A Geopolítica Das Pessoas Com Deficiência - O Caso Brasileiro e A Obrigatoriedade Da Inclusão Social

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A Geopolítica das Pessoas Com Deficiência um processo

histórico-jurídico e geográfico – O caso brasileiro, a


obrigatoriedade da inclusão social e a Influência da
Política Internacional na Política Interna

Linha de pesquisa:Território, Estado e Planejamento

INTRODUÇÃO

O processo de desenvolvimento e surgimento do homem na terra ocorreu de


forma lenta e gradual no início por meio da necessidade da proteção do homem
frente às adversidades da natureza. A espécie humana, desde o início,
desenvolveu-se angariando do ambiente os recursos necessários para a
sobrevivência e promovendo as adaptações necessárias no meio que os cercava.

Este processo permeou milhares de anos para o desenvolvimento das


habilidades e capacidades humanas. Desenvolveram-se em diversos ambientes a
vida doméstica, social e a criação no reino animal da vida política; ocuparam dois
ambientes com influências múltiplas, um sobre o outro, quais sejam a vida interior,
ou particular, aquele do ambiente doméstico; e formulou a expressão da vivência
exterior, ou público, estes dois ambientes formam no homem uma visão de
influência do indivíduo sobre a sociedade conforme expressa (Santos; 2006):
(...) é melhor que tais domínios de estudo sejam, de fato, superfícies da
vida social, ou como queria o geógrafo Sauer (1963, p. 316), secções da
realidade.

Não há modo de tornar-se domínio de estudos caso não haja um debruçar-se


sobre o caso a ser analisado. Em tratando-se de PCD o desenvolvimento geográfico
da questão carece de um aprofundamento na sociedade brasileira, pois caso este
fato se averiguasse na realidade não haveriam tantos empecilhos como ocorrem
atualmente. Neste ponto os próprios indivíduos preferem negar-se como tal a se
tomarem a identificação e lutarem conforme a mesma predetermina. Nesse ponto a
superfície da vida vida social trata-se da vertente atitudinal a ser desenvolvida.
Esta, segundo ele, teria desejado interpretar a realidade social e o seu
movimento a partir exclusivamente dos meios técnicos, atribuindo,
assim, um papel predominante aos utensílios, sem levar devidamente em
conta os quadros sociais onde as técnicas e os instrumentos nasceram e
agiram. G. Gurvitch inclui entre os que assim pensaram os partidários da
tecnocracia, de Taylor a J. Burnhan.

Constitui-se no fato exatamente deste movimento dos meios técnicos de


gerar a melhoria das condições com as quais os objetos de pesquisa tratados neste
texto desenvolvem-se, ainda que com dificuldades.

Esta portanto expressa o sentido das normas que não se consubstanciam tendo
em vista uma melhoria da qualidade de vida das PCD, ao contrário trata daquelas
que às ignoram a existência. Desse modo, portanto, ocupam-se para preservar o
viés social no tratamento dos indivíduos com algum tipo de deficiência. São
comportamentos assemelhados a esse, portanto que criam no indivíduo uma certa
invisibilidade, e autonegação em virtude da falta de entendimento dos outros para
com a especificidade pela qual o meio exclui a participação do mesmo na
sociedade.

Tratando, pois agora, das questões espaciais: “(...) dos países


subdesenvolvidos caracterizam-se primeiramente pelo fato de se organizar e
reorganizar em função de interesses distantes e mais frequentemente em escala
mundial.(Santos; 2008)” Neste ponto interpreta-se tal interesse como os interesses
dos países desenvolvidos, mas não só apenas, como também da subordinação aos
tratados e acordos internacionais aos quais os mesmos associaram-se de forma
autônoma. Tomando por base que a não aceitação de tais tratados tenderia a isolar
o país na comunidade internacional.

