MNPEF UFERSA - Dácio Dez2015
MNPEF UFERSA - Dácio Dez2015
MNPEF UFERSA - Dácio Dez2015
Mossoró - RN
2015
DÁCIO ALVES DE AZEVEDO
Mossoró - RN
2015
Dedico este trabalho à minha esposa, Patrícia Roque, à minha
irmã, Sandra Alves, à minha mãe, Nilda Alves, à minha tia, Nilba
Alves, e aos meus avós, João Firmino e Carmosina (in
memoriam).
AGRADECIMENTOS
Motivating students in the classroom is currently one of the main problems faced by
physics teachers in secondary education, for the teaching of physics has not
accompanied the technological advances in the past decades and has been
increasingly distant from the reality of students. In this scenario, low-cost experiments
are an alternative to building a bridge between the content taught in the classroom and
the daily lives of students. This work aims to use low-cost materials in rotation
dynamics classes as a tool for the teacher to stimulate and direct the teaching-learning
process. So we developed an educational product consisting of the experiments and
a website about the topic, in which the visitor has the opportunity to check step by step
experiments in the classroom, through photos and videos, for the purpose of fill a
shortage observed in some textbooks used in high school on the topic Rotation
dynamics. The study was conducted with students from the first high school series of
the Federal Institute of Education, Paraíba of Science and Technology Campus City
Sousa. They made some experimental arrangements with inexpensive materials, in
accordance with the theory of Troubleshooting Learning Robert Mills Gagné. In order
to evaluate the method used, the students were submitted to pre and post-tests to
assess the gain in learning about the subject matter. Analyzing the results obtained in
these tests, it was possible to identify a significant increase (21%) scores in post-test.
Furthermore, we observed a stimulus to investigative character, decision-making and
collaborative learning. The results suggest the efficacy of low-cost experiments as a
teaching strategy to stimulate and to collectively build the knowledge of active and
participatory manner.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 15
1.1 EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO MÉDIO ...................................................................................... 15
1.2 OBJETIVOS .................................................................................................................................. 17
1.3 METODOLOGIA........................................................................................................................... 18
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 22
2.1 A TEORIA DA APRENDIZAGEM DE GAGNÉ .................................................................................. 23
3 ESTUDOS RELACIONADOS À DINÂMICA DE ROTAÇÃO .................................. 27
3.1 CENTRO DE MASSA..................................................................................................................... 27
3.2 CINEMÁTICA ANGULAR .............................................................................................................. 28
3.3 MOMENTO DE INÉRCIA .............................................................................................................. 30
3.4 TORQUE ...................................................................................................................................... 31
3.5 MOMENTO ANGULAR ................................................................................................................ 33
4 APLICAÇÃO DO PRODUTO E RESULTADOS .................................................... 35
4.1 IMPLEMENTAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO............................................................................... 37
4.2 AULA 1 (CENTRO DE MASSA) ...................................................................................................... 38
4.2.1 Experimentos ................................................................................................................... 38
4.2.2 Resultados e Discussões ............................................................................................... 41
4.3 AULA 2 (CINEMÁTICA ANGULAR) ............................................................................................... 48
4.3.1 Experimento ..................................................................................................................... 48
4.3.2 Resultados e Discussões ............................................................................................... 51
4.3.3 Conclusão ......................................................................................................................... 58
4.4 AULA 3 (MOMENTO DE INÉRCIA) ............................................................................................... 58
4.4.1 Experimento ..................................................................................................................... 58
4.4.2 Resultados e Discussões ............................................................................................... 60
4.4.3 Conclusão ......................................................................................................................... 66
4.5 AULA 4 (TORQUE) ....................................................................................................................... 67
4.5.1 Experimentos ................................................................................................................... 67
4.5.2 Resultados e Discussões ............................................................................................... 70
4.5.3 Conclusão ......................................................................................................................... 79
4.6 AULA 5 (MOMENTO ANGULAR E SUA CONSERVAÇÃO) .............................................................. 79
4.6.1 Experimentos ................................................................................................................... 79
4.6.2 Resultados e Discussões ............................................................................................... 82
4.6.3 Conclusão ......................................................................................................................... 88
14
1 INTRODUÇÃO
às perguntas sobre as situações e fenômenos que estão ao seu redor. Quando isso
acontecer, o aluno terá estímulo para ir à escola, para querer aprender.
