Estatutos OCDS (Provincia Nossa Senhora Do Carmo/ Brasil-Sul), Aprovado em Roma

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Definitorium Generale O.C.D.

die 16 decembris 2022

APPROBAVIT

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Prot. 2o221586 DF

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P. Michael Márquez Calle, OCD
Prapositus Generalis

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Secretarius Generalis
ESTATUTO DA ORDEM DOS CARMELITAS DESCALÇOS
SECULARES DA PROVÍNCIA NOSSA SENHORA DO CARMO –
BRASIL SUL

TÍTULO I – CONSELHO PROVINCIAL: FINS E COMPOSIÇÃO

1. O presente Estatuto Provincial da Ordem dos Carmelitas Descalços


Seculares (OCDS) da Província Nossa Senhora do Carmo, da Região Sul do
Brasil, segue o ordenamento estabelecido nas Constituições aprovadas pela
Santa Sé em 16 de junho de 2003 para a OCDS, conforme seu artigo 57:
“Onde existir uma circunscrição organizada dos Frades da Ordem, o Ramo
Secular deve formar um Conselho Provincial para ajudar-se mutuamente na
formação e no apostolado” e também no que dispõe o capítulo III-B e o artigo
31-a, inseridos e aprovados em janeiro de 2014.

2. O principal objetivo deste Estatuto Provincial é a aplicação das


Constituições da OCDS à realidade da Província do Sul do Brasil, buscando
incrementar a comunhão entre as Comunidades e fomentar a participação ativa
dos Seculares na Igreja.

3. O presente Estatuto determina as normas para escolha do Conselho


Provincial da OCDS e define as funções de coordenação e governo que
correspondem ao Presidente, seus Conselheiros, Secretário e Tesoureiro, bem
como outras orientações para a vida interna das Comunidades.

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4. Conforme o artigo 43 das Constituições da OCDS, “o Superior Provincial,
ajudado pelo Delegado Provincial, é o Superior da Ordem Secular dentro de
seu território; é também o responsável pela boa marcha da Ordem Secular no
âmbito de sua circunscrição”. Os Carmelitas Seculares, integrados “no
núcleo da mesma Ordem, junto com os Frades e as Monjas, compartilham do
mesmo carisma com uma bem definida identidade laical”; para cumprirem
sua vocação, contarão com o acompanhamento e a proximidade dos Frades e
das Monjas.

5. O Conselho Provincial será formado por um Presidente e mais quatro


CONSELHEIROS, todos eleitos entre os membros da Província.

6. O ASSISTENTE do Conselho Provincial será o Delegado Provincial e as


suas funções são aquelas mencionadas no artigo 43 das Constituições da
OCDS, além de outras eventualmente designadas especificamente pelo
Superior Provincial, que estejam em acordo com os Documentos da Ordem.

TÍTULO II – ASSEMBLÉIA PROVINCIAL DE REPRESENTANTES


PARA ESCOLHA DO CONSELHO PROVINCIAL

7. A Assembleia de Representantes é formada pelos membros do Conselho


Provincial da OCDS, pelos Presidentes das Comunidades Locais e pelos
representantes eleitos pelas referidas Comunidades.

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8. A atribuição dessa Assembleia é a cada três anos de forma ordinária, eleger
o Presidente e os Conselheiros Provinciais.

9. A escolha para desempenhar as funções de Presidente e Conselheiros


obedece às seguintes normas:
a. Para os serviços acima mencionados, poderão ser eleitos tanto os
representantes presentes na Assembleia, como membros que estiverem
ausentes. Deverão, nos dois casos, atender aos requisitos estabelecidos
neste Estatuto.
b. Os eleitos para o Conselho Provincial deverão ser membros com
Promessas Definitivas na OCDS. Este requisito poderá ser dispensado,
em caso de necessidade e conforme definição da própria Assembleia,
exceto para as funções de Presidente e de Primeiro Conselheiro.

