Caderno56 Partocoletivo
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cadernos
SELVAGEM
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P a rto c o l e t i vo
Desenhos e criações a partir
do ciclo Mulheres, Plantas e Cura
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P r i m e i ro e n c o n t ro
Nascer
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Planta prato
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Mulheres buva
Arcilia Lima
Referência
VERGÈS, Françoise. Um feminismo decolonial. São Paulo: Ubu Edito-
ra, 2020. 144 pp.
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Segundo e n c o n t ro
germinar
Há sempre uma árvore que somos nós na mata. Essa árvore so-
mos nós no caminho da vida. Saúde, alimento, corpo e território.
Três mulheres agricultoras, agroflorestoras, bezendeiras, raizeiras,
detentoras de saberes de cuidado, de saberes da terra, de regenera-
ção e de luta. Com Maria SIlvanete Lermen, Verônica Carvalho e
Valéria Carvalho.
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T e rc e i ro e n c o n t ro
cuidar
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Mãe dourada
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Q ua rto e n c o n t ro
compostar e transformar
ciclos de vida
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Semente
Fernanda Amorim
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Mudar: fazer-se muda para criar caminhos em busca da luz!
A natureza nos ensina que os caminhos para a vida não são
construídos com a ação isolada de um organismo.
Refúgios de vida só existem na multiplicidade.
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Enterrar: fazer-se Terra
Expandir-se em uma consciência planetária é um ato de rebeldia.
Sonhar para além do que está posto como lógica social do huma-
no moderno é um caminho de reaproximação com a Mãe Terra
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#votopelavida
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Mulheres Plantas Cura
n d o r e d e d e m u lheres 1 2
tura
Ciclicidade - cos
O CUIDADO É UMA NÃO OBRIGATÓRIA DAS
QUALIDADE HUMANA MULHERES
Tai Tuwixana, Aline
Tertuliano, Maria
Silvanete Lermen,
Veronica Carvalho,
Valéria Carvalho, Mãe
Dora Pankararu, Jula
Pankararu, Sanderline
Ribeiro, Helena
Tenderine e Luiza GERMINAR CUIDAR
NASCER COMPOSTAR E
Cavalcante TRANSFORMAR
A coragem de me ver nos A força da A força e a
meus processos e ancestralidade resistência de quem Quem é que vai cuidar
perceber que enquanto trazendo o cuidado e aceita a missão de dessa pessoa?
jovem posso e devo lutar Respeito e atenção à
o coletivo enquanto vida e a construção espiritualidade.
para que as plantas A coletividade
Ana Paixão de Carvalho, lugar potente. de uma rede de
estejam na minha enquanto cura.
Marília suporte para seguir.
caminhada todo santo Ciclo vida morte vida.
Nepomuceno,Anna, Mada, MIOLO DE POTE
dia, convivendo com Sou porque Somos.
Chonon Bensho. Oferecer um cuidado
elas, me relacionando preenchendo a A gente luta
Selvagem Ciclo de humano mais que
com elas e aprendendo vida de vida. contra, através e
Estudos, Escolas Vivas, humano.
Chã - coletiva da com elas. INSPIRADOR apesar do sistema.
terra, Encontro de
Saberes da Caatinga
" Como é a luta da não violência:
@feitiodaterra
@coletivasementeiras Primeiro é nunca matar Mulheres
FOLHAS
@espacodevivencia
@chadeterra Segundo, jamais ferir
são como
@akapiwara
CAULE E FRUTOS
Terceiro, estar sempre atento
rios,
@cartografia.parteirasi CASCAS crescem
ndigenas RAIZ Quarto é sempre se unir
@museudaparteira quando se
@silvanete_lermen Quinto, desobediência às ordens de juntam
@sitiomalokambo
@helenatenderini
Sua excelência que podem nos destruir
@sitioagatha Folha de arruda, pé de coelho e sal grosso" D. José Maria
@luizacavalcante62
@sanderlineribeiro Pires
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Bio
(+ c r é d i to de i m ag e n s )
Mariana Rotilli
Artista. Através de canções, fotografias, vídeos, performances, dan-
ças e outros escritos, Mariana vem compondo um corpo de trabalho
alimentado por forças invisíveis e simbióticas. Escuta e regeneração cor-
po-natureza são a base de sua pesquisa solo e também fermentam os
coletivos que integra. Graduada em História (Udesc) e mestra em Artes
Cênicas (Unicamp).
Renata Siegmann
33 anos, gaúcha que atualmente vive no Goiás. É ilustradora, agro-
florestora e escritora. Passou os últimos 3 anos viajando e trabalhando
em fazendas, criando conexões e aprofundando os estudos de plantas e
práticas regenerativas.
https://www.instagram.com/renatasiegmann/
Arcilia Lima
Pesquisadora transdisciplinar, atua como artista visual e cênica, arte-
-educadora, instrutora do movimento e acupunturista. Tem como base
para o seu trabalho a pesquisa no campo do movimento a partir de téc-
nicas corporais do campo da Educação Somática. No campo das artes
visuais, utiliza a fotografia e o processo fotográfico histórico cianótipo,
tanto para a criação de imagens, quanto para o desenvolvimento de ofi-
cinas. Aborda temáticas ligadas a questão de gênero, decolonialidade
e filosofia ameríndia. Coordena e atua em seu espaço, o Ateliê Soma,
criando e oferecendo cuidado através do movimento e da medicina tra-
dicional chinesa.
