” e “vi­

venciá-los”, remete a

a) “todos os cidadãos” (l.15).

b) “princípios constitucionais” (l.13).

c) “estes” (l.16).

d) “os membros de uma corporação profissional” (l. 9 e 10).

e) “funcionários e servidores da administração pública” (l. 10 e 11).

Letra b.

Pela estrutura coesiva do texto, entende-se que “todos os cidadãos” podem res-

peitar e vivenciar os princípios constitucionais. Além disso, as duas ocorrên­

cias do POA “los” exercem a função de objeto direto dos verbos a que se ligam.

6. (FUNPRESP/2016) Leu um tratado de psicologia e trocou-o em miúdo, isto é,

reduziu-o a artigos.

A substituição do pronome “o”, em “reduziu-o a artigos” (l. 11 e 12), por lhe pre­

servaria a correção gramatical do texto.

Errado.

Segundo o texto, quem reduz, reduz algo a artigos. É necessário, portanto, o em­

prego de um P. O. A. capaz de desempenhar a função de OD – no caso, “o”.

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7. (TRE-PI/2016) Entretanto, esse é um cenário que se repete em diversas nações

tidas como desenvolvidas e com maior tradição democrática, como é o caso da

França.

A correção e o sentido original do texto seriam mantidos caso se substituísse o tre­

cho “que se repete” (l.28) por que repete-se.

Errado.

Você se lembra da dica que apresentei na parte teórica? “Todo QUE é um fator de

atração”. Portanto, seria gramaticalmente incorreto deslocar o pronome da posição

proclítica para a enclítica.

8. (TRE-PI/2016) Afinal, depois de Ducrot e Anscombre, a questão da argumenta­

ção parece ter-se tornado moda nos estudos da linguagem.

O deslocamento da partícula “se”, em “parece ter-se tornado moda” (l. 33 e 34),

para imediatamente depois de “tornado” — escrevendo-se parece ter tornado-se

moda — prejudicaria a correção gramatical do texto.

Certo.

Muito cuidado: seus ouvidos podem até aceitar a nova construção, todavia não se

esqueça de que verbos no particípio não admitem ênclise!

9. (DPU/2016) Com esse trabalho nós estamos garantindo seu acesso à justiça e

aos direitos para que consigam se beneficiar de outras políticas públicas”, explica a

coordenadora do Departamento de Atividade Psicossocial.

Seria mantida a correção gramatical do período caso a partícula “se”, em “se bene­

ficiar” (R.16), fosse deslocada para imediatamente após a forma verbal “beneficiar”

— escrevendo-se beneficiar-se.
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Certo.
Isso está expresso em um dos princípios de colocação pronominal: verbos no in­
finitivo admitem tanto a próclise quanto a ênclise! O deslocamento do pronome,
portanto, é gramaticalmente correto.

10. (TJDFT/2015) Art. 3.º Define-se como meta permanente do Viver Direito a
gestão ambientalmente saudável, caracterizada pela adoção de práticas ecologica­
mente eficientes
O deslocamento da partícula “se”, em “Define-se” (l.24), para o início do período —
escrevendo-se Se define — prejudicaria a correção gramatical do texto.

Certo.
Primeiro princípio de colocação pronominal: não se usa P. O. A. em início de período!

11. (MEC/2015) Amanda recusou-se e foi consagrada naquela que seria a última
tentativa de ser modelo.
Haveria prejuízo para a correção gramatical do texto caso o pronome “se”, em
“Amanda recusou-se” (l.5), fosse deslocado para imediatamente antes da forma
verbal “recusou”: Amanda se recusou.

Errado.
Note que “Amanda” é o sujeito explícito do verbo “recusou-se”. Trata-se, portanto,
de mais um caso facultativo de colocação pronominal.

12. (DEPEN/2015) O que se constata é que, na prática, o cidadão preso perde muito
mais do que sua liberdade.
A correção gramatical do texto seria preservada, caso o trecho “O que se constata”,
no início do segundo parágrafo, fosse reescrito da seguinte forma: O que consta­
ta-se.
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Errado.

Se todo “que” é um fator de atração, como a correção gramatical seria mantida

nessa possibilidade de reescritura?