Por seu turno a questão do lugar, sofre influência direta do primeiro através
dos mesmos mecanismos, sendo que neste último a determinação necessita
arraigar-se no tecido social para surtir o efeito desejado. Desse modo os circuitos
inferiores da economia neste ponto precisam necessariamente serem impactados
para que a lei surta o efeito desejado pelos atores externos. Não somente como
também os aspectos culturais devem ser alterados de modo efetivo, mas também
não por meio de quebras bruscas de alterações de comportamento, e sim de modo
gradual .

Já a paisagem deve tornar-se acessível a todos, adaptando-se de igual


modo que o conceito anterior, contudo não padronizando, anulando as digitais da
cultura nacional trazendo desse modo uma visão identitária própria da comunidade
local. O que reflete uma perspectiva própria do território gerido por si próprio e
influenciado pelo mundo globalizado envolto em normativas comuns. Tomando
desse modo uma característica regional na formação dos blocos políticos aos quais
a soberania nacional atrela-se por vontade própria a fim de não tornar-se um pária
internacional e traçando sobre si os estigmas de persona nom grata para a
comunidade internacional como um todo.

Tomando por base o contexto histórico, tecido que permeia e entrelaça o


espaço geográfico consolidados esses aspectos houve a manutenção dos mesmos
fatos sociais excludentes ao longo da história. Tendo em vista o fato de que a
espécie humana teve entre seus diversos antepassados:
o ancestral mais aceito como representante mais provável dos primeiros da
linhagem humana é o Sahelanthropus tchadensis de Koro Toro no Chade
(Groves; 2009) seus fósseis, que apontam como o mais antigo bípede,
foram encontrados em camadas geológicas com idade estimada de 7
milhões de anos (NEVES; PILÓ, 2008) (...)

Deste grupo de antepassados sabe-se quase nada porque, não se tem


indícios de como os primeiros grupos de humanos na Terra se comportavam de
modo geral e em relação às pessoas com deficiência. O que se pode afirmar é que
as pcd não sobreviviam ao ambiente hostil da Terra, em muitos casos por não
deterem a capacidade de auxiliar o grupo nas atividades, logo eram abandonados.
Basta lembrar que não havia abrigo satisfatório para dias e noites de frio intenso e
calor insuportável; não havia comida em abundância, era preciso ir à caça para
garantir o alimento diário e, ao mesmo tempo, guardá-lo para o longo inverno.
Outras culturas, sociedades, protegiam as pcd e as tratavam como divindades
disponibilizando para as mesmas os melhores tratamentos possíveis à época
dignificando as mesmas além do necessário.

No mundo ocidental contemporâneo as PCD vivem de três modos distintos:


primeiro tratados como umas pessoas da realeza ao enquadrarem-se em condições
sociais favorecidas; como excluídos ao enquadrarem-se em condições
socioeconômicas menos favorecidas e em situações autônomas quando
encontram-se em uma situação social mediana.

Problema de Pesquisa
Na vertente da geopolítica, as pcd conquistaram os direitos inatos à pessoa
humana. Conforme as explicitam as 3 gerações de direitos humanos quais sejam a :
1ª a dimensão das liberdades individuais ou os chamados direitos civis; 2ª a
dimensão dos direitos sociais; 3ª a dimensão dos direitos coletivos da
humanidade. No que se refere a pcd além dessas dimensões gerais se tem
algumas especificidades como a eliminação de barreiras a participação social que
se enquadram na 3ª geração dos direitos coletivos.

O questionamento a ser feito é qual é a relação entre a geopolítica e os


direitos das PCD? Como a geografia, história e o direito relacionam-se nesse caso?
E qual a relação que o Brasil tem com essa questão? Essas questões encontram-se
dispostas por todo o espaço, pois em todo ele é buscado um lugar apropriado para a
vida de todos e muito se tem feito para que estes direitos sejam atendidos em todas
as especificidades do ser humano.

Objetivos

Ao abordarmos estes períodos para munir a pesquisa de uma vivência social.


No decorrer da história, diversas sociedades trataram as PCD’s de forma
diferenciadas. A melhoria das condições de vida e adaptações necessárias para a
inserção e tratamento igualitário. Outro ponto a ser seguido trata-se da melhoria das
condições de vida da população com deficiência que vive pelo país em condições
degradantes. Vide os deficientes físicos, postos nas calçadas para auferirem alguma
condição para manutenção de vida dos mesmos e das respectivas famílias.

Devido ao processo destacado acima e conforme o ordenamento jurídico


pátrio, mais especificamente a lei 13.146 de 6 de julho de 2015 no art. 3º inciso IV
expressa que ‘ipsis litteris':
barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite
ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o
exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de
expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à
circulação com segurança, entre outros, classificadas em:

a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e nos espaços públicos e


privados abertos ao público ou de uso coletivo;

b) barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifícios públicos e privados;


c) barreiras nos transportes: as existentes nos sistemas e meios de
transportes;

d) barreiras nas comunicações e na informação: qualquer entrave,


obstáculo, atitude ou comportamento que dificulte ou impossibilite a
expressão ou o recebimento de mensagens e de informações por
intermédio de sistemas de comunicação e de tecnologia da informação;

e) barreiras atitudinais: atitudes ou comportamentos que impeçam ou


prejudiquem a participação social da pessoa com deficiência em igualdade
de condições e oportunidades com as demais pessoas;

f) barreiras tecnológicas: as que dificultam ou impedem o acesso da pessoa


com deficiência às tecnologias;

Estas barreiras expressas de forma objetiva no texto legal expressam


as dificuldades de acesso que as PCD têm de viver com dignidade conforme
expresso no artigo 1º de nossa carta magna. Esta característica imanente aos seres
humanos que muitas vezes os é negada. Os motivos dessa negativa constituem-se
devido a vários motivos, em específico podemos citar a falta de alteridade, um modo
de se estar no lugar do outro; de reconhecer-se estranho e buscar soluções para os
problemas de terceiros com a maior eficiência e eficácia possíveis.

A geografia neste caso fica evidenciada por meio do relato de Claval ao


relatar que:
Béatrice Collignon dedica suas pesquisas aos esquimós do Cobre -
chamados hoje de inuítes -, que vivem no arquipélago ártico e no norte do
Canadá, na parte Oriental do Nunavut (COLLIGNON, 1996). Os
observadores fascinam-se em reconhecer a extraordinária capacidade
dessas populações em percorrer longos itinerários na Tundra ou no mar de
caiaque no verão e sobre a neve ou sobre o gelo no inverno.

Pois bem, para se realizar tal façanha foram necessárias adaptações dos
equipamentos utilizados para a travessia, estes são demonstrados no texto na figura
dos caiaques. De igual modo necessita-se de equipamentos adaptadores as PCD a
fim de atravessar a vida cotidiana, tendo em vista que um dos sentidos é deficitário.
Dessa forma solicita-se adaptações no espaço para a sobrevivência com dignidade.

Agora cabe-nos responder uma pergunta: a geopolítica neste caso tem


aplicação onde? Importante frisar que o tratamento digno das PCD ocorre devido
ao processo da legislação da ONU, e seu cumprimento é facultado aos Estados, no
entanto existem determinados fatores de pressão internacional que obrigam aos
entes de direito público interno o cumprimento de tais medidas, caso contrário
ocorrerá uma série de sanções que a comunidade internacional irá aplicar nos
países desviantes da legislação internacional.

