Anais Semana Educa
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FICHA CATALOGRÁFICA
BIBLIOTECA PROF. ROBERTO DUARTE PIRES
E2442a
CDU 37
Bibliotecária responsável: Rejane Sales - CRB11/903
ISSN: 2179-8389
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Coordenação Geral
Profª. Drª. Rosângela de Fátima Cavalcante França
Profª. Drª. Carmen Tereza Velanga
Prof. Dr. José Lucas Pedreira Bueno
Profª. Drª. Juracy Machado Pacífico
Autores
ISSN: 2179-8389
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Capa
Rejane Sales de Lima Paula
Editoração e Revisão
Vanderleia Barbosa da Silva, Fernanda Dias da Silva e Rejane Sales de Lima Paula.
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ORGANIZAÇÃO
Coordenação Geral
Profª. Drª. Rosângela de Fátima Cavalcante França
Profª. Drª. Carmen Tereza Velanga
Prof. Dr. José Lucas Pedreira Bueno
Profª. Drª. Juracy Machado Pacífico
Comissão Organizadora
Comitê Científico
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Sumário
APRESETAÇÃO....................................................................................................................... 17
GT-1: CONCEPÇÕES E FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INTEGRAL ..................... 18
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INTEGRAL NO MOVIMENTO INTEGRALISTA .... 19
PAULO APARECIDO DIAS DA SILVA
MARIA DAS GRAÇAS SÁ PEIXOTO PINHEIRO
EDUCAÇÃO INTEGRAL E EDUCAÇÃO DE TEMPO INTEGRAL ATRAVÉS DO
PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO: UMA PERSPECTIVA COMPARADA ENTRE A TEORIA
E A PRÁTICA NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE MONTE NEGRO – RO ..................... 23
ISAC ROCHA DA SILVA
JOZEILA BERGAMO
A GESTÃO DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO INTEGRAL: A IMPORTÂNCIA DA
FORMAÇÃO AMPLIADA PARA PROFESSORES E GESTORES - UM ESTUDO NA ZONA
NORTE DE MANAUS ............................................................................................................. 27
CÍNTIA ADÉLIA DA SILVA
ANTÔNIO CARLOS MACIEL
GESTÃO DA EDUCAÇÃO INTEGRAL POLITÉCNICA A LUZ DA PSICOLOGIA
HISTÓRICO- CULTURAL ..................................................................................................... 31
ELIANE DE ARAÚJO TEIXEIRA
ANTÔNIO CARLOS MACIEL
CLAUDINEI FRUTUOSO
SILVANA DE FÁTIMA DOS SANTOS
GESTÃO DEMOCRÁTICA: UMA ANÁLISE DOS CONSELHOS SUPERIORES DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA .................................................................... 36
ANA BEATRIZ FONTENELE ARAGÃO
ROGÉRIO FEITOSA BARROS
POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE NO ESTADO DO AMAZONAS E OS DESAFIOS
DA FORMAÇAO EM SERVIÇO: O CASO DO PFPEP...................................................... 40
ROSIMERI DA SILVA PEREIRA
IZONI DE SOUZA TRINDADE
A INSTRUÇÃO PÚBLICA: A HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR NO
AMAZONAS DURANTE O PERÍODO IMPERIAL (1852-1889) ....................................... 45
MARIA GORETTI CORDEIRO DA COSTA
ANTÔNIO CARLOS MACIEL
REFORMA DO ESTADO E POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA A PARTIR
DE 1990 ...................................................................................................................................... 48
PAULO APARECIDO DIAS DA SILVA
MARIA DAS GRAÇAS SÁ PEIXOTO PINHEIRO
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APRESENTAÇÃO
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INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por objetivo discutir, a partir de uma pesquisa bibliográfica, a
concepção de educação integral presente na Ação Integralista Brasileira (AIB). A partir das
pesquisas e análises realizadas por Cavalari (1999), Chasin (1999), Cavaliere (2002; 2010),
Coelho (2004), busca-se demonstrar que o movimento integralista estava imbuído de uma
perspectiva educacional fundamentada em aspectos conservadores e idealistas na medida em
que preconizava a formação de um homem integral por meio de uma revolução espiritual
voltada para a manutenção da ordem imposta por um Estado integral. Nesse sentido, a
concepção de educação integral é perpassada pelo nacionalismo cívico, pela religião em
oposição ao materialismo visto por Plínio Salgado, principal líder e ideólogo do integralismo,
como limitado e causador de todos os problemas vividos pelo Brasil.
O movimento integralista brasileiro tomou forma por meio da fundação da AIB em 07
de outubro de 1932 sendo dissolvida em 03 de dezembro de 1937 por decreto presidencial. A
AIB pretendia ser mais do que um partido político, segundo Cavaliere (2010), e caracterizava-
se como um movimento cultural que objetivava elaborar e praticar uma nova concepção
filosófica e política do mundo onde a escola teria papel crucial.
A onda higienista, comum nas primeiras décadas no século XX, que preconizava uma
“educação regeneradora da moral social e individual”, foi assumida pelos integralistas de
maneira consequente enfatizando o “papel moralizador da educação” (CAVALIERE, 2010, p.
249). Os valores educacionais do movimento integralista eram o “sacrifício, sofrimento,
disciplina e obediência. Cumprir os compromissos, obedecer aos superiores, propagar sua
doutrina e morrer pelos ideais eram as bases da atitude Integralista a ser inculcada”
(CAVALIERE, 2010, p. 250).
Na concepção de educação do movimento integralista a ênfase no que diz respeito a
formação humana recai, de acordo com Coelho (2004, p. 7), “na espiritualidade, no
nacionalismo cívico, na disciplina, ou seja, em fundamentos político-conservadores”.
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Realizamos pela doutrina, pela propaganda, pelo voto, pela cultura, pela disciplina
moral que os integralistas aprendem na escola de civismo das nossas milícias
desarmadas: a revolução legal. /.../ Sentimo-nos, pois, à vontade, para usar do termo
‘revolução’, uma vez que a nossa revolução não quer dizer mazorca, ‘complot’
subversivo, sedição, golpe de Estado, mas reforma de costumes, de atitudes, de
mentalidades, de métodos educacionais, revolução interior profunda, de caráter
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espiritual tão puro que só podem compreender aqueles que vêm sofre conosco o
sacrifício, a pobreza, as incompreensões (SALGADO, Apud CHASIN, 1999, p. 461)
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Outra característica do discurso integralista apontada por Cavalari (1999, p. 159) diz
respeito ao moralismo inspirado no imaginário religioso apresentando uma visão maniqueísta
da história e o sofrimento como forma de redenção. A história é transformada numa “espécie
de fábula moralizante” que aponta para “a hipótese de que o arquétipo de tal discurso era o
universo do catolicismo tradicional. A identidade do movimento foi construída a partir desse
imaginário”. Assim, “a transformação da sociedade se daria exclusivamente a partir da
transformação do indivíduo. Daí os constantes apelos à recusa do sensualismo, do materialismo,
da grosseria dos instintos. Enfim, os apelos à necessidade de se promover a revolução do
espírito” (CAVALARI, 1999, p. 159).
Evidencia-se, assim, o idealismo de Plínio Salgado ao dar exclusivamente ao espírito o
caráter dinâmico constituindo-o como o principal agente histórico em contraposição à realidade
que diz respeito apenas ao “produto degradado da idéia” (CHASIN, 1999, p. 455). A ênfase no
primado do espírito está em direta correspondência com o repúdio ao marxismo.
Pode-se concluir que a perspectiva de educação integral no movimento integralista
corresponde a um ideal moralizante e espiritualista que objetiva formar para a obediência cega
a um Estado centralizador. Em síntese, ao destacar conceitos como nacionalismo, disciplina,
espiritualidade, o movimento integralista propunha uma educação com pressupostos políticos
e ideológicos fortemente marcados por um ideal conservador e funcionalista, portanto,
interessado em reproduzir o status quo vigente.
REFERÊNCIAS
CAVALIERE. A. Educação Integral: uma nova identidade para a escola brasileira? In: Educ.
Soc., Campinas, vol. 23, n. 81, p. 247-270, dez. 2002.
______. Anísio Teixeira e a educação integral. Paidéia, v. 20, n. 46, p. 249-259, maio-ago.
2010.
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físico (ginástica e esporte) e ensino tecnológico e politécnico (que objetiva o domínio técnico
e cientifico dos meios de produção).
Baseado nesses princípios, surge a pedagogia Histórico-crítica de Dermeval Saviani,
que busca a articulação de uma proposta pedagógica, que tenha o compromisso não apenas de
manter a sociedade, mas, sim, de transformá-la. Defende a escola como socializadora dos
conhecimentos e saberes universais. Esses saberes devem ser instrumentos de compreensão da
realidade social e atuação crítica e democrática para a transformação da realidade.
2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Em pesquisa “in loco” observou-se que o referido Programa difere em cada instituição
de acordo com os macrocampos escolhidos por cada uma na hora de sua adesão, realizada
através do sistema pde interativo, as quais tinham diversos macrocampos (áreas do
conhecimento) opcionais e obrigatório. Em todas as instituições foram escolhidos quatro
macrocampos e todas ofertaram, o Macrocampo Acompanhamento Pedagógico (Campos do
Conhecimento) campo obrigatório. Os demais macrocampos solicitados foram Esporte e Lazer
(tênis de mesa, caratê, judô, futebol) e Cultura e Arte (música, dança, pintura, teatro).
O cadastro dos alunos foi realizado através do sistema online, o qual apresentava
critérios para definição do público. No entanto verificou-se que tanto as escolas da área rural
quanto da área urbana não utilizaram na íntegra os critérios estabelecidos pelo Programa,
alegando as dificuldades dos alunos de chegarem até a escola. Observou-se ainda que nas
escolas da zona urbana, os discentes não permaneciam todo o tempo na escola, não sendo
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REFERÊNCIAS
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/passoapasso_maiseducacao.pdf; acesso em 10 de
novembro de 2015.
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O interesse pelo tema da Gestão da Educação Integral surgiu durante o ano de 2013, ao
participar do Projeto de Extensão e Pesquisa “Curso de Planejamento, Gestão e Avaliação para
Gestores da Educação Integral do Estado de Rondônia”, pelo Programa de Formação
Continuada para Professores e Gestores das Escolas de Educação Integral, vinculado à Rede
Nacional de Formação Continuada dos Profissionais da Educação Básica– RENAFOR e à
Diretoria de Currículos e Educação Integral do Ministério da Educação– DICEI/MEC,
realizado pelo Grupo de Pesquisa Centro Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Educação
e Sustentabilidade – CIEPES/UNIR.
Embora o Curso em si tenha sido para Gestores do Estado de Rondônia, aparte de
pesquisa envolvia um levantamento dos fatores de qualidade da gestão escolar dos Estados de
Rondônia e Amazonas, neste caso especificamente de Manaus. A oportunidade de participar da
aplicação de um Survey multifatorial em Escolas de Educação Integral da Zona Norte de
Manaus, da tabulação e análise dos dados e, ainda, da elaboração de artigo expondo os
resultados, possibilitou a compreensão de que, pela perspectiva da Educação Integral
Politécnica, o gestor deve ter uma formação que, além das competências pedagógicas, envolva
uma formação dos fundamentos das ciências sociais, chamada aqui de formação ampliada, que
lhes possibilite gerir a escola visando à formação emancipada para um mundo do trabalho
dominado pelas novas tecnologias.
Ainda que o levantamento de 2013 tenha sido limitado pelo tempo, perceberam-se
algumas debilidades, o que leva a questionar: essas debilidades formacionais existem de fato
ou são impressões de um levantamento limitado? Antes mesmo disso, a transformação das
escolas de um turno em escola de tempo integral, exige novas habilidades e competências de
seus gestores e professores? Se exige, que habilidades e competências são essas? Finalmente,
as lacunas nas habilidades e competências identificadas de fato são imprescindíveis à Gestão
da Educação Integral?
Dessa forma, a pesquisa tem por objetivo explicar a importância da formação ampliada
para professores e gestores da educação integral. Levando em consideração o trabalho já
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iniciado em 2013, a base empírica da pesquisa de campo será realizada nos Centros
Educacionais de Tempo Integral – CETI: “Prof. Garcytilzo do Lago e Silva”; CETI: “Zilda
Arns Neumann”; e, CETI: “João Santos Braga”, todos na Zona Norte de Manaus.
2 METODOLOGIA
Os avanços alcançados pelas políticas educacionais para a escola pública, a partir dos
indicativos da progressiva institucionalização da educação integral, desde o PNE-2001, têm
proporcionado desafios aos gestores educacionais de todos os níveis, no sentido de encontrar
um modelo ou modelos que contemplem não só as diversas concepções de educação integral,
mas também os mecanismos necessários para modificar o modo de gerir a escola pública.
A compreensão da importância da Gestão para a Formação Ampliada, de acordo com a
literatura pesquisada, pressupõe o estudo de referenciais a cerca da gestão das políticas de
educação integral, principalmente, a partir das experiências pedagógicas realizadas no Brasil,
em particular, em Manaus, onde a pesquisa empírica será aplicada, sem perder de vista a noção
de formação ampliada (administrativa, econômica, política e pedagógica), de acordo com a
perspectiva histórico-crítica.
Nesse sentido faz-se, aqui, uma revisão da literatura acerca da gestão da educação
integral, da noção de formação ampliada, como uma modalidade da formação continuada, tendo
em vista os paradigmas da educação integral e, ainda, complementando a revisão, expõe- se
alguns dados significativos sobre a experiência pedagógica em educação integral no Estado do
Amazonas, tendo por base a cidade de Manaus.
A educação integral tem sido um ideal presente nas formulações dos educadores
brasileiros vinculados à modernização da educação brasileira (casos de Anísio Teixeira e Darcy
Ribeiro), ao compromisso com os setores populares (caso dos CEUS) e ao compromisso com a
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juventude, laboratórios de física, química, matemática, artes e informática, que passaram a fazer
parte da dinâmica de sala de aula e do universo dos estudantes (SEDUC, 2013), porém exigindo
maior quantidade de recursos humanos e formação de acordo com a complexidade da nova
modalidade de educação.
Assim, toda a complexa relação entre formação no ensino médio e educação integral,
com a ampliação dos espaços educativos, a participação de outros atores, além dos profissionais
da educação, bem como a formação para o mercado de trabalho, exige de gestores e professores
conhecimentos e saberes mais abrangentes, daí a necessidade de um estudo que vise verifica a
necessidade de uma formação ampliada.
REFERÊNCIAS
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Claudinei Frutuoso
1 INTRODUÇÃO
Este texto tem por objetivo, apresentar algumas contribuições dos fundamentos
histórico-culturais para a gestão dos processos de ensino-aprendizagem da Educação Integral
Politécnica, em especial, para o coordenador pedagógico. Partimos deste pressuposto com base
nos estudos de Maciel (2007; 2013), que retoma o conceito de politecnia em Marx e dá a este
um novo significado no contexto da educação integral, o de “politecnia como princípio
pedagógico”.
Neste sentido, partimos das seguintes questões: quais as contribuições histórico-
culturais para o gestor, em especial o coordenador pedagógico, acompanhar e avaliar o processo
de ensino-aprendizagem de docentes e discentes? O atual modelo de formação continuada,
oferecido a esses gestores, tem contribuído para o ensino-aprendizagem?
Nesta direção, o texto, com base em Vigotski (2013), aponta elementos significativos,
dos conceitos de zona de desenvolvimento real, zona de desenvolvimento proximal e
desenvolvimento potencial, para o trabalho do coordenador pedagógico.
2 METODOLOGIA
A partir da perspectiva da dialética materialista (Marx, 2008), este trabalho foi realizado
por meio de pesquisa bibliográfica sobre os conceitos vigotskianos de desenvolvimento real,
desenvolvimento proximal e desenvolvimento real para verificar como esses conceitos podem
se tornar instrumentos fundamentais para o trabalho da coordenação pedagógica no âmbito da
educação integral politécnica.
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pelo professor Antônio Carlos Maciel. Trata-se de uma proposta de educação fundamentada
nas ideias de Marx e Engels (2011), disposta nos escritos da Comuna de Paris. Como proposta
educacional, esta procura dar ao filho dos trabalhadores uma educação que vai ao encontro de
suas necessidades emancipatórias.
Neste sentido, o conceito de educação politécnica, abrange uma formação humana
completa, a partir do desenvolvimento cognitivo (intelecto), psicomotor (educação física) e
tecnológico (politecnia) Marx e Engels (2011, p. 85). Maciel (2013, p. 134) define politecnia
como:
O princípio pedagógico, que se fundamenta na concepção de que o homem é um ser
histórico-cultural, constituído a partir de sua práxis social (na qual o trabalho é o fundamento
determinante e a consciência sua expressão mais acabada), cuja consequência é o
desenvolvimento potencial de suas múltiplas capacidades cognitivas, sensíveis, físicas e sociais,
numa palavra, é o desenvolvimento de sua humanização integral.
Assim, o conceito de politecnia como princípio pedagógico vai ao encontro das
proposições vigotskianas de aprendizagem e desenvolvimento, quando Vigotskii (2013, p.103)
enfatiza que “um aspecto essencial do aprendizado é o fato de ele criar a zona de
desenvolvimento proximal”.
Vigotisk (2013, p, 97-98) esclarece que “o nível de desenvolvimento real de uma criança
define funções que já amadureceram e a zona de desenvolvimento proximal define aquelas
funções que ainda não amadureceram, mas que estão em processo de maturação”. Para Vigotsk
(2001, p, 112) isso é possível porque “a diferença entre o nível das tarefas realizáveis com o
auxilio dos adultos e o nível das tarefas que podem desenvolver-se com uma atividade
independente define a área de desenvolvimento potencial da criança”.
Desse modo, ao que diz respeito ao ensino-aprendizagem, a psicologia histórico-cultural
em consonância com uma proposta pedagógica que valoriza a cultura e o saber sistematizado
poderá contribuir para potencializar o desenvolvimento das múltiplas capacidades humanas.
Todavia, vale destacar que o conceito de potencialidade ao qual estamos referindo não esta
restrita apenas ao desenvolvimento intelectual uma vez que para (MACIEL, BRAGA e
RANUCCI, 2013, p, 26) concebe-se “politecnia como um processo de desenvolvimento
integral das faculdades humanas, tratando equilibramente racionalidade, habilidade,
sensibilidade e sociabilidade”. Desse modo caracteriza-a da seguinte maneira:
Racionalidade como desenvolvimento das dimensões logico-cognitiva (onde o
conhecimento científico seja determinante); a habilidade, enquanto expressão capacidades
psicomotoras e físicas (onde o esporte e a formação profissionalizante constituam suportes
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4 CONCLUSÃO
A partir do estudo realizado conclui-se que, organizar uma proposta pedagógica com
base nos fundamentos histórico-culturais, requer uma reorganização do trabalho do gestor
escolar, em especial, o coordenador pedagógico, uma vez que estes direcionam por meio do
acompanhamento e monitoramento em parceria com o professor, o processo pedagógico em
sala de aula.
É necessário, portanto, repensar e minimizar as atribuições burocráticas que atualmente
são impostas ao coordenador pedagógico, para assim desenvolver o trabalho formativo com
qualidade, embora não se concorde com o modelo de formação atual que tem sua base no
professor reflexivo, não podemos discordar que a formação continuada na escola é necessária,
uma vez que, a formação inicial tem se demonstrado insuficiente do ponto de vista do
conhecimento científico.
Neste sentido, pressupõe-se que somente a partir de um estudo teórico onde serão
apropriados os conceitos aqui expressos é que será possível acompanhar e avaliar a
aprendizagem tanto dos discentes quanto dos docentes tendo como ponto de partida a Zona de
Desenvolvimento Real e como ponto de chegada a Zona de desenvolvimento Proximal. Desse
modo, as ações a serem planejadas levarão em consideração o desenvolvimento potencial, ou
seja, os conhecimentos que os alunos ainda não dominam.
Segundo Martins (2015, p. 32) “a compreensão dessa relação torna possível entender
porque não é qualquer conteúdo que pode ser considerado curricular”, no entanto, entender este
processo dialético é fundamental tanto para gestores quanto para os professores da educação
politécnica.
REFERÊNCIAS
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MACIEL, Antônio Carlos; BRAGA, Rute Moreira; RANUCCI, Adriana Carneiro. Projeto
Burareiro: Politecnia e educação a luz da pedagogia histórico-crítica. In: MACIEL, Antônio
Carlos; WEIGEL, Valéria A. C. de; CIOFFI, Lara Cristina; BRAGA, Rute Moreira;
FERRAZZO, Gedeli (Org.). Gestão da educação integral politécnica: uma proposta para
o Brasil. Vol. 01. Porto Velho-RO: EDUFRO, 2013. p. 23-42
MARX, Karl. Contribuição à crítica da economia política. 2. ed. São Paulo: Expressão
Popular, 2008.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Textos sobre Educação e Ensino. Campinas, SP:
Navegando, 2011.
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1 INTRODUÇÃO
A discussão sobre gestão escolar vem sendo realizada ao longo dos anos, muitos
avanços decorrentes desse trabalho estão implantados no sistema de ensino brasileiro. Porém,
o sistema educacional necessita acompanhar esses processos, e fazer com que a discussão sobre
gestão seja sempre um assunto contemporâneo, uma necessidade da sociedade. Este trabalho,
que parte da proposta de estudo a respeito da temática Gestão Democrática, tem por objetivo
apresentar dados, informações e reflexões sobre pesquisa realizada sobre os órgãos
deliberativos centrais da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), os quais constituem parte
da administração superior da UNIR procurando abordar as determinações da estrutura
organizacional e as principais atribuições. Para tanto, foram utilizados como procedimentos
metodológicos: entrevista (com a Secretária Geral dos Conselhos Superiores), pesquisa
bibliográfica e documental.
O estudo foi direcionado ao conhecimento das práticas de gestão determinadas pelos
órgãos reguladores do sistema educacional. Diante disso, vale ressaltar que o conceito de gestão
democrática utilizado neste trabalho se alicerça na teoria Vitor Paro, quando o mesmo diz que
a prática democrática é “todos os mecanismos, procedimentos, esforços e recursos que se
utilizam, em termos individuais e coletivos, para promover o entendimento e a convivência
social pacífica e cooperativa entre sujeitos históricos” (PARO, 2002, p. 15). Assim, a gestão
democrática se concretiza quando grupos que representam a comunidade interagem entre si por
meio do diálogo, visando alcançar um objetivo comum.
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Diante disso, pode-se afirmar que ela tem um importante papel para o bom funcionamento não
só dos conselhos, mas da Universidade, pois seu trabalho influência toda comunidade.
Para melhor entender o movimento que ocorre dentro dos Conselhos Superiores da
UNIR, foi realizado uma entrevista com a secretária dos três conselhos. Ela já está nesta função
desde 2001, por isso, conhece o movimento realizado nestes núcleos que têm como objetivo
concretizar a gestão democrática, através das discussões e diálogos de matérias de interesse da
Universidade.
O primeiro questionamento a relatar é a respeito da composição dos conselhos. A
secretária falou que ele é composto por 70% de professores, 15% de técnicos e 15% de alunos.
Além disso, disse que algumas outras universidades federais possuem o voto paritário, porém
que é necessária maturidade para inseri-lo. Em seguida, afirmou também que o consenso não
existe nos conselhos superiores da UNIR, ele é muito pequeno, por isso, muitas demandas da
Universidade não são devidamente resolvidas, dificultando ou atrasando o bom andamento dos
processos.
Isso ocorre, talvez, porque alguns conselheiros não veem a política em sentido amplo,
ou seja, como sendo “todos os mecanismos, procedimentos, esforços e recursos que se utilizam,
em termos individuais e coletivos, para promover o entendimento e a convivência social
pacífica e cooperativa entre sujeitos históricos” (PARO, 2002, p. 15). Eles o veem em sentido
restrito, como luta partidária a fim de atender interesses próprios. Porém, para que haja
possibilidade de melhorias é preciso que o grupo esteja engajado em um mesmo propósito, em
um objetivo que beneficie primordialmente a coletividade.
Quando se perguntou a ela quais eram os pontos negativos do conselho, a mesma
respondeu que o ego é o principal defeito, ela relatou que quando surgiu o conselho todos
lutavam juntos visando formar uma Universidade de qualidade. A maioria dos professores no
início não tinham cursos de mestrado, nem doutorado, porém, ao ver da entrevistada, parece
que na medida em que os profissionais foram se capacitando o ego foi inflando e aquela luta
por uma universidade melhor se esfriou.
Outro defeito relatado pela secretária é o regimento, pois o mesmo nunca foi alterado
desde sua criação em 2000 e muitos fatores não atendem mais a realidade da Universidade. Um
deles, por exemplo, é a não existência de prazo para dar vistas ao processo, assim, quando um
conselheiro tem interesse de estagnar o processo ele faz este pedido, fazendo com que um
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processo que deveria demorar meses, demore anos e mais anos. Já como ponto positivo, a
secretária colocou a aplicabilidade da justiça, afirmando que apesar dos problemas advindos
dos conselhos, muito pior seria sem a sua existência, pois, assim, teria menos possibilidades
ainda de se atender as aclamações da comunidade acadêmica.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS
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Informações gerais sobre o programa de formação disponível em:
http://www.educacao.am.gov.br/servicos/publicacoes/estagio-probatorio/
2Conforme informações disponíveis no site, o Centro de Politicas Publicas e Avaliação da Educação (CAED) vinculado a
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) realiza programas de avaliação educacional, tanto na formação de especialistas
na área de gestão da educação pública quanto no desenvolvimento de tecnologias de administração escolar. O CAED atua junto
ao Governo Federal, Estados, Municípios, instituições e fundações na proposição de avaliações de larga escala com o
desenvolvimento de medidas de desempenho e na pesquisa de fatores intra e extraescolares associados ao desempenho. Seu
objetivo central se configura por oferecer dados e informações fundamentais capazes de subsidiar de ações de melhoria da
qualidade da educação e equidade nas oportunidades educacionais. A Unidade de Formação oferece de especialização e de
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Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Nesse sentido o Conteúdo do curso destinado aos
educadores em estagio probatório se organiza em 4 volumes. No Volume I denominado
“Avaliação” o objetivo é proporcionar ao professorado uma discussão sobre a importância do
Sistema de Avaliação do Desempenho Educacional do Amazonas – SADEAM, dos Indicadores
educacionais no Brasil e no mundo bem como dos reflexos da Avaliação educacional interna,
externa, de pequena ou grande escala. Já o Volume II, pautado na categoria “Currículo”, o
objetivo é situar o professor, nos debates sobre currículo e políticas curriculares, de maneira
que possa assumir um papel ativo na discussão sobre o que e como e para que se ensina visando
a construção do projeto pedagógico da escola bem como das recentes mudanças processadas
nas políticas curriculares da Educação Básica a partir da aprovação das Novas Diretrizes
Curriculares Nacionais. Por se tratar de um tema atual, o volume se utiliza de documentos
legais, dados obtidos por meio de entrevistas com agentes direta ou indiretamente envolvidos
na produção das referidas politicas além de trabalhos mais teóricos de autores especialistas
sobre o tema. O Volume III apresenta os principais elementos do marco constitucional de 1988
e sua influência na produção e implementação de políticas públicas na área da educação. Com
destaque para a responsabilidade docente frente ao cumprimento da legislação educacional
vigente este volume de estudo contempla categorias de análise como “poder”, “legitimidade”,
“Estado”, “governo”, “democracia”, “política” além de outras amplamente revisitadas. O
volume IV denominado Gestão Escolar finaliza o processo de estudo do cursista participante
do PFPEP e informa aos professores sobre a gestão autoritária e democrática, contextualizando
que a organização da escola tenha seu princípio no Projeto Político Pedagógico, o qual deve ser
construído levando em conta, dentre outros aspectos, a diversidade cultural dos grupos que a
procuram e à participação responsável de todos na sua efetivação, a partir do compromisso
coletivo com resultados educacionais cada vez mais significativos.
4 DISCUSSÃO
O que se observa com esta pesquisa é que se de um lado CNE regula as normas gerais
de funcionamento dos cursos de formação em serviço por outro lado se observa que a Instrução
Normativa de nº 004/2012 (SEDUC) disciplina procedimentos e define critérios para a
implementação do Processo de Avaliação de Desempenho dos Servidores da Carreira do
Magistério em Estágio Probatório da Secretaria de Estado da Educação do Amazonas
aperfeiçoamento com o intuito de criar estratégias que contribuam com a melhoria da qualidade do ensino publico em nosso
pais. Informações sobre o CAED estão disponíveis no site a seguir: (http://www.formacao.caedufjf.net))
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(SEDUC). Neste caso tal instrução normativa da SEDUC inaugura e vincula a “Formação em
Serviço” como um dos critérios de cumprimento do Estágio Probatório em curso.
[...] a todo servidor, ano a ano, será aplicado treinamento de Formação em Serviço,
oferecido pela Secretaria de Educação (SEDUC), de participação compulsória do
servidor sujeito a Estágio Probatório, quando ao final de cada treinamento, será
atribuída ao servidor, uma nota resultante da média das notas atribuídas, por critérios
de participação, somada ao resultado da avaliação escrita. b) A avaliação do
aproveitamento do servidor, no Treinamento de Formação em Serviço, será de
responsabilidade da equipe ou setor executor do treinamento. c) O resultado da
avaliação do Treinamento de Formação em Serviço deverá ser encaminhado pela
equipe ou setor executor, à Comissão Central do Estágio Probatório, no prazo de 10
dias úteis, contados da data de encerramento do treinamento. d) No caso de a
Secretaria de Educação (SEDUC) não oferecer o Treinamento de Formação em
Serviço ou não remeter as notas, no prazo acima informado, prevalecerá como nota
do servidor, à média distribuída, pela somatória da aula prática, da auto-avaliação e
da avaliação geral. [...] (INSTRUÇÃO NORMATIVA /SEDUC Nº 004/2012)
5 CONCLUSÃO
O tema em análise nos leva a considerar, como bem observa Torres e Corullón (2000),
que tanto a formação inicial como a capacitação em serviço embora façam parte de etapas
diferentes ambos corroboram e se completam no tocante a profissionalização, a atualização e
qualificação permanente do oficio docente, por outro lado vale observar que a formação em
serviço, não é o único fator que proporciona melhoria ao processo educacional, pois as
condições adequadas de trabalho, experiência docente, recursos pedagógicos e salário também
influenciam na qualificação deste complexo processo. O nosso desafio neste caso reside no fato
de dar andamento a esta investigação a fim de identificar o posicionamento docente frente ao
curso ofertado pelo PFPEP sem desconsiderar os desafios enfrentados por cada um deles na sua
prática escolar.
REFERÊNCIAS
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Esse trabalho é uma pesquisa de mestrado, com o qual se busca entender a historia
regional contemporânea, através de memórias e fragmentos que nos auxiliem firmar
conhecimentos históricos, políticos e sociais da administração escolar, entre 1852 e 1889, na
Província do Amazonas. Para tanto, parte das seguintes questões: quais os principais fatores
históricos, políticos, econômicos e sociais que foram fundamentais para as transformações na
estrutura pública da Província do Amazonas no período delimitado? Como ocorreram, nesse
período, as transformações da administração escolar? Quais os impactos das primeiras ações
governamentais realizadas na estrutura educacional do Amazonas após as reformas
educacionais propostas no inicio do período imperial no Brasil? Ao responder a essas questões,
esse estudo se propõe a contribuir com a história da educação no Amazonas.
2 OBJETIVOS
3 METODOLOGIA
A metodologia usada será produzida a partir de uma pesquisa qualitativa, pela qual se
“parte do fundamento de que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, uma
interdependência viva entre sujeito e o objeto, um vinculo indissociável entre o mundo objetivo
e a subjetividade do sujeito” (CHIZZOTTI, 2008, p. 79).
Partindo do princípio de que “[...] a administração escolar deve ser entendida como
resultado de um longo processo de transformação histórica, que traz as marcas das contradições
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sociais e dos interesses políticos em jogos na sociedade” (LOMBARDI, 2010, p.09), seguir-se-
á o enfoque dialético, fundamentada numa perspectiva materialista histórica, uma vez que,
segundo Fazenda (2001), essa perspectiva media o processo de aprendizagem, revelando as
transformações dos fenômenos sociais.
Os procedimentos técnicos consistirão em pesquisa bibliográfica e documental, tendo
como fontes os Anais da Assembleia Legislativa da Província do Amazonas, os Jornais da
época e os Relatórios Educacionais.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
5 CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
MOTA, A.B.da. (org.). Historia e Memoria da Educação em Manaus (1889-1930). In: Anais
do IX Seminário Nacional de Estudos e Pesquisas em Historia da Educação no Brasil.
Realizado na cidade de São João Pessoa entre os dias 31 de Julho a 3 de Agosto de 2012.
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1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por objetivo discutir, a partir de uma pesquisa bibliográfica, a reforma
do Estado brasileiro efetivada a partir dos anos 1990 e as implicações decorrentes desse
processo para a educação básica. A partir dos aportes teóricos de Pereira (1997), Peroni (2000),
Frigotto (2004), Montãno (2002) e Saviani (2007) buscar-se-á demonstrar que o conteúdo da
reforma diz respeito a uma nova ofensiva do imperialismo para adaptar o Estado a suas novas
demandas em função da crise estrutural do capitalismo em sua fase imperialista iniciada a partir
de 1970. As reformas nos diversos setores foram necessárias para garantir uma sobrevida ao
sistema.
Com o agravamento da crise, realizou-se em Washington, em 1989, uma reunião “com
o objetivo de discutir as reformas consideradas necessárias para a América Latina” (SAVIANI,
2007, p. 425). Desse encontro resultou uma série de recomendações que deveriam ser acatadas
pelos países dessa região entre as quais destacam-se “[...] um programa de rigoroso equilíbrio
fiscal a ser conseguido por meio de reformas administrativas, trabalhistas e previdenciárias
tendo como vetor um corte profundo nos gastos públicos” (SAVIANI, 2007, p. 426), além de
“uma rígida política monetária visando à estabilização” e [...] “a desregulação dos mercados
tanto financeiros como do trabalho, privatização radical e abertura comercial” (SAVIANI,
2007, p. 426). No início essas políticas foram impostas por meio das condicionalidades, no
entanto, num segundo momento “perdem o caráter de imposição, pois são assumidas pelas
próprias elites econômicas e políticas dos países latino-americanos” (SAVIANI, 2007, p. 426).
As chamadas reformas neoliberais, eufemismo para as imposições imperialistas,
resultam da profunda crise do capitalismo em sua fase imperialista e não de uma suposta
ineficiência ou tamanho do Estado que em fazes anteriores também atendia os ditames dos
países dominantes. Nos anos 1990 ocorreu uma ofensiva por parte dos organismos
internacionais, sobretudo o Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI), para impor
as mudanças necessárias à nova fase.
Como desdobramento das imposições imperialistas realizou-se no Brasil a reforma do
Estado tendo em vista o atendimento das novas necessidades do capitalismo imerso em
profunda crise estrutural. A reforma foi assumida pelas frações da classe dominante no Brasil
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que dirigiram o processo interno tendo como marco oficial a criação do Ministério da
Administração e Reforma do Estado (MARE).
