Botânica e Fisiologia Das Plantas R
Botânica e Fisiologia Das Plantas R
Botânica e Fisiologia Das Plantas R
1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 3
1
6.3 Excesso de água ....................................................................... 27
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 49
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno,
Bons estudos!
3
1 FISIOLOGIA VEGETAL
Fonte: planetabiologia.com
4
o vacúolo de tamanho maior, cuja principal função é armazenar água e outras
substâncias, atuando na regulação osmótica da célula.
Fonte: CTISM
Fonte: CTISM
5
Algumas partes das plantas e suas principais funções:
• Raiz – fixação da planta no solo e absorção de água e nutrientes.
• Caule – condução de água e nutrientes da raiz para a parte aérea
e dos produtos da fotossíntese da parte aérea para as raízes.
• Folha – realização de fotossíntese e transpiração da planta.
• Flor – reprodução da planta.
• Fruto – proteção da semente e armazenamento de nutrientes.
• Semente – propagação da planta.
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É fundamental considerarmos que os vegetais são classificados como
seres vivos autotróficos, pois apresentam capacidade de produzir a própria
energia necessária para sua manutenção. Esta produção ocorre a partir da
energia solar, cujo fenômeno denomina-se fotossíntese.
Fonte: c.imguol.com
7
Figura: Esquema resumido das reações de fotossíntese e
respiração
8
movimento, sendo transportados por espaços existentes entre as
paredes das células.
3 GENÉTICA E AMBIENTE
Fonte: http://nutrigenomicafacile.com/
9
4 CRESCIMENTO × DESENVOLVIMENTO
Fonte: CTISM
10
• Controle fisiológico ou interno – aplicação de fito-hormônios para
promover, inibir ou induzir o florescimento, enraizamento de
estacas, amadurecimento de frutos e a quebra de dormência de
sementes e gemas.
• Controle ambiental ou externo – indução das plantas ao
florescimento através da luz, do calor, do frio ou da irrigação.
Em relação à duração do ciclo de desenvolvimento, as plantas são
classificadas em:
• Anuais – completam o ciclo em menos de um ano.
• Bienais – completam o ciclo em menos de dois anos e em mais
de um ano.
• Permanentes – ciclo superior a dois anos.
Fonte: www.oversodoinverso.com.br
Fonte: cdn.gardena.com
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5.1 Reagente
5.2 Solvente
Fonte: www.plantasonya.com.br
13
5.3 Manutenção da turgescência celular
14
Fonte: cdn.pixabay.com
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da folha denominadas de estômatos. Maiores detalhes sobre a transpiração
serão descritas em breve, ainda nesta aula.
Pes, 2015 afirma que a evaporação da água no processo transpiratório
aumenta a demanda por água nas células dos estômatos. Este aumento de
demanda é transmitido de célula a célula, passa pelos vasos do xilema e chega
às raízes. Neste sentido, a diferença entre a quantidade de água da solução do
solo e a do xilema cria uma tensão (pressão negativa) nos vasos, o que promove
um movimento de água principalmente por fluxo de massa.
De maneira comparativa, este mecanismo de absorção de água funciona
como beber água com um canudo. A boca, ao sugar no canudo, cria uma tensão
(pressão negativa), que passa pela extensão do canudo até chegar à outra
ponta, que está dentro da garrafa de água. Neste sentido, a boca seria a
atmosfera, o canudo os vasos do xilema, a extremidade inferior do canudo as
raízes e a água a solução do solo.
Fonte: www.aplicaciones.info
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estômatos estão fechados, em ambientes com atmosfera saturada (pequena
transpiração) e em plantas dormentes (sem ou quase sem folhas) (REICHARDT,
1987).
O funcionamento deste mecanismo é determinado pelo aumento da
concentração de sais no xilema, que leva a uma maior demanda por água no
xilema, criando uma diferença de concentração com a água da solução do solo.
