GOMES Nilma Lino. O Combate Ao Racismo e A Descolonizao Das Prticas Educativ
GOMES Nilma Lino. O Combate Ao Racismo e A Descolonizao Das Prticas Educativ
GOMES Nilma Lino. O Combate Ao Racismo e A Descolonizao Das Prticas Educativ
DS06
ISSN 1980-5934
Resumo
O processo de descolonização das mentes e das práticas como ação de combate ao
racismo nas sociedades é tenso e conflituoso. A educação talvez seja o espaço em que
essa tensão é mais visível. Há apagamentos históricos e epistemológicos presentes nos
currículos, nas propostas e nas práticas educacionais, tanto na Educação Básica quanto
no Ensino Superior que só serão superados se o campo educacional e a produção
científica compreenderem-se como espaços que precisam descolonizar-se. Esse artigo
discute o desafio da Educação Básica e do Ensino Superior na realização de práticas
pedagógicas e epistemológicas que combatem o racismo e a desigualdade racial na
escola e na universidade. Compreende esse processo como parte da descolonização das
mentes, do conhecimento e dos currículos, tão necessários em países com histórico
colonial e estruturalmente desiguais como é o caso do Brasil. Dialoga com o contexto
político antidemocrático, instaurado no país após as eleições de 2018, com a ascensão
da extrema direita ao poder e o seu processo de desmonte das políticas sociais e de
igualdade racial implementadas pelos governos anteriores de cunho progressista.
Questiona até que ponto o antirracismo se faz presente na sociedade e na educação
brasileira, revelando um movimento contraditório presente nas ações e no imaginário
social diante do racismo: as pessoas se mostram indignadas, porém, tendem a
permanecer imóveis diante de um fenômeno tão perverso. Discute, ainda, que o
combate e a superação ao racismo parecem uma boa proposta para colocar a
descolonização em ação, tanto na sociedade quanto na educação, desde que não se
invisibilize e silencie as negras, os negros e o Movimento Negro – suas lutas, memórias
propostas políticas alternativas –, enquanto os principais sujeitos sociais e coletivos que
nos reeducam nesse processo e com os quais temos muito ainda a aprender.
a
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil. Doutora em Antropologia
Social/USP, e-mail: [email protected]
Abstract
The process of decolonizing minds and practices as an action to combat racism in
societies is tense and conflicting. Education, perhaps, is the space where this tension is
most visible. There are historical and epistemological erasures present in curricula,
proposals and educational practices, both in Basic Education and in Higher Education
that will only be overcome if the educational field and scientific production are
understood as spaces that need to be decolonized. This article discusses the challenge
of Basic Education and Higher Education in carrying out pedagogical and epistemological
practices that combat racism and racial inequality at school and university. It
understands this process as part of the decolonization of minds, knowledge and curricula,
which are so necessary in countries with colonial and structurally unequal backgrounds,
such as Brazil. It dialogues with the anti-democratic political context, established in the
country after the 2018 elections, with the rise of the extreme right to power and its
process of dismantling the social and racial equality policies implemented by previous
progressive governments. He questions the extent to which anti-racism is present in
Brazilian society and education, revealing a contradictory movement present in actions
and in the social imaginary in the face of racism: people are indignant, however, they
tend to remain immobile in the face of such a perverse phenomenon. It also argues that
combating and overcoming racism seems to be a good proposal to put decolonization
into action, both in society and in education, as long as black women, blacks and the
Black Movement are not made invisible and silent - their struggles, memories of
alternative political proposals - while the main social and collective subjects that re-
educate us in this process and with which we still have a lot to learn.
Keywords: Racism. Decolonization. Curricula. Basic education. Higher education.
Introdução
1As reflexões desse artigo fazem parte do projeto de pesquisa: “Por uma pedagogia pós-abissal:
movimento negro e conhecimentos emancipatórios” (Bolsa de Produtividade em Pesquisa, CNPQ,
2018-2021).