10. Os MEMBROS REPRESENTANTES para a Assembleia que elegerá o


Conselho Provincial serão designados da seguinte forma:
a. Cada Comunidade local estará representada por dois membros, a saber:
a.1. Por direito próprio, o Presidente da Comunidade.
a.2. Um outro representante, a ser escolhido entre os membros da
Comunidade com Promessas Definitivas ou Temporárias, por maioria
absoluta dos votos válidos.
b. Se algum dos membros da Comunidade for Presidente ou Conselheiro
Provincial, não será considerado como representante da sua
Comunidade de origem, pois é, nesse caso, membro da Assembleia de
Representantes por direito próprio, mas sem direito ao voto.

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c. Cada Comunidade pode indicar dois membros suplentes para suprir as
eventuais ausências do Presidente ou do representante eleito
especificamente para esse fim. A escolha dos suplentes também deve
ser feita por maioria absoluta dos votos.

TÍTULO III – REGIME DE GOVERNO

a. ASSEMBLEIA PROVINCIAL

11. A Assembleia Provincial será formada:


a. pelos membros do Conselho Provincial
b. por todas as Comunidades Locais, ou por seus representantes, se assim
decidir a própria Comunidade local.

12. A Assembleia Provincial deverá se reunir pelo menos uma vez no triênio e
será convocada pelo Presidente do Conselho Provincial e presidida
conjuntamente por ele, pelo Delegado Provincial e pelos seus Conselheiros.

13. As atribuições e competências da Assembleia Provincial são:


a. Favorecer a comunhão e comunicação entre as Comunidades.
b. Proporcionar um momento favorável para reflexão a respeito da missão
dos Seculares no mundo e na Igreja, assim como da caminhada da
OCDS na Província.

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c. Tomar as decisões oportunas sobre assuntos de interesse para a OCDS
na Província.
d. Fixar, ou autorizar que o Conselho Provincial fixe, as quotas de gastos
do próprio Conselho e a obrigação financeira das Comunidades.
e. Revisar e aprovar os registros das atividades realizadas no período.
f. Aprovar as contas apresentadas pelo Tesoureiro.
g. Determinar as diretrizes básicas a serem seguidas na Formação dos
Seculares, em acordo com a Ratio Institutionis OCDS.

b. CONSELHO PROVINCIAL

14. O Conselho Provincial dos Carmelitas Seculares da Província Nossa


Senhora do Carmo – Brasil-Sul é uma entidade eclesiástica com personalidade
jurídica, canônica (Const. OCDS, 40) e civil. Tem sua sede no mesmo local
em que está situada a Província dos Frades Carmelitas, na Avenida José
Bonifácio, 645, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

15. As reuniões do Conselho Provincial deverão acontecer, no mínimo, uma


vez ao ano. Havendo comum acordo entre os membros do Conselho, ou sob o
pedido de três conselheiros, podem ser convocadas outras reuniões sempre
que as circunstâncias exigirem.

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Atribuições do Conselho Provincial

16. Levar a bom termo as decisões da Assembleia Provincial e as próprias do


Conselho, assim como aprovar o Informe Anual das Contas de cada exercício
para posteriormente serem apresentadas à Assembleia Provincial pelo
Tesoureiro.

17. Programar e organizar as Assembleias Provinciais, as Assembleias de


Representantes, os Encontros Provinciais e outras atividades que envolvam o
conjunto dos Seculares da circunscrição, como jornadas de formação,
encontros de convivência, retiros, etc.

18. Elaborar, conforme as diretrizes determinadas na Assembleia Geral, um


programa de formação que contemple todas as etapas formativas e sirva de
referência para as Comunidades Locais.

19. Organizar e convocar, a cada três anos, a Assembleia de Representantes


para eleição dos membros do Conselho. Nas situações em que houver
vacância ao longo do triênio, caberá ao próprio Conselho definir o processo
pelo qual será feita a substituição do conselheiro, exceto no caso de vacância
do Presidente Provincial.

20. O Conselho Provincial não tem competência jurídica para interferir no


governo e na condução das atividades das Comunidades Locais (Const.
OCDS, 57). Em caso de necessidade, entretanto, poderá assessorá-las e

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orientá-las para solução de casos específicos, seja por meio do Presidente, seja
de um outro Conselheiro designado para o caso.