Portanto, esta diferença irá permitir a entrada de água na planta. Para que este
mecanismo de absorção ocorra são necessárias algumas condições, como, por
exemplo: alta disponibilidade de água, alta concentração de solutos no xilema,
ausência de transpiração, ausência de inibidores da respiração, etc.
É importante assinalar que este mecanismo é responsável pelo processo
fisiológico da gutação, quando a água é forçada para fora das folhas, devido à
pressão radicular.
Fonte: thumbs.dreamstime.com
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c) Aeração do solo – o oxigênio é um elemento fundamental para o
desenvolvimento das plantas, como para a respiração das raízes
e acúmulo de sais no xilema, influenciando na absorção de água.
A planta, em condições de falta de aeração do solo, apresenta os
seguintes sintomas: amarelecimento das folhas, redução no
crescimento e aparecimento de raízes adventícias.
d) Extensão das raízes – quanto maior for o volume de solo
explorado pelas raízes, maior será a quantidade de água
absorvida pela planta. Porém, é importante salientar que quanto
mais profundo o sistema radicular e mais finas e ramificadas as
raízes, maior será a resistência à períodos de estiagem. Neste
sentido, fatores que inibem o crescimento das raízes, como solos
compactados e a presença de Al+3 disponível no solo, irão
interferir na absorção de água pela planta. Neste item ressalta-se
a importância das micorrizas, que são associações de fungos com
as raízes das plantas e que determinam um aumento da
superfície de contato das raízes com o solo. Como consequência,
aumenta-se também a capacidade de absorção de água e
nutrientes pelas plantas.
e) Permeabilidade das raízes – nas raízes, as maiores quantidades
de absorção de água ocorrem na região dos pelos absorventes.
Por isso é importante manter as raízes em boas condições de
crescimento, para que os pelos absorventes sejam renovados de
maneira contínua.
f) Temperatura do ar – a melhor temperatura para a maioria das
plantas situa-se entre 20 e 25ºC. Baixas temperaturas irão reduzir
a permeabilidade das membranas celulares e diminuir a
respiração, que causa a redução do acúmulo de sais, causando
menor atuação do mecanismo de absorção ativo. Já altas
temperaturas podem causar o fechamento dos estômatos, que
interfere no mecanismo de transpiração, cessando o processo de
absorção passivo.
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5.9 Perdas de água pela planta
Fonte: www.brasil247.com
5.10 Transpiração
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Fonte: CTISM
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potencial de água (ou concentração de vapor de água) entre a folha e a
atmosfera.
Disponibilidade de água – a transpiração da planta será maior, quanto
mais elevada for a quantidade de água disponível para a planta. Sendo assim,
em situações onde houver redução da absorção de água, causada pela
diminuição do potencial hídrico no solo ou em baixas temperaturas, a
transpiração também diminui. Em casos que a falta de água é mais acentuada,
os estômatos se fecham. Nesta situação ocorre uma redução ainda maior na
transpiração, bem como na fotossíntese, em virtude da diminuição da absorção
de CO2 pela planta.
Vento – o vento causa a remoção do vapor de água da superfície da
folha, causando um aumento da diferença de concentração de vapor de água
entre a folha e a atmosfera, tendo, como consequência, o aumento da
transpiração. Porém, em situações em que o vento é muito forte, a planta pode
fechar os estômatos, causando uma redução da transpiração.
Fonte: www.maestrogreen.com
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Um grupo entende que o processo transpiratório é um mal necessário e
inevitável, já que é indispensável à manutenção dos estômatos abertos para
permitir a entrada de CO2, fundamental para a fotossíntese.
Já o outro grupo considera o processo transpiratório como sendo
benéfico para o desenvolvimento vegetal, pois ele contribui para a nutrição da
planta e na redução da temperatura da folha.
