Glossário Termos Oncologia

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Glossário de temas em Câncer

Thiago William Carnier Jorge


Oncologista clínico com ênfase em tumores
gastrointestinais e do sistema nervoso
central da BP (A Beneficência Portuguesa de São Paulo)
Coordenador de Inovação em Oncologia da BP

Acelerador linear, masc. Equipamento utilizado no tratamento anti-


neoplásico, que libera radiação ionizante, com energias da ordem de mega
eletronvolts (MeV), por meio de feixes particulados ou radiação
eletromagnética. Ver Radiação; Teleterapia.

Adenocarcinoma, masc. Tumor maligno de procedência glandular.

Adenoma, masc. Tumor benigno de procedência glandular.

Ageusia, fem. Perda completa ou severa da sensação do paladar,


frequentemente seguida por transtornos do olfato.

Anosmia, fem. Perda total ou deficiência do olfato. Nota: pode ser


causada por doenças do nervo olfatório, doenças do seio paranasal,
infecções do trato respiratório, trauma cranio-cerebral, tabagismo,
tratamento antineoplásico e outras afecções.

Anticorpo monoclonal, masc. Substância produzida em escala industrial


proveniente de uma única célula (por exemplo, clone de linfócito B)

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utilizada para diagnóstico ou como medicamento no tratamento do
câncer.

Antígeno carcinogênico, masc. Sin. Antígeno tumoral. Substância cuja


concentração aumentada no organismo pode estar relaciona- da com
determinados tipos de câncer. Nota: é necessário conhecer os valores de
referência, estabelecidos em função de sexo e de idade.

Antígenos Leucocitários Humanos, masc. pl. Sin. HLA. Antígenos


encontrados na superfície dos leucócitos e de outras células que
desempenham importante papel na resposta imune do indivíduo à
presença de tecidos ou células estranhos a ele. Notas: i) Esses antígenos
localizam-se no complexo principal de histocompatibilidade (braço curto
do cromossoma 6) e são testados antes de transplantes de órgãos ou
tecidos a fim de determinar a histocompatibilidade entre doador e
receptor. ii) No transplante de células-tronco hematopoéticas, o ideal é
que todos os antígenos testados sejam idênticos entre doador e receptor.

Antígeno tumoral, masc. Ver sin. Antígeno carcinogênico.

Antineoplásico, masc. Agente que inibe ou impede a proliferação de


células neoplásicas. Ver Neoplasia.

Aplasia medular, fem. Redução severa das linhagens celulares da


medula óssea decorrente da sua destruição por drogas, irradiação ou
doenças. Notas: i) No transplante de células-tronco hematopoéticas, é
a condição do receptor por um período de tempo entre a infusão de
células-tronco hematopoéticas e a pega do enxerto. ii) Predispõe o
paciente a anemias, infecções e sangramentos.

Betaterapia, fem. Sin. Plaque therapy. Técnica de braquiterapia utilizada


para tratamento de lesões superficiais da pele e da esclera ocular. Ver
Braquiterapia.

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Biópsia, fem. Retirada de fragmento de tecido por intervenção cirúrgica
ou por agulha, para exame microscópico, com a objetivo de estabelecer
diagnóstico morfológico do tumor. Notas: i) A biópsia pode ser incisional
ou excisional. ii) Core biopsy e biópsia com agulha grossa (Tru-cut)
diferenciam-se pelo calibre interno das agulhas. Ver Punção.

Blasto, masc. Célula precursora, histologicamente indiferenciada, que


apresenta rápida proliferação.

Braquiterapia, fem. Tratamento radioterápico que utiliza implantes


intersticiais, moldes, s em e nte s , agulhas ou aplicadores intracavitários
de materiais radioativos, p a ra obter maior concentração da energia no
tumor e reduzir a dose nos tecidos e nas estruturas adjacentes. Notas:
i) Fontes radioativas: irídio, césio, iodo, ouro radioativo, entre outras. ii)
Sua aplicação pode ser superficial, intracavitária, intraluminal ou
intersticial. iii) Utiliza radiação B ou Y. iv) Pode ser de alta taxa de dose
(maior do que 12Gy/h), média taxa de dose (entre 2Gy/h e 12Gy/h) ou
baixa taxa de dose (entre 0,4Gy/h e
2Gy/h).

Braquiterapia remota com pós-carregamento, fem. Ver sin. Remote


afterloading.

Cacon, masc. Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia.

Câncer, masc. Sin. Neoplasia maligna; Tumor maligno. Doença com


características malignas devido ao aumento desordenado de células que
podem invadir tecidos e órgãos adjacentes e/ou espalhar-se para outras
regiões do corpo. Nota: nome genérico atribuído a mais de 100 tipos de
classificações. Ver Metástase.

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Câncer avançado, masc. Câncer que usualmente não pode ser curado
com tratamento. Notas: i) O câncer pode ser localmente avançado ou
metastático. ii) Também denominado doença avançada.

Câncer em progressão, masc. Câncer que mantém características de


atividade proliferativa, independentemente de o paciente estar em
tratamento ou não. Nota: também denominado doença em progressão.

Câncer em remissão, masc. Redução ou desaparecimento de sinais ou


sintomas de um câncer, comumente após a realização do tratamento
proposto. Notas: i) Na remissão parcial, somente alguns sinais e sintomas
do câncer desaparecem. ii) Na remissão completa, todos os sinais e
sintomas do câncer desaparecem, embora alguma lesão ainda possa
permanecer no organismo, e o paciente não possa ser considerado
curado. iii) Em casos raros, a remissão pode ser espontânea, sem que se
tenha realizado qualquer tratamento. iv) Também denominado doença em
remissão.

Câncer estável, masc. Câncer que, apesar do tratamento, não progrediu


nem regrediu. Nota: também denominado doença estável.

Cancerologia, fem. Sin. Oncologia. 1. Estudo dos tumores malignos em


todos os seus prismas: causa, estrutura, tratamento, entre outros. 2.
Especialidade médica que trata do câncer.

Caquexia, fem. Condição clínica caracterizada por perda acentuada de


peso, hipoalbuminemia, atrofia muscular, fadiga, fraqueza e perda de
apetite, que evidencia um quadro de desnutrição severa geralmente
associado a doenças crônicas. Nota: pode ser observada em casos graves
de câncer, síndrome de imunodeficiência adquirida (Sida), tuberculose e
doença cardíaca.

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Carcinogênese, fem. Processo de desenvolvimento de danos nos genes
em uma única célula (mutações), que leva ao surgimento de células
anormais. Notas: i) Se tal processo n ã o é impedido, essas células
anormais produzem células cancerosas. ii) É composto de três fases:
iniciação, promoção e progressão.

Carcinógeno, masc. Agente físico, químico ou biológico que aumenta o


risco de desenvolvimento de neoplasia maligna.

Carcinoma, masc. Neoplasia maligna de procedência epitelial.

Carcinoma basocelular, masc. Neoplasia maligna originada nas células


basais da epiderme ou de estruturas que delas derivam.

Carcinoma de células escamosas, masc. Ver sin. Carcinoma epidermoide.

Carcinoma de células transicionais, masc. Neoplasia maligna originada


do epitélio transicional. Nota: em aparelho urinário, também se denomina
carcinoma urotelial.

Carcinoma ductal infiltrante, masc. Sin. CDI. Neoplasia maligna que se


origina de ductos e que infiltra o tecido adjacente. Nota: principalmente
em mamas, mas ocorre também no pâncreas e nas glândulas salivares.

Carcinoma ductal in situ, masc. Sin. Carcinoma intraductal; CDIS;


Neoplasia intraepitelial ductal. Tipo de adenocarcinoma que não invade
o tecido adjacente.

Carcinoma epidermoide, masc. Sin. Carcinoma escamocelular;


Carcinoma de células escamosas; Carcinoma espinocelular. Neoplasia
maligna que se origina do epitélio escamoso.

Carcinoma escamocelular, masc. Ver sin. Carcinoma epidermoide.

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Carcinoma espinocelular, masc. Ver sin. Carcinoma epidermoide.

Carcinoma in situ, masc. Sin. Neoplasia intraepitelial. Neoplasia maligna


caracterizada pela proliferação de células atípicas e pleomórficas que
comprometem toda a espessura do epitélio, confinada pela membrana
basal.

Carcinoma intraductal, masc. Ver sin. Carcinoma ductal in situ.

Carcinoma microinvasor, masc. Aumento tumoral inicial com o


comprometimento superficial do estroma adjacente – tecido justa-posto
ao epitélio que deu procedência ao tumor – identificado apenas por meio
do exame microscópico. Notas: i) Para colo uterino, é considerado
microinvasor o carcinoma que mede até 3 mm em profundidade e 7 mm
em extensão (pT1a1 – classificação pTNM); e de 3 mm a 5 mm em
profundidade e 7 mm em extensão (pT1a2). ii) Para mama, é
considerado microinvasor o carcinoma cuja invasão do estroma mede
até 1 mm.

