Aula 11

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Extração líquido-líquido

• Extração por solvente


• Dispositivo de extração líquido-líquido em um único estágio
• S: Vazão de solvente
• C: Componente (solvente)
• Se ele funcionou bem como agente extratante, ele vai ter removido
boa parte do B, mas acaba removendo um pouquinho do A
• F: Vazão de alimentação
• Componentes de alimentação
• A: Carreador (domina a fase)
• B: Soluto que se quer remover
• Alimentação: corrente problema
• Tem um contaminante (componente B) que se quer remover e
pra isso, vai contactar a corrente F com a corrente S, que é rica
nesse componente C, que vai extrair o componente B
preferencialmente
• Extrato: corrente rica em solvente (agente de separação
mássico, componente C)
• Nesse exemplo, assume-se que tem alguma perda de A no extrato
• Presença do A no extrato é indesejada
• Solvente ideal: aquele que remove o máximo B removendo o
mínimo de A
• R: Vazão de Rafinado (corrente de saída)
• Tem que ser rica no A (carreador), ter pouco B (se a separação foi boa) e
solubiliza um pouquinho do solvente, o que é indesejado
• Solvente ideal não deveria estar aparecendo no rafinado
• E: Vazão de extrato
• Caixa preta: representa o misturador e o decantador, de modo que
se misturou pra promover a transferência de massa entre as fases,
decantou e separou as fases em extrato e rafinado
• Se o tempo pra transferência de massa foi suficiente e ele atingiu o
C limite, o extrato e o rafinado são correntes em equilíbrio. Então,
as composições de A, B e C no extrato estão em equilíbrio
termodinâmico com as composições do rafinado de A. B e C. Então
assume-se que cada estágio na extração líquido-líquido é um
estágio de equilíbrio, podendo assumir equilíbrio termodinâmico
entre as duas correntes
• B: Soluto que tá passando entre uma fase e outra
• Sobrescrito S: entrada de solvente
• Razão molar em base isenta de soluto: mol ou
massa de soluto dividido por massa de tudo aquilo
que não é soluto
• No caso do rafinado, mol de B (ou massa de B) dividido
pela soma de mol (ou massa) de A + C, não levando em
conta o componente B no denominador
• FA é a vazão na alimentação do componente A. A vazão no total da alimentação é F.
FA é a vazão só do carreador.
• S é a vazão total do solvente
• XBalfa é a razão molar (ou razão mássica) de B na fase alfa
• Se alfa for E, a fase é a saída de extrato. Se for R, é a saída de rafinado. Se for S, é a
entrada do solvente. Se for F, é a entrada da carga.
• A constante de equilíbrio especial é uma constante de equilíbrio escrita em termos
das razões molares (ou mássicas) do soluto.
• Pra aumentar o fator de extração, altera a constante de equilíbrio, mudando o
agente de extração mássico. Eventualmente, colocando no solvente algo pra fazer
uma interação específica com o soluto. Por exemplo, um agente complexante,
agente de interação ácido-base. Pode atuar no solvente mudando a natureza do
solvente, ou colocando um quarto elemento que vai melhorar a capacidade
dextração do solvente. Tem que ver como a temperatura desloca o equilíbrio.
Pressão não vai mexer na constante de equilíbrio de modo significativo. Como é
líquido, fluido incompressível, a pressão não vai afetar muito. Normalmente,
extração líquido-líquido opera a pressão atmosférica. A pressão não tem um efeito
significativo, mas a temperatura tem. Então tem que fazer uma modelagem
termodinâmica pra ver como a temperatura afeta esse sistema. Ou perturbar o K’
colocando um quarto componente.
• A outra maneira de aumentar o fator de extração, pode aumentar a vazão de
solvente, porque mantém o bulk do solvente mais diluído e a interface é definida
pelas condições termodinâmicas de interface. Então aumenta a força motriz,
aumentando as taxas em cada estágio. Mesma lógica de aumentar a razão de refluxo
em uma coluna de destilação, ou aumentar a vazão de entrada em uma coluna de
absorção.
• Pode trabalhar 2 casos, 1 mais simples e 1 mais complexo.
• Caso mais simples: extrator perfeito.
• Saem do extrato apenas B e C
• Saem do rafinado: apenas A e B
• Isso quer dizer que A e C são completamente imiscíveis
• Esse seria o solvente perfeito
• B é o único que se distribui entre as fases
• Como multiplica a razão molar do soluto de alimentação por FA,
esse produto dá o mol de B na alimentação. Quando multiplica a
vazão molar de B no extrato vezes S (vazão de solvente), significa
mol de B no extrato. No rafinado não sai C, e todo o A que entrou
sai no rafinado. Pode usar a própria vazão de A na alimentação pra
representar a vazão de A no rafinado. Toda a vazão de A no rafinado
significa que tudo o que não é soluto saiu no rafinado. Quando
multiplica XB no rafinado vezes FA tem mol de A no rafinado.
• Isso só vale pro caso perfeito.
• Relação de equilíbrio em termos de razão molar. A razão molar de
soluto no extrato está em equilíbrio com a razão molar de soluto no
rafinado. Assume-se que esse estágio é um estágio de equilíbrio.
• Figura do lado direito é o caso real.
• Substituiu o XB(E) no balanço e isolou o XB(R). Botou
em evidência. Substituiu a relação de equilíbrio no
balanço por componente.
• XB(R) sobre XB(F) significa o quanto foi removido de B
na separação. Dá a capacidade de remoção desse
processo.
• Pra um dado fator de separação, assumindo o caso
A, que é a separação perfeita, tendo o fator de
separação, tem-se ideia do quanto é possível
remover o soluto do rafinado numa contactação
com esse solvente. Daí a capacidade de remoção.
Exemplo
• Pra começar a projetar a extração líquido-líquido (seja um misturador-
decantador, seja uma coluna), é na verdade estimar a vazão no uso um
determinado solvente escolhido para atingir uma meta de separação.
• Vai pro laboratório, tira os dados de equilíbrio (dados termodinâmicos) e, a
partir dos dados de entrada, pode calcular o FA. Tem a vazão total em base
mássica. Com FA, consegue calcular o XB(F), que é a vazão total menos a vazão do
carreador (que vai me dar a vazão do soluto) dividido pela vazão só do
carreador. Vai ter a razão mássica de B na alimentação em base isenta de B.
• Dividindo XB(R) por XB(F) tem a capacidade de remoção. Com a capacidade de
remoção, obtém o fator de extração. Deu 7,61. Jogando essa informação dentro
da definição do fator de extração, tem o K termodinâmico, obtido através de
dados experimentais, tem o FA e acha o S. A partir dessa vazão de solvente e da
vazão, se dimensiona os tanques de agitação, os tanques de decantação ou a
coluna agitada. Tem que achar esse S.
• Tudo tá muito bonito porque a separação foi perfeita. Quando não for, tem dois
casos. Toda vez que a vazão de solvente dividida pela vazão do carreador na
alimentação for maior do que 10, significa que é melhor trabalhar com mais de
um estágio de equilíbrio. Porque trabalhando com mais de um estágio de
equilíbrio pode trabalhar com uma vazão de solvente menor.
• Quando estiver trabalhando com mais de um
estágio de equilíbrio e/ou a separação não for
perfeita, vai ser necessária outra técnica pra
resolver os problemas.
• Essa técnica é baseada (mesmo em caso ternário)
em métodos gráficos, baseados em diagrama
ternário. Seja um triângulo equilátero, seja um
triângulo retângulo.
• Conta em cima de um único estágio de extração líquido-líquido: a
carga era rica em um carreador A e um soluto B (que se queria tirar
por extração), e botava em contato com o solvente (componente C),
foi assumida a hipótese de que o solvente era perfeito. Isso quer dizer
que só o B era capaz de migrar de uma fase pra outra. Então todo o
componente A que entrava na carga saía no rafinado. Todo o
componente C que entrava na corrente de solvente saía no extrato. Só
o B transferia.
• Quando trabalhava com as unidades, tanto de vazão, quanto de
composição em base isenta de soluto, conseguia fazer um balanço e,
facilmente, quando tinha um único estágio, dimensionava a vazão de
solvente necessária para atingir uma meta de separação.
• Ainda pensando em um único estágio, um pouco de solvente pode sair
misturado no rafinado, e um pouco do carreador pode sair na fase
extrato, porque eles não são totalmente imiscíveis, apesar de todo o
cuidado tido na seleção desse solvente.
• Eventualmente, tem uma razão entre vazão de solvente e vazão de
carga isenta muito maior do que 10. Isso sinaliza que um único estágio
não é suficiente. Então precisa de uma técnica que permita ou corrigir
a conta pro caso onde tem algum nível de miscibilidade entre esses
componentes, ou precisa de mais de um estágio. Vai ser usada uma
ferramenta gráfica, uma técnica gráfica, que usa os diagramas
ternários.