13. (MPU/2015) Evidencia-se, portanto, que é justamente na fase do inquérito

policial que serão coletadas as informações e as provas que irão formar o conven­

cimento do titular da ação penal.

Em “Evidencia-se” (l.24), o pronome “se” pode, facultativa e corretamente, ser

tanto posposto — como aí foi empregado — quanto anteposto à forma verbal — Se

evidencia.

Errado.

Primeiro princípio de colocação pronominal.

14. (FUB/2015) Na média, os alunos testados deram 35 respostas corretas a 50

perguntas acerca de temas que os deixavam curiosos e 27 de 50 questões sobre

assuntos que não os atraíam.

Em um uso mais formal da língua, as regras de colocação pronominal do padrão

culto permitem que o pronome átono em “que não os atraíam” (l. 10 e 11) seja

também utilizado depois do verbo, sob a forma de nos, ligada ao verbo por um

hífen.

Errado.

As palavras negativas também são fatores de atração para a colocação pronominal

da língua portuguesa. Deslocar o pronome para depois de “atraíam” significa des­

respeitar a motivação para a próclise.


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15. (TJ-SE/2014) E motivação política, isso então nem se fala.

No segmento “isso então nem se fala” (l.8), a posição do pronome “se” justifica-se

pela presença de palavra de sentido negativo.

Certo.

Não, nem, nunca. Todas são palavras de sentido negativo e, por isso, funcionam

como fator de próclise na colocação pronominal.

16. (STF/2014) Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro.

Na oração “guiava-me a promessa do livro” (l.22), o pronome “me” exerce a função

de complemento da forma verbal “guiava”.

Certo.

Primeiramente, perceba: quem me guiava? “A promessa do livro”, que desem­

penha a função de sujeito. Quem guia, guia alguém. Logo, o pronome “me” é o

OD do verbo.

17. (ICMBIO/2014) Depois, quando a captura com malha foi autorizada, ele se

destacou entre os colegas.

Na oração “ele se destacou entre os colegas” (l.11), é obrigatório o uso do pronome

“se” em posição pré-verbal, devido ao fator atrativo exercido pelo elemento que o

antecede.

Errado.

Pronomes pessoais do caso reto não são fatores de atração! No caso apresentado,

“ele” é um sujeito explícito, que faculta a posição de colocação do pronome.

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18. (ICMBIO/2014) Não se trata de educar o ser humano para o domínio e a apro­

priação da natureza, mas de educar a humanidade para ser capaz de trocar e de

aprender com ela”, completa.

Na linha 17, o pronome átono ‘se’, em ‘não se trata’, poderia, opcionalmente, ocor­

rer após o verbo, escrevendo-se não trata-se, sem comprometer a fidelidade do

texto à norma da língua na modalidade escrita formal.

Errado.

Novamente, note que o “não” é muito frequente nas questões de colocação prono­

minal. Novamente, o fator de atração impede o deslocamento do pronome para a

posição enclítica.

19. (CD/2014) As quadras, distribuídas simetricamente pelas asas, têm prédios

com plantas semelhantes, que se repetem a cada quadradinho, muitas vezes até

localizados de forma análoga. Dentro dos apartamentos, entretanto, esconde-se o

estilo de cada morador, que se revela não apenas em detalhes decorativos, mas em

modificações nas plantas e na função dos cômodos.

Nas estruturas “que se repetem” (L.4) e “que se revela” (L.6), o pronome “se”

poderia ser deslocado, sem prejuízo da correção gramatical do texto, para ime­

diatamente após as formas verbais “repetem” e “revela” — que repetem-se e que

revela-se, respectivamente.

Errado.

Como já vimos em questões anteriores, o “que” é sempre um fator de atração.

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20. (MC/2013) Desse modo, embora por inércia continuemos utilizando a palavra

escândalo, a realidade a esvaziou do seu conteúdo tradicional.

O pronome “a” em “a esvaziou” (l.16) retoma a expressão “a palavra escândalo”

(l.16) e exerce a função sintática de objeto.

Certo.