Cateter central de inserção periférica, masc. Sin. CCIP. Tubo flexível


que, por punção de uma veia periférica, é inserido em veia central para
administração de terapia intravenosa ou coleta de amostras de sangue.
Nota: o cateter é confeccionado em silicone ou poliuretano radiopacos,
tem diâmetro variável, é facilmente visualizado em imagem radiológica ou
fluoroscópica, e pode ter um ou dois lúmens.

Cateter de Hickman, masc. Dispositivo venoso central de longa


permanência, semi-implantado, tunelizado e mais comumente utilizado
em pacientes onco-hematológicos ou submetidos a transplante de células-
tronco hematopoéticas.

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Notas: i) O cateter é confeccionado em silicone ou poliuretano
radiopacos, tem calibre variável, tem um, dois ou três lúmens e é
facilmente visualizado em imagem radiológica ou fluoroscópica. ii) Permite
a administração de medicamentos, soluções, nutrientes,
hemocomponentes, hemoderivados e células-tronco hematopoieticas,
além da coleta de amostras de sangue. iii) Também conhecido como
cateter de Hickman-Broviac.

Cateter venoso central de longa permanência, masc. Sin. CVC-LP. Tubo


flexível inserido cirurgicamente em veia central para administração de
terapia intravenosa ou coleta de amostras de sangue, que pode
permanecer no paciente por longos períodos. Notas: i) O cateter é
confeccionado em silicone ou poliuretano radiopacos, tem diâmetro
variável e é facilmente visualizado em imagem radiológica ou
fluoroscópica. ii) São exemplos: cateter venoso central de longa
permanência-semi-implantado (CVLP-SI) e cateter venoso central de
longa permanência-totalmente implantado (CVLP-TI). Ver Cateter de
Hickman.

CCIP, masc. Ver sin. Cateter central de inserção periférica

CDI, masc. Ver sin. Carcinoma ductal infiltrante.

CDIS, masc. Carcinoma ductal in situ.

Células NK, fem. pl. Ver sin. Linfócitos natural killer.

Célula-tronco hematopoética, fem. Célula primitiva, derivada do


mesênquima embrionário, capaz de autorreplicar-se e/ou diferenciar-se
e dar procedência a células das linhagens sanguíneas como hemácias,
plaquetas e leucócitos. Nota: as fontes de células-tronco hematopoéticas
são a medula óssea, o sangue periférico e o sangue de cordão umbilical.

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Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia, masc. Sin.
Cacon. Unidade hospitalar com condições técnicas, instalações físicas,
equipamentos e recursos humanos adequados à prestação de assistência
especializada de alta complexidade para o diagnóstico definitivo e
tratamento de todos os tipos de câncer.

Ciclo, masc. Intervalo de tratamento entre a primeira dose e a segunda de


um esquema de quimioterapia. Os dias de infusão/aplicação são
denominados D. Exemplo: Gemcitabina no D1 e D8 de ciclo de 21 dias –
Gemcitabina é aplicada no primeiro e no oitavo dia a cada 21 dias. Se
forem 6 ciclos, esse esquema deve ser repetido por 6 vezes.

Cistite actínica, fem. Processo inflamatório agudo ou tardio da mucosa


vesical provocado pela irradiação externa da pelve (teleterapia) ou pela
braquiterapia. Notas: i) Os principais sintomas da cistite actínica são
disúria, hematúria e incontinência urinária. ii) Ocorre mais comumente
em pacientes com cânceres do colo do útero ou da bexiga.

Citogenética, fem. Técnica laboratorial empregada para avaliação das


alterações nos cromossomos. Nota: nos casos de câncer, a identificação de
alterações específicas auxilia no estabelecimento do diagnóstico, na
classificação da doença e no planejamento do tratamento.

Citologia, fem. Análise microscópica das células para estabelecer sua


linhagem e/ou diagnósticos de processos inflamatórios e processos
tumorais benignos ou malignos, pela detecção de anormalidades
citopatológicas. Nota: exemplo: citologia oncótica.

Citologia oncótica, fem. Análise microscópica para pesquisa de células


neoplásicas.

Citoquímica, fem. Técnica laboratorial que utiliza reações químicas


celulares para identificação e/ou confirmação de parasitos e bactérias;

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diferenciação e reconhecimento de fibras musculares, tecido conjuntivo
e fibras elásticas; deposição de cálcio; diagnóstico de câncer etc.

Classificação de Tumores Malignos TNM, fem. Sin. Classificação TNM;


TNM. Sistema utilizado para padronizar o estadiamento da maioria dos
tumores malignos por meio de três conjuntos de códigos, identificados
pelas letras T (extensão do tumor), N (ausência ou presença e extensão
das metástases em linfonodos regionais) e M (ausência ou presença de
metástases a distância).

Classificação TNM, fem. Ver sin. Classificação de Tumores Malignos TNM.

Clinical Target Volume, masc. Sin. CTV. Área de risco de disseminação


tumoral que pode compreender o parênquima do órgão acometido, os
tecidos adjacentes e as cadeias de drenagem linfonodais locorregionais.
Utilizado para cálculo de dose e alvo na radioterapia. Ver Gross Tumor
Volume; Planning Target Volume.

Colposcopia, fem. Exame do trato genital feminino inferior por meio de


instrumento óptico de magnificação iluminado (colposcópio).

Compressão raquimedular, fem. Ver sin. Síndrome da compressão medular.

Comprometimento a distância, masc. Ver sin. Metástase.

Comprometimento bilateral, masc. Acometimento do câncer nos dois


lados do corpo em um órgão único (cérebro ou tireoide) ou duplo (por
exemplo: pulmões, rins, mamas, ovários). Nota: deve-se considerar o tipo
histológico e o intervalo de tempo entre os diagnósticos para estabelecer
se os cânceres são sincrônicos ou não.

Comprometimento de áreas contíguas, masc. Acometimento do câncer


em dois ou mais órgãos e/ou estruturas adjacentes.

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Comprometimento ganglionar regional, masc. Acometimento tumoral
na cadeia ganglionar responsável pela drenagem linfática do local de
aparecimento do tumor primário.

Comprovação citológica, fem. Confirmação do diagnóstico com base em


exame microscópico de células tumorais primárias ou metastáticas.

Comprovação histológica, fem. Comprovação do diagnóstico por


meio de exame microscópico de tecidos tumorais primários ou
metastáticos.

Conização do colo do útero, fem. Remoção, em forma de cone, da zona


de transformação e de parte do canal endocervical. Nota: conização
realizada com bisturi convencional ou alça diatérmica (eletrocirurgia),
recomendada para o diagnóstico e o tratamento de lesões pré-malignas
ou malignas.

Contorno, masc. Formato que determinada lesão apresenta em um exame


de imagem capaz de indicar o grau de suspeição de malignidade. É a
característica utilizada para incluir o nódulo nas Categorias BI-RADS®. ii)
O contorno pode ser: espiculado, irregular, lobulado ou regular. Ver
Sistema de Informação do Controle de Câncer de Mama.

Core biopsy, fem. Sin. Punção biópsia por agulha grossa. Biópsia de
tecido, utilizando agulha grossa, para exame histopatológico. Ver Biópsia.

CTCAE, ver. Sin. Common Terminology Criteria for Adverse Events. Os


Critérios de Terminologia Comuns para Eventos Adversos, anteriormente
chamados de Critérios Comuns de Toxicidade, são um conjunto de critérios
para a classificação padronizada dos efeitos adversos dos medicamentos
utilizados na terapia do câncer.

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Cuidados ao fim da vida, masc. pl. Cuidados oferecidos ao paciente no
período que precede o processo de morte natural cujo curso clínico é
impossível de ser detido pelos cuidados médicos. Notas: i) Cuidados
geralmente oferecidos a pacientes com Karnofsky Performance Status
(KPS) em torno de 10%. ii) Podem ser oferecidos tanto no domicílio quanto
no hospital. Ver Fora de possibilidades terapêuticas atuais; Performance
Status.

Cuidados paliativos, masc. pl. Cuidados totais ativos promovidos por


equipe multidisciplinar, que visam a melhoria da qualidade de vida tanto
do paciente quanto de seus familiares, diante de uma doença crônico-
degenerativa que não responde a tratamento curativo, e que incluem tanto
a prevenção e o alívio do sofrimento quanto a identificação precoce, a
avaliação e o tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais,
psicológicos e espirituais Nota: inclui atendimento domiciliar,
ambulatorial ou hospitalar.

CVC-LP, masc. Cateter venoso central de longa permanência.

Debulking, masc. Cirurgia de ressecção tumoral parcial com preservação


de estruturas nobres como vasos, nervos e órgãos.