Para justificar as reformas, Bresser Pereira (1997, p. 7), afirma que já a partir de 1970 o
Estado entra em crise “face ao crescimento distorcido e ao processo de globalização”. Por esses
motivos transformou-se “na principal causa da redução das taxas de crescimento econômico,
da elevação das taxas de desemprego e do aumento da taxa de inflação que, desde então,
ocorreram em todo o mundo” (PEREIRA, 1997, p. 7). Como visto, o autor capta apenas o
aspecto fenomênico da crise e atribui ao Estado a responsabilidade pelos problemas econômicos
e sociais que resultam, em última instância, da crise do imperialismo.
Na reforma do Estado, segundo Pereira (1997), estão envolvidos quatro problemas que,
apesar da possibilidade de distingui-los, são interdependentes. De acordo com o autor,
(PEREIRA, 1997, p. 8), as ideias de privatização, publicização e terceirização dizem respeito à
delimitação do tamanho do Estado, a desregulação relaciona-se ao nível de intervenção estatal
nos mecanismos de funcionamento do mercado. Já a recuperação da governança possui um
aspecto financeiro, um estratégico e um administrativo. A superação da crise fiscal diz respeito
ao primeiro, redefinir as formas de intervenção no plano econômico e social ao segundo aspecto
e a superação da maneira burocrática de gerir o Estado ao terceiro (PEREIRA, 1997, p. 8).
Quanto ao aumento da governabilidade dois elementos são considerados: “a legitimidade do
governo perante a sociedade, e a adequação das instituições políticas para a intermediação dos
interesses” (PEREIRA, 1997, p. 8).
O Estado social-burocrático caracterizado por contratar de forma direta funcionários
públicos como professores é, portanto, na ótica de Pereira (1997, p. 13), o responsável pela
crise instalada no Brasil. Essa forma de organização estatal é considerada ultrapassada e
demonstra, “ser ineficiente e incapaz de atender com qualidade as demandas dos cidadãos-
clientes” e como alternativa propõe a sua substituição por uma administração pública gerencial
(PEREIRA, 1997, 13).
Para reverter a crise instalada o Estado deveria ser reconstruído na perspectiva da
administração pública gerencial visando recuperar a poupança pública e superar a crise fiscal
(PEREIRA, 1997, p. 17). Além disso, as formas de intervenção nos aspectos econômicos e
sociais deveriam ser redefinidos por meio da contratação de “organizações públicas não-estatais
para executar os serviços de educação, saúde e cultura” transitando de “um Estado que promove
diretamente o desenvolvimento econômico e social para um Estado que atue como regulador e
facilitador ou financiador a fundo perdido desse desenvolvimento” (PEREIRA, 1997, p. 17).
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A crise fiscal, segundo Peroni (2000, p. 13) figura como premissa das justificativas
utilizadas para reformar o Estado. Essa crise, no entanto, constitui-se apenas como uma das
facetas da crise capitalista e a estratégia de reforma posta em prática fragiliza o Estado no que
diz respeito às políticas sociais (PERONI, 2000, p. 13).
A isenção das responsabilidades do Estado no que diz respeito à garantia da oferta de
serviços públicos encontra justificativa na ideia de que as atividades relacionadas à área social
não envolvem poder de Estado e, portanto, não lhe são exclusivas (Pereira, 1997). Assim,
creches, escolas, universidades, centros de pesquisa são consideradas atividades “competitivas,
que podem ser controladas não apenas pela administração pública gerencial, mas também e
principalmente através do controle social e da constituição de quase-mercados” (PEREIRA,
1997, p. 25). A transferência das atividades de cunho social do Estado para uma “organização
de direito privado, mas pública não-estatal” é denominada de “publicização” (PEREIRA, 1997,
p. 19). Este autor argumenta que no capitalismo contemporâneo o setor público não estatal
corresponde a uma terceira forma de propriedade distinta da propriedade privada e da
propriedade estatal. Além da publicização, são eixos centrais do processo de reforma a
privatização que consiste na transformação de uma empresa estatal em privada e a terceirização
que se refere ao “processo de transferir para o setor privado serviços auxiliares ou de apoio
(PEREIRA, 1997, p. 19).
A ideia de publicização constitui, para Frigotto (2004, p. 85), uma inversão conceitual
que torna explícito o cinismo no centro do poder que orienta do ponto de vista teórico e político
o campo educativo. Dessa perspectiva resulta, segundo o autor (1995, p. 85), “uma filosofia
utilitarista e imediatista e uma concepção fragmentária do conhecimento, concebido como um
dado, uma mercadoria e não como uma construção, um processo”.
As organizações sociais que pelo princípio da publicização presente na reforma do
Estado reduzem os custos da atividade social, de acordo com Montâno (2002, p. 47), precarizam
e focalizam os serviços em detrimento de uma perspectiva universalizadora.
As políticas públicas em geral, e a educação em particular, não ficaram imunes ao
processo de reformas iniciado a partir da década de 1990. Sem nenhuma exceção, os governos
que se sucederam no aparelho de Estado mantiveram e intensificaram a lógica privatizadora
atendendo os ditames dos organismos imperialistas e das frações da grande burguesia brasileira
que tem direcionado o conteúdo e a forma das políticas educacionais no Brasil.
A reforma do Estado brasileiro evidenciou o caráter servil das classes dominantes
brasileiras ao acatarem as determinações oriundas dos organismos internacionais controlados
pelas nações imperialistas, destacadamente dos Estados Unidos. Todas as “recomendações”
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estavam voltadas para garantir os lucros fabulosos do setor financeiro por meio da livre
circulação de capitais, atender aos interesses das empresas multinacionais interessadas na
quebra dos monopólios estatais, “flexibilizar” as relações trabalhistas como exigência de
ampliar a exploração do trabalho e diminuir os gastos públicos para garantir o pagamento dos
serviços da dívida.
Os governos que se sucederam no aparelho do Estado, desde a década de 1990, mantêm
os ataques aos direitos dos trabalhadores conquistados historicamente, continuam,
ininterruptamente, a entrega das riquezas nacionais por meio das privatizações e concessões ao
capital burocrático e seguem impedindo o avanço de políticas públicas de cunho universalista.
No âmbito da educação, especificamente do ensino fundamental, as políticas públicas
implantadas possuem caráter focalizado e compensatório buscando atender os ditames,
sobretudo do Banco Mundial, que age como ator político e intelectual na defesa dos interesses
imperialistas. A atuação do Banco Mundial na educação em geral e na educação básica
brasileira será objeto de discussão que segue.
REFERÊNCIAS
PERONI, V. M. V. O estado brasileiro e a política educacional dos anos 90. 23ª Reunião
Anual da Anped realizada em Caxambu, MG de 24 a 28 de setembro de 2000. Disponível em:
<http://23reuniao.anped.org.br/textos/0508t.PDF>. Acesso em: 30 set 2015.
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2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS
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4 DISCUSSÃO
Através da visita in loco notou-se que os espaços destinados para a realização das
atividades do Programa Mais Educação não contribuem para um processo de ensino de
qualidade. Mesmo que a proposta do Programa seja mapear espaços da escola e da comunidade
ao seu redor com o fito de ressignificá-los, o que se vê é o aproveitamento inadequado de
espaços. Sem contar é claro que o clima da região Norte em nada contribui para a realização
das atividades do Programa. Se os professores não conseguem realizar as atividades em sala de
aula com o auxílio de ventiladores, como poderão realizar as atividades do Programa sem o
mínimo de condições?
No que se refere à formação de professores, nenhum dos gestores, coordenadores e
monitores receberam formação acadêmica ao serem contemplados com o Programa. O que se
tem são formações voltadas para execução pedagógica do Programa, mesmo sem um currículo
específico para isso.
Nesse último caso, percebe-se que há um grande percurso a ser percorrido, uma vez não
haver sequer perspectiva para uma elaboração de proposta curricular específica para a Educação
Integral no estado de Rondônia.
5 CONSIDEREÇÕES PARCIAIS
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Neste estudo, embora ainda de caráter preliminar, observamos que para a construção de
uma Educação Integral é de suma importância à adequação de tempos, espaços e currículo à
realidade das escolas. Não há como levar à concretização de uma Educação Integral sem
garantir os recursos necessários para tal.
O Programa Mais Educação tem contribuído para a oportunização de atividades
diversificadas às crianças, adolescentes e jovens, todavia muito ainda precisa ser feito para
termos efetivamente uma Educação Integral nas escolas de Porto Velho.
Cabe salientar que apenas estruturar as escolas, promover a formação de professores ou
até mesmo haver parceria entre as instituições não garante o êxito para a Educação Integral.
Tais procedimentos são indispensáveis, porém para avançarmos as escolas precisam saber que
caminhos trilhar e por qual motivo trilhar. Um currículo significativo poderá dar esse norte.
REFERÊNCIAS
GOODSON, F.Ivor. Currículo: teoria e história. 9.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
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Além disso, conforme Veiga (2002, p.2), “o Projeto Político Pedagógico é um processo
permanente de reflexão e discussão dos problemas da escola, na busca de alternativas viáveis à
efetivação de sua intencionalidade”.
Os elementos básicos para a construção do PPP são: as finalidades, a estrutura
organizacional, o currículo, o tempo e a escola, o processo de decisão, as relações de trabalho
e a avaliação. Além disso, a construção do PPP, segundo Veiga (2002), se dá a partir da gestão
democrática, desta forma ocorre coletivamente.
De acordo com a gestora entrevistada, a construção do PPP não é totalmente coletiva,
mas há participação da comunidade e do corpo técnico de apoio administrativo. Ainda relata
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que na construção do PPP, o corpo docente e de apoio administrativo não se sente obrigado a
participar desse processo. Por isso, o elabora e faz as reformulações, praticamente sozinha.
A participação do corpo Técnico se dá apenas quando a gestora finaliza o PPP e convoca
uma reunião com a comunidade escolar para apresentar o que foi produzido e saber se há
sugestões. Já a participação dos pais e/ou responsáveis, se dá através de um questionário para
coletar informações da família, que entra nas estatísticas.
Em relação à execução do PPP, seus objetivos são executados e em grande parte
alcançados. A Instituição funciona visando a missão e a filosofia que estão elencados em seu
Projeto Pedagógico. No entanto, alguns pontos não funcionam perfeitamente na prática, por
isso ocorrem reformulações. Essa execução ocorre em todos os momentos e é feita por todos
os envolvidos no processo, mas ainda sim, é um grande desafio. Segundo Hudson (2003), a
execução do PPP depende de objetivos claros e determinados em seu processo de elaboração
visando o atendimento das reais necessidades dos alunos. A reformulação do PPP se dar
conforme a escola vai alcançando os objetivos propostos. Vale lembrar que ao decorrer do ano
letivo vão surgindo novas realidades que impõe essa reformulação.
Os principais pontos reformulados, segundo a diretora são os objetivos e as metas para
o ano de execução, também são atualizados os dados estatísticos, os projetos e algumas leis,
portarias, decretos estes que são acrescentados ou retirados.
As estatísticas reformuladas referem-se aos dados do corpo discente (quantidade de
alunos por sala, atendimentos para o ano letivo e outros), e do corpo técnico e de Apoio
Administrativo. Já os projetos são reformulados de acordo com as necessidades de
aprendizagens dos alunos.
Em relação à observação do espaço escolar verificamos que este encontra-se em
conformidade com o que elencado em seu PPP. Pois atende os padrões mínimos de
infraestrutura e acessibilidade. Tem salas climatizadas, refeitório, quatro banheiros, sendo dois
desses totalmente adaptados, possui rampas para cadeirantes, corrimãos e faixa para cego em
toda a escola.
Na pesquisa documental sobre o PPP, constatamos que está bem organizado e possui os
elementos básicos como as finalidades da escola, os objetivos, as metas, a missão e a filosofia
da instituição, a estrutura organizacional, o currículo, o tempo, a avaliação, dentre outros.
Percebemos que a gestão tem um papel relevante na organização do PPP e a diretora mostrou-
se ser comprometida com seu trabalho. Segundo Lück (2009), a ação do diretor escolar garante
o funcionamento pleno da instituição, seu papel profissional é de suma importância na liderança
e na organização da escola. “A gestão escolar constitui em caráter delimitado, a
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REFERÊNCIAS
HUDSON, Nivalda Costa Barbosa. Proposta Pedagógica: o desafio da prática. Juiz de Fora:
ed. Editar, 2013.
LUCK, Heloísa. et al. A Escola Participativa: o trabalho do gestor escolar. 5ª ed., Rio de
Janeiro: DP&A, 2001.
______. Heloísa. Dimensões da gestão escolar e suas competências. Curitiba, ed. Positivo,
2009.
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59
MENEZES, João Gualberto de. et al. Estrutura e Funcionamento da Educação Básica. São
Paulo: Pioneira, 1996.
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO. Revista Gestão Escolar. São Paulo: Abril, Ano II,
n. 11, Dezembro2010/Janeiro 2011, p. 22-28.
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1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
O percurso metodológico adotado para este trabalho foi levantamento bibliográfico das
legislações vigentes que abordam a temática: Educação Integral, como a Lei de diretrizes e
bases ( LDB, 9394/96) artigo 34 inciso 2º que faz referencia ao ensino fundamental ser
ministrado progressivamente em tempo integral, e a portaria 236/2014 GAB/SEDUC, Porto
Velho 03/02/2014 que proporciona aos alunos 8 horas de atividades , através dos eixos
temáticos : Acompanhamento pedagógico, educação ambiental, arte, cultura, esportes e
tecnologia integrados a base nacional comum. Utilizou-se a coleta de dados, registros
fotográficos das atividades e análise de gráficos das estatísticas de rendimento escolar e atas de
reuniões para sistematizar este trabalho.
3 RESULTADOS / DISCUSSÃO
Os resultados obtidos mostram uma instituição ainda com alguns desafios e dificuldades
para desenvolver com êxito o que preconiza a legislação vigente, pois na prática existe uma
grande dificuldade em fazer a educação integral caminhar como deveria, pois falta incentivo
financeiro para os funcionários/docentes, um olhar diferenciado das autoridades competentes e
infraestrutura adequada. Nota-se que a escola vem buscando fazer uma educação integral que
não seja apenas sistematizada como um aumento de carga horária que o aluno passará mais
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tempo na escola. Foi possível detectar de acordo com registros e documentos que houve
avanços significativos e que a escola venceu muitas barreiras. Iniciou-se com a conscientização
e esclarecimentos aos pais, funcionários e alunos; depois a equipe gestora elaborou um plano
de implantação da Educação Integral que definiu que seria de forma gradativa, pois a escola
não estava estruturada fisicamente e nem com recursos humanos suficiente para atender a
demanda devido à nova realidade educacional.
A implantação da do Projeto Guaporé de Educação Integral se iniciou da seguinte forma:
primeiro foram com 4 turmas sendo os 6º e 7º anos do ensino fundamental II no segundo
semestre do ano de 2012 onde utilizou-se como espaço a biblioteca, auditório, sala de
informática e a sala da coordenação do Programa Mais Educação, mesmo com tantos
transtornos, observou-se que os resultados na aprendizagem destes alunos atingiram os
objetivos almejados. No ano de 2013, para melhor acomodar a educação integral, a escola
retirou três turmas de 2º ano do ensino Fundamental I e contemplou com as turmas dos 6º ao 9º
ano do ensino fundamental II, e 1° ano do ensino médio.
Logo outros problemas surgiram os horários não se encaixavam, rotinas indefinidas,
infraestrutura inadequada, alunos faltosos e evadindo das atividades dos eixos temáticos.
Pensando em sanar os problemas surgidos, em 2014, no ato da matricula os pais assinaram o
termo de responsabilidade, o qual deixou claro que a escola era de tempo e educação integral e
que a participação dos alunos tanto nas atividades da base nacional comum como nos eixos
temáticos se faz necessário; ainda foram construídas três varandas para ampliação do espaço
físico. Em 2015 a escola adequou alguns espaços e buscou parcerias com a comunidade. A parte
física da escola foi adequada e reorganizada para melhor atender as necessidades. A antiga sala
do Programa Mais Educação foi transformada em uma academia de ginástica e lutas marciais
(taekendowo); todos os espaços foram climatizados e as turmas dos 3º anos do ensino
fundamental I foram retiradas para obter mais espaços para as atividades. No que se refere a
rotinas e horários, e a evasão a escola fez uma integração curricular, buscou esta experiência de
uma escola de educação integral do estado de Goiás que teve sua experiência divulgada em uma
reportagem na revista Nova Escola. Com estes novos reajustes houve um avanço significativo
no contexto escolar e na aprendizagem, com a integração curricular houve unificação da equipe,
e integrou-se a grade curricular dos eixos com a base comum. Outro ponto positivo adquirido
através do Conselho Escolar é a parceria com a associação dos moradores do bairro setor 09
conhecido como AMOJENARE, com objetivo de mais espaço para as aulas e a associação
possui uma piscina semi-olímpica, os alunos tiveram acesso as aulas de natação que estavam
previstas no eixo de esporte e ainda não tinha sido colocado na prática. Acredita-se que pensar
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e implantar uma educação integral vai além da ampliação da carga horária e o currículo de uma
instituição educacional, pois requer pensar em sua funcionalidade de forma adequada e que
atenda as expectativas de todos os envolvidos no processo educacional.
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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ANEXO
Dados comparativos do desempenho escolar dos anos de 2010 -2014 turmas dos anos finais (6º
ao 9º ano) do Ensino Fundamental
100%
89%
90% 83%
79% 78%
80%
70%
60% 54%
APROVAÇÃO
50%
REPROVAÇÃO
40% 36%
EVADIDOS
30%
20% 16% 16% 15%
10%
10% 5% 6% 6%5%
2%
0%
2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: Programa Escola/ Ata Escolar Anual – Ano Base 2010 – 2014 ensino fundamental II
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2 METODOLOGIA
Para este estudo realizamos uma análise documental acerca dos determinantes legais
que regem e orientam a segunda etapa da Educação Básica na Rede Pública Municipal de Porto
Velho/RO, principalmente, no que tange ao ingresso das crianças menores de sete anos no
Ensino Fundamental.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Embora, atualmente, haja um consenso de que a criança até no máximo 8 anos de idade
possa ser alfabetizada, a ideia que se tinha acerca da nomenclatura 1º ano, era a ideia da antiga
1ª série em que aprender a ler e escrever era garantia para avançar à série seguinte. Diante disso,
na prática a teoria pensada para o EF de 9 anos deixou a desejar logo que foi implantado, pois,
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foi só após a sua implantação que se promoveu o diálogo em sessões de estudo nas escolas para
entender a dinâmica que fundamentava essa alteração, entendendo que a criança seria retida,
apenas, ao final do 3º ano do Ensino Fundamental (EF).
Mediante isso, os governos federal, do Distrito Federal, os estados e municípios
reconheceram a alfabetização como prioridade nacional e assumiram, desta forma, esse
compromisso através do Pacto Nacional pela Alfabetização pela Idade Certa (PNAIC).
Diante disso, a portaria nº080/2015-GAB/SEMED e a Resolução nº02/CME-2013,
definem o Bloco Pedagógico de Alfabetização e Letramento na Rede Municipal de Ensino
como uma organização escolar dos 1º, 2º e 3º anos, garantindo nestas turmas específicas à
progressão continuada dos alunos. Contudo, a Resolução nº05/CME-2014, alterou os
documentos citados e com isso, permite o ingresso cada vez mais cedo de crianças no EF.
Conforme descrito no Art 4º desta Resolução:
Aos pais cabe decidir se os filhos devem permanecer na pré-escola e neste caso, os pais
devem assinar nas escolas de EI um Termo de Responsabilidade sobre a renúncia do direito que
o filho adquiriu através da Lei nº 11.274/2006 de ser matriculado no EF, no decorrer do ano em
que completar 6 anos de idade. E nesse processo de transição a figura do professor e de sua
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concepção de ensino torna-se fundamental, tanto que no PNAIC um dos seus quatro eixos de
atuação é a formação continuada presencial para os professores alfabetizadores.
Mais que prepará-los para atuar em sala de aula nas disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática o PNAIC visa uma mudança de postura destes professores no que tange a
concepção de ensino que eles tenham e que utilizam em sala com os alunos, por isso, a práxis
entre teoria e prática é incentivada no trabalho pedagógico destes profissionais da educação.
4 CONCLUSÃO
Fica evidente que o incentivo dado aos professores alfabetizadores à sua formação
continuada reflete o atual cenário da educação brasileira que vê na alfabetização a chave para a
qualidade do ensino, tendo em vista que as crianças que aprendem nos seus primeiros anos têm
maiores chances de sucesso escolar. Aos governos interessam cumprir suas metas traduzidas
em números e quantidades, quanto mais crianças frequentando as escolas e avançando em seus
estudos, mais as metas descritas no PNE (2014b), poderão ser atingidas. Como a primeira delas
que pretende,
Assim, com o ingresso cada vez mais cedo destas crianças tanto na pré-escola como no
EF, certamente haverá mais vagas onde se fazem tão necessárias, cumprindo de certa forma, o
pretendido. Haja vista, que
Após um período de queda (2007 a 2011), a pré-escola começa a ganhar fôlego e tem
um aumento de 2,2% no número de matrículas em 2013, quando comparado ao ano
anterior. Analisando a série histórica no período de 2007 a 2013, observa-se que os
números de 2013 são semelhantes aos de 2009, ano anterior à obrigatoriedade da
implantação do ensino fundamental de 9 anos, quando se fortaleceu a transferência de
crianças de 6 anos de idade – público-alvo da pré-escola até então – para o 1º ano do
ensino fundamental. (BRASIL, 2014a, p. 16).
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REFERÊNCIAS
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1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
tornará mais interessante, sobretudo se ele sentir que há uma preocupação da parte do professor
e da escola com a sua vida, com a sua motivação e com a sua realidade. “Como somos pessoas
diferentes, também podemos ver nosso papel como professores de maneira diferente, muito
precisa e limitada às condutas acadêmicas: explicar, esclarecer, corrigir, examinar [...]”
(MORALES, 2000, p.42).
Deve-se considerar também que o professor sonzinho não conseguirá superar todas as
dificuldades e obstáculos do processo de aprendizagem, necessitando sempre do apoio da
família e da instituição escolar: “A escola deve utilizar todas as oportunidades de contato com
os pais, para passar informações relevantes sobre seus objetivos, recursos, problemas e também
sobre as questões pedagógicas” (PARO, 1997, p. 30). Pois somente assim a família irá se sentir
comprometida com educação de seus filhos e com a escola.
Como se sabe, a família se caracteriza por desempenhar um papel fundamental na
transmissão da cultura, dos valores, das visões de mundo. É na família que a criança recebe a
primeira educação, aprende os valores, a controlar e reprimir seus instintos mais primitivos, as
primeiras regras, etc.
Cabe ao mestre e à instituição escolar propiciar as condições para o desenvolvimento
gradativo das capacidades individuais do educando. O papel do professor, como colaborador
nato, dentro do processo de ensino escolar é o de buscador constante de conhecimento, que se
prolonga por toda a sua carreira de educador. Freire:
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses quefazeres se encontram
um no corpo do outro. Enquanto ensino continua buscando, reprocurando. Ensino
porque busco, porque indaguei, porque, indago e me indago. Pesquiso para constatar,
constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que
ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade. (FREIRE, 2004, p.29).
4 CONCLUSÃO
Como fundamentado ao longo desta pesquisa, cabe ressaltar que o papel dos educadores
é fundamental no processo de aprendizagem e da leitura e escrita, mas que também cabe à
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REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. 29 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
PARO, Vitor Henrique. Qualidade do ensino: a contribuição dos pais. São Paulo:
Xamã.1997.
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2 METODOLOGIA
Optamos pelo método materialismo histórico dialético que possibilite integrar a parte
(fenômeno estudado) e o todo (teoria), ou seja, concebe a educação dentro de uma visão da
totalidade, além dos limites da escola. O método dialético possibilita ir do fato fenomênico à
essência do problema estudado. Além do estudo dos documentos e da bibliografia, está em
andamento a pesquisa de campo instrumentalizada por meio de entrevistas individuais com
dirigentes da SEDUC, professores, diretores e supervisores nas escolas da rede municipal de
Rolim de Moura-RO.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
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3
Financiado pela UNESCO, UNICEF, PNUD e Banco Mundial.
4
O E9 foi formado por: Bangladesh, Brasil, China, Egito, Indonésia, México, Nigéria, e Paquistão.
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4 CONCLUSÕES
O estudo bibliográfico realizado nos permite afirmar que a partir de 1990, a educação
foi reformulada, por meio de projetos, leis, documentos internacionais, diretrizes e referenciais
orientados pelos organismos multilaterais do imperialismo e que precisam ser analisados a fim
de compreender a totalidade das relações que envolvem as políticas educacionais de formação
de professores na atualidade que é o objeto da pesquisa em andamento nas escolas da rede
municipal de Rolim de Moura.
REFERÊNCIAS
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Todavia, apesar de saber que esta realidade se faz necessária no cotidiano escolar, o
coordenador pedagógico é por muitas vezes atribuídos de inúmeras responsabilidades, por isso,
o suporte ao professor não acontece ou acontece de maneira simplificada.
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77
Outra questão relevante em torno desse educador é o fato de que por muito tempo a
função deste era de supervisionar o trabalho do professor, mediante esse pressuposto torna-se
fácil compreender os motivos que levaram a chamar o coordenador pedagógico de supervisor
escolar5, tal situação faz com que muitos professores criem uma aversão ao trabalho
desenvolvido pelo coordenador ou até mesmo pelo próprio profissional em si. Assim sendo,
Libâneo (2004) enfatiza que o coordenador deve desenvolver na escola situações relacionadas
ao planejamento, coordenação, gerência, acompanhamento e avaliação de todas as atividades
de cunho pedagógico-didáticas, tendo em vista o alcance dos níveis de qualidade na
aprendizagem dos alunos, auxiliando e buscando juntamente com o professor estratégias de
intervenção para solução de situações-problema.
Sendo assim, percebe-se que a desorientação e perda da identidade desse professor6 vem
impossibilitando a realização de um trabalho preciso, isto é, o acarretamento de tarefas
inviabiliza algo primordial do contexto educacional que é o de auxiliar e colaborar para a
melhoria do trabalho docente, consequentemente contribuir para o desenvolvimento de
atividades que estimulem uma aprendizagem significativa para os alunos, comunidade,
sociedade, proporcionando desta forma uma educação de qualidade.
2 METODOLOGIA
5
O termo supervisor ainda é frequente em muitas instituições educacionais, principalmente na escola.
6
O coordenador pedagógico é antes de tudo professor.
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Vale ressaltar que a pesquisa de campo foi fundamental para compreender os anseios e
opinião dos professores quanto ao coordenador pedagógico como agente capacitador na
formação contínua da escola, por isso, podemos caracteriza-la como pesquisa de levantamento.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
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79
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Laurinda Ramalho de; PLACCO, Vera Maria Nigro de Souza. (Orgs).
Coordenador pedagógico e espaço de mudança. 5 ed. São Paulo: Loyola, 2006.
LIBÂNEO, José Carlos. Educação escolar: políticas, estrutura e organização. 2 ed. São
Paulo: Cortês, 2004.
LOPES, Noêmia. Refletir faz a diferença. Revista gestão escolar. São Paulo, n.6, p. 19, 2011.
SERPA, Dagmar; PAULINA, Iracy. Coordenador vive crise de identidade. Revista gestão
escolar. São Paulo, n.6, p. 15-18, 2011.
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80
O presente trabalho tem como objetivo apresentar o levantamento das principais fontes
financiáveis, os desafios enfrentados quanto a carência de recursos humanos, além dos
empecilhos relacionados à infraestrutura, enquanto fatores que refletem de maneira direta na
implementação do Projeto Guaporé de Educação Integral numa instituição da rede estadual de
ensino do município de Ariquemes – RO.
Diante da ampliação do tempo de permanência de crianças e adolescentes no espaço
escolar, urgem algumas indagações relacionadas às condições presenciadas e que subsidiam a
concretude na operacionalização deste projeto, tais como: houve uma preparação do espaço
escolar para a ampliação do tempo de permanência das crianças e adolescentes? Quais os
recursos financeiros recebidos pela instituição para a manutenção e subsídios às atividades? A
escola investigada dispõe, atualmente, de servidores suficientes para atuarem no Projeto?
A instituição investigada implantou o Projeto Guaporé de Educação Integral de forma
gradativa, a partir do 2º semestre do ano letivo de 2012. Atualmente a mesma atende cerca de
520 alunos, do 3º ano do ensino fundamental ao 1º ano do ensino médio, matriculados no turno
diurno e atendidos pelo Projeto.
2 METODOLOGIA
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b) Recursos Financeiros
c) Recursos Humanos
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4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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O Profuncionário foi criado em 2005 e instituído pelo Ministério da Educação por meio
da Portaria Normativa nº 25, de 31 de maio de 2007, abrangendo apenas quatro habilitações:
Gestão Escolar, Alimentação Escolar, Multimeios Didáticos e Meio Ambiente e Manutenção
da Infraestrutura Escolar.
Posteriormente, foi introduzida a 21ª área profissional no Catálogo Nacional dos Cursos
Técnicos, reconfigurando a previsão de cursos do programa da seguinte forma: Alimentação
Escolar, Biblioteca, Infraestrutura Escolar, Multimeios Didáticos, Orientação Comunitária e
Secretaria Escolar, com acréscimo de Ludoteca, Produção de Materiais Didáticos Bilíngues em
Libras/Língua Portuguesa, Tradução e Interpretação de Libras e Treinamento de Cães-Guia. A
área corresponde ao Desenvolvimento Educacional e Social e tem, como objetivo, preparar
profissionais para o apoio educacional e a integração das pessoas no meio social. Entende-se,
no âmbito do Profuncionário, que todos os servidores de uma escola são formadores e
necessitam de preparo para desempenhar essa função. Neste sentido, torna-se um programa
fundamental para se pensar a Educação Integral, pois contribui com a formação dos
profissionais, debates e intenções para melhorar a educação escolar.
Em sua origem, o programa dependia de termos de parceria com Estados, Municípios e
Distrito Federal, além da União, conforme o artigo 5º da Portaria nº 25/2007 do MEC. No caso
dos Institutos Federais, que possuem autonomia para criar e extinguir cursos – e os do
Profuncionário integram o Catálogo Nacional do MEC –, as parcerias não são obrigatórias, de
acordo com a Lei nº 11.892/2008, artigo 2º, § 3º.
Conforme o artigo 3º, inciso III, traz como um dos objetivos da Política Nacional de
Formação dos Profissionais da Educação Básica “[...] promover a valorização do profissional
da educação básica, mediante ações de formação inicial e continuada que estimulem o ingresso,
a permanência e a progressão na carreira.”
A Resolução nº 5 do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), de 30
de março de 2012, trata do modelo de oferta do Profuncionário. Segundo seu artigo 5º,
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2 METODOLOGIA
3 ANÁLISES E DISCUSSÕES
Conforme se estabelece na Lei nº 11.892/2008, artigo 8º, compete aos Institutos Federais
oferecer educação profissional técnica de nível médio com prioridade, na proporção de pelo
menos 50% de suas vagas. Ao mesmo tempo, sua função social é formar trabalhadores na
perspectiva da educação continuada, em todas as esferas públicas e na dimensão privada.
A formação do profissional em educação das redes públicas consiste num compromisso
social e é instrumento regulador de carreira. De acordo com o artigo 61º da Lei nº 9.394/1996,
que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB/1996), são considerados
profissionais da educação básica escolar, além dos professores e pedagogos com formação
específica, “[...] os trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico ou
superior em área pedagógica ou afim. ”
Neste sentido, o Profuncionário insere-se nas propostas de formação profissional para a
educação como uma necessidade – não apenas para melhorar a formação continuada, mas
também para regularizar as condições daqueles que não possuem os cursos enquadrados pela
LDB na composição dos perfis dos trabalhadores reconhecidos e assim fortalecer a educação
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escolar, sobretudo a integral. Este reconhecimento foi garantido pela Lei nº 12.014/2009, que
inclui, na LDB, os funcionários de apoio escolar como profissionais da educação.
O Manual de Orientações Gerais do Profuncionário, com edição atualizada pela
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT, 2012), traz o histórico de surgimento e evolução
do programa, com amplo referencial normativo, importante para o embasamento de programas,
projetos e a construção de planos de carreira dos servidores beneficiários. De acordo com o
documento (p. 32),
não é difícil notar [...] que a luta pelo reconhecimento profissional dos trabalhadores,
incluindo as experiências formativas, os princípios de política educacional contidos
na LDB, a conquista do direito à profissionalização e as orientações legais sobre a
formação profissional, de abrangência nacional, além da experiência do projeto piloto,
são as coordenadas que situam no contexto histórico a proposta político-pedagógica
do Profuncionário, apresentadas neste documento [Manual].
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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também, por meio de políticas educacionais implantadas influenciam à formação por meio dos
discursos do momento histórico.
Desta forma, pode-se assegurar que qualquer política pública não é neutra, e está
imbuída de significações ideológicas, o que intervém no processo de elaboração das políticas
públicas, bem como na sua efetivação, trazendo complicações tanto no repasse do
conhecimento a todos os segmentos sociais de forma equitativa, como, de forma mais ampla,
na efetivação de direitos sociais.
REFERÊNCIAS
BONETI, Lindomar Wessler. Políticas públicas por dentro. 3. Ed. rev. Ed. Unijuí. Ijuí,
2011.
FRIGOTTO, Gaudêncio. Educação e a crise do capitalismo real. 4 ed., São Paulo: Cortez, 2000.
GRAMSCI, Antônio. Maquiavel, a política e o Estado moderno. 6 ed., Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1988).
NEVES, Lúcia Maria Wanderley. Educação e política no Brasil de hoje. 4 ed., São Paulo:
Cortez, 2005.
SHIROMA, Eneida Oto. Política educacional. 4 ed., Rio de Janeiro: Lamparina, 2007.
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2 METODOLOGIA
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Grande parte das instituições públicas de ensino, incluindo as federais, adotam políticas
de ações afirmativas com o objetivo de ampliar o acesso às suas vagas para pessoas que fazem
parte de grupos chamados “minoritários”, vinculando ou não a cota social e/ou a cota racial.
De acordo com Santos (2003, p. 54), a Política Pública referente a Ação Afirmativa “é
uma iniciativa pública cujo objetivo principal é adotar medidas que reparem e compensem os
grupos que sofreram no passado perdas em razão de abusos de quaisquer tipos”.
O Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA, 2011, p. 1)
define as ações afirmativas como:
[...] políticas focais que alocam recursos em benefício de pessoas pertencentes a grupos
discriminados e vitimados pela exclusão socioeconômica no passado ou no presente. Trata-se
de medidas que têm como objetivo combater discriminações étnicas, raciais, religiosas, de
gênero ou de casta, aumentando a participação de minorias no processo político, no acesso à
educação, saúde, emprego, bens materiais, redes de proteção social e/ou no reconhecimento
cultural.