O conteúdo estudado em sala de aula deve ser contextualizado e integrado à
vida dos estudantes, levando-se em conta o momento de transformações em que
vivemos. Nesse cenário, é importante que os alunos adquiram um conjunto de
conhecimentos e competências essenciais para uma educação científica que lhes
será útil para entender o mundo moderno (BRASIL, 1999, P. 27).
Com essa compreensão, o aluno será capaz de compreender, opinar e tomar
decisões baseadas no entendimento sobre o progresso científico/tecnológico. O
ensino de Física deve estar voltado para a vida individual, social e profissional dos
estudantes. Dentro desse contexto, o uso de experimentos como estratégia de ensino
de Física tem sido defendido há bastante tempo (HIGA, 2012; ARAÚJO, 2003) e o
seu uso tem sido apontado como um recurso importante na interpretação das teorias
físicas e suas leis, como mostrado em várias pesquisas de ensino (RUBINI, 2014;
DUARTE, 2012; FERNANDES, 2009; SANTOS, 2004). Segundo esses autores,
experimentos de baixo custo são ferramentas didáticas que podem auxiliar as aulas
de Física. Sendo um instrumento que pode ser usado para contornar o problema da
falta de laboratórios nas escolas de Ensino Médio e, também, uma forma de aproximar
o aluno da ciência, facilitando, dessa forma, o processo de ensino-aprendizagem
através de materiais encontrados no seu cotidiano e de experimentos que podem ser
facilmente reproduzidos.
No entanto, para alcançar o objetivo desejado, é necessário planejar as aulas
e as atividades com antecedência; é importante, também, que o professor garanta a
participação de todos os alunos na execução do experimento. Além disso, deve-se
utilizar estratégias que mantenham a atenção dos alunos nas atividades, tais como
solicitar registros escritos dos fenômenos observados e fazer questionamentos
durante o experimento (OLIVEIRA, 2010), pois quando são solicitadas ao aluno
justificativas que expliquem os fenômenos observados, eles são encorajados a romper
a passividade que, geralmente, lhes é imposta na abordagem tradicional,
possibilitando a construção do conhecimento de forma crítica e ativa e o
desenvolvendo da autonomia dos alunos (GALIAZZI, 2004). O professor deve
incentivá-los a participar das discussões, pois é através de suas ideias que será
17
1.2 OBJETIVOS
Este trabalho tem dois objetivos principais, a saber: i) utilizar materiais de baixo
custo nas aulas de Física do Ensino Médio, como ferramenta para o professor
estimular a autonomia dos alunos no processo de construção do conhecimento, de
forma ativa e estimuladora. ii) suprir uma carência observada em alguns livros
didáticos utilizados no ensino médio. Nesse contexto, a física será apresentada de
uma maneira alternativa, sem as temidas equações matemáticas, com curiosidades
do cotidiano do aluno sendo respondidas em forma de experimentos simples.
Nessa perspectiva, os objetivos específicos deste trabalho se baseiam nos
seguintes pontos: i) a aprendizagem do aluno mediante modelo pedagógico
apresentado; ii) a relação professor-aluno no âmbito da sala de aula referente ao
processo ensino-aprendizagem do conteúdo ministrado, dando ênfase ao
comportamento e interesse por parte do discente; iii) a eficácia das atividades
18
1.3 METODOLOGIA
Este trabalho tem como objetivo utilizar materiais de baixo custo nas aulas de
Dinâmica de Rotação, como ferramenta para o professor estimular e dirigir o processo
ensino-aprendizagem.
Explicação do conteúdo
Realização do experimento
diferentes que não abrangem todos os tópicos do tema em questão. Nota-se que a
maioria deles não abrange momento de inércia, torque e momento angular. Este
fato é particularmente preocupante, pois o livro didático desempenha um papel
muito importante no processo de aprendizagem, já que este serve como guia para
a elaboração das aulas.
