2 Relatorio Polimeros
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MATERIAIS POLIMÉRICOS
Síntese de Polímeros
VITÓRIA
2022
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MATERIAIS POLIMÉRICOS
Síntese de Polímeros
Relatório científico,
apresentado ao prof. Dr. Kinglston
Soares do IFES, como parte das
exigências do curso de Engenharia
Metalúrgica na disciplina de Materiais
Poliméricos
ÍNDICE
2. OBJETIVO ........................................................................................ 10
5. CONCLUSÃO ................................................................................... 16
1. INTRODUÇÃO TEÓRICA
Fonte: [3]
A matéria prima para a produção de derivados de celulose na forma mais
pura está no Linter de algodão ou nas polpas de dissolução.
Para a produção do acetato, é possível encontrar diferentes matérias
primas a serem utilizadas, sendo a pasta de madeira mais utilizada
industrialmente. Em Brum [2], foi utilizado o papelão (matriz de fibras de celulose
interligadas por ligações de hidrogênio entre grupos hidroxilas nas fibras
adjascentes), que é um produto de grande relevância na indústria brasileira de
embalagens. Já no trabalho de Cerqueira [1] a matéria prima utilizada foi o
bagaço de cana-de-açúcar, outro material de grande descarte no país. Nesse
trabalho, foi utilizado o algodão.
A polifuncionalidade da celulose faz com que tenha a liberdade de gerar
uma enorme diversidade de produtos com 3 hidroxilas livres em cada anidro-
monômero. Porém, haverá dificuldade em gerar produtos de substituição
homogênea. [3]
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1.1.2. Acetilação
O acetato de celulose é obtido pelo processo chamado de acetilação com
aproximadamente 80% de rendimento (grupos hidroxilas esterificados).[2]
O processo se dá pela reação de acetilação da celulose na presença de
anidrido acético em excesso (agente de acetilação), ácido acético (solvente) e
ácido sulfúrico ou outros catalisadores. As figuras 3 e 4 mostram a reação de
acetilação da celulose para conversão do triacetato de celulose e o mecanismo
de reação. [2]
Figura 3: Reação de produção do triacetato de celulose.
Fonte: [2]
Figura 4: Mecanismo de acetilação da celulose.
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Fonte: [3]
Dessa forma, a reação de acetilação pode ser homogênea ou
heterogênea, com a substituição dos grupos hidroxila das unidades de glicose
por grupos acetila. Como consequência pode-se obter materiais com diferentes
graus de substituição (GS). Esse parâmetro é importante pois afeta a
cristalinidade do polímero, potencial de biodegradabilidade, solubilidade etc. Por
exemplo, se GS=0 é insolúvel na maioria dos solventes, mas para GS= 1 é
solúvel em água, GS=2 em acetona, GS=3 em clorofórmio. [1]
De acordo com o grau de substituição do acetato de celulose é possível
mudar suas aplicações, como visto na figura 5:
Figura 5: Aplicações do acetato de celulose de acordo com grau de
substituição
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Fonte: [3]
Esse processo se barateia pelo uso de fontes alternativas de celulose
como matéria prima, sendo a biomassa oriunda de resíduos industriais e urbanos
muito atraente pelo fato da grande disponibilidade sem custo. Após diversos
ciclos de reciclagem as fibras que formam o papel e o papelão não têm mais
qualidade adequada para outro processo. Nesse cenário, a síntese de acetato
de celulose tem grande vista econômica e saudável. [2]
Fonte: [4]
A maioria das resinas termofixas insaturadas são usadas com reforços
fibrosos. O estireno é o monômero mais utilizado para poliéster insaturado,
servindo como solvente e redutor de viscosidade do produto. A cura do poliéster
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Fonte: [5]
A forma da cura de uma resina poliéster acontece através da adição do
peróxido adequado no momento da utilização do poliéster. Peróxidos, como o
peróxido de benzoíla utilizado nesse trabalho, ativam as moléculas monoméricas
e iniciam a polimerização em cadeia onde há combinação com um radical livre.
