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Autor

José Pinheiro Lopes Neto


Possui graduação em Engenharia Agrícola e doutorado em Engenharia de Processos pela
Universidade Federal de Campina Grande (2009). Atualmente, é professor Adjunto da Universidade
Federal de Campina Grande, atuando nas áreas de construções rurais, ambiência animal e projeto
de silos verticais.

Design Instrucional Capa


Sarah Resende NT Editora
Vinícius Abreu

Editoração Eletrônica
Revisão Rodrigo Souza
Erick Guilhon
Filipe Lopes
Marcos Sugizaki Ilustração
NT Editora
Projeto Gráfico
NT Editora

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Fone: (61) 3421-9200
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www.nteditora.com.br e www.grupont.com.br

Construções e instalações rurais. / NT Editora.


-- Brasília: 2017. 138p.: il. ; 21,0 X 29,7 cm.

ISBN - 978-85-8416-165-2
1. Materiais convencionais de construção, 2. Tecno-
logia das construções rurais, 3. Planejamento ar-
quitetônico das instalações, 4. Projetos de instalações
zootécnicas, 5. Obras de infraestrutura rural.

Copyright © 2017 por NT Editora.


Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por
qualquer modo ou meio, seja eletrônico, fotográfico, mecânico ou
outros, sem autorização prévia e escrita da NT Editora.
LEGENDA

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didático. A presença desses ícones o ajudará a compreender melhor o conteúdo abor-
dado e a fazer os exercícios propostos. Conheça os ícones logo abaixo:

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você está estudando. Serão curiosidades, temas afins ou exemplos do cotidi-
ano que o ajudarão a fixar o conteúdo estudado.

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Exercícios
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Exercícios
Ao final das lições, você deverá responder aos exercícios no seu livro.

Bons estudos!
Sumário

1 .MATERIAIS CONVENCIONAIS DE CONSTRUÇÃO..................................................7


1.1 Agregados....................................................................................................................................... 7
1.2 Aglomerantes...............................................................................................................................13
1.3 Argamassas...................................................................................................................................16
1.4 Concreto simples........................................................................................................................20
1.5 Materiais cerâmicos...................................................................................................................27

2 .TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES RURAIS.........................................................34


2.1 Planejamento e locação da obra...........................................................................................34
2.2 Estruturas de sustentação das construções......................................................................40
2.3 Execução da estrutura...............................................................................................................47
2.4 Coberturas e alvenarias............................................................................................................51
2.5 Orçamentos..................................................................................................................................55

3 .PLANEJAMENTO ARQUITETÔNICO DAS INSTALAÇÕES.....................................60


3.1 Localização, disposição e orientação das instalações...................................................61
3.2 Ambiência animal nas instalações rurais...........................................................................67
3.3 Acondicionamento térmico natural....................................................................................71
3.4 Acondicionamento térmico artificial...................................................................................74
3.5 Índices de conforto térmico....................................................................................................79

4 .PROJETOS DE INSTALAÇÕES ZOOTÉCNICAS.......................................................87


4.1 Instalações para bovinos de corte e de leite....................................................................87
4.2 Instalações para aves de corte...............................................................................................91
4.3 Instalações para caprinos e ovinos.......................................................................................96
4.4 Instalações para suínos...........................................................................................................102
4.5 Aproveitamento de resíduos agropecuários..................................................................105

5 .OBRAS DE INFRAESTRUTURA RURAL............................................................... 110


5.1 Silos para armazenagem de grãos e sementes..............................................................111
5.2 Silos forrageiros.........................................................................................................................115
5.3 Construção de biodigestores, cisternas e fossas sépticas..........................................119
5.4 Estufas para produção de hortaliças.................................................................................123
5.5 Pequenas barragens de terra...............................................................................................126

4 NT Editora
APRESENTAÇÃO

Olá! Seja bem-vindo (a) ao estudo das Construções e Instalações Rurais!

Antes mesmo de pensarmos em uma construção, devemos, em primeiro lugar, pensar na har-
monia das intervenções humanas com a natureza. Dessa forma, devemos buscar a utilização de ma-
teriais adequados e de forma racional, de modo a permitir o equilíbrio entre construções rurais, seus
habitantes e o ambiente.

Este livro se divide em cinco lições, cujos objetivos gerais são:

• selecionar os materiais de construção mais adequados quanto a suas propriedades, dispo-


nibilidade e exigências do projeto;

• definir quais materiais e técnicas construtivas serão adotadas visando à interação entre
a racionalização do uso dos materiais, as características climáticas locais e as exigências
fisiológicas dos animais;

• projetar e acompanhar a execução de instalações rurais, dando atenção à avaliação do


ambiente, ao dimensionamento dos equipamentos e à quantificação do conforto térmico;

• analisar instalações e sugerir possíveis modificações, buscando atender às necessidades


do produtor e melhorar o conforto e a produtividade animal;

• planejar infraestrutura a fim de atender a algumas necessidades da produção, como, por


exemplo, o armazenamento de grãos e a destinação de dejetos.

Bons estudos!
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SUMÁRIO Construções e Instalações Rurais 5


6
NT Editora
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1 MATERIAIS CONVENCIONAIS DE CONSTRUÇÃO

Os materiais de construção podem ser conceituados como sendo todos os corpos, objetos ou
substâncias que possuem características ou propriedades específicas a serem usados em quaisquer
obras de engenharia.

Com isso, pode-se inferir que boa parte da qualidade da obra advém diretamente dos materiais
nela empregados. Devido a isso, é de fundamental importância conhecer previamente as característi-
cas ou propriedades desses materiais, devendo seu uso levar em consideração tanto o ponto de vista
técnico quanto o econômico, a fim de sempre buscar a racionalidade de consumo.

Desse modo, para a correta escolha dos materiais a serem empregados em uma obra, o profis-
sional responsável deve levar em conta alguns critérios, como o atendimento às necessidades técni-
cas, a durabilidade e a economia.

Objetivos
Ao finalizar esta lição, você deverá ser capaz de:

• conhecer os materiais de construção convencionais mais usados nas instalações rurais;

• avaliar seus métodos de classificação e processos de produção;

• analisar a dosagem de cada componente de acordo com os requisitos de projeto.

1.1 Agregados
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Agregados são todos os materiais particulados (partículas/grãos), normalmente de origem mi-


neral, quimicamente inertes, que podem ser utilizados na composição de argamassas e concretos. Inertes: sem
atividade ou
movimento
Função principal próprios.

• Ajudam a reduzir custos, por serem materiais de baixo preço e abundantes no meio, além
de serem de fácil extração e produção.

Funções secundárias
• Aumentam a estabilidade dimensional (menor expansão/retração).

• Aumentam a resistência mecânica e diminuem o desgaste por fogo.

• Reduzem a condutibilidade térmica.

SUMÁRIO Construções e Instalações Rurais 7


Os agregados podem ser classificados segundo os seguintes critérios.

Origem

• Naturais: são aqueles encontrados na natureza já em condições de uso ou que necessitam


de processos mínimos para isso. Exemplos: areia de rios e seixos rolados.

• Artificiais: são aqueles que necessitam passar por processos industriais para atingirem a
condição de uso. Exemplos: areia artificial e britas.

Dimensão

• Miúdos: são aqueles que têm dimensão máxima igual ou inferior a 4,8 mm. Exemplos:
areia e saibro.

• Graúdos: são aqueles que têm dimensão mínima superior a 4,8 mm. Exemplos: britas e
seixos rolados.

Densidade

• Leves: são aqueles cuja densidade é inferior a 1 ton/m³. Exemplo: pedra pome, vermiculita
e argila expandida.

• Médios: são aqueles cuja densidade varia de 1 a 2 ton/m³. Exemplos: areia, seixos e britas.

• Pesados: são aqueles cuja densidade é superior a 2 ton/m³. Exemplos: hematita, magnetita.

Propriedades físicas

• Massa específica real: é a razão entre a massa do agregado e o volume por ele ocupado,
excluindo-se os vazios da amostra.

• Massa específica aparente: é a razão entre a massa do agregado e o volume por ele ocupa-
do, considerando-se os vazios da amostra.

• Teor de umidade: é a razão entre a massa de água presente no agregado e a massa desse
mesmo agregado no estado seco, sendo o resultado multiplicado por 100.

• Inchamento: é a razão entre o volume de água contida no agregado e o volume desse


mesmo agregado no estado seco, sendo o resultado multiplicado por 100.

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• Porosidade: é a razão entre o volume de vazios do agregado e o volume total da amostra,
sendo o resultado multiplicado por 100.

• Compacidade: é a razão entre o volume compactado do agregado (excluem-se os vazios


da amostra) e o volume total da amostra, sendo o resultado multiplicado por 100.

8 NT Editora SUMÁRIO
Importante
Os agregados convencionais têm sua origem a partir da decomposição das rochas, que podem
ser de três tipos:

• Ígneas ou magmáticas: são aquelas rochas formadas a partir do resfriamento e endurecimen-


to do magma expelido pelas erupções vulcânicas. Exemplos: granito, basalto e diorito.

• Sedimentares: são rochas formadas a partir do intemperismo de outras rochas e posterior


deposição desses sedimentos em camadas sobrepostas. Exemplos: arenito, calcário e carvão
mineral.

• Metamórficas: são rochas formadas a partir do metamorfismo de outras rochas através da


ação de altas temperaturas e elevadas pressões. Exemplo: gnaisse, quartzo e ardósia.

Figura 1 - Síntese de formação de rochas

Agregados miúdos
A areia é um agregado miúdo de origem natural (dimensão máxima igual ou inferior a 4,8 mm).
Sua denominação varia de região para região, sendo ela conhecida também como areia lavada, areia
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de rio ou areia natural. É utilizada na composição de argamassas e concretos.