Desse modo, as ações afirmativas surgem para responder às demandas que originaram
a partir das reivindicações postas pelos grupos organizados como forma de diminuir o fosso da
desigualdade e discriminação que grupos sociais vivenciaram. Nessa perspectiva, a política de
ação afirmativa pode ser desenvolvida em formatos diferentes, com o intuito de promover a
igualdade material e os direitos básicos de cidadania, como ações que valorizam a etnicidade e
culturalidade.
Até a implantação da Lei n.º 12.711 (Lei das Cotas), das 96 universidades públicas
brasileiras, 70 já utilizavam programas de ações afirmativas, sendo 44% federais e 56%
estaduais (DAFLON, FERES JUNIOR, CAMPOS, 2013). Em atendimento a Lei de Cotas, o
IFRO, passou a reservar 50% das vagas ofertadas, e foi possível constatar que mais de 60%
foram preenchidas nos processos seletivos ocorridos em 2013/1 e 2014/1, o que equivale a 642
(67,86%) vagas preenchidas no primeiro processo seletivo com aplicação desta Lei, e 527
(74,23%) vagas no segundo.
As reivindicações dos movimentos sociais, principalmente das representações negras e
indígenas, foram fundamentais para a implantação de medidas de ações afirmativas no Brasil.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996) e o Plano Nacional de Educação – PNE
(Lei n.º 13.005, de 25/06/2014), além da Lei n.º 10.639 de 2003, a Resolução CNE/CP 01/2004
e o Parecer CNE/CP 03/2004, que incluem o Direito a Diferença contribuem no estimulo a
discussão nas escolas sobre a formação histórica do país de forma real e a garantir direitos.
Segundo Gomes (2011, p. 117), estes documentos estão inseridos “no complexo campo das
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relações raciais brasileiras sobre o qual incidem. Isso significa ir além da adoção de programas
e projetos específicos voltados para a diversidade étnico-racial realizados de forma aleatória e
descontínua”.
Diante destes documentos, a inserção da questão étnica passa a fazer parte das metas
educacionais do país e devem ser incluídas nos Planos de Educação e nas práticas pedagógicas
de forma mais contundente (PNE, 2014).
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
______. Lei nº 12.711. Lei que dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas
instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências. Brasília,
2012.
______. Lei nº 13.005. Plano Nacional de Educação – PNE. Brasília – DF. 2014.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-
2014/2014/Lei/L13005.htm>. Acesso em 8 de jul. de 2014.
DAFLON, V. T.; FERES JUNIOR, J.; CAMPOS, L. A. Ações afirmativas raciais no ensino
superior público brasileiro: um panorama analítico. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v.43,
n.148, p. 302-327, 2013.
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1 INTRODUÇÃO
só é possível por meio da exploração do trabalhador através da extração de trabalho não pago.
Para combater a exploração capitalista por meio do trabalho assalariado, os trabalhadores
buscaram e ainda almejam o modelo de sindicato que para Marx, de acordo com Losovski
(1989, p. 09) deve “[...] empreender a luta pela emancipação completa desta classe, e não
menos importante é a tarefa de apoiar qualquer movimento social e político e congregar todos
os trabalhadores em suas fileiras.” Já no campo educacional, convém mencionar que o sindicato
seria o instrumento de luta pelo qual os trabalhadores reivindicariam melhores salários,
condições de trabalho, formação continudada, entre outros. Além disso, na educação o sindicato
deveria fomentar a discussão a cerca das políticas públicas. No entanto, devido ao
corporativismo sindical o mesmo se exime de tais tarefas. Pode-se citar como exemplo a
aprovação da Lei Complementar nº 680 de 07 de setembro de 2012, que dispõe sobre o Plano
de Cargo Carreira e Salários dos Trabalhadores em Educação do Estado de Rondônia, pois a
mesma possui várias lacunas, consequência da falta de ampliação do debate diante de sua
implantação ou ainda devido a imposição e influência de organismos internacionais, tais como
o Banco Mundial e o FMI – Fundo Monetário Internacional. Em virtude do que foi mencionado
é possível dizer que o homem se fez homem por intermédio do trabalho e toda sua evolução ao
longo da história, isto é, seu desenvolvimento se deu graça a atividade laboral. Entretanto, o
trabalho que o humaniza também o destrói, pois a exploração capitalista o leva a alienação, ou
seja, o julgo do capital o definha ao passo que o mesmo torna-se uma mercadoria, chegando a
ponto de imbecilização do próprio ser humano. Convém mencionar que a única forma de abolir
as classes será pela unificação da luta entre os trabalhadores ao qual destruirão o Estado burguês
e a propriedade privada. Para isso, deverão contar com o sindicato que organizará tal processo
implantando a ditadura do proletariado por meio da revolução. A partir de então, não haverá
mais monopólio, tudo será socializado, inclusive o conhecimento. A escola dualista não mais
existirá.
REFERÊNCIAS
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100
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã. 1ª ed., - São Paulo: Expressão
Popular, 2009.
SANTOS, José L. dos. O que é Cultura? – São Paulo: Brasiliense, 2007. (Coleção Primeiros
Passos)
TORRES, Rosa Maria. Mejorar la educación básica? Las estrategias del Banco Mundial.
Buenos Aires: Editores/CEM, 1997.
VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Filosofia da Práxis. Tradução de Maria E. Moya. 2ª ed., - São
Paulo: Expressão Popular, 2011. (Coleção Pensamento Social Latino-Americano)
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2 METODOLOGIA
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3 RESULTADOS
Conforme afirma Carvalho (2006), a educação ambiental tem assumido nos últimos
anos o grande desafio de garantir a construção de uma sociedade sustentável, em que se
promova na relação com o planeta e seus recursos, valores éticos como cooperação,
solidariedade, generosidade, tolerância, dignidade e respeito à diversidade. A formação de
cidadãos, nesta perspectiva, ocorrerá na medida em que a escola passa a desenvolver uma
educação também com enfoques nos problemas sociais e ambientais. Nesse caso, a escola é o
local ideal para o desenvolvimento de ações em conjunto, onde o mesmo deverá funcionar como
o berço de trabalhos comunitários.
A formação da consciência ambiental acontece como um processo formativo formal e
informal. Na educação formal, a escola é o principal meio de formação através da educação
ambiental. No Brasil a obrigatoriedade de inclusão da Educação Ambiental nos currículos se
estabelece com a Lei Federal n° 6.938/81 já que prevê tal oferta em todos os níveis de ensino.
Neste caso apesar de tal exigência, a Educação Ambiental está longe de entrar num franco
exercício por implicar em mudanças profundas e radicais tanto no pensamento como na vida
humana.
Na perspectiva dos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, PCN, 1997) a
Educação ambiental se configura num dos temas transversais, e que neste caso deve enfatizar
tanto os aspectos sociais, econômicos quanto políticos e ecológicos. A vantagem de tal
abordagem é a possibilidade de uma visão mais integradora na compreensão das questões
socioambientais como um todo. Logo, como tema transversal, a Educação Ambiental deve estar
presente em todas as disciplinas, perpassando seus conteúdos e matérias.
Assim, ainda em fase de desenvolvimento, a atividade de extensão com os sujeitos da
EJA, procura sugerir práticas pedagógicas que podem ser inseridas na educação ambiental, que,
segundo Currie (1998), é a realização de atividade orientada pelos professores que possam
expor as questões ambientais para os alunos de forma simples e objetiva. O que se constata, a
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1 INTRODUÇÃO
Também nos preocupamos com outro fator que é o de a expansão dos Institutos serem
também o que KUENZER (2007), chamou de inclusão excludente,
2 METODOLOGIA
O estudo foi desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica, tendo como base os
seguintes autores: KUENZER (2000),(2007), MÉSZÁROS (2004), MACHADO (2008),
FERREIRA, (2010), LESSA & TONET (2008), LUKÁCS, (1978), MARX & ENGELS,
(2009), FRIGOTTO & CIAVATTA, (2003), FRIGOTTO (2006). Quanto ao objetivo da
pesquisa pretende-se compreender os elementos ideológicos nas políticas educacionais e como
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estas são desenvolvidas pelo IFRO, no entanto, não temos ainda dados de pesquisa de campo
que será realizado no decorrer da pesquisa.
3 ANÁLISES E DISCUSSÕES
“(...) o discurso ideológico domina a tal ponto a determinação de todos os valores que
muitos frequentemente não temos a mais leve suspeita de que fomos levados a aceitar,
sem questionamento, um determinado conjunto de valores ao qual se poderia opor
uma posição alternativa bem fundamentada (...).
Neste sentido assenta-se nossa preocupação com as políticas educacionais, pois, como
superar o histórico de fragmentação, se este é o projeto até então impetrado pelas reformas
educacionais? Como apontado por Ferreira (2010),
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Isto demonstra que as políticas educacionais são ajustamentos técnicos para a execução
do trabalho, ou ainda, um imediatismo na busca de atender o sistema de produção. Observa-se,
desta forma, que os projetos de educação profissional estão submetidos ao modo de produção
do capital e forma os trabalhadores para seu funcionamento em total processo de alienação.
Neste sentido, faz-se necessário o estudo e apropriação da teoria para fundamentar os
elementos ideológicos que esta por trás da formulação das inúmeras políticas educacionais que
de uma maneira ou outra são apropriada pelos que executam o trabalho de gestão escolar muito
das vezes sem a devida reflexão do projeto de sociedade à que se propõe tais políticas
educacionais.
4 CONCLUSÃO
Buscamos trazer algumas reflexões que deu origem ao projeto de pesquisa no Mestrado
Acadêmico em Educação da Universidade Federal de Rondônia – UNIR. Estas reflexões
representam um esboço inicial de pesquisa no sentido de compreender os elementos ideológicos
na formulação das políticas educacionais e como estas são implantadas no IFRO. Assim as
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questões aqui colocadas não têm a pretensão do que é definitivo, ao contrário, são impressões
daquilo que pretendo desenvolver nos dois anos de pesquisa do mestrado.
Neste sentido, podemos apontar que as formulações de políticas educacionais são
influenciadas por um conjunto de elementos ideológicos que necessitam serem melhores
estudados e compreendidos para a partir daí tomar posições mais críticas perante sua
implementação no processo de gestão da escola.
REFERÊNCIAS
LESSA, Sergio; TONET, Ivo. Introdução à filosofia de Marx. São Paulo: Expressão
Popular, 2008.
LUKACS, G. As bases ontológicas do pensamento e da atividade do homem. In: Temas de
ciências humanas, V. 4. São Paulo, Livraria Editora de Ciências Humanas, 1978, p.1 a 18.
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1 INTRODUÇÃO
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2 PERCURSO DA PESQUISA
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Os dados para a pesquisa foram coletados por meio da análise dos relatórios críticos
descritivos produzidos pelos acadêmicos, organizados em três eixos temáticos (dificuldades e
superações, similitudes e dissimilitudes entre o contexto escolar indígena e não indígena,
contribuições do estágio para a formação do professor indígena) e analisados de forma
qualitativa.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Fiquei inseguro, tive dificuldade para acompanhar a troca de professores durante as aulas, porque a escola é
muito grande, [...] mas com dedicação e com a ajuda da professora eu consegui.
Quando os professores falavam sobre o estágio supervisionado eu ficava nervoso, mas eu enfrentei esse medo
e depois eu me senti melhor e o meu nervoso sumiu.
A escola da cidade é diferente da escola da aldeia. A cobertura da minha escola é de palha de babaçu retirada
da floresta, mas os livros usados na cidade são os mesmos que são mandados pra escola da aldeia.
Na escola indígena os alunos se interessam em estudar e aprender, respeitam seus professores, seus colegas
da escola, conversam pouco e participam das atividades e dos trabalhos em sala. Na escola da cidade poucos
alunos se interessam em estudar e aprender, a maioria não presta atenção na aula, os alunos não respeitam as
regras da escola, nem a sua professora, nem os seus colegas e conversam muito na sala de aula
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Por ser o primeiro contato com uma escola urbana de grande porte, os acadêmicos não
fizeram uma análise profunda das similitudes e dissimilitudes entre o contexto escolar indígena
e não indígena, apontaram os aspectos que mais os impactaram. O que indica a necessidade de
promover outras experiências dessa natureza para aprofundar a análise, envolvendo questões
como a prática pedagógica dos professores, metodologias de ensino e o próprio currículo, entre
outras coisas.
No tocante ao eixo temático contribuições do estágio para a formação do professor
indígena, os alunos avaliam a experiência de forma positiva, reconhecendo o estágio como um
importante espaço de formação, como pode ser observado nos relatos contidos no quadro 3, a
seguir:
Quadro 3: Contribuições do estágio para a formação do professor indígena
Conheci a realidade de uma escola urbana e observando os professores aprendi como devo trabalhar na escola
da minha aldeia. [...] No geral, apesar das dificuldades, foi uma boa experiência, trouxe benefícios para mim
e também para minha comunidade que poderá contar com um professor qualificado.
As experiências vivenciadas nesses dias foram importantes. [...] Este trabalho contribuiu para minha
aprendizagem e minha formação profissional.
Fazendo o estágio eu refleti sobre muitas coisas, também me aprofundei em assuntos que eu não tinha
conhecimento. Aprendi a fazer o relatório e tive a experiência de conhecer o funcionamento de uma escola da
cidade.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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A partir de então, cursos superiores do Brasil passaram a ofertar parte da grade curricular
na modalidade semipresencial, ficando a cargo de cada instituição optar pelo modelo
pedagógico de semipresencial que lhe fosse mais adequado.
Essa modalidade exige do docente o domínio de novos conhecimentos, como das
Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), já que os recursos didáticos são
disponibilizados aos discentes por meio delas, e de uma postura mediadora do conhecimento,
pois o docente não estará geograficamente próximo dos discentes durante toda a disciplina.
Diante do exposto, este texto busca apresentar elementos de uma pesquisa que está em
andamento do Mestrado Acadêmico em Educação da Universidade Federal de Rondônia
(UNIR) - campus Porto Velho. A pesquisa tem como objetivo contribuir para o melhor
entendimento sobre a formação do docente que atua na modalidade semipresencial de ensino
no município de Porto Velho - Rondônia. Para tanto é necessário identificar os conhecimentos
e competências que devem ser desenvolvidos por esse docente para atender as necessidades
pedagógicas da modalidade em questão.
2 METODOLOGIA
O estudo está em fase inicial por meio de pesquisa bibliográfica, tendo como base os
seguintes autores: Belloni (2008), Hanna, Glowacki-Dudka e Conceição-Runlee (2000), Palloff
e Pratt (2015), Kenski (2013), Schneider, Silva e Behar (2013), que contribuem acerca da
temática, debatendo sobre os elementos da formação do docente da modalidade.
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118
3 ANÁLISES E DISCUSSÕES
O ensino e a aprendizagem por meio do uso da tecnologia exigem mais que o domínio
de um software, embora esse continue a ser o foco do treinamento de professores. É
necessária uma consciência do impacto que essa forma de aprendizagem tem sobre o
próprio processo de aprendizagem.
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119
Os autores ainda consideram que é necessária uma capacitação adequada dos docentes
para a elaboração de cursos de alta qualidade, pois na falta dessa capacitação, é provável que o
curso tenha interação mínima, não favoreça a aprendizagem colaborativa, e que o docente tente
replicar na sala de aula virtual o que é realizado na aula presencial (PALLOFF; PRATT, 2015).
Nesse aspecto, vale lembrar que o próprio MEC considera que o ensino semipresencial é
centrado na autoaprendizagem, de forma que o discente não é o receptor do conteúdo ministrado
pelo professor, mas sim o agente ativo da aprendizagem, portanto, para o sucesso dessa
modalidade, o docente não pode simplesmente reproduzir as tradicionais aulas expositivas por
meio da tecnologia.
Hanna, Glowacki-Dudka e Conceição-Runlee (2000) apresentam sugestões em seu
livro sobre como ensinar em tempos de educação on-line e listam entre elas o fato do professor
se conhecer, conhecer seus conceitos e conhecer a filosofia do ensino e aprendizagem. Nesse
âmbito, podemos assumir que o ensino baseado nas TIC exige que o docente assuma uma
postura mediadora e acredite na aprendizagem mediada para ampliar as chances de sucesso
discente.
Em corroboração com o exposto acima e em vista de tantas funções que um ou vários
docentes podem exercer para um mesmo curso ou disciplina em EAD, como por exemplo,
professor conteudista, professor tutor, professor formador, Kenski (2013) defende que a
formação do docente deve proporcionar a consciência e conhecimento da lógica, da finalidade,
da importância, do processo pedagógico e da oferta de cursos a distância, para que o processo
de ensino na EAD não fique segmentado e desarticulado.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa está em fase inicial e a base teórica está em desenvolvimento, de modo que
aqui se apresentaram somente o objetivo da pesquisa e a questão norteadora. Os resultados
iniciais apontam que o ensino na modalidade semipresencial ou em EAD demanda a formação
docente específica para a atuação nessas modalidades para que o processo de ensino e
aprendizagem seja bem-sucedido, pois quando falamos nessas duas modalidades de ensino,
abordamos um processo que não está mais centrado no docente, mas sim no discente, e que,
contudo, não se dispensa o papel do professor. Entretanto, é mister que esse docente esteja
preparado para assumir o planejamento, execução e gestão do curso/disciplina e seja um
mediador da aprendizagem.
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120
Isto significa que não basta ofertar aos docentes uma capacitação técnica sobre como
utilizar as ferramentas tecnológicas, mas também é necessário capacitá-lo para o
desenvolvimento de materiais didáticos de qualidade, mediação da aprendizagem por meio das
ferramentas disponíveis, promoção da aprendizagem colaborativa e interação com os
participantes do curso ou disciplina.
REFERÊNCIAS
BELLONI, Maria Luiza. Educação a Distância. 5 ed. Campinas: Autores Associados, 2008.
KENSKI, Vani Moreira. Tecnologias e tempo docente. Campinas: Papirus Editora, 2013.
PALLOF, Rena M.; PRATT, Keith. Lições da sala de aula virtual. 2 ed. Porto Alegre:
Penso, 2015.
SCHNEIDER, Daisy; SILVA, Kátia Kellen Araújo de; BEHAR, Patrícia Alejandra.
Competências dos atores da educação a distância: professor, tutor e aluno. In: BEHAR,
Patrícia Alejandra. Competências em Educação a Distância. Porto Alegre: Penso, 2013.
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121
1 INTRODUÇÃO
O ambiente escolar é um espaço que necessita cada vez mais de atenção especial quanto
aos variados problemas que ali podem ocorrer, pois a escola reúne crianças e jovens de classes
variadas e com problemas diversos. Hengemühle (2011) trata dos fundamentos e hipóteses para
o perfil de aluno: Aprender a ser, a conviver, a conhecer e a fazer. Ressaltando que esses
aprender é originário de preocupações e necessidades globais imperiosas para a formação de
pessoas com capacidade para revitalizar a humanização da vida. Na busca desse perfil do aluno,
vale destacar o objeto da presente pesquisa, qual seja, verificar de que forma o trabalho da
Patrulha Escolar, equipe gestora e policiais podem contribuir no ambiente escolar, visando
melhora no rendimento escolar dos alunos. Por essa razão tem-se como foco principal o trabalho
desenvolvido pela Patrulha Escolar numa escola de ensino médio e fundamental, situada em
região periférica, na zona leste da cidade de Porto Velho, e que possui um alto índice de
violência Foi utilizado como aporte teórico as ideias de FREIRE (2005), DEMO (2004), LÜCK
(2010), LUCKESI (2011), SAVIANI (1991), VIEIRA (2002).
A Patrulha Escolar é composta por membros da Polícia Militar e, desde janeiro de 2014
atua nas escolas de Porto Velho, em outras cidades, como o Paraná, desde 2005. São
desenvolvidos projetos de prevenção à violência de modo geral, e em relação às drogas. Muitos
dos projetos são de iniciativa dos próprios Policiais, como esporte, danças, música, pinturas.
Laroczinski (2009, p.37): A Patrulha Escolar é alternativa que a Policia Militar encontrou para
assessorar as comunidades escolares na busca de soluções para os problemas de segurança
encontrados nas escolas.
É importante desenvolver uma metodologia em que as escolas recebam os conteúdos, e
a pedagogia escolar oferece uma liberdade de agir muito ampla. De acordo com a localidade da
escola, os costumes dos alunos, há toda uma preocupação de conhecimento da região e espaço
que a comunidade está localizada. A escola, de fato, institui a cidadania. É ela o lugar onde as
crianças deixam de pertencer exclusivamente a família para integrarem-se numa comunidade
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122
mais ampla.”, conforme afirma Vieira apud Canivez, 1991, p.33. É neste contexto que a
Patrulha Escolar contribui muito com sua presença e ações educativas, pois é um número grande
de alunos necessitando de disciplina e de aprender a conviver com o outro que não é da família,
ter noção de respeito, de espaço, de convivência com o companheiro educadamente,
trabalhando em grupo.
4 A PESQUISA
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123
quanto ao seu próprio comportamento; apesar de ainda terem problemas relacionados a furtos,
brigas e drogas o trabalho continua sendo desenvolvido diversos trabalhos na busca de acabar
com essas problemáticas, pois exigem um trabalho mais além da escola, começando pelos
familiares e responsáveis, já que nem todos moram com os pais. As melhoras surgem de forma
gradativa. Professores e gestores trabalham em conjunto. A direção tem uma liderança bem
participativa, isso ajuda bastante no desempenho das atividades.
Durante a pesquisa, foi possível contar com o apoio dos 04 (quatro) policiais militares
que trabalham na patrulha escolar, os quais não fizeram objeção em participar da coleta de
dados. Ao questionar sobre a avaliação deles no que tange ao seu relacionamento com a escola,
foi dito que o trabalho da Patrulha Escolar tem por objetivo desenvolver trabalhos voltados para
a prevenção de drogas e crimes e que, portanto, a parceria com a escola sempre foi e continua
sendo salutar e harmônica. Afirmam que as dificuldades encontradas para eficácia do projeto,
está relacionada a falta de acompanhamento dos pais e familiares; os filhos muitos soltos; as
meninas sem orientação adequada; a família “empurra” tudo para a escola. Mas que aos poucos
os pais, vão aprendendo conceitos valiosos, que podem vir a contribuir na educação dos filhos,
à medida que a comunidade, escola e patrulha escolar caminham em busca dos mesmos
objetivos.
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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125
1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
3 DISCUSSÕES E RESULTADOS
No Brasil, tanto a Constituição de 1988, assim como a LDB 9394/96 (Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional) destacam a importância em se promover a inclusão educacional
de indivíduos com necessidades especiais. Este fato nos remete a uma realidade que não pode
se deixar para trás: a formação do professor, que quase sempre encontra diversas dificuldades
para repensar a prática pedagógica.
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4 CONSIDERAÇÕES PARCIAIS
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autores da área, a fim de minimizar os efeitos de uma formação que ainda não se volta para a
diversidade.
REFERÊNCIAS
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129
determinado período, assim como, serve de “lente” através da qual se pode analisar os desafios
apresentados e suas possíveis causas. Os tempos atuais são outros, 85 anos se passaram, a obra
continua sendo divulgada mundialmente. Em Portugal chega à sua 42ª edição.
2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS
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Letras - 83,87 90
80
Pedagogia -55,81 70
60
Engenharia 50
Ambiental - 34,69 40
30
20
Biologia e 10
Química-30 0
Matematica e Física
- 23,52
Agronomia - 21,05
Eng. Ambiental;
Eng. Ambiental
85,71
0 20 40 60 80 100 120
4 DISCUSSÃO
“Na realidade, um professor medíocre pode conseguir que os alunos se tornam mais
instruídos, mas não conseguirá que sejam mais cultos; ele desenvolverá a parte
mecânica da escola, e o aluno, se for um cérebro ativo, organizará por sua conta a
bagagem acumulada” (GRAMSCI, 1989, p. 132).
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
LACOSTE, Jean. A filosofia da arte. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1986, 110p.
SARTRE, Jean-Paul. Que é literatura? São Paulo: Ática, 1989, 220p.
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Katyuscia Oshiro
1 INTRODUÇÃO
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133
2 METODOLOGIA
A metodologia utilizada foi a abordagem qualitativa que Santos Filhos (1997) ressalta
que nessa modalidade a entre o pesquisador e o objeto pesquisado não é neutra, a linguagem
deve estar próxima do real, e como tal, os valores, as crenças determinam o que deve considerar
dos fatos. A pesquisa qualitativa se preocupa, portanto em compreender ou interpretar o
fenômeno social, sem pretender descoberta de leis sociais.
Chizzotti (2010) afirma que a pesquisa qualitativa tem como alicerce a forma como
apreende e legitimam os conhecimentos.
A pesquisa iniciou os estudos analisando os documentos que regem a Educação Especial
e os documentos dirigem a escola de tempo integral do município de Campo Grande - MS,
dentre eles estão: Lei de diretrizes e Bases 9294/96, a proposta da escola em tempo integral,
Projeto Político Pedagógico e o Regimento Interno da Escola de Tempo Integral.
Em seguida foi construído o perfil dos professores que trabalham com educação especial
na escola de tempo integral. O instrumento de coleta de dados utilizado na pesquisa foi
entrevista que seguiu um roteiro semi estruturado.
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3 RESULTADOS
Quadro – 1 Na sua formação inicial você teve disciplinas que discutiam a Educação Inclusiva?
Quais?
Como aparece no quadro, todos os professores não tiveram espaço para aprofundar,
discutir e refletir as questões da Educação Inclusiva na formação Inicial.
100% 5% 95%
Todos os professores investigados têm pelo menos uma pós – graduação, e apenas dois
professores tem Pós – graduação em Educação Especial.
Quadro 3 - Você participou de algum seminário/ encontro que discute as questões da Educação
Inclusiva?
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135
4 CONCLUSÃO
A partir das analises que fizemos com base nos dados obtidos por meio das entrevistas
podemos responder afirmativamente que as questões da Educação Especial ainda precisa ser
discutida, é necessário pensar espaços para essa discussão e reflexão.
Os professores entrevistados foram formados depois da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional - LDB (Lei nº. 9394/96) que estabeleceu, dentre outros princípios, a
"igualdade de condições para o acesso e permanência na escola" e recomendou que a educação
para "educando com necessidades especiais” viesse a ocorrer de modo preferencial, em rede
regular de ensino, mesmo assim, na formação desses professores não houve espaço para essa
discussão.
Nesse sentido, acreditamos que a Lei seja colocada em prática, sendo preciso repensar
a formação inicial, criar formações continuadas que discutam essas questões e ainda organizar
na escola em parceria com as universidades espaços de discussão e reflexão para os professores,
de nada adiantará a execução da Lei sem antes realizar com os professores essa discussão.
REFERÊNCIAS
CHIZZOTTI, Antônio. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. 11. Ed. São Paulo:
Cortez, 2010.
GOFFREDO, V.L.F. S. Como formar professores para uma escola inclusiva? In: BRASIL.
Educação Especial: tendências atuais. Brasília: MEC/SEESP, 1999.
MANTOAN, M. T. E.. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? 2. ed. São Paulo:
Moderna, 2006.
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137
Esse estudo apresenta uma breve abordagem sobre a formação de professores do Ensino
Médio de uma escola pública municipal de Ariquemes - RO. O princípio norteador deste
trabalho se teve ao enfoque teórico em Lima (2007), Gadotti (2009), Freire (1987), Padilha
(2004) e outros, onde a pesquisa bibliográfica foi utilizada para dar sustentação aos dados
levantados na pesquisa empírica. Foi necessário traçar um paralelo entre as dificuldades
relatadas pelos professores, tanto em relação aos processos de aquisição de novas metodologias
de ensino que acontecem por meio da formação continuada, quanto à estratificação e repetição
do ensino segundo o ponto de vista deles. As experiências e os dados observados revelam a
veracidade de fatos vivenciados ao longo da história da escola pública brasileira, contribuindo
para o entendimento de diferentes concepções de ensino e a responsabilidade atribuída a cada
envolvido no processo de formação desses alunos/docentes.
Por ser tratar da conclusão da educação básica, o Ensino Médio tem o intuito de
consolidar todos os conhecimentos que foram transmitidos no decorrer do Ensino Fundamental,
como também permitir a continuidade dos conhecimentos, seja em um curso de graduação
superior, cursos técnicos e por fim, o Ensino Médio é tem a função de preparar o individuo para
o mercado de trabalho, como diz o Artigo 35 da Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96:
Art. 35, quando este diz que “II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do
educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com
flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores. (Brasil,
1996, art. 35, inciso II).
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2 METODOLOGIA
Para efetivar esse estudo fez-se pesquisa qualitativa, com abordagem bibliográfica e
empírica. Para a primeira utilizou-se de livros, vídeos e artigos científicos que abordam a
temática. Na sequência realizou-se uma pesquisa de campo, em uma escola Estadual do Ensino
Médio na cidade de Ariquemes- RO, de funcionamento em tempo regular, aplicando uma
entrevista com 03 (três) professores que atuam no ensino médio (matemática, química e inglês).
Observou-se ainda as suas práticas, principalmente o método utilizado pelos mesmos, o
interesse, e o comportamento dos alunos frente às atividades propiciadas pelos docentes. Em
síntese a pesquisa de campo consistiu na aplicação da entrevista e a observação.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
o cotidiano [...] aparece como espaço privilegiado de produção curricular, para além
do previsto nas propostas oficiais. Especificamente no que diz respeito aos processos
de ensino-aprendizagem, as formas criativas e particulares através das quais
professoras e professores buscam o aprendizado de seus alunos avançam muito além
daquilo que poderíamos captar ou compreender pela via dos textos que definem e
explicam as propostas em curso. Cada forma nova de ensinar, cada conteúdo
trabalhado, cada experiência particular só pode ser entendida junto ao conjunto de
vida dos sujeitos em interação, sua formação e a realidade local específica, com
experiências e saberes anteriores de todos, entre outros elementos da vida cotidiana.
(2003, p. 68-69).
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4 CONCLUSÃO
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140
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17. ED. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
LIMA, Claudia Maria de. Formação contínua do professor de ensino fundamental e educação
à distância: reflexões sobre potencial de aprendizagem. In: GRANVILLE, Maria Antonia
(org). Teorias e práticas na formação de professores. 2 ed. Campinas, SP: Papirus, 2007.
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141
OLIVEIRA, Inês Barbosa de. Currículos praticados: entre a regulação e a emancipação. Rio
de Janeiro: DP&A, 2003.
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142
1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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143
4 CONCLUSÃO
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144
Pode-se então vislumbrar um paralelo discursivo baseado nas concepções dos autores
apresentados, que é necessário buscar a compreensão de que a formação docente em gênero e
sexualidade não pode estar limitada a tópicos pontuais como controle da gravidez, prevenção
de doenças sexualmente transmissíveis, uso de preservativo, entre outros, mas leve em
consideração a formação do professor enquanto sujeito com identidade sexual, papel social e
visões de mundo.
O processo de constituição social das identidades sexuais e profissionais do docente se
dão no âmbito das instituições sociais, incluindo a escola. Neste contexto, é impossível negar a
manifestação dessas identidades nos espaços escolares, é o que diz Louro (1999) quando
comenta que é preciso melhorar a qualidade das relações humanas estabelecidas pois pode ser
tanto uma grande educadora ou deseducadora sexual na escola.
E essa qualidade deve ser construída por um/a professor/a que, além de respeitar, aceitar
e gostar de seu aluno e do seu trabalho pedagógico, gosta de si mesmo e se conhece, tenta
superar seus limites, medos e tabus, é aberto a mudanças, à revisão dos resquícios de uma
educação sexual repressora e busca permanentemente compreender a complexidade da
sexualidade humana.
REFERÊNCIAS
LOURO, G.L. Pedagogias da sexualidade. In: LOURO, Guacira (Org.). O corpo educado –
pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.
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145
ZABALA, Anthony. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas Sul,
1998.
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1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
3 VRESULTADOS E DISCUSSÕES
Essa instituição oferece quatro cursos de licenciatura que formam professores para atuar
em todos os níveis da educação básica. Esses cursos foram implantados dentro do projeto de
expansão das universidades federais com o intuito interiorizar o atendimento superior dentro
do Estado do Amazonas.
4 CONCLUSÃO
Constatou-se claramente que existem poucas disciplinas que tratam desta temática, na
maioria dos cursos não existe nenhuma disciplina específica e muitos discentes demonstraram
pouco ou nenhum interesse por essa temática, muitos consideram irrelevante esse tema, apesar
deste município conviver diretamente com muitos indígenas na sede do município. Isso aparece
como um fator preocupante, uma vez que, esses futuros professores iram desempenhar suas
atividades na educação básica e podem contribuir para o reforço do preconceito, o que tem
gerado muitos conflitos na região.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. LDBEN: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei 93.94/96. Rio de
Janeiro: Lamparina, 2008.
CUNHA. Manuela Carneiro da. Índios no Brasil: História, direitos e Cidadania. São Paulo:
Claro Enigma, 2012.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio da pesquisa social. In: MINAYO, Maria
Cecília de Souza. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petropolis, RJ: Vozes, 2012.
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Leandro Fonseca
Luciana Fernandes
Mahamoud Baydoun
Márcia do Nascimento
Tácia Barreto
Juracy Machado Pacífico
Ana Maria Souza Lima
1 INTRODUÇÃO
Apresentamos a seguir uma análise sobre o primeiro capítulo “Não há docência sem
discência” do livro “Pedagogia da Autonomia – Saberes necessários à prática educativa”
(1996), do educador brasileiro Paulo Freire.
Freire exemplifica os atos de cozinhar ou velejar para chamar atenção à necessidade de
uma reflexão crítica sobre o alinhamento entre Teoria e Prática. Pois embora os atos de cozinhar
e velejar exijam alguns conhecimentos prévios, eles só se concretizam na prática. É através da
prática que os saberes se confirmam, se modificam ou se ampliam. Por isso os saberes dispostos
na obra são direcionados à prática educativa.
2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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“Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos”. Nesta máxima Freire informa
que os professores devem ter uma prática sempre pautada pela ética e o respeito, respeito ao
discente e seus conhecimentos prévios, considerando sua bagagem de vida de forma a
proporcionar ao aluno, através dos seus saberes socialmente construídos na prática
comunitária, um estímulo ao pensamentos critico, aproveitando ao máximo a experiência
deles para discutir o conteúdo das disciplinas e ensinar com mais proximidade da realidade da
vida desses sujeitos, debatendo as implicações políticas e ideológicas de cada tema relevante
pra a vida desses alunos. Essa tarefa exige um diálogo entre aluno e professor e facilita a
aprendizagem.
Paulo freire se dedica a refletir sobre a prática docente como um processo competente
embarcado de consciência e metodologia. Enfatiza que ensinar não é tarefa simples tanto
quanto também não é aprender. Tais aspectos são enfatizados no item “Ensinar exige reflexão
crítica sobre a práticas”. É preciso que o professor entenda os dinamismos mais profundos de
sua profissão e se conceba capaz de auxiliar ao aluno de transcender do conhecimento ingênuo
ao conhecimento crítico e reflexivo. Pode-se alcançar o pensamento elevando por meio de algo
indispensável segundo o autor, a curiosidade.