DECH, fem. Ver sin. Doença do enxerto-contra-hospedeiro.

Dermatoscopia, fem. Exame da superfície da pele por meio de


instrumento óptico de magnificação iluminado (dermatoscópio).

Detector de radiação, masc. Dispositivo capaz de prover uma leitura da


medida de dose absorvida depositada em um volume específico devido à
interação da radiação ionizante com o meio. Nota: exemplos: câmara de
ionização; filme radiográfico; detector semicondutor (diodo). Ver Capa de
build-up; Dose Absorvida; Dosimetria; Dosimetria clínica.

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Diagnóstico morfológico, masc. Definição do tipo histológico do tecido
que constitui o tumor.

Diferenciação celular, fem. Identificação do padrão histológico e das


características das células que compõem o tecido tumoral, em
comparação com o tecido normal.

Dimetil sulfóxido, masc. Sin. DMSO. Líquido orgânico amplamente


utilizado como solvente químico. Notas: i) Em razão da sua capacidade de
penetrar membranas biológicas, o dimetil sulfóxido é utilizado como
agente de eleição para proteger tecidos e células (por exemplo: células-
tronco hematopoéticas) durante a criopreservação, pois evita a formação
excessiva de cristais de gelo dentro da célula, o que causaria sua lise. ii)
O dimetil sulfóxido apresenta diversas atividades farmacológicas,
inclusive analgesia e ação anti-inflamatória, e é utilizado como veículo na
aplicação tópica de fármacos.

Disgerminoma, masc. Tumor ovariano que se desenvolve a partir de


células de linhagem germinativa primordiais das gônadas. Ver
Germinoma; Seminoma.

Disgeusia, fem. Afecção caracterizada por alterações da sensação do


paladar. Nota: pode variar de leve a severa e incluir distorções grosseiras
da qualidade do paladar.

Disosmia, fem. Percepção distorcida do olfato.

Distanásia, fem. Prolongamento do processo de morte mediante


tratamento fútil com uso de procedimentos invasivos e agressivos que não
trarão benefício ao paciente.

DMSO, masc. Ver sin. Dimetil sulfóxido.

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Doença do enxerto-contra-hospedeiro, fem. Sin. DECH. Síndrome
complexa, multissistêmica, por vezes letal, que ocorre quando linfócitos T
e outras células alorreativas contidas em um enxerto de células-tronco
hematopoéticas ou em um hemocomponente induzem uma resposta
citotóxica e inflamatória e causam danos a tecidos normais do hospedeiro
como pele, fígado e trato gastrointestinal. Nota: a DECH é classificada em:
a) aguda, quando ocorre nos 100 primeiros dias do transplante e tem como
sinais rash, descamação e/ou flictenas na pele, icterícia e/ou diarreia
volumosa; e b) crônica, com característica clínica semelhante a doenças do
colágeno ou autoimunes, frequentemente tardia (mais de 100 dias após o
transplante), na qual o paciente pode apresentar esclerodermia, vitiligo,
limitações articulares, atrofia e/ou ressecamento de mucosas.

Doença imunoproliferativa, fem. Doença caracterizada por intensa


proliferação das células que participam da defesa imunológica do
organismo. Nota: exemplos dessa doença: gamopatia monoclonal
benigna, linfomas e leucemias.

Doença terminal, fem. Termo em desuso. Ver Fora de possibilidades


terapêuticas atuais.

Doente terminal, masc. Sin. Paciente terminal. Termo em desuso. Ver


Fora de possibilidades terapêuticas atuais.

Estadiamento clínico, masc. Avaliação da extensão da doença neoplásica


primária, tendo por base as informações clínicas (não cirúrgicas) a respeito
do tamanho do tumor, da existência de comprometimento linfonodal e
da ocorrência de metástases. Nota: conforme recomendação da União
Internacional Contra o Câncer (UICC), é classificado em: estádio 0 – câncer
in situ; estádio I – tumor localizado; estádio II – envolvimento
locorregional; estádio III – envolvimento regional de linfonodos; estádio IV
– metástase a distância. Ver Classificação de Tumores Malignos TNM.

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Estadiamento patológico, masc. Avaliação da extensão da doença
neoplásica com base nas informações clínicas e no estudo
anatomopatológico do tumor primário, dos linfonodos e das metástases.
Ver Classificação de Tumores Malignos TNM.

Estágio terminal, masc. Termo em desuso. Ver Fora de possibilidades


terapêuticas atuais.

Estereotaxia, fem. Técnica que usa um sistema tridimensional de


coordenadas para localizar pequenos alvos no interior do corpo e realizar
procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos. Nota: exemplos de
procedimentos: ablação, biópsia, radioterapia.

Estertores finais, masc. pl. Ver sin. Ronco da morte.

Estimativa de câncer, fem. Cálculo estatístico preditor de incidência e


mortalidade de câncer em população e período específicos, feito com
base em dados dos Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) e do
Sistema de Informações de Mortalidade (SIM). Nota: a publicação
“Estimativa: Incidência de Câncer no Brasil” é editada a cada 2 anos pelo
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca). No
volume 2012–2013, foram considerados 18 tipos específicos de câncer,
com base na magnitude e no impacto da incidência.

Esvaziamento linfonodal, masc. Sin. Linfadenectomia. Retirada cirúrgica


de cadeia de linfonodos com objetivo de investigar comprometimento
desses por tumor ou de identificar a disseminação da doença. Notas: i) O
esvaziamento linfonodal pode fazer parte do tratamento em
determinados tipos tumorais. ii) Exemplos: esvaziamento cervical;
esvaziamento axilar; esvaziamento inguinal. Ver Classificação de Tumores
Malignos TNM; Linfonodo sentinela.

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Exame anatomopatológico, masc. Sin. Exame histopatológico. Exame
realizado por meio do estudo macroscópico e microscópico de tecidos,
que permite identificar a presença de células tumorais, suas morfologia e
histogênese, a fim de estabelecer o diagnóstico.

Exame histopatológico, masc. Ver sin. Exame anatomopatológico.

Fatores de proteção, masc. pl. Condições que reduzem ou minimizam o


risco de desenvolver o câncer. Nota: são exemplos de fatores de proteção
contra o câncer: dieta saudável, atividade física regular, peso corporal
adequado – índice de massa corporal (IMC) entre 18,5kg/m² e
24,99kg/m².

Fatores de risco, masc. pl. Condições que predispõem uma pessoa a


maior risco de desenvolver câncer. Podem ser genéticas ou intrínsecas,
comportamentais, sociais, culturais ou ambientais. Nota: são exemplos de
fatores de risco intrínsecos: sexo, idade e herança genética; e
comportamentais: tabagismo, alimentação inadequada, sedentarismo,
consumo de álcool e outras drogas.

Fatores prognósticos, masc. pl. Parâmetros possíveis de serem


mensurados no momento do diagnóstico que servem como preditores da
sobrevida do paciente. Nota: são exemplos de fatores prognósticos para
o câncer: tamanho do tumor, condição dos linfonodos regionais,
presença ou ausência de metástase a distância e grau histológico, entre
outros.

Fora de possibilidades curativas atuais. Sin. FPCA. Diagnóstico médico


dado ao paciente com neoplasia maligna, para o qual não há, no momento,
recursos curativos.

Fora de possibilidades terapêuticas atuais. Sin. FPTA. Diagnóstico médico


dado ao paciente com câncer em estágio avançado, para o qual não há,

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no momento, recursos terapêuticos indicados para o tratamento
específico, devendo o paciente receber cuidados paliativos. Ver Cuidados
paliativos.

Fotoferese, fem. Ver sin. Fotoferese extracorpórea.

Fotoferese extracorpórea, fem. Sin. FEC; Fotoferese. Procedimento no


qual determinada quantidade de plasma sanguíneo é removida do
paciente, por máquinas especiais de aféreses, e tratada fora do corpo com
irradiação ultravioleta e drogas psoralênicas, que se tornam ativas
quando expostas a esse tipo de irradiação. Após esse processo, os
linfócitos contidos no plasma tratado sofrem inativação funcional e, com
menor potencial lesional, são devolvidos ao paciente. Nota: a fotoferese
extracorpórea é usada para tratar a doença do enxerto-contra-
hospedeiro.

Fotoquimioterapia com psoralênico mais irradiação ultravioleta A, fem.


Sin. Puva. Tipo de fotoquimioterapia na qual o paciente recebe uma droga
psoralênica oral ou tópica e, após um tempo, é submetido à irradiação
ultravioleta A. Nota: a Puva é usada para tratar doenças benignas de pele
como vitiligo e psoríase, bem como linfomas cutâneos e a doença do
enxerto-contra-hospedeiro.

FPCA, fem. Ver sin. Fora de possibilidades curativas atuais.

FPTA, fem. Ver sin. Fora de possibilidades terapêuticas atuais.

