Apostila - Análise e Melhoria Contínua de Processos
Apostila - Análise e Melhoria Contínua de Processos
Apostila - Análise e Melhoria Contínua de Processos
Modelagem de
Processos
Análise e Melhoria Contínua de
Processos
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autoria
MICHELE D. DIPP
AUTORIA
Michele D. Dipp
Sou formada em Engenharia Química e pós-graduada em MBA em
Gestão de Projetos, com uma experiência técnico-profissional na área
de qualidade de mais de 15 anos. Passei por empresas com sistemas
de gestão de qualidade em fase de implementação e com sistemas
certificados, com necessidade de modelagem de processos existentes e
desejáveis para implementação de melhorias e descrição de processos.
Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de
vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada
pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes.
Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e
trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez
que:
OBJETIVO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimento de de se apresentar um
uma nova compe- novo conceito;
tência;
NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações
necessários obser- escritas tiveram que
vações ou comple- ser priorizadas para
mentações para o você;
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado ou sobre o tema em
detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e links sidade de chamar a
para aprofundamen- atenção sobre algo
to do seu conheci- a ser refletido ou dis-
mento; cutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso aces- quando for preciso
sar um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das últi-
assistir vídeos, ler mas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma quando o desen-
atividade de au- volvimento de uma
toaprendizagem for competência for
aplicada; concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Identificação de Oportunidades de Melhorias................................ 12
Lista de Verificação......................................................................................................................... 12
Gráfico de Pareto.............................................................................................................................. 14
Cartas de Controle.......................................................................................................................... 15
Observação Instantânea............................................................................................................. 21
Análise de Processos.................................................................................. 23
Brainstorming................................................................................................ 23
Diagrama de Causa e Efeito.....................................................................................................25
5 Porquês...............................................................................................................................................27
5W2H.........................................................................................................................................................29
Capacitação de Colaboradores............................................................. 31
Planejamento de Treinamentos.............................................................................................32
Treinamentos Internos..................................................................................................................34
Avaliação de Eficácia................................................................................................. 36
Treinamentos Externos................................................................................................................ 36
Avaliação de Eficácia................................................................................................. 38
Matriz SWOT........................................................................................................................................43
Matriz GUT.............................................................................................................................................43
Matriz de Risco.................................................................................................................................. 46
FTA............................................................................................................................................................. 46
FMEA........................................................................................................................................................ 46
Análise e Modelagem de Processos 9
02
UNIDADE
10 Análise e Modelagem de Processos
INTRODUÇÃO
Você sabia que a área de análise de processos é uma das áreas que
mais estão em demanda nas organizações? A aplicação de ferramenta
de qualidade para análises de falhas em processos é fundamental para
a melhoria contínua dos processos, reduzindo as não conformidades
detectadas e preventivas.
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso objetivo é auxiliar
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o
término desta etapa de estudos:
Identificação de Oportunidades de
Melhorias
OBJETIVO:
Lista de Verificação
Conforme Silva (2017), a lista de verificação é uma ferramenta
utilizada para coleta de dados e quantificação de frequência com que
certos eventos ocorrem. O seu objetivo é obtenção e utilização fácil
dos dados, organização na disposição desses dados, avaliação por tipo
de defeito/erro e seu percentual e facilitar a avaliação das causas dos
defeitos.
EXPLICANDO MELHOR:
LISTA DE VERIFICAÇÃO
RECLAMAÇÕES RECEBIDAS DE COSMÉTICOS
Categoria das
reclamações Ocorrências Total %
Total: 59
Mês/ano: abril/20
Responsável pela coleta de
Michele
dados:
Fonte: Elaborado pela autora (2020).
Gráfico de Pareto
O gráfico de Pareto, também conhecido como diagrama de Pareto,
foi criado a partir do princípio de Vilfredo Pareto, no século XIX, com
base no estudo da desigualdade social, cuja conclusão foi que 20% da
população detinha 80% das riquezas (JUNIOR, 2012).
EXPLICANDO MELHOR:
Cartas de Controle
Controle Estatístico de Processo (CEP), conforme Campos (2016), é
uma técnica estatística (método preventivo) que compara os resultados de
um processo com os padrões, identificando a partir de dados estatísticos
as tendências para variações significativas, a fim de eliminar/controlar
essas variações. É necessário seguir as quatro ações do PDCA (Plan, Do,
Check, Act), visando à melhoria contínua da capacidade do processo. O
Controle Estatístico do Processo encontra-se na ação Check.
