APurasensei
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Agricultura Pura
Editorial
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A agricultura pura é um método simples e lógico de cultivo do solo, baseado na
Lei da Natureza. Foi transmitido a Meishu Sama por revelação Divina.
A primeira vez que o Mestre falou sobre esse assunto foi em 1949 quando expôs
publicamente o princípio básico da agricultura pura ao defender a preservação da
fertilidade natural do solo, condenando a interferência de qualquer tipo de fertilizante
ou inseticida na vitalidade própria da terra, ou seja, na sua energia espiritual que é o
verdadeiro fator determinante do desenvolvimento de todas as plantas.
Os Editores
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Capítulo
I
Ensinamentos
de
Meishu Sama
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I - AGRICULTURA PURA
Para que todos possam entender como se realiza o cultivo sem o uso de
fertilizantes, vou, primeiramente, expor a parte principal da minha teoria no
que concerne ao conceito de solo.
1. O que é Solo ?
Devo, em primeiro lugar, reiterar que é um elemento da Criação Divina
destinado à germinação e desenvolvimento das plantas, tendo em vista a
manutenção da vida do ser humano na face da Terra.
O solo, como obra de Deus, tem uma origem misteriosa e sutil cuja
essência e poder até hoje a ciência materialista não conseguiu atingir.
Por isso, ainda hoje, iludidos pela idéia de que a má colheita provém
exclusivamente da falta de adubos, os agricultores empregam todo tipo de
resíduos animais ou vegetais e também substâncias químicas, tornando o solo
a tal ponto enfraquecido que, atualmente, em várias partes do mundo, não há
terras férteis.
2. Composição e
Capacidade do Solo
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Importa ainda saber que um solo sem contaminação se adapta às
característica das plantas nele cultivadas. Assim, quanto maior número de
vezes se produzir uma única espécie no mesmo lugar, mais apto se torna esse
solo àquela cultura em particular.
Espero que esse conceito fique bem claro em todas as mentes, pois não
se trata de mera teoria. Pela prática, qualquer pessoa ficará maravilhada com
os resultados obtidos. Por essa razão, insisto que a terra deve ser reverenciada
e amada. Não se pode, de forma alguma, acrescentar-lhe substâncias
venenosas que lhe tirem a força vital.
II- FERTILIZANTES E
INSETICIDAS ARTIFICIAIS
Como já disse, o solo puro está repleto de fertilizantes naturais,
resultantes da energia espiritual a qual provém de uma bola de fogo que se
encontra no centro da Terra. Desse ponto, ultrapassando a crosta terrestre,
irradia um calor especial, não-físico, porém extremamente poderoso,
semelhante à Luz do Johrei.
funcionar temporariamente, mas, num futuro próximo, com certeza o solo ficará saturado e o
equilíbrio da natureza, comprometido.
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baixo teor nutritivo porque ficam encoberto pelas próprias folhas
demasiadamente desenvolvidas.
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III - VANTAGENS DA AGRICULTURA PURA
1. Aumento de Lucros
Hoje, acredito que ninguém saiba qual é o verdadeiro sabor, dado pelo
Céu, a cada alimento porque todos são produzidos com fertilizantes orgânicos
ou químicos.
IV - O Poder da Natureza
O mundo invisível está envolto por uma camada de energia impregnada
de intenso poder propulsor da vida de todos os seres.
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V - O Aumento da Luz e Agricultura Pura
À medida que a Era do Dia se aproxima, começa a ser valorizada mais
intensamente a agricultura pura.
Também é notório que, embora não seja tão evidente na matéria, o fogo
espiritual gera um efeito maior que o calor físico, além do fato de ser
transmitido ao mundo material por meio de fios espirituais. É por essa razão
que a temperatura das fazendas e campos pertencentes aos membros apresenta
cerca de dois graus a mais em relação as outras, exatamente por que recebem
as vibrações dos donos. Inclusive, por isso, se obtêm melhores colheitas.
VI - Considerações Finais
É bom ter bem claro que, ao se praticar a agricultura pura num local
anteriormente cultivado com adubos, vão acontecer algumas transformações
necessárias. Assim, durante, dois ou três anos, não haverá resultados
excelentes porque o solo ainda está contaminado pelos agrotóxicos. É tal como
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no caso de um bêbado ou de um fumante que, ao se absterem do vício
repentinamente, ficam, por algum tempo, aturdidos ou perdem o ânimo.
É por isso que, como sempre estou alertando, onde quer que existam
toxinas, vai surgir uma ação purificadora para eliminá-las, seja provocada por
pragas, seja por vírus ou bactérias.
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Capítulo
II
Salmos de Meishu
Sama
sobre Agricultura Pura
(fazer uma pequena introdução sobre os salmos de Meishu Sama)
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Agricultura Pura
Agradecidos
os agricultores derramam lágrimas.
Farturas nas colheitas sem adubos nem pragas!
Como poderá
a ciência inventada pelo homem
entender o mistério da terra criada por Deus?
O homem tentou
orgulhosamente dominar o solo.
Acabou conquistado pela grande natureza.
Para do pobre
cego os olhos abrir, eu irradio
a intensa Luz da sabedoria divina.
Não poderia
jamais ter Deus deixado sem alimentos
o ser humano, fruto do Seu infinito amor.
Grande tolice
buscar o profundo mistério da terra,
através de uma ciência tão superficial!
Enraizado
está no coração dos agricultores,
como uma superstição, o vício do adubo.
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Agricultura Pura
Que ignorância!
O adubo tira a pureza do solo,
inestimável tesouro da vida humana.
Nobre trabalho
do Messias: esclarecer a lógica
da sabedoria divina ao mundo todo!
Chegou agora
o tempo. Vou salvar os agricultores,
homens valorosos, outrora dignificados.
Ato magnífico!
Deus vai purificar as terras do mundo,
totalmente contaminadas pelos venenos.
A causa busquei;
na ignorância encontrei a origem
de todo o sofrimento da humanidade.
Sabedoria
não ter, eis a verdadeira escassez
de alimentos que afeta a vida do povo.
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Agricultura Pura
A medicina,
mesmo parecendo lógica, não cura.
O Johrei, sim, à verdadeira saúde conduz.
Num grandioso
trabalho, representando Deus Supremo
nos três reinos, os espíritos todos salvarei.
O poder de Deus
usando, quero purificar este mundo
envenenado pela toxinas dos adubos.
Até agora
toda a salvação foi efetuada
pela interferência da fraca luz da Lua.
Eu manifesto
a grande força da energia solar.
Deste mundo, as trevas irão desaparecer.
Agricultura Pura
É Vontade de Deus:
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sementes puras num solo purificado;
imensa gratidão por abundantes colheitas.
Quanta tolice:
coração, corpo e solo maculados!
sofrimentos incalculáveis semeados.
Muita tristeza
sinto, cada vez que ouço argumentos
de pequenos insetos de nariz empinado.
Dia a dia,
mais avança a implacável transição,
embora invisível a humanos olhos.
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Capítulo
III
Palestras do
Reverendo Nakahashi
(elaborar pequena introdução)
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Nesse mesmo sentido, enfocando a agricultura pura, percebem-se coisas
bastante interessantes. Os produtos cultivados sem adubos e agrotóxicos, têm muito
mais sabor e aroma. Quando se joga veneno, aumenta a produção, mas os alimentos
perdem o sabor. Parece que estamos comendo palha. Acho que a diferença entre
quantidade e qualidade do alimento é nesse sentido. O alimento que tem sabor é mais
nutritivo.