Primeiramente, é preciso entender a grade coesiva do texto. De fato, o pronome

“a” retoma “a palavra escândalo”. Além disso, quem esvazia, esvazia algo. Por

isso o pronome é um OD.

21. (AL-MS/2016) Os árabes usavam mosaicos de azulejos para ornamentar as

paredes de seus palácios, conferindo às paredes brilho e ostentação. Influenciados

pela técnica mourisca, artesãos espanhóis e portugueses simplificaram a técnica e

adaptaram a técnica aos padrões ocidentais.

Fazendo-se as devidas alterações, os elementos sublinhados acima estão correta­

mente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:

a) conferindo-as – adaptaram-lhe

b) lhe conferindo − a adaptaram

c) conferindo-lhes − adaptaram-na

d) conferindo-a – lhes adaptaram

e) conferindo-as – as adaptaram

Letra c.

Esse tipo de questão exige de você o reconhecimento do complemento verbal bem

como do pronome adequado para substituí-lo. Como “às paredes” é um OI, deve-se

usar o pronome lhes, o que já garante a letra c como a alternativa correta. Além

disso, “a técnica” é um OD, que deve ser substituído por a. Como o verbo “adapta­

ram” possui terminação nasal, emprega-se na.

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22. (PREFEITURA DE TERESINA-PI/2016) Lembro-me bem dela recolhendo os nos­

sos uniformes do colégio e levando para lavar... (1º parágrafo)

Para que a expressão os nossos uniformes do colégio seja corretamente retomada

por um pronome, o segmento sublinhado deve ser substituído por:

a) lhes levando

b) levando-nos

c) levando-lhe

d) o levando

e) levando-os

Letra e.

Caso se empregue o termo “os nossos uniformes do colégio” após “levando”, ele

será um OD, que deve ser substituído pelo pronome “os”.

23. (TRT 23/2016) Em 1949, quando o pai morreu, Manoel herdou suas terras em

Corumbá. Pensou inicialmente em vender as terras, mas a mulher convenceu Ma­

noel a restabelecer raízes no Pantanal. Por ocasião do lançamento de “O Guardador

das Águas”, que daria a Manoel o seu primeiro Prêmio Jabuti, afirmou: “Entre o

poeta e a natureza ocorre uma eucaristia”.

Fazendo-se as alterações necessárias, os elementos sublinhados acima foram cor­

retamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:

a) vendê-las − convenceu-o − lhe daria

b) vender-lhes − convenceu-lhe − daria-lhe

c) as vender − convenceu-lhe − o daria

d) vendê-las − lhe convenceu − daria-no

e) vender-lhes − o convenceu − lhe daria

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Letra a.

“as terras” é OD do verbo “vender”, e deve ser substituído por as (isso nos permite

eliminar a letra b e a letra e); “Manoel” é OD de “convenceu”, e deve ser substitu­

ído por o (isso nos permite eliminar as letras c e d). Sobrou apenas a letra a. Para

confirmar, “a Manoel” é OI do verbo “daria”.

24. (TRT 23/2016) O pronome está empregado corretamente na seguinte frase

redigida a partir do texto:

a) A técnica da assinatura digital permite proteger documentos, porque os atribui

uma espécie de código inviolável.

b) O documento com assinatura digital recebe uma criptografia assimétrica, confe­

rindo-lhe uma “imutabilidade lógica”.

c) Uma maneira de deixar o documento eletrônico mais seguro contra fraudes é

acrescentá-lo uma assinatura digital.

d) Os algoritmos usados na assinatura digital de documentos lhes tornam mais

confiáveis, pois evitam a adulteração.

e) A inserção de mais um espaço em um documento com assinatura digital pode

invalidar-lhe definitivamente.

Letra b.

Na letra a, o correto seria “porque lhes atribui”, uma vez que quem atribui, atri-

bui algo (“uma espécie de código inviolável”) a algo (“aos documentos”). Situação

semelhante ocorre na letra c, em que o adequado seria “acrescentar-lhe (quem

acrescenta, acrescenta algo a algo). Na letra d, o correto seria “os tornam”,

pois o verbo tornar é VTD. Na letra e, o adequado seria “invalidá-lo”, pois o verbo

invalidar é VTD.