[5]
A utilização desse tipo de polímero é muito ligada ao uso de fibra de vidro,
formando um compósito de duas fases em que a matriz polimérica é reforçada
mecanicamente com as fibras. As fibras aumentam a força suportada pelo
material, reduzindo a propagação de rachaduras e prevenindo fraturas. Esses
materiais sozinhos costumam serem insuficientes para aplicações de
engenharia, mas quando juntos é possível obter características excepcionais de
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2. OBJETIVO
Realizar a reação de síntese do polímero artificial de Acetato de celulose
e observar seu espectro no infravermelho em comparação ao da celulose pura.
Realizar o processo de cura de um termofixo, a resina poliéster.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 MATERIAIS
• 2, 551g de Algodão;
• Balança de precisão;
• Béqueres;
• Proveta;
• Vidro de relógio;
• Bastão de vidro;
• Placas de vidro;
• Anidrido acético P.A – ACS;
• Ácido Acético P.A;
• Clorofórmio P.A
• Estufa;
• Peneira GranUTest, Abertura 0,105 mm;
• 5,075g de Cloreto de zinco;
• Espectrômetro Agilent Technologies Cary 630 FTIR com acessório ATR
(atenuação da reflectância total);
• Agitador Magnético com aquecimento (Marconi, MA 085/CT);
• 100g de Resina poliéster orto-tereftálica tixotrópica e pré-acelerada.
NOVAPOL L-120;
• Iniciador Peróxido de benzoíla 1%.
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3.2 MÉTODOS
• Acetato de Celulose:
o Antes do experimento, foi realizada a espectroscopia no
infravermelho do algodão (celulose) para comparações nos
resultados;
o Primeiramente, dissolveu-se num béquer 5g de cloreto de zinco em
45mL de ácido acético glacial;
o Foi adicionado o algodão em pedaços bem pequenos, de modo
que molhe bem um pedaço de cada vez;
o Após a adição e o repouso de 15 minutos, foi adicionado 20mL de
anidrido acético em porções de 5mL com agitação contínua;
o A mistura foi coberta por um vidro de relógio e deixado na estufa
por 1 dia;
o Após este tempo, a solução foi diluída com 5 porções de 10mL de
ácido acético puro.
o Gradualmente, a solução foi vertida em 4l de água, agitando com
bastão de vidro;
o Na peneira foi lavado até ficar livre de ácido;
o Após essas etapas o acetato foi levado a estufa a 50ºC por 5 horas;
o Num béquer de 100mL foi colocado 1g de acetato de celulose e
aproximadamente 10mL de clorofórmio para dissolução. A solução
foi vertida em uma lâmina de vidro até evaporar o solvente;
o O filme formado na lâmina de vidro foi retirado e analisado seu
espectro de absorção no infravermelho para comparação com o
espectro da celulose, de modo a comprovar a reação de
esterificação.
• Resina poliéster
o Em um béquer foram adicionados 100g da resina poliéster
insaturada e 1g de peróxido de benzoíla;
o O material foi misturado e levado ao repouso (reação);
o Após o tempo de gel, foram feitas observações a cerca do polímero
curado.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5. CONCLUSÃO
Nos experimentos realizados foi possível compreender aspectos
relacionados à síntese de polímeros e processos de cura. Com a síntese do
polímero artificial de acetato de celulose, foi compreendido o processo para sua
obtenção, assim como observada a diferença entre os espectros encontrados
devido ao processo de acetilação realizado, com substituição dos grupos
químicos presentes nas moléculas do composto. Mesmo com o aspecto
quebradiço indesejável encontrado, é fato que o processo foi realizado nas
cadeias poliméricas da celulose. O motivo do resultado incomum é
desconhecido, possivelmente associado ao ácido acético utilizado e tempo de
estufa.
Ainda mais, foi possível comparar e entender as diferenças com o
processo de cura de uma resina termofixa, onde a formação de ligações
cruzadas altera totalmente o aspecto do polímero, saindo de um líquido viscoso
para um polímero rígido e firme. Ficou evidenciado as consequências dessa
reação, com elevada exotermia e contração volumétrica.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS