CadernoEDH Vol6
CadernoEDH Vol6
CadernoEDH Vol6
Direitos Humanos
Disciplinas
Instrumentais
1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG
EXPEDIENTE
Reitora
CLEUZA MARIA SOBRAL DIAS
Vice-Reitor
DANILO GIROLDO
Pró-Reitora de Extensão e Cultura
ANGÉLICA DA CONCEIÇÃO DIAS MIRANDA
Pró-Reitor de Planejamento e Administração
MOZART TAVARES MARTINS FILHO
Pró-Reitor de Infraestrutura
MARCOS ANTÔNIO SATTE DE AMARANTE
Pró-Reitora de Graduação
DENISE MARIA VARELLA MARTINEZ
Pró-Reitor de Assuntos Estudantis
VILMAR ALVES PEREIRA
Pró-Reitor de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas
CLAUDIO PAZ DE LIMA
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação
EDNEI GILBERTO PRIMEL
Diretora da Secretaria de Educação a Distância
IVETE MARTINS PINTO
EDITORA DA FURG
Coordenador Editora, Livraria e Gráfica
JOÃO RAIMUNDO BALANSIN
Chefe Divisão de Editoração
CLEUSA MARIA LUCAS DE OLIVEIRA
2
Cadernos de Educação em e para os
Direitos Humanos
Disciplinas
Instrumentais
3
Comitê Científico e Editorial
Membros Externos
Antônio Hilário Aguilera Urquiza Giuseppe Tosi Universidad de la República Uruguay
Universidade Federal de Mato Grosso Universidade Federal da Paraíba (UdelaR)
do Sul (UFMS) (UFPB) Maria de Nazaré Tavares Zenaide
Antonio Mauricio Medeiros Alves Hector Cury Soares Universidade Federal da Paraíba
Universidade Federal de Pelotas Fundação Universidade Federal do (UFPB)
(UFPel) Pampa (UNIPAMPA) Paulo Ricardo Opuszka
Castor Mari Martín Bartolomé Ruiz João Ricardo Wanderley Dornelles Centro Universitário Curitiba
Universidade do Vale do Rio dos Pontifícia Universidade Católica do (UNICURITIBA)
Sinos (UNISINOS) Rio de Janeiro (PUC-RJ) Soledad Garcia Muñoz
David Almagro Castro João Ricardo Wanderley Dornelles Instituto Interamericano de Derechos
Programa de Pós-Graduação em Pontifícia Universidade Católica do Humanos (IIDH)
Direito (PPGD/PUC-RS) Pontifícia Rio de Janeiro (PUC-RJ) Inter-American Institute of Human
Universidade Católica do Rio Grande José Osvaldo Jara García Rights (IIHR)
do Sul (PUC-RS) Universidad de Valparaíso - Chile Tiago Menna Franckini
Davi Valcarenghi Bolzan Julio Cesar Llanan Nogueira Universidade Federal de Santa
Escola Técnica Estadual Senador Universidad Nacional de Rosario – Catarina (UFSC)
Ernesto Dornelles Argentina Víctor Brindisi
Erico Pinheiro Fernandez Lúcia de Fátima Guerra Ferreira Comité Internacional de Educación
Escola Estadual de Ensino Universidade Federal da Paraíba para la Paz, No violencia y los
Fundamental e Médio General (UFPB) Derechos Humanos
Álvaro A. da S. Braga Márcia Ondina Vieira Ferreira Vladmir Oliveira da Silveira
Gabriela Kyrillos Universidade Federal de Pelotas Universidade Nove de Julho
Programa de Pós-Graduação em (UFPel) (UNINOVE)
Direito (PPGD/UFSC) María Inés Copello Danzi de Levy
Membros da FURG
Carlos Alexandre M. Marques José Ricardo Caetano Costa Renato Duro Dias
Clarice Pires Marques Júlia Matos Salah Hassan Khaled Junior
Débora Amaral Sotter Liane Hüning Birnfeld Sheila Stolz
Eder Dion de Paula Costa Marisa Pires Susana Maria Veleda da Silva
Francisco Quintanilha Verás Neto Paula Regina Costa Ribeiro
Jaime John Raquel Fabiana Lopes Sparemberger
5
Parte III: Trabalho de Conclusão de Curso .................................................................................
Qual a função do professor-orientador?..................................................................................................................................
Carlos Alexandre Michaello Marques e Clarice Gonçalves Pires Marques........................ 73
Preciso construir um projeto! E agora?.......................................................................................................................................
Clarice Gonçalves Pires Marques.......................................................................................................................................... 79
Defesa oral: como vou apresentar meu artigo? .............................................................................................................
Clarice Gonçalves Pires Marques.......................................................................................................................................... 86
A importância da postagem do TCC definitivo .............................................................................................................
Clarice Gonçalves Pires Marques.......................................................................................................................................... 89
Sobre os autores ...................................................................................................................................................................................................... 91
6
Apresentação da Coleção Cadernos da EDH
7
preparar plenamente a criança para viver uma vida individual na
sociedade e ser educada no espírito dos ideais proclamados na Carta das
Nações Unidas e, em particular, num espírito de paz, dignidade, tolerância,
liberdade e solidariedade. (UNICEF, 2004, p. 4 1)
Neste sentido é que a Convenção sobre os Direitos das Crianças faz especial
referencia ao ensino pleno e em todos os níveis: fundamental, médio e superior,
especificando que este tipo de direito deve ser alcançado progressivamente e baseado
em oportunidades iguais.
Nesta mesma esteira de raciocínio, a Conferência Mundial de Direitos
Humanos, realizada em Viena em 1993, balizou aos Estados e às Instituições
governamentais e não governamentais a importância da educação, a capacitação e a
informação pública em matéria de Direitos Humanos e, portanto, da necessidade em
promover a realização de programas e estratégias educativas, visando ampliar ao
máximo a Educação em e para os Direitos Humanos (EDH). Precisamente por isto, em
dezembro de 1994, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU)
promulgou2, entre o período compreendido de 1º de janeiro de 1995 a 31 de dezembro
de 2004, a Década da Educação em Direitos Humanos.
Com o objetivo precípuo de avaliar o estado da EDH na região, a América
Latina realizou, no México em dezembro de 2001, a Conferência Regional sobre
Educação em Direitos Humanos na América Latina. Este encontro revelou que, no
Brasil, assim como na América Latina, a Educação em Direitos Humanos surge no
contexto das lutas sociais e populares como estratégia de superação dos regimes
ditatoriais e de resistência cultural às violações massivas aos Direitos Humanos. Estes
são entendidos como indispensáveis nos processos de democratização e, sobretudo,
como fundamento emancipatório de conquista e criação de direitos. Nesse sentido,
pronuncia-se o pesquisador peruano Ignacio Basombrío,
1
UNICEF. Convenção sobre os Direitos das Crianças. Disponível em:
http://www.unicef.pt/docs/pdf_publicacoes/convencao_direitos_crianca2004.pdf. Acesso em
27/12/2011.
2
Resolução 49/184 da Assembleia Geral da ONU.
3
BASOMBRIO, I. Educación y ciudadanía: la educación para los derechos humanos en América Latina .
Perú: CEAAL, IDL y Tarea, 1992.
8
com a criação do Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos (CNEDH).
Criação esta que ocorreu por meio da Portaria nº 98/2003 da Secretaria Especial dos
Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR).
Assim, o PNEDH vem a público em 10 de dezembro de 2006, estabelecendo
concepções, princípios, objetivos, diretrizes e linhas de ação contemplados em cinco
grandes eixos de atuação: Educação Básica; Educação Superior; Educação Não Formal;
Educação dos Profissionais dos Sistemas de Justiça e Segurança Pública; e Educação e
Mídia.
A EDH é compreendida, de conformidade com o PNEDH, como
4
BRASIL. Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos. 2006. Disponível em
http://portal.mj.gov.br/sedh/edh/pnedhpor.pdf. Acesso em 27/12/2011.
9
No que concerne à linha de pesquisa Fundamentos em Direitos Humanos, a
obra se propõe a apresentar tais fundamentos através de uma abordagem multi e
interdisciplinar, abalizada de alguns princípios: da memória e temporalidade; da
autonomia moral dos sujeitos; da universalidade e particularidades; da democracia e
da justiça. Quanto às disciplinas vinculadas à Diversidade nos Direitos Humanos, o
livro trata desta temática a partir da articulação entre os valores da liberdade, da
igualdade, da solidariedade e do pluralismo proclamados na Constituição Federal de
1988, entendendo-os como indispensáveis para a inclusão plena de todos os sujeitos.
A linha de pesquisa Direitos Humanos no Contexto Escolar e seu entorno trata
de analisar a Educação em e para os Direitos Humanos a partir dos princípios
pedagógicos e metodológicos que norteiam esta particular forma de Educação.
Abordando, ademais, o papel do Estado nas políticas culturais e educacionais em
Direitos Humanos, bem como a função precípua da Escola na formulação de
propostas, estratégias e indicadores de avaliação em Educação em e para os Direitos
Humanos.