A curiosidade é percebida por Freire como mecanismo motriz do aprendizado e quando
gerida pelo método e rigor das ciências pode nos favorecer a criticidade. Por fim, ressalta ainda
a necessidade de que o ensinar e aprender sejam perpassados pelas emoções, não se pode
negligenciar que tanto o aluno quanto o professor são pessoas, e para cada um deles o contexto,
a história e o objeto de aprendizagem remonta a sentimentos e emoções que nem sempre são
fáceis e agradáveis, todavia humanos, nos possibilitam acessar o saber em nós e o saber que
queremos em nós.
Ensinar exige o reconhecimento e a assunção da identidade cultural – Somos também
seres histórico e culturais, em que todos estes elementos se juntam na complexidade do
desenvolvimento para formar nossa identidade, e essa identidade nos apresenta ao mundo.
Quando o professor conhece, assume e compreende sua identidade, em um processo de respeito,
torna-se capaz de valoriza o que ele é, bem como capaz de lidar com aquilo que seu aluno é. É
bonito na pedagogia de Paulo Freire o movimento de autonomia acontecendo de dentro para
fora e do professor para o aluno, talvez tenha sido esta sua intenção em construir a obra,
horizontalizar educador e aluno, e aprofundar nossa humanidade que quanto mais clara daquilo
que se é, mais tolerante e consciente de si e do outro se torna o processo de ensinar e aprender.
“Ensinar exige criticidade, estética e corporeificação das palavras pelo exemplo”.
Neste tópico Freire, destaca que só há aprendizagem crítica a partir de uma curiosidade.
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4 CONCLUSÃO
Os saberes narrados por Paulo Freire em sua obra ainda são atuais e tratam-se de um
desafio para a educação. Como o próprio autor diz, estes saberes foram mais direcionados para
educadores críticos, progressistas, mas não há impedimento de que educadores de outras
ideologias os utilizem. Ao contrário, o contexto educacional contemporâneo urge práticas
criativas para maximizar o processo de ensino e aprendizagem.
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo:
Paz e Terra, 2006.
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Não temos dúvidas que no Brasil há uma grande diversidade de manifestação cultural
dos mais variados povos que contribuíram para a construção de uma identidade multicultural
do país. Contundente a isso, tem-se presente um dos aspectos que contribui significamente para
esse processo, a cultura.
Entende-se por cultura como um conjunto na qual homens e mulheres através de suas
práticas, constroem, transformam e manifestam os mais diversos aspectos que garantem e
expressam suas formas e maneiras de ser e de viver. Ainda pode-se fomentar que ela está ligada
a forma de viver dos seres humanos em determinados grupos sociais, seja em seu sentido mais
amplo ou específico.
Assim, firma-se que é através da cultura que os individuos se diferenciam de outros
seres, como por exemplo, os animais, e também, por meio dela há a expressão especifica de
determinado grupo e, por último, pode-se firmar que é através da cultura que os homens
externam conhecimentos, crenças, valores, ideias e práticas, seja de um determinado grupo,
povo ou época. Desta forma, o estudo sobre a cultura deve fazer parte da formação docente,
pois por meio dela a Literatura Regional torna-se mais valorizada nas redes públicas de ensino
e nas universidades.
É nesse processo multicultural, na qual é expressa pelos povos que foram herdados por
seus antepassados, que se criou raízes que externam aquilo que o povo é, mostrando assim sua
verdadeira identidade cultural. Tudo isso ocorre através dos aspectos que são apresentados por
determinado grupo seja por meio da dança, música, hábitos, lendas e mitos. Nessa perspectiva,
entende-se que isso ocorreu por dois processos, por meio da oralidade quando não existiam
meios para tais registros ou por meio da escrita que em momento são conservados nos escritos
literários.
Dentre esses aspectos ora apresentado, este trabalho norteará as reflexões acerca desse
grande universo cultural na formação docente do ensino de Literatura Regional em questão,
com enfoque nos saberes populares sobre os mitos amazônicos, pois é sabido que a Amazônia
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153
em seu grande processo de colonização passou por várias transformações, culturais, sociais e
políticas. Sabe-se também que nesse contexto colonizador ela, a Amazônia, fora vista como a
terra que corria “leite e mel” e como o tão sonhado Eldorado, no entanto, com seus grandes
encantos, que traziam as mais estranhas histórias que tornava esse terreno um ambiente de fatos
fantasiosos, mas que eram relatos narrados e acreditados por aqueles que viviam naquele
espaço.
Desta forma, através das narrativas orais ou escritas, esses fatos foram transmitidos por
muito tempo de geração a geração, e que se tornam presentes até os dias atuais, sendo cultivado
pelo povo, expressando suas verdades por meio das ações, práticas, crenças, superstições e
costumes na qual identifica-se como mito.
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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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4 CONCLUSÃO
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se debaixo da Igreja Nossa Senhora Imaculada Conceição esse mito, é comum na região e
discutido em sala de aula.
Nessa contextualização, as lendas, os mitos são elementos que formam o rico
patrimônio cultural e, também usamos os mitos para conhecermos as histórias reais da vida
humana, ou seja, usamos a dualidade do mito, mundo fabuloso e mundo real.
Em linhas gerais, sabemos que os mitos fazem parte da construção da identidade cultural
dos povos, pois os mesmo exercem a funcionalidade de tentar explicar a realidade. Em outras
palavras os mitos, seriam responsáveis de revelar os questionamentos da raiz do mundo, o que
é verdade e/ou inverdade.
Portanto, este trabalho buscou promover a formação de professor com base nos saberes
populares, mitos, fazendo uso da cultura regional e proporcionando suporte teórico para
professores que trabalham diretamente essa vertente no ensino-aprendizagem.
REFERÊNCIAS
BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
CASCUDO, Luís da Câmara. Antologia do folclore brasileiro. – 9º ed. São Paulo: Global,
2003.
COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria, análise, didática. 7ª. Edição revisada.
São Paulo: Moderna, 2009.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. 13ª edição. São Paulo. Ed. Ática, 2006.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 14ª ed. Rio de Janeiro,
Zahar Ed. 2001.
LEMINSKI, Paulo. Metamorfose. Uma viagem pelo imaginário grego. São Paulo:
Iluminuras, 1994.
SANTOS, Vanilde Gonçalves dos. CASSIMIRO, Hugo Leonardo. ALVES, Keila Cristina.
Como desenvolver participação social no grupo de jovens? 1. ed. São Paulo: CCJ, 2007.
SOUZA, Márcio. Breve história da Amazônia. São Paulo: Marco Zero, 1994.
ISSN: 2179-8389
156
1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS
A partir das pesquisas realizadas observa-se que a escola não pode mais negar os
avanços tecnológicos, porém é preciso buscar formas de consolidar o seu uso de forma
significativa. Pois segundo Dowbor, (2001, p. 15)
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157
Tal reflexão sobre o uso das novas tecnologias devem estar presentes durante todo o
curso de licenciatura. A formação inicial deve privilegiar a teoria e prática mediada pelo uso de
tais recursos.
4 DISCUSSÃO
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158
5 CONCLUSÃO
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159
Com base nos estudos realizados concluímos que a formação inicial nos cursos de
licenciatura deve levar os futuros professores a refletirem em como poderão utilizar as novas
tecnologias como instrumentos favoráveis à aprendizagem. Não se trata de um treinamento,
mas antes de uma conscientização que as tecnologias são mutáveis e o educador deve
constantemente buscar formas de utilizá-las significativamente. Os currículos dos cursos de
licenciatura precisam prever a formação para o uso das tecnologias da comunicação e
informação.
REFERÊNCIAS
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre, RS: Artes
Médicas Sul, 2000.
ISSN: 2179-8389
160
1 INTRODUÇÃO
Questões relacionadas à diversidade cultural estão cada vez mais presentes nas
discussões tanto no meio acadêmico quanto no campo escolar. Isto se dá pelo fato de vivermos
em uma sociedade formada por várias culturas, podendo ser considerado um país multicultural.
Essas características são refletidas no campo escolar, pois é notável a presença de crianças
oriundas de várias localidades, e cada uma carrega consigo as características particulares de
suas respectivas culturas. Este fato modifica as relações dentro do contexto educacional, e a
escola, bem como, seus professores precisam estar preparados para atender a esta demanda.
Entretanto, historicamente falando, a escola tem dificuldades para lidar com a
diversidade. As diferenças tornam-se problemas ao invés de oportunidades para produzir
saberes em diferentes níveis de aprendizagens.
A reflexão sobre educação e diversidade cultural não diz respeito apenas ao
reconhecimento do outro como diferente. Significa pensar a relação entre o eu e o outro. A
escola é um espaço sociocultural em que as diferentes presenças se encontram. Mas será que
essas diferenças têm sido respeitadas? Será que a garantia da educação escolar como um direito
social possibilita a inclusão de todo tipo de diferença dentro desse espaço? Nós, educadores e
educadoras, não podemos ficar alheios/as a essas questões.
Nesse sentido, este trabalho objetiva discutir a possibilidade de articular um currículo
intercultural na formação inicial de professores, numa perspectiva de humanização e
emancipação que valorize e respeite as diferenças encontradas futuramente nas salas de aula e
na maioria das vezes ausentes nos livros didáticos. Deste modo, discute a interculturalidade
como componente na formação inicial de professores, tendo em vista que é aí o momento, não
único, mas fundamental para que o professor possa refletir sobre a sua prática docente como
forma de contribuir para um redimensionamento do seu fazer pedagógico em busca da
humanização.
Diante disso, vários educadores, a exemplo de Canen (2001), Moreira e Macedo (2001),
Fleuri (2000; 2003) e Candau (1998; 2000) defendem uma educação intercultural cuja proposta
é contribuir para que haja mais interação e reconhecimento das diversas formas de saberes e
ISSN: 2179-8389
161
Cultura e educação são dois conceitos que estão intimamente interligados. Sabemos que
o currículo escolar tem uma intencionalidade, carrega em si os ideais, valores, normas e visão
de mundo de uma determinada cultura, ou seja, transmite a cultura, e na maioria das vezes a
cultura implícita no currículo escolar a hegemônica, considera universal, e deste modo, a escola
se torna excludente.
Candau (2008) em seus textos discute com muita ênfase a necessidade de se repensar as
práticas escolares, bem como a formação de professores nos aspecto da cultura, tendo em vista
que, não há educação que não esteja imersa nos processos culturais do contexto em que se situa.
É neste contexto que autores defende um currículo intercultural na formação de
professores (CANDAU, 1998; MATO, 2009; FLEURI, 2000). Segundo Fleuri (2000), a
perspectiva intercultural surgiu para ultrapassar a oposição entre monoculturalismo e
multiculturalismo: valorizando o potencial educativo dos conflitos, ela emerge no contexto das
lutas contra os processos crescentes de exclusão social. Com relação às práticas educacionais,
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162
propõe estratégias de relação entre sujeitos e entre grupos diferentes, pois acredita que a
interação entre culturas diferentes ajuda o indivíduo ou um grupo a modificarem o próprio
horizonte de apreensão da realidade: possibilita-lhes compreender ou assumir pontos de vista
diferentes de interpretação do real – o que resulta em crescimento.
É por esses motivos que defendemos neste trabalho a perspectiva intercultural de
educação por acreditar que ela pode promover uma melhor comunicação entre os diferentes
grupos sociais, por meio da reciprocidade e da troca mútua de conhecimentos. Isso porque
entendo ser necessário – à escola – acolher as diferenças e considerar a pluralidade de culturas
existentes em nossa sociedade: compreendê-las como produto histórico; e – a educadores/as –
promover a equidade social, combater o silenciamento de identidades e a marginalização de
certos grupos.
Na perspectiva de educação intercultural, a formação e o desenvolvimento profissional
de professores/as são fundamentais ao sucesso da proposta. Os autores que defendem a
educação intercultural acreditam que, através de uma formação voltada à reflexão sobre o
reconhecimento, à aceitação do outro, aos valores, à igualdade de direitos e à diversidade,
professores/as perceberão a escola como espaço sociocultural, construído no cotidiano por
alunos/as e professores/as, que transformam experiências em conhecimentos, diferenças em
grandes possibilidades de crescimento pessoal e coletivo.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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163
vinculam aos grupos que são detentores do poder. Cabe sempre questionar: a diferença é
pressuposto da igualdade? Que diferença? Que igualdade? Não podemos fazer o discurso da
diferença como uma forma de impor uma outra diferença a qual os diferentes devam adequar-
se. Qual a igualdade que se pode desejar de pessoas que vivem em situações concretas tão
díspares?
Nessa perspectiva, gostaríamos de ressaltar que as questões relacionadas à formação de
professores para a diversidade cultural, bem como de implementação de um currículo
intercultural são muito abrangentes, e não se esgotam com a finalização deste trabalho, pelo
contrário, o mesmo abre caminhos para novos estudos com relação a esta temática no contexto
local. Nesse sentido, este texto é um começo de uma longa caminhada, apresentando alguns
apontamentos para que continuemos a refletir sobre cultura e diversidade na formação e nas
práticas escolares, especialmente no contexto do curso de pedagogia da UFAM que está sendo
campo de investigação em nossa pesquisa de mestrado. A referida Universidade fica inserida
em uma região marcada pela acentuada diversidade de culturas, ao mesmo tempo em que ainda
são pouco conhecidas, respeitadas e valorizadas.
REFERÊNCIAS
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164
Rosimeri
da Silva Pereira
Valmir Flores Pinto
Antonia Raissa Passos Freitas
Camila Alves dos Santos
Simone Oliveira de Aguiar
1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
A gênese desse estudo tem por base as discussões iniciadas numa atividade de Extensão
vinculada ao Núcleo de Estudos e Pesquisas em Direitos Humanos e Educação (NEPDHE),
sediado na Universidade Federal do Amazonas – campus localizado em Humaitá –
NEPDHE/UFAM. Tal atividade teve inicio no mês de abril de 2015 pautado no tema “Educação
e Cidadania no Ensino Fundamental: um estudo a partir do novo PNE” sob coordenação dos
professores Valmir Pinto Flores e Rosimeri da Silva Pereira, que contou com a participação de
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3 RESULTADO
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Nesse sentido, o PNE (2015) reafirma que a busca pela equidade e pela qualidade da
educação em um país tão desigual como o Brasil é uma tarefa que implica políticas públicas de
Estado que incluam uma ampla articulação entre os entes federativos. Desse modo nos adverte
que atualmente vivemos um momento fecundo de possibilidades, com bases legais mais
avançadas e com a mobilização estratégica dos setores públicos e de atores sociais importantes
neste cenário. Destaca ainda sobre a possibilidade de se realizar um trabalho de alinhamento
dos planos de educação para assim tentar garantir no próximo decênio um virtuoso marco no
destino educacional do nosso País.
O espírito do PNE (2015) neste caso reside numa politica de estado plural, complexa e
dialética tendo em vista o rol de compromissos sobretudo aqueles ligados a eliminação das
desigualdades educacionais consideradas históricas em nosso país. Observa-se que embora
suas metas sejam orientadas para enfrentar as barreiras de acesso e a permanência do estudante
na escola e sobretudo para a superação das desigualdades educacionais em território nacional
no entanto ainda não se vislumbra a possibilidade de atendimento universal e de uma educação
infantil com atendimento integral.
Meta 6: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento)
das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos(as)
alunos(as) da educação básica. (MEC- PNE, 2014, p. 10)
4 DISCUSSÃO
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167
idade. A discussão que se realiza neste caso é que as crianças de 0 a 3 durante algum tempo
ainda ficarão fora da escola e as que permanecerem serão atendidas em tempo parcial e em
condições precárias como podemos observar nos dados da tabela a seguir:
Tabela 1 – Estrutura de atendimento - Dados quantitativos
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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168
HORN. M.G.S. Sabores, Cores, Sons e Aromas: A construção dos espaços na educação
infantil.Porto Alegre. Atrmed. 2004.
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170
2 METODOLOGIA
Foi realizada pesquisa bibliográfica com base em Barros (2004 e 2001), Fiorin (1995,
2000) e Morato (2008) para realizar a análise do conteúdo na perspectiva da semiótica
greimasiana, com um recorte na fase da manipulação presente no nível narrativo do percurso
gerativo de sentido. O corpus da análise foi o Caderno 1 – Conselhos escolares:
democratização da escola e construção da cidadania (BRASIL, 2004), o qual aborda
conceitos básicos da política do Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos
Escolares.
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3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
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4 CONSIDERAÇÕES
REFERÊNCIAS
BARROS, Diana Pessoa Luz de. Estudos do discurso. In: FIORIN, José Luiz. Introdução à
linguística II: princípios de análise. São Paulo: Contexto, 2004.
BARROS, Diana Luz Pessoa de. Teoria do discurso: fundamentos semióticos. 3. ed. – São
Paulo: Humanitas/ LLCH/ USP, 2001.
FIORIN, José Luiz. Elementos de análise do discurso. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2000.
Disponível em:< http://pt.scribd.com/doc/105731700/ELEMENTOS-DE-ANALISE-DO-
DISCURSO-Jose-Luiz-Fiorin. Acesso em: 27 de maio de 2015.
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2 METODOLOGIA
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3 ANÁLISES E DISCUSSÕES
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa está em fase inicial e a base teórica está em desenvolvimento, de modo que
aqui se apresentaram somente o objetivo da pesquisa e a questão norteadora. Os resultados
iniciais apontam que a evasão discente no ensino técnico está presente em diversas instituições
públicas de ensino com índices elevados. Com base nas informações constantes no último
resumo técnico apresentado pelo INEP, as Instituições de ensino públicas necessitam de um
rápido plano de ação visando o aumento significativo no número de concluintes para que
consiga alcançar a meta proposta pelo Ministério da educação, no plano nacional de educação
pública.
Nessa direção, fazem-se necessárias pesquisas que identifiquem as razões da evasão e
apresentem soluções por meio de práticas pedagógicas efetivas, para que a ação na redução do
número de alunos evadidos tenha sucesso, pois não se deve apenas tratar a evasão escolar, mas
verificar o contexto em que o aluno evadido está envolvido para que assim seja possível uma
compreensão mais clara e abrangente desta problemática que atinge a educação pública
brasileira.
REFERÊNCIAS
THIOLLENT, Michel Jean Marie. Metodologia da Pesquisa-ação. 14. ed. São Paulo:
Cortez, 2005.
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178
na história de vida da criança, a mesma além de recorrer as suas experiências, constrói valores
no momento da brincadeira.
De acordo com Silva (1989), a relação da criança com os brinquedos conta com
participação direta do adulto não só como aquele que dá o brinquedo, mas também como
criador, fabricante e mesmo como participante de jogos e brincadeiras. Pois, ao oferecer a
criança um brinquedo, você dá automaticamente a possibilidade da mesma se relacionar com o
outro, conhecendo a sua origem e despertando a imaginação contribuindo, assim, para sua
formação perante a sociedade e fazendo com que a mesma adquira conhecimentos.
Ainda, de acordo com a autora, quando a criança brinca, ela o faz de modo bastante
compenetrado. A pouca seriedade a que faz referência está mais relacionada ao cômico, ao
risco, que acompanha, na maioria das vezes, o ato lúdico e se contrapõe ao trabalho,
considerado atividade séria. Com isso, ao brincar, a criança estabelece uma relação entre o
lúdico e o conhecimento e nesse sentido, pode-se se afirmar que o trabalho proposto pelo
professor será trabalhado de forma dinâmica, criativa e lúdica.
O jogo pode ser considerado um instrumento de ensino-aprendizagem, pois o mesmo
possibilita o acesso a diversos tipos de conhecimentos e habilidades. De acordo com Smole
(2007, p. 12):
[...] O jogo pode ser visto como uma das bases sobrea qual se desenvolve o espírito
construtivo, a imaginação, a capacidade de sistematizar e abstrair e a capacidade de
interagir socialmente. Entendemos que a dimensão lúdica envolve desafios, surpresas,
possibilidade de fazer de novo, de querer superar os obstáculos iniciais e o incômodo
por não controlar todos os resultados. Esse aspecto lúdico faz do jogo um contexto
natural para o surgimento de situações-problema cuja superação exige do jogador
alguma aprendizagem e um certo esforço na busca por sua solução [...]
Sendo assim, o jogo utilizado de maneira correta pelo professor, traz consigo inúmeras
vantagens ao educando, seja no aspecto pessoal, social e intelectual. Utilizar o jogo na educação
significa transportar para o campo do ensino-aprendizagem condições para maximizar a
construção do conhecimento, introduzindo as propriedades do lúdico, do prazer, da capacidade
de iniciação ativa e motivadora. Friedman (2006, p. 45-6), enfatiza a postura do educador
mediante o jogo é importante a fim de alcançar seus objetivos lúdicos, tais como:
Primeira: propor regras, em vez de impô-las; dessa forma, a criança terá possibilidade
de participar de sua elaboração. Segunda: possibilitar a troca a troca de ideias para
chegar a um acordo sobre as regras. Terceira: incentivar a responsabilidade de cada
criança para fazer cumprir a regras e motivar o desenvolvimento da iniciativa,
agilidade e confiança em dizer o que sente e pensa. Quarta: permitir o julgamento de
qual regra deverá ser aplicada a cada situação como forma de promover o
desenvolvimento da inteligência. Quinta: Fomentar o desenvolvimento da autonomia,
em conflitos que envolvam regras, para estimular o desenvolvimento emocional e o
autoconhecimento das crianças. Sexta: possibilitar ações físicas que motivem as
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crianças e serem mentalmente ativas. Sétima: escutar o que a criança tem a dizer,
fortalecendo seus posicionamentos e auto-estima [...]
Portanto, a postura do professor é fundamental para que o jogo torna-se além de uma
forma de prazer, uma ferramenta didática que promova diversos conhecimentos.
Desenvolvendo assim, a autonomia, a linguagem, emocional, conhecimento, o cooperativo, a
interação social com o outro e o ambiente o qual está inserido.
2 METODOLOGIA
Inicialmente foi feita uma pesquisa bibliográfica para situar-se sobre o tema no contexto
em questão. Após a leitura dos textos houve as discussões e reflexões sobre os mesmos. Na
segunda etapa, os jogos foram planejados, selecionados e testados de acordo com o conteúdo
curricular. Em seguida, os jogos foram executados como instrumento de ensino. Na última etapa
houve uma discussão relacionando os textos lidos com a prática vivenciada no programa de
ensino.
3 RESULTADOS
4 DISCUSSÃO
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Sabendo que introduzir os jogos como instrumentos de ensino, como reforço escolar é
uma situação geradora de expectativas e desafios que leva os envolvidos adquirir experiência
nova e enriquecedora da prática docente próximo a nossa realidade. Contudo, o jogo além de
ser uma atividade prazerosa, também é considerada uma atividade lúdica capaz de desencadear
diversos conhecimentos. De acordo com Friedmann (2006) é importante que o professor
conheça o jogo que será aplicado em sala de aula, observando o desenvolvimento e
envolvimento de cada um.
Segundo Smole (2011), o professor antes de levar os jogos para os alunos, é necessário
que o mesmo conheça jogando. Leia as regras e simule jogadas verificando se o mesmo
apresenta situações desafiadoras para seus alunos, se envolve conceitos adequados àquilo que
o mesmo deseja aprender. Assim os jogos são atividades prazerosas, os quais foram utilizados
como instrumento de ensino-aprendizagem. Segundo Piaget et al Friedmann (2006), o jogo é
uma atividade que dá prazer. O prazer lúdico seria a expressão afetiva da adaptação do eu do
indivíduo ao real.
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
SILVA, Maria Alice Setúbal Souza e. Memória e Brincadeiras na cidade de São Paulo nas
primeiras décadas do século XX. São Paulo: Cortez: CENPEC, 1989.
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181
SMOLE, Kátia Stocco. Jogos de matemática de 1º a 5º. Porto Alegre: Artemed, 2007.
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2 METODOLOGIA
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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O brincar é uma atividade essencial para a saúde física, emocional e intelectual do ser
humano. Quando a criança está brincando ela mergulha em um mundo de possibilidades. Neste
espaço ela pode recriar e enfrentar situações por ela vividas no seu cotidiano. É por isso que
todas as crianças precisam usufruir dos benefícios emocionais, intelectuais e culturais que as
atividades lúdicas proporcionam.
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Quando uma criança sofre uma internação hospitalar ocorrem diversas mudanças em
sua rotina diária, há o que poderíamos intitular de uma ruptura do seu desenvolvimento com o
mundo que está a sua volta. “Cada criança internada deixou para trás o mundo das coisas
comuns; os pais, a casa, os irmãos, os bichos de estimação, brinquedos [...]” (VIEGAS, 1999,
p. 101).
Como podemos ver, a brinquedoteca exerce uma importância significativa na vida das
crianças e dos familiares que estão internados, pois ajuda a minimizar os traumas gerados pela
hospitalização, permitindo que a criança, mesmo diante de fatores estressantes, desenvolva suas
potencialidades e sua ludicidade. A criança, longe do contexto de sua casa e de seus familiares,
assusta-se com o novo ambiente, desconhecido, e portanto, um ambiente de brincadeira nos
parece algo familiar para a criança, além de que disporá de um local cheio de estímulos,
brinquedos e jogos.
REFERÊNCIAS
Gil, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5 ed. São Paulo: Atlas,1999.
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1 INTRODUÇÃO
[...] organismo cujo genoma foi alterado pela introdução de DNA exógeno, que pode
ser derivado de outros indivíduos da mesma espécie, de uma espécie completamente
diferente ou até mesmo de uma construção gênica sintética. (p. 297-298).
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2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS
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uso dos mesmos. Cada grupo ficou responsável por ler e debater sobre o texto que receberam.
Essa foi a primeira atividade aplicada com o tema especifico do trabalho “Agrotóxicos e
Transgênicos”, mas a professora regente já vem trabalhando com os alunos o tema alimentação.
4 CONCLUSÃO
Esse trabalho está sendo desenvolvido com os alunos do 3º ano do Ensino Médio da
Escola Rio Branco – Porto Velho/RO. Vale salientar que o projeto ainda está em andamento.
Todavia, o pouco resultado já obtido leva a refletir a importância de trabalhar esses temas
geradores em sala de aula com os alunos. Trabalhar com eles temas relacionados ao cotidiano
deles e inserindo o conhecimento químico é primordial para o desenvolvimento crítico dos
alunos.
Espera-se trabalhar com os alunos oficinas relacionando o tema com o conteúdo de
reações químicas, para que eles possam compreender a necessidade desses conhecimentos para
a vida cotidiana.
REFERÊNCIAS
BORÉM, A.; SANTOS, F. R. Biotecnologia simplificada. 2 ed. Viçosa: Ed. UFV, 2003.
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2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Segundo Abdounur (2006, p.4), “os primeiros sinais de casamento entre a matemática e
a música surgem no século VI a.C.”, quando Pitágoras, por meio do monocórpio efetua a
descoberta da ligação da matemática com a música (2003, p.4), onde testava relações de
comprimentos para produzir intervalos sonoros, percebendo que ao pressionar certo ponto do
cumprimento da corda com relação a extremidade, obtinha-se uma oitava de som original.
A descoberta de leis aritméticas na música representou uma grande vitória intelectual e
uma forte motivação para se tentar explicar o universo através de relações entre números, gerou
também, a possibilidade de usá-la como um recurso didático, presente em nosso dia a dia,
podendo ser utilizada como uma importante ferramenta de ensino, tornando a aprendizagem
mais eficaz.
Leibniz apud Pillão (2009), cita essa relação, descrevendo a música como ‘um exercício
secreto da aritmética:
A música tem o poder de despertar habilidades não desenvolvidas por outras linguagens
e estimular áreas do cérebro, ajudando a desenvolver articulações, onde o aluno poderá
compreender melhor não só os cálculos e a matemática abstrata em si, mas também, aumenta a
possibilidade do indivíduo de ter facilidade maior de aprendizagem também em outras
disciplinas, pois desenvolve diversas habilidades como pensar melhor e mais rápido.
Em uma matéria da revista Ciência e Cultura (2003), onde foi abordado o tema: Arte
estimula o aprendizado da matemática, Antônio Conde, professor da Universidade de São Paulo
– USP, é citado num trecho onde afirma que a convivência entre a arte e a matemática
aumentaria a capacidade de abstração dos estudantes e enfatiza que o lado estético da
matemática é muito forte, a demonstração de um teorema é uma obra de arte.
Segundo Lorenzato apud Grams (2014), a Percepção Matemática dos estudantes se
efetiva a partir de suas experiências e como eles processam tais experiências. É desenvolvida
por meio de situações que aproveitem o conhecimento que o estudante adquiriu antes e fora da
escola, proporcionando condições para um estudo significativo das noções matemáticas.
Em 2008, foi introduzida oficialmente na LDB, a Lei n° 11.769 estabelece a
obrigatoriedade do ensino de Música nas escolas, alterando a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação nº 9.394/96 (LDB), que passou a vigorar acrescida do seguinte §6°: “A música deverá
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ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular de que trata o §2° deste
artigo” (BRASIL, 1996). O §2° da LDB, constitui o ensino da Arte como “componente
curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o
desenvolvimento cultural dos alunos” (BRASIL, 1996). Porém, muitas escolas não
disponibilizam o ensino da música, mas somente a disciplina de artes que envolve todo o
contexto na área de educação artística, muitas vezes por falta de material ou de educadores
aptos.
Desta forma, é importantíssimo:
4 CONCLUSÃO
Com base nas contribuições analisadas, concluímos que a relação matemática e música
trazem inúmeros benefícios no processo de ensino-aprendizagem do aluno, tornando uma
alternativa interdisciplinar trazendo benefícios para ambas as partes, aumentando a capacidade
abstrativa e melhorando o desenvolvimento cognitivo.
Entretanto, é necessário uma maior valorização desta arte nas escolas, pois mesmo
sendo oficialmente estabelecida a lei da obrigatoriedade do ensino da música nas escolas, não
tem sido posto em prática, privando os alunos destes benefícios. Com mais estudos sendo
realizados nessa área e mais análise de seus benefícios, acreditamos que uma atenção maior
será voltada para essa área, podendo assim, proporcionar um ambiente educacional mais
prazeroso para o ensino da matemática, a qual tem sido para muitos um ‘bicho de sete cabeças’,
devido a tantas dificuldades encontradas em sua aprendizagem, logo, compreender este ‘bicho’
de um modo mais diversificado é importantíssimo para a evolução e incentivo para que o aluno
adquira mais conhecimento.
REFERÊNCIAS
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192
Arte estimula o aprendizado da matemática. [On-line]. Vol. 55 no1. São Paulo: CIÊNCIA
E CULTURA, mar. 2003.
BIEMBENGUT, Maria Salett; HEIN, Nelson. Modelagem matemática no ensino. 4.ed. São
Paulo: Contexto, 2007.
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193
2 METODOLOGIA
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Os critérios para participarem da pesquisa foram: ser professor que atua nos anos iniciais
do ensino fundamental lotado na escola que será campo de estudo e aceitar o termo de
consentimento livre e esclarecido.
Inicialmente foi realizada uma reunião com os professores para apresentação do projeto
e orientações de como se dará o desenvolvimento da pesquisa, como também obter o aceite dos
professores. Também já foram iniciadas as entrevistas do os sujeitos pesquisados.
Os instrumentos basilares de coleta de dados são: a) o questionário que será aplicado
fim se obter respostas aos questionamentos levantados a partir da problemática e dos objetivos
específicos e geral deste estudo buscando conhecer como é a prática pedagógicas desses
professores no ensino da matemática; b) A entrevista semiestruturada que buscará levantar
dados sobre os conhecimentos dos professores sobre metodologias do ensino da matemática e
quais as dificuldades que enfrentam ao ensinar matemática; c) A análise dos planos de aula e
atividades aplicadas aos alunos.
Paralelamente a coleta de dados, feita junto aos sujeitos pesquisados, está sendo
realizada uma pesquisa bibliográfica por meio de um levantamento bibliográfico e análise das
contribuições teóricas relativas à Etnomatemática, a fim de compreender e conhecer essa
metodologia no ensino da matemática e como aplicá-la em sala de aula.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A presente pesquisa ainda está em andamento. Já foram realizadas parte das entrevistas
e aplicado os questionários. Também já foi realizado um amplo estudo bibliográfico, mas ainda
não concluído.
Após análise das referências bibliográficas e sugestões apontadas pelos professores e
pela equipe pedagógica será elaborado um plano de ação para efetivar o objetivo desta pesquisa,
inserir dentre outras, a etnomatemática nas práticas e métodos pedagógicos, que será realizado
no espaço escolar a partir do ano de 2016.
Depois de finalizado o plano de ação em versão preliminar, faremos nova reunião, que
será o momento da entrega de cópia do plano de ação para ser analisado e conferir se todos se
sentem contemplados na proposta, bem como a viabilidade da mesma. A partir das discussões
e ajustes propostos e negociados em torno da necessidade e viabilidade da proposta, será então
entregue a versão final à escola para que possa ser desenvolvido no ano de 2016.
É importante entendermos que a Etnomatemática pode colaborar muito para a prática
pedagógica dos professores, visto que como afirma Kinjnik (1993, p.5)
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4 CONCLUSÃO
a sala de aula na qual leciona. A sociedade atual em seu tempo e espaço reclama um professor
com as qualidades de pesquisador, as tecnologias da informação se encarregam de semear novas
informações, estudos, métodos, práticas e pesquisas. Esse fluxo acaba por desencadear uma
série de novos saberes, novas práticas e métodos.
Assim, etnomatemática contribui para “atualizar”, aprimorar e incorporar valores de
cultura global, resumidos na moral, respeito, solidariedade e cooperação. Tornar a educação
matemática em seus múltiplos aspectos, uma educação na qual, todos possam aprender sem
receio.
REFERÊNCIAS
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Este artigo aborda questões sobre a formação do Pacto Nacional pela Alfabetização na
Idade Certa, reforçando a ideia da alfabetização e do letramento.
Abordaremos a importância de trabalhar os gêneros textuais na sala de aula, visando um
ensino e aprendizagem mediados por instrumentos constituídos de signos, levando os alunos a
refletirem e interagirem em situações voltadas para a comunicação.
Nosso objetivo com esse artigo é mostrar aos professores alfabetizadores a relevância
de trabalhar com os gêneros textuais que circulam pelo mundo em que vivemos e que devem
estar inseridos não só fora, mas dentro da escola.
Analisaremos que a capacidade comunicativa da criança pode ser mediada por
atividades com textos, visto que o aluno terá a oportunidade de reconhecer, compreender e
construir novos textos e expressar seus conhecimentos, possibilitando expressar suas
competências comunicativas.
