Estudo de Caso Atresia Intestinal UTIN FINAL
Estudo de Caso Atresia Intestinal UTIN FINAL
Estudo de Caso Atresia Intestinal UTIN FINAL
SANTARÉM
2022
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SANTARÉM
2022
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 4
2. ESTUDO CLÍNICO 6
2. 1 História Clínica 6
3. DEFINIÇÃO E ETIOLOGIA 8
4. FISIOPATOLOGIA 8
5. CLASSIFICAÇÃO 9
6. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 9
7. EPIDEMIOLOGIA 9
8. DIAGNÓSTICO 10
9. TRATAMENTO 11
1. INTRODUÇÃO
O Sistema Digestivo inicia-se com a cavidade oral (boca e faringe), que servem de
recepção para o alimento. Este, após ser ingerido entra no trato gastrointestinal (trato GI), que
consiste em esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso. A porção do trato GI que
vai do estômago ao ânus, chama-se intestino. O trato GI consiste em um longo tubo com
paredes musculares alinhadas por um epitélio secretor e transportador. Em intervalos ao longo
do trato, anéis musculares funcionam como esfíncteres para separar o tubo em segmentos com
funções distintas. O alimento move-se pelo trato, sendo propelido por ondas de contrações
musculares (SILVERTHORN, 2010).
Para tanto, faz-se necessário que toda a equipe multiprofissional que compõe a UTIN,
tenha um preparo que sustente a complexidade das atividades desenvolvidas. O conhecimento
científico e a habilidade técnica são características imprescindíveis para o rigoroso controle
das funções vitais na tentativa de reduzir a mortalidade e de garantir a sobrevivência dos RNs
com atresia jejunoileal. Assim, destacamos a importância do acompanhamento e da
atualização dos avanços terapêuticos e tecnológicos nessa área (REICHERT et al., 2007).
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2. ESTUDO CLÍNICO
2. 1História Clínica
Paciente E.G.P., procedente do Hospital Municipal de Juruti, apresenta histórico de
nascimento prematuro (33 semanas) com peso de 1.715 gramas, estatura de 42 centímetros,
perímetro torácico de 27 centímetros, perímetro cefálico 28 centímetros, apresentação pélvica,
ausência de choro ao nascer, cianótica com índice de APGAR 6/7 no primeiro e quinto
minuto de vida respectivamente, foi admitida no dia 14/05/2022 em seu 18º dia de vida no
Hospital Regional do Baixo Amazonas na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Genitora
relata que desde o 11º dia de vida, recém nascida apresentou vômito com odor fétido e
constipação progressiva com evolução para abdômen distendido e desidratação.
Resultado: Negativo
3. DEFINIÇÃO E ETIOLOGIA
A atresia jejunoileal é uma das causas mais comuns de obstrução intestinal no neonato,
com uma incidência de 1 em 5.000 recém-nascidos. Ocorre como resultado de agravo
isquêmico durante a gravidez, que pode ocorrer em consequência de intussuscepção,
perfuração, vólvulo, estrangulamento intestinal por hérnia ou tromboembolismo. Quanto à
etiologia, o tabagismo e uso de cocaína maternos foram associados à atresia intestinal. Essa
doença afeta igualmente ambos os sexos. Atresias jejunoileais são proporcionalmente
distribuídas (MORRIS et al., 2016).
4. FISIOPATOLOGIA
Uma acentuada distensão abdominal é óbvia em 80% dos bebês com obstrução distal
ao jejuno, e a peristalse ativa de alças distendidas pode ser visível. Esta distensão grave pode
estar associada a desconforto respiratório, por elevação do diafragma. É importante enfatizar
que os bebês com abdome escavado ou de aspecto normal com vômitos biliosos após o parto
também devem ser considerados como portadores de obstrução duodenal e jejunal proximal
até que se prove o contrário. O número de alças dilatadas aumenta quanto mais distal for a
atresia, porém, ocasionalmente o segmento mais dilatado está preenchido por líquido ou há
um vólvulo, dificultando a identificação do segmento mais dilatado (FIGUEIRÊDO et al.,
2005).