Diagrama ternário
• Diagrama equilátero
• Para construir, tem que fixar a temperatura e alterar as composições globais do
sistema
• Dentro desse diagrama são lidas composições
• Coloca os componentes no vértice
• Se tem um ponto em cima do vértice A, tem o componente A puro. Se tem um
ponto em cima do vértice C, tem o componente C puro. Se tem um ponto em cima
do vértice B, significa composição de B (xB) igual a 1, xA = 0, xC = 0.
• Arestas do triângulo são as misturas binárias. Na aresta AC é lidas as composições da
mistura binária AC. Na aresta AB, as composições da mistura binária AB. Na aresta
BC, as composições da mistura binária BC. As arestas são o lugar geométrico onde
são encontradas as composições das misturas binárias desse sistema ternário.
• Qualquer ponto no interior do triângulo representa uma mistura ternária.
• Sempre vai ser lida a composição crescendo em direção ao vértice. Na aresta do
lado esquerdo é lida a composição do componente A. Tem 0 de componente A, 1%,
2, 3, até 100% de componente A. A composição sempre tá crescendo em direção ao
final da aresta. E crescendo no sentido horário. Então vai rodar esse diagrama no
sentido horário. Isso varia dependendo de quem construiu o gráfico.
• Na aresta do lado direito lê as composições de B. Tem 0 de B, 0,1 de B, 0,2 de B, até
chegar aos 100%, ou 1, de B. Na aresta da base, lê a composição de C. Tem 0 de C, e
vai crescendo, em cada pontinho desse aqui, de 10 em 10%, em termos de fração
mássica ou fração molar.
Diagrama ternário
• Diagrama equilátero
• As composições crescem em direção ao vértice, no sentido
horário.
• Pra ler a composição de um ponto no centro, um ponto qualquer
dentro do triângulo, pega sempre a aresta oposta ao vértice do
componente que se quer calcular.
• Ponto vermelhinho do gráfico amarelo
• A aresta da base é oposta ao vértice do componente A. Então nas
paralelas à aresta da base é lida a composição de A. Tira uma paralela à
aresta da base e lê a composição de A na aresta do lado esquerdo,
porque roda no sentido horário. Tira a paralela à aresta oposta ao vértice
do componente que se quer, a paralela que passa em cima do ponto. Pro
componente A, lê do lado esquerdo.
• Pra ler a composição de B, constrói uma paralela à aresta oposta ao
vértice B que passa pelo ponto, e vê que ela bate na aresta que tem as
composições que estão crescendo em direção a B.
• Tira a paralela à aresta oposta ao vértice C que passa pelo ponto
vermelho, e lê C na aresta que tá crescendo.
• Esse ponto vermelho tem 40% de A, 50% de B e 10% de C.
Problema real de extração
líquido-líquido
• Aqui tem porcentagem, poderia estar em fração. Vai numerando no sentido horário.
• B é o soluto (ethylene glicol). A é carreador (water) e furfural é o solvente.
• Dentro desse diagrama ternário, tem essa curva preta, a curva binodal, ou curva de equilíbrio
líquido-líquido.
• A curva binodal é construída a partir de dados de equilíbrio tiradas do laboratório de Termo
Exp.
• Como tirar um ponto desse no laboratório: Deixa a torneirinha do funil de decantação
fechada. Bota uma composição global ali, que é um ponto desse gráfico, que não se sabe se
está dentro ou fora da binodal. Bota essa composição global e mistura, agita dentro do
decantador. Deu tempo suficiente de agitação, para e assume que está em equilíbrio
termodinâmico. Na temperatura do laboratório. Deixa parado. Se o líquido que está dentro do
funil separar em duas fases, significa que essa composição global está dentro da curva
binodal. Então os pontos cuja composição global se encontram dentro da binodal vão separar
em duas fases líquidas. Os pontos fora da binodal estão em uma única fase. Deu um tempo
para as fases separarem. A fase mais densa pro fundo, a fase menos densa pro topo. Tira uma
amostra da fase densa, do fundo, guarda. Sangra o resto da fase densa em um béquer,
descarta a regiãozinha emulsionada que não vai dar resultado, deixa sangrar um pouquinho e
tira uma amostra da fase menos densa, que tá lá em cima. Pega os dois vidrinhos com as duas
amostras, leva pra um cromatógrafo previamente calibrado pra aquela mistura, e tira a
composição da fase densa e a composição da fase menos densa. As composições são
composições em equilíbrio líquido-líquido. Nesse gráfico, são dois pontos em cima da binodal.
Se ligar esses dois pontos por uma linha, o nome que se dá pra essa linha é linha de
amarração.
Problema real de extração
líquido-líquido
• Linha de amarração: linhas que ligam duas composições em equilíbrio.
• Ponto M: composição global da mistura.
• Misturou, misturou, tirou uma amostra da fase mais leve (fase
orgânica, por exemplo), levou pro cromatógrafo e deu a composição
indicada pelo ponto E.
• Pegou a fase mais pesada, que é rica em água, e deu a composição
indicada pelo ponto R. A linha tracejada entre os pontos E e R é a linha
de amarração.
• Como essas linhas são construídas: pega diferentes funis de
decantação, bota diferentes composições globais envolvendo esses
mesmos componentes e vai tirando quantos pares ordenados de
equilíbrio líquido-líquido puder.
• Na prática, pra construir essa linha preta, só vai ter alguns pontos.
Interpola a partir de um polinômio interpolador, usando uma técnica
de interpolação.
Problema real de extração líquido-líquido
• A binodal não toca nenhuma das arestas laterais.
• Se a aresta tá toda fora da binodal, significa que todas essas composições estão em
uma única fase.
• O etileno glicol é solúvel em água em qualquer composição. O mesmo pode ser dito
pro furfural. O etileno glicol e o furfural são completamente solúvel em todas as
composições.
• Se botar 50% de água e 50% de furfural (binário) e misturar, vai encontrar duas
fases, cuja composição tem que ler na binodal. A própria aresta é a linha de
amarração. Qualquer composição binária que colocar, como 90% de furfural e 10%
de água, se misturar vai estar em duas fases. A composição da fase rica em furfural
vai estar na letra b e a composição da fase rica em água vai estar na letra G. Se botar
50%, mesma coisa. A fase rica em furfural vai estar no ponto D e assim por diante.
• Então o que tem de diferente quando se usa diferentes composições globais no caso
binário? As proporções. Se botar 90%, as fases vão ter composição D e G. Só que vai
ter muito mais fase rica em furfural do que fase rica em água. E assim por diante. As
composições vão ser as mesmas, mas a quantidade relativa entre elas é que
diferencia.
• Se botar algo em torno de 5% de furfural e 95% de água, e misturar, como se trata
de um ponto fora da binodal, essa composição global vai se encontrar numa única
fase.
• Pra esse sistema, o etileno glicol é completamente miscível tanto em furfural quanto
em água.
Água e furfural
são parcialmente
miscíveis. Na
verdade eles tem
uma ampla região
de imiscibilidade.
É por isso que é
um bom sistema
pra extração
líquido-líquido.
Problema real de extração
líquido-líquido
• Lê a quantidade de água no vértice onde está
crescendo em direção à água.
• Tira a paralela ao eixo oposto e lê na aresta onde a
composição do componente está crescendo em
direção a ele. Isso nessa lógica de colocar na
direção horário.
• Curva de saturação = curva binodal = curva de
equilíbrio líquido-líquido.
• As linhas de amarração parece que estão
caminhando em direção ao ponto P. O ponto P é
chamado de plait point. É onde convergem as
linhas de amarração. Então é a última composição
global onde se encontra duas fases. A partir desse
ponto, vai ter região de uma única fase. É a região
na qual as linhas de amarração estão convergindo.
• No extrato, tem algo em torno de 42% de etileno
glicol. Se tirar descendo, pra encontrar de furfural,
tem algo em torno de 48. Se tirar a paralela, vai ter
algo em torno de 10%.
Triângulo retângulo
• Pra construir o triângulo retângulo, são os mesmos
dados experimentais. Só que o triângulo retângulo só
se usa o quadrante de baixo e lê só 2 frações. A outra
fração sai pelo somation. Tem a composição do glicol, a
composição do furfural, e a composição da água se tira
pelo somation.
• Acaba jogando cada ponto desse em um diagrama xy.
• O ponto M tinha 30% de glicol e 30% de furfural. É o
mesmo ponto M que estava aqui. A quantidade de
água é 1 menos a soma desses dois.
• O diagrama triângulo retângulo é mais fácil de ler, mas
perde uma informação direta, que é a composição do
terceiro componente.