Assim, espera-se, com este material, colaborar não somente com o provimento
de informações, mas também fomentar a constituição de um processo abrangente,
para toda a vida. Processo este no qual as professoras e os professores e demais
agentes sociais nele envolvidos compreendam seu papel como futuros
multiplicadores da Educação em e para os Direitos Humanos tanto no âmbito escolar
como na comunidade em que atuam e na sociedade como um todo, direcionando
sua vida pessoal e práxis profissional pautadas no respeito à dignidade da pessoa
humana e nos meios e métodos para assegurar este respeito.
Sheila Stolz
10
Prefácio
11
12
Parte I
Alfabetização Digital
Essa disciplina tem o objetivo de propiciar a aquisição de habilidades
básicas para utilizar os recursos da informática, inerentes à “sociedade da
informação”, a fim de executar, com bom desempenho, as atividades de
ensino e aprendizagem das disciplinas do curso de Educação em Direitos
Humanos. Entre os tópicos abordados destaca-se Introdução a Plataforma
Moodle, Cultura do Estudante em EaD, Conceitos Básicos de Informática,
Produção de documentos e Normas de Formatação e Ética na Elaboração
de Trabalhos Acadêmicos.
13
14
Texto
1. Introdução
15
trouxe a própria definição de Educação a Distância, em seu artigo primeiro
caracterizando-a como
O fato é que a implantação da EaD mediada pelas TIC, tomou corpo e ganhou
espaço no Brasil. Ao caminhar ao lado das práticas pedagógicas presenciais a EaD
teve que se constituir, a fim de superar desafios próprios de sua idiossincrasia, pois
professores e estudantes, antes acostumados com o dia a dia da sala de aula, não mais
compartilham o mesmo espaço físico.
De outra forma, precisam se adaptar para reduzir distâncias, formar laços,
constituir o sentimento de pertencimento aos cursos e tornar a comunicação escrita
mais clara o quanto possível, inclusive agregando elementos, como imagens e os
conhecidos "smiles", no sentido de transmitir sentimentos, que antes eram detectados
pelas expressões faciais do contato direto na sala de aula presencial.
16
mesma matriz para os mesmos propósitos – a educação” (ROMÃO, p.85, 2008), ou
seja, tanto uma modalidade quanto outra pretende a construção do conhecimento, a
qualificação e a busca de uma sociedade mais justa e igualitária. Virtualizar as relações
de ensino e aprendizagem não significa desvirtuá-las, como apontam os críticos da
EaD, mas, sim, adotar novas formas de construção do conhecimento e de cooperação
entre os envolvidos no processo.
Desse modo, a internet é a rede e o motor de que faz uso a EaD e para a sua
concretização muitos fatores estão envolvidos. O acesso ao instrumental é o primeiro
passo de uma caminhada repleta de desafios em um país de modernização tardia
como o Brasil, com seu paradoxo de riqueza e miséria, com a presença marcada da
desigualdade social.
Este contexto influencia sensivelmente na apropriação das tecnologias e
popularização da inclusão digital, indispensáveis à democratização da Educação
como um todo, pois nem todos têm acesso às Tecnologias da Informação e nem
familiaridade com suas peculiaridades.
Cumpre, agora, conceituar a Alfabetização Digital, a qual pode ser
compreendida como
17
Por melhor que seja a qualidade da aula virtual, de nada adianta se os
estudantes não detiverem a habilidade de usufruí-los em sua totalidade. Neste ponto
é que se estabelece o valor de um bom trabalho em Alfabetização Digital, pois a
aprendizagem do conjunto de signos e significados abrirá as portas para o universo
do espaço virtual com todas as suas possibilidades.
O domínio das ferramentas digitais é agente de emancipação para os
estudantes, desde uma perspectiva de que a inclusão digital lhes permite a
participação no processo de aprendizagem e reflexão dos conteúdos disponibilizados
no AVA. Desse modo, abre caminho para o pertencimento dentro do grupo virtual,
não deixando nada a desejar para a Educação Presencial.
5. Considerações finais
Bibliografia
COUTO, Maria Elizabete Souza. Alfabetização e letramento digital. In: Estudos IAT,
Salvador, v.2, n.1, p.45-62, jan./jun. 2012. Disponível em:
<http://estudosiat.sec.ba.gov.br/index.php/estudosiat/article/viewFile/33/66>. Acesso
em: 15 ago. 2013.
18
LÉVY, Pierre. Cibercultura. Traduzido por Carlos Irineu da Costa. São Paulo: 34, [1999]
2007. Tradução de: Cyberculture.
ROMÃO, Eliana. A relação educativa: por meio de falas, fios e cartas. Maceió:
EDUFAL, 2008.
19
20
Texto
6
Disponível em http://groups.google.com.br/group/eadbr/browse_thread/thread/efe58b4c824d49ee,
acessado em 20 de junho de 2010.
22
Segundo o autor o crescimento da EAD no Brasil tem modificado as relações
dos sujeitos com a educação, pois a criação de novos ambientes onde também se dá a
educação, desenvolvimento e avanço das tecnologias muda alguns conceitos:
7
Disponível em http://www.escolanet.com.br/sala_leitura/hist_ead.html, acessado em 20 de junho de
2010.
23
Azevedo destaca que a EAD era muitas vezes considerada como uma
educação de “segunda categoria”, utilizada principalmente para suprir lacunas
daqueles que não haviam tido acesso a educação formal no tempo adequado (cursos
de suplência).
No caso do Brasil, a LDB 9394/96, em seus artigos 80, reconhece a educação à
distância como uma modalidade de educação dirigida a todos os níveis de ensino.
Desde então se verificou uma intensificação nos cursos em EAD em todos os níveis,
diferentemente do que se assistira anteriormente: cursos esporádicos e em sua maioria
com características supletiva (Telecurso 2000). Esse aumento foi verificado também
nos cursos de graduação, com um crescente envolvimento de instituições de ensino
superior com cursos de EAD, caracterizando grande dinamismo no panorama atual.
De acordo com Rosangela Schwartz Rodrigues (2004):
A educação a distância por muito tempo foi vista como uma superação
imediata de problemas emergenciais (caráter supletivo), como meio de ultrapassar
fracassos dos sistemas educacionais em algum momento da história, como no Brasil,
nos anos 70, porém nos últimos anos tem havido um reconhecimento dessa
modalidade de ensino como elemento regular do sistema educativo (BELLONI, 2006).
Exemplos desse reconhecimento formal da EAD pelo MEC são os decretos
5622 de 10 de dezembro de 2005 e o decreto 5800 de 8 de junho de 2006. O decreto
5622/05 caracteriza e regulamenta a educação à distância no Brasil, definindo sua
organização, oferta e avaliação. Prevê também o credenciamento de instituições de
ensino para a oferta de cursos e programas de especialização, mestrado, doutorado e
educação profissional tecnológica de pós-graduação. Define ainda questões acerca da
educação de jovens e adultos, educação especial e profissional na modalidade de
EAD, bem como dos cursos de graduação.
Já o decreto 5800/06, dispõe sobre o sistema Universidade Aberta do Brasil
(UAB). Por meio desse decreto se institui a UAB, voltada para o desenvolvimento da
modalidade de educação a distância, com a finalidade de expandir e interiorizar a
oferta de cursos e programas de educação superior no país.
24
Por meio desse decreto e a institucionalização da UAB, fica definido a
colaboração que deve haver entre a união e o entes federativos (estados e
municípios), articulando a manutenção de pólos de apoios presencial com as
universidades conveniadas com a UAB.
Em relação aos investimentos o decreto prevê que correrão por conta das
dotações orçamentárias de responsabilidade do MEC e ao FNDE, sendo
responsabilidade do executivo compatibilizar a seleção dos cursos e programas de
educação superior com os já existentes.
Convém destacar que a UAB não se caracteriza como mais uma instituição de ensino
superior (IES), pois não possui uma sede física, configura-se como um projeto, um
sistema, caracterizado como uma rede nacional voltada para pesquisa e educação
superior formada pelo conjunto de IES que irão se articular com os pólos municipais
presenciais, onde estarão em funcionamento os cursos da UAB.
Dessa forma, as IES que irão oferecer cursos superiores na modalidade de
EAD, visando atender aos estudantes dos pólos presenciais sediados nos diferentes
municípios, que irão freqüentar os diferentes cursos propostos pelas instituições
públicas de ensino superior (IES) e aprovados pelo MEC.
Cada pólo de apoio presencial será de responsabilidade do poder público
local, devendo caracterizar-se como um espaço físico onde os estudantes terão a infra-
estrutura necessária a execução de algumas das funções didático-pedagógicas dos
cursos à distância. Deverá ser equipado com laboratórios de ensino e pesquisa,
laboratórios de informática, biblioteca, recursos pedagógicos dentre outros, de acordo
com os cursos a serem ofertados, observando a mediação pelas novas tecnologias de
informação e comunicação (TIC) fundamentais nessa proposta de EAD.
Assim, temos atualmente uma nova configuração para Educação a
Distância, aumentando sua abrangência, investindo em qualidade e oferecendo
possibilidades de realização de um curso superior em locais distantes dos grandes
centros.
Bibliografia
AZEVEDO, Wilson. Muito Além do Jardim de Infância. O desafio do preparo de
alunos e professores online. Revista Brasileira de Educação a Distância, ano 6, nº 36,
set./out. 1999.