Ademais no caso específico brasileiro tais medidas impactam diretamente no


comércio internacional do país tendo em vista que as certificações dos produtos
dependem de tais pré requisitos.Estes por sua vez caracterizam-se, através do
processo de exportação que tem seus processo descrito como:
O fluxo do processo de exportação se inicia com a intenção de um operador
privado em realizar uma exportação e termina com o embarque da
mercadoria para o exterior. Além de tratar com seus parceiros comerciais e
da cadeia logística, o exportador deverá, mediante declaração específica,
informar ao governo a operação a ser realizada. Dependendo das
características da mercadoria, o exportador deverá atender exigências de
legislação nacional, normas internacionais ou normas impostas pelo
país importador (Oliveira; 2021).

Estes regramentos devem levar em consideração alguns aspectos


geopolíticos que adentram o campo teórico desta disciplina. Daí a preocupação em
abordar tal temática, identificada como a área que estuda as relações de poder entre
os Estados considerando as vias diplomáticas e militares, sendo o comércio uma
das tidas por vias diplomática.

Portanto albergamos neste trabalho os seguintes objetivo principal:

1. Traçar a relação entre geopolítica e os direitos das PCD;

Objetivos específicos:

1. Analisar a relação das PCD com os conceitos


geográficos;
2. Pesquisar a conceituação a respeito da temática no
campo internacional;
3. Verificar como estes processos aplicam-se no RN.

Política - E as influências internacionais


O processo de formação territorial demanda que haja um regramento no
mesmo a fim de que em um primeiro momento dê-se a posse da porção de terra
desejada e posteriormente crie-se um ordenamento que irá consolidar a posse.
Devido a isso criaram-se os documentos legais que reafirmaram a posse em um
território a um determinado povo que os três elementos criaram um poder
denominado soberania. Dessa forma surgiu o Estado.

A marca principal de um Estado conforme a Teoria Geral do Estado


relaciona-se aos elementos constitutivos do mesmo, população, território, governo e
soberania, este último relaciona-se a uma questão de emissão de diplomas legais
que devem ser seguidos por todos internamente, sob pena de pretensa coação a ser
realizada pelo próprio Estado de forma proporcional. A Constituição de um país
depende da edição legislativa de ordenamentos públicos de direito interno, daqui se
tira por exemplo as legislação como um todo da qual segue-se como exemplo: o
Estatuto das Pessoas Com Deficiência, Estatuto dos Servidores Públicos Civis da
União, a Lei Orgânica da Previdência Social, a Consolidação das Leis Trabalhistas,
a Lei de Responsabilidade Fiscal constituem alguns exemplos do ordenamento
pátrio.

Formação dos Fundos Assistenciais

Estes fatos nos são confirmados devido ao processo histórico da formação da


Previdência Social, pois a mesma no Brasil foi fundada em nosso país através do
processo de criação de fundos públicos administradores dos recursos que cuidaram
da assistência aos idosos e, a época, deficientes a fim de garantir uma dignidade às
pessoas em caso do acontecimento de acidentes de trabalho e do avançar da idade.
Idosos e deficientes eram tratados como improdutivos e deixados aos
cuidados das famílias dos mesmos que tinham por obrigação moral de zelar pela
vida dos mesmos uma vez que os primeiros correspondiam aos indivíduos que
cuidou da família por toda a vida e os segundos eram os filhos, nascidos com
deficiência, ou com a mesma adquirida com o tempo na visão dos séculos XIX e XX.

Já no jovem século XXI a percepção da deficiência teve uma virada


interpretativa do seguinte modo. Não são as Pessoas que tem deficiência é o
ambiente que não possibilita a inclusão dos indivíduos nos locais que são criados
para atender uma certa finalidade, pois o lugar relaciona-se com o meio
técnico-informacional no qual o mesmo é inserido e tem conexões com o mundo
exterior a depender da tecnologia encontrada dentro de si.

Desse modo não se trata apenas de um recinto minúsculo no qual o escritor,


por exemplo, está desempenhando seu ofício, mas também neste mesmo local a
conexão com o mundo se faz visível através da tecnologia, a realidade está a
depender da perspectiva da análise. Portanto a interpretação e o esboço do que
seria lugar depende do fenômeno a ser abordado na análise geográfica que
pesquisador se destina a fazer.