2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A alfabetização e o letramento são assuntos que vem sendo bastante discutidos nos
últimos anos devido à implantação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa que no
ano de 2013 realizou uma formação continuada para os professores alfabetizadores do 1º ao 3º
ano do ensino fundamental nas áreas de Língua Portuguesa, sendo uma das iniciativas do
Ministério da Educação em parceria com o governo federal, estados e municípios para
contribuir no processo de alfabetização das crianças das escolas públicas brasileiras.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com os estudos realizados, podemos contatar que o Pacto Nacional pela
Alfabetização na Idade Certa trouxe aos professores alfabetizadores novos olhares reflexivos
sobre o processo de alfabetizar letrando.
Ao evidenciar a relevância do trabalho com gêneros textuais na escola, notamos que o
professor tem papel primordial na inserção do aluno na sociedade, pois os gêneros são textos
que encontramos na vida dos seres humanos diariamente e se resumem em comunicação.
Os gêneros textuais através da oralidade ou da escrita são instrumentos semióticos,
formados por signos que estabelecem a comunicação, ou seja, são instrumentos de linguagem
expressos na escrita. Ao trabalhar com os diversos gêneros textuais inseridos na sociedade,
permite-se a interação verbal, por isso os professores devem explorar os textos, promovendo a
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200
REFERÊNCIAS
BACKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1953.
FELDMANN, Maria Graziela. Formação de professores e escola na contemporaneidade.
São Paulo: Senac, 2009.
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201
1 INTRODUÇÃO
7
A disciplina foi ministrada pelas professoras Drª Juracy Machado Pacífico e Drª Ana Maria de Lima Souza que
colaboraram neste trabalho com correções e sugestões de escrita.
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202
A pedagogia proposta por Freire (2002, p. 11) estaria "fundada na ética, no respeito à
dignidade e à própria autonomia do educando". E "vigilante contra todas as práticas de
desumanização" (Ibid. p.12). Por meio destes primeiros apontamentos freireanos consideramos
que a prática docente como formadora é aquela comprometida com a ética, com o respeito e
com o outro em suas singularidades. Lutando, então, contra qualquer forma de preconceito ou
discriminação.
Considerando o âmbito escolar, presenciamos a discriminação na segregação de grupos,
no bullying e na falta de cuidado acerca dos aspectos que favoreçam a aprendizagem e a boa
educação: autônoma e libertadora como propõe Freire (2002). Isso porque, conceitos chave
como ética, moral e respeito passaram a serem delegados entre escola e família, governo e
escola, família e instituições, portanto sem consenso tornou-se prática coadjuvante na vida
social. O autor nos esclarece ainda que “o respeito à autonomia e à dignidade de cada um é
imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros” (FREIRE, 2002,
p. 16). Logo:
O professor que desrespeita a curiosidade do educando, o seu gosto estético, a sua
inquietude, a sua linguagem [...]; o professor que ironiza o aluno, que o minimiza, que manda
que "ele se ponha em seu lugar" ao mais tênue sinal de sua rebeldia legítima, tanto quanto o
professor que se exime do cumprimento de seu dever de propor limites à liberdade do aluno,
que se furta ao dever de ensinar, de estar respeitosamente presente à experiência formadora do
educando, transgride os princípios fundamentalmente éticos de nossa existência (FREIRE,
2002, p. 66).
Freire (2002) defende a ideia de que o educador deve buscar essa ética, a qual chama de
ética universal do ser humano, essencial para o trabalho de formador que exerce o docente. E
argumenta que “é por esta ética inseparável da prática educativa que devemos lutar, não
importando se trabalhamos com crianças, jovens ou com adultos” (p. 17-19).
Essa luta na qual Freire insiste corresponde a uma ânsia por transformar a realidade
opressora, desumana, que oprime subjetividades. Ela denota, portanto, o lugar de confronto que
o docente precisa assumir, superando o paradigma da neutralidade, pois enquanto sujeitos
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formadores não são e nem podem ser neutros. “Que é mesmo a minha neutralidade senão a
maneira cômoda, talvez, mas hipócrita, de esconder minha opção ou meu medo de acusar a
injustiça? "Lavar as mãos" em face da opressão é reforçar o poder do opressor, é optar por ele”
(FREIRE, 2002, p. 64). Portanto, esta luta é para que a ética se faça presente na prática
formadora de todos os sujeitos, pois “não foi possível existir sem assumir o direito e o dever de
optar, de decidir, de lutar, de fazer política. E tudo isso nos traz de novo à imperiosidade da
prática formadora, de natureza eminentemente ética” (FREIRE, 2002, p. 30).
Para que o exercício da ética esteja indissociável da prática docente faz-se necessário
que o próprio educador tenha consciência da sua inconclusão, do inacabamento, da
incompletude constitutiva do Ser Humano. Pois só na incompletude é que nos afastamos de nós
e nos permitimos ver e compreender o outro. “É na inconclusão do ser, que se sabe como tal,
que se funda a educação como processo permanente. [...] Não foi educação que fez mulheres e
homens educáveis, mas a consciência de sua de sua inconclusão é que gerou sua educabilidade”
(FREIRE, 2002, p. 34).
Mas de que ética nos fala Paulo Freire em Pedagogia da Autonomia? Esclarecemos:
A ética de que falo é a que se sabe afrontada na manifestação discriminatória de raça,
de gênero, de classe. É por esta ética inseparável da prática, jovens ou com adultos, que
devemos lutar. E a melhor maneira de por ela lutar é vive-la em nossa prática, é testemunhá-la,
vivaz, aos educandos em nossas relações com eles (FREIRE, 2002, p.7/8).
Notamos que a ética se faz nas relações com o outro, no cotidiano, nos contextos, sendo
que ela pressupõe a luta contra práticas de discriminação, nas quais marcadores sociais de
diferenças devem ser percebidos por meio da perspectiva interseccional. Refletir sobre a
diferença por meio desta categoria analítica é propor rupturas na hierarquização das formas de
opressão e sofrimento, o que possibilita compreender demandas identitárias e reivindicações de
atenção diferenciadas de grupos subalternizados, com o intuito de obter reconhecimento, acesso
a direitos e garantia de cidadania (MELO; GONÇALVEZ, 2010).
Freire (2002) alerta que só os seres humanos que se tornaram éticos podem romper com
a ética. Romper com a ética no bojo das relações Étnico-Raciais é contribuir com o racismo por
meio de práticas preconceituosas e discriminatórias que geram efeitos psicossociais na
população negra. Além de negar o lugar de privilégios materiais e simbólicos destinado a
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4 Algumas Considerações
As discussões apresentadas buscam uma luz no fim do túnel que propõe uma solução,
uma tentativa de fortalecer o lado bom das pessoas, um olhar positivo sobre o outro, onde se
busca entendimento e conhecimento, onde aliciaríamos para uma luta não armada, sem sangue,
mas com muita paixão por nossa evolução, para um mundo melhor, para vidas mais equilibradas
e harmoniosas, onde nossos filhos pudessem ser qualquer coisa que pudessem ser, dedicados e
engajados em atividades que proporcionariam satisfação individual e contribuição social.
REFERÊNCIAS
8
Para compreender o conceito de branquitude sugerimos a tese de doutorado de Lia Vainer Schucman (2012),
intitulada: Entre o “encardido”, o “branco” e o “branquíssimo”: Raça, hierarquia e poder na construção da
branquitude paulista.
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1 INTRODUÇÃO
E notório que vivemos num mundo conflituoso no que diz respeito à relação homem-
sociedade-natureza, sobretudo se consideramos, que as mídias de um modo em geral
apresentam a educação ambiental como uma educação puramente explicativa, transmissora de
conteúdos ecológicos e naturalistas. Nesse sentido temas como “preservação ambiental”,
“sociedade sustentável” e “reciclagem” parecem ter se tornado verdadeiros “jargões”, quando
o assunto tem caráter ambiental. Do mesmo modo não podemos negar que nos últimos anos as
questões ambientais vêm ganhando destaque considerando as necessidades de mudanças em
relação à degradação do meio ambiente. Nesse sentido, no âmbito da educação escolar uma
diversidade de questões ainda aguardam por ações, respostas, reflexões e certos
encaminhamentos sobretudo se considerarmos que o grande desafio reside na tentativa de
garantir uma educação ambiental integrada, contínua e permanente. Com base nesta
problemática, este trabalho em andamento, iluminados por pesquisadores como Rojias (2003).
Graça (2014), Nascimento (2014), Tartari et al (2014), Fulan et al (2014,) entre outros, se
propõe em apresentar o resultado parcial de uma pesquisa que tem por objetivo compreender
as praticas de ensino em escolas publicas estaduais localizadas na zona urbana determinadas
pelos de Projetos de Extensão e Pesquisa com foco na Educação Ambiental desenvolvidos nos
últimos 3 anos pela Universidade Federal do Amazonas na cidade de Humaitá..
Se as políticas públicas da educação no Brasil fomentadas pelo Órgão Gestor (OG) da
Política Nacional de Educação Ambiental vêm levando em consideração uma educação
ambiental crítica, participativa, transformadora e emancipatória, a questão que orienta a nossa
investigação se pauta na possibilidade de compreender o teor dos projetos extensionistas e
assim verificar se tais ações vem se pautando em verdadeiras práaticas de sensibilização ou
percepção do ambiente, educação ambiental para a aquisição de Conhecimentos, Valores e
Habilidades para a sustentabilidade ambiental ou se se trata de um trabalho estéreo e
descontextualizado da realidade na qual o individuo está inserido.
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2 METODOLOGIA
3 RESULTADO
Para a construção deste relato de pesquisa nos pautamos na analise de dois projetos de
extensão como se pode observar a seguir.
O primeiro trabalho em análise foi o de Fulan et al (2014, p. 104) com o tema
“Considerações sobre a utilização de jogos pedagógicos no ensino de botânica em uma escola
pública no interior do Amazonas”. Este trabalho extensionista teve por foco a elaboração e
aplicação jogos didáticos de Botânica. Sua metodologia se pautou na utilização da dinâmica
dos jogos pedagógicos (lúdicos) para abordarem o ensino de Botânica em todas as turmas do
ensino médio de uma escola publica da cidade. Tal metodologia apresentou-se como alternativa
extremamente eficiente no processo de aprendizagem, podendo até ser empregada em outros
conteúdos nos quais os alunos apresentem grande dificuldade. De acordo com Furlan et al
(2014, p. 104), em anos anteriores o índice de reprovação foi maior que 70%. Após a aplicação
do jogo “Barabota” – Baralho de Botânica, após uma nova avaliação do índice de
aproveitamento dos estudantes observou-se uma marca de 90% de aprovação na mesma
materia, ou seja o jogo proporcionou uma maior compreensão e possibilitou uma maior
assimilação dos conceitos.
9
Tendo clareza de que toda investigação se inicia por uma questão, dúvida, ou problema, a resposta a esse movimento do pensar
geralmente se atrela a conhecimentos anteriores ou requer a elaboração de novos caminhos referencias e é neste sentido que
segue a nossa investigação amparados pelo método do materialismo histórico dialetico, o que se justifica pelo fato de se
questionar fundamentalmente a visão estática da realidade já que tem por pretensão desvendar o conflito dos interesses
tornando-o marcadamente crítico, pautado num interesse transformador e por práticas de mudança social e política. Vale
lembrar que o enfoque Critico-dialético, no Nível Epistemológico a cerca de seus (critérios de cientificidade) e (concepção de
ciência) se fundamenta na lógica interna do processo e nos métodos que explicitam a dinâmica e as contradições internas (razão
transformadora) dos objetos de pesquisa analisados.(Teixeira, 2010).
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4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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1 INTRODUÇÃO
Diante disso, este texto tem por objetivo apresentar elementos de uma pesquisa em
andamento do Mestrado Acadêmico em Educação da Universidade Federal de Rondônia
(UNIR), campus de Porto Velho. A pesquisa tem como objeto de estudo a formação de
professores da educação básica para a utilização da lousa digital como ferramenta didático-
pedagógica em escolas da educação básica no município de Ji-Paraná |RO.
2 METODOLOGIA
3 ANÁLISE E DISCUSSÕES
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Entendemos que as TIC devam ser utilizadas com critérios e finalidades claros e, de
forma sine qua non, com uma prévia formação do professor, que não deverá ocorrer
de forma aligeirada, sob pena de comprometermos qualquer estratégia que vise à
superação do caos educacional no Brasil.
Para Nakashima (2008), a utilização das TIC na escola não implica em abandonar o giz,
a lousa e o livro, mas incluir recursos tecnológicos que venham proporcionar atividades que
integrem as linguagens orais, escritas e digitais. Essa autora contribui para o entendimento de
que através da lousa digital é possível ampliar a compreensão daquilo que se vê, ouve e se fala.
Ante o exposto, a lousa digital oferece elementos desafiadores para que os (as) docentes
realizem um trabalho dinâmico, inovador e que possibilite realizar mudanças significativas no
desenvolvimento das aulas. Assim, os conhecimentos teóricos elaborados dão conta que as TIC
no ambiente escolar, assim como na sociedade representam um caminho sem volta. Neste
contexto, a lousa digital, aos poucos vem sendo inserida nas salas de aulas, mas é preciso
aprofundar estudos para compreender como esse processo tem se desencadeado no cotidiano
da escola.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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ALMEIDA, José Adolfo Mota de. A lousa digital interativa: táticas e astúcias de
professores consumidores de novas tecnologias. 2014. 95 f. Dissertação (Mestrado) –
Ensino de Ciências e Matemática, Unicamp, Campinas, 2014.
BUENO, José Lucas Pedreira; GOMES, Marco Antônio Oliveira. Uma análise histórico-
crítica da formação de professores com tecnologias de informação e comunicação. Revista
Cocar, Belém, v. 5, n. 10, p. 53-64, 2011.
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A biblioteca por natureza deve ser um espaço de incentivo à leitura, pesquisa e produção
de conhecimento. Porém para que ela desempenhe com eficácia o seu papel, é necessário que
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seja ativa dentro da escola, demonstrando sua importância para o ensino. Cabe aos
bibliotecários estabelecerem um diálogo constante com os diferentes profissionais do ensino,
para que haja sintonia entre o trabalho da biblioteca e as demais atividades da escola. Essa
função da biblioteca não se limita às bibliotecas das escolas de Ensino Fundamental, mas
estende-se a todas as instituições de ensino, pois formar leitores é uma tarefa que não se esgota
em um determinado nível de ensino.
Os Institutos Federais são privilegiados com a presença de bibliotecas e bibliotecários
em todas as suas unidades. No entanto, muitas vezes a omissão tem levado estas a serem apenas
espaços de armazenamento dos acervos nessas instituições.
O papel das bibliotecas escolares e do bibliotecário é atender as necessidades de cada
aluno, apresentando a eles o prazer que a leitura proporciona e a dinâmica do aprendizado por
meio da leitura na biblioteca. Fragoso (1996, p.257) cita o bibliotecário como articulador e
dinamizador de atividades.
Precisamos, dentro de nossas bibliotecas escolares, não de guardiões de acervos, mas de
articuladores de ações dinamizadoras; não de contadores de livros, mas contadores de histórias;
não de estatísticas, mas de qualidade de leitura.
Partindo dessa perspectiva a biblioteca do Instituto Federal de Rondônia – Campus
Cacoal, passou a desenvolver a partir do ano de 2013 ações de incentivo à leitura com a
comunidade acadêmica do campus, sendo uma delas o “Projeto Li e Recomendo”.
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A foto acima é de um dos cartazes que foram expostos no decorrer do ano e traz a
recomendação de uma servidora do campus.
3 RESULTADOS
No decorrer do ano de 2013, foram expostas onze indicações de obras lidas por
professores, servidores técnicos e alunos do campus. A cada nova exposição, os alunos eram
atraídos especialmente pela recomendação feita e procuravam a biblioteca para emprestar o
livro indicado. Algumas vezes a recomendação era de acervo pessoal de algum leitor e a pessoa
disponibilizava o livro para empréstimo na biblioteca. A ação impulsionou o interesse pelos
livros recomendados. Ao final do ano foi aplicado um questionário para avaliar a relevância do
projeto na comunidade, dos 45 respondentes, 99% consideraram o projeto uma excelente
iniciativa de incentivo à leitura e gostariam que fosse dada continuidade. Sendo assim o projeto
continuou ativo até meados do ano 2014, quando a bibliotecária foi removida para outro
campus.
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5 CONSIDERAÇÕES
REFERÊNCIAS
BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. São Paulo: Ática, 2000.
SILVA, Ezequiel Theodoro da. Leitura na escola e na biblioteca. 5. ed. Campinas, SP:
Papirus, 1995.
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1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
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3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Em outra atividade didática, as turmas foram divididas em quatro grupos, nos quais foi
aplicado um questionário prévio de observação de comportamentos dos estudantes e observação
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da parte ambiental da escola. Nesta atividade o grupo deveria observar atitudes e condutas dos
alunos durante o intervalo, relacionadas a desperdício de alimentos; se há sujeira no pátio após
o intervalo; se os alunos repartem o lanche e quantos comem o lanche da cantina e do refeitório.
4 CONCLUSÃO
Este trabalho está em fase de construção. Mas sobre as atividades que foram
desenvolvidas como seminários, análises dos cardápios e elaboração de cardápio de sucos
naturais funcionais, os alunos se mostraram interessados e motivados para desenvolvê-las.
O modo de abordagem do conteúdo químico na experiência aqui relatada favoreceu o
processo ensino-aprendizagem de maneira contextualizada, levando os alunos a refletirem e
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REFERÊNCIAS
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1 INTRODUÇÃO
E notório que vivemos num mundo conflituoso no que diz respeito à relação homem-
sociedade-natureza, sobretudo se consideramos, que as mídias de um modo em geral
apresentam a educação ambiental como uma educação puramente explicativa, transmissora de
conteúdos ecológicos e naturalistas. Nesse sentido temas como “preservação ambiental”,
“sociedade sustentável” e “reciclagem” parecem ter se tornado verdadeiros “jargões”, quando
o assunto tem caráter ambiental. Do mesmo modo não podemos negar que nos últimos anos as
questões ambientais vêm ganhando destaque considerando as necessidades de mudanças em
relação à degradação do meio ambiente. Nesse sentido, no âmbito da educação escolar uma
diversidade de questões ainda aguardam por ações, respostas, reflexões e certos
encaminhamentos sobretudo se considerarmos que o grande desafio reside na tentativa de
garantir uma educação ambiental integrada, contínua e permanente. Com base nesta
problemática, este trabalho em andamento, iluminados por pesquisadores como Rojias (2003).
Graça (2014), Nascimento (2014), Tartari et al (2014), Fulan et al (2014,) entre outros, se
propõe em apresentar o resultado parcial de uma pesquisa que tem por objetivo compreender
as praticas de ensino em escolas publicas estaduais localizadas na zona urbana determinadas
pelos de Projetos de Extensão e Pesquisa com foco na Educação Ambiental desenvolvidos nos
últimos 3 anos por professores vinculados a Universidade Federal do Amazonas na cidade de
Humaitá..
Se as políticas públicas da educação no Brasil fomentadas pelo Órgão Gestor (OG) da
Política Nacional de Educação Ambiental vêm levando em consideração uma educação
ambiental crítica, participativa, transformadora e emancipatória, a questão que orienta a nossa
investigação se pauta na possibilidade de compreender o teor dos projetos extensionistas e
assim verificar se tais ações vem se pautando em verdadeiras práticas de sensibilização ou
percepção do ambiente, educação ambiental para a aquisição de Conhecimentos, Valores e
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2 METODOLOGIA
3 RESULTADO
Para a construção deste relato de pesquisa nos pautamos na análise de dois projetos de
extensão como se pode observar a seguir.
O primeiro trabalho em análise foi o de Fulan et al (2014, p. 104) com o tema
“Considerações sobre a utilização de jogos pedagógicos no ensino de botânica em uma
escola pública no interior do Amazonas”. Este trabalho extensionista teve por foco a
elaboração e aplicação jogos didáticos de Botânica. Sua metodologia se pautou na utilização da
dinâmica dos jogos pedagógicos (lúdicos) para abordarem o ensino de Botânica em todas as
turmas do ensino médio de uma escola publica da cidade. Tal metodologia apresentou-se como
alternativa extremamente eficiente no processo de aprendizagem, podendo até ser empregada
em outros conteúdos nos quais os alunos apresentem grande dificuldade. De acordo com Furlan
et al (2014, p. 104), em anos anteriores o índice de reprovação foi maior que 70%. Com a
utilização frequente do do jogo “Barabota” – Baralho de Botânica, após uma nova avaliação do
índice de aproveitamento dos estudantes observou-se uma marca de 90% de aprovação na
10
Tendo clareza de que toda investigação se inicia por uma questão, dúvida, ou problema, a resposta a esse movimento do
pensar geralmente se atrela a conhecimentos anteriores ou requer a elaboração de novos caminhos e referencias é neste sentido
que segue a nossa investigação amparados pelo método do materialismo histórico dialético, o que se justifica pelo fato de se
questionar fundamentalmente a visão estática da realidade já que tem por pretensão desvendar o conflito dos interesses
tornando-o marcadamente crítico, pautado num interesse transformador e por práticas de mudança social e política. Vale
lembrar que o enfoque Critico-dialético, no Nível Epistemológico a cerca de seus (critérios de cientificidade) e (concepção de
ciência) se fundamenta na lógica interna do processo e nos métodos que explicitam a dinâmica e as contradições internas (razão
transformadora) dos objetos de pesquisa analisados. (Teixeira, 2010).
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mesma matéria, ou seja o jogo proporcionou uma maior compreensão e possibilitou uma maior
assimilação dos conceitos.
O segundo trabalho em análise de autoria do pesquisador Tartari et al (2014, p.1), tendo
por titulo: “Avaliação da qualidade físico-química da água em uma escola localizada ao sul do
amazonas: proposta de ensino e conscientização ambiental” também é fruto de um projeto
extensão (PACE/UFAM) desenvolvido em uma escola pública do nosso município de
Humaitá/AM. Diferente do primeiro trabalho, anunciado anteriormente, a proposta de Tartari
(2014) conta com a participação e seiscentos e trinta alunos de uma outra escola pública da
cidade além da participação ativa de pelo menos de cinco acadêmicos de diferentes cursos de
graduação da Universidade Federal do Amazonas – UFAM/IEAA. A ação deste projeto se
limitou na realização de palestras de sensibilização e de conscientização e educação ambiental
bem como de ações de análise da qualidade da água distribuída na escola. O diagnóstico e a
aplicação da metodologia visou aprimorar o projeto para expandi-lo em outras escolas do
município, aproximando os alunos, de todos os níveis de ensino público, ao campo
universitário. O que nos chamou atenção no relatório deste autor foi a observação dos resultados
obtidos que mostraram que a água consumida na escola é de boa qualidade, mesmo não
havendo um sistema de tratamento adequado no município.
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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2 METODOLOGIA
Os jogos foram aplicados nas turmas de terceiros anos, da E.E.E.M. Major Guapindaia,
no município de Porto Velho – RO, no segundo semestre de 2014, como forma de revisar os
conteúdos já abordados em anos anteriores e reforçar o conhecimento que os alunos possuem.
Os jogos aplicados foram: o “bingo da tabela periódica”, o “resta nem um”, o "pega-varetas", a
“distribuição eletrônica” e a “paródia”.
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3 RESULTADO E DISCUSSÃO
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atividade não ampliou o conhecimento justificou dizendo que usou o conhecimento já adquirido
e o jogo foi importante somente na hora para relembrar o conteúdo.
Analisando a segunda pergunta do questionário, metade dos alunos disse que a maior
dificuldade na realização do jogo foi o conteúdo, porque não sabiam algum dos assuntos que o
jogo abordava. Por exemplo, no jogo do bingo, alguns alunos disseram que não sabiam alguns
elementos da tabela, e que acabam confundindo com outros. Houve alunos também que
apontaram ter muita dificuldade na hora de fazer a distribuição eletrônica de Linus Pauling.A
segunda maior resposta que os alunos apresentaram no questionário, foi que não tiveram
nenhuma dificuldade.
4% 2- Dificuldades
Conteúdo
7% 9%
Nenhuma
33% Organização da gincana
8% Regra do jogo
16% Nervosismo
23% Desunião da sala
Outros
Entre as vantagens, a maioria dos alunos disse que a atividade com os jogos foi diferente
e divertido, nas repostas também eles apresentavam que os jogos possibilitou a chance de
aprender coisas novas. Quanto às desvantagens, mais da metade dos alunos não responderam
ou disseram que não havia desvantagens. Todavia, um número expressivo elencou que a
organização da gincana não foi satisfatória, neste item alguns citaram a falta de tempo, o grande
número de participantes, barulho durante a realização dos jogos, etc.
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3 - Vantagens 3- Desvantagens
8% Nenhuma
6% 6%
Divertido 9% Não responderam
38% Conhecimento 9%
34%
Organização da gincana
18% Trabalho em equipe
Falta de conhecimento
Relebrar assuntos 20%
30% Outros 22% Discussões e competição entre os alunos
Outros
Quanto a última questão, a maioria dos alunos respondeu que os jogos possibilita o
trabalho em equipe. Outra grande parte citou a importância da troca de informações. Apesar de
colocadas em categorias separadas, elas estão ligadas, pois entendemos que a troca de
informação é facilitada pelo trabalho em equipe.
3%
10%
Trabalho em equipe
Troca de informação
51%
36% O grupo aprendeu junto
Outros
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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1 INTRODUÇÃO
O livro Didático é considerado um material essencial para a prática escolar. Apesar das
mais diversas discussões a respeito de sua real influência em sala de aula, ele está presente no
contexto escolar. Inicialmente, tinha-se a cartilha escolar e mais tarde, diversos outros materiais
foram sendo introduzidos em sala de aula. No Brasil, são distribuídos gratuitamente aos alunos
da Rede Básica e Ensino Médio os livros a serem utilizados durante o ano escolar. Além do
acesso ao livro físico, vem-se ampliando esse acesso, através dos mais diversos tipos de
tecnologias, entre elas o livro didático digital. Pergunta-se: Como será o acesso dos alunos a
essa nova ferramenta? Como o livro didático digital poderá melhorar a prática pedagógica? É
o que passaremos a estudar.
2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com o avanço na sociedade em geral que hoje tem acesso aos mais diferentes processos
tecnológicos, vivemos na chamada era da tecnologia de informação e comunicação. A evolução
da informática e tecnologia dá lugar a tendências inovadoras em todos os setores da atualidade
e no contexto escolar é possível ver essa influência cada vez mais crescente.
Se houve um tempo em que o livro lidático era a única ferramenta de interação na
realidade escolar, hoje observa-se uma realidade diferente. Moreira (2013) afirma que
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do Livro Didático (PNLD) prevê a entrega do livro didático digital para o ensino médio da rede
pública a partir de 2015.
O conceito de livros digitais para o Ministério da Educação e Cultura – MEC é o de que
o livro digital terá o mesmo conteúdo e paginação do impresso, incluindo recursos de áudio e
vídeo para interação pelo aluno. Explicando como se dará essa nova ferramenta MEC (2010)
esclarece
Os livros digitais se distinguiram de sua matriz, os livros impressos, pelos recursos que
permitirão estudantes e professores avançar e recuar rapidamente em suas páginas, guiar-se por
um menu, pesquisar palavras-chave ou fazer anotações e marcações. O certo é que alguma
inovação caberá mais aos objetos educacionais digitais, cuja natureza poderá ser vídeo,
imagem, áudio, texto, gráfico, tabela, tutorial, aplicação, mapa, jogo educacional, animação,
infográfico, página web entre outros.
Os livros didáticos digitais permitem aos alunos e professores uma série de inovações
em suas ferramentas e perspectivas de trabalho. Será possível ao professor e aluno utilizarem
diversas ferramentas de acompanhamento e estudo, não se tornando um mero usuário de uma
ferramenta digital, mas que esse recurso possa influenciar no processo de ensino/aprendizagem
do aluno e facilitar o papel de mediação pelo professor.
Ainda existem muitas questões de ordem prática a serem discutidos, como aplicativos e
componentes a serem utilizados, técnicas de divulgação e implantação com sucesso dessas
tecnologias entre alunos e professores; enfim a reconfiguração das práticas pedagógicas. O
Brasil inicia esse processo e sabe dos desafios que irá enfrentar para desenvolver a prática
escolar com o uso das novas tecnologias da informação e comunicação no uso das ferramentas
tecnológicas, em especial o livro didático digital.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As novas tecnologias são uma prova das transformações de práticas sociais e o livro
didático digital é uma ferramenta de acesso à essas novas práticas de leitura, ensino e
aprendizagem no contexto educacional. O livro didático digital oferece muitos recursos
tecnológicos, poderá facilitar o acompanhamento da aprendizagem, melhorar o rendimento
escolar, facilitar o aproveitamento das aulas em razão da interatividade, aumentar a
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233
produtividades dos conteúdos digitais, entre tantos outros benefícios. Sabe-se que as TICs
trouxeram uma revolução para a sociedade em geral e para a escola em especial. O sistema
educacional tanto público quanto privado deverá apresentar soluções a essa nova realidade,
buscando dinâmicas que atendam a esse novo contexto educacional influenciado pela era das
tecnologias.
REFERÊNCIAS
BAIRRO, Catiane Colaço de. Livro Didático: Um Olhar Nas Entrelinhas Da Sua História.
In: VIII Seminário Nacional de Estudos e Pesquisas: história, sociedade e educação no Brasil.
Campinas, SP, 2009.
BUNZEN, JÚNIOR. Clecio dos Santos. Livro didático de língua portuguesa: um gênero do
discurso – Campinas, SP, 2005.
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234
Nos últimos 20 anos, em diversos países do mundo, houve uma intensificação dos
debates em torno da necessidade de mudanças nos sistemas educacionais e na educação escolar
(LIMA E SILVA, 2012)
Os conhecimentos de natureza científica e tecnológica são cada vez mais valorizados na
formação de um cidadão crítico, além de promover a ampliação de sua compreensão do mundo,
preparando-o para ser agente de mudanças. O ensino de Ciências constitui “espaço privilegiado
em que as diferentes explicações sobre o mundo, os fenômenos da natureza e as transformações
produzidas pelo homem podem ser expostos e comparados” (BRASIL, 1999).
Várias tentativas tem sido proposta de desenvolver trabalhos que procuram incorporar
e tematizar, no cotidiano escolar, os problemas postos pela realidade e vivência dos educandos
(LIMA e SILVA, 2012)
Para Chassot (2004), a mudança de paradigma ocorre com abandono de uma tradição
centrada na transmissão de conhecimentos científicos prontos e verdadeiros para alunos
considerados tabuas rasas, cujas mentes vazias precisam ser preenchidas com informações, para
adotarem orientações construtivistas, cuja postura reside na construção e reconstrução ativa por
parte dos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem das disciplinas científicas.
Ou seja, os saberes escolares (nas ciências e em outras áreas do conhecimento) precisam
estar comprometidos com o sentido coletivo da vida e do trabalho produzido com criticidade,
inventividade e responsabilidade ambiental e social (LIMA E SILVA, 2012).
Fora do contexto escolar as interações dão-se ao natural de forma assistemática,
geralmente diante de uma situação concreta do cotidiano das pessoas. Assim acontece a
comunicação, a aprendizagem e o desenvolvimento, diante da situação prática e em interação
com outros sujeitos. Na escola, há interação do ensinar e do aprender e o avanço no
desenvolvimento mental dos estudantes é seu propósito. Temos duas situações, o mesmo
sujeito, embora outros propósitos. Não se muda a natureza humana só porque se está em outro
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235
ambiente cultural e sim revela a mudança nos procedimentos pedagógicos tradicionais nas salas
de aulas (MALDANER et al, 2012).
Os Cursos de graduação, em especial as licenciaturas e no caso específico o curso de
Ciências: Biologia e Química do IEAA e órgãos ligados à educação devem interagir para
melhoria do ensino de ciências, tanto na fundamentação teórica quanto nas habilidades e
competências dos que se formam. Esse contato com as escolas públicas leva uma maior
vivência para o acadêmico no universo escolar.
Este trabalho teve como objetivo despertar o interesse dos jovens para o ensino de
ciências visando atividades experimentais em forma de oficinas, além de contribuir para a
formação dos alunos do curso de Ciências: Biologia e Química do IEAA.
2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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receptividade foi possível perceber o grande interesse por parte do gestor, pedagogo,
professores e em particular pelos alunos onde os mesmos afirmaram que:
Aluno A: “A aula de ciências se torna muito mais interessante, quando usada de maneira
pratica, com instrumentos que usamos no dia-a-dia”.
Acadêmico A: “Através das oficinas tive a oportunidade de ter contato como responsável por
uma sala de aula e pude perceber o entusiasmo que os alunos tiveram com a aula dada, os
mesmos mostravam interesse em aprender sobre os assuntos abordados”.
De acordo com as atividades proposta no projeto foi possível observar, através dos
relatos dos acadêmicos e alunos, que a prática em sala de aula, aliada a diversos métodos de
aprendizagem, em especial as oficinas realizadas através de aulas experimentais, permitiu a
atuações mais consistentes dos licenciados, que adaptaram suas oficinas para séries diferentes
daquelas para a qual a prática foi proposta e ainda assim conseguiram atingir os objetivos
propostos no projeto.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através do projeto foi possível contribuir com a formação acadêmica e com o ensino
aprendizagem, mostrando na forma de experimento o papel principal da ciência que é levar a
explicação dos fenômenos que ocorrem na natureza. Levando o conhecimento científico de
forma mais simplificada em se tratando de alunos do ensino fundamental.
A escola tem como desafio proporcionar o saber cientifica ao alcance dos alunos que
não podem ser enfrentado com as mesmas práticas docentes das décadas anteriores ou da escola
sem qualificação para receber todos os tipos de alunos. E a universidade através do projeto de
extensão, ajudando a escola em formar cidadãos mais crítico e consciente de sua realidade.
Sendo assim, se faz necessário professores bem mais qualificados e atualizados para as novas
tecnologias.
Para a melhoria, não somente do ensino de ciências, mas também da educação como um
todo no Brasil, é imprescindível a participação ativa das instituições de ensino superiores
através de pesquisas e extensão desenvolvidas juntamente com os e acadêmicos e professores.
REFERENCIAS
CHASSOT, Attico. Para que(m) e útil o ensino? 2ª edição, Canoas: Ed. ULBRA, p. 63.
2004.
MALDANER, O. A.; ZANON, L. B.; BAZZAN, A C.; DRIENEYER, P.R.; PRADO, M.C.;
LAUXEN, M. T. C. Currículo Contextualizado na área de ciências da natureza e suas
tecnologias: a situação de estudo. In: ZANON, L. B.; MALDANER, O. A (Org.).
Fundamento e propostas de ensino de química para a educação básica no Brasil. Ed. Unijuí -
Ijuí, 2012.
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238
Uma das disciplinas que mais reprovam na atualidade escolar, a matemática é vista por
muitos alunos como uma montanha de números sem sentido e que “não serve para nada”. A
dificuldade pode surgir devido à abordagem (didática) apresentada pelos professores em sala
de aula, o uso exagerado de vocabulários matemáticos, a aceleração dos conteúdos que atendem
às necessidades dos alunos “com maior capacidade de entendimento”, enquanto que os com
menor capacidade ficam para trás e acabam achando que esta disciplina é “difícil”, chata e para
poucos, que assusta e causa pavor.