Diagrama de equilíbrio
• NÃO é uma curva binodal
• Lê só a composição multicomponente. Lê a composição do glicol no
extrato e a composição do glicol no rafinado.
• O cromatógrafo dá a composição de glicol no extrato e a composição de
glicol no rafinado. Plota isso. Pra cada funil de decantação vai ter um
ponto, e pode ir montando esses pontos e depois pode interpolar os
pontos conhecidos pra construir a curva de equilíbrio.
• Cada ponto desse tem como transformar em razão molar, ou vazão
mássica, em base isenta. Os pontos que estão no eixo y colocou mol de
glicol por mol de furfural. O de baixo é mol de glicol por mol de água.
• Pode construir esse outro diagrama também, que pode ser útil pra
extrapolar linhas de amarração, dependendo de como se está
conduzindo o problema.
• Com um diagrama de equilíbrio, não é possível reproduzir a binodal. É
possível ter as linhas de amarração. Cada ponto nesse gráfico
representa uma linha de amarração lá no diagrama em forma de
triângulo.
Diagrama de equilíbrio

• Então a composição E e a composição R vão virar um ponto com


esse gráfico. Então pega a composição de glicol nesse extremo e
composição de glicol no outro extremo e vira um ponto nesse
gráfico.
• Cada linha de amarração vira um ponto nesse gráfico.
• Esse gráfico é útil porque no laboratório são tiradas algumas
linhas de amarração. Com os dados (o cromatógrafo dá a
composição de todos os componentes), pode construir também
a binodal com esses poucos dados.
• Se interpolar o gráfico da esquerda, tem as outras linhas de
amarração, diferente daquelas tiradas experimentalmente. É
uma excelente estratégia de fazer interpolação de linhas de
amarração, e muitas vezes são importantes esses métodos
gráficos.
Diagrama de Janecke

• Pontos tirados da mesma fase.


• Essa curva representa a binodal descrita de forma
diferente. Não é uma curva de equilíbrio. É uma
binodal descrita em termos de razão molar.
Extração líquido-líquido em um único
estágio
• Curva binodal: plait point divide a curva em duas (por isso se chama binodal): uma
rica no componente da esquerda, e uma rica no componente que tá no vértice da
direita.
• O soluto (que vai se distribuir entre as duas fases) é colocado no vértice de cima.
• Esse é um diagrama de equilíbrio do tipo 1, quando o soluto é totalmente miscível
tanto no solvente (em qualquer faixa de composição) quanto no carreador (no caso
a água. O solvente é o furfural, e o soluto é o etileno glicol)
• Normalmente, na extração líquido-líquido, se constrói um diagrama de equilíbrio em
termos da composição mássica e se trabalha com vazão mássica.
• Tem solução aquosa que se quer tratar, contendo 45% em massa de glicol. É
contactada com uma mesma vazão mássica de solvente B puro.
• Tem a composição da alimentação. E a vazão de solvente puro é igual à vazão de
alimentação. Mas nenhuma das duas foi dada.
• Tem temperatura e pressão dessa separação. Com temperatura e pressão, é possível
construir o diagrama de equilíbrio.
• Normalmente extração líquido-líquido é desenvolvida em baixas temperaturas
(temperatura ambiente) e pressão atmosférica, porque a pressão não interfere
muito em fase líquida (líquidos incompressíveis)
Extração líquido-líquido em um único
estágio
• O diagrama retângulo pode ser expresso em termos de composição ou razão mássica.
• Existem outros 2 diagramas, que não são exatamente a binodal, é uma curva de equilíbrio, são as curvas que
representam no diagrama xy as composições do soluto nas linhas de amarração.
• É um problema em um único estágio. Tem o solvente entrando junto com a alimentação, pode definir uma base
de cálculo de 100 gramas.
• Precisa achar a composição do extrato e a composição do rafinado.
• Dica: construir um ponto hipotético chamado ponto M (Ponto de Mistura).
• Se fizer um balanço de massa global nesse equipamento, F+S tem que ser iguala E+R. É o balanço global nesse
estágio de equilíbrio. Então a vazão total que entra no equipamento é a vazão M. Pode fazer esse baçanço global,
e pode fazer também pra um dos componentes. A composição de A no ponto M (ponto de mistura) vezes M (que
é F+S) vai ser igual a F vezes WA(F) mais S vezes WA(S).
• O ponto de mistura não representa uma corrente efetiva no processo. É um ponto hipotético.
• Pode achar a razão F/S se souber a composição do ponto de mistura.
• No exemplo, WA(S) é a fração mássica do soluto na entrada do solvente, que vale 0, porque o solvente tá puro.
WA(F) é a fração mássica do soluto na alimentação, que vale 0,45.
• Se foi usada vazão de solvente igual à vazão de alimentação, F/S vale 1.
• WA(M) é a fração mássica do soluto, encontrada pegando uma paralela ao lado oposto ao vértice onde tá o soluto.
Uma paralela ao eixo de baixo. Que passa exatamente no valor dessa conta.
• Se pegar uma linha ligando a composição de S à composição de F (Que só tem glicol e água; se tem 45% de glicol
tem 55% de água), o ponto M tem que estar exatamente na metade do caminho entre o segmento de reta MS e
MF.
Extração líquido-líquido em um
único estágio
• Isso é um estágio de equilíbrio.
• Localiza o ponto M.
• A característica que marca a relação entre as
composições de soluto no extrato e no rafinado é que
elas estão em equilíbrio. Então essas composições
estão localizadas ao longo de uma linha de amarração.
• Então pega a linha de amarração que passa pelo ponto
M. O extrato é lido de um lado da binodal (o lado mais
próximo do eixo do solvente) e a composição do
rafinado olha do outro lado da linha de amarração na
binodal.
• Marca o ponto M.
Tira a linha de
amarração, que
passa pelo ponto
M, porque é um
único estágio.
Lê a
composição
do extrato.
E lê também
a composição
do rafinado.
Extração líquido-líquido em um
único estágio
• Qual a composição de glicol em base seca de solvente
na corrente de extrato?
• Como se obtém a razão de glicol em base isenta de
solvente?
• Tem a composição de glicol nesse ponto, que é 28,6%.
Tem a composição de furfural nesse ponto, que é
65,6%.
• Se dividir o w de glicol no extrato por 1 menos o w de
furfural no extrato vai ficar mol de glicol por mol de
tudo aquilo que não é glicol no extrato. Que é o mesmo
que pegar do ponto do furfural puro e pegar uma
tangente passando pelo ponto E e extrapola até o
vértice do furfural.
Triângulo retângulo
• Coloca fração mássica de glicol sobre fração mássica de
furfural.
• Encosta a binodal no triângulo retângulo.
• Tem o lado do extrato e o lado do rafinado.
• Marca o ponto F. Marca o ponto da composição de S. Acha o
ponto M pelo balanço. Acha a linha de amarração que passa
por R e E, e pelo ponto M.
• Acha o rafinado de um lado, e o extrato do outro.
• Lê direto a composição.
• Lê a composição do rafinado. A fração mássica de glicol. A
fração mássica de furfural. E a fração mássica de água vai ser
1 menos a soma dessas duas frações.
• A mesma coisa pra composição do extrato.
• As curvas de equilíbrio não vão servir pra fazer
análise da extração. Eles servem pra extrapolar
linhas de amarração.
• Se marcou o ponto M e não sabe qual a linha de
amarração que passa por eles, constrói a curva de
equilíbrio (lembrando que cada ponto da curva de
equilíbrio representa uma linha de amarração no
diagrama ternário, seja ele equilátero ou
retângulo), e pode, com os dados experimentais,
montar alguns pontos, pode fazer a modelagem
usando um polinômio de interpolação ou a
modelagem termodinâmica rigorosa a partir de
modelo de G de excesso nas duas fases, extrapola,
e vai fazendo as linhas de amarração de modo a
passar pelo ponto M, que é o ponto de mistura.
• É um diagrama retângulo, mas em vez de trabalhar
com fração mássica, trabalha com razão mássica.
Mol de furfural por mol isento de furfural no
extrato versus mol de glicol em base isenta de
furfural no rafinado.
• Monta o diagrama.
• Marca o ponto de mistura e vai atrás da linha de
amarração que passa pelo ponto M
• Na extração líquido-liquido, é promovido, forçado, o
contato para dispersar uma fase na outra. Nesse contato
forçado, durante o tempo de residência ocorre a
transferência de massa entre as fases. Depois que dá um
tempo de residência suficiente pra que toda a
transferência de massa ocorra e o seio das misturas
líquidas esteja com a mesma concentração da
concentração de interface (ou seja, interrompe a
transferência de massa) leva essa mistura heterogênea
para uma etapa de sedimentação, onde a fase mais leve
(a menos densa) sai por transbordo, ou sai por cima (no
caso de uma coluna), e a fase pesada (fase mais densa)
sai no fundo ou sai pelo dreno de um tanque de
decantação.