Não há como negar que, frente à exclusão e desigualdades sociais que atingem
a maioria da população brasileira, muitas brasileiras e brasileiros têm manifestado um
sentimento de indignação crescente. Isso também acontece no campo da educação,
porém, por mais contraditório que possa parecer, essa indignação não é a mesma
quando nos referimos à perpetuação do racismo.
Situações como o genocídio da juventude negra; o feminicídio que assola a
vida das mulheres negras; as balas perdidas que só encontram os corpos negros das
vilas e favelas; a violência policial, que historicamente marca a vida da população negra
são noticiadas cotidianamente pela mídia, denunciadas pelos movimentos sociais,
discutidas pelas influenciadoras e pelos influenciadores digitais negros e não negros
comprometidos com a luta antirracista. Muitas pessoas interagem nas redes sociais
escrevendo comentários de espanto, de solidariedade, de indignação, mas nada muda
na realidade dura de violência vivida pelas negras e negros no Brasil.
De acordo com Bueno e Lima (2020), coordenadores do 14º Anuário
Brasileiro de Segurança Pública pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em
parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Brasil, quando
comparado a outros países, é o que mais mata crianças. Em 2019, segundo dados do
As crianças negras são consideradas fora do padrão que privilegia uma concepção
universal de infância. Por isso, a sua morte violenta não choca, não causa indignação
social e política! Como bem diz a filósofa Judith Butler, é necessário recuperar a
capacidade HUMANA, de não apenas não “deixar morrer”, mas, de se indignar pela morte
do outro, entrar em luto por aqueles que não conhecemos, por aqueles que não têm os
nomes nas mídias. Um luto coletivo, político, que reconhece que todas as vidas são
viáveis e importantes, por isso, devem ser choradas, igualmente.
É necessário chorar e se indignar pelas crianças que tiveram suas vidas ceifadas pelo
racismo e pela insegurança pública. Choramos e nos indignamos por todas elas. Um choro
político que mistura dor, indignação, denúncia e resistência (GOMES; TEODORO, 2020,
p. 2).
O que essa situação alarmante revela? Que as desigualdades raciais fazem parte
da estrutura desigual da sociedade brasileira e foram naturalizadas pelo racismo e pelo
capitalismo, além de estarem imersas nas relações de poder. As pessoas negras não
são marcadas somente pelo seu lugar na desigualdade de classe, mas são consideradas
e tratadas como inferiores e não humanas devido ao peso do racismo. Isso as torna
muito mais do que vulneráveis: são tratadas e consideradas como não humanas e, por
isso, passíveis de violência e extermínio.
Descolonizar a naturalização da violência implica compreender como ela opera
de forma mais pesada e cruel sobre os sujeitos negros, ou seja, aquelas e aqueles que
mais necessitam de proteção do Estado, em especial, as crianças, os adolescentes e
jovens negros.
De acordo com o Atlas da Violência 2020, coordenado por Cerqueira e Bueno
(2020), os casos de homicídio de pessoas negras (pretas e pardas) aumentaram em
11,5% de 2008 a 2018, enquanto a de não negros caiu 12%, no mesmo período. Ainda
segundo a pesquisa, ao todo, os negros somam 75,9% dos brasileiros assassinados no
Por mais que o discurso antirracista tenha aumentado nas redes sociais entre
políticos, artistas, escritores, religiosos e em manifestações públicas nas ruas, ainda é
só comoção, com poucas reações efetivas de mudança em relação à vida, saúde,
trabalho e segurança da população negra.
Reconheço que esse sentimento sinaliza algo diferente. Mas a comoção não é
suficiente para alterar estruturalmente a situação de violência, exclusão e abandono
historicamente vivida pela população negra brasileira.