22
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
r cm i
m i
i
∑𝑚𝑖 𝑥𝑖 (2)
𝑋𝐶𝑀 =
∑𝑚𝑖
∆𝜃 (2)
𝜔𝑚 =
∆𝑡
Esta equação nos diz quanto o ângulo muda por unidade de tempo. Se o ângulo
é medido em radianos e o tempo em segundos, então 𝜔𝑚 será tantos e tantos radianos
por segundo. Se a velocidade angular média do corpo varia então ele produz uma
aceleração angular média:
∆𝜔 (3)
𝛼𝑚 =
∆𝑡
𝑣 = 𝜔𝑅 (4)
1 1 1 1 (5)
𝐾= 𝑚1 𝑣12 + 𝑚2 𝑣22 + 𝑚3 𝑣32 + ⋯ = ∑ 𝑚𝑖 𝑣𝑖2
2 2 2 2
𝑖
Como 𝑣 = 𝜔𝑟
1 1 (6)
𝐾 = ∑ 𝑚𝑖 (𝜔𝑟𝑖 )2 = (∑ 𝑚𝑖 𝑟𝑖2 )𝜔2
2 2
𝑖=1 𝑖=1
𝐼 = ∑ 𝑚𝑖 𝑟𝑖2 (7)
𝑖
ele depende de como a massa está distribuída em relação ao eixo de rotação. Por
exemplo, se ficarmos em pé em uma plataforma giratória e sem atrito com os nossos
braços abertos e segurando algum peso em nossas mãos enquanto giramos,
podemos mudar o momento de inércia flexionando nossos braços para dentro, mas
nossa massa não muda.
3.4 TORQUE
Sabe-se que uma força atuando num corpo determina sua aceleração linear,
entretanto, no movimento de rotação, apenas a força não é suficiente para determinar
a aceleração angular. Para produzir o movimento rotacional é necessária uma ação
giratória ou de rotação. A grandeza física que descreve a ação giratória do corpo é o
torque, ou seja, o torque efetivo que atua sobre o corpo que determina a aceleração
angular.
Para abrir uma porta, você certamente deve aplicar uma força, no entanto,
apenas isso não é suficiente. Onde você aplica a força e o sentido da força também
são importantes. Por exemplo, se a direção da força que você aplicar coincidir com
seu raio de giro (reta que passa pelo ponto de aplicação da força e pelo eixo de
rotação) não produzirá rotação e se você aplicar a força mais perto do eixo das
dobradiças, ou em qualquer ângulo diferente de 90° em relação ao plano da porta,
você precisa usar uma força mais intensa para mover a porta do que se aplicar a força
na maçaneta perpendicular ao plano da porta.
Fonte: <http://www.brasilescola.com/fisica/torque-uma-forca.htm>
32
𝜏 = 𝑟𝐹′ (8)
Assim como a velocidade angular, o torque é uma grandeza vetorial, para ser
definida completamente, precisa ter definidos seu módulo, direção e sentido.
33
Fonte: <http://www.monolitonimbus.com.br/wp-
content/uploads/2014/06/regra_mao_direita.jpg>
𝐿⃗ = 𝐼𝜔
⃗ (9)
Fonte:
<http://moodle.fct.unl.pt/pluginfile.php/147655/mod_resource/content/0/TRANSPARE
NCIAS/Aula16pb.pdf>.
⃗⃗𝐼1 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝜔2 (10)
=
⃗𝐼⃗2 𝜔⃗⃗⃗⃗⃗1
A partir deste breve relato sobre o IFPB – campus Sousa, percebe-se um bom
potencial que a referida Instituição possui - com seus 60 anos de fundação,
solidificado nesta cidade - e isso foi bastante significativo para a implementação do
trabalho, visto que o apoio pedagógico e da direção de ensino também contribui para
o sucesso do projeto.
Em grande parte das escolas do Ensino Médio, a Física é tratada como uma
ciência abstrata, completamente descontextualizada, o que desestimula o aluno a
estudá-la.
Na tentativa de minimizar esse problema, procurou-se apresentar um tema da
Física de uma maneira alternativa, com curiosidades do cotidiano do aluno sendo
respondidas em forma de experimentos simples, abordando um tema frequentemente
omitido nos livros didáticos. Ou seja, foi elaborada uma proposta de inserção de
dinâmica de rotação, com suas teorias e experimentos facilitadores de aprendizagem,
utilizando a estratégia de Resolução de Problemas de Robert Mills Gagné (1983).
Inicialmente foram escolhidas nove práticas experimentais referentes à
dinâmica de dotação, seguindo os critérios de conteúdo, materiais e facilidade no
desenvolvimento. Depois, foram ministradas as aulas com uma abordagem simples e
objetiva aliadas aos experimentos de baixo custo, promovendo, dessa forma, a
contextualização da dinâmica de rotação e estimulando a autonomia dos estudantes
no processo de ensino-aprendizagem.
Outro ponto importante desta pesquisa foi a confecção de uma página na
internet, onde o visitante tem a oportunidade de acessar todo o conteúdo utilizado nas
aulas. O site (www.profdacio.com.br) é o produto deste trabalho. Espera-se que o
mesmo possa facilitar a construção do conhecimento de dinâmica de rotação de forma
participativa e que os professores de física se sintam motivados a elaborar suas aulas
e atividades a partir da realidade dos alunos e, nesse sentido, motivá-los a entender
Física. É importantíssimo e urgente resgatar o interesse do aluno em Física, fazê-lo
perceber o quão grandioso é o universo de fenômenos que estão ao nosso redor.
Como forma de avaliar o método utilizado, foi aplicado um questionário prévio
aos alunos com perguntas sobre o conteúdo, de forma a coletar informações
referentes ao conhecimento prévio dos mesmos. Em seguida foi realizada a
experiência sobre o assunto e feito um vídeo de curta duração para cada uma.
Posteriormente, foi aplicado novamente o questionário como uma forma de avaliar o
37
Esta seção traz o relato de como foi desenvolvido o trabalho com a turma, a
implementação das atividades, dos experimentos, uma visão mais detalhada da
proposta do projeto colocado em prática e os resultados.
O trabalho foi desenvolvido entre outubro e dezembro de 2014, num total de 10
encontros, com carga horária de 1h e 40 min cada.
Em todos os experimentos foram usados material de baixo custo. Utilizados
como uma ferramenta de apoio à aula presencial e busca a construção do
conhecimento de forma crítica e ativa, possibilitando assim o estimulo à autonomia
dos alunos, rompendo a passividade que geralmente lhes é imposta na abordagem
tradicional. A Figura 11 mostra alguns dos materiais usados nos experimentos.
2
5
1
4
8
6 7 9
11
10
12
1) Bolas de isopor;
2) Lápis marca-texto;
38
3) Canaletas de plástico;
4) Massas de modelar;
5) Peças de plástico encaixáveis;
6) Pedras de mármore;
7) Fita adesiva;
8) Linha;
9) Carrinho de brinquedo à pilha;
10) Régua de plástico;
11) Elástico;
12) Conectores de plástico.
4.2.1 Experimentos
Objetivo:
O objetivo principal deste experimento é que o aluno compreenda o conceito
de equilíbrio e assim identifique a melhor maneira de colocar as pedras sem que as
39
Objetivo:
O objetivo principal deste experimento é mostrar para o aluno que o centro de
massa de um corpo não está necessariamente contido dentro do corpo e que uma
simples maneira de encontra-lo, é achar o ponto de apoio para que o corpo fique em
equilíbrio. Além de promover a discussão entre os alunos e vincular o conteúdo
estudado em sala de aula com situações vivenciadas pelos estudantes no dia a dia,
40
Objetivo
O objetivo principal deste experimento consiste que o aluno entenda que a
posição do centro de massa de um corpo pode mudar com a alteração do seu formato
e do seu tamanho. Além disso, que relacione o conteúdo estudado com situações do
41
cotidiano dos alunos, como por exemplo, a gangorra nos parques de diversões das
praças da cidade.
2- Uma das razões que a Torre de Pisa na Itália não cai, é a posição do seu:
a) Centro de massa
b) Ponto de inclinação
c) Peso no chão
d) Não sei
Fonte: <http://pnld.moderna.com.br/2012/02/27/torre-de-pisa-tomara-que-nao-caia/>
3- Em relação aos fogos de artifício, a direção das fagulhas tem a ver com:
a) Quantidade de pólvora
b) As cores dos fogos
c) Centro de massa
d) Não sei
43
Fonte: <http://www.fundospaisagens.com/imagens-fogos-de-artificio-de-cores-jpg-
1280x1024>
5- Você tem alguma ideia onde está localizado o centro de massa do João Bobo?
a) No nariz
b) Na barriga
c) Em baixo, perto dos pés
d) Não sei
44
Fonte: <http://www.mobly.com.br/joao-bobo-teimoso-3d-tigre-44669-colorido-intex-
200436.html>
Questionário Prévio
PERCENTUAL DE RESPOSTAS 100
80
60
40
20
%
0
1 2 3 4 5 6 7 8
QUESTÕES
Questionário Prévio
16%
7%
55%
22%
sobre o centro de massa do “joão bobo”, em que nenhum aluno errou a resposta, já a
questão 8, que trata do formato do corpo e seu centro de massa, muitos alunos
erraram, mostrando que o conceito de centro de massa não está muito claro para eles.
Após a aplicação do questionário prévio, os três experimentos citados acima
foram realizados com grande participação dos alunos nas discussões e montagens.
Posteriormente, foi aplicado o mesmo questionário como uma forma de avaliar o quão
significativo foi à descoberta do chamado princípio de ordem superior, abordado na
teoria de GAGNÉ (1983).
Questionário Avaliativo
120
PERCENTUAL DE RESPOSTAS
100
80
60
40
%
20
0
1 2 3 4 5 6 7 8
QUESTÕES
Questionário Avaliativo
3%
6%
7%
84%
90
PERCENTUAL DE RESPOSTAS %
80
70
60
50
40
30
20
10
0
resposta resposta resposta não sabe
correta duvidosa errada
4.3.1 Experimento
49
Objetivo
O objetivo principal é que os alunos entendam a relação entre as velocidades
linear e angular em um movimento circular, dando-lhes suporte para o entendimento
dos próximos tópicos da Dinâmica de Rotação e favorecendo o entendimento de
situações do cotidiano, como por exemplo, do carrossel num parque de diversão, onde
as pessoas giram sobre o mesmo e dependendo da posição dessas pessoas, elas
adquirem velocidades lineares diferentes e independentes da posição, a velocidade
angular é a mesma.
Com ajuda da turma foram coletados os dados deste movimento, que são
fundamentais para calcular as velocidades linear e angular. Um dos alunos marcou o
tempo em que o carrinho sofreu o deslocamento angular e assim foi possível calcular
a velocidade angular através da equação (2) do capítulo 3. Em seguida outro aluno
mediu o tamanho do cordão, obtendo assim o raio R do movimento circular. Estas
informações foram aplicadas na equação (4) do capítulo 3 para o cálculo da
velocidade linear. No final do movimento do carrinho, cortou-se o cordão com a
tesoura e como consequência, o carrinho saiu pela tangente, pois quando a corda é
cortada a força resultante sobre o carrinho desaparece, e de acordo com a primeira
Lei de Newton, “quando nenhuma força resultante atua no corpo, se o corpo estiver
em movimento com velocidade constante, ele continuará neste estado de movimento”.
Portanto, quando a corda é cortada o carrinho continuará em movimento em linha reta,
ou seja, sairá pela tangente. A Figura 25 mostra o esquema do experimento.
51
Fonte: <http://redeglobo.globo.com/globociencia/noticia/2013/08/conheca-os-
diferentes-tipos-de-corrida.html>
54
Fonte: <http://cm-
freixoespadacinta.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=46&Itemid=111>
Fonte: <http://www.rcolitti.com.br/loja/default/ventiladores/helices/helice-p-ventilador-
ge-antigo-40-cm.html>
Questionário Prévio
PERCENTUAL DE RESPOSTA
100
80
60
40
S %
20
0
1 2 3 4 5 6 7 8
QUESTÕES
Questionário Prévio
6%
12%
12%
70%
Questionário Avaliativo
120
PERCENTUAL DE RESPOSTAS %
100
80
60
40
20
0
1 2 3 4 5 6 7 8
QUESTÕES
Questionário Avaliativo
0% 6%
4%
90%
80
60
40
20
TAS %
0
resposta correta resposta duvidosa resposta errada não sabe
4.3.3 Conclusão
4.4.1 Experimento
Objetivo
Os objetivos principais deste experimento são dois: i) abordar um assunto que
não é visto no ensino médio, mas é essencial no estudo de rotação. ii) mostrar para
o aluno que a distribuição de massa do corpo no espaço afeta a velocidade angular.