MORAN, José Manuel. O que é educação a distância? In: Escola Net – Educação
Continuada. Disponível em: http://www.escolanet.com.br/sala_leitura/txt_integral.
html. Acesso em: 20 jun. 2010.
25
RODRIGUES, Rosangela Schwartz. Histórico da Educação a Distância. In: Escola Net –
Educação Continuada. Disponível em: <http://www.escolanet.com.br/sala_leitura/
hist_ead.html>. Acesso em: 20 jun. 2010.
26
Texto
O texto a seguir apresenta algumas questões acerca da organização do
tempo para @ alun@ EaD! Aproveite!
Compositor de destinos
Tambor de todos os rítmos
Tempo tempo tempo tempo
Entro num acordo contigo
Tempo tempo tempo tempo...
(Oração ao tempo – Caetano Veloso)
Dentre as coisas que vamos listar como prioritárias, algumas estarão ali
porque nos são importantes, outras porque são urgentes. Imagino que algo
que não é NEM importante NEM urgente não estará na lista de ninguém. E
também sei que na lista de todo mundo haverá coisas que são
IMPORTANTES E URGENTES. Não resta a menor dúvida de que estas coisas
devem ser feitas imediatamente, ou, pelo menos, na primeira oportunidade.
Poucas pessoas questionarão isso. (CHAVES, 1992, P. 01)
Portanto, o planejamento deve ser visto como uma rota a ser seguida que
oferece a possibilidade de tomar decisões conscientes e por iniciativa própria
ao invés de deixar essa responsabilidade outras pessoas ou acontecimentos e
apenas assumir a responsabilidade pelo cumprimento dos compromissos que
27
lhe forem delegados. Dessa forma, o planejamento não só pode, como deve,
ser constantemente revisado e ajustado. Assim, as ocorrências que interfiram
no planejamento, podem ser analisadas o planejamento ajustado, de acordo
com a nova realidade. (CINTRA, 2010, p. 09)
Sendo assim, de grande valia será construir uma agenda semanal, pois não
se esqueça de que seu curso possui carga horária de 20h semanais, a freqüência é
verificada através dos encontros presenciais e acesso à plataforma moodle. Procure
balancear seus períodos de estudo com o trabalho e descanso.
Monte um cronograma de suas atividades, o seu planejamento, esteja
disposto a ajustes e revisões, mas sem perder o foco que é concluir a sua
especialização em Educação em Direitos Humanos com sucesso. Disponha-se também
a realização das leituras obrigatórias, mas busque algo mais, lendo outras obras
indicadas pel@s professor@s. Comprometa-se com a sua formação e aproveite bem o
seu tempo.
Bibliografia
CHAVES, Eduardo O. C. Administrar o tempo é planejar a vida. Disponível em
http://www.chaves.com.br/TEXTSELF/MISC/timemgt2.htm. Acesso em 28 de
dezembro de 2011.
28
Texto
O texto a seguir destaca como é ser aluno na modalidade de ensino a
distância!
Você não sabe
O quanto eu caminhei
Pra chegar até aqui
Percorri milhas e milhas
Antes de dormir
Eu nem cochilei
Os mais belos montes
Escalei
Nas noites escuras
De frio chorei, ei , ei
Ei! Ei! Ei! Ei! Ei!...
A vida ensina
E o tempo traz o tom
Pra nascer uma canção
Com a fé do dia a dia
Encontro a solução
Encontro a solução...
(A Estrada – Cidade Negra)
29
No ensino presencial, devido à facilidade de maior aproximação do educador
e dos colegas e pelo fato de se compartilhar tempo e espaço, o estudante acaba
criando uma cultura de dependência. No contexto da EaD, o curto período das
disciplinas e a distância entre os envolvidos exigem dos estudantes maior disciplina,
organização e autonomia, ou seja, o estudante precisa assumir a responsabilidade por
sua aprendizagem.
Além disso, na EaD, estudantes, professores e tutores devem fazer um
exercício coletivo no sentido de desenvolver relações educacionais e emocionais. O
desafio é promover interações entre todos os envolvidos por meio da comunicação
mediatizada pela tecnologia, de maneira que a aprendizagem e a cooperação possam
estar presentes nas relações estudante-estudante, professor‐estudante, tutor‐professor
e estudante-tutor.
Desde a década de 80, duas correntes teóricas têm influenciado a educação
em geral e, também, a modalidade de EaD: modelo fordista e a teoria interacionista. A
Educação a Distância, que sempre dependeu das tecnologias e que surgiu como um
movimento de educação de massas, esteve historicamente mais vinculada ao modelo
fordista, baseado na produção fragmentada da era industrial. Mediante às críticas ao
ensino memorístico e aos avanços das pesquisas sobre o funcionamento da cognição
humana, bem como, das tecnologias da informação e comunicação, surgem novas
propostas metodológicas de cunho interacionista (BELLONI, 2006; PETERS, 2004).
A teoria interacionista, por sua vez, considera que o conhecimento é
construído progressivamente pelo sujeito, partindo das ações e interações entre todos
os envolvidos e entre esses e o ambiente. As relações que se estabelecem entre o
sujeito e o meio implicam um processo de construção e reconstrução permanente do
conhecimento que resulta na formação das estruturas do pensamento. É nessa
perspectiva teórica que pensamos o perfil e as atribuições do estudante, é nesse
paradigma educacional que pretendemos pautar nossas ações e investigações.
Nesse viés, as interações mediatizadas pelas tecnologias da informação e
comunicação, o investimento na construção de uma cultura autônoma e a
valorização do trabalho em grupo contribuem para a superação da problemática
espaço‐temporal
entre os diversos atores da EaD (professores‐tutoresestudantes).
Essa relação interativa pode acontecer também nos fóruns de discussão, nos
quais estudantes, professores e tutores, além de postarem suas visões e leituras sobre
determinado assunto, dialogam, debatem, lêem a discussão do outro, conhecem e
respeitam os diferentes posicionamentos, ampliando seus referenciais e seu potencial
argumentativo; enfim, cooperam. A contribuição, a cooperação, o debate e o respeito
também devem estar presentes nos trabalhos em grupo, sejam realizados
presencialmente ou a distância. O conjunto desses elementos irá contribuir
diretamente para a construção do conhecimento, como diz Tijiboy (ett all, 1999):
30
Na modalidade a distância, é essencial que o estudante
construa sua autonomia e desenvolva iniciativa para estudar, de forma a perceber
suas necessidades, seu ritmo e estilo de aprendizagem. Nesse sentido, é importante
que cada um aprenda a identificar suas próprias dificuldades, a organizar seus
estudos, a criar hábitos de leitura e pesquisa, exercendo um papel ativo nesse
processo. Além disso, o estudante na modalidade EaD, em geral, é aquele que tem o
tempo mais restrito, então, torna‐se fundamental saber organizar esse tempo, a fim
de realizar o curso.
Geralmente, no ensino presencial, é o professor quem administra o tempo e o
conteúdo dado ao estudante; a quantidade e o que será visto na aula é de
responsabilidade do professor, o que cria uma dependência do estudante em ter
alguém que conduza a sua aprendizagem. São raros aqueles que avançam ou
aprofundam os conceitos tratados em aula, por meio de leituras e da busca por outras
fontes de informação e pesquisa.
Sobre a administração do tempo, Chaves (1998) reflete que:
31
Bibliografia
32
Parte II
Metodologias de Estudos e
Pesquisas em Educação em
Direitos Humanos
Esta disciplina objetiva fornecer subsídios metodológicos e técnicos para
instrumentalizar a pesquisa em direitos humanos e a respectiva
elaboração do artigo de conclusão do curso.
33
34
Caros estudantes,
Sejam bem-vindos à nossa disciplina. Nosso objetivo nesta disciplina é fornecer
subsídios metodológicos e técnicos para instrumentalizar a pesquisa em direitos
humanos, a elaboração de trabalhos científicos bem com a elaboração do artigo de
conclusão do curso.
Procure extrair o máximo dos textos aqui oferecidos e não deixe de realizar
leituras complementares sobre metodologia, pois esta é instrumento e necessidade
para o pesquisador em qualquer trabalho científico. Você como especialista em
educação em direitos humanos será responsável e habilitado, futuramente, para o
aprofundamento de diversas questões neste campo, elaboração de projetos e planos
de ação.
A fim de concretizar este aprofundamento você deverá deter a linguagem
científica, seguir regras de pesquisa, explicar qual o método que você utilizou para
encontrar os resultados da sua pesquisa, divulgar as suas descobertas dentro de um
padrão acadêmico, possibilitando que outros pesquisadores também possam obter
resultados a partir dos seus. Assim, a partir de agora iniciaremos a exploração deste
novo campo.
Um abraço a todos e a todas
Prof. Carlos André
Tarefas
As tarefas da disciplina estarão disponíveis na plataforma moodle. Fique
atent@ aos enunciados e prazos de entrega. Conte sempre com o auxílio de
professor@s e tutor@s sempre a disposição para ajudá-l@!