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25. (TCE-SP/2015) A substituição do elemento grifado pelo pronome correspon­

dente, com os necessários ajustes, foi feita corretamente no segmento que se en­

contra em:

a) uma forma de nomear os mais velhos = uma forma de lhes nomear

b) cria profissionais e instituições = cria-lhes

c) não oferece instrumentos = não os oferece

d) ofereceria aos mais velhos a oportunidade = ofereceria-lhes a oportunidade

e) que impõe outro recorte à geografia social = que impõe-no à geografia social

Letra c.

Na letra a, o correto seria de os nomear ou de nomeá-los; na letra b, cria-os;

na letra d, oferecer-lhes-ia (lembre-se de que verbos no futuro não admitem ên­

clise); na letra e, que o impõe (cuidado com o fator de atração).

26. (TRE-PB/2015)

... nada há de errado em aquecer a atividade econômica. (1º parágrafo)

... que não compreendem a comercialização do afeto... (1º parágrafo)

... uma falha em demonstrar dedicação aos filhos. (1º parágrafo)

Na ordem dada, os complementos verbais sublinhados acima são corretamente

substituídos por pronomes em:

a) aquecê-la − compreendem-no − demonstrar-lo

b) aquecer-lhe − compreendem-na − demonstrar-lhes

c) aquecer-la − o compreendem − demonstrar-lo

d) aquecer-lhe − compreender-lhe − demonstrá-los

e) aquecê-la − a compreendem − demonstrar-lhes

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Letra e.

Na primeira frase, a expressão “a atividade econômica” é OD do verbo “aquecer”

(o que nos permite eliminar as letras b e d; além disso, podemos eliminar a letra

c, pois seria necessário excluir a consoante R para empregar o pronome “la”); na

segunda frase, “a comercialização do afeto” é OD de “compreendem” (podemos

eliminar a letra a, pois o pronome “no” é masculino e plural, ao passo que “comer­

cialização” – núcleo do objeto – é feminino e singular). Por fim, “aos filhos” é OI do

verbo “demonstrar”, e aceita a substituição por “lhes”.

27. (TRT 9/2015)

... desrespeitando interlocutores.

Enxurradas de fotos invadem o espaço virtual...

... que caracteriza a obsessão pelos “cliques”.

Fazendo-se as alterações necessárias, os elementos sublinhados nos segmentos

acima foram corretamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:

a) desrespeitando-os − invadem-no − a caracteriza.

b) desrespeitando-lhes − o invadem − caracteriza-lhe.

c) desrespeitando-os − lhe invadem − a caracteriza.

d) desrespeitando-nos − invadem-no − lhe caracteriza.

e) desrespeitando-lhes − invadem-no − caracteriza-a.

Letra a.

Na primeira frase, “interlocutores” é OD do verbo “desrespeitando (o que nos per­

mite eliminar a letra b e a letra e; além disso, na letra d, empregou-se “nos” diante

de um verbo que não é terminado em som nasal, o que também já invalida esta

alternativa). Na segunda frase, “o espaço virtual” é OD de “invadem” (o que nos

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permite eliminar a letra c). Para confirmar a letra a como a alternativa correta, note

que, na terceira frase, “a obsessão pelos cliques” é OD do verbo “caracteriza”. Além

disso, antes do verbo, há um “que”, que é fator de atração.

28. (TRT 9/2015) Nos casos de uso indiscriminado da ênfase, atribui-se à ênfase

um efeito retórico que na verdade enfraquece a ênfase, em vez de explorar os atri­

butos da ênfase que podem justificar a ênfase como um expediente de bom estilo.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se corretamente os

elementos sublinhados, na ordem dada, por:

a) atribui-se à ela − lhe enfraquece − explorar seus atributos − justificá-la.

b) atribui-se a ela – a enfraquece − explorar seus atributos − justificá-la.

c) a ela se atribui − enfraquece-lhe − explorá-la nos atributos − justificá-la.

d) atribui-lhe − a enfraquece − lhe explorar os atributos − lhe justificar.

e) se lhe atribui − enfraquece-a − explorar seus atributos − justificar-lhe.