21. Propor ações e pautas específicas para o acompanhamento dos membros


das Comunidades que por razões de idade ou de enfermidade não podem
assistir às reuniões ordinárias.

Atribuições, competências, exigências e condições específicas dos


membros do Conselho

Do Presidente do Conselho Provincial

22. Para poder ser eleito Presidente do Conselho Provincial se requer que
tenha as Promessas Definitivas (Const. OCDS, 57).

23. O Presidente deve ser eleito pela Assembleia de Representantes por


maioria absoluta dos votos válidos.

24. O serviço de Presidente tem duração de três anos, podendo ser reeleito
apenas uma vez. Se houver motivos graves e justificados, o Superior
Provincial pode autorizar, no máximo, o exercício de um terceiro mandato.

25. O Presidente representa legalmente a OCDS Provincial e seu Conselho.


Cabe a ele convocar e presidir as reuniões do Conselho e as Assembleias.
Além disso, responde pelas contas bancárias e pelos Livros de Contabilidade

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em conjunto com o Tesoureiro, e de Atas do Conselho em conjunto com o
Secretário.

26. O Presidente poderá enviar cartas circulares às Comunidades da Província


para animá-las e orientá-las. Deve interessar-se pela sua vitalidade espiritual e
apostólica, assim como propor iniciativas de propaganda vocacional.

27. Em todas as suas atividades, atua em fraterna colaboração com o Delegado


Provincial.

28. Coordena as atividades dos Conselheiros e tem a faculdade de delegar-lhes


pontualmente que atuem em seu nome ou em nome do Conselho.

Dos Conselheiros Provinciais

29. Os Conselheiros Provinciais são eleitos por três anos, mas podem ser
reeleitos para, no máximo, mais dois mandatos.

30. O Primeiro Conselheiro é também o Vice-Presidente do Conselho e


responsável pela formação na Província. Exerce a Presidência na ausência do
Presidente com seus mesmos direitos e obrigações. No caso de vacância da
Presidência, responderá por ela até que um novo Secular seja escolhido para a
função.

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31. Sendo o responsável pela formação, o Primeiro Conselheiro atua de
acordo com as pautas definidas pela Ordem e pela Assembleia Provincial.
Assessorado pelo Conselho e pelo Delegado Provincial, é o responsável por
solicitar as colaborações pertinentes para a elaboração e execução do Plano de
Formação da Província.

32. O responsável pela formação auxilia a formação das Comunidades Locais


e as orienta para adaptar às suas circunstâncias e necessidades concretas o
Plano de Formação da Província.

33. A outro dos Conselheiros será delegada, a função de Conselheiro de


Comunicação e Informação. Caberá a ele favorecer a comunicação entre o
Conselho e as Comunidades Locais. Para tanto, deverá:
a. Motivar as Comunidades Locais para que enviem toda informação
necessária para divulgação no Informativo Provincial.
b. Manter as Comunidades informadas sobre as notícias e acontecimentos
eclesiais de importância para a Ordem Secular, publicando-as na página
da Ordem Secular na internet e em outros veículos de comunicação da
Província.
c. Buscar artigos de jornais e revistas que considere de utilidade para as
Comunidades, assim como palestras ou conferências registradas em CD,
DVD, streaming, podcast, redes sociais, webinar, websites, etc.
d. Realizar os contatos necessários para definição de lugares adequados
para os Encontros, Retiros e Assembleias, além de enviar informações e
avisos sobre os mesmos.

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e. Preparar os materiais necessários para essas atividades e para as
celebrações que fizerem parte da programação Provincial, tais como
folhetos de cantos, livros de liturgia, apostilas, etc.

34. Os cargos de Secretário e Tesoureiro do Conselho são designados pelo


Conselho Provincial. Essa indicação poderá recair tanto sobre os próprios
Conselheiros eleitos, quanto em outros membros da OCDS da Província.
Durante as reuniões e nas decisões tomadas pelo Conselho, têm direito a voz e
voto no caso de serem membros eleitos e apenas a voz caso não o sejam.