Apoiado em uma pesquisa bibliográfica sobre os conceitos de probabilidade, o objetivo
deste estudo é mostrar que a matemática pode ser satisfatória, contextualizada e proveitosa,
quando ensinada de maneiras diversas no ambiente escolar, dando-lhe importância e significado
para sua utilização no dia-a-dia. Assim, é possível demonstrar que a matemática, em especial a
teoria da probabilidade, é um instrumento para resolver problemas e que seu estudo são padrões
abstratos do mundo que nos rodeia.
2 METODOLOGIA
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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Estudar fenômenos como o processo de movimentação das placas que formam a crosta
terrestre e o clima do planeta Terra ou o sobe e desce das bolsas de valores, que funcionam
como termômetro da economia nacional, fazem crescer o papel da matemática para o
desenvolvimento científico e tecnológico do país. O caráter aleatório de fenômenos como estes
exige o desenvolvimento e o aprofundamento de cálculos probabilísticos.
Historicamente o estudo da probabilidade é mais antigo que o tratamento matemático
dos dados que começou com o trabalho de Cardano11.
11
FRANCISCO. História da Teoria das Probabilidades. Disponível em: <http://francisco-
scientiaestpotentia.blogspot.com.br/2015/08/historia-da-teoria-das-probabilidades.html>.Acesso em: 22
setembro 2015.
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A teoria dos jogos é uma teoria matemática criada para se modelar fenômenos que
podem ser observados quando dois ou mais “agentes de decisão” interagem entre si.
Ela fornece a linguagem para a descrição de processos de decisão conscientes e
objetivos envolvendo mais do que um indivíduo, muito utilizada para estudar assuntos
como eleições, leilões, evolução genética, etc.
A teoria da probabilidade tornou-se tão essencial na vida do ser humano que podemos
encontrá-la em vários ramos de diversas ciências como física, biologia, engenharia, dentre
outros.
4 CONCLUSÃO
Este estudo buscou demonstrar alguns dos diversos conceitos e aplicabilidades que a
teoria da probabilidade possui, possibilitando a construção de conhecimento, senso crítico,
observação e a combinação de conteúdos.
É preciso compreender que o ensino da Matemática exige do profissional uma boa
formação em relação aos conteúdos, mas também a conscientização de sua importância na vida
dos jovens e a reflexão de suas práticas pedagógicas. O professor tem que estar em sintonia
com todos os movimentos do seu tempo. A sua didática deve ser reinventada a cada dia. Este é
o grande desafio da educação.
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REFERÊNCIAS
SARTINI, Brígida Alexandre. [et al]. Uma introdução a Teoria dos Jogos - Bahia: USP,
2004. Disponível em: <http://www.ime.usp.br/~rvicente/IntroTeoriaDosJogos.pdf>. Acesso
em: 22 out. 2015.
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1 INTRODUÇÃO
O contexto social atual, cada vez mais vem interferindo na forma de viver das crianças
e adolescentes modificando-lhes os interesses, independentemente de nível econômico ou
classe social. Os saberes têm se constituídos de forma acelerada através de recursos midiáticos,
de comunicação, de diversão, bem como uma exigência cada vez mais crescente de inclusão,
de direito à convivência comum e respeito às diferenças culturais, de comunicação e de
aprendizagens. Diante das novas exigências a escola necessita estar preparada para lidar com
esta diversidade. No entanto, são cada vez mais crescentes as queixas da escola em relação ao
envolvimento dos alunos nos resultados de aprendizagens esperados, sendo a própria escola
apresenta dificuldades em mudar sua prática e oferecer ambientes inovadores que contribui para
sua integração do aluno no mundo permeado pelas novas exigências educacionais.
Este trabalho apresenta-se como análise reflexiva de uma proposta de trabalho
desenvolvida em uma sala de aula no decorrer do primeiro e segundo ano do ensino
fundamental da Escola Estadual Alexandre de Gusmão, no município de Nova Brasilândia
D’Oeste – RO.
O desenvolvimento desta proposta foi motivado pelo desafio de realizar um trabalho em
parceria da professora e intérprete de Língua de Sinais com a professora titular da sala de aula,
com o objetivo de favorecer a introdução na vida escolar de 23 alunos ouvintes e uma aluna
surda que compõe a turma do primeiro ano “A”, através de situações significativas e prazerosas
de aprendizagem dos conteúdos escolares, bem como, promover a acessibilidade de
comunicação através de introdução da Língua Brasileira de Sinais. Nos modelos tradicionais, a
referência necessária de inclusão se pautaria na presença do anormal, da deficiência, da pessoa
como portadora de necessidade educacional especial. Conforme Felipe: “A palavra
“deficiente”, que não foi escolhida por elas para se denominarem, estigmatiza a pessoa porque
a mostra sempre pelo que ela não tem, em relação às outras e, não, o que ela pode ter de
diferente, e por isso, acrescentar às outras pessoas” (2005, p.110). Já na proposta aqui
apresentada, a intencionalidade inclusiva não vem do fato de encontrar-se presente uma
deficiência auditiva, mas sim, de apresentar aos alunos a possibilidade de aprendizagem e uso
de uma língua brasileira reconhecida através da Lei N° 10.436, de 24 de abril de 2002, de
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modalidade visual espacial, integrando o espaço da sala de aula constituída predominante por
falantes da língua portuguesa e assim para garantir o ambiente bilíngue que possibilita a
comunicação e expressão, como também a de construírem suas identidades pautadas em
referencias de respeitos às diferenças através do contato e conhecimento vivenciado com as
riquezas culturais, na promoção do diálogo entre os alunos, suas aprendizagens e a autonomia
crítica para resolver as situações que lhes são colocadas pela sociedade.
A análise da prática pedagógica constitui importantes instrumentos de pesquisa que vão
apurando os olhares para construir as respostas possíveis de confronto desta, com as teorias já
estudadas. Concordo com Nóvoa (1995 p.21) quando diz que “A formação não se constrói por
acumulação de cursos, de conhecimento ou de técnicas, mas sim através de um trabalho de
reflexividade crítica sobre as práticas e de (re)construção permanente de uma identidade
pessoal”. Portanto, quando propomos desenvolver a prática e refletir sobre ela precisamos
compreender que o sujeito principal do aprendizado é o aluno, e consequentemente também
sujeito interativo no processo para quem se destina a organização didática: “Piaget, Freire,
Gardner e Papert são unânimes em reconhecer que o conhecimento decorre das interações
produzidas entre o sujeito e o objeto, de uma interação solidária entre ambos, que se constrói
por força da ação do sujeito sobre o meio físico e social e pela repercussão dessa ação sobre o
sujeito”. (MORAES, 2010, p.161)
Quando os alunos são convidados a participarem ativamente das atividades propostas,
sente-se responsável pelo desenvolvimento, adquire autoconfiança para relacionar as
aprendizagens em outras situações quando solicitados. Todo trabalho em equipe, apresenta
estímulo à interação entre sujeitos e deste com o objeto, desenvolve a autonomia, o professor
passa a ser o orientador e ambos trocam experiências no processo de construção de sentimentos,
de pertença ao ambiente escolar e de significado aos conteúdos das aprendizagens.
2 METODOLOGIA
4 DESENVOLVIMENTO
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No inicio do ano de 2014, a escola se preparava para começar mais um ano letivo. Além
da responsabilidade de conquistar os pequenos alunos apresentando lhes experiências
prazerosas de conquista para a jornada de estudo que se iniciava, havia entre eles, uma aluna
surda a quem a escola deveria fornecer o direito de igualdade de condições de aprendizagem,
de comunicar e de ser feliz na escola. Para esta sala de aula necessitava adequações curriculares.
A ideia surgiu da parceria entre a professora intérprete de LIBRAS e a professora titular da sala
pelo compromisso firmado e planejado de forma que a língua de sinais estaria sendo ensinada
e utilizada no mesmo espaço com a Língua Portuguesa. Ao longo de dois anos, 1º e 2º, foram
realizados projetos envolvendo os conteúdos curriculares com a adaptação para a LIBRAS,
dentre eles o trabalho com a literatura para promover o encontro com a língua portuguesa
escrita, a tradução e interpretação em língua de sinais, a reprodução desta literatura: contos,
fábulas, lendas, poesias dramatizadas em línguas de sinais, o uso de recursos tecnológicos para
a gravação e produção de DVD com o trabalho desenvolvido pelos os alunos, que além da
dramatização das histórias apresentavam a os sinais do campo semântico para que a
aprendizagem se estendesse aos familiares do alunos, ou seja, uma função social que ultrapassa
os muro da escola, o uso da internet para aprendizagens de LIBRAS, através de jogos online
com os recursos que estão presentes no dia a dia dos educandos.
3 RESULTADOS
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A sociedade atual tem exigido cada vez mais diferentes competências, a escola precisa
adequar-se para conquistar os alunos e desempenhar a função educacional e social. Embora
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encontrem dificuldades, os papéis da escola e dos profissionais que nela atua necessitam refletir
sobre a prática e promover com justiça a educação para todos. A escola necessita ser inclusiva
no que se refere à eliminação das barreiras, tanto no aspecto físico, de aprendizagens e
atitudinais. A inclusão quando entendida no coletivo, o trabalho em parcerias, as inovações
possíveis de serem implantadas conseguem tornar a escola atraente para os alunos e obter
respaldos positivos dos pais. O foco maior deve centrar-se nas práticas significativas, pois
quando o aluno aprende e é feliz, a escola representa o espaço que todos os alunos sentem prazer
em estar.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 10.436, 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais –
Libras edição federal. 2002. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm> Acesso em 12 de novembro de
2015.
NÓVOA, Antônio. (org.). Os professores e sua formação. Portugal, Dom Quixote: 1995.
Anexo
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educandos fazem desta forma de ensino, afirmando que não é importante, não reprova, é
complementar e não obrigatória, dentre outras formas de representar socialmente esta relação.
As aulas presenciais, que compõem 04 horas de aula expositiva orientada e 04 horas de
avaliação presencial não são suficientes para chamar o educando para o ensino nesta
modalidade ou para as especificidades da disciplina de Sociologia.
O guia de estudos e os materiais referenciados não estão de acordo com o nível de
compreensão dos estudantes de graduação.
Os educandos, levando-se em consideração hipóteses já supracitadas, não participam
das atividades de forma ativa, levando ao baixo nível de apreensão dos conteúdos e reprovação
na disciplina.
Os educandos não participam das aulas presenciais em sua totalidade, 04 horas de aula,
fazendo-se do uso de participar apenas de 02 horas aula e da avaliação presencial, tendo acesso
à apenas da metade do conteúdo das aulas expositivas, onde é explicada a totalidade do
conteúdo do Guia de Estudos.
Sobre o método de pesquisa, se dará a partir de métodos de pesquisa conceituados no
campo da Sociologia da Educação, sendo este paradigma científico o modelo por excelência
das pesquisas da educação pela perspectiva social. Trataremos de elementos de comunicação
entre indivíduos e instituições e suas relações de poder intrínsecas aos processos educacionais:
relação professor aluno, formação do habitus acadêmico, índice de aprovação e reprovação,
métodos de avaliação, dentre outros.
Esta pesquisa se dará em momentos específicos com múltiplos momentos de
investigação. Nesta seção deste projeto, pretende-se explicar o modus operandi detalhado destas
ações, que serão delimitadas pelo método sociológico. Quando nos remetemos a fala sobre o
método sociológico falamos de Émile Durkheim em seu ímpeto intelectual de dar a ciência da
sociedade um método específico que não perca em nada na relação com as demais ciências que
investigam os diversos objetos na humanidade. A partir desta vontade temos o surgimento da
Sociologia e da Sociologia da Educação.
Partimos da realização da pesquisa a partir do método sociológico, descritos nas obras
clássicas de Durkheim, As Regras do Método Sociológico (2002) e Educação e Sociologia
(1952) e com complementação de Mauss e Condorcet em Ensaios de Sociologia (2001). Estes
autores estabelecerão o método de investigação preliminar e ao mesmo tempo apoiarão as
análises seguintes.
Na pesquisa será realizada a indução e dedução sociológica sobre o campo que será
investigado, preparando o pesquisador para as discussões que serão realizadas a seguir. O
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REFERÊNCIAS
DURKHEIM, Émile. As Regras do Método Sociológico. Porto Alegre: Martin Claret, 2002.
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2 METODOLOGIA PROPOSTA
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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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àqueles com os quais os alunos conviviam fora da escola. (BRASIL, 2012, p. 09, ano
01, unidade 01).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse trabalho contribuiu para responder algumas inquietudes relacionadas aos cadernos
de formação do PNAIC, principalmente no que tange aos encaminhamentos de práticas aos
professores alfabetizadores. Escolhemos três categorias de estudo como os pilares para essa
pesquisa. Primeiramente o currículo, que foi notado, como um referencial de boas práticas que
consolidam o ciclo de alfabetização. A aprendizagem, ora observada, em três dimensões de
ensino e aprendizagem: introduzir, aprofundar e consolidar, respaldada no direito de
aprendizagem durante todo o ciclo de alfabetização e por fim a avaliação em uma perspectiva
qualitativa, mediadora, formativa e contínua.
Portanto, os cadernos de formação do PNAIC acomodam encaminhamentos de um
currículo permeado por práticas pedagógicas inovadoras aos professores alfabetizadores,
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REFERÊNCIAS
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A Educação Integral foi criada em 2007, no governo Lula, pela Portaria de nº 17/2007
– e teve início em 2008, com 1.380 escolas em 55 municípios. A iniciativa das redes estaduais
de Educação instituídos com o propósito de fortalecer o ensino médio. A Educação Integral é
voltada para um público jovem, atendendo a uma quantidade significativa de alunos. O Projeto
vem sendo desenvolvido em várias escolas do Brasil.
Baseando-se nos Parâmetros Curriculares Nacionais, o Projeto trabalha com a formação
do aluno do ensino médio, não somente com os conhecimentos fornecidos pela conclusão dos
conteúdos básicos que são passados pelos professores, mas também com outra modalidade de
conhecimento para que os alunos adquiram clareza na construção do pensamento crítico, bem
como capacidade intelectual para a tomada de decisões. Na busca desse alvo, com aquisições
somatórias de conhecimentos, o Projeto Educação Integral vem com mais opções inovadoras,
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para que o aluno saia com melhor formação, pois este oferece novos recursos em todas as áreas,
principalmente na tecnologia. Diante de situações como a que relata o texto, há a necessidade
de programas e projetos cada vez mais presentes dentro da escola, para evitar que o adolescente
não tenha a curiosidade ou desperte para esse caminho turbulento, que é o da droga.
4 A PESQUISA
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disciplinas. O aluno permanece na escola depois do horário normal da aula, tem alimentação e
lanches nos horários marcados. Participam de maratonas de português e de matemática, outros
eventos esportivos e culturais; tudo feito com participação de todos, ou seja, os alunos ficam
em um ambiente motivador. Tudo é organizado e coordenado pelos professores e
coordenadores do projeto. Muitas vezes, os alunos são levados em ônibus escolar para
realizarem ou participar em outras escolas que desenvolvem o mesmo projeto.
Os entrevistados foram enfáticos afirmando que a Educação Integral completa o ensino
formal ofertando as atividades diversificadas, que visam proporcionar aos alunos a participarem
de um conjunto de experiências esportivas, artísticas, gincanas de língua portuguesas,
Matemáticas, pesquisas cientificas e outras áreas de formação do aluno. A ampliação da
jornada que vem acompanhada de atividades complementares motivou e fez com que a
aprendizagem se tornasse mais significativa a sua vida escolar, além de estar integrada ao
currículo da Base Nacional comum.
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAIS
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AZZI. Roberta Gurgel, Mônica Helena Tieppo Alves Ginfaldoni (orgs.). Psicologia e
educação. São Paulo: Casa do Psicólogo®, 2011. (Série ABEP Formação).
DEMO, Pedro. Politica Social, Educação e Cidadania. 7º Campinas – São Paulo: Papirus,
1994. Coleção Magistério; Formação e Trabalho Pedagógico.
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O que o professor ensina? O que deve ensinar em sala de aula? O que deve dominar e o
que deve saber o professor para que possa em seu cotidiano garantir a si e a sociedade o
entendimento mínimo de que está preparado para ensinar? Pois bem, a academia em seus
esforços permanentes de construir bons docentes têm se preocupado com isso além de envolver-
se com os conceitos, os métodos, as práticas e os currículos, todavia não se pode furtar a si
mesma a responsabilidade de também pensar o sujeito em sua dimensão intensamente subjetiva,
existencial e espiritual, caso isso aconteça deixará esvair de suas mãos a oportunidade de
humanizar a educação e dar a ela mais do que um status institucional, alcançando assim a
profundidade transformadora de agente operante no aperfeiçoamento do ser humano.
Trazemos nesse trabalho a arte literária, especificamente nas obras de Clarice Lispector,
como possibilidade de o professor de língua portuguesa ir além do universo da linguagem e da
escrita, para alcançar junto aos seus alunos espaços íntimos do ser que os possibilitem florescer
na tarefa incessante de conhecimento de si, e nisso contemplar uma das faces mais bonitas da
espécie humana, a singularidade. Isso é possível porque Clarice escreve para além de seu tempo
e do próprio tempo, se faz mãe do mistério da humanidade alcançado por suas personagens,
haja vista escrever não com a preocupação de detalhar coisas, fatos, sentimentos ou situações,
escreve sem a preocupação em representar a realidade na linguagem, escreve construindo
abismos em suas entrelinhas que possibilitam ao leitor o fascínio e o estranhamento, o
conhecimento e o reconhecimento de si e de sua humanidade (JÚNIOR, 1999).
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Segura minha mão, por que sinto que estou indo [...] estou de novo indo para a mais
primária vida divina, estou indo para um inferno de vida crua. Não me deixes ver
porque estou perto de ver o núcleo da vida – e, através da barata que mesmo agora
revejo, através dessa amostra de calmo horror vivo, tenho medo de que nesse núcleo
eu não saiba mais o que é esperança (A paixão segundo G. H., p. 60).
G. H., por meio da barata que lhe propiciou a náusea, alcança uma experiência divina
profunda, chegando ao ponto de ser em Deus e Deus ser em si. Experiência aproximada a de
São Paulo, “[...] já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl, 20, 2); todavia,
enquanto o apóstolo acentua a sua nulidade, elemento necessário para que possa se preencher
de Deus, G. H. nos remete a uma existência sincrônica a existência de Deus; “Quanto mais
precisarmos, mais Deus existe. Quanto mais pudermos, mais Deus teremos. Ele deixa. (Ele não
nasceu para nós, nem nós nascemos para Ele, nós e Ele somos ao mesmo tempo)” (A paixão
segundo G.H., p. 151).
12
Entenda-se aqui transfiguração aquela apresentada por Jorge Luiz Viesenteiner em que articula o
conceito entre as filosofias de Deleuze e Nietzsche onde o acesso à vida pela via experimental nos possibilita
adentrar no mais artístico e criativo do ser. Ver: Nietzsche e Deleuze: sobre a arte de transfigurar. Disponível em
<http://www.scielo.org.co/pdf/difil/v12n18/v12n18a10.pdf> Acessado em 11 de novembro de 2015.
13
Adam define a epifania literária como sendo “a percepção de uma realidade atordoante quando os
objetos súbita iluminação na consciência dos figurantes. Ao dar-se a epifania, a consciência do indivíduo se abre
para outra realidade como sendo a “realidade atordoante” invocada por atos banais do dia-a-dia” (p. 26).
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G. H. continua a descortinar sua experiência com Deus, “Ele não impede que a gente se
junte a Ele e, com Ele, fique ocupado em ser, numa intertroca tão fluida e constante – como a
de viver” (p. 152). O desejo da personagem, bem como o desejo que perpassa todo ser humano
é o de viver, e nisso se resume nossa paixão, quanto mais somos nós, mais Deus alcançamos,
mais vida vivemos.
As personagens de Clarice Lispector são cheias de reflexões, e aqui o professor encontra
elementos maiores para acompanhar seu aluno no processo de encontro com suas próprias
reflexões e angustias de vida, desenvolvendo um sentimento e entendimento que fogem a
ingenuidade das emoções, coisas e fatos. Em seu primeiro romance a autora nos provoca com
a figura de Joana, que se interroga sobre o sentido da vida e o sentido da vida em geral (NUNES,
2009).
Fez-se muitas perguntas, mas nunca pôde responder: parava para sentir. Como nasceu
um triângulo? antes em ideia? ou esta veio depois de executada a forma? um triângulo
nasceria fatalmente? as coisas eram ricas. – Desejaria deter seu tempo na pergunta.
Mas o amor a invadia. Triângulo círculo, linhas, retas... harmônico e misterioso como
um harpejo. Onde se guarda a música enquanto não soa? – indagava-se. E rendida
respondia: que façam harpa de meus nervos quando eu morrer (Perto do coração
selvagem, p. 152).
Embora anseie por respostas na maioria das vezes o leitor encontrará apenas
inquietações, todavia, este movimento dentro da obra de Lispector é importante por nos lançar
em questionamentos que a vida rasa que vivemos hoje poucas vezes nos permite. Mesmo que
saia da leitura sem retorno de uma resposta, o leitor deixará a obra com a angustia essencial de
sua existência.
3 CONCLUSÃO
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263
REFERÊNCIAS
LISPECTOR, C. A paixão segundo G.H.12ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
______. Uma aprendizagem ou livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980.
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264
1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
O estudo se deu em uma abordagem qualitativa através de uma interpretação dos dados
levantados, entendendo que para um desenvolvimento crítico sobre as indagações é necessário
ampliar os campos de conhecimento, pois como diz (HOFFMANN, 2001, p. 41) “desenvolver
é ir à frente, estar em estado de inquietude permanente, fazer e refazer, descobrir novas maneiras
de aprender, novos jeitos de ser”.
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Infância! Palavra doce e cheia de histórias engraçadas, alegres e tristes. Saudade desse
tempo onde à inocência reinava. As recordações da minha infância me levam a relembrar
pensamentos, sonhos e vontades que se perderam com o tempo ou, foram simplesmente
esquecidas, talvez por falta de iniciativa, vontade própria ou até mesmo por falta de apoio. Mas
também me lembrar de como fui e sou amada, os cuidados, os carinhos e as amizades que se
perpetuam até os dias de hoje.
Desde pequena sempre quis ser professora. Levava os restinhos de giz de quadro negro
para a casa e escrevia nas portas e fazia de conta que estava em uma sala de aula e os primos
eram os alunos. Porém, meu pai sempre foi contra a esta minha vontade. Essa atitude me chama
atenção e me estimula a não repeti-la, tirar da criança a fantasia, as expectativas, as alegrias de
sonhar. Quero sim, orientá-las para que possam seguir o melhor caminho.
Hoje, percebo que desde cedo, minha irmã e eu, éramos avaliados quanto à realização
de certas atividades, como por exemplo, andar a cavalo, eu sempre tive medo, mas fazia de tudo
para perdê-lo, para não ser taxada, isso também acontecia nas atividades domésticas.
Observando e refletindo sobre esta situação vejo os conflitos existentes, uma vez que
por sermos todos de uma mesma família tínhamos e ainda temos modos diferentes de nos
relacionar, de executar determinadas atividades, acho injusto comparar tais atitudes sem mesmo
se fazer uma prévia sobre os conhecimentos adquiridos por cada um.
Infelizmente tal circunstância está presente no dia a dia, as avaliações são realizadas
muitas vezes sem levar em consideração os pressupostos de conhecimento de cada participante.
E para piorar são realizadas sem nenhum sentido, são vazias de conteúdos, caso houvesse um
determinado fim seria de grande valia para aperfeiçoar quem está envolvido, caso isto não
aconteça causa danos à pessoa que se não for bem trabalhada gera consequências em toda sua
vida em relação a comparações e avaliações, se sentindo inferiorizada a todo o momento.
Enfatizei este recorte da minha infância por julgar pertinente em relação às avaliações
realizadas nas instituições escolares, onde estas se fazem presente como forma de
acompanhamento do desempenho do aluno, mas como alerta LUCKESI em suas obras sobre o
tema, comumente se examina ao invés de avaliar.
Ainda no ensino fundamental meus pais decidiram mudar de cidade, fui com muita
tristeza tinha apenas 9 anos e cursava a 5° série, chegando lá não me senti a vontade com a nova
turma e principalmente com a professora, sentia rejeição por parte dela, e nossa relação não foi
boa, em decorrência disso minhas notas caíram, meu rendimento escolar desandou e minha Mãe
sempre era solicitada na escola, eles alegavam minha dificuldade por ser muito tímida.
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Não havia diálogo entre nós, me recordo que a professora só passava o conteúdo e como
eles eram mais avançados do que a escola anterior ficava em dúvida e sempre procurava
respostas e a mesma se dirigia a mim com formas opressoras o que me minimizava, e por ser
uma criança, apresentava dificuldade de lidar com esta situação.
Assim que conclui a série meus pais resolveram me trocar de escola, e para minha
surpresa conheci uma educadora sensacional professora Cristiane, que me recebeu com muito
carinho, transformando suas aulas em momentos inesquecíveis, a atenção, o respeito, o estímulo
que a nós oferecia, nos deixava encantados e super animados a estudar.
Como eu havia ficado um ano com dificuldade nos estudos não conseguia fazer textos,
mas com todo seu empenho e dedicação me fez reconhecer que seria capaz, me incentivava,
procurava sempre meus pais para conversar de forma a criar um vínculo e uma parceria. E no
final do 1° bimestre da 6° série fiquei em segundo lugar em um concurso de redação das escolas
municipais de Ji-Paraná. “A prática educativa é tudo isso: afetividade, alegria, capacidade
científica, domínio técnico a serviço da mudança [...]” (FREIRE, 1996, p. 90).
Cabe salientar a necessidade de uma avaliação que contribua para a formação do
educando, pois o avaliador em sua ação pedagógica cultiva nos alunos a semente do saber, da
inquietação, da curiosidade. No decorrer da minha escolarização me deparei com várias formas
de avaliações, no entanto a que se fez mais presente foi a que se denominada “somativa”, isso
porque, não havia uma preocupação em realizar um diagnóstico como base para se organizar
as atividades de aprendizagem de acordo com os conhecimentos já construídos.
Quando iniciei o curso de pedagogia tinha em mente zerar o cronometro e começar uma
nova história em minha vida escolar, contudo não posso fugir do passado, uma vez que são
estas as questões que irão nortear meu trajeto, me possibilitando tomar consciência quanto as
minhas atitudes não apenas em sala de aula, mas em todos os locais.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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inovando de acordo com as novas tendências da educação, sem perder de vista o contexto
histórico da educação.
Reconhecer a necessidade de se identificar as reais intenções de examinar e avaliar o
educando e ter claro a necessidade de me auto avaliar. Aprender a lidar com diferentes perfis é
decisivo neste contexto, lembrando que “a forma de agir do professor revela um compromisso”
(CUNHA, 1989, p. 70). Enfim a avaliação se faz presente em todo momento de nossas vidas,
como seres humanos estamos em constante modificação e para tanto procuramos nos avaliar
com o intuito de criar novos instrumentos que nos possibilite aperfeiçoar nossas habilidades,
competências e nos reinventar quando preciso, concordando que “quanto mais me torno capaz
de me afirmar como sujeito que pode conhecer tanto melhor desempenho minha aptidão para
fazê-lo” (FREIRE, 1996, p. 78).
REFERÊNCIAS
CUNHA, Maria Isabel da. O bom professor e sua prática. São Paulo: Papirus, 1989.
HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. 10. ed. Porto Alegre:
Mediação, 2001.
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1 INTRODUÇÃO
Este artigo aborda questões sobre a formação do Pacto Nacional pela Alfabetização na
Idade Certa, reforçando a ideia da alfabetização e do letramento.
Abordaremos a importância de trabalhar os gêneros textuais na sala de aula, visando um
ensino e aprendizagem mediados por instrumentos constituídos de signos, levando os alunos a
refletirem e interagirem em situações voltadas para a comunicação.
Nosso objetivo com esse artigo é mostrar aos professores alfabetizadores a relevância
de trabalhar com os gêneros textuais que circulam pelo mundo em que vivemos e que devem
estar inseridos não só fora, mas dentro da escola.
Analisaremos que a capacidade comunicativa da criança pode ser mediada por
atividades com textos, visto que o aluno terá a oportunidade de reconhecer, compreender e
construir novos textos e expressar seus conhecimentos, possibilitando expressar suas
competências comunicativas.
2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A alfabetização e o letramento são assuntos que vem sendo bastante discutidos nos
últimos anos devido à implantação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa que no
ano de 2013 realizou uma formação continuada para os professores alfabetizadores do 1º ao 3º
ano do ensino fundamental nas áreas de Língua Portuguesa, sendo uma das iniciativas do
Ministério da Educação em parceria com o governo federal, estados e municípios para
contribuir no processo de alfabetização das crianças das escolas públicas brasileiras.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com os estudos realizados, podemos contatar que o Pacto Nacional pela
Alfabetização na Idade Certa trouxe aos professores alfabetizadores novos olhares reflexivos
sobre o processo de alfabetizar letrando.
Ao evidenciar a relevância do trabalho com gêneros textuais na escola, notamos que o
professor tem papel primordial na inserção do aluno na sociedade, pois os gêneros são textos
que encontramos na vida dos seres humanos diariamente e se resumem em comunicação.
Os gêneros textuais através da oralidade ou da escrita são instrumentos semióticos,
formados por signos que estabelecem a comunicação, ou seja, são instrumentos de linguagem
expressos na escrita. Ao trabalhar com os diversos gêneros textuais inseridos na sociedade,
permite-se a interação verbal, por isso os professores devem explorar os textos, promovendo a
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REFERÊNCIAS
BACKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação?. 8. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.
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272
Desde a síncrese (“uma visão caótica do todo”) à síntese (“uma rica totalidade de
determinações e de relações numerosas”) pela mediação da análise (“as abstrações e
determinações mais simples”) constitui uma orientação segura tanto para o processo
de descoberta de novos conhecimentos (o método cientifico) como para o processo de
transmissão-assimilação de conhecimento (o método de ensino). (SAVIANI, 1999)
2 METODOLOGIA
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273
Nosso planejamento foi realizado com método histórico critico (GASPARIN). Com
objetivo de estimular e ampliar a compreensão da importância da matemática e como ela está
inserida no seu cotidiano, de uma forma lúdica e prazerosa, fazendo com que a aprendizagem
aconteça espontaneamente. E duas vezes por semana, especificamente as terças e quintas feiras
fomos aplicar esse planejamento na sala de aula para essa turma que tinha 23 alunos.
Durante a aplicação do planejamento, os alunos Mantiveram-se sempre receptivos e
determinados a realizarem todas as atividades, nosso objetivo foi fazer com que os alunos
compreendessem a matemática aliada a realidade do seu dia a dia de forma lúdica, ampliando
sua capacidade crítica e favorecendo uma aprendizagem significativa. Entre os temas abordados
falamos sobre os números ordinais, unidade monetária e as formas de medir o tempo. Nesse
processo de realização trabalhamos também a socialização, trabalho em equipe, memorização,
coordenação motora fina e ampla, equilíbrio, lateralidade, percepção temporal e espacial,
através de atividades relacionadas aos dias meses e anos ao final realizamos um passeio na feira
livre, onde mostramos a rotina do feirante, como trabalhavam, vendiam e compravam suas
mercadorias com demonstrações de compra e venda além de ensinarmos como poupar, escolher
produtos de qualidade e então realizamos um piquenique com as frutas compradas pelos alunos
durante o passeio.
Ao final deste projeto realizamos uma exposição com todas as atividades produzidas
pelos alunos, percebemos que as crianças das outras turmas também queriam saber se iriam
fazer as mesmas atividades com seus professores.
Na última aula perguntamos aos alunos o que eles aprenderam se gostaram das aulas, o
que cada um gostou mais de fazer, se lembravam de tudo que tinham visto em um mês de aula.
Criamos uma vinculo de afetividade e respeito com os mesmos, cada um tinha uma forma de
aprender, compreender e aplicar aquele conhecimento a sua pratica uns eram mais rápidos,
outros eram mais lentos, alguns precisavam de ajuda, mas todos concluíram todas as atividades
propostas a eles.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Foi realizada uma entrevista com a professora da turma de segundo ano, onde a mesma
respondeu um questionário com as seguintes questões:
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existiu um maior aproveitamento quanto ao cotidiano do aluno, caracterizado pela sua rotina, e
a ligação com a sua realidade familiar.
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
SAVIANI, Demerval. Escola e democracia – 39ª. Ed.- Campinas, SP: Autores associados,
2007 (Coleção Polêmicas do Nosso tempo; vol. 5).
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1INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
9394/96, Artigo 26, Parágrafo 3° que a insere como componente curricular desde que integrada
à proposta pedagógica das escolas.
As propostas acadêmicas mais voltadas à emancipação dos sujeitos por meio da
valorização de suas distintas corporeidades são recentes na história de implementação da
educação física no Brasil. No início do século XX, as abordagens da Educação Física eram
voltadas às atividades militaristas e higienistas, marcadas por realização de exercícios físicos
nos moldes da medicalização do corpo, tendo como foco um corpo “disciplinado e ordeiro”,
que servisse à classe dominante (CAPARROZ, 2005).
Essa forma de Educação Física foi mudando ao longo dos anos, passando por atividades,
esportivas, técnicas, táticas, competições, entre outros. O inconformismo por parte dos teóricos
da área com essas atividades excludentes fez chegar a uma “reformulação” da Educação Física,
que se iniciou na década de 1980, a partir de teorias/abordagens apontadas pelos pesquisadores
da disciplina de cunho crítico e não-crítico, na qual se baseiam os conteúdos da cultura corporal
de movimento, sendo o jogo, o esporte, as lutas, as ginásticas e as danças (DARIDO, 2014).
Os Estudos Culturais, por sua vez, aparecem como um “novo” campo teórico
possibilitando o estudo da cultura, identidade, gênero, diversidade, entre outros, tendo como
referência não somente a cultura erudita, mas a cultura de massa ou popular (SILVA, 2012;
ESCOSTEGUY, 2010), sendo seus principais autores Stuart Hall e no Brasil, Tomaz Tadeu da
Silva. Entendemos que a partir destas reflexões propostas pelos estudos culturais às ações no
campo da educação podem se tornar mais eficazes no sentido da inclusão e acolhimento das
diferenças.
Dentro do contexto escolar, os Estudos Culturais não são especificamente uma
disciplina de base comum, assim como, o português e matemática, entretanto, são
interdisciplinares e às vezes “anti-disciplinares”, assegurando uma relação permanentemente
desconfortável com as disciplinas acadêmicas, pois seu diálogo não é convencional (SILVA,
2012). Assim, os Estudos Culturais travam uma batalha para não tornar-se uma disciplina
curricular comum.