Fonte: imagenes.flordeplanta.com.ar
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5.14 Exsudação
6 DÉFICIT HÍDRICO
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6.1 Efeitos do déficit hídrico
24
Fonte: diarionline.com.br
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6.2 Sintomas do déficit hídrico
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incapacidade de absorção de água causada pela baixa temperatura ou falta de
aeração em solos compactados ou inundados.
Fonte: pad1.whstatic.com
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6.4 Nutrição vegetal
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Em geral, a deficiência de nutrientes móveis aparece nas folhas velhas.
Já a deficiência dos nutrientes imóveis aparece nas folhas novas. Isso se deve
ao processo de redistribuição de nutrientes na planta.
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momento da coleta da amostra. Dessa forma, tendo em mãos o Laudo da Análise
Química do Solo, podemos identificar quais os nutrientes estão com teores
inadequados no solo, ou seja, em níveis que podem causar deficiência ou
toxidez.
Fonte: brasilescola.uol.com.br
30
nutrientes antes da planta manifestar sintomas visuais e analisar a eficiência da
adubação realizada na área.
A folha é considerada a parte que melhor representa o estado nutricional
da planta (FLOSS, 2006). Porém, é importante salientar que a concentração de
nutrientes na folha varia conforme a idade da planta, com as estações do ano,
com a posição da folha na planta e a área de folha da planta.
Ao se realizar a amostragem de tecido vegetal, alguns cuidados devem
ser observados:
• Selecionar a parte da planta a ser coletada, conforme as
recomendações específicas dos cultivos.
• Escolher folhas sem doenças e que não tenham sido danificadas
por insetos ou por outro agente.
• Limpar as folhas dos resíduos de pulverização e/ou poeira logo
após a coleta, por meio de lavagem com água limpa.
• Evitar o contato das folhas coletadas com inseticidas, fungicidas
e fertilizantes.
• Colocar a amostra em sacos novos de papel ou em embalagem
fornecida pelos laboratórios de análise de tecido; se for solicitada
a análise de boro, usar papel encerado, pois o papel comum
contamina a amostra com boro.
• Identificar a amostra e preencher o formulário, indicando os
elementos a serem determinados.
• Elaborar um mapa de coleta que permita, pela identificação da
amostra, localizar a área em que foi feita a amostragem.
• Enviar as amostras o mais breve possível ao laboratório; se o
tempo previsto para a amostra chegar ao laboratório for superior
a dois dias, é recomendado secar o material ao sol, mantendo a
embalagem aberta.
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6.9 Elementos essenciais
Carbono C Macronutriente
Hidrogênio H Macronutriente
Oxigênio O Macronutriente
Nitrogênio N Macronutriente
Fósforo P Macronutriente
Potássio K Macronutriente
Cálcio Ca Macronutriente
Magnésio Mg Macronutriente
Enxofre S Macronutriente
Ferro Fe Micronutriente
Manganês Mn Micronutriente
Boro B Micronutriente
Zinco Zn Micronutriente
Cobre Cu Micronutriente
Molibdênio Mo Micronutriente
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Cloro Cl Micronutriente
Níquel Ni Micronutriente
Fonte: www4.esalq.usp.br
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6.9.1.1 Macronutrientes
A partir de agora estudaremos os aspectos gerais dos macronutrientes,
incluindo sua função e importância para as plantas.
6.9.1.2 Carbono
Este nutriente entra na planta pelos estômatos, através do dióxido de
carbono (CO2) e é assimilado no processo de fotossíntese.
É importante ressaltar que este nutriente constitui de 40 a 45 % da
matéria seca da planta, sendo ele o mais abundante e obrigatório nos tecidos
vegetais.
6.9.1.3 Hidrogênio
Este nutriente entra na planta pela água, pois o hidrogênio é constituinte
da mesma. Sua assimilação ocorre no processo da fotossíntese. A estimativa é
de que aproximadamente 5 % do tecido vegetal seja constituído de hidrogênio.