Vejamos, por exemplo, a culinária japonesa que prima pela beleza e não pela
quantidade. Seus pratos agradam a vista. São bonitos. Isso ocorre porque o Japão,
antigamente, era um país muito pobre com muita escassez de alimentos. Em
decorrência disso, esforçava-se o máximo possível para satisfazer o apetite das
pessoas. Ainda que em pequena quantidade, o alimento é bem preparado e apetitoso.
Os pratos são tão bonitos que dá até pena de comê-los.
A agricultura pura desenvolve-se não pela quantidade, mas sim pela busca da
qualidade, tornando os alimentos mais saborosos e consequentemente mais
nutritivos. Recentemente plantamos e colhemos arroz através desse método. Este ano
(1995) houve uma grande quebra na safra. Não colhemos nem a metade do que foi
conseguido no ano passado. A quebra, porém, foi geral devido ao excesso de chuva e
à instabilidade climática que atingiu diretamente a lavoura. Mesmo assim os
alimentos deste ano estão bem mais saborosos do que os do ano passado. Estão
sublimes. Não foi possível colher muito arroz, mas, pouco a pouco, estamos nos
esforçando não só na produção de arroz, como também na de feijão, legumes,
verduras, cultivando-os da maneira mais pura possível. Se pudermos, forneceremos
também leite puro.
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OS PRÓPRIOS AGRICULTORES NÃO COMEM O QUE PRODUZEM
ÁGUA POLUÍDA
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O que dão de veneno para o gado é espantoso. O clima tropical é propício ao
surgimento de bernes, germes e carrapatos que atacam a carne do gado. Para
combatê-los, os criadores aplicam injeções violentas no animal. O veneno das
injeções entra na corrente sanguínea e mata todos os parasitas, mas também
contamina a carne, a gordura e principalmente o leite. Ao comermos desses produtos
envenenados, também nos envenenamos.
A situação está cada vez pior. Nunca pensei que fosse tão drástico criar uma
vaca leiteira. O primeiro problema que tivemos foi muito grave. A vaca tinha diarréia
exclusivamente de sangue. A vizinhança achava que ela iria morrer. Diziam que era a
“peste negra” e que não tinha mais jeito. Ministrando Johrei e mais Johrei, ia-se
recuperando, mas logo surgia um outro problema mais sério. Descobrimos que
através de gerações a carne da vaca ficou intoxicada e fraca. Os medicamentos que
são utilizados facilitam o surgimento de carrapatos e bernes que são atraídos pela
carne praticamente podre. É muito difícil de acreditar neste fato.
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Quando forem ao interior, recomendo-lhes que observem os agricultores, o
que estão plantando, como produzem, para vocês saberem o que as pessoas
normalmente comem.
O ser humano tem que ter o pensamento mais amplo. Não se satisfazer
apenas com o conforto na vida cotidiana. Não é esse o objetivo de nossas vidas. O
objetivo maior é o de ajudar as outras pessoas. Para divulgar os ensinamentos de
Meishu Sama, não basta o lado espiritual. Precisamos de muitas coisas para
concretizar a parte material. Se buscarmos apenas o lado espiritual, nós nos
desenvolveremos só espiritualmente. Dessa forma, nem alimentação haveria. Por
isso, devemos trabalhar e cultivar alimentos puros.
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Agricultura Pura (Kototama 10)
É outro trabalho árduo, mas já temos alguns produtos como o arroz, legumes
e verduras que vocês poderão consumir. São ainda quantidades pequenas. Dá,
contudo, para vocês experimentarem uma alimentação melhor.
Embora sejam grandes as dificuldades, agora estamos entrando nos eixos. Por
exemplo, o arroz já está no quarto ano de produção e não apresenta mais problemas
de caruncho, como na fase inicial, o que nos leva a afirmar que já ficou livre de
qualquer impureza. Está, pois, ocorrendo exatamente o que Meishu Sama ensina:
sem toxina, o nosso arroz não interessa mais aos carunchos. Dura muito tempo.
Quando cozido, fica até uma semana, como se estivesse sido preparado na hora. Isso
acontece porque é um produto plantado sem agrotóxicos, nem adubos. Desenvolve-
se apenas sob a ação da terra, da água, do ar e do sol. É um método bem diferente
daquele usado pelos demais agricultores para o plantio de alimentos. Não sei se
vocês conhecem os métodos agrícolas atuais. Talvez se imaginassem a quantia de
veneno empregado, não comeriam coisa alguma. Até com o arroz é usado esse
mesmo processo. Após a colheita, vai para um depósito onde permanece sob a ação
de um veneno para matar os carunchos. Caso contrário, o arroz fica oco, pois as
pragas o devoram por dentro. No nosso caso, nos primeiros anos, tiramos os
carunchos com a mão. Avaliem o sacrifício. Agora, porém, já estamos livres desse
trabalho.
Entretanto as conservas feitas com o farelo do nosso arroz não têm cheiro
algum e podem ser guardadas dentro da própria casa. Agora, quando vou ao Japão,
meu presente é farelo de arroz puro, produto que não existe quase por lá e é
intensamente procurado.
Então, vocês podem deduzir que a diferença entre um e outro produto está na
maneira como foram produzidos. O cheiro podre advém do emprego de adubos
colocados na terra e absorvidos pelo arroz.
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Vejam o que a gente está comendo. São produtos carregados de veneno e
coisas negativas. Por isso só será possível salvar a humanidade através da prática dos
Ensinamentos de Meishu Sama que nos permitirão ir, passo a passo, produzindo
alimentos puros e nutritivos. Não existe outra possibilidade.
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Agricultura Pura (kototama 30)
A compreensão total dessas verdades que nos foram transmitidas por Meishu
Sama, sobre o cultivo do solo, é bastante difícil, mas vale, mesmo assim, serem
analisados tais princípios.
Entretanto, continua a idéia fixa de que só o solo, a água, o Sol e o vento não
são suficientes; é preciso acrescentar-lhes algo. É um pensamento que predomina na
civilização materialista atual, não só no que diz respeito à agricultura, mas também
quanto à alimentação. Embora sejam consumidos cereais e verduras, a maioria acha
indispensável um complemento vitamínico para que o corpo não se enfraqueça.
Todos esses conceitos errôneos bombardeiam a mente humana através da
mídia, fazendo as pessoas agirem de maneira incorreta.
Foi por isso que Meishu Sama se empenhou tanto em transmitir a verdade a
respeito do cultivo da terra, procurando mostrar que "solo é adubo. Este, por sua vez,
nada mais é que o próprio solo".
Meishu Sama, todavia, ensina o contrário. Para plantar, basta limpar o terreno
e lançar a semente ou dispor as mudas. Após a colheita, repetir, no local, o mesmo
tipo de cultura, seja ela de arroz, verduras ou legumes.
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Com a terra, o processo é idêntico. Quando se planta, por exemplo, alface
num local, ao repetir o plantio, a terra já sabe que esse mesmo vegetal já foi
cultivado ali.
Hoje em dia, é muito comum as pessoas não gostarem de verduras por serem
pouco saborosas. Se, contudo, sentissem o gosto dos vegetais produzidos pela
Agricultura Pura, muitos iriam deliciar-se, pois, quando se fala de alimentos, o sabor
é essencial. E quanto mais agradável ao paladar, melhor será para a saúde, porque as
glândulas são ativadas mais facilmente. Se ao contrário, o corpo entrar em contato
com alguma coisa de gosto ruim, não reage. Daí ser errada a idéia de que
determinados alimentos, embora tenham um sabor desagradável, são bons para a
saúde.
É, pois, importante que sejam ingeridos apenas produtos cujo sabor cause
prazer. Desse modo as glândulas do corpo humano trabalharão mais e a sáude das
pessoas ficará cada vez melhor.