35. Cabe ao Secretário do Conselho Provincial:


a. Assistir às reuniões do Conselho e registrar os assuntos tratados.
b. Redigir as atas das reuniões do Conselho, fazer sua leitura no início da
reunião seguinte e submetê-la à apreciação dos demais membros para
eventuais correções. Havendo aprovação, fará a redação definitiva no
Livro de Atas do Conselho.
c. Ser responsável pela guarda do Livro de Atas. Ele e o Presidente são os
designados para assiná-lo.

36. O Tesoureiro é encarregado pela administração dos bens e pelo fluxo


financeiro do Conselho Provincial, sendo responsável pelo pagamento das
despesas e recebimento das receitas, escriturando ambos no Livro Oficial de
Contabilidade. Para tanto, responderá pela conta bancária do Conselho
Provincial em conjunto com o Presidente, sendo também responsável pela
apresentação anual das contas ao Conselho e nas Assembleias Provinciais.

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TÍTULO IV – PROCEDIMENTOS A SEREM OBSERVADOS NAS
ELEIÇÕES

37. As eleições ordinárias para o Conselho Provincial se realizarão a cada três


anos. No caso de vacância da Presidência nos primeiros dois anos do triênio,
se realizarão eleições extraordinárias para sua substituição. Se ficar vacante no
terceiro ano do triênio, o primeiro conselheiro Provincial assumirá o cargo até
o final do triênio.

38. Com antecedência de, no mínimo, dois meses, o Presidente, após consultar
o Conselho Provincial, convoca todas as Comunidades, informando a data e o
local da Assembleia.

39. Para ser votante, é necessário ter, ao menos, as Promessas Temporárias. O


Superior Provincial e seu Delegado Provincial não têm direito a voto nestas
eleições.

40. Podem ser eleitos para o Conselho os Seculares que tenham, ao menos, as
Promessas Temporárias, exceto para os cargos de Presidente e Responsável
pela Formação, para os quais será necessário ter Promessas Definitivas.

41. A Mesa de Coordenação da Assembleia de Representantes será formada


pelo Superior Provincial ou pelo seu Delegado Provincial, o Presidente atual
do Conselho, que é quem lê em voz alta os votos, e pelo Secretário do
Conselho, que registra os resultados e faz a contagem.

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42. As eleições se realizam por voto nominal e secreto. O primeiro nome com
maioria dos votos será eleito o Presidente. Em uma segunda votação, quem
obtiver a maioria dos votos é o Primeiro Conselheiro. A seguir, em sucessivos
escrutínios, escolhem-se os outros três Conselheiros.
Para a escolha de todas as funções, se considerará eleito o candidato que
obtiver a maioria absoluta de votos válidos. Se isto não ocorrer em duas
votações, se procederá a uma terceira, na qual serão votados apenas os
Seculares com mais votos no segundo escrutínio. No caso de empate neste
terceiro pleito, se proclamará eleito o Secular que tiver mais tempo de
Promessas Definitivas.

43. Os Conselheiros podem ser reeleitos para um segundo mandato. Para um


terceiro mandato consecutivo, necessitarão dois terços dos votos da
Assembleia, além da permissão do Superior Provincial (Const. OCDS, 50). O
Secretário e o Tesoureiro, nomeados pelo Conselho, poderão repetir seus
mandatos no máximo em três mandatos.

TÍTULO V – SOBRE AS COMUNIDADES E SEUS MEMBROS

44. Quando a iniciativa para fundação de uma nova Comunidade for


proveniente do desmembramento de uma Comunidade já existente será
necessário que sejam atendidos os pré-requisitos exigidos no artigo 49 das
Constituições da OCDS sobre o estabelecimento de novas Comunidades. Para

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que ocorra esse desmembramento, é preciso que a Comunidade tenha, pelo
menos, 30 (trinta) membros ativos, assim sendo:
a. Atendido esse critério, a proposta será submetida ao Conselho
Provincial que decidirá, junto com a Comunidade, sobre a conveniência
da divisão e dará ou não a autorização para que ela aconteça.
b. Neste caso, a Comunidade original ficará responsável pelo
acompanhamento da nova Comunidade.

45. Nos casos em que a iniciativa da fundação de uma nova Comunidade for
do Conselho Provincial, o próprio Conselho definirá um membro da OCDS
com Promessas Definitivas para acompanhar o processo de fundação. A
Comunidade à qual pertence essa pessoa responsável deverá participar desse
processo, oferecendo o suporte necessário à nova Comunidade.