Os Estudos Culturais surgem a fim de discutir, pesquisar e estudar as várias culturas,
buscando o debate entre essa pluralidade cultural e os grupos que fazem parte dela, dando voz
aos menos privilegiados da sociedade que muitas vezes são silenciados como a cultura infantil,
gay, portadores de necessidades especiais, entre outros. Esse debate abre espaço às pessoas
comuns, às pessoas do povo e que representam o povo, para que essas possam compartilhar
seus conhecimentos e interesses (NEIRA, 2011).
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4 CONCLUSÃO
A educação física a partir da década de1980 tem buscado uma nova forma de se fazer
nas escolas. Os teóricos e pesquisadores da área sentiram a necessidade de uma educação física
voltada a todos na escola e não somente aqueles que possuem aptidão física.
Nessa perspectiva podemos afirmar a importância de se desenvolver uma educação
física que contemple a todos, levando em conta seu contexto histórico e social, sua cultura e os
aspectos fisiológicos, cognitivos e afetivos.
Os conteúdos desenvolvidos a partir da cultura corporal de movimento sendo as lutas,
danças, jogos, brincadeiras e os esportes abrem um leque de possibilidades de desenvolver essa
aproximação que há entre a educação física e os estudos culturais, pois possibilita as vivências
a partir de uma ótica de pluralidade cultural, respeitando assim a individualidade de cada um.
REFERÊNCIAS
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DARIDO, S. C.; RANGEL, I.C.A. Educação física na escola: implicações para a prática
pedagógica. 2 edição. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan S.A., 2014.
ESCOSTEGUY, A. C. D. Cartografias dos estudos culturais – uma versão latino-
americana. Ed. On-line. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.
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Disponível em < www.saas.etec.ufsc.br > Acesso em: 30 de jul. de 2015.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
Atualmente, é cada vez mais crescente a demanda de cursos formais e informais por
meio da modalidade de Educação à distância. O know-how brasileiro nessa modalidade de
educação, público e privadas, foram diversos e representaram, nos últimos tempos, a
mobilização de grandes contingentes financeiros. Entretanto, embora progressos
extraordinários tenham ocorrido nas últimas décadas, ainda resta uma longa estrada a percorrer
para que a Educação à distância consiga ocupar um espaço de evidência no meio educacional,
em todos os níveis, vencendo inclusive o preconceito.
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3 METODOLOGIA
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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Onília Cristina de Souza de. Evasão em curso a distância: análise dos motivos de
desistência. Dissertação de Mestrado, UnB, 2008. Disponível em
<http://www.unb.br/face/ppga/arquivos/dissertacoes/Evasao_em_Cursos_a_Distancia.pdf> Acesso em
29 de Jul. 2015.
CISLAGHI, Renato; NASSAR, Silvia Modesto; WILGES, Beatriz. Sistema de avaliação e apoio à
qualidade do ensino a distância. Disponível em: <http://moodle.saas.etec.ufsc.br/saas/moodle>
Acesso em: 30 de Jul de 2015.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
LAKATOS, Eva M.; MARCONI, Marina de A. Técnicas de pesquisa. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
MAIA, C.; J. MATTAR. ABC da EaD: a Educação a Distância hoje. 1. ed. São Paulo: Pearson. 2007.
MERCADO, Luis Paulo Leopoldo. Dificuldades na educação à distância online. Universidade Federal
de Alagoas, 2007.
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285
O presente trabalho tem o intuito de expor resultados de uma pesquisa que visa um
melhor entendimento ao que concerne o método pedagógico utilizado na AMA (Associação de
Pais e Amigos do Autista de Rondônia). A instituição tem como objetivo estabelecido no seu
artigo 1º de seu estatuto promover o desenvolvimento e a integração social das pessoas com
Transtorno do Espectro Autista (TEA). A instituição está preparada não somente com
profissionais especializados, mas também pessoal de apoio e toda parte física para atender as
crianças.
Diante disto as pesquisas realizadas procuram demonstrar que muitas situações pelas
quais as famílias que tem em seu convívio uma criança com esse tipo de transtorno procuram
apoiarem-se umas nas outras buscando na lei uma garantia para se fazer cumprir o acesso, bem
como o acompanhamento pelo profissional especializado e ainda livrá-la de toda forma de
discriminação. Assim não nos cabe aqui uma crítica, mas, uma maneira de garantir que essas
crianças tenham acesso a uma educação e toda assistência que a lei lhe assegura.
2 METODOLOGIA
O presente estudo iniciou-se com uma pesquisa teórica sobre o Transtorno do Espectro
do Autismo (TEA) no qual foi realizado um seminário, pesquisa bibliográfica e uma pesquisa
de campo na AMA (Associação de Pais e Amigos do Autista de Rondônia), onde foi realizada
uma entrevista com a coordenadora pedagógica da instituição, no segundo semestre de 2015. A
metodologia da pesquisa constitui uma abordagem qualitativa.
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Teve como fundamentação teórica: na Lei nº 12. 764, de 27 de Dezembro de 2012, lei
que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro
Autista.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Este tópico visa apresentar os dados coletados na pesquisa de campo, bem como discutir
os resultados, a partir do referencial teórico que trata o autismo e o método aplicado pelos
professores.
A instituição trabalha com o método TEACCH (Treatment and Education of Autistic
related Communication-handicapped Children) é um programa estruturado que combina
diferentes materiais visuais para organizar o ambiente físico através de rotinas e sistemas de
trabalho, de forma a tornar o ambiente mais compreensível, esse método visa a independência
e ao aprendizado do aluno. O objetivo do método TEACCH é capacitar os alunos portadores da
Síndrome do Espectro de Autismo e para chegar a fase adulta com o máximo de independência
possível, portanto é possível o autista compreender o mundo, adquirir habilidades de
comunicação e propiciar a interação com as outras pessoas.
Ressaltamos que os alunos precisam de um ensino individual, pois cada um tem o seu
tempo para construir e consolidar o conhecimento adquirido de acordo com o nível de
desenvolvimento cognitivo. O método trabalha com o plano educacional individual de cada
aluno, no qual cada aluno tem um plano com objetivos, conteúdos, estratégias e conhecimentos
a serem alcançados. A coordenadora relata que: “se a criança chega a instituição com um
comportamento que extravasa o que está sendo proposto é primeiro trabalhado o lado
comportamental do aluno”. Para colocar em prática o que está sendo proposto pela instituição
o aluno deve estar preparado para os novos desafios que lhe esta sendo apresentado.
A perspectiva histórico-cultural propõe trocas e relações que potencializam o sujeito,
num processo de significação da sua presença no mundo a partir dessa relação estabelecida com
o outro. Tomando como base o pressuposto de que a relação com o outro constitui o sujeito e
potencializa o seu desenvolvimento, num processo de significação da sua presença no mundo
(VYGOTSKI, 1998). A prática pedagógica nos ajuda a criar alternativas de estímulos para que
o autista venha a se desenvolver e criar habilidades que muitas vezes estão encubadas dentro
de si. Sendo assim, a AMA conta com professores que utilizam da sua prática pedagógica um
meio de criar novos mecanismos para a elaboração e efetivação de conteúdos. Desta maneira
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observamos que a reação das professoras durante a prática docente, ao se deparar com
o progresso do aluno se orgulham com os avanços dos alunos, pois para o aluno autista é um
desafio que foi concluído com sucesso.
É de fundamental importância salientar o objetivo alcançado pelo aluno autista, pois é
consequência do trabalho que já vinha sido realizada pelo professor com o aluno, sem jamais
esquecer que cada criança é diferente uma da outra, cada criança tem seu tempo de maturação
e esse processo de estímulo e resposta deve ser considerado.
Diante dos relatos da coordenadora e professoras sobre o progresso do aluno autista,
este condiz com o objetivo que o método TEACCH proporciona.
Pode-se perceber que poder público faz sua ajuda superficialmente a certas instituições,
destacando assim a AMA como uma entidade carente. Deste modo, as famílias são as principais
responsáveis para o desenvolvimento do local de acolhimento, onde fazem parte discretamente
do quadro de funcionários, tendo em vista que não são pagos pelo trabalho.
De acordo com a Lei 12. 764, a AMA corresponde em seus aspectos, dando direito ao
autista ao que concerne o Art. 3º garantindo direitos da pessoa com transtorno do espectro
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autista. Entretanto, o poder público não tem um olhar voltado para as necessidades da pessoa
com autismo como deveria ter, a instituição conta com um local cedido para a sua efetivação,
com doações de parceiros, dois professores cedidos pelo Estado e Município, mas muita coisa
ainda precisa ser melhorada para o melhor atendimento destes alunos, pois o índice de autista
sem o diagnostico é cada vez maior.
REFERÊNCIAS
VIGOTSKY, L.S. Pensamento e Linguagem. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
BRASIL. Lei 12.764 de 27 de Dezembro de 2012.
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1 INTRODUÇÃO
A Educação Física escolar tem como objetivo principal, abordar conteúdos que fazem
parte da Cultura Corporal de movimento. Buscando o melhor entendimento do termo, entende-
se Cultura Corporal de movimento como uma construção social de tudo que é produzido por
uma determinada sociedade. No centro desse mundo de cultivos da cultura corporal de
movimento, os jogos e brincadeiras, os esportes, as danças, as ginásticas e as lutas, passaram
incorporar a Educação Física como objetos de ação e reflexão (BRASIL, 1998, p. 27). Embora
os conteúdos sejam diversificados, há uma predominância do trabalho com práticas esportivas
nas aulas de Educação Física. O esporte que envolve práticas lúdicas socialmente
institucionalizadas se projeta numa dimensão que envolve difíceis códigos, sentidos e
significados por parte do ambiente social que os cria e pratica (COLETIVO DE AUTORES,
2009, p. 69-70). A utilização das práticas diferenciadas de ensino-aprendizagem como o
interclasse possibilita um vivencia diferencia dos conteúdos, por serem capaz de proporcionar
a aplicação em situações problemas. Por isso é importante entender se o interclasse pode ajudar
os alunos a entender melhor os conteúdos esportivos trabalhados na Educação Física.
2 MATERIAIS E MÉTODOS
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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A competição é um dos conteúdos do esporte, logo a escola não pode negar nem o
esporte e nem a competição. Porque ambos emanam e compõem a essenciabilidade
complexa de um fenômeno sócio-cultural. (REVERDITO, et al. p. 43. 2008).
De acordo com Palma et al. (2009) a instituição escolar precisa considerar que os alunos
sempre serão capazes de adquirir novos conhecimentos, independente do seu desenvolvimento
e atual localidade. O foco da preocupação deve estar voltado para a qualidade da construção,
relações e coordenações entre os traçados que a criança forma.
Por ser uma atividade que exige mais que um simples fazer, ou reprodução de
movimentos, os jogos interclasse pode proporcionar um aprendizagem significativa. Segundo
(Leonardi; Galatti; Paes, 2006) quando consideramos as possibilidades próprias ao esporte,
durante o processo de aquisição do conhecimento através da vivência prática, visamos à
formação integral do aluno.
4 CONCLUSÕES
Os dados obtidos na pesquisa mostrou que os jogos interclasse possibilitam que meninos
e meninas a compreenda melhor os conteúdos trabalhos na Educação Física. A dinâmica de
interação que relaciona teoria e prática proporciona a base de sustentação para a construção de
um conhecimento sólido. Devido a sua aplicação prática em situação real de jogo. Por isso é
importante que as escolas não só estimulem, como proporcione momentos como esses.
REFERÊNCIAS
FILHO, L. C. et al. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo. Editora Cortez.
2009. p. 69-70. 2ª edição revisada.
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Felicidade não no sentido de alegria, nem relacionada a autoajuda, mas no contexto de bem-estar subjetivo,
equilíbrio, harmonia interior.
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necessário pensar uma escola comprometida com as virtudes humanas e suas positividades,
sendo capaz de motivar o aluno para o processo de aprendizagem, bem como para a consecução
dos seus objetivos e sonhos autênticos.
Nosso objetivo aqui não é o tratar minuciosamente sobre o impacto da Psicologia
Positiva dentro da educação, mas de apresentar possibilidades que estimulem a utilização de
novos conhecimentos, que a ciência psicológica tem produzido nos últimos anos e que estão a
serviço do nosso desenvolvimento cognitivo e humano. Experiências norte americanas têm
alcançado sucesso na aplicação da Psicologia Positiva na promoção de fluxo em sala de aula,
bem como o aproveitamento dos pontos fortes das crianças para ajudar a sua aprendizagem e
desenvolvimento (LINLEY et al. 2009), ou seja, valorizar os aspectos bom do ser humano e
motivá-lo a aperfeiçoar suas boas competências é promissor para se educar e formar pessoas.
REFERÊNCIAS
PALUDO, Simone dos Santos & KOLLER, Silvia Helena – Psicologia Positiva: uma
abordagem para antigas questões. 2007. In: Paidéia. Disponível em: <
www.scielo.br/Paideia> Acesso em: 06 jun 2013.
PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar: convite à viagem. Porto Alegre:
ArtMed, 2000.
SELIGMAN, M.; ERNSTB, R.; GILLHAMC, J.; REIVICHA, K.; LINKINS, M. Positive
education: positive psychology and classroom interventions, V.35, N. 3, p. 293-311, 2009.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
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4 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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9394/96, Artigo 26, Parágrafo 3° que a insere como componente curricular desde que integrada
à proposta pedagógica das escolas.
As propostas acadêmicas mais voltadas à emancipação dos sujeitos por meio da
valorização de suas distintas corporeidades são recentes na história de implementação da
educação física no Brasil. No início do século XX, as abordagens da Educação Física eram
voltadas às atividades militaristas e higienistas, marcadas por realização de exercícios físicos
nos moldes da medicalização do corpo, tendo como foco um corpo “disciplinado e ordeiro”,
que servisse à classe dominante (CAPARROZ, 2005).
Essa forma de Educação Física foi mudando ao longo dos anos, passando por atividades,
esportivas, técnicas, táticas, competições, entre outros. O inconformismo por parte dos teóricos
da área com essas atividades excludentes fez chegar a uma “reformulação” da Educação Física,
que se iniciou na década de 1980, a partir de teorias/abordagens apontadas pelos pesquisadores
da disciplina de cunho crítico e não-crítico, na qual se baseiam os conteúdos da cultura corporal
de movimento, sendo o jogo, o esporte, as lutas, as ginásticas e as danças (DARIDO, 2014).
Os Estudos Culturais, por sua vez, aparecem como um “novo” campo teórico
possibilitando o estudo da cultura, identidade, gênero, diversidade, entre outros, tendo como
referência não somente a cultura erudita, mas a cultura de massa ou popular (SILVA, 2012;
ESCOSTEGUY, 2010), sendo seus principais autores Stuart Hall e no Brasil, Tomaz Tadeu da
Silva. Entendemos que a partir destas reflexões propostas pelos estudos culturais às ações no
campo da educação podem se tornar mais eficazes no sentido da inclusão e acolhimento das
diferenças.
Dentro do contexto escolar, os Estudos Culturais não são especificamente uma
disciplina de base comum, assim como, o português e matemática, entretanto, são
interdisciplinares e às vezes “anti-disciplinares”, assegurando uma relação permanentemente
desconfortável com as disciplinas acadêmicas, pois seu diálogo não é convencional (SILVA,
2012). Assim, os Estudos Culturais travam uma batalha para não tornar-se uma disciplina
curricular comum.
Os Estudos Culturais surgem a fim de discutir, pesquisar e estudar as várias culturas,
buscando o debate entre essa pluralidade cultural e os grupos que fazem parte dela, dando voz
aos menos privilegiados da sociedade que muitas vezes são silenciados como a cultura infantil,
gay, portadores de necessidades especiais, entre outros. Esse debate abre espaço às pessoas
comuns, às pessoas do povo e que representam o povo, para que essas possam compartilhar
seus conhecimentos e interesses (NEIRA, 2011).
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4 CONCLUSÃO
A educação física a partir da década de1980 tem buscado uma nova forma de se fazer
nas escolas. Os teóricos e pesquisadores da área sentiram a necessidade de uma educação física
voltada a todos na escola e não somente aqueles que possuem aptidão física.
Nessa perspectiva podemos afirmar a importância de se desenvolver uma educação
física que contemple a todos, levando em conta seu contexto histórico e social, sua cultura e os
aspectos fisiológicos, cognitivos e afetivos.
Os conteúdos desenvolvidos a partir da cultura corporal de movimento sendo as lutas,
danças, jogos, brincadeiras e os esportes abrem um leque de possibilidades de desenvolver essa
aproximação que há entre a educação física e os estudos culturais, pois possibilita as vivências
a partir de uma ótica de pluralidade cultural, respeitando assim a individualidade de cada um.
REFERÊNCIAS
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299
DARIDO, S. C.; RANGEL, I.C.A. Educação física na escola: implicações para a prática
pedagógica. 2 edição. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan S.A., 2014.
ESCOSTEGUY, A. C. D. Cartografias dos estudos culturais – uma versão latino-
americana. Ed. On-line. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.
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300
2 METODOLOGIA
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301
dos Conselhos de Classes. De acordo com Thiollent (2007), essa metodologia, não pretende
apenas compreender ou descrever o mundo da prática, mas transformá-la em algo significativo
para o pleno alcance das metas e objetivos propostos.
E para o processo dessa pesquisa-ação, já iniciamos os estudos bibliográficos nos
delimitando a consultas de livros, artigos, resoluções, dissertações, com leitura analítica acerca
da temática. Como a pesquisa encontra-se em andamento, os dados empíricos não foram
tabulados e analisados, sendo assim, discorremos ações da pesquisa proposta; elaboração de um
Plano de Ação, elaborado a partir das reflexões e análises sobre o Conselho de Classe por um
grupo focal, questionários, acompanhamentos bimestrais nos Conselhos de Classes, observação
e avaliação do envolvimento da equipe multidisciplinar e registros das ações em diário de
bordo.
3 ANÁLISE E DISCUSSÕES
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Até o momento, podemos concluir que o Conselho de Classe é a uma instância avaliativa
em que diversos profissionais envolvidos neste universo também são avaliados, mas tem sido
muitas vezes um processo tradicionalmente burocrático que tem que ser cumprido no calendário
escolar, distante dos objetivos inerentes ao seu papel.
Espera-se que esse projeto de pesquisa-ação, torna o Conselho de Classe em algo
significativo contribuindo na qualidade das ações de todos os envolvidos no processo de ensino
e aprendizagem, e principalmente na prática pedagógica dos docentes, seja uma ação reflexiva
e contínua no Câmpus de Cacoal, de forma dinâmica, interativa e formativa, construindo e (re)
construindo novos saberes.
REFERÊNCIAS
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Diante disso, este texto tem por objetivo apresentar elementos de uma pesquisa em
andamento do Mestrado Acadêmico em Educação da Universidade Federal de Rondônia
(UNIR), campus de Porto Velho. A pesquisa tem como objeto de estudo a formação de
professores da educação básica para a utilização da lousa digital como ferramenta didático-
pedagógica em escolas da educação básica no município de Ji-Paraná/RO.
2 METODOLOGIA
3 ANÁLISE E DISCUSSÕES
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Entendemos que as TIC devam ser utilizadas com critérios e finalidades claros
e, de forma sine qua non, com uma prévia formação do professor, que não
deverá ocorrer de forma aligeirada, sob pena de comprometermos qualquer
estratégia que vise à superação do caos educacional no Brasil.
Para Nakashima (2008), a utilização das TIC na escola não implica em abandonar o giz,
a lousa e o livro, mas incluir recursos tecnológicos que venham proporcionar atividades que
integrem as linguagens orais, escritas e digitais. Essa autora contribui para o entendimento de
que através da lousa digital é possível ampliar a compreensão daquilo que se vê, ouve e se fala.
Ante o exposto, a lousa digital oferece elementos desafiadores para que os (as) docentes
realizem um trabalho dinâmico, inovador e que possibilite realizar mudanças significativas no
desenvolvimento das aulas. Assim, os conhecimentos teóricos elaborados dão conta que as TIC
no ambiente escolar, assim como na sociedade representam um caminho sem volta. Neste
contexto, a lousa digital, aos poucos vem sendo inserida nas salas de aulas, mas é preciso
aprofundar estudos para compreender como esse processo tem se desencadeado no cotidiano
da escola.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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ALMEIDA, José Adolfo Mota de. A lousa digital interativa: táticas e astúcias de
professores consumidores de novas tecnologias. 2014. 95 f. Dissertação (Mestrado) –
Ensino de Ciências e Matemática, Unicamp, Campinas, 2014.
BUENO, José Lucas Pedreira; GOMES, Marco Antônio Oliveira. Uma análise histórico-
crítica da formação de professores com tecnologias de informação e comunicação. Revista
Cocar, Belém, v. 5, n. 10, p. 53-64, 2011.
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16
Foi desenvolvido para possibilitar a criação de repositórios digitais com funções de armazenamento,
gerenciamento, preservação e visibilidade da produção intelectual, permitindo sua adoção por outras
instituições em forma consorciada federada. É um software livre que, ao ser adotado pelas organizações,
transfere a elas a responsabilidade e os custos com as atividades de arquivamento e publicação da sua
produção institucional (http://www.ibict.br/dspace).
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2 METODOLOGIA
Figura 1
3 RESULTADOS E DISCUSÃO
Silva (2005) destaca que a informação passou a ter um valor altamente significativo para
as pessoas e instituições, representando o poder para quem a possui. Sendo assim a informação
passa a ser um “recurso sinérgico, quanto mais a temos, mais a usamos e mais útil se torna”.
Assim, neste contexto, podemos enfatizar que a democratização da informação é um dos fatores
mais importantes dentro da instituição com a capacidade de criar conhecimentos que pode ser
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310
incorporada no contexto do ensino e aprendizado nas Universidades por meio das TIC como
sendo uma das ferramentas que podem transformar e oportunizar a utilização dos
conhecimentos científicos produzidos pela instituição (SILVA, 2005, p. 18).
Nessa perspectiva, o avanço da Tecnologia da Informação e Comunicação tem servido
como forma de ampliação do espaço virtual, promovendo novos hábitos e mudanças de
comportamentos na vida do sujeito, a começar pela rapidez e flexibilidade da informação
cientifica acessível.
Conforme fora detalhado na figura 01, o RIUNIR possui 4 (quatro) Comunidades que
estão divididas em subcomunidades, com a nomenclatura equivalente aos Departamentos,
Programas ou Unidades de seus respectivos Campus, apresentando coleções que contém a
princípio, os seguintes itens: Dissertações, Teses, Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e
artigos de periódicos, contendo atualmente cerca de 275 trabalhos indexados, em sua fase
inicial. A criação de novas comunidades e coleções dependerá de seus administradores em
conjunto com o Comitê gestor, previsto na Minuta da Política de Funcionamento do RIUNIR,
a ser aprovada na Instituição em Conselho Competente.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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311
REFERÊNCIAS
COSTA, Sely. Abordagens, estratégias e ferramentas para o acesso aberto via periódicos e
repositórios institucionais em instituições acadêmicas brasileiras. Liinc em Revista, Rio de
Janeiro, v.4, n.2, p. 218–232, set. 2008. Disponível em:
<http://revista.ibict.br/liinc/index.php/liinc/article/view/281>. Acesso em: 16 de nov. de
2015.
PENA, Maria das Graças da Silva; AIRES, Albirene de Sousa. Rede de Repositórios da
Região Norte. In: CONFERENCIA LUSO BRASILEIRA SOBRE ACESSO ABERTO, 6.,
Salvador, 2015. Resumos...Salvador: UFBA, 2015.
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312
E notório que vivemos num mundo conflituoso no que diz respeito à relação homem-
sociedade-natureza, sobretudo se consideramos, que as mídias de um modo em geral
apresentam a educação ambiental como uma educação puramente explicativa, transmissora de
conteúdos ecológicos e naturalistas. Nesse sentido temas como “preservação ambiental”,
“sociedade sustentável” e “reciclagem” parecem ter se tornado verdadeiros “jargões”, quando
o assunto tem caráter ambiental. Do mesmo modo não podemos negar que nos últimos anos as
questões ambientais vêm ganhando destaque considerando as necessidades de mudanças em
relação à degradação do meio ambiente. Nesse sentido, no âmbito da educação escolar uma
diversidade de questões ainda aguardam por ações, respostas, reflexões e certos
encaminhamentos sobretudo se considerarmos que o grande desafio reside na tentativa de
garantir uma educação ambiental integrada, contínua e permanente. Com base nesta
problemática, este trabalho em andamento, iluminados por pesquisadores como Rojias (2003).
Graça (2014), Nascimento (2014), Tartari et al (2014), Fulan et al (2014,) entre outros, se
propõe em apresentar o resultado parcial de uma pesquisa que tem por objetivo compreender
as praticas de ensino em escolas publicas estaduais localizadas na zona urbana determinadas
pelos de Projetos de Extensão e Pesquisa com foco na Educação Ambiental desenvolvidos nos
últimos 3 anos pela Universidade Federal do Amazonas na cidade de Humaitá..
Se as políticas públicas da educação no Brasil fomentadas pelo Órgão Gestor (OG) da
Política Nacional de Educação Ambiental vêm levando em consideração uma educação
ambiental crítica, participativa, transformadora e emancipatória, a questão que orienta a nossa
investigação se pauta na possibilidade de compreender o teor dos projetos extensionistas e
assim verificar se tais ações vem se pautando em verdadeiras práaticas de sensibilização ou
percepção do ambiente, educação ambiental para a aquisição de Conhecimentos, Valores e
Habilidades para a sustentabilidade ambiental ou se se trata de um trabalho estéreo e
descontextualizado da realidade na qual o individuo está inserido.
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2 METODOLOGIA
3 RESULTADO
Para a construção deste relato de pesquisa nos pautamos na analise de dois projetos de
extensão como se pode observar a seguir.
O primeiro trabalho em análise foi o de Fulan et al (2014, p. 104) com o tema
“Considerações sobre a utilização de jogos pedagógicos no ensino de botânica em uma
escola pública no interior do Amazonas”. Este trabalho extensionista teve por foco a
elaboração e aplicação jogos didáticos de Botânica. Sua metodologia se pautou na utilização da
dinâmica dos jogos pedagógicos (lúdicos) para abordarem o ensino de Botânica em todas as
turmas do ensino médio de uma escola publica da cidade. Tal metodologia apresentou-se como
alternativa extremamente eficiente no processo de aprendizagem, podendo até ser empregada
em outros conteúdos nos quais os alunos apresentem grande dificuldade. De acordo com Furlan
et al (2014, p. 104), em anos anteriores o índice de reprovação foi maior que 70%. Após a
aplicação do jogo “Barabota” – Baralho de Botânica, após uma nova avaliação do índice de
aproveitamento dos estudantes observou-se uma marca de 90% de aprovação na mesma
materia, ou seja o jogo proporcionou uma maior compreensão e possibilitou uma maior
assimilação dos conceitos.
O segundo trabalho em análise de autoria do pesquisador Tartari et al (2014, p.1), tendo
por titulo: “Avaliação da qualidade físico-química da água em uma escola localizada ao sul
17
Tendo clareza de que toda investigação se inicia por uma questão, dúvida, ou problema, a resposta a esse movimento do
pensar geralmente se atrela a conhecimentos anteriores ou requer a elaboração de novos caminhos referencias e é neste sentido
que segue a nossa investigação amparados pelo método do materialismo histórico dialetico, o que se justifica pelo fato de se
questionar fundamentalmente a visão estática da realidade já que tem por pretensão desvendar o conflito dos interesses
tornando-o marcadamente crítico, pautado num interesse transformador e por práticas de mudança social e política. Vale
lembrar que o enfoque Critico-dialético, no Nível Epistemológico a cerca de seus (critérios de cientificidade) e (concepção de
ciência) se fundamenta na lógica interna do processo e nos métodos que explicitam a dinâmica e as contradições internas (razão
transformadora) dos objetos de pesquisa analisados.(Teixeira, 2010).
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4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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É indiscutível que a educação especial não se refere apenas aos deficientes, mas sim o
acesso desses alunos à escola, para assegurar que acesso aconteça são publicados termos
decretos, leis, portarias e resoluções que garantam a essas pessoas sua integração social. É
obrigatório nas instituições de ensino atender os alunos com deficiência, pois segundo a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nº. 9394/96 Titulo III do Art.4º, o dever do Estado
com a educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de: III- atendimento
educacional especializado gratuito aos educados com necessidades especiais, preferencialmente
na rede regular de ensino, ou seja, esta lei entre outras asseguram a inclusão desses alunos nas
redes de ensino.
Baseada na LDB, e entre outras leis todas as crianças têm o direito à educação. Daremos
ênfase neste trabalho à SRM (sala de recursos multifuncionais) e suas contribuições para o
processo de aprendizagens dos alunos deficientes visuais, com o objetivo de indagar questões
sobre o funcionamento dessa sala, a metodologia de ensino utilizado pelos profissionais que
atuam nessa sala e contribuições que esses alunos adquirem no seu desenvolvimento.
2 METODOLÓGIA
Para alcançar os resultados deste trabalho, foi realizada uma pesquisa de observação e
bibliográfica em uma escola pública de Porto Velho/RO no mês de outubro de 2015, por meio
de estudos e orientações na disciplina de Educação Especial. Os instrumentos de pesquisa para
a realização do trabalho foi à leitura das legislações pertinentes à área como Declaração de
Salamanca (Espanha, 1994), o Projeto Político Pedagógico da escola, a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional nº 9394/96, observações da Sala de Recursos Multifuncionais e
entrevista com a professora responsável pelo espaço.
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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Da Observação
Analisamos a escola como um todo. A principio observamos a sua estrutura física e logo
na entrada nos deparamos com o piso tátil e com o portão de largura acessível para cadeirantes.
A sala de SEM foi inaugurada no dia 22 de agosto de 2014, com verbas do Programa de
Desenvolvimento Escolar (PDE), e os materiais pedagógicos foram disponibilizados pelo
MEC, como 02 computadores, uma impressora, livros e jogos em braile, constatamos que os
outros materiais foram confeccionados pela professora responsável.
Analise documental
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diagnosticados com algum tipo de deficiência. Faz curso de capacitação continuada a cada três
meses, oferecidos pela SEDUC/SEMED.
Ainda segundo seus relatos, foi um desafio atuar nessa área da educação, pois se sentia
insegura em lhe dar com alunos “ditos” agressivos, mas durante o convívio com os mesmos
percebeu que estava equivocada na sua maneira de pensar. A partir do momento que recebeu
os primeiros alunos, sentiu-se mais confiante e buscou orientações para desenvolver o seu
trabalho.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme nossa pesquisa, os dados relatados acima, nos oferece uma perspectiva de que
apesar de algumas dificuldades as instituições caminham para que esses alunos não fiquem
exclusos da sala de aula, embora os gestores tenham que buscar mais recursos e profissionais
que desejam atuar nessa área dispostos a se dedicar com mais veemência. Com isso podemos
acreditar que nossas escolas caminham para poder atender os alunos com deficiências, que se
encontram fora de alguma instituição e excluídos da nossa sociedade.
REFERÊNCIAS
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A organização de nosso trabalho é condicionada pela organização escolar que, por sua
vez, é inseparável da organização curricular. O que ensinamos, como ensinamos, com
que ordem, sequência, lógicas e em que tempos e espaços são os condicionantes de
nossa docência.
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2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4 CONCLUSÃO
A perspectiva do ensino que se pretende para este novo milênio não se refere somente à
melhoria dos processos cognitivos ou da educação para o desenvolvimento de mapas
conceituais e sim melhorar o fator da cidadania.
A formação dos professores deve partir de uma postura indagativa frisando como um
dos pilares para melhoria qualitativa dos saberes docentes, parte de trabalhar os conteúdos de
forma integrada e interdisciplinar, promovendo assim, um currículo de excelência que visa o
desenvolvimento do trabalho pedagógico de qualidade.
Atendendo as prerrogativas da Base Nacional Comum e obedecendo os direitos de
aprendizagem.
REFERÊNCIAS
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322
FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas Técnicas para o Trabalho Científico. 14. ed. Porto
Alegre: s.n., 2005.
GATTI, Bernardete Angelina, Elba Siqueira de Sá Barreto, and Marli Eliza Dalmazo de
Afonso ANDRÉ. "Políticas docentes no Brasil: um estado da arte." Brasília, DF:
Unesco (2011).
Moreira, Antonio Flávio Barbosa. Currículo: políticas e práticas. Papirus Editora, 2000.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Trad. Catarina Eleonora
F. da Silva e Jeanne Sawaya. Brasília, DF: UNESCO, 2007.
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2 METODOLOGIA
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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao planejar o docente precisa estar ciente, que será necessário organizar os conteúdos,
definir objetivos, elaborar ou adequar sua metodologia de modo que todo esse processo
possibilite ao educando o ensino aprendizagem de forma significativa. Através da reflexão da
sequência didática, feita anteriormente e sua vivência em sala de aula os acadêmicos, iniciaram
o trabalho de elaboração de seus planejamentos com base na obra literária escolhida. Enquanto
executavam a atividade, foi possível perceber nos debates em grupos a preocupação sobre como
organizar as sequências didáticas de forma a contemplar todas as disciplinas e atingir objetivos
direcionados ao ciclo de alfabetização. Afirmando assim, Santomé (1998, p.63): “Que a
interdisciplinaridade implica na vontade e um compromisso dos atores envolvidos de elaborar
um contexto mais geral, no qual cada uma das disciplinas em contato é modificada e passa a
depender claramente uma das outras”.
Ao definirem o conteúdo, os objetivos e as disciplinas que contemplariam, os grupos
iniciaram a estruturar todo esse contexto em uma sequência de maneira que o conteúdo principal
não fosse apenas apresentado, mas sim evidenciado nas atividades apresentadas e
principalmente revelado em outras disciplinas. Para Zabala (1998, p.18) sequências didáticas
são “um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de certos
objetivos educacionais, que têm um princípio e um fim”.
Tendo em vistas as discussões levantadas pelos grupos durante a elaboração e
preparação da atividade proposta, fica evidente algumas situações que devem ser cruciais na
prática pedagógica de qualquer docente, primeiramente a necessidade de um bom
planejamento, que requer tempo, objetivo, pesquisa entre outros aspectos. Como afirma
Libâneo (1994) “o planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das
atividades didáticas em termos de organização e coordenação em face dos objetivos propostos,
quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino”.
Outro fator que chama atenção que também não se pode perder de vista é o fato de que
o ensino aprendizagem pode-se tornar mais adequado, se o docente estabelecer etapas de
aprendizado para seus educandos, possibilitando assim uma dimensão maior do amplo campo
denominado conhecimento, no caso de nosso estudo é a elaboração adequada de uma sequência
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4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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1 INTRODUÇÃO
Para saber melhor como o a Pluralidade Cultural tem sido trabalhada em sala de aula,
entrevistei uma professora do Ensino Fundamental e Médio coletando informações sobre suas
práticas de ensino, ferramentas e planejamento de trabalho.