• A fase rica de carreador é chamada de fase rafinada.
• A separação se baseia na diferença de solubilidade do
soluto entre o carreador e o solvente.
Exemplo de aplicação industrial
• Quando se quer obter o ácido acético glacial, que é o ácido acético quase puro, fica muito
difícil conseguir concentrar por destilação quando chega em concentrações de
aproximadamente 50% de ácido acético.
• Então promove uma extração líquido-líquido.
• Tem uma corrente com um pouco de ácido acético e muita água, e usa como solvente o
acetato de etila. Passa numa coluna de extração.
• A fase rica em água carreou um pouco de acetato de etila (o que é indesejável), e ainda tem
um pouquinho de ácido acético.
• A fase rica no solvente (acetato de etila) carrega um pouquinho de água, um pouquinho do
carreador (o que é indesejável). Conseguiu remover quase todo o ácido acético presente na
corrente. Essa corrente vai pra uma coluna de destilação.
• O fundo vai pra uma coluna de destilação. No fundo da coluna de destilação de baixo, tem
água, que vai pro sistema e lavagem de água, e o topo é rico em acetato de etila. Joga essa
fase líquida em um decantador da coluna de cima, e a fase rica em ácido acético entra como
razão de refluxo da coluna de topo, e, parte dela, junto com o make up de acetato de etila,
vem e retorna pra coluna de extração líquido-líquido com um pouquinho de água.
• Essa coluna de cima trata aqui pra remover o ácido acético glacial (que é o produto dessa
corrente). No topo da coluna de cima sai a fase rica em acetato de etila, pra recuperação do
solvente, com um pouquinho de água, que vem aqui do decantador.
• Trabalha só com um pequeno make up de acetato de etila em circuito fechado.
• A água, aqui com um pouquinho de contaminação, que vai pra uma estação de tratamento de
água.
Exemplo de aplicação industrial
• Usa extração líquido-líquido acoplada à destilação
pra atingir o produto e ao mesmo tempo tá
recuperando o solvente por destilação.
• A recuperação do solvente da extração líquido-
líquido por destilação, operando junto.
• “O fato de existirem perdas de solvente no processo representa problemas de impacto
ambiental“ porque o solvente sai pra aquela água de descarte, e aí tem que levar pra estação
de tratamento de água.
• O tempo todo tem que ter um inventário de solvente pra poder recuperar aquilo que perdeu
lá no resíduo aquoso.
• A extração líquido-líquido só vai fazer sentido quando a destilação for inviável.
• A destilação é inviável quando cai, por exemplo, num azeótropo, ou quando tem que usar
mais de 100 estágios de equilíbrio na destilação, e a destilação começa a ficar muito cara, e a
segunda opção tecnológica é a extração líquido-líquido. Outro caso muito comum em que se
opta por extração líquido-líquido é quando um dos produto de fundo não aguenta a
temperatura do refervedor de uma possível coluna de destilação (ele é termolábil).
• Quando tem soluções inorgânicas (óxidos, por exemplo) a destilação não é uma boa porque
não são voláteis, e à medida que eles forem concentrando eles podem precipitar na coluna de
destilação, entupindo o recheio, ou o prato. Por isso, toda vez tem materiais que são
insolúveis, tem que pensar se não vai atingir o limite de solubilidade da coluna de destilação.
De repente é mais interessante usar uma extração líquido-líquido.
• A extração líquido-líquido é interessante quando se quer remover um componente que está à
infinita diluição, porque aí não precisa usar tanto solvente. É mais barato usar solvente e
recuperar o solvente (porque vai usar pouco solvente) do que pensar em um refervedor e
gastos com utilidade quente.
• (c) Pra poder vaporizar teria um gasto muito elevado de calor. Normalmente produto de alta
massa molar – tem baixa pressão de vapor.
• Esses produtos de alta massa molar normalmente são termo-sensíveis, então podem se
decompor.
• Ou separação de líquidos com pontos de ebulição próximos, que é o caso de ácido acético e
água. Eles têm ponto de ebulição próximo, e aí teria que ter muitos estágios de equilíbrio em
destilação. Por isso se sugeriu usar primeiro a extração líquido-líquido e usar destilação pra
recuperar o solvente e pra concentrar ainda mais o ácido acético (mas aí já removeu parte da
água). Por destilação faz só o refinamento daquilo que a extração não conseguiu.
Seleção do solvente
• Tem a carga, que tá com um certo soluto, que se quer tirar.
• Ter alta solubilidade pelo soluto: pelo fator de extração, ter alta solubilidade é ter uma
constante de equilíbrio alta. Pra uma mesma separação, ter uma constante de
equilíbrio alta permite trabalhar com vazões de solvente menores. Se escolhe um
solvente que tem um K elevado em relação ao soluto, pode trabalhar com razões S/F
menores. Então o custo de recuperação do solvente vai ser menor, os equipamentos
vão ser menores e assim por diante.
• Apresentar baixa ou nenhuma solubilidade, nas condições de operação, para os outros
componentes: Pra evitar as perdas de solvente pro carreador e perda de carreador para
o extrato.
• Em extração líquido-líquido, diferente de absorção, ou destilação, a tensão superficial é
um parâmetro importantíssimo pro projeto. Primeiro: a tensão superficial entre os dois
líquidos é importante porque ela não pode ser nem alta demais (porque se ela for
muito alta não consegue fazer gotas pequenas, aí tem baixa área de troca), mas
também se ela for baixa acaba fazendo gotículas muito pequenas, e na decantação vai
ter dificuldade depois de, usando só a gravidade, separar as duas fases. Além disso, a
fase contínua tem que ter uma boa molhabilidade pelo recheio (se for uma coluna de
recheio) ou pelos impelidores (se for coluna agitada), pra ter uma boa distribuição das
gotas, um coalescimento rápido. E tem que evitar a presença de surfactantes, porque a
presença de surfactantes estabiliza as gotas e depois tem uma baita dificuldade pra
desestabilizar.
• O solvente tem que ser estável, na temperatura e pressão de operação, pra evitar que
ele se decomponha, e tenha menos gasto de make up.
Seleção do solvente
• Apresentar volatilidade bem diferente do soluto, porque vai extrair o
soluto na extração líquido-líquido. Depois, o desejável é separar o
soluto do solvente (recuperar o solvente) em uma coluna de
destilação. Se a volatilidade deles for bem diferente, a coluna de
destilação vai precisar ser muito grande pra promover a separação
entre soluto e solvente durante o processo de recuperação.
• Não ser corrosivo porque aí pode trabalhar com materiais metálicos,
porque são colunas mais resistentes, e evitar desgaste do
equipamento ou do recheio. Ao mesmo tempo, tem que ter baixa
tensão superficial pra ter um bom molhamento dos internos pela
fase contínua.
• Apresentar densidade o mais diferente possível da outra fase, pra
poder ter uma separação rápida no decantador, e aí os tempos de
residência no decantador serem menores, e os equipamentos serem
menores durante a decantação.
• Ser pouco viscoso, porque aí diminuem os custos de bombeamento,
porque as quedas de pressão vão ser menores ao longo da coluna.
Não ser tóxico, nem inflamável, pra aumentar a segurança da
operação. E a viscosidade vai influenciar também o coeficiente de
difusão. Sendo menos viscoso, vai ter K de transferência de massa
entre fases maiores, e taxas de transferência de massa maiores.
• O coeficiente de partição, ou a constante de equilíbrio,
é definida pela razão entre a composição do
componente B (o soluto é B) no extrato e a composição
do componente B no rafinado. Se quiser modelar, é só
modelar o gama de B no rafinado e o gama de B no
extrato. Aí pode ter uma previsão do valor da constante
de equilíbrio.
• Se tá na etapa de selecionar o solvente, seria
interessante usar esses modelos de gama pra poder
fazer essas previsões de K.
• Quanto maior KB, maior vai ser a composição do soluto
no extrato pra uma dada composição de soluto no
rafinado, e maior vai ser o favorecimento da fase
extrato: maior a afinidade do solvente pelo soluto, que
é o que interessa.
• Precisa olhar também a seletividade, porque não se
quer ter perdas do carreador para o solvente. Então
calcula a constante de equilíbrio pro soluto, calcula a
constante de equilíbrio pro carreador e a seletividade
(beta) é a razão entre constante de equilíbrio pro soluto
e a constante de equilíbrio pro carreador.
• Quanto maior a seletividade, significa que tem um
solvente que absorve bem o B e absorve pouco o A,
que é o solvente ideal.
• A capacidade é a própria vazão do solvente necessária
pra uma determinada meta.