Tabela 1 - Classificação granulométrica dos agregados miúdos


Classificação quanto à dimensão da partícula
Muito fina 0,15 a 0,3 mm
Fina 0,3 a 0,6 mm
Média 0,6 a 1,2 mm
Grossa 1,2 a 4,8 mm
Material Pulverulento Inferior a 0,15 mm Pulverulento:
coberto ou
cheio de pó;
poeirento,
pulveroso.

SUMÁRIO Construções e Instalações Rurais 9


O saibro é um agregado miúdo de origem natural, areno-argiloso, geralmente de cor averme-
lhada. Pode ser denominado de áspero ou macio, dependendo do teor de argila contido na amostra.

Areia artificial, também conhecida como areia de brita ou areia de pedra, é um agregado miúdo
de origem artificial, sendo um resíduo do processamento das britas.

Pó de pedra ou fíler é um agregado miúdo e fino de origem artificial (dimensão inferior a 0,15
mm) gerado pela lavagem das britas.

Tabela 2 - Aplicação dos agregados miúdos


Agregado miúdo Aplicações
Argamassas de acabamento, devido à melhor
Fino e muito fino
textura da superfície.
Concretos e argamassas de assentamento de
Grosso e médio
tijolos, blocos e revestimento primário.

Agregados graúdos
Britas são agregados graúdos de origem artificial obtidos pelo processo de britagem de rochas
maiores (matacões). São utilizadas na composição de concretos.

Tabela 3 - Classificação granulométrica dos agregados graúdos


Classificação quanto à dimensão da partícula
Brita 0 4,8 a 9,5 mm
Brita 1 9,5 a 19 mm
Brita 2 19 a 25 mm
Brita 3 25 a 38 mm
Brita 4 38 a 76 mm
Pedra de mão Maior que 76 mm

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Saiba mais
Em algumas regiões do Brasil, a Brita 0 é conhecida como pedrisco ou cascalhinho.

Seixo rolado: agregado graúdo de origem natural, de formato arredondado e superfície lisa, é
encontrado em leitos de rios.

10 NT Editora SUMÁRIO
Tabela 4 - Aplicação dos agregados graúdos
Agregado graúdo Aplicações
Confecção de massa asfáltica e concretos em geral, lajes, pré-
Brita 0
moldados.
É a mais utilizada na construção civil para o preparo de lajes,
Brita 1
vigas e colunas.
É utilizada em concretos com necessidade de maior resistência e
Brita 2
em obras de drenagem.
Reforço de subleito para pistas de tráfego pesado, aterramento
Brita 3
e nivelamento de ferrovias.
Fossa sépticas, sumidouros, gabião, reforço de subleito para
Brita 4
pistas de tráfego pesado e lastros de ferrovias.
Pedra de mão Gabião, concretos ciclópicos, calçamento de ruas e drenagem.

Classificação granulométrica dos agregados, segundo a NBR 7211 (2005)


Granulometria é a definição das diferentes faixas de variação dimensional de um agregado. Sua
determinação ocorre por ensaio de peneiramento.

• Dimensão máxima de partículas (dmáx): valor correspondente à abertura nominal, em mm,


da peneira da série normal ou intermediária, na qual o agregado apresenta porcentagem
retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% em massa.

• Módulo de finura (Mf ): é a soma das porcentagens retidas, acumuladas em massa nas pe-
neiras, da série normal dividida por 100. O Mf decresce à medida que o agregado se torna
mais fino.

Tabela 5 - Faixa de classificação para agregado miúdo


Porcentagem retida acumulada, em massa
Peneiras
Faixa 1 Faixa 2 Faixa 3 Faixa 4
(mm)
(muito fina) (fina) (média) (grossa)
6,3 0–3 0–7 0–7 0–7
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4,8 0–5 0 – 10 0 – 11 0 – 12
2,4 0–5 0 – 15 0 – 25 5 – 40
1,2 0 – 10 0 – 25 10 – 45 30 – 70
0,6 0 – 20 21 – 40 41 – 65 66 – 85
0,3 50 – 85 60 – 88 70 – 92 80 – 95
0,15 85 – 100 90 – 100 90 – 100 90 – 100

SUMÁRIO Construções e Instalações Rurais 11


Tabela 6 - Faixa de classificação para agregado graúdo
Peneiras Porcentagem, em massa, Retida Acumulada
(mm) Faixa 1 Faixa 2 Faixa 3 Faixa 4 Faixa 5
75 - - - - 0 – 50
63 - - - - 5 – 30
50 - - - 0–5 75 – 100
37,5 - - - 5 – 30 90 – 100
31,5 - - 0–5 75 – 100 95 – 100
25 - 0–5 5 – 25 87 – 100 -
19 - 2 – 15 65 – 95 95 – 100 -
12,5 0–5 40 – 65 92 – 100 - -
9,5 2 – 15 80 – 100 95 – 100 - -
6,3 40 – 65 92 – 100 - - -
4,75 80 – 100 95 – 100 - - -
2,36 95 – 100 - - - -

Recomendação da NBR 6118 (2004) para dmáx de agregados graúdos


• A dmáx do agregado no concreto não pode superar em mais de 20% a espessura nominal
do seu cobrimento.