6.9.1.4 Oxigênio
A entrada deste nutriente na planta ocorre de forma indireta, através do
dióxido de carbono (CO2) e da água (H2O). Sendo assim, conclui-se que ele é
obtido do ar atmosférico e do solo. Em média, 45 % da matéria seca da planta é
constituída por oxigênio.
6.9.1.5 Nitrogênio
O nitrogênio (N) é o nutriente requerido em maiores quantidades pela
maioria das plantas, dentre aqueles absorvidos do solo, constituindo de 2 a 4 %
da matéria seca vegetal.
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Fonte: upload.wikimedia.org
6.10 Fósforo
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Fosfato monoamônico (MAP)48 9 - - -
-
Fosfato diamônico (DAP) 45 16 - - -
-
Fosfato natural 4 - - 23-27 - -
Fosfato natural reativo 9 - - 30-34 -
-
Nitrofosfato 18 14 - 8-10 - -
Superfosfato simples 18- - 18-20 - 10-22
Superfosfato duplo28 - - 18-20 - 6-8
Superfosfato triplo41 - - 12-14 - -
Termofosfato magnesiano 14 - - 18-20 7
-
Fonte: Adaptado de Floss, 2006
6.10.1.1 Enzimas
É um grupo de substâncias orgânicas que tem a função catalisadora, ou
seja, de promover reações químicas.
Fonte: sbmicrobiologia.org.br
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6.10.1.2 Potássio
O potássio (K) é um dos nutrientes exigidos em maiores quantidades
pelas culturas. Sua principal função na planta é ser um ativador enzimático,
atuando em mais de 120 enzimas, nos mais diversos processos vitais da planta.
Também tem papel importante na regulação da turgidez dos tecidos, resistência
à geada, seca e salinidade, abertura e fechamento dos estômatos, resistência a
moléstias e resistência ao acamamento.
Pode-se considerar que é um nutriente mais fácil de ser manejado no
solo, pois não sofre inúmeras transformações e nem tem diversas formas de
perdas, como o N, bem como não apresenta um mecanismo específico e
complexo de retenção pelo solo, tornando indisponível para a planta, como o P.
6.10.1.3 Cálcio
O teor médio de cálcio (Ca) encontrado na planta varia de 0,3 a 3 %,
sendo que é considerado o teor médio geral de 0,5 %.
No solo, sua dinâmica ocorre na forma do cátion Ca+2, participando,
portanto, das atividades de troca de cátions no solo (CTC). Em geral, os solos
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manejados corretamente não irão apresentar deficiência de Ca, pois o elemento
é adicionado ao solo através da calagem..
Sobre a função do Ca, ele faz parte da estrutura da planta, como da
parede celular das células. Também atua como ativador enzimático em reações
da fotossíntese. Outras funções são a atuação nas estruturas reprodutivas e
raízes da planta.
Fonte: www.thony.com.br
6.10.1.4 Magnésio
O teor de magnésio (Mg) varia de 0,1 a 0,3 % nos tecidos vegetais.
No solo, sua dinâmica ocorre na forma do cátion Mg+2, participando,
portanto, das atividades de troca de cátions no solo (CTC). Este nutriente
também pode ser fornecido ao solo através da calagem, quando utilizamos o
calcário dolomítico. Em solos onde a calagem não é necessária, podemos utilizar
o sulfato de magnésio (17 % de Mg) e outros adubos nitrogenados, fosfatados e
potássicos, apresentados anteriormente nos Quadros 3.3, 3.4 e 3.5.
As principais funções do Mg na planta são de ativação de enzimas em
diversos processos fisiológicos vegetais e ser o constituinte central da molécula
de clorofila.
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6.10.1.5 Enxofre
O enxofre (S) é absorvido pela planta na forma de íon sulfato (SO4-2) e
sua disponibilidade no solo está diretamente relacionada com o teor de matéria
orgânica, umidade, pH, relação C/S (carbono/enxofre) e a aeração do solo.