Fórum Bate-Papo
Participe do fórum bate-papo de nossa disciplina a fim de abordar questões
relacionadas com a metodologia científica e a elaboração de trabalhos. Fique a
vontade para abrir novos tópicos e propor novas discussões temáticas.
35
36
Texto
Bom dia a todos e a todas. Tenho dito no início de minhas aulas, que o
processo de ensino assemelha-se muito a um cruzeiro marítimo. Senão vejamos:
- tem ponto de partida;
- tem ponto de chegada, que envolve um objetivo que queremos atingir ao
final da viagem;
- tem um roteiro; um mapa, que guia do ponto de partida ao ponto de
chegada; um Plano de Navegação, que, em nosso meio, denomina-se Plano de
Ensino;
- tem um comandante, o professor, que é quem, além de ter feito esta
viagem antes, detém os mapas de navegação e o controle dos passageiros, além do
comando do próprio navio: legislativo, executivo e judiciário de plantão;
- e tem, é claro, os passageiros, os alunos, razão de ser do próprio cruzeiro:
aqueles para os quais o roteiro de viagem, cuidadosamente preparado para o seu
melhor desfrute, efetivamente se destina.
Quanto aos passageiros em especial, convém ressaltar que cada um traz em
si um corolário de experiências pessoais múltiplas e distintas. Muitos já são ou foram
comandantes de suas próprias naus, levando diuturnamente outros passageiros por
roteiros particulares que dominam de olhos fechados. Muitos já foram passageiros em
viagens com roteiros bastante similares ao ora empreendido. Alguns pouco ou nada
viajaram, comandando ou não um navio.
Além disso, também quanto aos passageiros, há que se ressaltar que
variados tipos de inspiração os traz ao barco: alguns embarcam ávidos por absorver
cada minuto da experiência, alguns nem sabem por que ali estão - quiçá porque
37
precisam preencher o tempo, fugindo do vazio deixado pela pessoa amada que se
foi, senão, no outro extremo, preencher o tempo, fugindo a maior quantidade de
minutos possível da pessoa que já foi amada e que infelizmente não se foi. Alguns,
por outra feita, embarcam também contando minutos, dessa vez porque precisam
que o número de minutos acumulados, uma vez registrado em formulário, permita
melhoria na vida pessoal, tal qual piloto que viaja contando horas para obter seu
brevê.
Há também comandantes de todos os tipos. Este que vos fala é alguém
efetivamente obcecado com o bom aproveitamento da viagem por todos os
passageiros – alguém que pretende que cada minuto, cada detalhe seja efetivamente
desfrutado e vivido por cada um dos passageiros. Que pretende também, ainda que
enfrentando tempestades diversas e inusitadas (e elas não têm faltado, física e
metaforicamente falando), cumprir o Plano de Navegação, propiciando a todos as
experiências aqui prometidas.
Neste particular convido a todos, inclusive e principalmente aqueles que
eventualmente tenham ingressado nessa viagem deixando sua cabeça em qualquer
outro lugar, a efetivamente reacoplarem-se, vivenciando com entusiasmo cada um
dos momentos: eles são únicos. Mesmo que isso roube um tempo que não haja. E
mesmo que a disciplina seja apenas de Metodologia.
Nessa perspectiva, convém ressaltar que esse cruzeiro marítimo, além do
comandante, possui uma tripulação eficiente e atenta para melhor servir aos
passageiros, representada por toda a equipe de trabalho da Universidade Aberta do
Brasil (UAB), que inclui, além da infra-estrutura da FURG, da infra-estrutura do pólo de
ensino, os tutores locais e os tutores a distância.
Outrossim, porque estamos no universo de um curso a distância, trata-se
efetivamente de um turismo de aventuras, no qual não há lugar para o passageiro
inativo, parado, descansado, mero contemplador das paisagens, que imagina ser sua
principal função guardar na sua câmera digital um conjunto de informações
completamente exteriores a ele.
Um curso a distância requer um aluno co-construtor do processo de ensino:
autônomo, proativo, que no mais das vezes será chamado a contribuir com o seu
trabalho na construção do processo de ensino-aprendizagem.
Esse cruzeiro ressalte-se, tem o perfil de um verdadeiro SPA. Digo verdadeiro
porque a palavra SPA vem da expressão latina "Sanitas Per Aquas", expressão do
tempo de Roma antiga cujo significado é de ‘saúde pelas águas’ e que hoje relaciona-
se com uma típica casa de repouso na qual a coisa que menos se faz é repousar.
Nesse viés, traremos um programa efetivo de desenvolvimento desta saúde
intelectual que envolverá desde exercícios repetidos, passando por desafios nas
escaladas do conhecimento até culminar pela própria experiência de navegação solo.
Porque, essencialmente, “navegar é preciso”, como bem resgatou Fernando Pessoa
em seus versos, ora reproduzidos a título de pausa para o café:
38
Navegar é Preciso
Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa
"Navegar é preciso; viver não é preciso".
Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:
Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a minha
alma a lenha desse fogo.
Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.
Cada vez mais ponho da essência anímica do meu
sangue
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.
É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa
Raça.
Fernando Pessoa
Café tomado, nesse contexto, nossa disciplina envolve basicamente um
cruzeiro marítimo com três paradas em três continentes distintos:
A primeira parada é no continente mais árido e de paisagens mais
misteriosas e instigantes. Encontra-se nele o raro sedimento imprescindível para o
prosseguimento da viagem. Aportaremos no continente da Epistemologia. A própria
denominação já assustaria à primeira vista, não tivéssemos a singela informação de
que a palavra epistemologia vem do grego ‘episteme’, expressão que pode ser
traduzida por conhecimento científico, usada em oposição ao conhecimento vulgar,
comum, mera opinião, que corresponde à expressão grega ‘doxa’.
Nesse sentido, epistemologia nada mais é do que a logia, a lógica, o raciocínio
lógico direcionado à compreensão do próprio significado do conhecimento científico.
Abarca, assim, todo o conjunto de respostas e reflexões que possam ser feitas para
responder a uma pergunta bastante simples como “O que é uma Ciência?”, ou quiçá,
a uma pergunta maluca como “Qual a diferença entre a Ciência e o cafezinho?”, ou
quem sabe uma pergunta esotérica como “Qual a diferença entre a verdade da Bíblia
e a verdade dos cientistas?”.
A importância da estada nesse continente reside no fato de que esta é uma
disciplina de “Metodologia de Pesquisa Científica”, focada em “Direitos Humanos”. Ora,
é indispensável saber “o que é ciência” para poder entender o que possa ser “pesquisa
39
científica”. E mais do que isso: compreender qual ou quais metodologias servem à
própria “pesquisa científica”.
Ressalte-se, neste particular, que a palavra “metodologia” abrange a logia, a
lógica , a compreensão racional de um método. Método, por sua vez, é palavra que
deriva do termo grego "méthodos", que pode ser traduzido, em última instância,
como “meio”, “caminho”, “percurso”. Assim, falar em “metodologia” é o mesmo que
dizer “racionalidade do caminho” ou mesmo “estudo dos caminhos”.
Assim, Metodologia Científica, envolve o estudo dos “caminhos da ciência”,
seja qual for o significado de “ciência”. Desde já é importante intuir que existem,
portanto caminhos científicos e caminhos não científicos e, mais do que isso: é
imprescindível intuir que não há sentido nenhum em visualizar “caminhos” se
efetivamente não se souber o que é ciência, o que, de outra forma, nos mostra a
importância crucial da estada no continente da “epistemologia”.
Nesse caminho, serão efetivamente dois campos da epistemologia, já
lavrados e plantados com as perspectivas de interesse desta disciplina, que serão
visitados. Tratam-se, acima de tudo, de lugares tão exóticos quanto indispensáveis,
tendo-se claro que a grande missão aqui envolve colher sedimento para poder
entender o que efetivamente estará sendo feito quando este ou aquele procedimento
prático for intentado:
1) Os Fundamentos Epistemológicos do Conhecimento Científico e a Pesquisa
em Direitos Humanos;
2) O Método Científico, suas características básicas e os diferentes tipos de
Produção Científica.
Justo porque apresenta tanto de etéreo, de deserto, de mistério, de filosofia,
de meditação, nosso primeiro continente pode ser equiparado a uma viagem ao
continente da Ásia tanto quanto o segundo continente é facilmente equiparável à
América.
Isso porque o segundo continente a ser visitado apresenta uma característica
notadamente prática, pragmática e essencialmente focada em resultados: trata-se do
Projeto de Pesquisa Científica.
Para todo e qualquer empreendimento na vida que não se pretenda fadado
ao fracasso, é essencial um projeto. Isso é válido para os projetos de arquitetura,
engenharia, urbanismo, projetos de empresa, industriais, de ensino – e, porque não, o
próprio projeto de vida como um todo.
A diferença essencial, em qualquer campo, inclusive o da metodologia
científica, entre quem tem um projeto e quem não tem é de que o primeiro é dono
do seu próprio rumo e o último não é dono de nada: nem rumo tem.
Projeto é a organização do que se pretende produzir, é o planejamento, a
antecipação do porvir e, mais que tudo, o controle do empreendimento. É o mapa
que explicita e sinaliza aonde se quer chegar: é, ao mesmo tempo, o motor e o farol
indispensáveis para percorrer qualquer caminho.