• O espaçamento mínimo livre entre as faces das barras longitudinais deve ser igual ou superior:

- na direção horizontal, a 1,2 vezes a dmáx

- na direção vertical, a 0,5 vezes a dmáx

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Construindo o saber
Com relação aos agregados para construção, marque a alternativa correta.

a) Os agregados miúdos são aqueles cuja dimensão máxima de partículas é igual ou


inferior a 4,8 mm.

b) A areia de brita é um agregado graúdo artificial.

c) As britas são agregados extraídos de leitos de rios.

d) Os agregados são pequenas ferramentas mecânicas que dão suporte às construções.

Comentário: a alternativa correta do nosso exercício é a letra “a”. Os agregados miúdos são
classificados em muito finos, finos, médios e grossos e têm dimensão máxima de partículas
≤ 4,8 mm.

12 NT Editora SUMÁRIO
1.2 Aglomerantes
Aglomerantes são todos os materiais ativos quimicamente, pulverulentos, utilizados para pro-
mover a união entre partículas de agregados nas argamassas e concretos. Quanto ao princípio ativo,
os aglomerantes podem ser aéreos, hidráulicos ou mistos.

• Aglomerantes aéreos: são aqueles que endurecem pela reação química do CO2 presente
no ar atmosférico. Exemplo: cal aérea.

• Aglomerantes hidráulicos: são aqueles que reagem na presença de água. Exemplo: cimen-
to Portland.

• Aglomerantes mistos: são aqueles que utilizam tanto um hidráulico quanto um aéreo para
a reação química. Exemplo: cimento Portland + cal aérea.

Pega dos aglomerantes é um termo que se refere ao tempo decorrido entre o início das reações
químicas e a perda total de fluidez da mistura. O início da pega se dá quando o aglomerante entra em
contato com seu ativador químico, enquanto o fim se dá quando a massa se solidifica totalmente, não
significando, no entanto, alcance de toda sua resistência mecânica.

Saiba mais
O conhecimento da pega do aglomerante a ser utilizado será útil para se definir o tempo neces-
sário para o preparo e o uso de determinada porção, o tempo demandado para o transporte da
mistura, o tempo para desforma de peças, etc.

O cimento Portland atualmente é o aglomerante mais usado nas construções. É um pó de cor


acinzentada que adquire resistência mecânica após entrar em contato com água, tendo sido criado e
patenteado por Joseph Aspdin, em 1824 (patente nº 5022). É resultado da calcinação de rochas calcá-
rias e argilominerais (clínquer). Argilominerais:
termo técnico
A hidratação do cimento Portland gera a formação dos seguintes compostos: para definir mi-
nerais constituí-
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• Silicato tricálcico (3CaO.SiO2 – C3S – alita): tem a função de promover ganho de resistên- dos por silicatos
cia mecânica, em especial aos 28 dias de idade, quando atinge entre 70 e 80% de sua hidratados de
resistência final. alumínio e ferro.

• Silicato bicálcico (2CaO.SiO2 – C2S – belita): tem a função de promover resistência mecâ-
nica nas idades mais avançadas.

• Aluminato tricálcico (3CaO.Al2O3 – C3A – celita):: tem a função de promover o ganho de


resistência, especialmente no primeiro dia (pega).

• Ferro aluminato tetracálcico (4CaO.Al2O3.Fe2O3 – C4AFe – ferrita): tem a função de blindar


quimicamente os demais compostos.

SUMÁRIO Construções e Instalações Rurais 13


Com a finalidade de adequar o cimento Portland às diversas aplicações construtivas, são adicio-
nadas a ele matérias-primas, tais como as seguintes.

• Gesso: tem a função de regular a pega do cimento.

• Escória de alto forno: tem a função de aumentar a durabilidade e a resistência a agentes


químicos.

• Material pozolânico: tem a função de conferir maior impermeabilidade às misturas.

• Material carbonático: tem a função de melhorar a trabalhabilidade da massa.

Saiba mais
A adição em diferentes proporções de cada uma dessas matérias-primas ao clínquer do cimento
Portland no momento da moagem é responsável por gerar os diversos tipos comerciais de cimento.

Quanto à composição, os cimentos brasileiros podem ser:

• CP Comum (CP I): 100% de clínquer + gesso (3 a 5%).

• CP com adição (CP I – S): 99 a 95% de clínquer e gesso + 1 a 5% de material pozolânico.

• CP Composto (CP II):

E: 94 a 56% de clínquer e gesso + 6 a 43% de escória de alto forno + 0 a 10% de material


carbonático.

Z: 94 a 76% de clínquer e gesso + 6 a 14% de material pozolânico + 0 a 10% de material


carbonático.

F: 94 a 90% de clínquer e gesso + 0 a 10% de material carbonático.

• CP de alto forno (CP III): 65 a 25% de clínquer e gesso + 35 a 70% de escória de alto forno
+ 0 a 5% de material carbonático.

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• CP pozolânico (CP IV): 85 a 45% de clínquer e gesso + 15 a 50% de material pozolânico + 0
a 5% de material carbonático.

• CP de alta resistência inicial/resistente a sulfatos (CP V – ARI/RS): 100 a 95% de clínquer e


gesso + 0 a 5% de material carbonático.

• CP branco estrutural (CP B estr.): 100 a 75% de clínquer e gesso +0 a 25% de material car-
bonático.

• CP branco não estrutural (CP B não estr.): não estrutural: 74 a 50% de clínquer e gesso + 26
a 50% de material carbonático.

Saiba mais
Caso tenha interesse, assista ao vídeo que mostra o processo de fabricação do cimento Portland,
que é um produto muito usado na construção civil, por causa de sua excelente resistência. Link:
https://www.youtube.com/watch?v=2F6A9nY1DBc

14 NT Editora SUMÁRIO
Quanto à classe de resistência, os cimentos brasileiros podem ser:

• CP 25: resistência à compressão de 25 MPa aos 28 dias;

• CP 32: resistência à compressão de 32 MPa aos 28 dias;

• CP 40: resistência à compressão de 40 MPa aos 28 dias.

Figura 2 - Evolução média de resistência à compressão


dos distintos tipos de cimento Portland.

Fonte: ABCP, 2002.

A cal é um produto resultante da calcinação de rochas calcárias a temperaturas variando de 800


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a 1000 ºC. Classifica-se da seguinte maneira.

• Cal virgem ou viva: É o aglomerante resultante da calcinação de rochas calcárias (CaCO3)


numa temperatura inferior à de fusão do material (850 a 900 ºC).

• Cal hidratada: aglomerante resultante de processo de hidratação.

• Cal hidráulica: reage em contato com a água. Foi substituída ao longo do tempo pelo ci-
mento Portland.

A aplicação da cal pode se dar das seguintes maneiras.

• Argamassa simples e mista em alvenarias e revestimentos. Alvenarias


paredes
• Preparo de tintas. erguidas com
pedras ou
• Tratamento de água. blocos arga-
massados.
• Correção de acidez do solo (agricultura).

SUMÁRIO Construções e Instalações Rurais 15


Saiba mais
Atualmente, a cal é largamente empregada em conjunto com cimento Portland na confecção
Plasticidade: de pastas e argamassas por conferir maior plasticidade, maiores deformações sem fissuração
qualidade do e maior retenção de água. Misturada à água, a cal é utilizada em pinturas (caiação) de muros,
que é plástico.
meio-fio de calçadas e colmo de árvores, devido ao seu efeito asséptico (pH elevado).

O gesso é aglomerante de pega rápida obtido pela desidratação total ou parcial da gipsita
(CaSO4.2H2O). A temperatura de calcinação é a responsável por gerar os diferentes tipos de gesso
comerciais. Devido a sua rápida pega, o gesso pode ser aplicado como material de revestimento in-
terno, forros de coberturas, painéis para divisórias (gesso acartonado ou drywall), etc. Como adição ao
cimento Portland, o gesso é misturado ao clínquer para regular o seu tempo de pega.

Construindo o saber
Levando em conta o conteúdo apresentado sobre aglomerantes, marque a alternativa
correta:

a) Os aglomerantes hidráulicos, como cimento Portland, são aqueles que reagem em


contato com a água.

b) Ao se misturar cal ao cimento Portland, o tempo de pega deste último é reduzido.

c) O cimento Portland é um aglomerante que reage quando em contato com o ar


atmosférico.

d) Os aglomerantes são os restos de cimentos que compõem a mistura Portland.

Se você escolheu a alternativa “a”, você acertou. Aglomerantes hidráulicos, quando em


contato com água, iniciam imediatamente as reações responsáveis por seu enrijecimento.

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1.3 Argamassas

Argamassas são materiais resultantes da mistura homogênea entre um ou mais aglomerantes


(princípio ativo), em que se agregam miúdo e água, podendo conter aditivos ou adições.

A aplicação da argamassa é feita em diversos serviços, como o revestimento de pisos, paredes


e tetos, o assentamento de ladrilhos, azulejos, blocos cerâmicos, de concreto ou pedra, o fechamento
de trincas e a regularização de superfícies.

16 NT Editora SUMÁRIO
Importante
Quando o aglomerante é somente misturado à agua, recebe o nome de pasta ou nata, cuja
diferenciação se dará empiricamente pela quantidade de água utilizada. A pasta surge com a
mistura do aglomerante à agua, até atingir certa plasticidade, sendo empregada em correções
de superfícies e fechamento de fissuras. Já as natas são compostas de aglomerante e água em
excesso (mistura muito fluida), sendo utilizadas em caiação de superfícies.

As argamassas podem ser classificadas da seguinte maneira.

Número de aglomerantes

• Simples: possui apenas um aglomerante.

• Compostas: possui mais de um aglomerante.

Tipo de aglomerante

• Aérea: possui aglomerante aéreo.

• Hidráulica: possui aglomerante hidráulico.

• Mista: possui um aglomerante aéreo e outro hidráulico.

Consistência

• Seca: contém pouca água (estado de “farofa”).

• Plástica: a quantidade de água já permite razoável trabalhabilidade.

• Fluida: a água se encontra em excesso.

Densidade

• Leve: possui densidade inferior a 1400 kg/m³.

• Normal: possui densidade entre 1400 e 2300 kg/m³.


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• Pesada: possui densidade superior a 2300 kg/m³.

Dosagem

• Pobre ou magra: possui pouco aglomerante na mistura.

• Média ou cheia: a quantidade de aglomerante é suficiente para envolver todos os agrega-


dos e ocupar os espaços entre eles.

• Rica ou gorda: há excesso de aglomerante.

SUMÁRIO Construções e Instalações Rurais 17


As propriedades desejáveis de uma argamassa irão depender da finalidade a que ela se destina,
mas, no geral, uma boa argamassa deve apresentar:

• trabalhabilidade;

• aderência;

• estabilidade dimensional;

• impermeabilidade;

• empacotamento;

• resistência mecânica;

• durabilidade.

Importante
Para se obter argamassas
de boa qualidade, é impor-
tante assegurar que a pasta
preencha todos os espaços
entre os agregados e os en-
volva por completo.

Figura 4 - Pasta e agregados na formação da argamassa

No caso das argamassas de revestimento, vale salientar que são empregadas em diferentes
camadas e composicões. Elas são classificadas da seguinte maneira.

• Chapisco: camada rugosa de aproximadamente 1,5 cm de espessura. Tem a função de

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aumentar a rugosidade da superfície para o recebimento de camadas posteriores.

• Emboço: camada com espessura de aproximadamente 2 cm. Tem a função de promover


proteção à superfície contra as intempéries.

• Reboco: camada fina com espessura de 1,5 cm. Tem a função de dar acabamento à super-
fície e receber a pintura.

• Camada única: também conhecida como massa única ou reboco paulista, consiste em
uma única camada de argamassa sobre a qual é aplicada a pintura.

• Revestimento decorativo monocamada (RDM): revestimento aplicado em uma única ca-


mada que faz, simultaneamente, a função de regularização e decoração.

18 NT Editora SUMÁRIO
Figura 5 - Camadas de revestimento de argamassa

Saiba mais
Dosar uma argamassa significa definir a proporção em que cada elemento entrará na mistura.
Ou seja, dosar significa definir o traço da argamassa. A indicação do traço das argamassas pode
se dar das seguintes formas:

1:n ou 1:n:m

1 refere-se ao aglomerante; n, a um segundo aglomerante ou a partes do agregado miúdo; m, a


partes do agregado miúdo.

O rendimento de produção de uma argamassa pode ser definido como o volume obtido com
a mistura de determinada quantidade de aglomerante (s), agregado e água necessários para gerar 1
m³ de argamassa.

Para as argamassas de cimento Portland, o rendimento pode ser calculado pelas expressões abaixo:
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1,4
CP = ——— A = CP × a
1+a

Sendo que:

CP = quantidade de cimento Portland por m³ necessária para produzir 1 m³ de argamassa.

A = quantidade de agregado miúdo por m³ necessária para produzir 1 m³ de argamassa.

a = proporção em que o agregado miúdo entra na mistura.

SUMÁRIO Construções e Instalações Rurais 19


Construindo o saber
Marque a alternativa correta a respeito das argamassas.

a) As argamassas são materiais de construção formados por aglomerante (s), agrega-


do graúdo e água.

b) As argamassas não devem ser empregadas para revestimento de paredes.

c) As argamassas são materiais de construção utilizados para assentar tijolos, blocos e


rochas.

d) As argamassas são feitas a partir da mistura de cal, cimento grosso e cascalho.

Comentário: Se você escolheu o item “c”, você acertou. Paredes de alvenaria de tijolos,
blocos de concreto ou rochas são erguidos unindo-se cada elemento com argamassa de
assentamento.

1.4 Concreto simples


Concreto simples é uma rocha artificial obtida a partir da mistura íntima entre aglomerantes, agre-
gados miúdos e graúdos e água. Essa mistura adquire resistência mecânica com o decorrer do tempo.

Nas construções rurais, o concreto simples pode ser empregado na confecção de vigas, lajes,
colunas, canais de drenagem e irrigação, comedouros e bebedouros, pisos de instalações animais,
silos para armazenagem de grãos, entre outros.

O concreto simples pode ser classificado da seguinte maneira.

Massa específica

• Leve: quando possui massa inferior a 1800 kg/m3.

• Normal ou corrente: massa específica média de 2400 kg/m3.

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• Pesado: massa específica média superior a 3200 kg/m3.

Resistência aos 28 dias

• Baixa resistência: resistência à compressão inferior a 20 MPa.

• Resistência moderada: resistência entre 20 e 40 MPa.

• Alta resistência: resistência superior a 40 MPa.

Importante
O concreto simples apresenta as vantagens de baixo custo relativo, disponibilidade dos seus
materiais componentes em quase todos os lugares, versatilidade e adaptabilidade, durabilidade
e possibilidade de incorporar rejeitos industriais poluentes. Como desvantagens, destacam-se
a impossibilidade de modificações após seco, baixa resistência à tração e grande geração de
resíduos após demolição.

20 NT Editora SUMÁRIO
O concreto simples deve ser dosado de forma a se obter harmonia entre seus componentes. O
maior consumo de cimento no concreto gera um produto com maior plasticidade, maior coesão, me-
nor segregação, menor exsudação de água, maior calor de hidratação e maior retração na secagem.

Quanto ao agregado miúdo, o maior consumo no concreto acarreta aumento no uso de água
e de cimento e maior plasticidade. No caso de grãos arredondados e lisos, ocorre maior plasticidade.
Grãos lamelares geram maior consumo de cimento e água.
Grãos
Quanto ao agregado graúdo de grãos mais arredondados e lisos, o maior consumo ocasiona lamelares:
grãos na forma
maior plasticidade e menor aderência com a pasta. No caso de agregados graúdos lamelares, o maior de lâminas.
uso acarreta maiores consumos de cimento, água e areia e menor resistência do concreto.
Fluidez:
As propriedades do concreto se dividem em duas fases: concreto fresco e endurecido. propriedade
recíproca da
• O concreto fresco deve ter trabalhabilidade adequada às condições de utilização, definidas viscosidade
por transporte, lançamento e adensamento. de um fluido;
fluidicidade.
• O concreto endurecido deve ter suas características definidas pela resistência aos esforços
mecânicos a que está submetido e pelas questões relativas à durabilidade.

Na fase fresca, a trabalhabilidade do concreto está relacionada à sua consistência (fluidez) e co-
esão. A consistência do concreto está diretamente ligada ao teor de umidade contido na massa e pode
ser avaliada pelo ensaio de abatimento do concreto, também conhecido como slump test, segundo a
NM NBR 67 (1998).

Figura 6 - Ensaio de abatimento do concreto.


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Fonte: MEHTA; MONTEIRO, 2006.

SUMÁRIO Construções e Instalações Rurais 21


O abatimento do concreto deve ser definido de acordo com a finalidade a que ele se destina,
recomendando-se os valores constantes na tabela 7.

Tabela 7 - Valores de abatimento recomendados


Limite de abatimento no slump test (adaptado de Ripper, 1995)
Concreto com controle razoável
Tipo de (agregados medidos em volume)
Consistência
obra/serviço e vibração manual ou mecânica
Mínimo (cm) Máximo (cm)
Fundações e muros não armados Firme 2 6
Fundações e muros armados Firme a plástico 3 7
Estruturas usuais e lastros Plástico 5 7
Peças com alta densidade de armaduras Plástico a fluido 7 9
Concreto aparente Plástico a fluido 6 8
Concreto bombeado a alturas de até 40 m Fluido 8 10
Concreto bombeado a alturas maiores que 40 m Muito fluido 9 13

Na fase endurecida, as características do concreto devem ser aquelas relacionadas à sua resis-
tência mecânica, durabilidade, impermeabilidade e aparência. Quanto à resistência mecânica, é im-
Cisalhamento: portante destacar a resistência à compressão, à tração, ao cisalhamento e à flexão, sendo os valores
cortar, fatiar. mencionados definidos aos 28 dias de idade do concreto à base de cimento Portland, período este no
qual o produto tende a atingir, aproximadamente, 75 a 85% de sua resistência total.

Construindo o saber
Agora que você conhece um pouco sobre concreto simples, marque a alternativa correta.

a) Após enrijecido, o concreto simples pode ser desfeito e reaproveitado em outras


obras.

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b) O concreto de cimento Portland tende a alcançar entre 75 e 85% de sua resistência
máxima aos 28 dias de idade.

c) O slump test é um ensaio utilizado para testar a qualidade dos agregados utilizados
na produção do concreto.

d) O concreto simples não precisa ser dosado, pois sempre haverá harmonia entre
seus componentes.

Comentário: Se você escolheu o item “b”, você acertou. A alita produzida pela hidratação
do cimento Portland permite ao concreto alcançar elevados resultados de resistência logo
aos 28 dias de idade.

22 NT Editora SUMÁRIO
Produção do concreto
A tecnologia do concreto envolve várias fases, sendo elas: dosagem dos componentes, mistura,
transporte, lançamento, adensamento e cura.

Dosagem: é expressa através do traço, podendo ser medida em peso ou volume. A dosagem
pode ser não experimental (empírica) ou experimental. Na dosagem não experimental, a proporção
dos materiais é fixada pela experiência do construtor ou através da utilização de tabelas.