Letra b.

Cuidado com o primeiro trecho em destaque! Sabemos que “à ênfase” é o OI, to­

davia, não seria adequado usar o pronome “lhe”, uma vez que o verbo “atribui-se”

já está acompanhado pelo pronome “se” (pense no quanto seria estranha a cons­

trução atribui-se-lhe). Então, opta-se pelo pronome oblíquo tônico a ela (e isso nos

permite eliminar as letras a, d e e). No segundo trecho destacado, “a ênfase” é OD

do verbo “enfraquece” (e isso nos permite eliminar a letra c). Para confirmar a le­

tra b como correta, note que foi usado um pronome possessivo no terceiro trecho,

na medida em que há uma relação de posse entre “atributos” e “ênfase”, e que “a

ênfase” é OD do verbo “justificar”.

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29. (TRT 9/2015) O fragmento sublinhado está reescrito corretamente, com a ex­

pressão em negrito substituída por um pronome, em

a) suas personagens enfrentam o cotidiano da mulher moderna → enfrentam-o

b) as mulheres consideram o humor um sinal de inteligência → lhe consideram

c) a tarefa mais importante que o homem precisa desempenhar na vida é impres­

sionar o sexo oposto → impressionar-lhe

d) dê às mulheres mais tempo → dê-lhes

e) As mulheres não têm a menor necessidade correspondente de atrair os homens

dessa maneira. → têm-a

Letra d.

Na letra a, o fato de o verbo “enfrentam” terminar em som nasal exige que o pro­

nome se adapte para a forma “no”; na letra b, “o humor” é OD; na letra c, “o sexo

oposto” é OD; na letra e, a presença do “não” antes do verbo obriga o emprego da

próclise.

30. (TRT 9/2015) A colocação pronominal está correta em:

a) As pessoas têm dedicado-se a compartilhar fotos de várias situações.

b) Ela repara como tornam-se diferentes algumas pessoas nas redes sociais.

c) A autora parece incomodar-se com algumas postagens nas redes sociais.

d) Há vários recursos digitais que prestam-se a corrigir os defeitos das imagens.

e) Atualmente, as pessoas sempre lembram-se de sorrir ao serem fotografadas.

Letra c.

Na letra a, observe que “dedicado” é um verbo no particípio (e lembre-se de que

essa forma nominal do verbo rejeita a ênclise); na letra b, “como” é uma conjunção

subordinativa, que é um fator de atração para o pronome; na letra d, “que” é um

fator de atração; na letra e, “sempre” é um fator de atração.

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31. (DPE-SP/2015) Estão adequadas ambas as construções pronominais indica­

das entre parênteses, como alternativas válidas, no contexto, para as expressões

sublinhadas em:

a) Voltaire atribui aos grosseiros (atribui-lhes) a responsabilidade por aplaudirem

a barbárie (lhe aplaudirem).

b) As velhas acusam a vítima (acusam-lhe) de herege e os bárbaros seguem as

velhas (seguem-nas) em seu preconceito.

c) Os poetas idealistas louvam os campesinos (lhes louvam), ignorando os defeitos

deles (ignorando-lhes os defeitos).

d) Muitos homens querem agradar as massas (as agradar), não hesitando em cor­

tejar as mesmas (cortejar-lhes).

e) Para que aprimoremos a civilização (a aprimoremos), é preciso prestigiar os

pensantes (prestigiá-los).

Letra e.

Na letra a, o erro está na segunda substituição (“a barbárie” é OD); na letra b,

o erro está na primeira substituição (“a vítima” é OD); na letra c, o erro está na

primeira substituição (“os campesinos” é OD. Vale também notar que, na segunda

substituição, o pronome “lhes” é um adjunto adnominal); na letra d, o erro está na

segunda substituição (“as mesmas” é OD).

32. (MPE-PB/2015)

Tinha filhos e pensava dar aos herdeiros uma criação melhor.

O povo, a princípio, não levava a sério o Santa Fé.

Viam aquele homem de fora...

