Apresentação Setor Fiscal para Iniciantes
Apresentação Setor Fiscal para Iniciantes
Apresentação Setor Fiscal para Iniciantes
Setor Fiscal
MA Assessoria Contábil
Introdução
A Contabilidade Fiscal e Tributária é uma área da
contabilidade que tem por objetivo o estudo da teoria e
a aplicação prática dos conceitos, dos princípios e das
normas básicas da contabilidade e da legislação
tributária, de forma simultânea e adequada, realizando
na prática o que é determinado pela legislação.
Boa leitura!!
Sumário
1. O que é o setor fiscal? -------------------------------- Página 03
O QUE É O SETOR
FISCAL?
Para as pessoas que não lidam diretamente com o
departamento fiscal, é muito comum ter a ideia de que os
profissionais desse setor passam o dia inteiro apenas
lançando notas fiscais e calculando impostos. Entretanto,
essas atividades manuais ocupam cada vez menos tempo
nas rotinas desses profissionais que também exercem uma
importante função estratégica. Entender todas as funções
desempenhadas pelo departamento fiscal é muito
importante para compreender a sua importância dentro de
uma organização. Veja quais são as principais delas:
Recebimento e escrita fiscal – rotina de receber e
escriturar todas as notas fiscais;
Conferência de toda documentação fiscal;
Lançamentos fiscais de entradas e saídas;
Emissão de notas fiscais de devolução, remessa para
conserto e industrialização;
Atualização constante para acompanhar as mudanças na
legislação fiscal e tributária;
Apuração de tributos;
Análise dos dados cadastrais dos fornecedores junto ao
Fisco;
Auxílio na determinação de classificação Fiscal de novos
produtos comercializados;
Entrega de obrigações acessórias – como as Escriturações
Fiscais e Contábeis Digitais (EFD’s) via Sistema Público de
Escrituração Digital (SPED).
3
CAPÍTULO 2
BENEFÍCIOS DO
SETOR FISCAL:
Para reforçar o papel do departamento fiscal, vamos
analisar os principais benefícios da atividade
desempenhada pela área fiscal:
Cumprimento de todas as obrigações fiscais em dia, criando
uma boa relação com o Fisco e reduzindo os problemas com a
fiscalização – que podem gerar multas;
Aproveitamento de benefícios fiscais que podem ser
responsáveis por reduzir os custos operacionais de uma
empresa e impactar positivamente nos resultados financeiros;
Geração de informações úteis que podem ser aproveitadas
pelo gestor da empresa na tomada de decisão;
Agilidade nos processos internos e garantia da circulação das
mercadorias vendidas pela empresa;
Otimização e previsibilidade do fluxo de caixa em relação aos
compromissos fiscais que geram custos – como o pagamento
de impostos, taxas e contribuições.
4
CAPÍTULO 3
TRIBUTOS E SUAS
CLASSIFICAÇÕES:
O Conceito de "tributos" segundo Lei Nº 5172/1966 Art. 3º
do Código Tributário Nacional (CTN) é: “Toda prestação
pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
exprimir que não constitua sanção de ato ilícito, instituída
em Lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada”.
De acordo com o CTN, os três principais tipos de tributos
são:
Impostos, Taxas e Contribuições de
Melhoria
Mas você sabe qual a diferença entre Tributos e Impostos?
5
Elaboramos um esquema com as principais características
dos Tributos afim de que elas possam ser fixadas em sua
rotina do Setor Fiscal:
Prestação Pecuniária
Compulsória
Não constituí ato ilícito.
TRIBUTO
Art.3º CTN
Em moeda ou que nela se
expresse.
Previsto em lei mediante atividade
administrativa vinculada
6
CAPÍTULO 4
OBRIGAÇÕES
TRIBUTÁRIAS:
É a obrigação prevista em Lei de pagar o
Tributo ou penalidade, ou até mesmo de
praticar (ou deixar de praticar) determinado
ato no interesse de fiscalização, de acordo com
a Legislação Tributária.
7
A obrigação é acessória quando, por força de lei, a
prestação a ser cumprida é a de fazer ou não fazer alguma
coisa, ou permitir que ela seja feita pelo Fisco, tudo no
interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos
(artigo 113, § 2, do CTN).
Exemplo: escrituração das operações de circulação de
mercadoria (notas fiscais), sujeitas ao ICMS, e apuração do
respectivo saldo devedor (ou credor) nos livros fiscais.