Outro exemplo trata-se dos lugares do acontecimento dos fatos analisados,


no caso em discussão este delimita-se por todo território nacional, uma vez que a
validade dos ordenamentos que cuidam do tema assim o tem. E este processo
portanto está relacionado aos grupos funcionais, como por exemplo os marítimos,
bancários, portuários, enfim trabalhadores de diversas categorias que auxiliavam-se
para assegurar que o mesmo ocorresse com todos.

Portanto aponta-se para o fato de que a criação da Previdência Social


iniciou-se pelo cuidado das diversas categorias para com os trabalhadores. Restou
daqui as Pessoas Com Deficiência quem se responsabilizava pelo cuidado das
mesmas? A resposta constitui-se na família e na falta desta, ou em
complementação, a Igreja auxiliava os desafortunados, pois a Caridade, o Amor ao
ser humano constitui-se na missão da Instituição Religiosa, mais do que tudo.

Portanto é notório observar que a Igreja sempre esteve alerta ao processo de


Assistência aos desamparados através das Santas Casas de Misericórdia que trata
das pessoas que se encontram em um processo de fragilização da saúde e da
dignidade humana.

Em muitos casos e momentos a dor acompanha os cidadãos, a tristeza faz-se


fiel companheira da humanidade. O motivo pelo qual isso acontece ocorre devido ao
processo de isolamento social. E este processo impele na natureza humana um
receio de abandono e desproteção o que nos remete à fragilidade humana frente à
realidade natural e social que se alastrou por toda a realidade humana ocidental,
onde impera a lei que estabelece um processo individualista.

Este marco iniciou a Idade Contemporânea ocorrida com a Independência


dos Estados Unidos e também com a Revolução Francesa, marcos estes que deram
a formação do processo Jurídico Político Constitucional do ocidente. O mesmo
expressa-se no processo baseado em documentos formais que descrevem o modo
como o Estado foi formado, a função da entidade jurídica de direito público interno,
os direitos e obrigações dos indivíduos abarcados pela mesma entidade, a
organização interna do ente, da organização dos poderes internos, da defesa do
Estado e das Instituições Democráticas, da tributação e do orçamento, da ordem
econômica e financeira, da ordem social e das demais regras não abordadas em
nenhuma das divisões relatadas anteriormente. Esta é portanto a estrutura dos
títulos da Carta Constitucional Brasileira.

Procedimentos Teóricos-Metodológicos
A visão da geopolítica enquanto ciência trata do relacionamento entre os
Estados na configuração do território mundial cuidando das ocupações dos espaços
pelos países e muitas vezes gerando conflitos. Neste sentido tratamos de
especificar neste artigo a análise de dados quantitativo e qualitativos referente,
primeiramente, devido ao fato das PCD serem relevantes tanto em relação ao
quantitativo, algo em torno de 1 bilhão, ou 12,75%, e em parte este quantitativo
relaciona-se à geopolítica tendo em vista que muitas vezes os conflitos bélicos
geram um aumento na ocorrência de PCDs pelo modo adquirido. Desse modo,
gerando uma necessidade moral do atendimento destas pessoas que se
sacrificaram pela melhoria da condição de vida de todos os domiciliados no país.

Na conformação dos territórios sob disputa ocorre devido ao fato da


importância geográfica do mesmo por uma determinada população com a influência
de mais de um Estado na região para conformar os modos culturais de vivência.
Fatos como este ocorrem em sua maioria de acordo com Samuel Huntington
destaca que há modelos civilizacionais que entram em conflito nas regiões de
interconexão entre as mesmas. Pautando desse modo o processo de legislação
aplicada sobre determinado território.

E desse modo influenciando as vidas das pessoas em geral e corroborando


para o modo diversificado no tratamento dos personagens em questão neste artigo
com a disponibilidade de determinados direitos às mesmas de acordo com a visão
do ente que vencer o conflito.