Além disso, não se deve esquecer que o funcionamento dos seres vivos é
dinâmico: quanto mais usado, mais forte se torna. É por isso que se, numa terra for
plantado sempre o mesmo produto em plantios repetidos somente no mesmo lugar,
após uns sete anos, nem dá para imaginar como vai ficar esse solo tal a força
produtiva que adquire.
Convido, portanto, a todos os leitores para que meditem sobre essas verdades
e procurem incentivar o desenvolvimento da Agricultura Pura. Assim estarão
contribuindo não só para a valorização da saúde pessoal, mas também de toda a
humanidade.
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Agricultura Pura (Kototama 24)
Tudo o que Meishu Sama nos ensinou sobre agricultura pura, saúde e
remédios são conceitos revolucionários.
Quanto à integridade do solo, o mais importante é saber que, uma vez em seu
estado natural, oferece condições ao desenvolvimento perfeito de qualquer produto
que a ele se adapte, bem como não permite o aparecimento de qualquer tipo de praga.
Nesse caso ocorre com o solo um processo idêntico ao que acontece com o
ser humano que sempre escolhe entre as várias profissões uma na qual se especializa
para exercê-la como um profundo conhecedor do assunto. Do mesmo modo a terra,
que é também um ser vivo, ao receber nas vezes subseqüentes o mesmo produto, já
sabe como agir, que tipo de esforço empreender a fim de propiciar o
desenvolvimento correto da planta. Dá-se uma adaptabilidade perfeita entre a ação
reprodutiva do solo e aquele tipo de cultura em particular. Em outras palavras o solo
se torna mais habilidoso para o desenvolvimento de determinada planta da mesma
forma que um profissional se torna cada vez mais hábil à medida que vai executando
repetidamente um mesmo trabalho.
Com base nessas pesquisas, conta-se uma história interessante: um índio foi
pescar salmão. No mesmo local havia dois ursos, um preto e um branco, caçando.
Explicando a sua atitude, o indígena diz que cada criatura de Deus tem um
lugar e uma utilidade na natureza e, por isso, devem coexistir pacificamente.
Comportamento exemplar!! Só que a maioria dos seres humanos não sabe que, de
fato, existe uma ligação profunda entre vegetais, minerais, pedras, águas, ventos,
chuvas, Sol. Tudo faz parte da criação divina. Poucos, porém, entendem essa
realidade; por isso, quando aparece alguma coisa diferente, querem jogar veneno,
matar, destruir.
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Agricultura Pura - Palestra Culto Inaugural da AAP - Kototama 25
Agradecimentos
“Agradecidos
os agricultores derramam lágrimas.
Fartura nas colheitas sem adubos nem pragas”.
É interessante lembrar que essa atitude já norteou a atividade agrícola até fins
do século XIX e começo do XX. Quando fazíamos, há pouco, a oração, veio à minha
mente a pintura de Millet (Jean-François Millet, 1814-1875) cujos motivos eram
agricultores colhendo trigo ou cereais em atitude de oração. Esses quadros
transmitem, muito bem, o sentimento de gratidão através de um trabalho feito como
se fosse uma prece. Era um ato sagrado, de mistério, de emoção profunda. Hoje esse
comportamento desapareceu, a agricultura tornou-se profana.
Na verdade ninguém sabe nada. Meishu Sama, muitas vezes afirmou isso e
ainda acrescentou: “se os cientistas conseguissem criar pelas próprias mãos e com o
avanço tecnológico de que dispõem, algum tipo de semente ou solo, aí então
mereceriam toda a confiança. Entretanto as próprias pesquisas comprovam que o
conhecimento humano é restrito, infinitamente pequeno. Mesmo assim o homem tem
a ousadia de querer saber tudo, achando que já conquistou o universo. Chego mesmo
a pensar que as criaturas estão supondo que Deus falhou; não fez com perfeição nem
o corpo, nem a terra, nem a semente. Acham, por isso, que devem reformar os seres
criados por Deus, colocando adubo na terra, lutando contra a natureza, para poderem
abastecer o mundo com alimentos em profusão. É claro que essa é uma atitude
reveladora da profunda ignorância, especialmente dos cientistas com relação à
essência divina presente na terra, isto é, o “mistério da terra criada por Deus”.
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O orgulho humano
“O homem tentou
orgulhosamente dominar o solo.
Acabou conquistado pela grande natureza.”
É assim que o homem realmente pensa. Acha que, pela sua maneira
irreverente de cultivar a terra, a está dominando. Entretanto não consegue nem
desvendar uma pequena parte dos mistérios que a envolvem. Quando realiza alguma
tentativa nesse sentido, acaba sendo dominado pela Grande Natureza que expressa,
na sua essência, a imagem de Deus. Então, é preciso que o homem entenda que o
Criador lhe outorgou poderes apenas para governar todo universo de acordo com a
vontade divina. No momento em que deixa de reverenciar a presença divina na
natureza, perde a faculdade de dirigir e se torna inteiramente materialista, deixando
de participar da presença do Criador, em nível mais elevado.
Abrir os olhos
“Para do pobre
cegos os olhos abrir, eu irradio
a intensa luz da sabedoria divina”.
“Não poderia
jamais ter Deus deixado sem alimentos
o ser humano, fruto do seu imenso amor”.
Se fosse ao contrário, Deus nos teria criado órfãos. Acontece que, segundo a
história da criação, Deus colocou primeiro na terra os alimentos, os vegetais, os
frutos, as sementes. Só depois, o homem.
Então, dá para concluir que, de acordo com o aumento dos habitantes sobre a
terra, a produção de alimentos foi-se desenvolvendo e acompanhando o crescimento
da humanidade. Portanto, daqui para o futuro, não será diferente. A Grande Natureza
acompanhará o aumento da população e, se a gente não fizer besteira, nunca vai
faltar nada a ninguém, pois Deus é o supremo provedor de tudo. A escassez é sempre
conseqüência da desarmonia entre a vontade de Deus e o pensamento do ser humano.
A grande tolice
“Grande tolice
buscar o profundo mistério da terra
através de uma ciência tão superficial!”
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O vício do adubo
“Enraizado
está no coração dos agricultores
como uma superstição, o vício do adubo”.
O vício do adubo seria o ponto focal em relação à Agricultura Pura. É ele que
a diferencia de qualquer outro tipo de cultivo da terra.
Meishu Sama, entretanto, diz que pensar assim não passa de uma grande
superstição, pois caso essa noção correspondesse à verdade, a terra não passaria de
um elemento morto, sem vida própria.
É, pois, por essa razão, que um solo já trabalhado por um agricultor é bem
melhor e a cada ano apresenta a sua energia vital melhorada e a capacidade
reprodutiva sempre mais aprimorada!
Nós, aqui no Brasil, ainda não temos muitos elementos para comprovar essa
verdade. Estamos ainda bastante atrasados. No Japão, contudo, existem agricultores
que já praticam Agricultura Pura há mais de quarenta anos e, com isso, demonstram
que não há contradição nos Ensinamentos de Meishu Sama. Lá os plantadores de
arroz, por exemplo, retiram do solo, após a colheita, tudo o que sobra: raízes, palhas,
folhas, galhos. Não deixam nada e plantam no mesmo lugar, o mesmo tipo de arroz
cultivado no ano anterior. É notável como, a cada safra, o produto fica melhor.
Hoje, cientistas e agrônomos que examinam todo ano esse solo, garantem
tratar-se de um dos mais férteis do mundo.
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Eis a razão pela qual Meishu Sama considera o adubo um vício pernicioso
que impede o desenvolvimento natural das plantações.
Eu gostaria de que esses pontos ficassem bem claros para todos. Para tanto,
nada melhor do que as preciosas experiências dos nossos agricultores que já estão se
dedicando à Agricultora Pura e, por isso, podem prestar uma valiosa ajuda a todos
que desejam seguir os Ensinamentos de Meishu Sama.