Sem um projeto, um cientista pesquisador é como um navegante num barco
sem rumo, uma nau adejante ao sabor das marés. Sem projeto, na verdade, não há
sequer um cientista ou pesquisador. Pode-se, no máximo, ter um leitor desnorteado,
nadando sufocado num mar de informações não passíveis de serem concatenáveis,
jamais alguém fazendo ciência, menos ainda com metodologia científica. Isso porque,
40
se méthodo é caminho, o projeto é justamente o mapa, o motor e o farol que guia o
caminhar do cientista.
Com isso, no continente do Projeto de Pesquisa Científica, há 13 cidadelas
interligadas que merecerão nossa atenção:
1) Tema
2)Delimitação do Tema
3)Problema
4)Hipótese
5)Variáveis
6)Objetivos Gerais
7) Objetivos Específicos
8) Justificativa
9) Teoria de Base
10) Metodologia de Trabalho
11) Cronograma
12) Ordenação do Tema
13) Referências
41
produção científica. A boa notícia é que se trata do último passo e que, portanto, já
com saudades de casa, se estará chegando ao fim.
Um bom trabalho a todos, e um poema final para desconcertar, lembrar que
metodologia é apenas lógica e que somos muito mais do que isso.
Me gusta verlos pintarse de sol y grana, volar bajo el cielo azul, temblar
súbitamente y quebrarse...
42
Car@s Estudantes,
Nesta etapa inicial, enquanto familiarizam-se com os mecanismos da
plataforma na disciplina de Alfabetização Diigital, solicitamos a sua atenção no
sentido de realizar a leitura simples, mas completa do texto a seguir.
Texto
Projeto
Projeto é uma Idéia que se forma de executar ou realizar algo, no futuro; plano ,
intento, desígnio...
Trata-se de empreendimento a ser realizado dentro de determinado esquema
Projectu (latim): lançado diante para diante
Pesquisa
Científico
Científico(a)é aquilo relativo à Ciência, que tem o rigor da ciência: método científico
43
O que é Ciência?
Ciência
conhecimento
organizado
Objeto
Ciência
Método
Aceitação
Método
Metodologia
44
Perspectivas de René Descartes (O Discurso do Método)
Análise / Síntese
Indução / Dedução
45
O projeto de pesquisa serve para PLANEJAR E GUIAR um futuro empreendimento
que se destina a AGREGAR VERDADES a uma CIÊNCIA (respeitados os respectivos
MÉTODO e OBJETO).
Artigo
Monografia
Dissertação – em nível de Mestrado
Tese – em nível de Doutorado
c) RASTREÁVEL.
46
Car@s Cursistas,
Nesta segunda Etapa, analisaremos como fazer um projeto de pesquisa,
quais seus elementos essenciais a fim de que vocês fiquem aptos para elaborar seus
projetos, pois mais adiante será necessário construir o artigo de conclusão de curso
onde executarão os objetivos traçados.
Estes conhecimentos serão úteis tanto para a finalização do curso
posteriormente, quanto para a elaboração de outros trabalhos no decorrer das
disciplinas e no futuro de estudos que lhe espera como Especialista em Educação em
Direitos Humanos.
Texto
Tema
Delimitação do Tema
Problema
Hipótese
Variáveis
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
Justificativa
Teoria de Base
47
Metodologia de Pesquisa
Cronograma de Trabalho
Ordenação do Tema
Referências
Hipótese
Problema
Delimitação do Tema
Objetivo Geral
Variáveis
Objetivos Específicos
Noção Geral
Finalidades justificativa
48
Finalidade acadêmica
Finalidade social e/ou moral
Teoria de Base
Validade Científica
Validade Lógica
Validade material (aprofundamento)
Metodologia da Pesquisa
Método de
abordagem:
indutivo
Método de
Metodologia da
procedimento:
Pesquisa
monográfico
Técnicas de
Pesquisa
Técnicas de Pesquisa
Bibliográfica
Experimental
Descritiva
Pesquisa Bibliográfica
Pesquisa Descritiva
49
Algumas formas pelas quais pode se apresentar a pesquisa Descritiva são:
a) Estudo exploratório (pesquisa quase-científica: busca de mais informações,
familiaridade)
b) Estudo descritivo (Estudo das características, propriedades, ou relações existentes na
comunidade, estudos, etc.)
c) Estudo de Caso
d) Pesquisa sobre Opinião
e) Pesquisa sobre Motivação
d) Pesquisa sobre Procedimento
e) Pesquisa sobre Comportamento
f) Outras pesquisas de campo
Observação
Entrevistas
Questionário ou Formulário
Debates ou discussões
Tabulações e gráficos
Pesquisa Experimental
Cronograma
Mês JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2014 1 1 2 3 3 3 4 4 4 5
2015 5 5 6 6 7 7 7 8 9 10
50
Etapas:
1 – Preparação do Projeto
2 – Defesa do Projeto
3 – Levantamento bibliográfico e documental, coleta de dados
4 – Leitura e fichamento das obras
5 – Revisão Bibliográfica e análise crítica do material
6 – Redação Preliminar
7 – Redação para a defesa do trabalho de conclusão
8 – Entrega
9 – Defesa
10 – Entrega da versão definitiva da tese e respectivas cópias
51
52
Caros alunos e alunas,
Verificaremos nesta etapa questões acerca da diferenciação entre os vários
tipos de conhecimento. Assim, restará claro o quão importante é adequar a nossa
pesquisa às regras metodológicas para que nossas produções acadêmicas revertam
ciência efetivamente.
Texto
53
A verdade pode ser encontrada tanto pelo caminho da investigação como
pelo da revelação. O conhecimento teológico baseia-se exatamente nesta fé:
Deus falou aos homens por meio de intermediários que transmitiram Sua
mensagem. Podemos afirmar que a teologia é uma reflexão racional e
sistemática que, porém, parte dos dados da fé e; por isso pressupõe a fé. [...]
Então o objeto do conhecimento teológico são os dados da fé; e o método é
procura da integração entre fé e razão. (RAMPAZZO, 2005, p. 23-24)
54
Entretanto, embora a ciência busque a verdade através de métodos e
técnicas específicos de cada ramo científico, como medicina, psicologia, direito,
educação, física, dentre outras e, cada ciência possua sua linguagem específica,
importa ressaltar que é apenas uma busca. Destaque-se que não existe verdade
absoluta, posto que por vezes a ciência é obrigada a rever suas teorias frente a novas
descobertas, contudo, carrega consigo a legitimidade de apresentar provas materiais
de suas conclusões.
A produção do conhecimento científico ocorre através da aplicação dos
métodos na investigação de um objeto de estudo, o qual pode ser um animal, um
comportamento humano, uma sociedade, uma escola, um sistema de normas, um
planeta, uma determinada obra, enfim, os objetos de estudo são infinitos, tal qual o
universo.
Assim, inegável é que o pesquisador escolha um objeto de estudo que lhe
desperte considerável interesse e dedicação, entretanto, isso não basta, pois a pesquisa
deve ter uma finalidade, apresentar resultados relevantes à comunidade científica a
fim de contribuir com o progresso da ciência, seja qual for o campo abordado. A
pesquisa relevante é aquela que é imediatamente útil, prática e relacionada com os
problemas diários da sociedade. (ESPÍRITO SANTO, 1992, p.157)
Por fim, cabe mencionar que o campo da Educação em Direitos Humanos
possui muito a ser investigado, pois a sociedade necessita de retorno aos seus anseios
frente a esta conjuntura atual, onde diversas questões permanecem sem retorno
como a diversidade sexual e racial, a inclusão de alunos com necessidades especiais,
gênero, a garantia dos valores fundamentais de dignidade e liberdade dentre outras
tantas.
Bibliografia
GRESSLER, Lori Alice. Introdução à Pesquisa: projetos e relatórios. 2. ed. São Paulo:
Edições Loyola, 2004.
Recomendação de Leitura:
Recomenda-se a leitura da obra “Discurso do Método” de René Descartes.
55
56
Pessoal!
Nesta etapa vamos abordar a questão da redação científica, pois a elaboração
de um trabalho acadêmico seja qual for a natureza, artigo, monografia, dissertação
(mestrado), tese (doutorado), deve conter um mínimo de impessoalidade conforme se
observará a seguir.
Texto
Bibliografia
BARRAL, Welber Oliveira. Metodologia da Pesquisa jurídica. Belo Horizonte: Del Rey,
2007.
VOLPATO, Gilson. Bases Teóricas para a Redação Científica: ...por que seu artigo foi
negado? São Paulo: Cultura Acadêmica Editora, 2007.
58
Caros alunos e alunas:
Nesta etapa abordaremos os temas de pesquisa do Curso de Especialização em
Educação em Direitos Humanos, pois @s @alunos deverão adequar suas propostas de
trabalho, ou seja, projetos e artigos, aos eixos temáticos disponíveis no curso. Assim,
esclareceremos quais são as linhas de pesquisa, quais seus propósitos e por qual
motivo é necessária esta limitação do objeto de estudo.