“Devemos dar uma rápida olhada na hierarquia lógica que rege o mundo da
ação como se fosse uma autoridade devidamente constituída. (Clausewitz; 1832)”
Solicitamos neste ponto o auxílio do autor citado para guiar uma discussão mais
orientada aos objetivos almejados. Neste ponto o autor nos indica que a observância
da hierarquia, no caso legislativa, tem um papel fundamental no atendimento das
demandas solicitadas.

Esta análise recai sobre a lei, princípio, regra e normas que são espécies de
documentos que moldam a realidade devido a força coercitiva que esses elementos
detém, pois é aqui que o Estado deposita parcela da sua soberania. Os mesmos
conformam a realidade social da estrutura de um país determinado. Assim, apenas a
formulação desses instrumentos pode disponibilizar um tratamento mais condigno
das pessoas com deficiência pertencentes a um país. No entanto, pressões externas
se fazem sentir neste sentido por meio conforme já abordado.

Princípios diplomáticos eivados de acordos de cooperação e tratados da não


violência. O Tratado sobre a Não-Proliferação de Armas Nucleares foi assinado em
Londres, Moscou e Washington, em 1º de julho de 1968; o ato multilateral em
epígrafe foi oportunamente aprovado por meio do Decreto Legislativo nº 65, de 2 de
julho de 1998;Tratado sobre a Não-Proliferação de Armas Nucleares entrou em vigor
internacional em 5 de março de 1970; Instrumento de Adesão do referido Tratado,
em 18 de setembro de 1998 através do Decreto nº 2.864, de 7 de dezembro de
1998.

Portanto a metodologia a ser abordada neste trabalho constitui-se na clássica


metodologia cartesiana, onde o problema abordado é passível de ser analisado por
diversos pontos de vista e aglutinado posteriormente para a formulação de um todo.
Ademais por este método a ser aplicado consideraremos da melhor forma a vida das
PCD que não estão imiscuídas em apenas uma vertente do conhecimento, e sim em
todos os conhecimentos. Pois a visão que deve-se ter da questão é biopsicossocial.
E com isto busca-se uma integralidade almejada por Leibniz e Newton no
desenvolvimento do ferramental matemático para tratar-se dos problemas reais que
apresentam-se no dia-a-dia.

Desse modo considera-se embasar este artigo com a metodologia clássica


descrita por René Decartes em sua Clássica obra: “O Discurso do método” afeito à
análise dos conteúdos e discussões acerca dos variados conceitos. descrito como:
“sempre houve funcionários com o encargo de fiscalizar as construções
dos particulares para torná-las úteis ao ornamento do público,
reconhecer-se-á realmente que é penoso, trabalhando apenas nas obras de
outrem, fazer coisas muito acabadas. (...) Achava-me, então, na Alemanha,
para onde fora atraído pela ocorrência das guerras, que ainda não
findaram, (...) permanecia o dia inteiro fechado sozinho num quarto bem
aquecido onde dispunha de todo o vagar para me entreter com os meus
pensamentos .

Neste trecho fica claro para a metodologia a aplicação deste


conhecimento aos conflitos armados, o método cartesiano busca a dedução de
axiomas e destes retirar conclusões particulares. Em complementação será utilizado
o método agostiniano que por meio de indagações almeja alcançar a verdade
absoluta neste caso auxiliando o método cartesiano.

Enfim a geopolítica

Existe um certo distanciamento entre a abordagem das dignidade das PCDs


e a geografia.Devido ao fato de as mesmas disciplinas serem base teórica para o
conflito da 2ª Guerra Mundial, uma vez que a referida ciência surgiu como um
conhecimento científico no século XIX na Alemanha e França, com os pensadores
Friederich Ratzel e Vidal de La Blache respectivamente.
A geografia é, de início, um saber estratégico estreitamente ligado a um
conjunto de práticas políticas e militares e são tais práticas que exigem o
conjunto articulado de informações extremamente variadas, heteróclitas à
primeira vista, das quais não se pode compreender a razão de ser e a
importância, se não se enquadra no bem fundamentado das abordagens do
Saber pelo Saber. (...) a articulação dos conhecimentos relativos ao espaço,
que é a geografia, é um saber estratégico, um poder.