Nos últimos anos tem-se observado um aumento na quantidade de solos
com deficiência de S, causado, especialmente, pela não utilização de adubos
que contenham este nutriente na composição.
A principal função do S é de fazer parte da estrutura de aminoácidos e
vitaminas. Dessa forma, o S está envolvido em processos fisiológicos como a
fotossíntese, respiração e a produção de amido, clorofila e proteínas.
É importante ressaltar que o S contribui para o cheiro característico de
alguns produtos vegetais, como da cebola, alho, couve-flor, brócolis e repolho.
6.10.1.6 Micronutrientes
A partir de agora estudaremos os aspectos gerais dos micronutrientes,
incluindo sua função e importância para as plantas.
6.10.1.7 Ferro
O ferro (Fe) é o micronutriente absorvido em maior quantidade pela
maioria das plantas. No solo ele pode ocorrer na forma oxidada (Fe+2) e/ou
reduzida (Fe+3), sendo a primeira forma predominante em solos secos,
enquanto que a segunda predomina em solos encharcados. Neste sentido, os
solos em geral apresentam teores adequados deste nutriente quando o pH está
próximo a 6,0.
Este nutriente atua na atividade de várias enzimas da planta, faz parte
da constituição de moléculas envolvidas na fotossíntese e respiração e está
envolvido no processo de produção de ATP (energia).
6.10.1.8 Manganês
De maneira geral, o manganês (Mn) é o segundo micronutriente utilizado
em maiores quantidades pelas plantas. Ele é absorvido em maiores quantidades
na forma oxidada (Mn+2), predominante em solos ácidos. Sendo assim, em
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situações de calagem excessiva, pode ocorrer deficiência de Mn decorrente do
pH elevado.
O Mn tem função de ser um ativador de enzimas na planta, além de atuar
no processo de fotossíntese. Este micronutriente também é fundamental no
processo de Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) nas leguminosas.
Fonte: s-media-cache-ak0.pinimg.com
6.10.1.9 Boro
O boro (B) é um micronutriente cuja principal função está relacionada
com o crescimento radicular. Além disso, sua presença é fundamental na fase
reprodutiva da planta, ou seja, no florescimento, onde sua aplicação via foliar
aumenta a frutificação efetiva de macieiras. Além disso, proporciona aumento na
coloração vermelha da epiderme de maçãs.
No solo, a matéria orgânica tem importante contribuição para a
disponibilização e suprimento adequado deste micronutriente para as plantas.
Deve-se tomar cuidado para que não seja elevado excessivamente o pH do solo
ao ser realizada a calagem, pois o pH acima de 6,5 diminui a disponibilidade de
B para as plantas.
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6.10.1.10 Zinco
O zinco (Zn) é absorvido na forma Zn+2, sendo o terceiro micronutriente
mais utilizado pela maioria das plantas.
No solo, as deficiências de Zn são observadas com maior frequência em
solos arenosos e/ou com pH elevado (decorrência de calagem excessiva). É
importante salientar que a adubação excessiva com fósforo (P) também pode
causar deficiência de Zn, pois o P inibe a absorção de Zn.
Na planta, o Zn atua como um ativador de enzimas, que estão envolvidas
com diversos processos fisiológicos da planta, como a fotossíntese, produção de
amido e de fito-hormônios.
6.10.1.11 Cobre
O cobre (Cu) é absorvido pela planta na forma Cu+2. Na planta, tem
como principal função a ativação de enzimas que estão envolvidas em diversos
processos fisiológicos, como na fotossíntese, respiração, transporte de
fotoassimilados, FBN, formação da parede celular, síntese de DNA e RNA e
metabolismo de proteínas. Também atua na resistência das plantas às doenças.
No solo, a disponibilidade deste nutriente diminui com o aumento do pH.