Texto
O texto a seguir discute sobre as linhas de pesquisa do curso.
59
Descrição Estudo teórico-prático dos princípios históricos, ético-filosóficos,
jurídicos e políticos fundamentando a educação em direitos humanos.
DIVERSIDADE NOS DIREITOS HUMANOS
Disciplinas Diversidade nos Direitos Humanos;
Diversidade e Gênero;
Diversidade e Relações Étnico-raciais.
Descrição Estudo teórico-prático sobre a diversidade, o gênero e as relações
étnico-raciais e a presença destes nos direitos humanos.
DIREITOS HUMANOS NO CONTEXTO ESCOLAR E SEU ENTORNO
Disciplinas Fundamentos Educacionais da Educação em Direitos
Humanos;
Plano de Ação em Educação em Direitos Humanos;
Direitos Humanos: Ambiente Escolar e Práxis Pedagógica.
Descrição Estudo teórico-prático sobre educação, a escola e a sociedade tendo
em vista a formação de uma cultura fundada nos princípios e valores
que constituem os direitos humanos.
60
humanos/sociais;
14. Violência doméstica e/ou escolar e in (visibilidade) dos direitos humanos/sociais;
15. História e contemporaneidade dos Direitos Humanos;
16. Os Direitos Humanos e Fundamentais: fundamentação filosófica,
garantias legais e eficácia;
17. A Construção da Cidadania e de Relações Democráticas no Estado de
Direito Brasileiro;
18. As Esferas da Justiça e os Direitos Humanos;
19. Direitos Humanos e Verdade: rememorando a história brasileira recente em busca
da plena reconciliação e construção de um Estado Democrático de Direito;
20. Direito Internacional dos Direitos Humanos: garantias formais e obstáculos
práticos;
21. Democracia: direitos humanos e liberdade de expressão;
22. Direitos fundamentais e direitos sociais nas políticas públicas;
23. Direito Constitucional Internacional;
24. Direitos Humanos no Mercosul;
25. Fundamentos Filosóficos: Eqüidade, Cidadania, Tolerância.
61
Obviamente estas sugestões não esgotam as possibilidades de temas a serem
abordados, pois a questão da educação em direitos humanos é rica nesse sentido,
podendo ser abordados os mais variados temas desde que dentro da proposta do
curso e dentro de uma linha de pesquisa.
Por isso, não perca tempo, escolha o eixo temático de seu interesse, o tema de
sua pesquisa, delimite seu objeto, construa o seu projeto e converse com @s
professor@s-orientador@s para que lhe auxiliem na produção do seu artigo científico,
indicando as leituras apropriadas ao tema, instrumentos de pesquisa dentre outras
orientações.
Bibliografia
BARRAL, Welber Oliveira. Metodologia da Pesquisa jurídica. Belo Horizonte: Del Rey,
2007.
62
Car@s Alun@s
Texto
63
buscam, em essência, padronizar a forma como seus distintos processos produtivos
conversem, num universo que vai desde produtos eletrônicos e seus padrões até os
formatos da própria academia.
Fundada em 1940, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o
órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária
ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. É uma entidade privada, sem fins
lucrativos, reconhecida como único Foro Nacional de Normalização através da
Resolução n.º 07 do CONMETRO, de 24.08.1992. É membro fundador da própria ISO
(International Organization for Standardization).
Assim, sem prejuízo da própria autonomia, as universidades brasileiras
restam por adotar, voluntariamente, no todo ou em parte, normas padronizadas para
expressão científica emitidas pela ABNT. A boa notícia é que de fato não são tantas
normas assim, nem tampouco se trata de um bicho de sete cabeças. Embora
tenhamos sete pedaços importantes.
De qualquer forma é preciso ter claro, desde já, que é possível resolver 90%
de nossos problemas de produção científica em termos de formatação metodológica
basicamente com o auxílio de apenas três normas técnicas que tratam de Informação
e documentação acadêmicas :
1) a ABNT NBR 14.724:2005 (13 páginas) – que trata da apresentação dos trabalhos
acadêmicos em geral;
2) a ABNT NBR 10520:2002 (7 páginas) – que trata da apresentação de citações em
documentos e;
3) a ABNT NBR 6023:2002 (24 páginas) – que trata da elaboração de referências.
Os outros 10% dos problemas de formatação para produção científica se
resolverão facilmente com o auxílio de outras quatro pequenas normas técnicas que
tratam de Informação e documentação acadêmicas :
4) a ABNT NBR 6028:2003 (2 páginas) – que trata da apresentação de resumos;
5) a ABNT NBR 6027:2003 (2 páginas) – que trata da apresentação de sumários;
6) a ABNT NBR 6024:2003 (3 páginas) - que trata da apresentação da numeração
progressiva das seções de um documento e
7) a ABNT NBR 6.022:2003 (5 páginas) – que trata especificamente das regras para
apresentação de artigo em publicação periódica científica impressa.
Portanto, tenha claro que para resolver TODOS seus problemas em matéria
de formatação científica , você não precisa mais do que 56 páginas orientadoras, cuja
leitura, ademais se recomenda seja feita exatamente na hora de fazer seu trabalho
científico - que muito provavelmente se resolverá, na prática, com 10 ou 20 páginas
lidas, que corresponderão às suas efetivas necessidades. E não há nenhum sentido em
decorar tais regras (eis que comumente elas mudam). Apenas leia e aplique.
Normalmente seu conteúdo é de fato muito direto e explícito.
Assim, se você já gastou somas consideráveis de seu suado dinheiro para
que alguém colocasse um texto seu na formatação científica, tenha claro de que este
alguém se foi muito competente, basicamente leu seu trabalho tendo estas seis
pequenas normas abertas em cima da mesa, fazendo alterações pontuais aqui e acolá.
Se não foi competente, foi alguém que “já estava acostumado a fazer” e que
provavelmente aplicou formatações que um dia aprendeu e que infelizmente hoje
não se aplicam mais, dada a revisão das normas. Em nossa experiência docente já
encontramos, infelizmente, centenas de vítimas destes formatadores (bem pouco)
64
profissionais. Portanto, confie em você, contanto que tenha posse das referidas
normas.
Derradeiramente, neste particular, seu problema se restringe, basicamente, a
“onde encontrar” estas normas. Esta não é, de fato, tarefa difícil. Observe que o site da
ABNT dispõe a opção de assinaturas http://www.abnt.org.br/ das referidas normas,
sendo que a a própria FURG é assinante do sistema, dispondo das referidas normas
completamente atualizadas para consulta.
Além disso, há publicações específicas das mesmas, disponíveis nas
bibliotecas em geral. Outrossim, embora a própria ABNT não disponibilize na internet,
alguns usuários destas normas (não se tem notícia de quais bases contratuais os
autorizaram a tal) disponibilizaram-nas na internet, para simples leitura, como se pode
verificar no domínio http://www.4shared.com/ , onde basta inserir a palavra ABNT
no campo Search (busca) para acessá-las, entre outros locais, tais como
http://www.ufpi.br/subsiteFiles/ppgaarq/arquivos/files/6022Artigoempublicaoperidi
cacientficaimpressa.pdf (ABNT 6022) ou http://www.habitus.ifcs.ufrj.br/pdf/abntnbr
6023.pdf (ABNT 6023).
Como já se referiu, trata-se de normas técnicas, onde, longe de qualquer
reflexão filosófica, vale o conhecimento do detalhe daquilo que se convencionou
como válido para a comunicação científica, um revestimento a mais, de natureza
externa, uma mera roupagem usada para distinguir o que é ciência daquilo que não
é, a casca da fruta, o verniz da casa.
Além deste sentido meramente formal, padronizador da expressão, vez por
outra, ocorre uma regra efetivamente útil além da mero objetivo de padronização,
como de fato ocorre com as ABNT NBR 6023 e 10.520 as quais, em conjunto, orientam
a utilização adequada de textos alheios na produção científica, evitando assim, que o
novel cientista acabe com problemas com a Justiça por violar direitos autorais alheios.
Neste particular, ressalta-se o Art. 46, inciso III da lei 9.610/1998 (lei dos Direitos
Autorais, acessível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9610.htm), o qual
assinala que não constitui ofensa aos direitos autorais: “a citação em livros, jornais,
revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra,
para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir,
indicando-se o nome do autor e a origem da obra”.
Assim, a citação adequada da obra de referência, com base na norma da
ABNT 10.520, com sua adequada referenciação, nos termos da norma da ABNT 6.023
opera em consonância com o referido artigo, evitando, na hipótese, que se possa
configurar violação de direito autoral. Por derradeiro, convém sinalizar três dicas que
de fato simplificam um pouco o uso destas normas:
a) A ABNT NBR 10.520 orienta sobre as citações, sendo que, em síntese todo o foco
da norma aponta para o uso do chamado sistema autor-data, pelo qual, ao inserir
um trecho alheio em sua obra, para citar o autor respectivo, basta, na maioria dos
casos, entre parênteses, citar, em letras maiúsculas (caixa alta) o último sobrenome
do autor, uma vírgula, o ano da obra, outra vírgula, e a respectiva página, sendo
inclusive dispensável o sobrenome do autor quando este já tiver sido citado no
próprio texto, tal como se vê nos exemplos:
65
“Apesar das aparências, a desconstrução do logocentrismo não é uma psicanálise da filosofia [...]” (DERRIDA, 1967, p.