Fração, fem. Parte da dose total de radioterapia, dividida em aplicações


diárias ou semanais.

Frequência de câncer, fem. Número de ocorrências de câncer em uma


determinada população.

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Gamagrafia, fem. Técnica utilizada pela medicina nuclear para exames de
imagem com captação de emissões de substâncias ionizantes. Nota: as
emissões de substâncias ionizantes são utilizadas como contraste em
exames de cintilografia ou Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET).

Granulocitopenia, fem. Ver sin. Neutropenia.

Hematopoese, fem. Processo de formação de células sanguíneas a partir


de células-tronco hematopoéticas, que ocorre primordialmente na
medula óssea. Nota: quando a hematopoese ocorre fora da medula óssea,
o processo é chamado de hematopoese extramedular.

Hiposmia, fem. Redução do olfato.

Histoquímica, fem. Técnica laboratorial que utiliza reações químicas


celulares no corte tecidual para identificação e/ou confirmação de
parasitos, bactérias, diferenciação e reconhecimento de fibras
musculares, tecido conjuntivo, fibras elásticas, deposição de cálcio,
mielina, diagnóstico de câncer etc.

HLA, masc. pl. Antígenos Leucocitários Humanos.

Hormonioterapia, fem. Sin. Terapia endócrina; Terapia hormonal;


Tratamento hormonal. Tratamento realizado por meio da administração
de hormônios ou ablação de órgãos glandulares. Notas: i) A administração
de um hormônio já presente no organismo é denominada
hormonioterapia aditiva, e a de um hormônio antagônico, terapia anti-
hormonal. ii) A ablação é a retirada cirúrgica ou inativação radioterápica
de órgão glandular.

ICT, fem. Irradiação corporal total.

IGRT, fem. Image-Guided Radiation Therapy.

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Image-Guided Radiation Therapy, fem. Sin. IGRT. Modalidade de
tratamento que emprega técnicas de imagem para verificar a precisão do
posicionamento do paciente para aplicação radioterápica. Notas: i) São
utilizadas imagens obtidas por ultrassom, raios X, tomografia, entre
outras. ii) Os protocolos de IGRT são definidos pelas instituições
dependendo do sítio anatômico, do estadiamento da doença e do objetivo
de tratamento. iii) A IGRT permite reduzir as incertezas de posicionamento
e, por consequência, a irradiação de tecidos sadios.

Imunoterapia, fem. Tratamento que consiste em estimular as células


imunológicas do paciente a combater o câncer. Atualmente, é utilizada
como sinônimo de uso de anticorpos monoclonais contra o PD-1/PDL-1,
tratamento que inibe a tolerância imunológica dos linfócitos ao tumor e,
consequentemente, faz com que eles voltem a destruir a neoplasia.

Implante secundário, masc. Ver sin. Metástase.

IMRT, fem. Intensity-Modulated Radiation Therapy

Imunocitoquímica, fem. Técnica laboratorial utilizada para auxiliar no


diagnóstico citopatológico, empregando recursos de reação imune tipo
antígeno-anticorpo.

Imunofenotipagem, fem. Método laboratorial que utiliza reação


antígeno-anticorpo para determinação do fenótipo das células. Notas: i)
É mais comumente utilizada para determinar o fenótipo das células que
circulam na corrente sanguínea ou na medula óssea. ii) Exemplo:
determinação do fenótipo dos linfócitos. iii) Processo usado para
diagnosticar tipos específicos de leucemias e linfomas comparando
células malignas e normais do sistema imune.

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Imunofenótipos, masc. pl. Tipos de antígenos ou marcadores de superfície
da célula. Nota: os subtipos principais são T e B, assim chamados porque
suas células apresentam características semelhantes às dos linfócitos T ou
B normais.

Imuno-histoquímica, fem. Técnica laboratorial utilizada para auxiliar no


diagnóstico histopatológico, empregando recursos de reação imune tipo
antígeno-anticorpo.

Imunoterapia, fem. Modalidade de tratamento empregada no


tratamento antineoplásico, cujo objetivo é modificar a resposta imune do
paciente. Nota: estão incluídos nessa modalidade os tratamentos
realizados com substâncias que atuam sobre o sistema imunológico
(imunoestimulantes ou imunossupressores).

Incidência de câncer, fem. Medida de frequência de novos casos de


câncer que ocorrem em uma determinada população durante um período
específico de tempo. Nota: é um conceito epidemiológico.

Intensity-Modulated Radiation Therapy, fem. Sin. IMRT. Técnica de


teleterapia que utiliza modulação do feixe de radiação para conformar a
distribuição de dose aos volumes alvos e, consequentemente, poupar os
tecidos sadios vizinhos. Nota: a IMRT é caracterizada pela alta
complexidade de planejamento e, usualmente, emprega algoritmos de
otimização computacionais para obtenção da distribuição de dose
idealizada para a área irradiada. Ver Dose absorvida; Teleterapia.

Invasão por contiguidade, fem. Envolvimento das estruturas vizinhas à


localização primária do tumor, em decorrência do aumentotumoral.

Invasivo, masc. Característica do aumento do tumor maligno que invade


as estruturas justapostas ou contíguas.

-19-
Iodoterapia, fem. Terapia sistêmica com iodo e seus compostos. Nota:
emprega-se o iodo radioativo (I131) para o tratamento do câncer de
tireoide, devido à afinidade do tecido dessa glândula com o iodo.

Irradiação corporal total, fem. Sin. ICT. Radioterapia realizada em


dose única ou fracionada, usualmente associada à quimioterapia de
alta dose, como preparação para transplante de células-tronco
hematopoéticas. Nota: tradução do inglês: total body irradiation (TBI).
Ver Regime de condicionamento.

Lesão osteoblástica, fem. Lesão óssea cuja imagem radiológica apresenta


formação de tecido ósseo. Nota: pode estar associada à lesão neoplásica.

Lesão osteolítica, fem. Lesão óssea cuja imagem radiológica apresenta


destruição de tecido ósseo. Nota: pode estar associada à lesão neoplásica.

Lesão pré-cancerosa, fem. Sin. Lesão precursora; Lesão pré-maligna.


Lesão que não apresenta as características histológicas de câncer, mas
pode se transformar em uma lesão maligna. Nota: constitui uma etapa
intermediária no processo de transformação celular para malignidade.

Lesão precursora, fem. Ver Lesão pré-cancerosa.

Lesão pré-maligna, fem. Ver Lesão pré-cancerosa.

Lesão sobreposta, fem. Tumor maligno que ultrapassa os limites da sua


localização anatômica primária. Notas: i) Nos registros de câncer, a
expressão é usada quando um tumor ultrapassa os limites anatômicos de
duas ou mais categorias ou subcategorias e cujo ponto de procedência não
pode ser determinado. ii) As regras de codificação encontram-se na
Classificação Internacional de Doenças para Oncologia, terceira edição
(CID-O/3).

-20-
Letalidade de câncer, fem. Potencialidade do câncer em causar a morte
do paciente. Notas: i) É um conceito epidemiológico. ii) É utilizado como
avaliador da gravidade da doença.

Leucemias, fem. pl. Grupo de doenças neoplásicas malignas


hematológicas que se caracterizam por intensas alterações no processo
de formação das células sanguíneas. Nota: são exemplos: leucemia
linfoide aguda (LLA), leucemia linfoide crônica (LLC), leucemia mieloide
aguda (LMA) e leucemia mieloide crônica (LMC).

Leucopenia, fem. Redução do número de leucócitos circulantes. Notas: i)


Predispõe o paciente a infecções. ii) Ocorre em pacientes em tratamento
quimioterápico antineoplásico. iii) Para o tratamento radioterápico, a
ocorrência da leucopenia depende da dose total, do tamanho da área
irradiada e dos tratamentos sistêmicos associados. Ver Nadir
hematológico; Neutropenia.

Limite de dose individual, masc. Valor estabelecido para exposição


ocupacional e exposição do público, que constitui parte dos princípios
básicos de proteção radiológica. Ver Radioproteção.

Limites cirúrgicos, masc. pl. Ver sin. Margem de segurança.

Linfadenectomia, fem. Ver sin. Esvaziamento linfonodal.

Linfedema, masc. Distúrbio crônico e incapacitante causado por acúmulo


de líquido intersticial altamente proteico decorrente de alterações do
sistema linfático. Notas: i) É provocado pela falha parcial ou total do
transporte da linfa em extremidades. ii) Em oncologia, decorre de
complicação do tratamento (biópsia de linfonodo sentinela,
linfadenectomia, radiação) ou de progressão de doença (compressão
tumoral).

-21-
Linfócitos natural killer, masc. pl. Sin. Células NK; Linfócitos NK.
Linfócitos que atuam na defesa do organismo e que têm como alvo a
destruição das células tumorais e a proteção do organismo contra uma
grande variedade de agentes infecciosos.