46. Nos casos em que a fundação for proposta por pessoas que não fazem
parte da OCDS, será obedecido o seguinte processo:
a. O grupo ou pessoa que deseja a fundação deverá encaminhar uma carta
ao Conselho Provincial OCDS e ao Superior Provincial relatando as
motivações para a proposta e enumerando os candidatos que farão parte
do novo grupo.
b. Havendo concordância entre o Superior Provincial e o Conselho
Provincial da OCDS, será determinado um membro da OCDS com
Promessas Definitivas para acompanhar o grupo que está sendo
constituído e a Comunidade desse membro orientador deverá colaborar

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no processo. Além disso, um membro do Conselho Provincial deverá
acompanhar a fundação.

47. O número mínimo de membros no grupo a ser fundado é de 8 (oito)


pessoas. A Comunidade deverá ter um caderno de atas e uma pasta com as
fichas das Promessas e inscrições. Também se sugere um livro caixa para
acompanhar a contabilidade da Comunidade.

48. Para a eleição do Presidente e do Conselho das Comunidades será


observado o mesmo processo determinado neste Estatuto para o Presidente
Provincial e para o Conselho Provincial, levando em consideração os artigos
51, 52, 53, 54 e 55 das Constituições OCDS, onde está descrito cada função
específica destes Conselheiros, tanto Provincial quanto Local. Membros
considerados “inativos”, nos termos deste Estatuto e do artigo 24-c das
Constituições OCDS, não poderão votar ou serem votados. Nas Comunidades
que forem fundadas sem membros com Promessas, sejam Temporárias ou
Definitivas, caberá ao Conselho Provincial a indicação de Presidente e
Conselheiros. Na medida em que tais Comunidades passarem a ter membros
com Promessas, deve-se obedecer ao processo ordinário estabelecido neste
Estatuto Provincial. Além disso, cada Conselho da Comunidade deverá
determinar um membro desta mesma Comunidade para ser o responsável pela
comunicação.

49. O processo formativo na OCDS está detalhado nos parágrafos 32 a 36 das


Constituições OCDS e aprofundado na Ratio Institutionis OCDS. A etapa

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inicial do processo formativo na OCDS, até o recebimento do escapulário,
deverá durar, no mínimo, um ano, podendo ser prorrogada, pelo Conselho da
Comunidade, por mais um ano. Depois do recebimento do escapulário, inicia-
se um período de mais dois anos até as Promessas Temporárias. Esse período
pode ser prorrogado por mais um ano pelo Conselho da Comunidade.

50. Após as Promessas Temporárias e transcorrido o período mínimo de três


anos de formação para as Promessas Definitivas, o Conselho da Comunidade
admite ou não o candidato às Promessas Definitivas. Caso exista alguma
dúvida ou insegurança, seja da parte do candidato ou do Conselho, deve-se
renovar a Promessa e pode-se postergar a realização de Promessas Definitivas
pelo período de mais um ano.

51. Considerando que se exige “uma participação assídua e ativa na vida e nos
encontros da Comunidade” (Const. OCDS, 24-c), é preciso que as ausências
na Comunidade somente ocorram “por motivos sérios e justos, avaliados e
concordados com os responsáveis” (Const. OCDS, 24-c). No caso de uma
AUSÊNCIA INJUSTIFICADA, um membro do Conselho da Comunidade
deverá entrar em contato com o membro ausente.
a. Se a pessoa se ausentar da Comunidade, sem justificativa, por mais de
quatro meses, ele estará se posicionando como um membro
“INATIVO” (Const. OCDS, 24-c).
b. Se a situação de ausência continuar, por algum motivo grave, a pessoa
deverá pedir que o Conselho da Comunidade autorize um afastamento

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temporário, que pode durar até um ano, ou poderá tornar-se passível de
demissão da Comunidade (Const. OCDS, 24-c).
c. Se a pessoa não retornar no final do período de afastamento, deverá
pedir que o Conselho da Comunidade renove por mais um ano. Essa
renovação precisa ter autorização do Superior Provincial ou do seu
Delegado Provincial.
d. Esse afastamento temporário suspende o processo formativo que será
retomado no seu retorno às atividades.
e. Membros considerados “inativos” não poderão votar ou serem votados.
A pessoa readquire o direito ao voto três meses depois de retornar.