Vamos, pois, rezar bastante para que Deus e Meishu Sama permitam um
grande avanço da Agricultura Pura entre nós.
Kototama 26 - página 22
A gente pode observar que houve uma mudança muito grande desde a época
em que Meishu Sama vivia entre nós, até hoje. Já se passaram quarenta e quatro anos
e quase nada melhorou. Na realidade, o mundo está caminhando para a
desintegração. Embora seja um processo evidente, poucas pessoas percebem. Em
toda parte, contudo, há indícios de destruição: conflitos, desentendimentos, guerras.
A meu ver, entretanto, a pior coisa que está acontecendo diz respeito à saúde do ser
humano, diretamente afetada pela contaminação de agrotóxicos. Na época em que
Meishu Sama estava entre nós, Ele criticava os adubos químicos muito mais em
evidência que os venenos para combater pragas.
Uma pesquisa feita nos Estados Unidos, descobriu uma doença causadora de
intranqüilidade nas crianças que não conseguem concentrar-se nos estudos e ficam
andando agitadas o dia inteiro, gerando sempre muitas situações conflituosas. Esse
tipo de sintoma está ficando cada vez mais freqüente.
A vista disso, hoje alguns médicos estão aconselhando mães gestantes a não
comerem certos tipos de peixe.
Vocês podem ver que os produtores em geral não demonstram interesse com
a saúde, nem com o futuro da humanidade. Preocupa-lhes apenas o ganhar mais
dinheiro, o aumento de capital. Antigamente essa atitude era ainda meio camuflada;
agora é clara.
Usando essa fortuna, quanta coisa poderia ser feita em prol da Agricultura
Pura! A gente não a tem, entretanto, o que significa que o próprio dinheiro, os bens
materiais estão do lado do Mal. Quem domina economicamente, não está pensando
na vida do ser humano.
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Capítulo
IV
Experiências e
Pesquisas sobre
Agricultura Pura
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A – NO JAPÃO
II – Pesquisas
Os cientistas da Faculdade de Agricultura da Universidade Kinki, localizada
na cidade de Higashi (Osaka, Japão), sob a orientação do Professor Hiroshi
Hasegawa vêm conduzindo uma pesquisa nos campos da Sra. Tanaka desde 1974,
usando um campo próximo, adubado, onde se planta também arroz para servir como
elemento comparativo na experiência.
Foi verificado, após pesagem das ervas daninhas secas, que o campo de
controle continha maior quantidade quando comparado ao sem adubo.
Essa observação mostrou que uma terra sem agrotóxicos tem menos
nutrientes durante o inverno que um campo fertilizado artificialmente.
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Verificou-se ainda que mesmo tendo sido espalhadas palhas de arroz picadas,
para restringir o seu aparecimento, as parasitas proliferaram abundantemente durante
o inverno, no campo adubado.
3 – Desenvolvimento da plantação
Por outro lado, verifica-se que as raízes continuam a crescer no solo sem
adubo enquanto no adubado ficam estagnadas.
Então, conclui-se que em solo de Agricultura Pura as raízes são mais largas e
fortes do que nos fertilizados artificialmente. A plantação demonstra uma
extraordinária vitalidade e, na época do amadurecimento, todas as folhas estão rijas e
eretas o que permite à planta maior exposição ao Sol, acelerando, ao mesmo tempo, o
desenvolvimento do grão (do arroz neste caso específico).
4 – Resistências às pragas
Não existe ainda uma pesquisa extensiva sobre o assunto. À vista disso, serão
relatadas algumas experiências já realizadas, especialmente no Japão, por um
agricultor chamado Shigesaku Ueda no distrito de Yamashina (Kioto). Em 1971, o
Sr. Ueda começou a cultivar tomates, pepinos, batata-doce, cebola, rabanetes,
berinjelas e outros legumes. Seguindo os princípios da Agricultura Pura, não usou
nenhum fertilizante artificial, nem orgânico. Além disso, dividiu a sua horta em
canteiros especializados para que pudesse repetir o plantio de cada produto sempre
no mesmo lugar.
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Infelizmente não foi organizado, nas adjacências, um espaço com terreno
adubado para que pudesse ser feito um controle através de dados comparativos.
Entretanto, na terra do Sr. Ueda ocorreu o que normalmente acontece quando se
pratica a Agricultura Pura: inicialmente a produção em solo sem adubo é inferior à
de uma terra adubada. Contudo, qualitativamente os produtos da Agricultura Pura
são muito superiores quanto ao teor alimentício e também em relação ao sabor.
(Sabe-se de casos de pacientes em situação crítica os quais não suportam comer mais
nada, cujo organismo aceita com relativa facilidade produtos provenientes da
Agricultura Pura).
O feijão cultivado pelo Sr. Ueda ganhou prêmio num concurso regional.
Eram vagens brilhantes e grãos bem maiores do que os produzidos com fertilizantes
artificiais. Também as ervilhas chamaram a atenção pelo tamanho e sabor. As
berinjelas ficaram mais resistentes às pragas e intempéries. Até repolho bem
compacto com folhas finas o Sr. Ueda conseguiu produzir nos seus campos.
Esses relatos têm como objetivo despertar a atenção dos leitores para a
necessidade e a importância da prática da Agricultura Pura.
B – NO BRASIL
Já existem algumas experiências realizadas no Brasil, embora a comprovação
seja ainda precária por falta de registros adequados e pesquisas mais aprofundadas.
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Testemunhos do Sr. João Pereira Lima Neto
Kototama 21
“Testemunho sobre Agricultura Pura dado pelo Sr. João Pereira Lima Neto,
Engenheiro Civil, cafeicultor, residente na cidade de Mococa, no Estado de São
Paulo”.
Também não se usava muito veneno. Apenas BHC para combater a Broca
(um tipo de praga) e o óxido de Cobre contra a Ferrugem (outra espécie de praga).
terra ficava cansada. Então colocávamos o adubo para dar-lhe mais força.
Hoje eu já enxergo diferente. De fato não era a produção que deixava a terra
cansada, mas os maus-tratos que lhe eram dados, pois geralmente plantava-se morro
abaixo e bem distanciado um pé do outro; capinava-se a terra. Com a chuva, ocorria
aquela erosão carregando tudo para baixo. Não era, portanto, a extração do café que
deixava a terra sem força, mas a maneira errada de tratá-la. Por isso, a partir de 1970,
começamos a mudar um pouco o nosso modo de lidar com o solo.
Como era uma região muito acidentada, cheia de pedras, estava havendo
problema para competirmos com o pessoal que tinha lavoura mecanizada. Então,
através da orientação de outros agricultores da Costa Rica e da Colômbia,
começamos a plantar o café mais adensado, isto é, a mais ou menos um metro de
distância um pé do outro. Isso, na década de setenta, era considerado um absurdo.
Aconteceu, porém, que esse tipo de plantio determinou o aparecimento de sombra; a
terra foi sendo protegida contra ação direta dos raios solares e da chuva; assim o
mato foi diminuindo e conseqüentemente o uso de venenos. Continuávamos ainda
usando adubos.
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Havia, contudo, ainda um outro problema sério que era a Broca, uma espécie
de besourinho que entra no café. Como existia em grande quantidade, eu usava um
produto chamado Thiodam para eliminá-la. Aí, um dia, Dr. Jorge Abraão, agrônomo
do Instituto Biológico de Campinas, pediu-me para visitar a nossa fazenda e
acompanhar aquele trabalho inédito que estávamos realizando para o cultivo do café.