Linfócitos NK, masc. pl. Ver sin. Linfócitos natural killer.

Linfonodo sentinela, masc. É o primeiro linfonodo a receber drenagem


linfática de uma determinada área topográfica. Nota: a pesquisa do
linfonodo sentinela é realizada para determinar se há metástase
linfonodal.

Marcadores tumorais, masc. pl. Macromoléculas ou substâncias


presentes no tumor, no sangue ou em outros líquidos biológicos, cujo
aparecimento e/ou alterações em suas concentrações podem indicar a
presença do tumor ou a atividade da doença. Notas: i) O marcador
tumoral é usado para auxílio no diagnóstico, pesquisa de recidiva e
metástase, avaliação da evolução da doença e da resposta ao tratamento,
e prognóstico. ii) Exemplos de marcadores: antígeno prostático específico
(PSA), antígeno carcinoembrionário (CEA), antígeno carcinogênico 15-3
(CA 15-3), α-fetoproteína (AFP), fração β do hormônio gonadotrofina
coriônica (β-HCG), fosfatase ácida prostática (PAP), receptor de estrogênio
(RE), receptor de progesterona (RP), receptor tipo 2 do fator de
aumentoepidérmico humano (HER-2).

Margem de segurança, fem. Sin. Limites cirúrgicos; Margens cirúrgicas.


Retirada do tecido circunvizinho à massa tumoral durante tratamento
cirúrgico com a objetivo de erradicar o câncer, evitando recidivas ou lesões
residuais.

Margens cirúrgicas, fem. pl. Ver sin. Margem de segurança.

-22-
Medida de Breslow, fem. Medida em milímetros da profundidade de
invasão da derme ou mucosa pelo tumor, empregada na Classificação de
Tumores Malignos TNM. Nota: medida muito utilizada em melanoma.

Melhoria na Qualidade de Vida, fem. É um aumento na satisfação de vida


global de um paciente.

Metástase, fem. Sin. Comprometimento a distância; Implante secundário.


Deslocamento e implante de uma ou mais células neoplásicas
provenientes de um tumor maligno primário para outro órgão ou tecido
diferente da sua localização. Nota: o processo de disseminação pode se dar
por via linfática ou sanguínea, pelo líquido cefalorraquidiano ou por
continuidade ou contiguidade. Ver Metástase a distância; Metástase
disseminada; Metástase regional.

Metástase a distância, fem. Ocorrência de tumor secundário afastado do


tumor primário. Ver Metástase; Metástase disseminada; Metástase
regional.

Metástase disseminada, fem. Ocorrência de metástase em múltiplas


localizações. Ver Metástase; Metástase a distância; Metástase regional.

Metástase regional, fem. Ocorrência de metástase para os linfonodos


que drenam a área do tumor primário. Ver Metástase; Metástase a
distância; Metástase disseminada.

Microcalcificações, fem. pl. Estruturas cálcicas com tamanho igual ou


menor que 0,5 mm. Nota: podem ser vistas nos exames histopatológico e
radiológico.

Mobilização de células-tronco hematopoéticas, fem. Protocolo de


tratamento que determina a administração de quimioterápicos
antineoplásicos e/ou fatores de crescimento hematopoéticos a fim de

-23-
estimular a migração das células-tronco da medula óssea para o sangue
periférico do paciente para que sejam coletadas por meio de aféreses.
Notas: i) Nos transplantes autólogos, essas células são criopreservadas e
usadas após o regime de condicionamento. ii) Nos transplantes alogênicos,
podem ser criopreservadas ou usadas brevemente após a coleta.

Monitoração radiológica, fem. Determinação contínua ou periódica da


quantidade de radiação presente em determinado indivíduo ou ambiente,
para fins de radioproteção.

Morbidade, fem. Alteração, subjetiva ou objetiva, na condição de bem-


estar fisiológico ou psicológico do paciente.

Mortalidade por câncer, fem. Medida de frequência da ocorrência de


mortes por câncer em uma determinada população durante um período
específico de tempo. Notas: i) É um conceito epidemiológico. ii) A
mortalidade pode ser entendida como um caso particular do conceito de
incidência, quando o evento de interesse é a morte e não o adoecimento.

Mucosite, fem. Processo inflamatório da mucosa de revestimento do


trato gastrointestinal. Notas: i) Caracteriza-se por eritema, ulceração,
hemorragia, edema e dor. ii) Exemplos: estomatite (mucosa oral),
esofagite, gastrite, enterocolite. iii) No tratamento de doenças malignas, a
mucosite é causada pelo efeito citotóxico direto da quimioterapia
antineoplásica ou pela radioterapia.

Nadir hematológico, masc. Menor valor de contagem hematológica


(leucócitos e plaquetas) que ocorre entre o 7º e 14º dia após a
administração da droga quimioterápica em decorrência do seu efeito
tóxico para a medula óssea. Nota: ao término do Nadir, segue-se o
período de recuperação medular, que ocorre cerca de 15 a 21 dias após
a administração da droga. Ver Leucopenia; Trombocitopenia.

-24-
Necrose tumoral, fem. Morte celular decorrente da perda de
vascularização do tecido tumoral.

Neoplasia, fem. Lesão tecidual caracterizada por alteração celular


proliferativa que poderá ser maligna, benigna, indeterminada ou
borderline. Ver Câncer.

Neoplasia intraepitelial, fem. Ver sin. Carcinoma in situ.

Neoplasia intraepitelial anal de alto grau, fem. Sin. NIA-III. Carcinoma


in situ do ânus.

Neoplasia intraepitelial cervical de alto grau, fem. Sin. NIC-III. Carcinoma


in situ do colo uterino.

Neoplasia intraepitelial ductal, fem. Ver sin. Carcinoma ductal in situ.

Neoplasia intraepitelial vaginal de alto grau, fem. Sin. NIVA-III.


Carcinoma in situ da vagina.

Neoplasia intraepitelial vulvar de alto grau, fem. Sin. NIV-III. Carcinoma


in situ da vulva.

Neoplasia maligna, fem. Ver sin. Câncer.

Neoplasma, masc. Termo em desuso. Ver sin. Neoplasia.

Neutropenia, fem. Sin. Granulocitopenia. Redução do número de


neutrófilos circulantes. Nota: predispõe o paciente a infecções.

NIA-III, fem. Neoplasia intraepitelial anal de alto grau.

NIC-III, fem. Neoplasia intraepitelial cervical de alto grau.

-25-
NIV-III, fem. Neoplasia intraepitelial vulvar de alto grau.

NIVA-III, fem. Neoplasia intraepitelial vaginal de alto grau.

Nódulo, masc. Pequena tumoração sólida, arredondada e bem delimitada.


Ver Câncer; Neoplasia; Tumor.

Oncologia, fem. Ver sin. Cancerologia.

PAAF, fem. Punção aspirativa por agulha fina.

Paciente terminal, masc. Sin. Doente terminal. Termo em desuso. Ver


Fora de possibilidades terapêuticas atuais.

Pancitopenia, fem. Redução no número de hemácias, leucócitos e


plaquetas no sangue circulante, em decorrência de hipoplasia da medula
óssea causada por drogas, doenças e/ou irradiação.

Papanicolaou, masc. Técnica de coloração para exame citopatológico.


Nota: o exame citopatológico usado para o rastreamento do câncer de
colo uterino e vagina é também denominado Papanicolaou.

Parageusia, fem. Gosto metálico do alimento. Nota: a parageusia é


comum em pacientes que fazem tratamento com quimioterápicos à base
de platina.

Pega da medula, fem. Ver sin. Recuperação medular no transplante de


células-tronco hematopoéticas.

Performance Status, fem. Sin. PS. Escala para avaliação da capacidade de


um paciente de desempenhar atividades da vida diária. Notas: i) As duas
escalas mais utilizadas são Karnofsky e Zubrod. ii) Os escores da escala de

-26-
Karnofsky (KPS) variam de 100%, para um paciente assintomático com
desempenho completamente normal, a 10%, para um moribundo com
processos letais progredindo rapidamente. iii) Na escala de Zubrod, os
escores variam de zero, para um paciente assintomático com desempenho
completamente normal, a 4, para um paciente restrito ao leito. iv)
Informalmente, a sigla PS é utilizada também para representar a escala de
Zubrod.

Período de latência, masc. Tempo decorrido entre a exposição a fatores


de risco e o aparecimento de sinais e sintomas do câncer. Nota: por ser o
câncer uma doença multifatorial, o período de latência é de difícil
determinação.