•• Medição do processo.
•• Monitoramento.
Entendendo que
N d2 n d2
2 1,128 9 2,970
3 1,693 10 3,078
4 2,059 11 3,173
5 2,326 12 3,258
6 2,534 13 3,336
7 2,704 14 3,407
8 2,847 15 3,472
Fonte: Ribeiro (2012).
Observação Instantânea
Conforme Silva (2017), a técnica de observação instantânea foi
criada, em 1934, por L.H.C. Tippet, para realização da medição de tempo
de espera de máquinas e trabalhadores na indústria.
SAIBA MAIS:
RESUMINDO:
Análise de Processos
OBJETIVO:
Brainstorming
O brainstorming é uma ferramenta criada, por volta da década de
1940, nos EUA. Conhecida como “tempestade de ideias”, tem o objetivo de
juntar todas as ideias criativas e funcionais para identificar soluções para
problemas críticos já identificados, por meio de controles de processos ou
não conformidades.
•• Liberdade da criatividade.
•• Delimitação de tempo.
Medição:
Método:
- A programação é adequada?
Mão de obra:
- Está qualificada?
- Possui experiência?
- Cumpre as normas?
- Está motivada?
- É desatenta?
- É suficiente?
- É adequada?
Máquinas:
- São suficientes?
- São adequadas?
- A manutenção é adequada?
Meio ambiente:
- A temperatura é adequada?
- A iluminação é adequada?
- O ambiente é seguro?
Materiais:
aquelas que são possíveis causa raiz, ou seja, as que realmente sejam as
responsáveis pela falha e suas recorrências.
Para cada causa selecionada como causa raiz, deve ser definida
uma ou mais ações corretivas.
5 Porquês
A técnica do “5 porquês” tem o objetivo de aprofundar a análise da
causa raiz de falhas ocorridas.
EXPLICANDO MELHOR:
5W2H
A técnica 5W2H, conforme Júnior (2012) e Silva (2017), consiste
em avaliar a viabilidade de desenvolvimento de ações de melhorias
identificadas, assim como as variáveis do processo, causas identificadas e
objetivos a serem alcançados, por meio da aplicação de sete perguntas,
que conferem o nome à técnica:
•• What = O quê/Qual?
Qual o assunto?
•• Who = Quem?
•• Where = Onde?
•• When = Quando?
Qual a periodicidade?
•• How = Como?
Quanto custará?
30 Análise e Modelagem de Processos
RESUMINDO:
Capacitação de Colaboradores
OBJETIVO:
Ah, mas agora você vai me dizer: “Mas com tudo isso, o colaborador
não terá mais tempo para executar suas atividades!”. Isso não será verdade
se houver um planejamento anual efetivo de treinamentos.
Planejamento de Treinamentos
Você sabe como a sua organização realiza o planejamento de
treinamentos dos colaboradores? Se a resposta é “não”, procure saber.
Quem sabe você não aproveita para realizar a modelagem deste
processo e implementa melhorias, conforme o conhecimento obtido
nesta disciplina.
Cargo
Processo /
Procedimento
Função 4
Função 3
Função 2
Função1
Processo 1 I N - -
Processo 2 - N I I
Processo 3 - I N I
Treinamentos Internos
Os treinamentos internos são aqueles que são ministrados por
colaboradores da própria empresa.
Avaliação de Eficácia
Todo o treinamento realizado internamente deve possuir uma forma
de avaliar a eficácia do aprendizado. Para isso, existem algumas formas
conhecidas:
Treinamentos Externos
Estamos falando de modelagem de processos de negócios,
então por que tratar de treinamentos externos? Simples, a menos que
a organização seja responsável por criar uma metodologia inovadora de
análise de processos, o conhecimento sobre ferramentas, metodologias
e assuntos relacionados aos processos deve vir de partes externas à
empresa.
Treinamentos Presenciais
Os treinamentos externos presenciais, realizados fora da empresa,
quando não in company, são ideais para no máximo 10 colaboradores,
sendo o mais indicado um a três colaboradores, por questões de custos.
A desvantagem é:
Treinamentos in Company
Os treinamentos in company são realizados por um ministrante
externo (que não trabalha na organização) na empresa. As vantagens do
curso in company são:
Os benefícios são:
Avaliação de Eficácia
Em treinamentos externos não têm como a empresa garantir
que será realizada a avaliação de eficácia por parte da organização do
treinamento. Então a forma de avaliar a eficácia do treinamento é a emissão
do certificado. Esta parte não tem uma fonte específica. É conhecimento
adquirido com a experiência profissional de realização do treinamento e
Análise e Modelagem de Processos 39
RESUMINDO:
Gestão de Risco
OBJETIVO:
•• Minimizar perdas.