Depois de ter andado pelo cafezal, observando os insetos com uma lupa, ele me disse
que, se eu deixasse de usar Thiodam, não iria mais enfrentar problemas com Brocas.
Segundo a opinião dele, o meu café tinha um ambiente favorável ao aparecimento
dessa praga, pois criava uma umidade semelhante à de uma floresta, mas, ao mesmo
tempo, era também propício ao surgimento dos inimigos da Broca, tais como fungos,
bactérias (Boverias e Metarizos) vespas, aranhas. Então quando eu aplicava o
Thiodam matava não só a Broca, mas também todos os seus inimigos naturais. Dessa
forma, como o ambiente era muito adequado, a Broca voltava e se instalava. Assim,
sem os opositores, tomava conta do cafezal.
De fato, em 1989, parei de usar o veneno Thiodam. Por dois anos ainda
enfrentei a Broca seriamente. No terceiro ano começou a haver um declínio. Hoje,
praticamente é difícil encontrá-la. Não que tenha acabado em definitivo, entretanto
não atinge mais a plantação.
Comecei, então, a partir daí, a produzir um café sem veneno, embora ainda
empregasse adubo.
FOTO
43
Entre 1992 e 1993, lutei muito para produzir o café orgânico. Empregava
composto, esterco de galinha. Revirava a terra e punha esses adubos e nada de
resultados. O café amarelava, sentia, caía a produção. Em 1994, porém, quando
conheci os Ensinamentos de Meishu Sama, lendo-os pude entender o que estava
acontecendo com o meu café. Conforme diz o Ensinamento, quando a gente vem
tratando uma terra com adubo e, de repente, deixa de colocá-lo, é natural que a planta
se ressinta e decaia muito. É verdade. Até parece que vai morrer. Fica amarela,
desfolhada, sem ramos. Depois melhora.
Agora já faz trinta e poucos meses que eu não ponho mais nada de adubo na
fazenda e realmente a produção caiu muito, mas está melhorando dia a dia. Eu até
estou surpreso com os resultados. O pessoal que trabalha comigo, meu
administrador, os fiscais ficam espantados com o que estão vendo porque eles
também não concordavam com um plantio sem adubos.
Eu tenho um vizinho que cria peixe e vende para “Pesque e Pague”. Outro
dia, da lavoura dele, correu resíduo de adubo e agrotóxico e matou uma quantidade
enorme de peixes. E os que não morreram? Será que não estão contaminados?
44
Então, cada vez que a gente vê essas barbaridades pelo interior, fica mais
convencido da importância de se praticar a Agricultura Pura.
Então, agora eu me sinto muito feliz com o trabalho que estamos realizando.
Ainda vamos melhorar bastante. Nossas lavouras apresentam um defeito grande:
poucas árvores. Isso se deve ao nosso antigo conceito de agricultura. Agora estou
querendo introduzir dentro das lavouras um pouco mais de árvores. Já venho
notando, há algum tempo, que, nos lugares onde elas existem em maior quantidade, a
Agricultura Pura se desenvolve melhor. É um trabalho que nós estamos realizando e
vai ficar muito bonito. Vamos proporcionar às nossas plantas, não apenas sol, mas
uma sombra controlada, através das árvores mais amigas do café. Já as estamos
pesquisando para colocá-las nas lavouras. Por exemplo, agora sabemos que há
algumas de cuja sombra o café gosta muito. Entre elas um tipo de seringueira, de
paineira e de abacateiro. Há, porém, outras que o café detesta, como, por exemplo,
uma árvore chamada Copaíba e outra denominada Flamboyant.
Acho também que muita gente vai seguir esse caminho. Inclusive outros
agricultores já estão jogando semente no meio do pasto e das capoeiras.
Muito obrigado!
46
Kototama 25
“Testemunho sobre Agricultura Pura dado pelo Sr. João Pereira Lima Neto,
Engenheiro Civil, cafeicultor, residente na cidade de Mococa, no Estado de São Paulo”.
Como lhes relatei naquela época, comecei a trabalhar com Agricultura Pura,
sem colocar absolutamente nada de adubo, depois que conheci o Reverendo
Nakahashi e o Robinson que me orientaram, colocando-me em contato com os
Ensinamentos de Meishu Sama. Também, foi de suma importância o meu próprio
entender e a experiência dos meus antepassados que já plantavam café sem usar
adubos, inseticidas ou fungicidas.
47
É interessante que, conforme já falou o Reverendo Nakahashi, quando a gente
pára de colocar adubo acontece um declínio muito grande na produção, seguido de
um aumento vertiginoso. Foi o que se deu com os nossos cafezais. Entre os anos de
1994 e 1995, houve uma queda acentuada nas colheitas. Agora os cafezais estão se
reerguendo e a gente fica surpreso com a velocidade com que vem melhorando o
vigor da planta. Se, por exemplo, a gente fizer uma análise da folha do cafeeiro para
verificar o teor de nitrogênio, fósforo, cálcio e potássio verá que o resultado vai ser
muito mais completo e equilibrado, quando se estabelece uma comparação com os
níveis obtidos pela agricultura convencional que coloca elementos artificiais.
Outros fatos notáveis dizem respeito à vida das folhas, que é completamente
diferente, e também à maciez do solo a qual vai ficando cada vez mais visível, a tal
ponto de até os nossos auxiliares, que trabalham conosco há anos, não acreditarem.
Eles ainda trazem na cabeça aquele antiga convicção de que, quando se tira um
nutriente do solo para produção de uma, duas ou mais safras, ele vai faltar para as
seguintes, até acabar um dia. Na verdade, porém, não é assim.
Todos esses fatos são muito gratificantes não só para mim, mas também para
os meus empregados. Sentir hoje a satisfação que eles têm de trabalhar, de participar
dessa experiência e de ver os resultados é algo que me comove bastante.
Outro fato que merece destaque são os comentários dos nossos vizinhos de
cerca. Dizem eles que o nosso sucesso se deve à terra que é diferente. Estranho, não
é? Além disso, não plantamos só em Caconde, mas também em Mococa e Paraíso. É
muito difícil explicar que só essas partes onde estão as nossas fazendas sejam
diferentes. Hoje, porém, alguns já estão começando a olhar o nosso trabalho com
outros olhos e, com isso, se Deus quiser, vai aumentar o número dos praticantes da
Agricultura Pura.
48
TESTEMUNHO - Kototama 26
“Testemunho sobre Agricultura Pura dado pelo Sr. João Pereira Lima Neto,
Engenheiro Civil, cafeicultor, residente na cidade de Mococa, no Estado de São Paulo”.
De fato, essa maneira de lidar com a terra nos coloca cada vez mais juntos da
natureza e também mais próximos de Deus. Eu entendo que essas diferenças são
exatamente a energia do Criador manifestada nas plantas para que elas possam
transmiti-la a nós que nos alimentamos delas.
Assim, a cada dia surge uma novidade. A todo momento, a gente vai tendo
novas explicações sobre a Agricultura Pura e passa a ver o trabalho com a terra de
modo diferente. Eu, por exemplo, estou começando. Realizo essa experiência inédita
há apenas quatro anos, mas muito me espanta quantas coisas estou aprendendo nesse
curto espaço de tempo. É tudo tão gratificante, deveras bonito!
Por outro lado, muitos ainda não aceitam esse novo método, especialmente os
técnicos das agriculturas convencionais. O que eles querem é uma planta fabricada,
segundo a idéia deles, com perfeição, sem nenhum furinho, nem machucadura, ou
qualquer outro tipo de defeito aparente. Não importa, contudo, o que haja dentro,
49
desde que seja bonita por fora. Comparando, pode-se dizer que é uma bela caixa de
bombons estragados. Infelizmente essa é a verdade para os técnicos convencionais.
Também a crítica que o nosso trabalho com Agricultura Pura recebe dos
técnicos convencionais é muito grande. Eles têm medo de quê? Por quê?
50
Entre as pessoas comuns, há também muitas que não praticam Agricultura
Pura pela simplicidade dela. É uma atitude mais ou menos normal do ser humano não
valorizar as coisas simples, achando que não produzem grandes resultados. Daí
necessitarem de arar a terra, adubá-la, colocar-lhe veneno para obterem produtos em
abundância. Muitas vezes lhes digo que eu também pensava assim. Não tenho,
porém, hoje a pretensão de estar fazendo o certo, mas quero, se Deus quiser, chegar
aqui amanhã e falar a vocês de coisa que aprendi, ou estou aprendendo.
Mesmo agora, olhando o que eu fazia antes, percebo uma mudança da água
para o vinho. Antigamente pensava que para obter grande produção deveria trabalhar
muito, lutar, fazer isto e mais aquilo. Não é assim. A gente tem de deixar as coisas
acontecerem normalmente, com simplicidade e ir colhendo os frutos delas.
Numa fazenda vizinha à minha, faz três meses que faleceu um trabalhador
intoxicado por Baysiston.
Após mais ou menos sessenta dias foi feita a exumação do corpo e verificou-
se que estava perfeito. De tão contaminados que estavam, os órgãos ficaram
mumificados e nenhum verme ou bactéria conseguiu destruí-los. Esse acontecimento
causou grande espanto, deixando muita gente assustada.
Outro fato que comprova a ação perniciosa dos agrotóxicos é o seguinte: num
dia destes, um agrônomo, meu amigo, visitando a sua fazenda, me ligou, preocupado,
perguntando-me se eu podia fornecer-lhe um pouco de fungos e bactérias,
microorganismos que promovem a decomposição de folhas, pois as dos seus pés de
café caíam e não se decompunham mais. Ele já estava com folhas acumuladas na
altura de mais ou menos um metro. Respondi-lhe que poderia ir buscar o que
quisesse, mas também disse-lhe não tratar-se de falta de fungos e bactérias o
problema que enfrentava. Na verdade, a causa estava no emprego excessivo de
agrotóxicos os quais haviam intoxicado as folhas impedindo a ação dos
microorganismos.
51
Esse conceito ficou claro para mim quando eu mudei da agricultura SAT
(feita com adubo químico, mas sem veneno) para a Pura. Na anterior, eu tinha muito
mais folhas no chão do que agora. Essa diferença pode ser chamada de absurda. Na
Agricultura Pura, a velocidade de decomposição das folhas e galhos que caem no
chão é muito mais rápida. Mesmo nas culturas pelo método SAT (sem veneno), o
processo de decomposição é bem mais veloz do que o convencional, mas comparado
ao da Agricultura Pura, a diferença é ainda da água para o vinho. Acontece assim
porque as folhas não estão mais intoxicadas por nenhum tipo de agrotóxico.
Uma delas é a facilidade com que o solo fica fofo. Não precisa fazer covas,
ou revolver a terra com enxadas e picaretas. Os próprios microorganismos fazem
esse trabalho para nós.
Hoje, minha única tarefa é percorrer as fazendas com uma varinha de ferro
bem fininha para avaliar a porosidade da terra, conforme a facilidade com que a
varinha penetra no solo. E eu já posso dizer que está ficando um trabalho cada vez
mais fácil.
Num dia desses, um amigo meu realizou essa experiência para certificar-se
do que eu lhe havia falado. Com a varinha em punho, foi enfiando-a na terra. No
começo encontrou alguma dificuldade porque, às vezes, esbarrava numa pedrinha.
Num dado momento, porém, ele foi com tudo para o chão. De tão profunda que
estava a porosidade, a varinha penetrou de uma só vez no solo e meu amigo perdeu o
equilíbrio e caiu. Apesar disso, ainda comentou que era naquele lugar que o solo
estava macio. Para certificar-se, testou outros pontos e então verificou que fungos e
bactérias não trabalham apenas num local, pois toda a região apresentava um solo
bem poroso. É claro que a fazenda inteira não está ainda assim; além de ser uma área
muito grande, há lugares em processo de formação.
52
como será a nova safra, a fim de poder comunicar aos consumidores japoneses qual é
a situação do plantio do café e qual o comportamento das fazendas.
Na época dessa visita, andamos quatro dias pelos cafezais e o Sr. Hasegawa
ficou espantado de ver a mudança ocorrida do ano passado para o atual. Ainda não
dá para testar a nova safra porque os grãos estão verdes. E é preciso também um
período de descanso antes do teste. Mesmo assim o Sr. Hasegawa tem quase certeza
de que vamos ter uma melhora extraordinária na qualidade do nosso produto. Ele
está muito animado.
Há alguns tipos de café que são famosos no mundo como o da marca KONA,
produzido na Ilha do Hawai que conta com um marketing muito grande. Outro é o
BLUE MALT, café jamaicano internacionalmente conhecido, bem como o
KILIMANJARO da África.
Todos esses tipos de café, segundo a opnião do Sr. Hayashi, eram produtos
excepcionais, enquanto produzidos por métodos mais naturais, nos seus locais de
origem, mas, com a entrada dos adubos e depois dos agrotóxicos, a qualidade vem
caindo dia-a-dia.
Disse-me, ainda, o Sr. Hayashi que na última Feira "Special Coffee" provou
mais ou menos dez amostras dos melhores cafés do mundo. Analisou também as
nossas, das Cooperativas de Serrado, Patrocínio e Guaxupé, ao todo mais ou menos
cinco amostras do Brasil inteiro. Entre elas, o nosso café, o Florestal, destacou-se por
ser totalmente diferente dos demais. Além disso, em uma mesa com os melhores do
mundo, puderam verificar a incontestável pureza e o paladar inigualável do "Café
Florestal".
Tanto o Sr. Hayashi como o Sr. Hasegawa acham que nós vamos ter uma
melhora de qualidade muito mais marcante este ano (1999). Hoje (24/04/99), estão
os dois voltando ao Japão levando ótima impressão do nosso trabalho, o que muito
nos comove.
V - Um fato curioso
Quando foi para lançar a marca do nosso café no Japão, eu sugeri "Café
Florestal" porque as nossas plantações se parecem com uma floresta.
53
Nesta sua última viagem ao Brasil o Sr. Hasegawa me disse ter sido notável a
minha idéia, pois hoje o nome "Florestal" goza de credibilidade em Tóquio. Tanto
assim que outros produtos como cacau, chá preto, chá verde, água mineral levam o
nome "Florestal".
Todos esses acontecimentos nos deixam cada vez mais felizes e com uma
vontade maior de voltar correndo para a fazenda a fim de produzir e ter contato com
a natureza, achar coisas novas, ir constantemente adiante.
É muito bonito encontrar sempre algo diferente. Assim a vida não fica tão
monótona.
54
Kototama 27
“Testemunho sobre Agricultura Pura dado pelo Sr. João Pereira Lima Neto,
Engenheiro Civil, cafeicultor, residente na cidade de Mococa, no Estado de São Paulo”.
Com relação aos agrônomos, o que posso lhes dizer é o seguinte: até 1983,
tínhamos uma plantação de café adensado, pouco comum, até então, entre os
cultivadores do produto.
Um pouco mais tarde o IAC de Campinas juntamente com o Campus
Experimental de Mococa me procurou para fazer uma experiência na fazenda sobre
55
nutrição de café adensado. Não ofereci nenhum problema e cedi uma área para a
referida pesquisa. Assim os técnicos realizaram a experiência até a geada de 1994.