Pesquisa Clínica, fem. Processo de investigação científica, com a


finalidade de aumentar o conhecimento científico sobre os
medicamentos, procedimentos ou métodos de abordagem de problemas
que afetam a saúde do ser humano. Notas: A Pesquisa Clínica é dividida
em fases: i) Fase I: testa o medicamento pela primeira vez com o objetivo
de avaliar a sua segurança. ii) Fase II: com número de pacientes avalia a
eficácia da medicação, isto é, se ela funciona para tratar determinada
doença, e também obter informações mais detalhadas sobre a segurança
(toxicidade). iii) Fase III: Nesta fase, o novo tratamento é comparado com
o tratamento padrão existente. O número de pacientes aumenta ainda
mais. Geralmente, os estudos desta fase são randomizados. iiii) Fase IV:
são estudos realizados para se confirmar que os resultados obtidos na fase
anterior (fase III) são aplicáveis em uma grande parte da população
doente. Nesta fase, o medicamento já foi aprovado para ser
comercializado.
Placebo, masc. Preparação farmacêutica que não contém princípio ativo,
ou seja, não tem atividade terapêutica.
Planejamento radioterápico, masc. Processo em que o médico
radioterapeuta e o físico médico determinam os parâmetros essenciais

-27-
para o tratamento do paciente, como: tipo de radiação utilizado, aparelho
mais indicado, técnicas de tratamento, volumes alvo para irradiação e
tecidos sadios a serem protegidos. Notas: i) O planejamento visa criar
uma distribuição de dose no paciente que forneça prescrição uniforme
para o tumor e minimize a irradiação de tecidos saudáveis. ii) O
planejamento radioterápico que utiliza somente imagens radiográficas é
conhecido como bidimensional ou convencional. iii) O planejamento
tridimensional utiliza diversas modalidades de imagens diagnósticas,
como: tomografia computadorizada, ressonância magnética e
tomografia por emissão de pósitrons, inseridas em sistemas
computacionais específicos para delineamento de estruturas
anatômicas e cálculo da distribuição de dose. Ver Intensity-Modulated
Radiation Therapy; Planning Target Volume; Simulador.

Plaquetopenia, fem. Ver sin. Trombocitopenia.

Pré-carregamento, masc. Sin. Preloading. Carregamento manual das fontes


radioativas dentro dos aplicadores de braquiterapia. Ver Braquiterapia.

Preloading, masc. Ver sin. Pré-carregamento.

Prevalência de câncer, fem. Medida de frequência de casos existentes de


câncer, novos e antigos, em uma determinada população durante um
período específico de tempo. Nota: é um conceito epidemiológico.

Prevenção primária, fem. Conjunto de medidas que visa evitar casos novos
de câncer por meio do controle de exposição a fatores de risco.

Prevenção secundária, fem. Conjunto de medidas que tem por objetivo


alterar o curso natural do câncer, uma vez que seu início biológico já
aconteceu, por meio de intervenções que permitam sua detecção
precoce e/ou seu tratamento oportuno.

-28-
Prevenção terciária, fem. Conjunto de medidas que tem por objetivo
evitar deformidades, recidivas e mortes por câncer.

Protocolo de Pesquisa, O protocolo de estudo é um documento que


define todo o planejamento do projeto. Nele contempla-se a descrição da
pesquisa em seus aspectos fundamentais e as informações relativas ao
participante da pesquisa, à qualificação dos pesquisadores e a todas as
instâncias responsáveis.

Protocolo de tratamento, masc. Projeto preciso e detalhado para o


regime de tratamento de determinada doença. Nota: exemplo: protocolos
de quimioterapia combinada anti- neoplásica.

PS, fem. Ver sin. Performance Status.

Punção, fem. Retirada de material por agulha para exame citológico, com
a objetivo de estabelecer diagnóstico citopatológico do tumor. Nota:
exemplo: punção aspirativa por agulha fina (PAAF). Ver Biópsia.

Punção aspirativa por agulha fina, fem. Sin. PAAF. Procedimento


realizado por meio de uma agulha fina, visando à retirada de células do
tumor para exame citopatológico. Ver Punção.

Punção biópsia por agulha grossa, fem. Ver sin. Core biopsy.

Puva, fem. Ver sin. Fotoquimioterapia com psoralênico mais irradiação


ultravioleta A.

Qualidade de vida, fem. é o conjunto de condições que contribuem para


o bem físico e espiritual dos indivíduos em sociedade. Pode ser medido
por questionários e utilizado para avaliação do impacto de tratamentos na
qualidade de vida do paciente.

-29-
Quimerismo, masc. Ocorrência, em um mesmo indivíduo, de duas ou
mais populações de células de constituições cromossômicas provenientes
de indivíduos diferentes. Notas: i) No transplante de células-tronco
hematopoéticas, o quimerismo pode ser total, somente com a presença
de células do doador, que é o objetivo principal do tratamento; ou misto,
com a co-existência de células do doador e do receptor. ii) O quimerismo
é avaliado por exames moleculares para determinar polimorfismos de
DNA, a pega do enxerto e a proporção entre células do doador e do
receptor no compartimento hematopoético. Ver Recuperação medular no
transplante de células-tronco hematopoéticas.

Quimioterapia, fem. Tratamento com fármacos realizado por meio de


aplicações fracionadas e/ou repetidas. Nota: no tratamento do paciente
com câncer, é chamada de quimioterapia antineoplásica ou antiblástica.

Quimioterapia adjuvante, fem. Quimioterapia antineoplásica


administrada posteriormente ao tratamento principal. Nota: essa
quimioterapia tem por objetivo promover a eliminação da doença
residual metastática potencial, que é indetectável, porém
presumidamente existente. Ver Quimioterapia.

Quimioterapia citorredutora, fem. Ver sin. Quimioterapia neoadjuvante.

Quimioterapia curativa, fem. Quimioterapia antineoplásica que visa curar


o paciente. Nota: é administrada em casos de leucemias agudas, linfomas
de alto grau, linfomas de Hodgkin, tumores de células germinativas, entre
outros. Ver Quimioterapia.

Quimioterapia de alta dose, fem. Tratamento intensivo com drogas


antineoplásicas em altas doses (supraletais) para erradicar células
cancerígenas que tem como efeito colateral principal a destruição da
medula óssea. Nota: usualmente a quimioterapia de alta dose é
seguida por transplante de células-tronco hematopoéticas para

-30-
reconstrução do sistema hematopoético. Ver Quimioterapia Regime
de condicionamento.

Quimioterapia de consolidação, fem. Quimioterapia utilizada após fase


mais intensa de tratamento para manter o efeito do tratamento inicial.

Quimioterapia de manutenção, fem. Quimioterapia geralmente com


perfil de toxicidade mais tolerável, utilizada após fase mais intensa de
tratamento para manter o efeito do tratamento inicial e prolongar a
sobrevida livre de progressão do paciente.

Quimioterapia neoadjuvante, fem. Sin. Quimioterapia citorredutora.


Quimioterapia antineoplásica administrada previamente ao tratamento
principal, com o objetivo de diminuir o volume tumoral. Ver
Quimioterapia.

Quimioterapia paliativa, fem. Quimioterapia antineoplásica indicada para


alívio de sinais e sintomas que comprometem a capacidade funcional do
paciente. Ver Quimioterapia.

Quimioterapia sensibilizadora, fem. Quimioterapia antineoplásica


utilizada concomitantemente à radioterapia para melhorar a relação dose
de tratamento/dose tóxica do tratamento. Notas: i) Visa potencializar o
efeito da radioterapia no local irradiado com menor interferência no
efeito sistêmico do tratamento. ii) Exemplo de utilização: tratamento de
câncer do colo do útero. Ver Quimioterapia.

Radiação, fem. Emissão de energia por meio de ondas eletromagnéticas


ou partículas subatômicas. Nota: são exemplos de radiação: luz solar,
micro-ondas, ondas de rádio, raios gama e partículas alfa.

Radiação ionizante, fem. Radiação cuja energia é suficientemente alta


para provocar ionização ao atravessar o meio. Notas: i) A radiação

-31-
ionizante pode estar na forma de ondas eletromagnéticas ou de
partículas. ii) Os raios X são a forma mais conhecida de radiação ionizante
eletromagnética. iii) A radiação de natureza particulada é caracterizada
por sua carga (carregada ou neutra), massa (leve ou pesada) e velocidade
(lenta ou rápida). São exemplos de radiação particulada: prótons,
nêutrons e elétrons ejetados de átomos ou de núcleos atômicos.

Radiocirurgia, fem. Tipo não invasivo de teleterapia que utiliza feixes


colimados convergindo para uma determinada área com prescrição de
dose elevada, localização precisa guiada por estereotaxia, administrada
em uma única aplicação. Notas: i) Feixe colimado é aquele modificado
por blindagem externa, por exemplo, utilizando cone. ii) Procedimento
comumente utilizado em metástases do Sistema Nervoso Central (SNC)
em lesões de até 40 mm. Ver Estereotaxia; Teleterapia.