6.10.1.12 Molibdênio
O molibdênio (Mo) é absorvido pela planta na forma de molibdato
(MoO42-) e é o nutriente absorvido em menores quantidades pelas plantas. Sua
disponibilidade no solo aumenta com a elevação do pH. Sendo assim,
deficiências de Mo poderão ser observadas em solos ácidos.
A função deste nutriente está relacionada com o metabolismo no N.
Neste sentido, o nutriente tem importância destacada para a FBN nas plantas da
família das leguminosas.
É importante ressaltar que este é um dos nutrientes indicados para se
colocar junto às sementes de algumas espécies vegetais antes de sua
implantação, na chamada nutrição via sementes.
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6.10.1.13 Cloro
O cloro (Cl) é um elemento que está largamente distribuído na natureza.
Em algumas situações poderemos encontrar solos com altos teores de Cl, como
aqueles irrigados com água tratada com este elemento e/ou solos que recebem
sucessivas adubações com cloreto de potássio (KCl). Dessa forma, é mais
provável encontrarmos problemas de toxidez a Cl do que de deficiência.
Este nutriente é absorvido na forma Cl- e sua principal função está
relacionada com reações necessárias para a fotossíntese. O Cl também
influencia no processo de abertura dos estômatos.
Fonte: followthecolours.com.br
6.10.1.14 Níquel
O Níquel (Ni) é absorvido pela planta na forma Ni+2. Em geral, nos solos
do Brasil, é mais comum ser observada a toxidez de Ni do que a deficiência deste
micronutriente.
Sua principal função está relacionada com a ativação de diversas
enzimas importantes para o funcionamento da planta. Em leguminosas, o Ni é o
ativador de uma enzima indispensável para que ocorra a FBN.
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resistência/tolerância a condições desfavoráveis de meio (clima, pragas e
moléstias, compostos tóxicos do solo ou do ar) (FLOSS, 2006). São exemplos
de elementos úteis:
• Cobalto (Co) – tem atuação direta na FBN, sendo essencial aos
organismos fixadores de N atmosférico.
• Silício (Si) – tem papel de destaque na prevenção da incidência de
pragas e doenças nas plantas, menor suscetibilidade ao
acamamento e manutenção das folhas eretas.
• Sódio (Na) – auxilia algumas espécies de vegetais a aumentar a
eficiência da fotossíntese em condições de baixa concentração de
CO2. Também em algumas espécies, o Na pode substituir o K, com
benefícios para a planta.
Fonte: gramados.net
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• Passivo – é um processo rápido, reversível, não seletivo e sem gasto
de energia. O movimento ocorre de um local de maior concentração
(solução do solo) para outro de menor concentração (interior da
planta).
• Ativo – é um processo lento, irreversível, seletivo e com gasto de
energia.
É o processo de absorção mais importante.
Aeração do solo
Temperatura do ar
Umidade do solo
Teor de matéria
orgânica do solo
pH do solo
Micorrizas
Taxa de transpiração
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Fonte: Autores
7 REDISTRIBUIÇÃO DE NUTRIENTES
Nitrogênio N Móvel
Fósforo P Móvel
Potássio K Móvel
Cálcio Ca Imóvel
Magnésio Mg Móvel
Boro B Imóvel
Molibdênio Mo Móvel
Cloro Cl Móvel
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O processo de redistribuição dos nutrientes ocorre especialmente nos
seguintes estádios de desenvolvimento dos vegetais: germinação das sementes;
fase vegetativa; fase reprodutiva e senescência.
Estrutura
Idade
Mobilidade
47
pH
Luz
Umidade do ar
Tecnologia de aplicação
Fonte: Autores
48
BIBLIOGRAFIA
49
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bioquímica. 4ª. edição. Editora Sarvier, São Paulo, 1232p.
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edição. Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 830p.
SIMPSON, B.B. & OGORZALY, M.C. 2001. Economic Botany: Plants in our
World. 3ª edição. McGraw-Hill, Nova Iorque, 529p.
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51