52. Se surgir a necessidade de DEMITIR um membro com Promessas


Definitivas, conforme os motivos estabelecidos no artigo 24-e das
Constituições da OCDS, no Código de Direito Canônico (art. 316, §1) ou
neste Estatuto, será seguido o seguinte procedimento:
a. O Conselho da Comunidade verificará a certeza dos fatos e entrará em
contato com o membro em questão para dialogar sobre a situação.
b. Será dado um prazo de até um ano para que a situação possa ser
regularizada.
c. Após o prazo dado, se o Conselho da Comunidade decidir que o
membro pode ser reintegrado, ele terá seis meses de “provação” até a
sua reintegração definitiva.
d. Se não houver uma resposta positiva e for necessário demitir o membro,
o Conselho da Comunidade deverá consultar o Conselho Provincial para

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que o Superior Provincial ou o seu Delegado Provincial autorize a
demissão.
e. Um membro pode deixar livremente a Comunidade (Const. OCDS, 24-
e), enviando um comunicado por escrito ao Conselho da Comunidade
com os motivos de sua decisão e devolvendo o escapulário da OCDS.
Se for membro com Promessas Definitivas, o Conselho Provincial
deverá ser informado para comunicar o Superior Provincial ou seu
Delegado Provincial.
f. No caso de arrependimento do membro que se demitiu voluntariamente,
pode-se pedir uma nova admissão ao Conselho de uma Comunidade. Se
for aceito, o membro deverá reiniciar o processo formativo.

TÍTULO VI – OUTRAS DETERMINAÇÕES

53. Os Carmelitas Seculares da Província Brasil Sul devem se sentir alegres,


entusiasmados, unidos fraternalmente com todo o Carmelo, tal como se
expressa no artigo 38 das Constituições OCDS: “os Frades e as Monjas do
Carmelo Teresiano consideram a Comunidade laical do Carmelo Secular
como um enriquecimento para a sua vida consagrada”.

54. No campo apostólico, os Carmelitas Seculares, conscientes de que oração


e apostolado são inseparáveis, se comprometem, de acordo com seus dons, na
pastoral paroquial, nos trabalhos sociais e no voluntariado. Os valores da vida
de oração (pessoal, sacramental e litúrgica) levam a praticar a oração mental,

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participar da celebração da Eucaristia e rezar a Liturgia das Horas (Const.
OCDS, 21-24). Desta forma, os Seculares comprometem-se no
aprofundamento da vida cristã, eclesial e carmelitana, especialmente por meio
do Catecismo da Igreja Católica, dos documentos eclesiais, das Sagradas
Escrituras, da lectio divina. Além das práticas de penitência e mortificação, os
Seculares expressarão sua devoção à Santíssima Virgem, a São José e aos
Santos da Ordem, com amor especial pela vida e obra daqueles que são
Doutores da Igreja: Santa Teresa de Jesus, São João da Cruz e Santa Teresa do
Menino Jesus e da Sagrada Face (Const. OCDS, 33-35). Eles participarão das
respectivas Festas e Solenidades, invocando-os com amor nas diversas
situações da vida.

55. O Carmelita Secular se comprometerá, ao longo de toda a sua vida, em


progredir no seu processo de amadurecimento humano, cristão e carmelitano,
tanto pessoal, quanto comunitário, por meio da formação permanente, cujo
programa será elaborado pelo Conselho Provincial com a colaboração das
Comunidades da Província.

56. A idade mínima para entrar no Carmelo Secular é de 18 (dezoito) anos


completos. Conscientes de que o Espírito sopra onde, quando e como quer,
não há limite máximo de idade para o ingresso, desde que o(a) candidato(a)
possa cumprir com os requisitos de participação ativa na vida da Comunidade.