Radiodermite, fem. Reação inflamatória cutânea por exposição à


radiação ionizante. Notas: i) Pode ser uma reação adversa ao tratamento
radioterápico. ii) Na radioterapia, a reação é graduada em: a) reação de
lº grau: a mais comum, que consiste em eritema folicular leve, epilação,
descamação seca e redução da sudorese; b) reação de 2º grau: eritema
brando com descamação úmida em placas e edema moderado; c) reação
de 3º grau: descamação úmida em placas confluentes, edema
depressível; e d) reação de 4º grau: ulceração, hemorragia e necrose.

Radioproteção, fem. Sin. Proteção radiológica. Conjunto de medidas que


visam proteger o homem e seu meio ambiente contra possíveis efeitos
indesejáveis causados pela radiação ionizante.

Radiossensibilidade, fem. Resposta das células normais ou tumorais à


radiação. Nota: a radiossensibilidade de uma célula está relacionada,
entre outros fatores, à fase do ciclo celular, à hipóxia e à associação aos
quimioterápicos antineoplásicos administrados.

-32-
Radioterapia, fem. Método de tratamento local ou locorregional do
câncer, que utiliza equipamentos e técnicas variadas para irradiar áreas
previamente demarcadas do organismo humano. Nota: a radioterapia é
dividida, quanto ao intuito terapêutico, em curativa ou paliativa e,
quanto ao protocolo de tratamento, em exclusiva ou combinada. Ver
Braquiterapia; Teleterapia.

Radioterapia adjuvante, fem. Sin. Radioterapia pós-operatória.


Radioterapia realizada após tratamento cirúrgico, com a objetivo de
esterilizar possíveis focos microscópicos do tumor. Ver Radioterapia.

Radioterapia citorredutora, fem. Ver sin. Radioterapia neoadjuvante.

Radioterapia curativa, fem. Sin. Tratamento radical. Principal


modalidade de tratamento radioterápico que fornece doses de radiação
altas o suficiente para controlar a doença ou curar o paciente. Ver
Radioterapia.

Radioterapia neoadjuvante, fem. Sin. Radioterapia citorredutora;


Radioterapia pré-operatória; RT prévia. Radioterapia que antecede a
principal modalidade de tratamento, a cirurgia, e que visa reduzir o
tumor e facilitar o procedimento operatório. Ver Radioterapia.

Radioterapia paliativa, fem. Tratamento a curto ou longo prazo, que


busca a remissão de sintomas e a melhoria da qualidade de vida do
paciente. Notas: i) A radioterapia paliativa utilizada para diminuir o
sangramento é denominada anti-hemorrágica, e aquela para aliviar a dor,
antiálgica. ii) Também podem ser objetivos da radioterapia paliativa a
redução de obstruções e da compressão neurológica. Ver Radioterapia.

Radioterapia pós-operatória, fem. Ver sin. Radioterapia adjuvante.

Radioterapia pré-operatória, fem. Ver sin. Radioterapia neoadjuvante.

-33-
Randomização ou randomizado, fem. Os pacientes são aleatoriamente
divididos em grupos: o grupo controle (recebe o tratamento padrão) e o
grupo investigacional (recebe a nova medicação). A divisão entre os
grupos é feita sob a forma de um sorteio. Assim, os pacientes que entram
em estudos fase III têm chances iguais de cair em um ou outro grupo de
estudo.

Rastreamento de câncer, masc. Investigação de uma população saudável


para detectar os indivíduos com lesão cancerosa ou pré-cancerosa com
o objetivo de encaminhar para confirmação diagnóstica e tratamento.
Notas: i) Os exames de rastreamento mais comuns são: mamografia,
citologia oncótica de colo de útero (Papanicolaou) e dosagem sanguínea
de antígeno prostático específico (PSA). ii) O rastreamento pode ser:
populacional, seletivo ou oportunístico.

Reação do enxerto-versus-leucemia, fem. Reação imunológica,


desencadeada por linfócitos T e outras células alorreativas, de um
enxerto de células-tronco hematopoéticas, capaz de destruir células
leucêmicas residuais do receptor. Notas: i) No tratamento de neoplasias
malignas hematológicas, a capacidade curativa do transplante é
principalmente atribuída a esse tipo de reação. ii) Quando o transplante
de células-tronco hematopoéticas é realizado para tratar tumores sólidos,
denomina-se reação do enxerto-versus-tumor.

Reação do enxerto-versus-hospedeiro, fem. Ver sin. Doença do enxerto-


contra-hospedeiro.

Recaída, fem. Ver sin. Recidiva.

Recidiva, fem. Sin. Recaída. Reaparecimento do câncer em paciente que


encerrou o tratamento específico e foi considerado sem evidência de
doença. Ver Câncer em progressão; Câncer em remissão.

-34-
RECIST, ver. Sin. Response evaluation criteria in solid tumors. Os critérios
de avaliação de resposta em tumores sólidos são um conjunto de regras
publicadas que definem quando os tumores em pacientes com câncer
melhoram, permanecem os mesmos ou pioram durante o tratamento.

Recuperação medular no transplante de células-tronco hematopoéticas,


fem. Sin. Pega da medula. Recuperação que ocorre quando a contagem
plaquetária, após transplante de células-tronco hematopoéticas, é
mantida superior a 20.000/mm³ por três dias consecutivos, sem
necessidade transfusional, e o número de granulócitos superior a
500/mm³ é mantido também por três dias consecutivos. Nota: a
recuperação medular pode se dar entre 10 e 28 dias após o transplante,
dependendo da procedência dos precursores celulares.

Rede Nacional de Bancos Públicos de Sangue de Cordão Umbilical e


Placentário para Transplantes de Células-Tronco Hematopoéticas, fem.
Sin. Brasilcord. Rede formada pelos Bancos de Sangue de Cordão
Umbilical e Placentário (BSCUP) do Brasil que tem por objetivos
estabelecer critérios para a seleção de doadores e aprimorar os
procedimentos de captação, coleta, transporte, processamento,
criopreservação e fornecimento de unidades de sangue de cordão em
cada banco.

Redome, masc. Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula


Óssea.

Regime de condicionamento, masc. Preparação do paciente para o


transplante de células-tronco hematopoéticas que emprega
quimioterapia de alta dose associada ou não à irradiação corporal total,
aos anticorpos monoclonais e/ou à timoglobulina. Notas: i) Tem como
objetivos erradicar células malignas e imunossuprimir o receptor para
evitar a rejeição do enxerto de células-tronco hematopoéticas. ii) O

-35-
regime de condicionamento pode ser: mieloablativo, quando destrói
totalmente a medula óssea (TCTH mieloablativo), ou não mieloablativo,
quando mantém algum grau de hematopoese (TCTH não mieloablativo).
Ver Irradiação corporal total; Transplante de células-tronco
hematopoéticas.

Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea, masc. Sin.


Redome. Cadastro único que reúne os dados pessoais e os resultados dos
exames de histocompatibilidade de potenciais doadores para indivíduos
sem doador aparentado compatível. Nota: o Redome foi criado em 1993,
na Fundação Pró-Sangue, em São Paulo. Somente a partir do ano 1999,
com sua incorporação, por determinação do Ministério da Saúde ao
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), foi possível
a ampliação e a aplicação de recursos específicos na busca de doadores.

Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea, masc. Sin. Rereme.


Cadastro único de gerenciamento informatizado, desenvolvido pelo
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), que reúne
informações sobre pacientes candidatos a transplante de células-tronco
hematopoéticas.

Registro Nacional de Sangue de Cordão Umbilical, masc. Sin. Renacord.


Cadastro único que reúne as informações das unidades de sangue de
cordão umbilical armazenadas nos diferentes Bancos de Sangue de
Cordão Umbilical e Placentário (BSCUP).

Renacord, masc. Registro Nacional de Sangue de Cordão Umbilical.

Rereme, masc. Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea.

Resposta, fem. Variação do tamanho das lesões tumorais aos exames de


imagem após tratamento. Pode ser classificada em 4 categorias. Resposta
completa (RC) – Todas lesões tornam-se indetectáveis aos métodos de

-36-
imagem; Resposta parcial (RP) – A soma dos diâmetros das lesões diminui
mais de 30% comparado ao exame inicial; Doença estável (DE) – A soma
dos diâmetros das lesões diminui menos do que 30% ou aumenta menos
do que 20%; Progressão de doença (PD) – A soma dos diâmetros das
lesões aumenta mais do que 20% ou surgem lesões novas.

Retite actínica, fem. Processo inflamatório crônico do reto decorrente do


tratamento com radioterapia. Notas: i) A retite actínica aguda é aquela
que ocorre durante ou logo após o tratamento, geralmente é
autolimitada e tem como sintomas principais: diarreia, sangramento
eventual, perda de muco ou constipação. ii) A retite actínica tardia é aquela
que ocorre após o tratamento e seus sintomas mais graves são: perda
de muco, dor, urgência retal, sangramento, ulceração, estenose e até
fístulas retovaginais.