293).
Barbour (1971, p. 35) descreve: “O estudo da morfologia dos terrenos [...] ativos [...]”
b) A ABNT NBR 6.023, por sua vez, complementa justamente a aplicação da ABNT NBR
10.520, orientando, principalmente, sobre como, ao final do texto, organizar as Referências,
que nada mais são do que a lista completa das obras citadas, desta vez com
detalhamentos que permitam efetivamente buscar a obra. Ressalte-se, neste particular,
que, nos exemplos acima, ninguém é efetivamente capaz de adivinhar de que obra se
trata com expressões como “Barbour (1971, p. 35)” ou “(DERRIDA, 1967, p. 293)”. Justo para este fim é
que se encontram, ao fim do texto, as ditas referências, organizadas em ordem alfabética,
onde o leitor da obra, localizando o sobrenome e o ano, poderá procurar a obra. Permitir
que se faça a referência, de forma correta é, portanto , a função da ABNT NBR 6.023, que
só é a mais longa de todas justamente porque há muitas fontes de conhecimento
distintas, a requerer orientação específica (livros, artigos, material da internet, discos,
filmes, palestras, esculturas, etc.). Na verdade, a imensa maioria das referências, no nosso
universo, cingir-se-á a livros – e no fundo é exatamente o padrão de referenciação dos
livros que, com pertinentes variações (que devem ser buscadas caso a caso nas próprias
normas sempre que necessário) que orienta os demais. Não custa trazer, justo por isso,
esse exemplo: os elementos essenciais, para citação de livros são: autor. Título. Edição. Local:
editora, e data de publicação . Note-se que os elementos são, em geral, separados por
ponto (autor, título, etc.), salvo a editora , que é separada do local por dois pontos(:) e o
ano, que é separado da editora por vírgula(,). Quando se tratar de obras consultadas
online, também são essenciais as informações sobre o endereço eletrônico, apresentado
entre os sinais < >, precedido da expressão Disponível em: e a data de acesso ao
documento, precedida da expressão Acesso em:, opcionalmente acrescida dos dados
referentes a hora, minutos e segundos. Afora estas regras, as normas vão orientar como
proceder quando um dos dados não estiver disponível, quando houver mais de um
autor, entre os detalhamentos pertinentes aos distintos veículos. Veja-se os exemplos
abaixo:
c) A ABNT NBR 14724 é fato a mais elementar para trabalhar, e traz, num didático
esqueleto, tudo o que deve conter um trabalho científico desde um ponto de vista
formal, desde a primeira letra até a última, com uma seção explicativa sobre cada uma. O
que nela não estiver, não tenha dúvida, não precisa:
66
Estrutura Elemento Seção
Pré-textuais Capa (obrigatório) 4.1.1
Lombada (opcional) 4.1.2
Folha de rosto (obrigatório) 4.1.3
Errata (opcional) 4.1.4
Folha de aprovação (obrigatório) 4.1.5
Dedicatória(s) (opcional) 4.1.6
Agradecimento(s) (opcional) 4.1.7
Epígrafe (opcional) 4.1.8
Resumo na língua vernácula (obrigatório) 4.1.9
Resumo em língua estrangeira (obrigatório) 4.1.10
Lista de ilustrações (opcional) 4.1.11
Lista de tabelas (opcional) 4.1.12
Lista de abreviaturas e siglas (opcional) 4.1.13
Lista de símbolos (opcional) 4.1.14
Sumário (obrigatório) 4.1.15
Textuais Introdução 4.2.1
Desenvolvimento 4.2.2
Conclusão 4.2.3
Pós-textuais Referências (obrigatório) 4.3.1
Glossário (opcional) 4.3.2
Apêndice(s) (opcional) 4.3.3
Anexo(s) (opcional) 4.3.4
Índice(s) (opcional) 4.3.5
Estas três dicas, evidentemente, não tem o condão de simplificar todas estas
normas, mas permitem, com certeza, que se veja as linhas deste horizonte. Além
disto, uma leitura descompromissada das mesmas, como de quem olha uma revista
de curiosidades, com certeza fará muito bem para completar o aprendizado. Não
deixe de fazê-lo nesta perspectiva, ainda que isso possa ser pedido como tarefa.
Recomendação de Leitura:
Leia a Lei dos Direitos Autorais, Lei nº 9.610/98 disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9610.htm, pois utilizar textos ou partes
de textos no seu trabalho científico sem fazer referência ao autor e obra dentro das
especificações da ABNT é crime e invalida seu trabalho.
67
Uma luz azul me guia
Com a firmeza e os lampejos do farol
E os recifes lá de cima
Me avisam dos perigos de chegar
Angra dos Reis e Ipanema
Iracema, Itamaracá
Porto Seguro, São Vicente
Braços abertos sempre a esperar
Pois bem, cheguei
Quero ficar bem à vontade
Na verdade eu sou assim
Descobridor dos sete mares
Navegar eu quero
68
Parte III
Trabalho de Conclusão de
Curso
Esta disciplina aspira auxiliar @s alun@s quanto a elaboração do trabalho de
conclusão de curso a partir dos conteúdos já ministrados em Metodologia de Estudos
e Pesquisa em Direitos Humanos, orientação dos professores, dicas relevantes, regras
da ABNT, bem como regras pertinentes ao curso em relação à orientação dos
trabalhos e na apresentação dos artigos.
69
70
Prezad@s Alun@s,
Esta disciplina visa auxiliar na construção do TCC e apresentar os
procedimentos necessários para a orientação, elaboração e apresentação do seu artigo.
Fiquem atent@s às regras de orientação, formatação e prazos. Lembre-se, não deixe
para postar as suas atividades na última hora, pois sempre estamos sujeit@s
externalidades como falta de energia elétrica, mau funcionamento de sistemas de
internet e imprevistos em geral.
Explorem bem as informações disponibilizadas e tenham em mãos os
conteúdos da disciplina de Metodologia de Estudos e Pesquisas em Educação em
Direitos Humanos, pois as duas disciplinas são complementares. Não fique com
dúvidas, esclareça suas indagações junto aos professores orientadores através do
diário de bordo específico desta disciplina e interaja através do fórum.
Fórum Bate-Papo:
Participe do fórum bate-papo de nossa disciplina a fim de abordar questões
relacionadas com a elaboração de trabalhos. Fique a vontade para abrir novos
tópicos e propor novas discussões temáticas. Troque experiências com @s coleg@s!
Diário de Orientação
O Diário de Orientação estará disponível na disciplina de TCC é um espaço
privativo onde você deve registrar suas dúvidas e receber orientações d@s
professor@s. Outros meios também poderão ser utilizados como mensagens, chats e
fóruns. Aproveite e utilize todas as ferramentas disponíveis para você, pois há uma
equipe inteira de profissionais para atendê-l@.
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Texto
O texto a seguir aborda questão do papel do Professor-Orientador
na pesquisa, elaboração de projetos e do trabalho de conclusão de
curso.
Estou na estrada
Ou a estrada é que está em mim
Tenho pressa
Será que a estrada é que não tem fim
Em cada curva uma vontade
Em cada reta uma ilusão
Se eu queria uma resposta
Só encontro interrogação
O tempo passa
Ou será que quem passou fui eu
Vou em frente
Não conheço outra direção
Se estou sozinho não é meu destino
Se estou perdido sinto a solidão
Se estou sozinho não é por acaso
Se estou perdido entrei na contra-mão.
(A Estrada - Titãs)
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Desse modo, tendo em vista que possui experiência, mostrará aos alunos a
viabilidade do projeto ou não. A relação orientando/orientador é complexa e não
raro é necessária alguma sintonia, afinidade entre os dois para o bom andamento do
projeto.
Contudo, esclareça-se que não se trata de relação de dependência, pois o
Orientando deve estar munido de iniciativa para escrever, encaminhando tópicos
integrais de seus trabalhos para serem analisados pelos professores. Ressalte-se que
não se deve confundir iniciativa com arrogância acadêmica, pois é necessário seguir
as orientações do Orientador sem considerar suas observações e correções como
ofensas pessoais. Neste processo a humildade também é fundamental. Confiança,
cooperação e humildade são palavras-chave para um trabalho de sucesso.
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Bibliografia
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3) DIREITOS HUMANOS NO CONTEXTO ESCOLAR E SEU ENTORNO
Atenção!
O processo relativo aos projetos e artigos obedecerá à seguinte ordem:
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4) Realização de ajustes indicados pelas bancas avaliadoras (caso necessário) e
postagem da versão definitiva do TCC, não ocorrendo qualquer alteração de notas
sob qualquer hipótese com fulcro neste ato.
OBS: todas as etapas são obrigatórias!
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Prezad@s Alun@s,
Neste tópico conversaremos um pouco mais sobre o projeto de pesquisa,
observe a plataforma Moodle, pois será disponibilizado o modelo do Projeto de
Pesquisa. Você o utilizará tanto para a criação da 1ª versão quanto para a versão
definitiva. Não se esqueça de fazer uma leitura conjunta com os materiais de
metodologia, pois os temas abordados aqui também são objeto daquela disciplina.