Ressalve-se que, independentemente de ser exigido ou não
o cumprimento de obrigação principal, o contribuinte é
sempre obrigado a cumprir a obrigação acessória.
8
?
As obrigações Acessórias podem ser: mensais,
trimestrais, semestrais, anuais ou ate mesmo diárias,
pois variam conforme o perpiodo em que fato ocorreu e
por isso precisam ser declaradas pela empresa.
As Obrigações Acessórias são estabelecidas conforme o
Regime de Tributação. Atualmente os regimes de
tributação são:
9
CAPÍTULO 5
MODALIDADES
(REGIMES) DE
TRIBUTAÇÃO:
O Que é um Regime de Tributação?
O regime de Tributação é um sistema que
estabelece a cobrança de Impostos a
cada CNPJ de acordo com o seu montante
de arrecadação.
O faturamento e o tipo de atividade da
empresa, interferem na escolha do
regime de tributação.
No Brasil são 03 os tipos de Regime Tributário
mais adotados:
1. LUCRO PRESUMIDO
2. LUCRO REAL
3. SIMPLES NACIONAL
4. LUCRO ARBITRADO
10
Nesse regime há uma forma de tributação
simplificada para estabelecer uma base de cálculo
do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a
Contribuição Social sobre o Lucro Liquido (CSLL) das
empresas. Para os dois impostos as alíquotas
podem variar conforme a atividade exercida, sendo
de: 8% para Indústria e Comércio, e 32% nos casos
de prestação de serviço.
O lucro presumido pode ser a escolha de
empresas que faturam até R$ 78 milhões
por ano.
Sobre o PIS e COFINS são mensurados de maneira
cumulativa, ou seja, as compras da empresa não
geram abatimentos. As alíquotas desses Impostos
são: PIS (0,65%) e COFINS (3%). Esse regime de
tributação é benéfico para empresas que tenham
as margens de lucro acima da presunção, poucos
custos operacionais e uma folha de pagamento
baixa. Mesmo que o CNPJ tenha adquirido uma
margem de lucro maior a TRIBUTAÇÃO INCIDIRÁ
SOMENTE SOBRE A MARGEM PREFIXADA.
11
O imposto de renda das empresas incide sobre o lucro. As
empresas optantes pelo lucro presumido devem presumir
o lucro auferido em cada trimestre, e essa presunção é
feita pela aplicação de percentuais de lucratividade
ditados pela lei.
Calcular o IRPF
Receita Bruta 370.000,00
Percentual de Presunção 8%
Resultado 1 29.600,00
(+) Rendimento Financeiro 7.000,00
(=)
Calcular o CSLL
Receita Bruta 370.000,00
Percentual de Presunção 12%
Resultado 44.400,00
Rendimento Financeiro 7.000,00
Alíquota da CSLL 9%
15
CASO PRÁTICO — LUCRO REAL
Empresa Comércio Varejista de Cosméticos
Apuração da DRE 1.Trimestre/2019
IRPJ( EXCEDENTE)
Calculamos 10% no excedente da base de cálculo já
encontrada no exemplo acima:
Resultado Ajustado (base de cálculo) R$ 215.000,
(-) Limite de IRPJ Trimestral R$ 60.000,00
(=) RESULTADO DO VALOR EXCEDENTE DE IRPJ R$ 155.000,00
(%) 10% Excedente R$ 15.500,00
IRPJ a pagar:
18
CASO PRÁTICO — SIMPLES
NACIONAL
Empresa Prestadora de Serviços
RBT12 = 1.200.000,00
Receita do mês 1/2019 = R$ 220.000,00
Anexo III da Lei Complementar 123
Parcela a deduzir = 35.640,00
Alíquota Nominal =. 16,00%
RBT12 1.800.000,00
RB Mês 220.000,00
Parcela a deduzir 35.640,00
Alíquota Nominal 16,00%
27
CAPÍTULO 6
DOCUMENTOS
FISCAIS
ELETRÔNICOS:
Independentemente dos tipos de documentos fiscais,
todos têm algo em comum: são documentos de emissão
obrigatória para todas as empresas. O controle pela nota
fiscal é um meio de o governo garantir que os impostos e
as taxas de tributos sejam calculados e recolhidos de
maneira correta.
Com a tecnologia e os sistemas existentes, hoje, no
mercado que podem ajudar no controle dos documentos
fiscais.