57. Os Seculares que queiram fazer votos de obediência e castidade devem


obter o consentimento do Conselho da sua Comunidade e permissão do

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Conselho Provincial, bem como do Superior Provincial (Const. OCDS, 39).
Poderão fazê-lo após haver transcorrido, pelo menos, dois anos da emissão das
Promessas Definitivas. Os votos são um direito pessoal e quem os emite não
altera sua situação jurídica na Comunidade e na OCDS.

58. Como norma geral, se aconselha que os Seculares usem o


ESCAPULÁRIO EXTERNO quando estiverem presentes na Celebração da
Eucaristia e outros atos litúrgicos, nos ritos de admissão ou de Promessas,
quando se renovam as Promessas na Comunidade ou quando participam de
algum ato como representantes da família carmelitana. É um sinal externo de
pertença à OCDS e será entregue no ato oficial durante o Rito de Admissão
(Const. OCDS, 36-b).

59. No momento de fazer a Promessa Temporária, a Comunidade entregará ao


candidato um exemplar da Regra de Santo Alberto e das Constituições da
OCDS, bem como dos Estatutos da Província.

60. Aos candidatos à OCDS que se encontrarem isolados, será indicada uma
Comunidade de referência, preferencialmente aquela que geograficamente
estiver mais próxima. Sob a orientação do Responsável pela Formação da
Comunidade, seguirão os períodos de formação, emitirão as Promessas e serão
acolhidos como membros, mantendo um contato regular com essa mesma
Comunidade.

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61. Em cada Comunidade, o Conselho local indicará Seculares com a missão
de visitar os Membros Enfermos e levar-lhes consolo e oração. Caso haja
Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística na Comunidade, eles
serão os responsáveis por levar-lhes a Eucaristia sempre que manifestarem
esse desejo. Por ocasião da MORTE de algum dos membros da Comunidade,
os Seculares se farão presentes nos funerais e a Comunidade celebrará uma
missa pelo falecido. O Secretário ou o Presidente notificará o falecimento ao
Conselheiro de Comunicação para que ele informe o evento com a maior
diligência possível a todas as Comunidades da Província a fim de que todos o
encomendem ao Senhor. Igualmente, redigir-se-á uma breve nota sobre o
falecido, para que sirva de edificação e estímulo aos Seculares na vivência da
sua própria vocação.

TÍTULO VII – RECURSOS ECONÔMICOS

62. O Conselho Provincial da OCDS tem personalidade jurídica, canônica e


civil (Const. OCDS, 40), tendo capacidade para adquirir, possuir, administrar
e alienar bens temporais.

63. O Presidente do Conselho como seu representante legal, poderá realizar


por si mesmo, ou por meio do Tesoureiro, os atos de administração ordinária.

64. Para atos de administração extraordinária, como contrair dívidas e


obrigações, alienar bens, adquirir imóveis e fazer gastos não ordinários, o

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Presidente do Conselho necessita sempre, com caráter prévio, da autorização
do Conselho Provincial, solicitando também o parecer do Superior Provincial
em casos graves; tudo isso cumprindo todos os requisitos exigidos pelo direito
comum da Igreja.

65. O Conselho Provincial resolverá, segundo as circunstâncias, de modo justo


e segundo o direito natural e positivo, formas de arrecadar recursos
econômicos para o bom funcionamento de suas atividades.

66. O Conselho Provincial arrecadará uma cota mensal com a qual cada
Comunidade local deverá contribuir. Ela será usada para cobrir os gastos do
funcionamento deste mesmo Conselho e de suas atividades.

TÍTULO VIII – DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

67. O presente Estatuto entrará em vigor a partir do momento em que for


aprovado pelo Definitório Geral dos Frades Carmelitas Descalços (Const.
OCDS, 42 e 57).

68. O Conselho Provincial, as Comunidades da Província ou, individualmente,


cada Secular podem propor mudanças ou acréscimos de artigos ao Estatuto
Provincial. As alterações serão submetidas à aprovação da Assembleia
Provincial, sendo necessária a obtenção de maioria absoluta para sua

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aprovação. Na sequência, as mudanças aprovadas pela Assembleia serão
enviadas para aprovação do Definitório Geral dos Freis Carmelitas Descalços.

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