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Perguntei a ela qual o preparo que teve durante sua formação acadêmica, que lhe deu
apoio técnico e prático para desenvolver esse tipo de trabalho, e ela disse que infelizmente o
curso de Matemática não aborda nenhuma questão prática, como o que o professor vai encontrar
e como deve proceder diante do desafio de educar; e isso entre outras coisas incentivaram
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Eronilda a iniciar o curso de Pedagogia na UNIR logo após o término de sua primeira
graduação. Ela conta que foi desesperador pensar em ser professora sem ter compreensão do
que ela iria lidar.
Questionei-a se na escola em que trabalha, este campo de conhecimento é apoiado,
incentivado e cobrado pela equipe gestora; ela disse que não, porém mesmo sem essa cobrança
ou incentivo ela considerada de suma importância que nossas origens e diversidade de culturas
do Brasil sejam refletidas e que os jovens e adolescentes precisam aprender a respeitar,
conhecer e conversar sobre isso dentro e fora da escola. Outros aspectos foram abordados, no
entanto apresentaremos em outros trabalhos.
2 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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2 METODOLOGIA
Os seres humanos são muito curiosos e inteligentes assim como em tempos longínquos
quando ainda usavam os dedos para contar, faziam noz para calcular números maiores, logo
após veio o ábaco, a calculadora. O ábaco foi à primeira calculadora da história. Este
instrumento, criado pelos chineses no século VI a.C. dispunha de fios paralelos e arruelas
deslizantes que eram capazes de realizar contas de adição e subtração. Embora fosse um
instrumento bastante limitado, o ábaco acabou sendo o principal mecanismo de cálculo durante
os 24 séculos seguintes. Em 1642, a calculadora, ou melhor, o ábaco, sofreu uma grande
evolução, por meio do francês Blaise Pascal. Filho de um cobrador de impostos, Pascal
idealizou uma máquina automática de cálculos para ajudar seu pai em sua profissão. A invenção
de Pascal foi importante pelo fato de a mesma realizar os cálculos de forma rápida, algo bem
diferente do que se via na utilização do ábaco. Mesmo assim, a máquina de Pascal também
realizava apenas operações de adição e subtração. Em 1671, o filósofo e matemático alemão
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3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
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4 CONCLUSÕES
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REFERÊNCIAS
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3 RESULTADOS PRELIMINARES
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4 DISCUSSÃO
as tecnologias que penetraram no interior da escola e das IES têm representado uma
melhora significativa na qualidade de ensino? As propostas de inclusão das novas
tecnologias na educação proporcionam uma formação que possibilita a emancipação
ou apenas despejam informações vagas e abstratas que nada acrescentam à formação
dos alunos?(BUENO, 2011, p. 59)
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1993) “àquela que tem como finalidade principal a instrumentalização dos sujeitos para que
esses tenham uma prática social crítica e transformadora” (TOZONI-REIS, 2010, p.1).
Desse modo, “aos professores cabem aprimorar tais instrumentos e torná-los atraentes
e convincentes na medida em que não se tornem meros instrumentos de repasse e reprodução
do conhecimento, mas de produção criativa.” (VELANGA, 2014, p. 32). A tríade ação-
reflexão-ação contempla a proposta de pesquisa-ação, pois tem como ponto de partida a ar-
ticulação entre a produção de conhecimentos para a conscientização dos sujeitos e solução de
problemas socialmente significativos, como afirma Thiollent (2000).
Portanto, é aconselhável que a metodologia do educador esteja instrumentalizada pelo
conhecimento, só assim poderá transformar. “É exatamente neste sentido que ensinar não se
esgota no tratamento do objeto ou do conteúdo, superficialmente feito, mas se alonga à
produção das condições em que aprender criticamente é possível”. (FREIRE, 2012, p. 34)
Ora, para que a tecnologia não sirva aos modelos educacionais produtivistas de viés
behavioristas e tecnicistas (BUENO, 2011) mostra-se a pesquisa-ação como alternativa crítico-
reflexiva. Deste modo, a reflexão-ação sobre os dados armazenados no AVA como estratégia
de intervenção pedagógica consiste na utilização das tecnologias (mineração) como ferramenta
de pesquisa-ação, esta é fundamento da formação contínua do educador.
5 CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
BUENO, José Lucas Pedreira; GOMES, Marco Antônio de Oliveira. Uma análise histórico-
crítica da formação de professores com tecnologias de informação e comunicação. Revista
Cocar, Belém, vol. 5, n. 10, p.53 - 64, jul/dez. 2011.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários À Prática Educativa. 32ª Ed.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2012.
SILVA, Glauber Nóbrega da. Jogos de Licitações: O Estado da Arte no Brasil. São Paulo:
Biblioteca 24 horas.
WITTEN, I.H., Frank, E. Data Mining: Practical Machine Learning Tools and
Techniques with Java Implementations. Morgan Kaufmann, San Francisco, CA. 2008.
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340
Claudinei Frutuoso
Gedeli Ferrazzo
Eliane de Araújo Teixeira
Antônio Carlos Maciel
1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS
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sobre a educação integral. Destacaram que é preciso dar continuidade a formação para que não
se perca essa discussão e que possam experimentar mais metodologias na educação integral. O
curso inicialmente tinha como meta atender 17 cursistas. No contato inicial percebemos que a
demanda era maior, assim foram matriculados 50 cursistas. Dos 50 cursistas 42 chegaram ao
final aprovados e 8 desistentes, estes distribuídos nos municípios de Cacaulândia, Monte Negro
e Campo Novo de Rondônia em sua maioria pertencentes as escolas municipais.
4 DISCUSSÃO
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5 CONCLUSÃO
Para que a escola possa realmente ter condições de cumprir com sua função, socializar
os conhecimentos historicamente sistematizados pelo gênero humano se torna imperativo um
planejamento escolar da educação integral para além do atual. No qual permita: a formação do
time pedagógico e a definição de uma pedagogia; a realidade sociocultural e a definição do
papel da escola; a definição de conhecimentos, saberes, valores e habilidades em face da
realidade sociocultural e do papel da escola; o papel estratégico da coordenação pedagógica x
autonomia da escola; a integração curricular equipes/conhecimento e as equipes/modalidades e
o planejamento das prioridades para acompanhamento e avaliação.
REFERÊNCIAS:
LOPES, Antônia Osima. Planejamento do ensino numa perspectiva crítica da educação. In:
VEIGA, Ilma Passos. Repensando a Didática. 5° edição- Campinas- SP, Papirus, 1991.
VEIGA, Ilma Passos. Projeto Político Pedagógico na escola: Uma construção possível.
São Paulo, 1995.
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2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS ESPERADOS/DISCUSSÃO
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4 CONCLUSÃO
Com a presença dos e-books na nova geração de leitores, é preciso estimular o aluno
para que ele tenha interesse em buscar na leitura crítica um aliado para sua contínua formação.
A biblioteca escolar e o núcleo pedagógico escolar devem ser desafiados para que o trabalho
de formação do leitor possibilite um crescimento para todos os inseridos. A leitura e suas novas
facetas geram um desafio diário não apenas para os professores, bibliotecários e atuantes nesta
área. Cabe a estes buscarem maneiras, que sejam tecnológicas, para apresentar o livro como
“companheiro” por toda uma vida.
Diante do avanço tecnológico, se faz necessário descrever o potencial de uma biblioteca
escolar, a qual, através do seu espaço físico, pode favorecer a inter-relação com o indivíduo ao
proporcionar o acesso à informação, que por sua vez, possibilita um vasto caminho de
oportunidades de crescimento ao cidadão.
REFERÊNCIAS
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1.1 Objetivos
Analisar a utilização das bases de dados online pelo corpo discente do curso de
Biblioteconomia da Universidade Federal de Rondônia tornou-se o objetivo principal do
trabalho, assim como alguns objetivos específicos, que buscariam identificar quais seriam essas
bases de dados disponibilizadas pela biblioteca e também o nível de conhecimento dos
acadêmicos em Biblioteconomia em relação à utilização daquelas bases de dados.
2 METODOLOGIA
18
Disponível em: http://www.bibliotecacentral.unir.br/.
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3 RESULTADOS
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encontrados 107 (cento e sete) publicações para o curso de Biblioteconomia: 98 (noventa e oito)
no Portal CAPES e nove no SCIELO.
O Questionário de Alunos continha 12 (doze) questões no total, sendo que 66% dos
alunos matriculados responderam. Do total que responderam, 69% tinham conhecimento das
fontes de informação disponibilizadas pelo site da Biblioteca. Também foi constatado que 97%
realizavam pesquisa pela Internet, sendo que 65% realizavam acessos mais de quatro vezes por
semana. Apesar da maioria saber que existiam as bases de pesquisa na biblioteca, apenas 39%
já tinham acessado, havendo uma preferência quase igual pelo Portal CAPES (38%) e SCIELO
(39%).
A Figura 119 informa os motivos da não utilização das bases de dados para pesquisa.
Figura 1 - Nuvem de tags sobre motivos para não utilização da página da biblioteca.
4 DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
19
Nuvem de tags gerada pelo Wordle.
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350
REFERÊNCIAS
BLATTMANN, Úrsula; RODRIGUES, Charles. Uso das fontes de informação para a geração
de conhecimento organizacional. Revista Perspectiva & Gestão do Conhecimento. João
Pessoa, v.1, n. 2, p. 1-16, mai./ago., 2011. Disponível em:
<http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/pgc/article/view/9999. > Acesso em: 21 out. 2015.
CUNHA, Murilo Bastos da. Base de dados e bibliotecas brasileiras. Brasília ABDF, 1984.
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351
O presente trabalho visa discutir, através de um estudo teórico e minhas reflexões, sobre
as avaliações que passei durante a trajetória escolar. Portanto, pude perceber como a disciplina
de avaliação educacional é fundamental para o estudante de pedagogia refletir sobre as suas
experiências de avaliação. O processo de avaliação é de fundamental importância na escola,
pois possibilita o aluno reconhecer seus erros e acertos. Para que isso ocorra o professor deverá
estar preparado para que a sua prática pedagógica não desestimule ou cause traumas aos alunos,
principalmente nos primeiros anos do ensino fundamental, pois foi a partir da minha experiência
que pude perceber onde a prática pedagógica poderá criar uma relação de confiança entre o
professor e aluno.
2 METODOLOGIA
Para o desenvolvimento do trabalho foi feito uma reflexão acerca das minhas avaliações
durante toda a trajetória escolar e acadêmica. O procedimento metodológico utilizado foi a
abordagem qualitativa, através de pesquisas bibliográficas fundamentada em LUCKESI 2010,
HAYDT 2000 e HOFFMANN (2001). A partir destas reflexões foram relatados momentos que
são de relevância para o desenvolvimento deste trabalho, pois as experiências aqui relatadas
proporcionou-me a desenvolver um pensamento crítico sobre as diferentes formas de avaliação
no âmbito escolar.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Elaborar este trabalho no qual fala da minha trajetória escolar, tendo como foco a
avaliação, foi de fundamental importância para a minha formação acadêmica, proporcionando-
me lembrar de como foi o meu trajeto até a universidade.
Tenho poucas lembranças da pré-escola, lembro-me vagamente da sala de aula, de cor
azul, cadeiras e mesas baixas e o cheiro do perfume da minha professora. Infelizmente não
recordo do rosto da professora, mas quando sinto esta fragrância logo me remete àquele
ambiente, que por algum motivo me fazia bem. Somente ao ingressar na universidade entendi
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352
o porque do nome Piagetiano, uma dúvida que me acompanhou durante anos, ao conhecer o
teórico me encantei pelos seus estudos.
Quando iniciei com uma nova professora na terceira série a chamei de tia como de
costume, então ela se virou para mim e disse: “eu não sou tia, sou sua professora, eu não sou
irmã do seu pai nem da sua mãe”. A partir daquele momento eu sentia receio de chamá-la até
pra tirar alguma dúvida, preferia perguntar do colega ao lado a chamar a professora. Ela criou
uma barreira na relação entre professor e aluno naquele exato momento, pois eu sentia receio
pela forma ríspida, como ela me deu aquela notícia.
Ao ver uma obra de Paulo Freire (1993), com o nome de “Professora sim, tia não” li
resumidamente para entender o motivo pelo qual a professora não gostaria ser chamada de tia,
o ano publicado corresponde à época em que vivenciei essa situação. Infelizmente a professora
não soube expressar o motivo pelo qual ela não gostaria de ser chamada de tia de forma educada,
jamais esqueci a fala dela.
Luckesi (1996, p. 67) diz que avaliar é um ato amoroso. “Nos professores, temos de
acolher os acertos e erros do aluno para ajudá-lo a progredir”. Só assim, a aprendizagem dos
alunos deixará de ser apenas um número – vermelho ou azul – num quadrinho do diário. Na 4º
série foi diferente tive uma professora que marcou, pois ela soube receber os alunos de forma
receptiva e acolhedora, ela era paciente, calma e de voz suave. Ao corrigir as atividades de
português ela não riscava o caderno com a caneta vermelha, fazendo vários “x” ela fazia o aluno
corrigir o próprio erro, com esse método tive a oportunidade de saber onde errei e a
oportunidade de corrigi-las com o auxílio da professora.
A prova oral de matemática era sempre um tormento, pois a professora nos chamava na
sua mesa e os outros alunos ficavam em silêncio observando, ficava nervosa e apreensiva,
decorava a tabuada, principalmente a de multiplicação. Respondia de forma lenta e com as mãos
pra trás eu contava nos dedos a resposta. Não era agradável ser o centro das atenções naquele
momento, assim que acabava a prova era um alívio. A professora pacientemente esperava a
resposta, ela sabia que cada um tem o seu tempo, seu ritmo e respeitava o nosso momento. De
acordo com Hoffmann:
O processo avaliativo não deve estar centrado no entendimento imediato pelo aluno
das noções em estudo, ou no entendimento de todos em tempos equivalentes.
Essencialmente, por que não há paradas ou retrocessos nos caminhos da
aprendizagem. Todos os aprendizes estão sempre evoluindo, mas em diferentes ritmos
e por caminhos singulares e únicos. (HOFFMANN, 2001 p. 47)
Portanto, o professor que conhece seus alunos sabe que cada um tem seu ritmo de
aprendizagem, respeitando-o criando uma relação de confiança, portanto o aluno passa a se
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353
sentir respeitado e compreendido, para assim desenvolver melhor o que lhe estar sendo
proposto.
Na 5º série o professor transformou a matemática em uma disciplina prazerosa, pois ele
transformava o que era complexo em algo simples. Ensinava de uma forma que eu compreendia,
ensinava quantas vezes fosse necessário, ele detectava a dúvida no olhar dos alunos. Por mais
que ninguém dissesse que estava com dúvida ele já sabia que havia várias dúvidas, o silêncio o
assustava, ele mesmo já dizia: “quando há muito silêncio, há muitas dúvidas”. De acordo com
Hoffmann, o questionamento é essencial, se a o silêncio incomodar o professor, ele deve
provocar os alunos no sentido de saber se alcançou seu objetivo.
Química foi a disciplina que mais marcou no 2º ano do ensino médio, aprendi a gostar
da disciplina pela maneira como o professor ensinava, sempre interagindo com os alunos,
perguntando se havíamos entendido, havia diálogo, e uma relação assim só podia fluir em bons
resultados. O professor partia de onde nós sabíamos para dar continuidade ao assunto, não
deixava o aluno sair com dúvidas de sua aula. O professor, antes de aplicar o conteúdo, deve
analisar se seus alunos dominam, ou não, os pré-requisitos necessários para as novas
aprendizagens, se apresentarem habilidades e os conhecimentos prévios necessários, poderão
prosseguir para a próxima etapa e isso,
Após 10 anos fora da sala de aula, ingressar na universidade reapareceu todas as tensões
pré-provas: ansiedades, nervosismo, insegurança e expectativa. A dificuldade em interpretar
textos fez-me sentir insegura. No início do curso não pude estar presente para realizar uma
prova e consequentemente estava na repositiva. Ao saber que estava na repositiva foi
desesperador, dediquei-me bastante para compreender os textos e a explicação da professora,
ela parecia sentir o meu desespero. E durante esse processo construí uma relação de confiança
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354
com a professora. Ao passar por essa experiência tive a oportunidade de evoluir, já venci meus
medos, ansiedades e expectativas.
Preparamo-nos para chegar à universidade desde o ensino fundamental, e o professor
que ajuda o aluno a vencer seus medos e a superar seus erros, estará o preparando para o futuro
e não o oprimindo.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Avaliar um aluno é muito mais que atribuir notas, pude perceber que no decorrer da
minha trajetória escolar, fui avaliada por alguns professores somente com notas de avaliação e
por outros professores por meio da avaliação somativa e diagnóstica. Através destas reflexões,
tive a oportunidade de compreender como ocorre o processo avaliativo e entender que devemos
buscar em nossa prática educativa diferentes formas de avaliar, compreendendo a avaliação
como instrumento auxiliar no processo ensino e aprendizagem.
A avaliação não pode ser utilizada apenas nos momentos de aplicação de provas, mas
precisa estar presente durante todo o processo, permitindo ao professor acompanhar o
desenvolvimento dos alunos e intervir quando for necessário. Sobre a função da avaliação,
LUCKESI (2010) afirma que, a verdadeira função da avaliação seria auxiliar a construção de
uma aprendizagem satisfatória. Portanto, a avaliação faz parte de todo processo de
ensino/aprendizagem e não apenas da etapa final. Quando o professor avalia durante o processo,
tem a chance de verificar se o método utilizado está atingindo as expectativas, caso contrário,
o professor terá tempo em rever os seus métodos e adequá-los de modo que consiga atingir os
objetivos do processo.
REFERÊNCIAS
HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Ed.
Mediação, 2001.
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REFERÊNCIAS
ANDRÉ, M.. A pesquisa no cotidiano escolar. In: FAZENDA, Ivani. (Org.). Metodologia
da pesquisa educacional. 4. ed. São Paulo: Cortez, (pp. 35-45), 1997.
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METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÕES
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necessário atingir algo e saiba em que consiste essa meta para se introduzir no jogo proposto
pela atividade. A segunda refere-se às aprendizagens que se espera que alcancem”.
O trabalho matemático na Educação Infantil tem como condição necessária que o
professor não responda aos problemas propostos, mas sim que fique a cargo das crianças essa
tarefa. O professor, nesse caso, fará o papel de intermediador, abrindo um espaço de exploração
e busca. Ao se trabalhar o conhecimento matemático na resolução de problemas, as crianças
podem desenvolver as seguintes capacidades: generalizar, analisar, sintetizar, inferir, formular
hipótese, deduzir, refletir, argumentar, entre outras.
Uma das possibilidades na organização das atividades matemáticas na EI é classifica-la
em três blocos: Espaço e Forma (características dos objetos por meio da exploração; situações
que envolvam a exploração de diferentes espaços; atividades de esconder; etc.); Número e
Sistema de Numeração (trabalhar com números que fazem parte do cotidiano como preços,
datas, medidas; e, também, com números fora do contexto; etc.) e Grandezas e Medidas
(trabalhar com calendários para identificar a passagem do tempo/antecessor e sucessor de um
número; trabalhar com horta possibilita a medição do terreno e o intervalo entre as covas das
sementes, calcular o peso da colheita etc.).
Tem-se uma ampla diversidade de maneiras para se trabalhar a matemática na EI.
Monteiro (2010) retoma o conceito de criança que se tem atualmente, e as diretrizes fixa tal
conceito, e nos coloca como a criança sendo um sujeito de direitos em que ao mesmo tempo
que faz parte do meio, atua sobre ele. A autora evoca que ao vivenciar o conhecimento
matemático e oportunidades em que ele ocorra as crianças vão construindo seu conhecimento,
este não surge do nada, faz parte da cultura e a Educação Infantil tem a responsabilidade de
apresentar, ampliar e aprofundá-los em contextos em que as crianças atribuam sentido.
CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Resolução CNE/ CEB 5/2009. Brasília: Diário Oficial da União, 18 de dezembro
2009.
DIAZ, Adelaide Alves; AMORIM, Ana Luisa Nogueira de. O Currículo e Educação
Infantil: práticas de cuidados e educação com crianças de 0 a 3 anos em Creches. Curitiba:
Universidade Católica do Paraná, 2013.
OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de. O currículo na educação infantil: o que propõem
as novas diretrizes nacionais? Consulta pública: 2010. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=6674-o-
curriculonaeducacaoinfantil&category_slug=setembro-2010-pdf&Itemid=30192>.
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1 INTRODUÇÃO
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3 RESULTADOS
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4 DISCUSSÃO
Para a consolidação curricular dos cursos oferecidos pela rede de formação profissional
dos institutos, foi engendrado um modelo institucional pluricurricular - multicampi, capaz de
agregar a educação básica profissional e superior com os cursos em diferentes modalidades e
níveis. No entanto, que estratégias são aplicadas para assegurar a interdisciplinaridade
necessária à consolidação dos perfis bem formados? Há princípios interdisciplinares definidos
para nortearem as práticas docentes nos cursos técnico-integrados? As práticas docentes das
disciplinas de formação geral são as mesmas trabalhadas nas disciplinas de formação técnica?
Que estratégias de ensino seriam ideais para agregar inter e transdisciplinarmente as disciplinas
de formação geral com as disciplinas de formação técnica? Que proposta pedagógica curricular
é possível construir com as práticas docentes dosadas?.
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
GHEDIN, Evandro. Currículo Avaliação e Gestão por Projetos no Ensino Médio.: Ed.
Travessia. Seduc Manaus, 2007
GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6 ed. São Paulo: Ed.Atlas, 2008.
ISSN: 2179-8389
367
YIN, R.K. Estudo de caso: planejamentos e métodos. 3 ed. Porto Alegre: KJJJIJBookman,
2006. 212 p.
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1 INTODUÇÃO
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REFERÊNCIAS
MEIHY, José C. S. B. & RIBEIRO, Suzana L. S. Guia Prático de História Oral. São Paulo:
Contexto, 2011.
MOREIRA, Antônio F. B. & CANDAU, Vera Maria. Educação escolar e cultura (s):
construindo caminhos. Revista Brasileira de Educação. Maio/Jun/Jul/ Ago 2003, nº 23.
SAFFIOTI, Heleieth. A mulher na luta de classes: mito e realidade. 3ª ed. – São Paulo:
2013.
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Da mesma forma, para efeitos desse trabalho como necessidade de formação, utiliza-se
o conceito de Estrela, Madureira e Leite (1999, p. 32), que entende como “o conjunto de
preocupações, desejos, carências e problemas sentidos ou percepcionados pelos professores, no
desenvolvimento do processo pedagógico”.
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Inquietação que foi exaltada por Zabalza (2004, p. 138), ao discorrer sobre a carreira
docente do professor universitário na Espanha, quando menciona: À exceção de alguns casos,
não há um processo de acompanhamento e apoio aos professores que iniciam sua carreira
docente. Eles iniciam sua carreira como substitutos na universidade, deparando-se com diversos
grupos de alunos aos quais devem explicar (fazer aprender) um número indeterminado de
conteúdo, como se isso fosse uma tarefa simples, na qual eles fossem reconhecidos
especialistas.
2 METODOLOGIA
3 DISCUSSÃO
O que significa ser professor? Esta é uma questão fundamental para iniciar qualquer
investigação na área da educação, principalmente na investigação sobre um dos principais,
senão o principal protagonista do ensino e da educação. O professor, peça indispensável para a
evolução de uma sociedade cada vez mais carente de educação, a qual hoje representa requisito
básico para a sobrevivência num mundo capitalista.
Logo, compreender o que significa ser professor hoje, identificar suas funções,
características, competências e habilidades, significa não menos do que plantar a possibilidade
de melhorar a qualidade da educação da sociedade, para que possa enfrentar, não mais
desprovida, a evolução da era da informação e do conhecimento.
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Para tanto, traz-se para dialogar, os entendimentos de alguns autores versados nessa área
do conhecimento para buscar responder a questão inicialmente levantada.
Já para Garcia (1999, p. 23), “Ser professor implica lidar com outras pessoas
(professores) que trabalham em organizações (escolas) com outras pessoas (alunos) para
conseguir que estas pessoas aprendam algo (se eduquem)”. Dessa maneira, os autores além de
enfatizarem a função do professor como educador de pessoas, também mencionam que o
professor não está isolado em seu trabalho, mas está diretamente envolvido em um ambiente,
onde desenvolve seu trabalho (a escola) e que neste ambiente, mantém contatos diretos com
pessoas (professores e alunos).
A importância do professor em qualquer plano ou sistema educacional é ressaltada por,
Rabaçal (1998 p. 27) que afirma:
Para que o professor cumpra com seu papel como profissional da educação, eis aí o
grande desafio, que esse possua uma série de características traduzidas em conhecimentos,
competências, saberes ou habilidades.
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REFERÊNCIAS
GARCÍA, Carlos Marcelo. Formação de professores para uma mudança educativa. Porto:
Porto Editora, 1999.
THIOLLENT, M. Metodologia da Pesquisa-ação. 14. ed. São Paulo: Editora Cortez, 2005.
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O presente trabalho faz parte da pesquisa orientada pelo Programa Institucional de Bolsa
de Iniciação Científica – PIBIC 2015/2016 e guarda relações com o momento atual da educação
brasileira, à luz da teoria crítica em educação apresenta-se a analisar as experiências brasileiras
no que tange a educação intercultural. Para Vera Candau (2008) é necessário à reflexão cada
vez mais atenta sobre as relações entre interculturalidade e educação. Reconhecendo o
multiculturalismo existente no meio social, a fim de não criarem preconceitos.
Dessa maneira faz parte conhecer as experiências escolares relatadas na literatura e na
mídia, desenvolvidos em países fronteiriços como: Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai e
Venezuela, envolvendo escolas localizadas nas cidades-gêmeas, o que consequentemente
passou a se chamar de escolas interculturais de fronteira, no qual muitos alunos com culturas,
gostos, línguas e costumes diferentes, são desafiados a se relacionarem com essas diferenças,
nesse sentindo, existe um contato frequente de alunos e professores estrangeiros, que trabalham
com práticas pedagógicas diferenciadas para que ocorra um bom relacionamento entre os
alunos.
2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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não anular seus costumes, em que, cada um possa conhecer e aceitar as diferenças sem
preconceito, até mesmo para evitar a evasão escolar, e o desinteresse pela escola.
O Programa escolas interculturais de fronteira (PEIF) é o principal programa sobre a
educação intercultural que tem como lema: Integrar mais para educar melhor, e trata das escolas
de fronteira buscando uma construção de identidade regional no marco de uma cultura de paz
e de cooperação interfronteiriça por meio da Educação. Conta também com uma preparação
por parte dos professores, que são treinados para ministrar as aulas, e ajudar na interação dos
alunos. Nesse sentindo, vai criando uma bagagem cultural, e ampliando a visão de mundo.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
SEVERINO, Antônio J. Metodologia do trabalho científico. 23 ed. São Paulo: Cortez, 2007.
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Barbosa (2007) aponta que não é suficiente formar em uma perspectiva de várias
linguagens, porém, instrumental, técnica e pragmatista, mas, principalmente, é necessário que
a formação vise ao desenvolvimento da criticidade, no sentido de desvelar e/ou atribuir
intencionalidades, interesses e ideologias que cercam qualquer uso da(s) linguagem. Indo além,
a interdisciplinaridade em uma perspectiva integral deve possibilitar o desenvolvimento de
todas as potencialidades humanas, que envolvem o corpo, a mente, a sociabilidade, a arte, a
cultura, a dança, a música, o esporte, o lazer, a política dentre outros, o que Marx apud Saviani
(2005) denominou de “omnilateral”.
O que remete a inferir que Integrar conhecimentos e experiências consiste em recorrer
às vivências do indivíduo, sejam pessoais ou sociais, para lidar com novos problemas ou
situações. Indo além, a integração, diz respeito a uma formação que promova valores relativos
ao bem comum de uma sociedade democrática.
4 CONCLUSÕES
O presente estudo teve como objetivo identificar a percepção dos professores sobre a
interdisciplinaridade em uma perspectiva de educação integral.
Os resultados apontam que as professoras estão em um processo de formação no que
trata do planejamento e da ação em uma perspectiva interdisciplinar. No entanto, os
distanciamentos identificados dão conta que ainda estão presas aos conteúdos específicos e
valorizam mais as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática e não há indícios de que
exploram as questões políticas e sociais permeadas nos conhecimentos, e como esses podem
ser vivenciados na prática do aluno.
Fica evidente que a formação do professor inicial ou continuada deve dar sustentação à
práxis, tendo em vista que o professor é formado por vários saberes e, em muitos casos,
sobressai ao aprendizado que recebeu realizado dentro de um currículo compartimentado.
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REFERÊNCIAS
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2 METODOLOGIA
O método utilizado foi a revisão bibliográfica de cinco obras de Paulo Freire, para que,
coadunando, leitura e rememoração de nossas atuações, pudéssemos refletir e analisar nossas
práticas e tecer o presente texto.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Não podemos, também, simplesmente pensar e agir conforme o dito popular “faça o que eu
digo, mas não o que faço”, pois a realidade social é que as ações praticadas impulsionam as
condutas, corretas ou incorretas por parte do outro, muito mais do que as belas palavras (muitas
vezes repletas de um falso sentido de ética e moralidade) proferidas.
De forma bastante intrínseca e coerente a toda e qualquer área do conhecimento
estudado dentro dos espaços formais de ensino, encontram-se os processos comunicacionais de
leitura e interpretação. Não é de todo estranho, quando se trabalha com o ensino de Língua
Portuguesa Brasileira nos ensinos fundamental e médio, ouvir reclamações de colegas sobre o
quanto os alunos “não conseguem interpretar textos”, principalmente nas avaliações escritas,
causando uma disparidade entre os resultados anteriormente presumidos e a realidade após as
famigeradas provas. Os estudantes, por sua vez, costumam reclamar que o que é cobrado nas
avaliações “não tem nada a ver” com o que o professor ensinou e como ensinou.
Em momentos assim, é comum que questionamentos sejam feitos principalmente aos
professores da disciplina de Língua Portuguesa, como se esses pudessem “diagnosticar” e
explicar esse lapso, e como se todas as outras áreas do conhecimento não fossem passíveis de
contribuir para a melhoria desse processo reflexivo sobre o conhecimento apresentado e sua
sistematização no âmbito da leitura e da escrita. Freire (1985, p. 12) aponta que “a insistência
na quantidade de leituras sem o devido adentramento nos textos a serem compreendidos, e não
mecanicamente memorizados, revela uma visão mágica da palavra escrita”. Por meio dessa
premissa, podemos ponderar e inferir que ao estabelecer um processo de construção do
conhecimento sobre o qual seja possível, de fato, aliar o saber escolar com a relação que os
educandos têm com o mundo, seja possível que o próprio interesse sobre a aquisição desse
conhecimento seja visto de outra forma dentro do espaço da sala de aula.
Ao aplicar estratégias de ensino que propiciem a reflexão e não apenas a aceitação
imediata e sem questionamentos do que é ensinado, colaborando para a consolidação de um
ambiente onde os sujeitos possam traçar um paralelo entre o conhecimento escolar e sua
vivência, a apreensão das informações que, consequentemente farão parte da expansão do
universo cognitivo dos estudantes, torna-se mais profunda. Faz-se necessário, então, que os
momentos de contato com textos escritos e exercícios diversos permitam “estas reflexões em
torno da importância do ato de ler, que implica sempre em percepção critica, interpretação e
"re-escrita” do lido”. (FREIRE, 1985, p.14), possibilitando que o conteúdo deve ser ensinado,
de forma a possibilitar a compreensão social e cultural do mesmo e seu impacto no mundo.
4 CONCLUSÃO
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Ao concluir este texto, destaca-se que não apenas no ensino de Ciências, Línguas,
Direito, Terapia Ocupacional ou Psicologia, mas no fazer docente, em diversas ações e
alcances, torna-se necessário que o professor tenha a clareza de que “o ensino dos conteúdos
implica no testemunho ético do professor [...] [na qual é necessário] procurar a aproximação
cada vez maior entre o que digo e o que faço, entre o que pareço ser e o que realmente estou
sendo” (FREIRE, 1996, p. 92, 94). Torna-se imperativo, portanto o compromisso de
profissionais éticos, que construam sua identidade profissional a partir da teoria, mas também
com foco nas relações de ensino, por meio de uma prática consciente, reflexiva, integrada e
dialógica.
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. In: FREIRE, Paulo. Três artigos que se
completam. Col. Polêmicas do Nosso tempo, São Paulo: Cortez, 1985.
______. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 6. ed. São Paulo:
Paz e Terra, 1996.
______. Educação e mudança. 23. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999.
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2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Percebemos que as práticas dessa professora condizem com o que está exposto na
legislação, até mesmo indo mais além de suas atribuições. A sala de recurso foi inaugurada dia
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos que as políticas educacionais são a base para nortear o currículo e o acesso
das crianças com necessidades especiais, porém elas não são suficientes para garantir uma
educação de qualidade cabe a cada escola desenvolver e propor maneiras de auxiliar a prática
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pedagógica. É lamentável que nem todos os segmentos da escola busquem auxiliar na melhoria
e na implementação de propostas de inclusão para todos.
Todavia, durante a pesquisa encontramos essa professora que mostra sua garra e
determinação se tornando um exemplo e que merece toda nossa admiração, pois mesmo diante
de inúmeras dificuldades não desanima e sempre está buscando de todas as formas ensinar os
alunos que recebe na sala de recursos multifuncional. Vygostky (1989) afirma que uma criança
com deficiência mental não é menos desenvolvida que outra da sua idade, mas é uma criança
que se desenvolve de outro modo. Assim não existe uma única forma de aprender e tão pouco
uma única forma de ensinar, mas deve haver o respeito ao modo peculiar de cada um aprender.
REFERÊNCIAS
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2 METODOLOGIA
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No próximo item, será realizada uma breve análise dos vídeos entregues pelos grupos
de alunos.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Segundo Mancuso e Leite Filho (2006), a maioria dos trabalhos desenvolvidos na III
Expo Química pode ser classificado como de montagem e informativo, sendo poucos os
trabalhos investigativos. Com isso, um dos desafios do grupo do PIBID é elaborar propostas de
abordagem experimental com caráter investigativo e problematizador, para serem futuramente
desenvolvidos na escola. Além disso, outro desafio que se apresenta é a manipulação das
tecnologias audiovisuais para inserção satisfatória no ambiente educacional.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Analisando os resultados podemos concluir que houve grande empenho dos alunos ao
realizarem as atividades proposta na III Expo Química, tendo como ponto positivo a elaboração
das mídias utilizadas, a participação ativa e interesse dos alunos em sala de aula. Pode-se
observar a grande satisfação dos alunos ao perceber o interesse da comunidade ao visitar a feira.
REFERÊNCIAS
MANCUSO, R.; LEITE FILHO, I. Feiras de Ciências no Brasil: uma trajetória de quatro
décadas. In: Programa Nacional de Apoio às Feiras de Ciências da Educação Básica
Fenaceb. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica – Brasília: Ministério da
Educação, Secretaria da Educação Básica, 2006.
ISSN: 2179-8389