Este fato pode ser observado, por exemplo, no movimento de uma patinadora no gelo,
59
d) Não sei
Fonte: <http://www.dicasdotimoneiro.com.br/carrinhos-de-supermecados-fonte-de-
contaminacao/>
Situação 1 Situação 2
Fonte:
<http://www.sc.ehu.es/sbweb/fisica/examenes/choques/choques1.htm>
7- Um equilibrista de circo usa uma vara para melhor se equilibrar, porque com a
vara:
a) O seu momento de inércia aumenta
b) O seu momento de inércia se anula
c) O seu momento de inércia diminui
d) Não sei
Fonte: <http://pintarimagenes.org/dibujos-de-equilibristas-de-circo-para-pintar/>
63
8- Quando uma bailarina fecha os braços consegue um giro maior, já que o seu
momento de inércia
a) Aumenta
b) Diminui
c) Tem valor zero
d) Não sei
Figura 39: Bailarina girando.
Fonte: <http://diadafisicacp2.blogspot.com.br/2010/10/o-giro-da-bailarina.html
Questionário Prévio
90
PERCENTUAL DE RESPOSTAS %
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8
QUESTÕES
Questionário Prévio
19%
18%
61%
2%
Questionário Avaliativo
120
PERCENTUAL DE RESPOSTAS %
100
80
60
40
20
0
1 2 3 4 5 6 7 8
QUESTÕES
Questionário Avaliativo
3% 2%
12%
83%
80
70
60
50
40
30
20
10
0
resposta resposta resposta não sabe
correta duvidosa errada
4.4.3 Conclusão
Apesar deste tema ser considerado complexo para ser abordado na primeira
série do ensino médio, a utilização de experimentos de baixo custo mostrou ser um
material potencialmente significativo, pois houve um aumento de 64% de acertos na
questão correta, uma redução de 6% nas questões duvidosas e uma considerável
redução de 59% no item “não sabe”. Sugerindo assim, que esta é uma ferramenta útil
para que os alunos percebam que a Física representa os fenômenos naturais, não é
uma ciência puramente abstrata e desvinculada da realidade.
67
4.5.1 Experimentos
Objetivo
O objetivo deste experimento é mostrar que o efeito de uma força, para
executar um movimento circular em torno de um eixo, depende não só do módulo, da
direção e do sentido da força, mais depende também do ponto de aplicação desta
força. Podemos relacionar este assunto com várias situações do nosso cotidiano,
como por exemplo, a gangorra nos parques de diversão.
Objetivo
O objetivo deste experimento foi o aluno perceber que mesmo alterando a
distância do ponto de aplicação da força em relação ao eixo da porta, consegue-se
obter o mesmo valor para o Torque com valores também diferentes de força. Com
este experimento é possível exemplificar uma situação cotidiana, como por exemplo,
ao trocar um pneu do carro usando uma chave de boca para afrouxar os parafusos da
roda.
Fonte: <http://amentecriativa.com.br/martelo-entenda-o-seu-funcionamento/>
4- Uma pessoa deseja apertar um parafuso, usando uma chave, de acordo com
a figura abaixo. A fim de fazer o mínimo de esforço, ela deve se preocupar com:
a) A força exercida F
b) O ponto de aplicação da força F
73
c) O tamanho do parafuso
d) Não sei
Fonte: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=458>
Fonte: <https://pixabay.com/pt/gangorra-parque-infantil-crian%C3%A7as-148269/>
Fonte: <http://osfundamentosdafisica.blogspot.com.br/2013/12/cursos-do-blog-
mecanica_16.html>
8- Dois torques em sentidos opostos estão sendo aplicados num mesmo corpo.