Neste processo estratégico do qual se funda a geografia criou-se a


geopolítica que trata de questões maiores do Estados entre si. Este ramo
internacional amolda a realidade interna de um país por meio dos processos
estratégicos das sanções impostas aos mesmos na Comunidade Internacional.
Para tanto faz-se necessário uma abordagem de alguns aspectos do Direito
Internacional que trata da questão da legislação extraterritorial alçando voos que
englobam o planeta como um todo.

A legislação a ser aplicada nestes casos corresponde aos acordos, tratados e


convenções internacionais que determinam normas relacionadas ao conjunto dos
fatores da generalidade humana. Mas este processo serve como uma espécie de
contemplação dos aspectos doutrinários da ciência em seu fundamento. Pois o trato
do espaço territorial dos países também constituem abordagens geográficas e neste
ponto também políticas. Dessa forma a inclusão dos aspectos relacionados às
PCD’s

A questão da acessibilidade em locais públicos deixa muito a desejar. Em um


primeiro momento por causa da deterioração dos próprios fixos, imobiliários, que
afeta inclusive às pessoas que não tem deficiência. Depois a visão de que os
caminhos e as vias públicas. Mesmo em locais de boa circulação de pessoas ainda
assim existem dificuldades de barreiras físicas para a eliminação das mesmas e o
acolhimento de todos frente à realidade das barreiras.

A Geografia (Física) e as Pessoas Com Deficiência (Física)

Os diversos tipos de formatos de relevo tornam alguns pontos do planeta


inacessíveis para uma parcela da população relata-se que existem em torno de 1
bilhão de pessoas ao redor do mundo com algum tipo de deficiência. Esta parcela
não deve ser desconsiderada, no entanto em muitos casos este fato ocorre.
Conforme relatado ao longo da história humana ocorreram diversas conciliações a
respeito da dignidade destas pessoas ao longo do mundo; a previdência social
surgiu nesse sentido para amparar o ser humano nas adversidades da vida.

O conhecimento geográfico por sua vez deve ser apropriado para que se
realize a melhoria da qualidade de vida de todos, afinal de contas esta é uma ciência
das humanidades. Nesse viés deve-se apropriar-se da geografia para que seja
realizado o desenvolvimento de tecnologias primordiais para a utilização dos meios
físicos da realidade por todos.

Terra, ar e água constituem nos meios pelos quais o ser humano pode
deslocar-se para percorrer as distâncias entre as diferentes localidades. Óbvio é o
fato de haverem navios, aviões, trens, carros, entre outros meios de transporte. O
relevo mundial com uma altimetria variante entre 424 metros abaixo do nível do mar,
na região do Mediterrâneo e o Monte Everest com 8.848 metros, uma diferença de
8424 metros entre tais altitudes. Toda esta diferença nos faz questionar que na
superfície terrestre é raro um lugar na Terra que o homem não tenha a capacidade
de deslocar-se. A capacidade das PCD’s de deslocar-se pelo ambiente, porém, de
acordo com (Castillo; 2017) refere-se:
a mobilidade espacial é a capacidade de um agente de movimentar-se a pé ou por
algum meio de transporte e de fazer movimentar bens e informação; essa capacidade
varia em função de uma série de atributos, dos quais os mais importantes são: (1) a
condição econômica do agente e (2) a acessibilidade, isto é, as condições
geográficas de cada fração do espaço e da escala de deslocamento.
Em seus primórdios o conhecimento humano foi elaborado e desenvolvido
como um processo de estratégia de Guerra, os conflitos são ganhos por aqueles
que detêm um maior domínio do conhecimento humano. A relação conhecimento
domínio iniciou-se conforme expressa Maquiavel através da força. A mesma não se
relaciona com todo o campo semântico, mas tão somente a força física. Isso
obviamente por se tratar de tempos imemoriais.