5. CLASSIFICAÇÃO
6. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
7. EPIDEMIOLOGIA
distribuição é quase igual entre sexos e a incidência é entre 5.000 nascidos vivos
(FIGUEREDO et al., 2005).
8. DIAGNÓSTICO
9. TRATAMENTO
Outro papel essencial é o acolhimento dos pais e familiares que deve ser realizado pela
enfermagem, desde esclarecer dúvidas a explicar sobre o tratamento, resultando em um
cuidado humanizado que deve ser feito por toda a equipe interdisciplinar favorecendo ao
neonato de alto risco, um tratamento holístico e humanizado (DUARTE; DE SENA;
TAVARES, 2010).
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- Monitorar quanto à
infiltração, à
infecção e às
complicações
metabólicas (p. ex.,
hiperlipidemia,
triglicerídeos
elevados,
trombocitopenia,
disfunção
plaquetária);
- Realizar cuidados
regulares, assépticos
e meticulosos no
cateter venoso
central,
particularmente no
local de inserção do
cateter, para
assegurar utilização
prolongada, segura e
sem complicações;
- Utilizar bomba de
infusão para infusão
de soluções de NPT;
Monitorar o peso
diário;
- Monitorar ingestão
e eliminação;
- Monitorar
albumina sérica,
proteínas totais,
eletrólito, perfil
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lipídico, níveis de
glicose e perfil
químico;
- Monitorar sinais
vitais;
- Manter pequena
ingesta oral de
nutrientes durante a
NPT, sempre que
possível;
Integridade da pele - Administrar - Proporcionar a - Cuidados com a
prejudicada medicamentos cicatrização da FO FO: diariamente;
associada ao conforme prescrição sem complicações;
procedimento médica; - Monitorar
cirúrgico de - Minimizar riscos cicatrização da FO:
correção da atresia - Realizar cuidados de infecção que diariamente;
jejunoileal e a com a FO: limpeza e possam prejudicar a
dispositivos médicos troca de curativos; cicatrização da FO; - Monitorar sinais
(PICC). - Supervisionar local flogísticos:
suturado; - Manter PICC diariamente;
- Monitorar eficiente afim de
cicatrização da FO; evitar que sejam - SSVV: 8h 10h 12h
necessárias muitas 14h 16h 18h 20h
- Realizar cuidados punções; 22h 24h.
com o Cateter
Central de Inserção - Manter estado
Periférica (PICC); nutricional do RN
dentro dos padrões
- Monitorar sinais de normalidade até
flogísticos na FO e que o trânsito
no cateter; intestinal seja
reestabelecido.
- Administrar
nutrição parenteral
total (NPT)
conforme prescrição
médica até que a
viabilidade do tubo
digestivo seja
reestabelecida;
- Manter controle da
nutrição do RN;
- Monitorar SSVV.
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Motilidade - Administrar
- Proporcionar - Mudança de
gastrointestinal medicamentos para conforto ao leito; decúbito: 8h 11h 14h
disfuncional: controle do vômito 17h 20h 23h 2h 5h;
caracterizado por conforme prescrição- Promover bom
episódios de êmese e médica; funcionamento - Administração de
constipação; gastrointestinal; leite materno ou
relacionada a - Realizar mudança fórmula: 8h 11h 14h
mobilidade física de decúbito; 17h 20h 23h 2h 5h.
prejudicada
evidenciada por - Realizar
restrição ao leito; administração de
associada a atresia pequena ingesta oral
jejunoileal e a NPT. de nutrientes (leite
materno ou fórmula)
durante a NPT,
sempre que possível.
SQUIRES, Robert H. et al. História natural da insuficiência intestinal pediátrica: relato inicial
do Pediatric Intestinal Failure Consortium. O Jornal de pediatria , v. 161, n. 4, pág. 723-
728. e2, 2012.