• Quanto menor a quantidade, mais barato vai ser o
projeto. Quanto menor for S pra atingir uma meta, tem
equipamentos menores (menor custo fixo) e custo de
operação menor.
• Lenta porque tem duas fases líquidas. Então as
resistências são maiores. Então tem que compensar
isso com maior agitação, e com maior área. É por
isso que normalmente, os equipamentos
preferíveis, no caso, são equipamentos agitados.
• Duas fases líquidas, quando agitadas vai ter uma
fase dispersa caminhando numa fase contínua.
• A fase que envolve as gotículas é a fase contínua
que é a fase externa das gotículas.
Misturador-decantador
• Projeto depende de projetar o tempo de residência, definir o tipo de impelidor
e o volume pra garantir o tempo de residência pra uma certa vazão de solvente
e vazão de mistura a ser tratada.
• Tem o tempo de residência, e depois encaminha isso pra um decantador, que vai
ter um tamanho suficiente pra que as velocidades sejam baixas, pra que não
haja turbulência, pra promover a separação das fases por diferença de
densidade, pela aplicação do campo gravitacional. A fase leve sai por transbordo
e a fase pesada sai por dreno.
• Não atinge 100% da composição de equilíbrio porque, durante o tempo na
decantação, enquanto as fases estão passando uma pela outra, acaba
completando o que faltava pra atingir 100% do equilíbrio. Então pode reduzir o
tempo de residência da agitação, mas praticamente 80% a 90% da transferência
de massa vai ocorrer durante o tempo de residência no misturador. Deixa só o
refinamento pra que haja durante o tempo de sedimentação.
• Pode ter múltiplos estágios. Joga no primeiro misturador a carga que se quer
tratar, e no último misturador joga o solvente. O solvente fresco vai se contactar
com o rafinado do penúltimo estágio, enquanto a corrente que se quer tratar vai
entrar com o extrato do segundo estágio. As contactações sempre são feitas no
misturador, e as remoções sempre feitas no decantador de cada estágio.
Colunas verticais: colunas de spray
• Muito parecidas com as colunas que se pulveriza o líquido e o
vapor em absorção. Só que aqui vai ter uma vazão de líquido, a fase
pesada tá entrando por cima pra fazer a fase contínua, e aí
pulveriza por baixo a fase leve. Ou o contrário: entra com a fase
leve por baixo formando o contínuo e pulveriza a fase pesada a
partir de um distribuidor de líquido.
• Desvantagens:
• As gotas na fase dispersa não ficam bem distribuídas ao longo do caminhar.
Tem má distribuição de gotas ao longo do eixo axial. No meio fica com
pouca gota. Essa má distribuição axial leva a uma baixa taxa de transferência
• Perda de carga grande, tem que ter uma bomba, um gasto energético pra
dispersar essas gotículas aqui dentro.
• Essas colunas são pensadas pra casos especiais em que são
requeridos apenas um ou dois estágios pra atingir uma meta.
• Escolhe o solvente. Tem uma carga. Faz uma análise do número de
estágios de equilíbrio da separação. Se o número de estágios cair
em um ou dois estágios, pode pensar em uma coluna desse tipo.
Colunas verticais: colunas de
recheio
• Quando comparadas às colunas de spray,
melhoram um pouco a distribuição axial. Mas elas
só vão ser úteis quando as viscosidades for baixa. E
a diferença de densidades for muito alta entre e
fase pesada e a fase dispersa, a fase leve.
• É necessário que o material do recheio seja tal que
fique bem molhado com a fase contínua.
• Só se vai pensar nesse tipo de coluna quando um
ou dois estágios forem requeridos.
Colunas verticais: colunas de pratos
• Tem uma boa distribuição, tanto axial quanto
distribuição de bolhas. A fase contínua vai
descendo dos pratos pelo downcomer, e a fase
dispersa (mais leve) é pressionada a passar pelos
furos de cada prato. Aí vai ter um espaçamento
entre pratos. Vai dar tempo pra separação de fases.
Tem uma região de descanso pra separação de
fases.
• Tem que ter uma bomba pra cada estágio.
• Colunas super complexas.
• A contactação mais efetiva nas torres verticais é
próximo aos dispersores, enquanto nas colunas
agitadas tem uma boa dispersão ao longo de toda a
coluna.
Tem
diferentes
tipos de
impelidor.
Tem vários
tipos de
coluna,
tanto
rotativa
quanto
pulsada.
Extratores centrífugos
• Vantagem: tudo (tanto a transferência de massa quanto a
separação) ocorre dentro do campo centrífugo.
• Entra com a fase leve pela periferia, a fase pesada entra pelo
centro, roda e a fase mais densa é empurrada pra periferia e
a fase leve é empurrada pro centro, por exclusão.
• À medida que uma fase vai cruzando a outra tá tendo a
transferência de massa.
• Como a força centrífuga promove grandes vazões, entra e sai
o tempo todo, e promove contato usando espaço reduzido
de planta.
• Problema: custo. Equipamento que tem consumo de
energia, porque tem partes móveis bem pesadas, então o
motor consome muita energia.
• Agora o A vai ser o soluto, C o carreador e o B vai ser o
solvente.
• Quando a seletividade é alta, significa que o KC é pequeno,
então o líquido carreador é pouco solúvel no solvente.
• Diagrama ternário de primeiro tipo: Soluto A é solúvel tanto
no solvente quanto no carreador em toda a faixa de
composição, e tem uma região aqui, a binodal, dentro da
binodal tem as regiões de duas fases. Nesse eixo aqui vê as
composições onde o carreador e o solvente são insolúveis.
Esse é um bom solvente pra esse sistema.
• Diagrama de tipo 2: o soluto é totalmente solúvel no
carreador, mas é parcialmente solúvel no solvente. Então
tem uma região, mesmo pra mistura binária, onde o soluto
não é solúvel no solvente. Uma região que não interessa.
• Na maior parte das vezes serão selecionados solventes que
permita trabalhar em diagramas do tipo 1.
Tipo 1 Tipo 2
• O efeito da pressão numa extração líquido-líquido é
negligenciável, porque se está trabalhando em fase líquida,
líquido é incompressível.
• O efeito da temperatura é importante.
• É o mesmo sistema.
• O gráfico que está à maior temperatura é o (b), porque tem
uma região maior de uma única fase. Quanto maior a
temperatura, maior a miscibilidade dos componentes.
• Analisando de forma diferente (se fosse o mesmo A e o
mesmo carreador, e solventes diferentes), pro solvente da
figura (a) tem uma faixa maior de composições que podem ser
tratadas com esse solvente. Porque tem uma região maior de
duas fases. E precisa ter duas fases pra separar. Trabalhando
com o solvente da figura (b), todas essas composições
(segmento AF) de alimentação não se consegue separar.
Porque se ligar S até F, essa linha não cruza a binodal. Não
cruza a região de duas fases. Então só pode tratar com esse
solvente cargas com composições aqui mais pra baixo.
• Pro mesmo solvente, analisar a temperatura apropriada.
Sempre se tenta trabalhar próximo à temperatura ambiente.
Método Hunter-Nash: Triângulos
equiláteros
• Pode ser aplicado pra diagrama de equilíbrio tanto do tipo 1 quanto do tipo 2.
• Ainda não foi decidido o equipamento que será usado. Esse método só é útil pra
definir o número de estágios de equilíbrio necessários.
• Cada caixinha dessa representa um estágio de equilíbrio. De forma geral, tem o
estágio 1 até o estágio N.
• Esse sistema tá trabalhando em contracorrente.
• A alimentação entra no estágio 1.
• Começar a numerar a partir do estágio 1, que é aquele em que entra a carga.
• Entra com solvente do outro lado, no outro extremo, no estágio enésimo.
• No esquema, esse pontilhado representa que tem vários estágios até chegar no
estágio intermediário n, e depois tem vários estágios até chegar no penúltimo
estágio, N-1, e no último estágio, N.
• Tem uma carga que se quer tratar por extração líquido-líquido, e já passou pela
seleção do solvente.
• Nesse momento, tem vazão F, e composição F. Já foi escolhido qual solvente será
usado. E tem uma meta pro rafinado.
Método Hunter-Nash: Triângulos
equiláteros
• Considerar um contactor contínuo de N estágios operando
isotermicamente. Assume-se que o calor envolvido nas trocas é
praticamente negligenciável.
• E praticamente isobárica também. Menos colunas muito altas,
que vai ter uma diferença na altura de líquido. Fora isso, não vai
ter grandes variações de pressão ao longo da coluna.
• Considerar isotérmica e isobárica permite trabalhar sempre com
um único triângulo. No caso de misturas ternárias, o diagrama de
equilíbrio à mesma T e mesma P. Pressão influencia pouco (fase
líquida).
• A primeira etapa é verificar que esse sistema opera em contra-
corrente.
• Normalmente são operações em regime permanente.
• Solvente entrando no estágio de saída do rafinado final do
processo.
Método Hunter-Nash: Triângulos
equiláteros
• Processo co-corrente: seria alimentar a alimentação e o solvente no mesmo estágio.
• Corrente cruzada: entra com a alimentação no estágio 1 e, em cada estágio, entra
com o solvente fresco.
• A operação mais comum é a contracorrente.
• Em cada estágio, as correntes que abandonam o estágio levam o número do estágio.
Quem sai do estágio 1 é o extrato E1 e o rafinado R1. Quem sai do estágio 2 é o
extrato E2 e o rafinado R2. Quem sai do estágio n é o extrato En e o rafinado Rn, e
assim por diante. O último estágio vai ter o extrato EN e o rafinado RN.
• Quando tem duas correntes entre os estágios, são as correntes que se cruzam. O F
cruza com E1, R1 cruza com E2, R2 cruza com E3, pontinho pontinho pontinho, o Rn-1
cruza com En, En+1 cruza com Rn, pontinho pontinho pontinho, até finalmente, o EN
cruza com RN-1, e RN cruza com o solvente fresco.
• Como se trata de estágios em equilíbrio, sempre correntes que levam o mesmo
número estarão em equilíbrio termodinâmico. Então essas composições vão estar
dispostas em uma curva de equilíbrio, e as composições dessas correntes vão estar
ligadas por linhas de amarração.
• As correntes que se cruzam vão estar ligadas por linhas de operação.
• Uma linha de operação vai ligar composições de correntes que se cruzam e uma
linha de amarração vai ligar composições em equilíbrio.
• Quando uma coluna de extração líquido-líquido é
adiabática, o número de graus de liberdade vai ser N+ 2C
+ 5. Provavelmente N vai ser a especificação da pressão
em cada estágio. Nesse caso, considera-se a mesma,
porque no projeto se assume isobárica. Tem que
especificar 2C+5 variáveis pra ter toda a descrição,
conhecer a composição em cada região, em cada ponto,
conhecer as vazões e todas as variáveis do processo.
• C+2 variáveis são as composições, a temperatura, a
pressão, e a vazão da carga que se quer tratar. É
conhecido tudo sobre a carga.
• Da corrente do agente de separação mássico (solvente)
se sabe a temperatura, a pressão e a composição.
• O que não se sabe ainda é a vazão.
• Tem a vazão F, a composição F, a temperatura e pressão de F. Tem a
composição e temperatura da entrada de solvente, etc. Então sobram
duas variáveis apenas.
• Tem 2C+3 variáveis especificadas. Faltam duas variáveis pra especificar.
• O projeto mais comum é fixar a vazão de solvente e uma especificação
(uma meta, seja na forma de pureza, seja uma recuperação) pro rafinado.
Esse é o projeto mais comum porque se quer tratar exatamente essa
corrente.
• Em alguns casos, tem a vazão F e uma especificação pro extrato.
• Mais raro ainda é ter projetos com especificação tanto pro extrato quanto
pro rafinado. Aí não pode ficar o S. O S vai ter que vir no balanço.
• Os problemas a, b e c levam ao cálculo de N, e é possível fazer
diretamente pelo método gráfico.
• Nos problemas d, e e f o N foi fixado. Coluna ou processo existente. Vai
fixar mais uma variável pra obter o resto.
• Depois de obter uma estimativa pro N a partir do método gráfico, vai ter
que ir pro simulador, e mesmo após o simulador a insegurança do projeto
ainda é muito alta, porque não tem modelos tão bons assim pra fase
líquida.
• Os estágios, principalmente em coluna de extração líquido-líquido, não
são os estágios de equilíbrio. Fica muito difícil prever uma eficiência. Então
normalmente requer uma planta piloto.
• Assim como pra um único estágio, tendo a composição S e a
composição de F é possível marcar esses dois pontos no gráfico. Se
conhecer a vazão S, consegue calcular o ponto M, que é o ponto
de mistura. Se tem uma especificação pra RN (RN é uma
composição de saída de um estágio de equilíbrio, então é um
ponto de equilíbrio, então basta ter a informação da composição
de RN pra um componente, porque como RN obrigatoriamente vai
ter que estar sobre a binodal (ela é uma corrente de equilíbrio),
basta ter a composição de um componente. Então especifica a
composição do soluto (etileno glicol), marca a especificação e vai
até cruzar a binodal pelo lado do rafinado. Lembrando que o plait
point divide a binodal: tem uma parte da curva que é rica em
solvente e a parte rica no carreador.
• Se ligar RN ao ponto M, e depois extrapolar até bater do outro
lado, vai ter E1. Mas E1 é a saída do extrato dado no processo. Não
está em equilíbrio com RN. A linha que liga E1 a RN não coincide
com uma linha de amarração. Ela não é uma linha de amarração. E
não é uma linha de operação, porque elas não se cruzam. Ela só
ajuda a localizar E1.
• Tendo a vazão S, acha o ponto M (igualzinho pra um único estágio),
e a especificação de RN, liga RN a M, extrapola o lado da binodal do
extrato e acha o E1.
• O primeiro passo é fazer uma envoltória sobre todo o processo. Pega uma envoltória e
faz um balanço global no processo como um todo.
• Nesse primeiro exemplo, já especificou a vazão do solvente. Tem a vazão da carga.
Sempre vai ter a composição da carga e a composição do solvente, porque são correntes
de entrada, então conhece.
• A vazão do solvente (agente de separação mássico) é um detalhamento de projeto.
• Como achar o ponto M? Escolhendo um dos componentes pra fazer o balanço por
componente nessa envoltória completa.
• Se tem a composição F, marca o ponto F. Se tem a composição S, marca o ponto S.
Primeiro passo: marca esses dois pontos. Mesmo quando não conhece a vazão de S,
sabe a composição de S, porque se sabe de onde é tirado o agente de separação
mássico. Como o diagrama tem informação só de propriedades intensivas (foi construído
numa T e P, e aqui é só composição), pode marcar o ponto S e o ponto F mesmo sem
conhecer a vazão S.
• Aí liga esses pontos por uma reta. O ponto M obrigatoriamente tá sobre essa reta. Basta
conhecer uma composição do ponto de mistura, pra um dos componentes, que localiza
dentro do gráfico.
• Escolhe qual é o componente que vai fazer e fica: F vezes composição da carga pra esse
componente mais S vezes a composição na entrada do agente de separação mássico,
dividido por M. Mas quem é M? M é F+S. Aí acha a composição. No caso, fez com o
solvente.
• A composição é lida através das paralelas ao lado oposto ao vértice onde ele está. Tem
um pouquinho menos que 30%. O valor aqui deu um pouquinho abaixo de 0,3.
• Uma vez marcado pode, se quiser, ler a composição do glicol no ponto M e a composição
da água no ponto M. Do glicol é só pegar uma paralela ao lado de baixo e pra água tira a
paralela ao lado oposto ao vértice.
• Tem especificada a meta de projeto. A meta de projeto
pro RN pro soluto é 0,025. Marca aqui 2,5 e tira uma
paralela aqui embaixo até cortar o lado do rafinado,
então acha o RN.
• Liga o RN até o ponto M e extrapola pra achar o E1. Aí
acha o ponto E1.
• Uma vez conhecida a vazão de solvente, consegue
marcar no gráfico o S, o F, o RN, que é especificado,
acha o ponto M, e ligando RN ao ponto M,
extrapolando até a binodal pro lado do extrato acha o
E1.
• Lê a composição do extrato, e a composição do
rafinado.
• Já tem as composições de saída. Só com o balanço global já
achou as vazões e as composições de saída do equipamento.
Mas não dimensionou o equipamento.
• O balanço global permite saber saídas e entradas, mas não
permite dimensionar o número de estágios de equilíbrio.
• Pode achar as vazões.
• Escolhe um componente, faz o balanço por componente,
lembrando que M (ponto de mistura) também a soma das
correntes de saída, então M menos F+S é igual a E1 + RN.
• Já que já conhece o xA(M), M (que é F+S) xA(M) vai ser igual à
vazão E1 vezes a composição em E1 (a composição já tem),
mais RN, que é a vazão de saída do rafinado, vezes a
composição do rafinado. Resolvendo o sisteminha, acha E1 e
acha o RN. Pelo balanço global.
• Agora falta só dimensionar quantos estágios de equilíbrio são
necessários.
• Fez a subtração de correntes que se cruzam. F e E1
são correntes que se cruzam. RN e S são correntes
que se cruzam.
• P: ponto de diferença
• Agora vai pegar outra envoltória cortando nesse
estágio intermediário n, e via fazer o balanço
global. F, mais En+1, que entra na envoltória, tem
que ser igual a Rn mais E1, que estão saindo da
envoltória.