Fiquem atent@s às datas disponibilizadas no cronograma de atividades do curso para
não perder os importantes prazos de postagem das duas fases do projeto e
mantenham a comunicação estreita com o Orientador ou Orientadora escolhidos.
Bom trabalho!
Texto
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Sim, isto porque em matéria de ciência, tudo deve ser cuidadosamente
comprovado de modo que não se “inventa a roda” e sim, se busca, a partir de um
conhecimento científico já existente, novas proposições e novos conhecimentos,
obedecendo métodos rígidos de investigação e normas técnicas de apresentação,
respaldado no que já existe e no que já foi pesquisado e comprovado.
Aliás, é por este motivo que na pesquisa científica o pesquisador se depara
com a expressão “referencial teórico” ou “estado da arte”, as quais significam que o
pesquisador deve apresentar em seu projeto o que já se discute atualmente sobre o
tema, trata-se de uma revisão bibliográfica. O referencial teórico é de grande
importância, pois bem demonstrado, dará consistência e validade à proposta de
pesquisa.
Sendo assim, escolha a linha de pesquisa que mais lhe interessa explorar,
defina um tema, procure um referencial teórico para fundamentar o projeto, entre
em contato com o professor orientador e discuta sobre a viabilidade e que caminhos
podem ser seguidos e faça um excelente trabalho! Mãos à obra!
Bibliografia
BARRAL, Welber Oliveira. Metodologia da Pesquisa jurídica. Belo Horizonte: Del Rey,
2007.
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Modelo do Projeto de Pesquisa em EDH:
Acesse a plataforma Moodle e obtenha o modelo do projeto de pesquisa em
EDH. O documento possui a estrutura básica necessária para a organização do projeto.
Não esqueça, tenha sempre em mãos o material de metodologia e um bom manual
de normas técnicas para auxiliá-l@. Mantenha o contato constante com o (a)
professor(a) Orientador(a) através do AVA.
BARRAL, Welber Oliveira. Metodologia da Pesquisa jurídica. Belo Horizonte: Del Rey,
2007.
GRESSLER, Lori Alice. Introdução à Pesquisa: projetos e relatórios. 2. ed. São Paulo:
Edições Loyola, 2004.
Tarefas
Nesta etapa as suas principais tarefas serão a elaboração e postagem do
projeto de pesquisa em 1ª versão e versão definitiva de acordo com o calendário do
Curso. Na página da disciplina você encontrará o espaço destinado para a postagem
destas duas atividades. Fique atent@ aos prazos!
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Car@s Estudantes,
Chegou nova etapa em nossa caminhada, pois após a análise dos projetos
segue-se a etapa de elaboração do artigo. Fiquem atent@s, pois a partir de agora, mas
detalhes importantes unem-se às informações já repassadas. Na plataforma Moodle
vocês encontrarão o link para o formulário, com o cabeçalho do curso, onde deve ser
elaborado o artigo, de maneira que todos sigam um padrão.
Também, no mesmo espaço, estará o modelo da capa a ser atribuída ao TCC
quando da entrega da versão definitiva e as instruções para o preenchimento da
mesma dentre outros documentos que podem ser necessários. Além disso, observe
que o trabalho deve conter entre 15 a 20 páginas. Trabalhos com número de páginas
inferior ao limite mínimo não serão avaliados.
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Estimad@ Alun@,
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Estimados Cursistas,
Estamos concluindo mais uma etapa do nosso curso. Agora que você já
pesquisou o tema escolhido para o seu artigo, seguiu o seu projeto, elaborou seu
texto científico, é chegada a hora de postar o seu TCC em 1ª versão, de acordo com os
calendários do curso. A partir de agora os trabalhos serão encaminhados para as
bancas de avaliação a fim de que sejam lidos pelos examinadores sendo que,
posteriormente será realizada a defesa oral nas datas e horários definidos pela
Coordenação, nos pólos presenciais.
Agora, você deve se preparar para a defesa oral do seu TCC. Sugerimos que
entrem em contato com @s tutor@s presenciais a fim de formar grupos de estudo
onde vocês possam apresentar seus trabalhos uns aos outros. A apresentação será
composta de dois momentos: em um primeiro momento @ alun@ fará a defesa do
trabalho em tempo máximo de 15 min.; no segundo momento haverá 10 min. para as
argüições da banca e resposta d@ alun@.
Será permitido o uso de equipamento multimídia para auxiliar e ilustrar a
apresentação. As bancas serão compostas por dois avaliadores e um presidente que
conduzirá os trabalhos. A sessão de defesa é pública e a aprovação ou reprovação
referente ao trabalho escrito e apresentação oral serão divulgadas imediatamente
após a defesa.
Bom trabalho!
Tarefas
Nesta etapa você realizará postagem do TCC em 1ª versão de acordo com o
calendário do Curso. Na página da disciplina você encontrará o espaço destinado para
a postagem desta atividade. Fique atent@ aos prazos!
Texto
O texto a seguir destaca algumas dicas para a defesa oral do TCC.
o dia D é hoje
de hoje não vai passar
mandei o meu juízo
descansar, descansar
relógio e compromisso
esperar, esperar
não vou pedir licença
vou gritar, vou gritar
e o teu cabelo liso eu quero enrolar
e aquela calça escura eu quero desbotar
e o velho ar-condicionado eu quero ver queimar
o dia D é hoje
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de hoje não vai passar
vou apertar o passo
vou prá lá, vou prá lá
não vou mandar aviso
vou chegar, vou chegar
não vou bater na porta
vou entrar, vou entrar
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Por fim, a elaboração de um bom material de apoio pode servir-lhe de
auxílio a fim de que não esqueça a ordem de apresentação. Contudo, há que se ter
cuidado ao utilizar o recurso multimídia com o PowerPoint, pois os “slides” ou
“lâminas”, como coloquialmente se denomina, podem ser aliados ou um verdadeiro
“tiro no pé”.
Procure utilizar os “slides” de forma modesta, ou seja, evite quadros com
muitas informações, coloque apenas tópicos a serem abordados. Não se esqueça de
colocar no primeiro “slide” o nome da Universidade e Curso, título do trabalho, nome
do autor (seu nome), nome do orientador e ano. Ao final da apresentação coloque as
referências que você utilizou. Cuidado com a utilização de imagens, você pode valer-
se deste recurso, mas evite a poluição visual.
Uma dica muito importante é: nunca coloque o trabalho propriamente dito
nos “slides” e jamais faça uma apresentação lendo os slides, pois essa conduta
transmite a péssima impressão aos avaliadores de que você não domina
absolutamente nada sobre o assunto que escolheu.
Ainda, outras dicas são: cuidado com a postura na defesa, apresente o
trabalho para a banca e também para os demais presentes, procure evitar os vícios de
linguagem como “né” e “tá”, leve uma garrafinha de água para se tranquilizar nos
momentos mais tensos. Dedique-se, estude e fará uma excelente defesa.
Bibliografia
BARRAL, Welber Oliveira. Metodologia da Pesquisa jurídica. Belo Horizonte: Del Rey,
2007.
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Caros cursistas,
Esta é a etapa final do nosso curso. Discutiremos acerca da importância da
entrega da versão definitiva do TCC. Fique alerta para o prazo de postagem do TCCs,
eis que já avaliados pelas bancas presencialmente e corrigidos. Não se esqueçam de
incluir todas as observações dos avaliadores e façam uma revisão minuciosa antes da
postagem. Também deverão ser entregues duas vias impressas e uma versão digital
em CD para @s tutor@s presenciais.
Tarefas
Acesse a plataforma Moodle para receber o feedback dos examinadores,
caso necessário, realize as modificações indicadas, utilize o espaço destinado à
postagem da versão definitiva do artigo para a entrega do trabalho . Fique atent@
aos prazos e não se esqueça de entregar as vias impressas e em CD para @s tutor@s
presenciais!
Texto
O texto a seguir destaca a importância da entrega definitiva do Artigo
de Conclusão de Curso.
A importância da postagem do TCC definitivo
Clarice Gonçalves Pires Marques
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Compreenda assim a sua importância e seu lugar na sociedade enquanto
pesquisador, Especialista em Educação em Direitos Humanos, pois seu trabalho agora
será fonte de pesquisa e terá a missão de auxiliar na construção de ciência e
modificação de paradigmas, portanto, a sua responsabilidade e comprometimento
são tão indispensáveis.
Trabalhos como o seu são base para muitas ações práticas e projetos de
Educação em Direitos Humanos, e adivinhe, agora também é protegido pela Lei de
Direitos Autorais. Então estimado aluno, mãos a obra, realize o ajustes indicados e
faça parte você também da história da Universidade Federal do Rio Grande.
Bibliografia
GRESSLER, Lori Alice. Introdução à Pesquisa: projetos e relatórios. 2. ed. São Paulo:
Edições Loyola, 2004.
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Sobre os autores
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Ivane Almeida Duvoisin
Doutora em Educação em Ciências pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e
Mestre em Educação Ambiental pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG).
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..............................Anotações
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