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Fazendo as devidas alterações, os segmentos sublinhados acima foram correta­

mente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:

a) dá-los - não levava-lhe a sério - Viam-o

b) dá-los - não levava-o a sério - Viam-lhe

c) lhes dar - não lhe levava a sério - Viam-o

d) dar-lhes - não o levava a sério - Viam-no

e) dar-lhes - não levava-lhe a sério - Viam-no

Letra d.

Na primeira frase, “aos herdeiros” é OI do verbo “dar” (o que nos permite eliminar

as letras a e b); na segunda frase, “o Santa Fé” é OD do verbo “levar (o que nos

permite eliminar a letra c e a letra e). Para confirmar a letra D como correta, veja

que “aquele homem de fora” é OD do verbo “viam”. Como este verbo termina em

som nasal, o correto é empregar o pronome no.

33. (TCE-CE/2015) As leis? Ora, como são os homens que elaboram as leis, eles

usam essas leis a seu favor, dão a essas leis um caráter coercitivo, tornam essas

leis um instrumento de penalização das mulheres adúlteras.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos su­

blinhados, na ordem dada, por:

a) elaboram-nas − usam-lhes − dão-lhes − tornam-lhes

b) as elaboram − usam-nas − dão-nas − as tornam

c) elaboram-lhes − as usam − lhes dão − lhes tornam

d) elaboram-nas − lhes usam − dão a elas − tornam-lhes

e) as elaboram − usam-nas − dão-lhes − tornam-nas

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Letra e.

No primeiro trecho, “as leis” é OD do verbo “elaboram”. Além disso, há um que

antes do verbo (assim, já é possível eliminar as letras a, c e e); no segundo trecho,

“essas leis” é OD do verbo “usam” (que termina em som nasal e, por isso, usa-se

o pronome nas); no terceiro trecho, “a essas leis” é OI do verbo “dão” (o que nos

permite eliminar a letra b). Por fim, no quarto trecho “essas leis” é OD de “tornam”

(que termina em som nasal).

34. (METRÔ-SP/2015)

Ninguém sabe de fato o que é a vida...

Querida, não reduza minhas ideias...

Podemos fazer opções mais ousadas.

Os trechos sublinhados são corretamente substituídos por pronomes em:

a) Ninguém a sabe de fato / Querida, não as reduza / Podemo-las fazer

b) Ninguém a sabe de fato / Querida, não as reduza / Podemos as fazer

c) Ninguém a sabe de fato / Querida, não reduza-as / Podemos fazê-las

d) Ninguém o sabe de fato / Querida, não nas reduza / Podemos fazê-lo

e) Ninguém o sabe de fato / Querida, não as reduza / Podemos fazê-las

Letra e.

Na primeira frase, o OD do verbo sabe é “o que é a vida”. A concordância do P. O. A.

se dá com o pronome demonstrativo “o”, que antecede o “que” (isso já nos permite

eliminar as letras a, b e c; na segunda frase, “minhas ideias” é OD de “reduza”, e

há, antes do verbo, um fator de atração (isso nos permite eliminar a letra d). Por

fim, “opções mais ousadas” é OD de “fazer”.

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35. (TRT 15/2015)

Mas é possível retirar uma segunda conclusão... (8° parágrafo)

... pode relembrar ao mundo algumas vergonhas... (último parágrafo)

... não têm final feliz. (último parágrafo)

Os segmentos sublinhados acima são corretamente substituídos por pronomes em:

a) retirá-la - relembrar-lhe - o têm

b) retirá-la - relembrá-las - têm-no

c) retirar-lhe - lhe relembrar - têm-no

d) a retirar - relembrá-lo - o têm

e) lhe retirar - o relembrar - o têm

Letra a.

Na primeira frase, “uma segunda conclusão” é OD (isso nos permite eliminar a letra

c e a letra e); na segunda, “ao mundo” é OI (isso nos permite eliminar as letras b

e d). Por fim, “final feliz” é OD do verbo “têm”, e, antes do verbo, há um fator de

atração.