www.ateliesoma.com.br
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Ananda Ferreira
Ananda Ferreira é ilustradora, muralista, tatuadora, criativa. Em sua
carreira criou ilustrações para álbuns musicais, materiais educativos para
crianças, jovens e adultos, projetos murais para empresas e particulares
e ilustrações pessoais. Nos últimos seis anos, vem trabalhando como
tatuadora, desenvolvendo outras técnicas que influenciam diretamente
seu trabalho como ilustradora e tendo a honra de registrar na pele os
sonhos das pessoas.
https://www.instagram.com/ananda.artcura/
Selma Bajgielman
Selma Bajgielman nasceu e cresceu no Rio de Janeiro e escolheu
viver em São Lourenço, Minas Gerais. Formada em Pedagogia, com
especialização em Arteterapia e mestrado em Letras. Membro do Gru-
po Literário Fonte das Letras e do coletivo Mulherio das Letras, além
de seguidora assídua do Selvagem Ciclo. Seus livros ilustrados são de-
dicados à criança que habita em nós, independente da idade cronológi-
ca. Ultimamente, vem se dedicando a desvendar as caligrafias vegetais,
aliando sua atração pelas plantas e sua prática pictórica.
selmabajgielman.com
Canto das plantas, Frotagem com folhas secas e pintura sobre tecido
reutilizado, pastel oleoso e tinta acrílica, 70 x 100 cm
Ana K Henriques
Natural de São Paulo, mora em Brasília desde 2003. Jornalista, dou-
tora em Ciência da Informação, especialista em Artes e Cultura Visuais.
Experiência em Comunicação Social, Artes Visuais e Museologia. É ar-
tista visual tendo realizado exposições e projetos de design e estamparia
de tecidos. Atuou na Secretaria de Política para Mulheres na área de ges-
tão da informação e comunicação no Observatório Brasil de Igualdade
de Gênero. Foi membro da Comissão de Curadoria para as obras de arte
e mobiliário do Palácio da Alvorada e do Palácio do Planalto.
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Mariana Saker de Castro Paiva
Licenciada em História pela Unesp/Assis e atua como educadora
na rede pública estadual paulista. É aprendiz de Pedagogia Griô, gosta
de costurar, dançar e contar histórias e tem acompanhado o Selvagem
Ciclo de Estudos desde o início.
https://www.instagram.com/mariana_saker/
Margherita Isola
Margherita Isola é artista e performer de origem mediterrânea que
vive e trabalha de forma itinerante, atualmente em Barcelona. Formada
em dança contemporânea desde 2007 trabalha como artista visual mis-
turando diferentes práticas e mídias: arte têxtil, bordados, performance,
gravura, colagem, instalação, arte pública e arte comunitária. Aborda
questões relacionadas aos feminismos, a migração, o colonialismo, a ca-
pitalização de Gaia, o interespecismo, com o intento de repensar novas
formas de interconexão e coexistência que colocam a vida no centro.
Salvia (bordado)
Natalia Reyes
Natalia Reyes é artista e designer. Desenvolve seu trabalho artístico
no ateliê @cosmonautamosaicos e no @mixta.artes.
Raffaella Oppici
Bacharel em Artes Visuais pela UNESP-Bauru e atualmente cursan-
do licenciatura. Nascida em 2000 e caminha em busca de dar forma ao
seu modo de ver e sentir o mundo através da arte. Assim, sua poética
artística é uma busca de pensar novos modos de encarar nossas relações
com o restante da natureza, com um enfoque maior na questão multies-
pécie entre animais, mas também com os demais elementos naturais.
https://www.instagram.com/_pirarte/
Clarissa Silveira
Sou artista visual, agroflorestora e alquimista. Vivo no Sítio Libélula
em Rolante/RS onde cultivo plantas medicinais em sistema agroflores-
tal orgânico com certificação participativa e destilo hidrolatos e óleos
essenciais. Através da cerâmica me expresso desde criança, e durante
este ciclo Selvagem nasceram alguns potes-serpentes. Foi muito potente
escutar todas essas mulheres-rainhas da floresta, das plantas e das curas,
muito agradecida por todos os ensinamentos que me abriram o corpo
para outros nasceres meus e de mundo.
https://www.instagram.com/clarissasilveira_art/ | https://www.instagram.com/si-
tiolibelula/ | https://www.instagram.com/benzearomas/
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Fernanda Haskel
Doutoranda em Psicossociologia Comunitária e Ecologia Social na
UFRJ, pesquisa a relação entre natureza e cultura na construção de fu-
turos possíveis. Implicada com a regeneração, produção do cuidado e as
políticas do afeto, em um trabalho etnográfico, desde a vida das plantas,
cartografa o processo de revisão do plano diretor de Florianópolis.
https://www.instagram.com/fernandahaskel/
Ciclicidade - costu
rando rede de mulh
eres 1
O CUIDADO É UMA
QUALIDADE HUMANA
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NÃO OBRIGATÓRIA DAS
MULHERES
da abordagem centrada na pessoa nos atendimentos, em formação em
Dora Pankararu, Jula
Pankararu, Sanderline
Cadernos SELVAGEM
publicação digital da
Dantes Editora
Biosfera, 2022
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