Se este corpo gira, então podemos dizer que:
a) Os torques possuem valores iguais
b) Os torques possuem valores diferentes
c) Os torques valem zero cada um
d) Não sei
Fonte:
<http://club.quomodo.com/tatamisclub63/le_judo/techniques_debout.html>
Fonte: <http://www.photaki.es/foto-sitio-ocupado-africa-trabajo_155225.htm>
76
Questionário Prévio
100
PERCENTUAL DE RESPOST
80
60
40
20
AS %
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
QUESTÕES
Questionário Prévio
11%
9%
18%
62%
Questionário Avaliativo
120
PERCENTUAL DE RESPOSTAS
100
80
60
40
%
20
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
QUESTÕES
80
70
60
50
40
30
20
10
0
resposta resposta resposta não sabe
correta duvidosa errada
4.5.3 Conclusão
O momento angular é uma das grandezas mais importantes da Física, pois ela
se conserva, quando os torques externos são desprezados. Este é o enunciado da Lei
da Conservação do Momento Angular e através desta lei podemos compreender o
funcionamento de vários sistemas mecânicos, como por exemplo, o movimento das
hélices de um helicóptero.
4.6.1 Experimentos
Objetivo
O Principal objetivo deste experimento é mostrar a conservação do momento
angular e os objetivos específicos são: i) identificar a relação entre o momento de
inércia e a velocidade angular do corpo; ii) identificar as variações na velocidade
angular do corpo durante o experimento como resultado da conservação do momento
angular; iii) associar o experimento com situações do cotidiano dos alunos, como por
80
Objetivo
O objetivo deste experimento foi o aluno perceber mais uma vez a conservação
do momento angular, utilizando material acessível ao aluno, pode-se simular a hélice
superior de um helicóptero e perceber a necessidade de se ter uma hélice lateral
nessa aeronave, a fim de evitar seu giro quando o mesmo estiver no ar.
girou-se a peça superior com a outra mão, torcendo o cordão, em seguida o conjunto
foi solto. Logo após este procedimento, notou-se que as duas peças giravam em
sentidos opostos, confirmando a conservação do momento angular.
sentidos opostos. A Figura 62 mostra a relação do antes e depois das peças serem
soltas, em formato de vetores, já que o momento angular é uma grandeza vetorial.
c) É igual
d) Não sei
Fonte: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Torque.JPG>
Fonte: <http://galeria.colorir.com/veiculos/helicopteros/mais-visitados/>
86
Questionário Prévio
100
PERCENTUAL DE RESPOSTAS %
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8
QUESTÕES
Questionário Prévio
32%
54%
10%
4%
Questionário Avaliativo
120
PERCENTUAL DE RESPOSTAS %
100
80
60
40
20
0
1 2 3 4 5 6 7 8
QUESTÕES
Questionário Avaliativo
1%1%
8%
90%
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
resposta resposta resposta não sabe
correta duvidosa errada
4.6.3 Conclusão
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
CALÇADA, Caio Sérgio; SAMPAIO, José Luiz. Física Clássica – Mecânica, Vol. 1 –
1ª Edição. São Paulo: Atual, 2012.
CALÇADA, Caio Sérgio; SAMPAIO, José Luiz. Universo da Física – Mecânica, Vol.
1. São Paulo: Atual, 2001.
DOCA, Ricardo Helou; BISCUOLA, Gualter José; BÔAS, Newton Villas. Tópicos de
Física – Mecânica, Vol. 1 – 20ª Edição reformulada. São Paulo: Saraiva, 2007.
DOCA, Ricardo Helou; BISCUOLA, Gualter José; BÔAS, Newton Villas. Física – Vol.
1 – 1ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2010.
<http://www.cienciamao.usp.br/dados/snef/_rolamentodeumabolaemumpl.trabalho.p
df>. Acesso em 12/06/2015.
<http://www.cienciamao.usp.br/dados/snef/_coisasquegiram-aconserva.trabalho.pdf
>. Acesso em 14/10/2014.
YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A.. Física I – Mecânica – 12ª Edição. São
Paulo: Pearson, 2008.