EXPLICANDO MELHOR:
Matriz SWOT
A matriz SWOT é um importante método que descreve o contexto
de qualquer nova atividade e detecta oportunidades e potenciais riscos.
Matriz GUT
A matriz GUT é uma das metodologias mais utilizadas nas
organizações para análise de riscos, por ser fácil de ser utilizada e permitir
modificações para melhor adaptação dos processos.
44 Análise e Modelagem de Processos
EXPLICANDO MELHOR:
MATRIZ GUT
Processo: Data:
Produção de cosméticos abril/20
Avaliação: R = GxUxT
Classificação: Legenda:
1 = muito baixo G = Gravidade
2 = baixo U = Urgência
3 = médio T = Tendência
4 = alto R = grau de risco
5 = muito alto
Riscos G U T R
Equipamento com tecnologia ultra-
1 1 5 5
passada
Equipamento com capacidade no
2 4 5 40
limite da produção
Operador não é qualificado 4 4 2 32
Sala de manipulação não possui
5 5 4 100
sistema de ar independente
Mobiliário da sala de pesagem é de
4 4 3 48
madeira
A transferência do produto entre
tanques é realizada de forma ma- 3 4 5 60
nual
Fonte: Elaborado pela autora (2020).
46 Análise e Modelagem de Processos
Matriz de Risco
A matriz de risco surgiu de uma variação da matriz GUT, no qual
o risco é avaliado por meio da combinação de dois parâmetros, como
probabilidade de ocorrência e severidade/impacto.
FTA
O FTA (Fault Tree Analisys) é uma ferramenta utilizada para analisar
os riscos identificados, partindo-se de uma consequência indesejada, ou
“evento principal” e, a partir de níveis e operadores, descobrir o problema
até os “eventos base”.
FMEA
O FMEA (Failure Mode and Effect Analysis - análise do tipo e efeito
da falha), segundo Toledo (2015), é uma metodologia desenvolvida em
1940, pelo Military Standard 1629, utilizado para o desenvolvimento de
aeronaves. Na década de 1970, foi introduzida na indústria automotiva
pela Ford Motor Company, em decorrência ao caso “Ford Pinto.”
FMEA N°:
ANÁLISE DO MODO E EFEITO DAS FALHAS
Página:
FMEA de Projeto ( ) de Processo ( )
de
Cabeçalho
Nome/Código do produto:
Projeto / Processo: Data Início: Data Limite:
Máquina/Operação:
Revisão da data:
Preparado por: Respons. Progjeto/Processo: Aprovação da Gerência:
Equipe:
Ações
Respons/
Reco- Resultado
Prazo
mendas
Etapa ção
Falha Falha Falha Atuais
Risco (NRP)
Risco (NRP)
Severidade
Severidade
Ocorrência
Ocorrência
Detecção
Detecção
Severidade
Índice Severidade Critério
1 Mínima O cliente mal percebe a falha quando esta ocorre.
2
Ligeira deterioração no desempenho, com leve descon-
Pequena
tentamento do cliente.
3
4
6
7
Sistema deixa de funcionar e há descontentamento do
Alta
cliente.
8
9
Muito Alta Idem ao item anterior, porém afeta a segurança.
10
Fonte: Silva (2017).
Quadro 8 – Ocorrência
Ocorrência
Índice Ocorrência Proporção Cpk
1 Remota 1:1.000.000 Cpk > 1,67
2 1:20.000
Pequena 1,67 > Cpk > 1,00
3 1:4.000
4 1:1000
5 Moderada 1:400 Cpk < 1,00
6 1:80
7 1:40
Alta -
8 1:20
9 1:8
Muito Alta -
10 1:20
Fonte: Silva (2017).
Análise e Modelagem de Processos 49
Quadro 9 – Detecção
Detecção
Índice Detecção Critério
Muito
1 Certamente será detectado.
grande
2
Grande Grande probabilidade de ser detectado.
3
4
6
7
Pequena Provavelmente não será detectado.
8
9
Muito
Certamente não será detectado.
pequena
10
Fonte: Silva (2017).
RESUMINDO:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ISO 14791 -
Aplicação de gerenciamento de risco a produtos para a saúde. Rio de
Janeiro: ABNT, 2009.