Logo depois estiveram na fazenda os agrônomos do IAC e do Experimental
de Mococa para comentar a experiência, segundo eles muito contraditória, pois
chegaram à conclusão de que o nitrogênio é extremamente depressivo à produção de
café, ao contrário do que eles esperavam. Segundo eles, a adubação com nitrogênio
deveria aumentar a produção e ocorreu exatamente o contrário. Quanto ao potássio,
não houve diferença; com relação ao fósforo, cálcio e magnésio também não
ocorreram resultados positivos.
Além disso, os agrônomos estranharam demais o fato de a minha plantação
sem nenhum tipo de adubo especial sempre produzir mais que os ensaios, ficando
mais uma vez comprovada a potencialidade da Agricultura Pura.
Essa pesquisa da qual lhes estou falando vai ser publicada na revista do IAC a
ser lançada no final deste mês (junho/99).
Na verdade, com esse experimento, os agrônomos do IAC não chegaram à
conclusão alguma. Obtiveram uma resposta contrária à esperada. Foi, por isso, que
desde a geada de 1994 até hoje (1999) a pesquisa ficou sem prosseguimento.
Recentemente eles voltaram à fazenda e, tendo comprovado a minha prática
da Agricultura Pura, me perguntaram se tal atitude teria sido resultado dos
experimentos deles. Na realidade, eu nem sabia quais tinham sido as suas
observações. Coincidentemente, porém, foi em 1994 que conheci o Robinson e o
Reverendo Nakahashi e comecei a fazer Agricultura Pura.
Sei também que os agrônomos, a partir das observações que fizeram,
deveriam incentivar a prática da Agricultura Pura, mas, pela formação que
receberam, não a aceitam ainda.
Estão, contudo, começando a implantar campos experimentais de plantio com
adubo orgânico em Mococa e Pindorama. Paralelamente vão criar uma área para
Agricultura Pura porque ficaram espantados com os inesperados resultados obtidos
nos experimentos realizados na minha fazenda.
Intoxicação de Agricultores
Os Transgênicos
Kototama 29
“Testemunho sobre Agricultura Pura dado pelo Sr. João Pereira Lima Neto,
Engenheiro Civil, cafeicultor, residente na cidade de Mococa, no Estado de São Paulo”.
Após ter explicado a nossa maneira de lidar com o solo, bem como a
evolução do nosso trabalho, foi a vez de um amigo, cafeicultor orgânico da cidade de
Machado, Minas Gerais, expor o seu método. Como não tinha argumento
convincente, e percebendo que o processo da agricultura pura é muito mais simples,
disse apenas que as minhas terras serviam de adubo para todas as outras. Não é,
porém, bem assim. Quer dizer: então, só a minha terra é boa em Mococa, em
Caconde, Paraíso e Jacuí? Na verdade, o que os demais agricultores sentem é medo
de se dedicar a outro método de plantio. Não têm ainda convicção suficiente de que a
agricultura pura produz resultados satisfatórios. Por isso ficam buscando razões para
continuar no processo convencional.
Outra coisa que está acontecendo, e também nos chama a atenção, é o fato de
alguns compradores de café para exportação, especialmente da região de Guaxupé, já
não quererem mais os produtos que tenham sido cultivados com muito agrotóxico,
como por exemplo, o Thiodam, usado para combater a broca. Esse café não está
mais conseguindo um bom preço no mercado exportador. Embora tenha uma boa
aparência, a aceitação internacional é fraca.
Mais um fato digno de nota: atualmente estamos passando por uma estiagem
muito grande, mas durante esse período, é que a gente pode perceber perfeitamente a
diferença entre a agricultura pura e as demais.
58
Então, quando tecemos comentários sobre a ação da estiagem, os meus
auxiliares são os primeiros a me chamarem a atenção sobre como está a fazenda de
fulano ou de sicrano; ou ainda observam atitudes de algum outro agricultor que, ao
tentar, através do adubo, lutar contra a seca, deixa a sua plantação mais perdida
ainda. Com isso, eu percebo o quanto eles estão entusiasmados e felizes vendo todas
essas transformações, ao mesmo tempo em que vão observando os resultados de um
método tão simples, mas realmente extraordinário.
Todas essas inovações estão causando um grande impacto nos cafeicultores
que visitam a minha fazenda. Hamilton e Júlio (de quem já lhes falei) puderam
testemunhar que o café deles, cultivado em Caconde, região alta, que não sente tanto
a seca, não apresentava aquele mesmo brilho, aquele viço, aquela vida demonstrada
pela nossa plantação. Frank, o jornalista de Caconde, num arroubo de entusiasmo,
comparou as transformações da agricultura pura a uma revolução, a uma bomba de
Hiroshima, tal a profundidade das mudanças constatadas.
Outra coisa interessante que aconteceu na última semana foi o recebimento de
um telefonema de um pessoal que ouviu uma palestra minha no Parque da Água
Branca, aqui em São Paulo. São plantadores de frutas, por processos naturais,
conforme dizem, na região de Montes Altos. Queriam visitar a minha fazenda. Eu os
recebi, passamos uma tarde juntos conversando sobre o método da agricultura pura.
Em certo momento, eles me perguntaram se eu, de fato, agia, nas minhas terras,
exatamente como havia exposto na palestra da Água Branca. Respondi-lhes,
reafirmando que na minha fazenda só entrava sol, chuva e vento. Mais nada. Então
concluíram que o processo usado por eles não era tão puro ainda, pois acrescentavam
alguns ingredientes artificiais. Embora o trabalho deles seja um comecinho, uma
tentativa válida, puderam concluir com acerto que, na minha fazenda, o processo é
realmente natural, puro. Mesmo assim, ficaram com um pouco de medo de passarem,
em definitivo, à prática da Agricultura Pura.
É, como vêem, aquele velho problema: achar que a terra é fraca. Contudo,
incentivei-os bastante, procurando mostrar-lhes que todo solo tem sua energia
peculiar, com potencial próprio e uma vida muito particular. Disse-lhes ainda que, no
início, poderia acontecer de eles não conseguirem cinco caixas de laranja por pé.
Talvez duas ou três, mas depois de algum tempo, seriam muitas a mais. É preciso
tentar. É preciso começar. Sugeri-lhes que começassem numa pequena área, como
experiência. Dei-lhes também exemplares do Kototama. Vou enviar-lhes depois
Ensinamentos de Meishu Sama sobre Agricultura Pura.
Espero sinceramente que os nossos, agora, amigos de Montes Altos se
tornem, o mais rápido possível, os novos plantadores de acordo com o método da
Agricultura Pura.
Ainda um outro fato digno de nota é o que está acontecendo com os meus
vizinhos fazendeiros. Estão tremendamente surpresos com aquilo que inicialmente
achavam ser a maior loucura, um verdadeiro absurdo, da minha parte.
Testemunho - Kototama 28
Agricultura Pura
Testemunho
(Testemunho da Sra. Anna Cynthia Lima, mãe dos gêmeos Maria Fernanda e Luiz Henrique,
sobre os benefícios do Leite Puro).
São Paulo, 02 de setembro de 1999.
Tenho um casal de gêmeos com dois anos e cinco meses. Desde abril, os dois
estavam com um problema de tosse e eu não sabia mais o que fazer. Já haviam tomado
vários tipos de xarope e nada de conseguir algum alívio.
Essa tosse atingia o seu ponto culminante à noite, entre duas e três horas da
manhã. Como resultado dessa situação, vinha o vômito que, no meu caso era em dose
dupla... Mal eu acabava de trocar toda a roupa de um, começava o outro.
Certa manhã, acordei tão desesperada, que resolvi sair à procura de ajuda. Pedi a
Deus que me mostrasse um meio de as crianças melhorarem e qual não foi a minha
surpresa quando, junto com meus filhos, passei pela porta do Templo. Estando a
observar os horários de atendimento, uma senhora veio imediatamente ao nosso
encontro, convidando-nos para entrar e conhecer melhor o Templo. Já estava, naquele
momento, recebendo de Deus a graça de que tanto necessitava. Não tive dúvidas. Entrei.
As crianças e eu recebemos Johrei.
Nesse mesmo dia, foi-me dada para ler uma reportagem alertando sobre o mal
que o leite contaminado pelo excesso de inseticidas, usado no gado, vinha causando às
pessoas, especialmente às crianças. "O inseticida penetra na pele do gado, entra na
corrente sangüínea e contamina o leite".
Voltei para casa pensando no assunto daquela reportagem que, há pouco, havia
lido. Conversei com o meu marido a respeito desse assunto, a fim de decidirmos sobre a
possibilidade de experimentarmos do leite puro (que é oferecido pelo Templo Luz do
Oriente) e também de voltarmos mais vezes para receber Johrei.
Após trocarmos algumas idéias, optamos pela aceitação integral da ajuda que
estávamos recebendo de Deus.
Foi assim que, com o passar dos dias, o Johrei juntamente com o uso do Leite
sem contaminação, foi transformando a vida das nossas crianças e proporcionando ao
meu marido e a mim muita alegria.
60
Aos poucos, as crianças foram melhorando de uma tal forma que, hoje parecem
curadas daquela tosse impertinente que não nos dava sossego.
Atualmente só estou usando o Leite Puro Integral, numa média de dez litros por
semana, adquiridos na própria Sede do Templo Luz do Oriente. Nunca mais utilizei os
leites industrializados que se encontram à venda no mercado.
A não ser o leite, nada mais foi alterado no que diz respeito à alimentação dos meus
gêmeos e eles continuam melhorando a olhos vistos.
Afirmo, por isso, com muita convicção, que o Johrei e o uso do Leite Puro nos
trouxeram enormes benefícios e muita paz.
Mais uma vez, quero expressar meu profundo sentimento de gratidão ao Pai
Criador que, em todos os momentos, está proporcionando recursos para que seus filhos
sejam cada vez mais felizes.
61
CAPÍTULO
V
AAP
(Associação de Agricultura Pura)
(fazer pequena introdução)
62
FUNDAÇÃO DA AAP
1. INFORMAÇÕES GERAIS
1.1 A AAP foi criada em 30 de janeiro de 1999, em São Paulo, com sede no “Templo
Luz do Oriente”.
2. DIREITOS DO ASSOCIADO
2.1 O associado receberá uma carteirinha que lhe dará direito a comprar os
produtos de Agricultura Pura com 10% de desconto.
63
2.3 O associado terá direito à participação em todos os eventos a serem
realizados na sede do Templo Luz do Oriente, no último sábado de cada mês.
3.1 Para associar-se à AAP, basta preencher a proposta de adesão mediante uma
taxa de R$ 10,00, mais a primeira mensalidade de R$ 26,00, perfazendo um total de
R$ 36,00 que deverão ser pagos no ato da inscrição.
64
Capítulo
VI
Reportagens
65
BRASIL USA E ABUSA DOS AGROTÓXICOS
(artigo “escaneado” do Jornal Folha de São Paulo, 03/03/98,Suplemento Agrofolha, página 1)
De lá para cá, o país perdeu a conta sobre o volume de venenos lançado por
ano no campo. As empresas de pesticidas deixaram de informar a quantidade de
produtos que comercializam.
66
O aumento dos casos de intoxicação por pesticidas é outro indicador da
utilização exagerada.
"Os casos de intoxicação por agrotóxicos no Brasil devem ultrapassar 200 mil
por ano, em uma estimativa conservadora", diz Eduardo Garcia, pesquisador da
Fundacentro, órgão de pesquisas do Ministério do Trabalho.
68
Goiaba 217 29,5 12,4 1,8
Couve-Flor 68 16,2 - -
Fonte: Instituto Biológico (extraído do Jornal Folha de São Paulo,03/03/98, Suplemento Agrofolha, página
5).
Kototama 27
69
pessoas que mundialmente adoeceram de tumores linfáticos. "A forma mais
freqüente desta doença é o câncer das glândulas linfáticas", explicou Cavalli.
Kototama 29
Kototama 23
71
Depois de atender alguns casos de intoxicação em mulheres da zona rural, Vassilieff
teve a idéia de analisar o nível de toxicidade no leite de vaca.
Kototama 18
(artigo escrito por João Mellão Neto, extraído do Jornal “O Estado de São Paulo”, dia
13/02/98).
Uma das mais sublimes páginas da recente literatura universal, curiosamente, não foi
redigida por nenhum dos eruditos pensadores de nossa civilização euro-ocidental. Quem a
ditou foi um inculto e desconhecido indígena, em meados do século passado. Valeu-se para
tanto tão-somente de sua intuição...
Não almejava a glória nem sequer o reconhecimento. Seu nome só nos é familiar
porque foi emprestado a uma famosa metrópole. Mas, por sua inigualável profundidade e
sabedoria, as palavras de Seattle - chefe das tribos Duwamish - merecem ser sempre e
sempre transcritas e repetidas. Elas não representam apenas as nossas abissais diferenças de
cultura. Mais do que isso, são um chamamento à canção mágica do universo. Há um sentido
72
de espiritualidade que as ciências e o utilitarismo acabaram por bloquear no homem
moderno.
Em 1852, Millard Fillmore, então presidente dos EUA, oficiou uma proposta a
Seattle para adquirir as terras de suas tribos, para efeitos de colonização. Pagaria em dinheiro
e lhe oferecia, em troca, outro território onde alojar sua gente. O chefe indígena,
respeitosamente, respondeu-lhe. E o fez numa carta cujo teor, para os padrões anglo-
saxônicos, era, no mínimo, desconcertante:
Sua atitude, àquela época, era bem compreensível. Vivia-se - como se viveu até
tempos recentes - sob os padrões do racionalismo estrito e da suposta objetividade científica.
Não havia como conciliar visões de mundo tão distintas.
Seria ele uma visionário? Com certeza, não. Nada tinha em comum com seu
contemporâneo Júlio Verne: em Seattle não havia interesse em antever o futuro. Mas o fazia,
involuntariamente, ao relembrar o passado.
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Não acumulava conhecimentos obtidos em livros. Mas detinha a sabedoria implícita
no conhecimento dos mitos.
E o que são os mitos senão parábolas que retratam a natureza humana e os seus
dramas existenciais? Os dilemas que vivemos e as respostas que nossa alma lhes dá?
Eles habitam as profundezas de nossa mente, onde jamais a consciência será capaz
de chegar. E, ao contrário do que as ciências do comportamento sempre defenderam, é esse
lado inconsciente de nosso cérebro que modela o nosso modo de ser e estar no mundo.
Tudo isso diz respeito à alma. Temas que a ciência e os seus métodos não alcançam
nem dispõem de instrumentos para analisar.
Seattle, aquele enigmático indígena - tão sábio e profundo quanto inculto e selvagem
-, só pode ser compreendido assim. Já é chegado o tempo de os homens entenderem que,
dentro de sua mente, existe algo maior, mais sagrado e transcendente do que os neurônios e
as ligações “racionais” que eles estabelecem entre si. Se nos aflige, não podemos defini-lo.
Chamemos esse algo de alma...
E, já que nos estamos reportando a Seattle, vale realçar que, não satisfeito com as
reflexões que fez, ele tratou de concluir sua carta ao presidente Fillmore com uma profética e
severa advertência:
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