• F menos E1 é o ponto P. Então Rn –En+1 também é.
Mas aqui é uma corrente que se cruza interna.
Então o ponto P também é o ponto de diferença
pra correntes que se cruzam no interior.
• Pegar uma envoltória só no prato n. Vai ficar Rn +
En, que são as correntes de saída, têm que ser igual
a Rn-1 (corrente de entrada nele) mais En+1, que é
corrente de entrada.
• A composição Rn, P e En+1 têm que estar alinhados
numa reta. E mais: P realmente é um ponto de
diferença pra todas as correntes que se cruzam. Se
fizer isso estágio por estágio, a diferença entre
todas as correntes que se cruzam vai dar P.
• Assim como o ponto de mistura tava alinhado às
composições que davam origem a ele, o Rn é uma
mistura do ponto P com En+1. Então isso vale pra
todas as correntes que se cruzam. Então pode dizer
que a composição Rn, P e En+1 tem que estar
alinhados em uma única reta.
• Definiu T e P. Foi pro laboratório de Termo Exp,
construiu a binodal a partir de dados experimentais
de equilíbrio líquido-líquido, construiu a binodal no
diagrama triângulo equilátero. Pega na informação
do projeto a composição da carga. Essa carga tá
isenta de solvente, porque a carga está localizada
exatamente na aresta ortogonal a S. A carga tá com
aproximadamente vinte e poucos por cento de
soluto, e setenta e poucos por cento de água.
• Localizou o ponto S. Se marcou o ponto S no
vértice, significa que o solvente tá entrando puro.
Esse ponto no vértice é o componente puro.
• Marcou esses dois.
• Aí marca o ponto RN, que é conhecido. Liga S a F.
Acha o ponto de mistura. Depois liga RN até o ponto
de mistura e acha E1.
• Liga as composições das correntes que se cruzam.
• F cruza com E1. Liga e extrapola.
• S cruza com RN. Liga esses dois.
• A curva verde e a curva vermelha ligam
composições de correntes que se cruzam, então
são linhas de operação. A linha vermelha é uma
linha de operação e a linha verde é uma linha de
operação. Elas se encontram no ponto P, que é o de
diferença.
• Começa por E1. R1 está com equilíbrio com E1.
Então vai pegar a linha de amarração que passa por
E1.
• Ligou os dois. Achou o ponto P. Pega a linha de
amarração que passa por E1.
• Quando essa linha de amarração cruza a binodal
embaixo da binodal ao lado do rafinado, encontra
R1. Achou a composição de R1.
• Aí pega o ponto P. Todas as linhas de operação têm
que passar pelo ponto P. Liga o ponto P até R1.
• Extrapola essa linha até bater a binodal outro lado.
Quem cruza com R1 é E2, então E2 tem que estar na
mesma linha de operação que R1. Achou E2.
• Aí vai e pega a linha de amarração pra achar quem
tá em equilíbrio com E2. Quem tá em equilíbrio
com E2 é R2. Então acha R2.
• Que cruza com R2 é E3. Então, pra achar E3, pega o
ponto P, vai até R2 e extrapola até bater na binodal
do outro lado. E acha E3.
• Tira mais uma linha de amarração em E3.
• Por acaso coincidiu em RN. Aí para.
• Para quando coincide com RN, que é especificado,
ou encontra um valor um pouquinho abaixo de RN.
• O número de estágios de equilíbrio é o número de
linhas de amarração.
• Precisou de 3 linhas azuis. Então, pra esse processo,
precisa de 3 estágios de equilíbrio.
• Uma das etapas do projeto é definir qual é a vazão do agente de separação mássico.
• A vazão de solvente tem que ser maior do que a vazão mínima.
• O significado físico da vazão mínima é: a vazão onde se encontra um pinch no processo. Ou
seja, correntes que se cruzam estão em equilíbrio termodinâmico.
• Tem um pinch toda vez que uma linha de operação coincidir com uma linha de amarração.
• Conhece S e conhece RN. Então essa linha vermelha é uma linha de operação.
• Como não tem S ainda definido, não consegue achar E1, então não consegue achar a outra
linha de operação pra achar o ponto P de processo.
• Pode escolher qualquer uma dessas linhas de amarração que vai dar o pinch. Se pegar uma
linha de amarração e falar que o ponto P tá dentro, vai dar um pinch.
• Qual linha de amarração usar pra achar o P mínimo, ou P do pinch?
• A linha de amarração pra achar o P do pinch é a linha que vai levar ao ponto P. Mas nesse
caso, as linhas de amarração estão todas inclinadas crescendo em direção ao lado rico em
extrato. Que é o mais comum, porque significa que o solvente e favorável.
• Se fizer extrapolação de linhas de amarração vão cair pro lado direito, vão cair pro lado onde
tá o vértice do carreador.
• Então vai ser escolhida a linha de amarração que leva ao ponto P mais afastado possível do
vértice do ponto C.
• Essa inclinação vai cair aqui antes. Então essa linha de
amarração é a escolhida. Ela é a linha de amarração
que afasta o máximo possível o P mínimo, o P do pinch,
do vértice do carreador.
• Pega as linhas de amarração que já estão escritas,
extrapola uma ou duas e vê a tendência que montou.
• Rigorosamente, deveria ser escolhida a linha que afasta
o máximo possível.
• Esse vai ser o P mínimo. Pega esse P mínimo, liga
até o F e acha o E1 mínimo.
• Com E1 mínimo, liga RN até o E1 mínimo, liga S até F
e tem o ponto de mistura, o ponto M. Mas esse não
é o ponto de mistura real. Esse é um ponto de
mistura na condição de pinch.
• Se tá pegando o P mínimo tá achando o E1 mínimo,
e esse vai ser o ponto de mistura do pinch.
• Deu 18%.
• Por esse balanço, acha a razão, ou acha o S mínimo, a
razão mínima.
• No pinch, usando o S mínimo, essa razão deu algo em
torno de 0,3.
• O quanto usar? O S de operação vai ter que estar
entre o ponto de mínimo, que foi o que foi encontrado
(0,3), mas também vai ter que definir qual é a vazão
máxima de solvente.
• Pensando na regra da alavanca, quanto mais
aumentar a vazão de solvente, mais esse ponto de
mistura vai caminhando em direção ao solvente.
• Pra essa vazão de solvente o ponto de mistura já caiu em cima da
binodal. Se aumentar mais ainda, vai cair fora da binodal. Significa que se
aumentar mais ainda a vazão de solvente, não cai na região bifásica.
Então, a vazão pra esse ponto de mistura é a vazão máxima.
• Então o S de operação tem que estar entre o S mínimo e o S máximo. E
esse é o conceito de S máximo. É aquele que garante o ponto de mistura
dentro da binodal.
• A heurística é pegar o S mínimo e multiplicar por 1,5. Aí verifica se esse
valor tá abaixo do S máximo. Se estiver abaixo do S máximo, beleza. Se
estiver acima do S máximo, revê a heurística e multiplica o S mínimo por
1,4, 1,3 e assim por diante.
• Pega a linha de amarração que leva ao ponto P mais afastado do vértice
C, acha o P mínimo. Liga P mínimo a F e acha o E1 mínimo. Cruza a linha S
F R E1 mínimo e acha o ponto de mistura mínimo. Lê a composição de
um dos componentes nesse M mínimo e aí por balanço acha a razão S
mínimo sobre F. Multiplica por 1,5. Vê o número que deu.
• Verifica se, multiplicando por 1,5, o S deu menor que o S máximo. O S
máximo é o S no limite onde o ponto de mistura está na região bifásica,
ou seja, dentro da região circundada pela binodal. Se estiver, segue o
projeto. Se cair fora (o S for maior que o S máximo) reduz a heurística de
modo a cair dentro da binodal.
• É raro, mas pode acontecer de as linhas de
amarração caminharem pro lado que tá o vértice
do solvente. É praticamente a mesma heurística,
mas a linha de amarração escolhida será a linha de
amarração que leva o ponto de pinch (P do pinch)
mais próximo possível do S.
• Se for do lado do carreador, mais afastado. Se as
linhas de amarração estiverem caminhando em
direção ao solvente, a linha de amarração pra achar
o P do pinch escolhida será a que leva ao P do
pinch mais próximo do vértice S.
• Cada ponto da binodal pode levar pro triângulo
retângulo, onde na ordenada bota a composição de
um dos componentes, por exemplo a composição
do carreador, ou a composição do solvente, e
normalmente na abcissa bota a composição do
soluto. Mais comum é botar composição do
solvente, composição do soluto, e a composição do
carreador sai por diferença.
• Aí constrói a binodal no triângulo retângulo.
Exemplo
• De vez em quando, no triângulo retângulo,
aparecem as linhas onde a concentração do
carreador é constante.