A expectativa (e esperança) é que estejamos diante de uma crescente reação
antirracista na sociedade que envolva muitos sujeitos, negros e não negros,
organizações progressistas, mídias alternativas, movimentos sociais e instituições
democráticas. E que esse processo ajude a desencadear, tanto no público quanto no
privado, um maior compromisso do país com o combate ao racismo estrutural e
institucional alicerçado na construção de alternativas políticas, sociais, econômicas,
culturais e educacionais para a sua superação. Talvez os tempos antidemocráticos que
vivemos ajudem a despertar nas pessoas e nas organizações progressistas que não é
possível reconstruir a democracia e implementar políticas antirracistas e de igualdade
racial sem lutar contra o racismo.
Os avanços que fizemos na construção das políticas de igualdade racial, tais
como, Lei nº 10.639/03 (alteração da LDB ao introduzir a obrigatoriedade e história
e cultura afro-brasileira e africana nas escolas da Educação Básica); Decreto nº
4887/03 (regularização dos processos de reconhecimento e titulação dos territórios
quilombolas); Lei nº 12.288/10 (Estatuto da Igualdade Racial); Lei nº 12.711/12 (Lei
de cotas sociais e raciais nas Instituições Públicas de Ensino Superior); Lei nº
12.990/14 (Lei de cotas raciais nos concursos públicos federais); Política Nacional de
Saúde Integral da População Negra, dentre outros) são extremamente relevantes, pois
ajudaram a introduzir a questão racial no campo dos direitos e a pautar politicamente
o combate ao racismo como um dever do Estado. Todas essas ações do governo
brasileiro contribuíram para implementar uma série de leis e projetos de ações
afirmativas para a população negra que jamais deveriam ter retrocedido2. Estamos
2
Desde meados de 2016, com o impeachment da presidenta legitimamente eleita, Dilma
Rousseff, por meio de uma articulação escusa (golpe parlamentar) entre setores conservadores
e de extrema direita do Congresso Nacional, empresários, mídia hegemônica, igrejas cristãs
Estamos falando de milhões e milhões de pessoas. Entre 2002 e 2015 foram 12 milhões
de famílias negras cujos pais e mães passaram a ter ensino fundamental completo, 22
milhões de lares a ter acesso a água de qualidade, 24 milhões de domicílios a possuir
geladeira. Não tinham e passaram a ter.
fundamentalistas, setores do judiciário, entre outros, houve um tremendo retrocesso nas políticas
de igualdade racial. A iniciar com a extinção da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade
Racial, o esvaziamento da Fundação Palmares, a desautorização do Conselho Nacional de
Promoção da Igualdade Racial (CNPIR), o descaso com a política para povos e comunidades
quilombolas e povos e comunidades de religião de matriz africana. O retrocesso ficou ainda maior
após as eleições de 2018 que mantiveram o desmonte das políticas de igualdade racial e não
mais lhes destinaram recursos do orçamento público.
(pretas e pardas). Também não é nada cordial para uma criança negra praticante do
candomblé ou da umbanda ser discriminada pela professora em sala de aula e ver a
sua religião e de sua família ser considerada como demoníaca. Não é nada cordial o
estilo de cabelo black power ou rastafari, de adolescentes e jovens negros, ser motivo
de chacota pelos colegas de escola diante de um corpo docente inerte à
discriminação racial.
Também não é cordial que a juventude negra cotista de universidades públicas
ouça de professoras e professores renomados e Phd’s nas suas áreas que, após a
implementação das ações afirmativas no Ensino Superior as instituições passaram a
contar, nas suas turmas, com estudantes “sem mérito” acadêmico. E não é nada
cordial, após a divulgação da cena bárbara de violência racial praticada por seguranças
privados de uma importante rede internacional de supermercados, nas redes sociais e
na mídia hegemônica, ouvir o Vice-Presidente da República, em cadeia nacional, dizer
aos repórteres que não há racismo no Brasil.
Não é nada cordial um músico negro, no Rio de Janeiro, indo com a sua família
para um chá de bebê, no dia de domingo, ser assassinado por forças do exército com
80 tiros de fuzil ao ser “confundido” com um assaltante, e nenhuma punição exemplar
acontecer com os responsáveis pelos disparos.
Como diz a música do conjunto Legião Urbana:3
3
Música: Que país é esse?, do Conjunto Legião Urbana. Composição: Renato Russo.
mais: negam às pessoas negras o direito de serem quem são. E mais: o direito de
viverem a vida com dignidade.
Há professoras e professores não negros que escamoteiam o seu preconceito,
adotando diferentes estratégias para negar o racismo e não se posicionar diante de
práticas discriminatórias na escola e na universidade. Existem, também, professoras e
professores negros que, para evitar o confronto diante de situações de discriminação
racial, mostram-se temerosos, escolhem não se expor, diluindo os conflitos raciais,
fingindo não os enxergar, fugindo do debate quando são chamados para falar do seu
lugar como professor (a) ou pesquisador (a) negro (a). E, há docentes negros e não
negros que indagam, questionam, partem para a ação, realizam projetos pedagógicos,
pesquisa, extensão, internacionalização e reconhecem o protagonismo do Movimento
Negro, atuando em uma perspectiva antirracista e emancipatória.
Tratar a questão racial e realizar o combate ao racismo na sociedade, na escola
básica e na universidade não é uma tarefa fácil. Mexe com as nossas subjetividades,
valores, histórias de vida, crenças, posicionamentos políticos e epistemológicos. Insta-
nos a sermos corajosas e corajosos diante das relações e hierarquias de poder.
Também fazem brotar sentimentos de justa ira, nos dizeres de Paulo Freire.
Trata-se de um processo no qual estão em jogo a formação das identidades
raciais, desde a infância, construídas no contexto do racismo. Mexemos com os
processos complexos de formação das identidades sociais, raciais, com as hierarquias
de poder, com o racismo estrutural e epistêmico e as desigualdades raciais e
econômicas. Tudo isso indaga a nossa identidade profissional como docentes e
pesquisadores (as): Como capacitar-nos para uma tarefa pedagógica, política e
acadêmica tão complexa?
Mas, as mudanças estão em curso. À exemplo, tem-se as cotas raciais,
garantidas como direito nas Instituições Públicas de Ensino Superior, elas têm
possibilitado a formação intelectual e política de uma parcela de jovens negras e
negros que chega ao Ensino Superior, principalmente o público, comprometida com
a luta antirracista. Alguns jovens negros que entram na universidade pelas cotas raciais
passam a vivenciar um processo de afirmação da sua identidade negra por meio do
contato com outros colegas cotistas, construção de coletivos de estudantes negros,
apoio de Núcleos de Estudos Afro-brasileiros, aprendizado de participar da política
nos pleitos eleitorais com vitórias significativas nas eleições municipais de 2020, entre
outros fatores, têm proporcionado uma situação interessante: tem indagado
a branquitude.
A pergunta é: diante de tantas mudanças, mesmo em tempos de aumento das
desigualdades, da pobreza e da opressão que passamos a viver após a ascensão da
extrema direita nas eleições de 2018 e a sua escancarada opção pelo neoliberalismo e
pelo fundamentalismo religioso de mercado, que mudanças teremos na construção da
identidade racial das pessoas brancas em nosso país? Teremos mais
brancos antirracistas?
Relembro as sábias análises de Fanon (1983, p. 11): “O branco é escravo da
sua brancura”. Será que as pessoas brancas, no Brasil, que têm se autointitulado
antirracistas estão dispostas a deixar de ser escravas da sua brancura?
O combate ao racismo na sociedade e, em especial na Educação Básica e no
Ensino Superior não depende apenas de um processo de transformação ou afirmação
identitária das pessoas negras. Ele passa, também, pela reconstrução da identidade
racial do branco. Conforme Bento (2003), o reconhecimento do privilégio simbólico
da brancura, o comprometimento com a superação das desigualdades raciais, a luta
por uma sociedade mais justa para todas e todos, com destaque para a compreensão
de como o racismo ainda tem colocado a maioria de negras e negros nos escalões
mais baixos da sociedade são pontos importantes no repensar a branquitude4. Uma
postura política e pessoal antirracista é o mínimo que se exige de uma pessoa branca
que revê o seu lugar na hierarquia de poder e no imaginário social.
Em suma, descolonizar as mentes, a educação, o conhecimento e os currículos
não é olhar somente para nós, negras e negros, mas focar também nas pessoas brancas
e a reprodução histórica do confortável lugar da branquitude. É ver essas pessoas sair
da inércia racial e abdicar do seu lugar de colonizador. Será que estão
realmente dispostas?
4
[...] fenômeno histórico, de caráter interseccional e relacional em sociedades marcadas por
desigualdades raciais e sociais advindas do colonialismo ou do imperialismo (FRANKENBERG,
1993). A branquitude seria, ainda, um lugar estrutural de vantagem e de privilégios “raciais”
baseados em práticas e identidades culturais, não necessariamente marcadas ou fixas, mas nas
quais a brancura é estabelecida como valor simbólico e material. Ela agiria através e nas relações
de poder, produzindo dessa forma violências sociais e epistemológicas (FRANKENBERG, 1993;
CONCEIÇÃO, 2017, p. 24).
Conclusão
5
Durante algum tempo resisti usar a expressão “combate ao racismo”, adotada por várias
organizações do Movimento Negro, devido ao seu caráter bélico preferindo adotar “superação do
racismo”, tendo em vista que a partir de 2003, o Brasil passou a implementar importantes políticas
de igualdade racial. No entanto, os acontecimentos de recrudescimento do racismo dos últimos
tempos, principalmente após as eleições de 2018, com a ascensão da extrema direita ao poder,
a configuração conservadora do Congresso Nacional, o retrocesso das políticas sociais e o
empoderamento simbólico e real da parcela da população brasileira adepta às ideias fascistas,
bem como o aumento da intolerância religiosa, do feminicídio negro, da violência policial e do
genocídio da juventude negra me fizeram rever a minha posição. Todos os dados estatísticos que
mostram a alarmante desigualdade racial e a violência que incide sobre a população negra
brasileira me levam a crer que vivemos um estado de guerra, no qual tombam cotidianamente
corpos negros atingidos por balas perdidas, pelas batidas policiais, cenas de linchamento de
pessoas negras consideradas como bandidos, mesmo sem provas, e pelo encarceramento da
população negra. E se estamos em guerra simbólica e literal, temos que combater o racismo para
superá-lo. Por isso, nesse artigo, adoto as duas expressões e formas de nomeação: combate ao
racismo e superação do racismo. Quanto mais vivo, mais aprendo com a sabedoria e perspicácia
do Movimento Negro ao nomear as formas por meio dos quais a luta antirracista se dá.
6
Cf. http//www.abpn.org.br.
Referências
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE TRAVESTIS E TRANSSEXUAIS – ANTRA. Mapa dos
Assassinatos de Travestis e Transexuais no Brasil em 2018, Brasília: ANTRA,2018.
BUENO, S.; LIMA, R. S. (Coords). Anuário Brasileiro de Segurança Pública. São Paulo: Fórum
Brasileiro de Segurança Pública, 2020.
CAMPELLO, T. (coord). Faces da desigualdade no Brasil: um olhar sobre os que ficam para trás.
Brasília: Flacso/Clacso, 2017.
CERQUEIRA, D.; BUENO, S. (Coords). Atlas da violência 2020. Brasília: IPEA, 2020.
Disponível em: http://www.ipea.gov.br. Acesso em: 18 nov. 2020.
GOMES, N. L. (Org). Práticas pedagógicas de trabalho com a questão racial na escola na perspectiva da
Lei 10.639/03. Brasília: SECADI/MEC, 2012.
GOMES, N. L.; TEODORO, C. Um país que extermina crianças e adolescentes negros já está morto.
2020. Disponível em: https://midianinja.org/author/nilmalinogomes/. Acesso em: 14 jan.
2021.