Ronco da morte, masc. Sin. Estertores finais. Respiração ruidosa causada


pelo acúmulo de secreção na árvore brônquica, que ocorre em pacientes
em cuidados ao fim da vida.

RT prévia, fem. Ver sin. Radioterapia neoadjuvante.

Sarcoma, masc. Neoplasia maligna que se origina do tecido mesenquimal,


o qual está presente em ossos, cartilagens, gordura, tecido conjuntivo e
músculos.

Sedação paliativa, fem. Sedação que visa aliviar sintomas refratários,


mediante o uso de drogas sedativas ajustadas à resposta do paciente a
fim de amenizar o seu sofrimento. Nota: a sedação paliativa não apressa a
morte.

-37-
Seminoma, masc. Tumor testicular que se desenvolve a partir de células
de linhagem germinativa primordiais das gônadas. Ver Disgerminoma;
Germinoma.

Simulador, masc. Equipamento emissor de raios X que simula com


precisão as características mecânicas do equipamento de tratamento de
teleterapia. Ver Teleterapia.

Síndrome da compressão medular, fem. Sin. Compressão raquimedular.


Compressão da medula espinhal provocada pela expansão de um tumor,
primário ou metastático, acarretando dor e perda da função da área
afetada. Nota: quanto mais prolongado for o déficit neurológico, menor
será a probabilidade de o indivíduo recuperar a função nervosa normal.

Síndrome da veia cava superior, fem. Obstrução parcial ou total da veia


cava superior, interrompendo o fluxo sanguíneo da cabeça, das
extremidades superiores e do tórax para o átrio direito. Notas: i) Pode ser
causada por neoplasias, trombose, aneurisma ou compressão externa. ii)
É caracterizada pelo inchaço e/ou cianose da face, do pescoço e da parte
superior dos braços e pela circulação colateral proeminente.

Síndrome de lise tumoral, fem. Complicações metabólicas causadas


pelos produtos da destruição celular após o tratamento de um câncer,
geralmente linfomas e leucemias. Nota: caracteriza-se por:
hiperpotassemia, hiperfosfatemia, hiperuricemia, acidose láctica e
hipocalcemia, podendo levar à insuficiência renal aguda.

Siscolo, masc. Sistema Informação do Câncer de Colo do Útero.

Sismama, masc. Sistema de Informação do Controle do Câncer de


Mama.

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Sistema de Informação do Câncer de Colo do Útero, masc. Sin. Siscolo.
Ferramenta de gerenciamento das ações do programa de controle do
câncer do colo do útero. Notas: i) O Siscolo permite avaliar a cobertura da
população-alvo, a qualidade dos exames, a prevalência das lesões
precursoras, a situação do seguimento das mulheres com exames
alterados, entre outras informações relevantes para o acompanhamento
e a melhoria das ações de rastreamento, diagnóstico e tratamento. ii)
Definido como sistema oficial de informação pela Portaria MS/SAS nº 408,
de 30 de julho de 1999, cujos dados são analisados pelo Instituto Nacional
de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca).

Sistema de Informação do Controle do Câncer de Mama, masc. Sin.


Sismama. Ferramenta de gerenciamento das ações de detecção precoce
do câncer de mama. Notas: i) O Sismama permite estimar a cobertura da
população-alvo, a qualidade dos exames, a distribuição dos diagnósticos,
a situação do seguimento das mulheres com exames alterados, entre
outras informações relevantes para o acompanhamento e a melhoria das
ações de rastreamento, diagnóstico e tratamento. ii) Sistema criado pela
Portaria MS/SAS nº 779, de 31 de dezembro de 2008, e coordenado pelo
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca).

Sobrevida global fem. Tempo transcorrido entre o diagnóstico de câncer


e o óbito do paciente em razão desse câncer. Notas: i) É um conceito
epidemiológico. ii) O câncer pode ter sido tratado ou não.

Sobrevida Livre de Progressão. É o período de tempo durante o qual o


tratamento está mantendo a doença controlada, sem que haja aumento
da doença. Mais utilizado em estudos de tratamentos paliativos.

Sobrevida livre de doença, fem. Intervalo de tempo, após o tratamento


do câncer, em que o paciente não apresenta sinais da doença. Mais
utilizado em estudos onde a intenção do tratamento é a cura do paciente.

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Nota: modernamente, em estudos de epidemiologia de câncer, já se
utiliza também a expressão “sobrevida livre de câncer”.

Taxa de Benefício Clínico. É a porcentagem de pacientes que conseguem


uma resposta completa, parcial ou estável da doença por um período
determinado. Ou seja, a porcentagem de doentes que estão se
beneficiando da medicação.

Taxa de Resposta Global à Medicação. É a percentagem de pacientes cujo


câncer diminui ou desaparece após o tratamento.

TCTH, masc. Transplante de células-tronco hematopoéticas.

Teleterapia, fem. Terapia a distância que envolve fontes emissoras de


radiação ionizante. Nota: os aparelhos mais comuns de teleterapia são os
aceleradores lineares e as unidades de cobaltoterapia. Ver Estereotaxia;
Radiocirurgia.

Terapia alvo molecular, fem. Medicações (geralmente anticorpos


monoclonais ou inibidores de tirosinaquinase) que bloqueiam uma via
metabólica específica de proliferação tumoral e, consequentemente,
inibem seu crescimento ou multiplicação.

Terapia endócrina, fem. Ver sin. Hormonioterapia.

Terapia hormonal, fem. Ver sin. Hormonioterapia.

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), mas. Documento no


qual é explicitado o consentimento livre e esclarecido do participante e/ou
de seu responsável legal, de forma escrita, devendo conter todas as
informações necessárias, em linguagem clara e objetiva, de fácil

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entendimento, para o mais completo esclarecimento sobre a pesquisa a
qual se propõe participar.
Termo de Assentimento, mas. documento elaborado em linguagem
acessível para os menores ou para os legalmente incapazes, por meio do
qual, após os participantes da pesquisa serem devidamente esclarecidos,
explicitarão sua anuência em participar da pesquisa, sem prejuízo do
consentimento de seus responsáveis legais.

TNM, masc. Ver sin. Classificação de Tumores Malignos TNM.

Transplante de células-tronco hematopoéticas, masc. Sin. TCTH.


Modalidade de tratamento para uma variedade de doenças malignas e
não malignas em que se visa a substituição de células formadoras do
sangue, em uma medula óssea que foi destruída por drogas, irradiação
ou doença, para reconstrução do sistema hematopoético. Notas: i)
Permite o tratamento de casos específicos de câncer com altas doses de
quimioterapia associada ou não à irradiação corporal total. ii) São tipos de
TCTH: autólogo ou autogênico, quando as células-tronco são do próprio
paciente; alogênico, quando as células-tronco são doadas por um indivíduo
histocompatível, parente ou não; ou singênico, quando são doadas por um
gêmeo idêntico.

Transplante de medula óssea, masc. Termo em desuso. Ver Transplante


de células-tronco hematopoéticas.

Tratamento hormonal, masc. Ver sin. Hormonioterapia.

Tratamento radical, masc. Ver sin. Radioterapia curativa.

Trombocitopenia, fem. Sin. Plaquetopenia. Redução no número de


plaquetas, que pode levar o paciente a um quadro de hemorragia.

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Tumor, masc. Aumento de volume tecidual em qualquer parte do corpo.
Notas: i) O tumor pode ser maligno, benigno e indeterminado ou
borderline. ii) O tumor pode ser cístico, sólido ou misto. Ver Câncer;
Neoplasia; Nódulo.

Tumor borderline, masc. Tumor de comportamento biológico incerto,


benigno ou maligno. Nota: borderline é um termo em inglês que significa:
limite, fronteira, margem.

Tumor maligno, masc. Ver sin. Câncer.

Tumor primário desconhecido, masc. Tumor cuja localização anatômica


primária não foi possível determinar.

Tumor primário múltiplo, masc. Tumores primários não relacionados, de


ocorrência sincrônica ou assincrônica, na mesma localização ou não,
desde que a hipótese de metástase tenha sido descartada.

Volume Alvo Planejado para Tratamento, masc. Ver sin. Planning Target
Volume.

Working formulation, fem. Classificação histológica de leucemias e linfomas.

Xerostomia, fem. Redução da saliva.

FONTES:
1) Ministério da Saúde. Glossário temático: controle de câncer. Instituto
Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. – Brasília: Ministério da
Saúde, 2013.

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2) Invitare Pesquisa Clínica [Internet]. Disponível
em: http://www.invitare.com.br/

3) Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica SBPPC


[Internet]. Disponível em http://www.sbppc.org.br/

4) Ministério da Saúde. Resolução n.466, de 12 de dezembro de 2012.

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