• A’ e A’’ são linhas de amarração que são, por
exemplo, a saída de alguém do processo.
• Começou a numerar ao contrário. Começa a numerar da
entrada do solvente e a entrada da carga chamou de prato n.
• A corrente extrato as vazões vão ser V, e as composições vão
ser y. O rafinado vai ser L e as composições x.
• Tem uma carga. A vazão de alimentação é 180, numa base
qualquer. Deu a vazão de solvente. A vazão de solvente é 100.
• O solvente entra puro. A carga não entra isenta de solvente,
porque o xn+1 tá em cima da binodal. Então a carga já tá
entrando saturada, já entra numa condição de saturação. Se
ela estivesse isenta, ela teria que estar aqui embaixo. Aqui
tem fração mássica de furfural, fração mássica de glicol. Todos
os pontos isentos de solvente teriam que estar ao longo da
abcissa. Não é o caso.
• A primeira coisa que se faz é marcar o ponto da carga e
marcar o ponto do solvente.
• Fazendo o balanço, acha o ponto M, acha a composição do
ponto M.
• Já tem a razão S/F. Aqui é VW, que é a vazão de
solvente (seria o S anterior) e Ln+1 seria o F.
• Achou a razão solvente/carga de 0,556.
• Com isso acha o ponto M direto.
• Já especificou a vazão de solvente, então consegue
achar o ponto M por esse balancinho.
• Tem uma especificação pra Rn. A saída de rafinado é o
xW. Ele está especificado: 0,05.
• 0,05 tá mais ou menos aqui, marca ele aqui.
Lembrando que ele é uma corrente de equilíbrio, então
tem que estar na binodal. Marca aqui o Rn. Aí liga Rn até
o ponto M e extrapola pra achar a composição de saída
do extrato, o yn.
• Achou yn. 34% de glicol.
• Aí liga S até Rn e constrói a primeira reta de
operação. Os pontos P’s têm que estar em algum
lugar nessa reta verde.
• Como já foi encontrada a saída de extrato, que é yn
e sabe-se a composição de alimentação, liga.
• As retas de operação estão quase paralelas. O ponto P tá
indo lá pra infinito quase. Quando as retas de operação
estiverem quase paralelas, basta um ou dois estágios de
equilíbrio pra resolver. Então nem precisa fazer o
método. Pode tentar um ou dois estágios de equilíbrio e
tá ótimo.
• Quando as retas de operação forem quase paralelas,
pode adotar um ou dois estágios de equilíbrio. Não
precisa nem desenvolver o método, porque não vai
achar o ponto P, porque o ponto P tá no infinito.
• É um indicativo de que, com poucos estágios de
equilíbrio, já dá conta de atender a meta de separação.
• A mesma composição da carga. A mesma especificação de
saída pro rafinado. A mesma vazão de solvente. A mesma
composição de solvente. Só que reduziu muito a vazão da
carga. Isso significa que aumentou muito a razão
solvente/carga. Vai precisar de menos estágios de
equilíbrio. Se tá usando uma vazão maior do agente de
separação mássico, significa que em cada estágio vai ter
mais taxa de troca. Porque o bulk vai estar sempre mais
diluído. Vai ter maior força motriz em cada estágio. Então
se aumentou S/F, significa que provavelmente vai precisar
de menos estágios.
• Se, naquele exemplo inicial, precisou de 1 ou 2 estágios,
nesse aqui vai precisar de menos.
• Pra essa razão aqui, o ponto M é o ponto M2, que
foi achado fazendo balanço, achando x pra esse
novo valor de Ln+1. O resto tá tudo igual. Vai achar o
novo xW(M), que é esse ponto M2 que tá aqui.
• Aí liga Rn (que já tem especificado, 0,05, achou o
xW) até o ponto de mistura e acha o novo yn.
• Agora, já tem a composição da carga, liga ao novo
yn e acha o ponto de mistura.
• Agora pode aplicar o método.
• A partir da saída do extrato, pega a linha de
amarração e vai até o lado do rafinado. Essa linha
amarela:
• A primeira linha de amarração já deu uma
composição abaixo da especificação de saída. Ou
seja, pra essa vazão de solvente precisa de menos
do que um estágio. Precisa de uma fração de
estágio. Como já era esperado.
• Caso limite. Precisa de menos de um estágio.
Terceiro caso
• A composição da carga é a mesma. A especificação
de saída de rafinado é a mesma. A vazão e a
composição do solvente são as mesmas. Só que
agora tá trabalhando com muito mais carga. Então
diminuiu muito a razão solvente/carga. Mais do que
uma ordem de grandeza.
• Faz o balanço pra essa nova razão. Acha a
composição do ponto M no caso 3, o M3.
• Liga Rn até M3 e extrapola até a curva do extrato.
Terceiro caso
• Acha aqui yn do caso 3.
• Aí liga E1 até F e acha a outra linha de amarração.
• Vai cair nesse ponto P3.
• Essa linha de operação praticamente coincide com
uma linha de amarração. Esse yn aqui tá
praticamente em equilíbrio com a composição da
carga.
Terceiro caso.
• Nesse caso, achou um P de pinch.
• Se usar essa vazão de solvente, 100 para uma carga de 600 é
uma condição de S mínimo.
• Pra projeto usando triângulo retângulo que não tem
especificada a vazão de solvente é idêntico.
• Se escolhesse uma linha de amarração e essa fosse a linha de
amarração, então P3 vai ser o P de mínimo. Liga o E de mínimo
ao Rn e acha o ponto de mistura mínimo, com o ponto de
mistura mínimo acharia a vazão de solvente mínima, que nesse
caso daria 100. Multiplica isso aqui por 1,5, que daria 150. Com
150, aí sim faz o balanço, acha o ponto de mistura de operação
mesmo, acha o E1 de operação, monta a linha vermelha de
operação, acha o ponto P de operação e vai fazendo o zigue-
zague. Até achar o número de estágios. Até a última linha de
amarração que vá até ou em cima ou abaixo do valor
especificado pro rafinado.
• Quando começa a fazer muita linha, o gráfico ternário fica muito poluído. Fica
complicado.
• Esse gráfico é aquela curva de equilíbrio. Tem a fração mássica de soluto no extrato em
função da fração mássica de soluto no rafinado.
• O que significa cada ponto em cima da curva de equilíbrio? Cada linha de amarração no
gráfico triângulo significa um ponto aqui.
• A linha de amarração liga as composições de extrato e rafinado. Pega a composição do
soluto aqui, pega a composição do soluto aqui e isso vai dar um par ordenado e constrói
essa curva.
• Tem alguns pontos aqui e tem o plait point. Tem o 0,0, tem essa linha de amarração 1,
essa linha de amarração 2.
• Quanto mais pontos (dados experimentais) tiver, melhor vai descrever a curva de
equilíbrio.
• Como construir dentro desse gráfico a curva de operação? Cada linha de operação dá um
ponto nessa curva. Como achar as linhas de operação? Pra não ficar muito poluído o
gráfico, vai fazendo ziguezague com algumas. Quanto mais, melhor definida. Então pega
as composições das correntes que se cruzam (que vão estar na binodal, mas ligadas por
um ponto P).
• Esse é o ponto F de y1. Esse é o ponto S Rn. Vai desenhando algumas linhas de operação, e
as linhas de operação vão virando pontos nessa curva. Ajusta um polinômio interpolador
pra construir a curva toda, ajusta um polinômio interpolador pra definir a curva de
equilíbrio e faz igual o McCabe-Thiele.
• Andar da curva de operação até a curva de equilíbrio. Da curva de equilíbrio até a curva
de operação. E vai fazendo isso.
• Usa essa estratégia quando ficar muito poluído. Pra não ficar confuso o gráfico. Fica mais
limpo. Mas dá trabalho, porque tem que pegar algumas linhas de amarração e interpolar
um polinômio aqui para a curva de equilíbrio. Pegar algumas linhas de operação, que são
aquelas que passam pelo ponto P, e marcar alguns pontos aqui e ajustar o polinômio.
Depois faz o ziguezague.
• Curva de distribuição, ou curva de equilíbrio.
• Extremos: aquela linha de operação que passa na
alimentação, e aquela que passa pela saída de
rafinado.
• Começa pela linha de amarração, e faz como se fosse
McCabe-Thiele. Esse é um truquezinho pra ficar um
pouquinho mais limpo, não ficar tão confuso. Aplicação
do método.
• Essa é a estratégia, pro caso ternário, de obter o numero
de estágios de equilíbrio.
• Só que o projeto tá longe de terminar. Com esse N vai
pro simulador, faz uma série de testes no simulador pra
dimensionar uma piloto. Na piloto vai e tira os outros
parâmetros de scale up.

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