Atualmente, contudo, o arcabouço de todo o conhecimento humano fez com


que essa realidade se consolidasse por meios mais sutis de poder. Um dos quais
atrela-se de forma umbilical à inacessibilidade. Segundo os doutrinadores do
pensamento econômico um produto possui maior valor quanto mais difícil for seu
acesso, desta forma o mesmo será um gerador de valor agregado pela dificuldade
de se alcançar o mesmo.

Pois o que diferencia um diamante do arenito, é tão somente a raridade do


primeiro frente ao segundo. De igual modo podemos falar dos lugares, quanto mais
difíceis de serem acessado maior valor estes lugares detém, um emprego por
exemplo constitui em um exemplo nato desta temática excludente. De igual modo
uma paisagem terá maior valor agregado quanto mais raro for perspectiva de se
observar o mesmo. É por este motivo que planícies não se tornam muito apreciadas,
os relevos com uma altimetria elevada sim, qual paisagem revela-se mais
contemplada um campo de futebol de várzea acessível, ou o pico do Monte Everest
inatingível, ora pela própria nomenclatura pode-se averiguar o fato de que o
segundo torna-se mais valorizado pelo simples fato de ser singularizado.

Uma vez posto esse panorama a geografia por meio de suas disciplinas:
“muitos professores por não saberem lidar com pessoas com deficiência acabam
deixando-os de lado (...) (Alciatti; 2011)” este fato ocorre em todos os eventos
através dos quais a escola desloca-se para fora de seus muros com o corpo
discente, pois “o mundo é inacessível e a escola não tem culpa disso. Vamos subir
ladeiras, observar o por do sol, ouvir o canto do sabiá, isto é o melhor da vida.
Sério?! Façamos isso sim porém incluamos a todos no processo.

O dever da sociedade constitui em viver todos unidos em prol de uma


melhoria para todos. Comenius retrucou que a escola deve criar uma metodologia
de ensinar tudo a todos. Como então realizar tal fato se não se consegue ao menos
levar todos os alunos aos Picos e Vales? Neste aspecto Milton Santos nos revela
que o homem tem sua vivência em um território que a utilização do mesmo gera
territorialidades. Neste quesito trataremos de nos perguntar dos diversos usos que
as Pessoas Com Deficiência realizam no território e quais territorialidades são
criadas pelas mesmas.

Pertencer àquilo que nos pertence constitui a marca da territorialidade, porém


para os indivíduos em questão o território os pertence? Algumas vezes criam-se
condições para que a posse seja confirmada em outros casos isso não ocorre. No
segundo caso faz-se necessário alguma intervenção para fundar os meios a serem
utilizados no território para que este possa ser dominado.

Em grande parte dos transportes terrestres da década de 1980-1990 não há a


questão da acessibilidade garantida, até meados de 2000 não houve a preocupação
com a inclusão. Apenas em 2007 houve a edição de uma convenção. Importante
notar que não há a necessidade de lei para se realizar uma prática social positiva, a
boa convivência social para com as Pessoas Com Deficiência, importa sim e tão
somente a compreensão de todos para com todos.

REFERÊNCIAS:

Claval, Paul; Epistemologia da geografia / Paul Claval; tradução Margareth de


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UFSC, 2014

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disponível em:
https://www.sagepub.com/sites/default/files/upm-binaries/26491_Chapter_1_Historic
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elementos teóricos para análise; publicado em: agosto de 2014 nos Anais do VII
Congresso Brasileiro de Geografia; ISBN: 978-85-98539-04-1 disponível em:
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