A gestão dos documentos fiscais com a tecnologia vem
permitindo grandes avanços por meio do uso de notas
fiscais eletrônicas, projeto que várias empresas já estão
aderindo para obter diversos ganhos. Conheça algumas das
vantagens de seu uso:
redução do uso de papel
redução de custos com o armazenamento dos documentos
Incentivo à utilização da tecnologia;
aumento da confiança nas notas fiscais;
melhoria no controle fiscal.
28
É o documento que comprova as operações de venda de
bens ou prestação de serviços entre Empresas, Órgãos
Públicos ou até mesmo Pessoa Física. Os documentos
fiscais também são obrigatórios para comprovar o
recolhimento de impostos e tributos sobre faturamento.
Atualmente são emitidos de forma Eletrônica.
Documento Auxiliar (são documentos fiscais
eletrônicos emitidos e transmitidos eletronicamente
para a Secretaria de Fazenda conjunto com a Receita
Federal, ao serem transmitidos são emitidos em
formato em arquivo XML (versão digital das Notas
Fiscais que obedece a um padrão Nacional de
Escrituração Fiscal)
DICA: O ARQUIVO EM PDF É O DOCUMENTO AUXILIAR, NO
CASO DA NF-E TAMBÉM CONHECIDA COMO DANFE.
29
Abordaremos a seguir as principais características de alguns
tipos de Documentos Fiscais:
30
CAPÍTULO 7
ESCRITURAÇÃO
FISCAL:
A Escrituração Fiscal é o processo de registro formal de
informações e documentos fiscais gerados por uma
empresa. Estes dados devem ser apurados e organizados
para posterior envio à Fazenda Pública.
Todo processo que envolve a Escrituração Fiscal exige
conhecimento e atendimento da legislação tributária e
fiscal, a fim de garantir o cumprimento das normas
vigentes e transparência nas informações prestadas ao
Fisco.
Desta forma, toda empresa, independente do seu
enquadramento fiscal, tem a obrigação de informar suas
movimentações, dados sobre faturamento, impostos pagos
e quaisquer outras questões que possam ser relevantes
para o Fisco. A transmissão destes dados é feita por meio
da Escrituração Fiscal diretamente para o Sistema Público
de Escrituração Digital (SPED) que foi instituído pelo
Decreto no 6.022, de 22 de janeiro de 2007, definido da
seguinte maneira: instrumento que unifica as atividades
de recepção, validação, armazenamento e autenticação de
livros e documentos que integram a escrituração comercial
e fiscal dos empresários e das sociedades empresárias,
mediante fluxo único, computadorizado, de informações.”
31
São vários os benefícios propiciados pelo SPED, entre eles:
Diminuição do consumo de Rapidez no acesso às
papel, com redução de custos informações;
e preservação do meio Aumento da produtividade do
ambiente; auditor através da eliminação
Redução de custos com a dos passos para coleta dos
racionalização e simplificação arquivos;
das obrigações acessórias; Possibilidade de troca de
Uniformização das informações entre os
informações que o próprios contribuintes a
contribuinte presta aos partir de um layout padrão;
diversos entes redução de custos
governamentais; administrativos;
Redução do envolvimento Melhoria da qualidade da
involuntário em práticas informação;
fraudulentas; Possibilidade de cruzamento
Redução do tempo entre os dados contábeis e os
despendido com a presença fiscais;
de auditores fiscais nas Disponibilidade de copias
instalações do contribuinte; autenticas e validas da
Simplificação e agilização dos escrituração para usos
procedimentos sujeitos ao distintos e concomitantes;
controle da administração Redução do "Custo Brasil"; e
tributária. Aperfeiçoamento do combate
Fortalecimento do controle e a sonegação
da fiscalização por meio de
intercâmbio de informações
entre as administrações
tributarias;
32
A é uma das principais atribuições
do Departamento Fiscal. Através dela, pode-se determinar o
faturamento da empresa e os tributos a pagar em determinada
competência. Todo e qualquer documento fiscal deve ser
escriturado, registro esse feito através de um software.
As entidades após apurarem os tributos e contabilizarem estas
informações devem enviar estas informações para os órgãos
fiscais competentes. Estes órgãos fiscalizam se os contribuintes
estão apurando os tributos corretamente, se há indícios de
fraudes e sonegação e como está a arrecadação em cada cidade,
estado, atividade econômica.
Estas informações são enviadas através das obrigações
acessórias. A periodicidade varia de acordo com cada declaração.