36. (MANAUSPREV/2015) Considere:

recuperar esse valor intrínseco

mostram numerosas oportunidades

compreender seus mecanismos

Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos sublinhados acima foram cor­

retamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:

a) recuperar-lhe - mostram-nas - compreender-lhes

b) recuperá-lo - mostram-nas - compreendê-los

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c) recuperá-lo - lhes mostram - lhes compreender

d) o recuperar - mostram-lhes - os compreender

e) lhe recuperar - as mostram - compreendê-los

Letra b.

Todos os termos destacados são OD (e isso já nos permite eliminar as outras alter­

nativas).

37. (TJ-AP/2014) A jornalista Eliane Brum aproximou-se das parteiras amapaenses

e entrevistou as parteiras amapaenses para apresentar as parteiras amapaenses

ao restante do Brasil.

Para eliminar as repetições viciosas, as expressões destacadas devem ser substitu­

ídas, de acordo com a norma- padrão da língua portuguesa, respectivamente, por:

a) as entrevistou - lhes apresentar

b) entrevistou-nas - as apresentar

c) entrevistou-as - apresentá-las

d) entrevistou-lhes - apresentar-lhes

e) lhes entrevistou - apresentar-nas

Letra c.

No primeiro trecho destacado, “as parteiras amapaenses” é OD do verbo “entrevis­

tou” (o que permite eliminar a letra d e a letra e). Além disso, na letra b, o pronome

“nas” foi usado indevidamente, uma vez que o verbo não termina em som nasal.

Por fim, no segundo trecho, “as parteiras amapaenses” é OD do verbo “apresentar”

(o que permite eliminar a letra a).

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38. (TCE-GO/2014) A substituição do elemento grifado pelo pronome correspon­

dente foi realizada de modo correto em:

a) para decompor os nutrientes = para decompô-lo

b) que cobre o estado de Goiás = que lhe cobre

c) que decompõem esses restos = que lhes decompõem

d) para diminuir a emissão de gases de efeito estufa = para diminuí-los

e) promovem benefícios vitais para o solo = promovem-nos

Letra e.

Na letra a, deveria ter sido empregado o pronome no plural (los), para concordar

com “nutrientes”; na letra b, “o estado de Goiás” é OD; na letra c, “esses restos” é

OD; na letra d, deveria ter sido empregado o pronome no feminino e singular (la),

para concordar com “emissão”.

39. (SEFAZ-PE/2014) A substituição do elemento grifado pelo pronome correspon­

dente foi realizada de modo INCORRETO em:

a) pôs em evidência o fator comum = pô-lo em evidência

b) eliminou imediatamente a variante = eliminou-na imediatamente

c) arremedar a marcha desgovernada de um tabético = arremedá-la

d) trocou por outras as botinas escarrapachadas = trocou-as por outras

e) ela destruía a unidade física do tipo = ela a destruía

Letra b.

Note que, na letra b, o verbo “eliminou” não termina em som nasal. Logo, não há

justificativa para o emprego do pronome “na”. As demais alternativas estão corre­

tas conforme a tradição gramatical.

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40. (TRT 1/2014) As novas tecnologias estão em vertiginoso desenvolvimento, mas

não tomemos as novas tecnologias como um caminho inteiramente seguro, pois

falta às novas tecnologias, pela velocidade mesma com que se impõem, o controle

ético que submeta as novas tecnologias a um padrão de valores humanistas.

Para evitar as viciosas repetições do texto acima é preciso substituir os segmentos

sublinhados, na ordem dada, pelas seguintes formas:

a) lhes tomemos - lhes falta - as submeta

b) as tomemos - falta a elas - submeta-las

c) lhes tomemos - falta-lhes - submeta-lhes

d) tomemos a elas - lhes falta - lhes submeta

e) as tomemos - falta-lhes - as submeta

Letra e.

No primeiro trecho, “as novas tecnologias” é OD do verbo “tomemos” (isso nos per­

mite eliminar as letras a e c); no segundo, “às novas tecnologias” é OI (nenhuma

alternativa pode ser eliminada); no terceiro, “as novas tecnologias” é OD do verbo

“submeta” (o que nos permite eliminar a letra d). Além disso, há um equívoco na

letra b, uma vez que o verbo “submeta” não termina em R, S ou Z para justificar o

emprego da forma “las”.

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