Há declarações mensais, semestrais e anuais, municipais,
estaduais e federais. A não entrega dentro dos prazos estipulados
podem acarretar multas por atrasos e até mesmo multa de ofício,
em caso de fiscalização.
É importante não apenas que os contribuintes entreguem as
declarações dentro do prazo, mas também que estejam
preenchidas corretamente evitando o retrabalho e até a mesmo a
fiscalização. Por isso, é importante, portanto, que a
contabilidade, a apuração dos tributos e as declarações
acessórias feitas através de softwares forneçam as informações
para promover a escrituração dos documentos fiscais.
33
As principais escriturações federais são:
34
TABELA BÔNUS
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
SIMPLES NACIONAL.
PRAZO DE
OBRIGAÇÃO CARACTERÍSTICAS OBSERVAÇÕES
ENTREGA
Declaração de informações
socioeconômicas e fiscais. Informa os tributos
Anual, até dia 31 de
Recolhimento de todos os recolhidos no ano
DEFIS impostos das empresas
Março do ano
anterior, bem como
subsequente.
tributadas pelo simples no ano receitas e despesas.
anterior.
DIRF
Declaração de Imposto de Renda
Retido na Fonte
ANUAL —
PRAZO DE
OBRIGAÇÃO CARACTERÍSTICAS OBSERVAÇÕES
ENTREGA
DCTF: até o 15º dia
Declaração de débitos tributários útil do 2º mês DCTF: (IRPJ, IRRF, IPI,
federais ou DCTF, contém subsequente do fato IOF...)
DCTF - WEB informações dos impostos gerador. DCTFWEB: (PIS/PASEP,
federais: IRPJ, IRRF, IPI, CSLL DCTFWEB: até dia 15 COFINS e CPRB
do mês subsequente.
Estão obrigados
somente os
Regulamento contribuintes que
GIA Guia de Informação e Apuração
de ICMS, informa ao Governo as
estadual. Do dia 16 a possuem inscrição
19 do estadual, pois todo
ESTADUAL contribuições a respeito do ICMS. mês.subsequente. contribuinte do ICMS
DEVE TER INSCRIÇÃO
ESTADUAL
ANUAIS.
Obrigação anual de
ECD - Último dia útil
responsabilidade Federal. ECD - Multa ECD Art 12 da Lei
do mês de maio do
ECD/ECF ESCRITUAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL E
ano subsequente.
8.218/91. Multa ECF Art
ECF - ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL 8 da Lei 1.598/77.
ECF - Último dia útil
FISCAL.
do mês de julho.
Empresas prestadoras
de serviços mediante
Prazo até 15º dia útil mão de obra; ações
Obrigações Fiscais,
do mês desportivas e empresas
EFD REINF Previdenciárias e Trabalhistas.
subsequente. DARF que patrocinam
Utilizado por PF E PJ.
5804 eventos desportivos.
Retenção de
PIS/COFINS/CSLL E IR.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Código Tributário Nacional
Contabilidade fiscal e tributária: teoria e prática/ Silvio
Crepaldi, Guilherme Simões
Crepaldi- 2 ed.- São Paulo: Saraiva Educação, 2019.
Introdução ao Departamento Fiscal, Thanure Raposo-
Clube de Autores, 2020.
OLIVEIRA, Gustavo Pedro de. Contabilidade Tributária.
São Paulo: Saraiva, 2005.
Setor Fiscal para Iniciantes- Prof. Felipe Guerra
Marina Caroline Sousa Vieira Gomes
Contadora CRCPI012430
Pós Graduada em Docência do Ensino superior
Pós graduada em Contabilidade tributária
Pós graduada em Auditoria, Controladoria e
Contabilidade.
Atualmente iniciando Mestrado em
Contabilidade pela Fucape.
Atuando como Contadora e Consultora na área
contábil e fiscal.
MENTORIA
MENTORIA
MENTORIA
MENTORIA
QUER APRENDER MAIS
SOBRE TRIBUTOS E
MENTORIA
SUAS CLASSIFICAÇÕES?
MENTORIA
Participe de nossa Mentoria!
MENTORIA
Clique aqui e seja direcionado(a) ao nosso
Instagram: @massessoriacontabil, onde você
terá nosso contato!
MENTORIA
MENTORIA
Entenda conosco sobre Contabilidade Fiscal,
Tributária e o Funcionamento do Setor Fiscal.
MENTORIA
MENTORIA
MENTORIA