De acordo com a norma NBR 6118 (2004), essa dosagem só é aceita para obras de pequeno
porte e deve respeitar as seguintes condições.

• Quantidade mínima de cimento por m³ de concreto de 300kg.

• Proporção de agregado miúdo no volume total de agregado entre 30 e 50%.

• Quantidade de água no volume total de concreto entre 7 e 10%.

Na dosagem experimental, os materiais constituintes e o concreto obtido são previamente en-


saiados em laboratório. Essa dosagem visa estabelecer o traço do concreto com a resistência e a tra-
balhabilidade previstas.

• Mistura: processo que busca obter homogeneidade entre todos os componentes do con-
creto, em que cada partícula do cimento deve estar em contato com a água, formando
uma pasta homogênea que envolva totalmente todos os agregados. A mistura pode ser
feita de modo manual ou por meio de equipamentos mecânicos (betoneiras).

• Transporte: deve ser realizado o mais rápido possível, de modo a se evitar que a perda
de fluidez com o passar do tempo interfira nas etapas seguintes. O transporte pode ser
horizontal (carrinhos de mão, dumpers e caminhões betoneiras), vertical (guinchos, gruas
e elevadores de carga) ou oblíquo (correias transportadoras, calhas e bombas). Durante o
transporte, deve-se evitar a vibração excessiva, o que acarretaria a segregação de partícu-
las e reduziria a homogeneidade do composto.

• Lançamento: é o processo de colocação do concreto fresco nos locais previstos (formas,


pisos, etc.). O principal cuidado é evitar que o material se separe, devendo-se evitar o ar-
rasto a distâncias muito grandes e seu lançamento de grandes alturas (máximo 2 m).
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• Adensamento: consiste no processo de compactação, através do qual são eliminados os


vazios da massa, aumentando a resistência, a impermeabilidade e a durabilidade do con-
creto no estado endurecido. Geralmente, é realizado através de vibradores de imersão
na massa, devendo ser feito com cuidado, a fim de se evitarem possíveis segregações de
partículas.

• Cura: processo cuja finalidade é evitar a evaporação prematura da água utilizada na mis-
tura do concreto, garantindo, assim, que as reações químicas essenciais ocorram. A reali-
zação da cura reduz a instabilidade dimensional e, consequentemente, o aparecimento de
fissuras e trincas. De acordo com a NBR 6118 (2004), deve-se fazer a cura nos primeiros 7
dias, contados a partir do lançamento do concreto.

A cura do concreto pode ser úmida ou química. A cura úmida consiste em regar a superfície
concretada com água nos primeiros dias ou ainda estender uma lona preta, de modo a evitar a perda
de água por evaporação. Já a cura química consiste em aspergir uma camada química sobre o concre-
to, criando uma película selante.

SUMÁRIO Construções e Instalações Rurais 23


Método de dosagem do concreto simples
Dosar significa definir a quantidade relativa em que cada componente entrará na mistura para,
assim, poder definir o traço a ser utilizado. Quanto ao agregado miúdo, é importante conhecer o teor
de umidade e inchamento; quanto ao agregado graúdo, a atenção deve ser dada à sua dmáx, espe-
cialmente quando a peça a ser concretada for armada (uso de armações de metal juntamente com o
concreto simples).

Quanto à sua dosagem propriamente dita, é importante conhecer o fck, resistência característica
do concreto, valor obtido em laboratório que corresponde à resistência à compressão dos corpos de
prova ensaiados, com margem de erro de até 5%. É normal a escolha de um fck entre 15 e 30 MPa.
fck: resistência
característica Para se garantir a obtenção do fck em condição de projeto, deve ser calculado o valor de resis-
à compressão. tência à compressão aos 28 dias de idade do concreto, f . O f corresponde a uma probabilidade de
c28 c28
50% de chances de se atingir os mesmos valores de laboratório.

Como o fc28 é influenciado pelo tipo de controle de qualidade na obra, sua determinação mate-
mática deve ser efetuada pela equação a seguir:

fc28 = fck + 1,65 Sd

Em que Sd é o desvio padrão que pode ser fixado com base nos seguintes critérios.

• Sd = 4,0 MPa: quando houver acompanhamento técnico de profissional especializado;


todos os materiais forem medidos em peso; ou houver correções relativas à umidade do
material.

• Sd = 5,5 MPa: quando houver acompanhamento técnico de profissional especializado; o


cimento for medido em peso e os demais materiais em volume; ou houver correções rela-
tivas à umidade do material.

• Sd = 7,0 MPa: quando o cimento for medido em peso e os demais materiais em volume; ou
houver correções relativas à umidade apenas estimada do material.

A razão entre a quantidade


Figura 7 - Curva de Abrams para determinação de água e a quantidade de cimen-
do fator água/cimento (x) to Portland (fator água/cimento

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– x) que entrarão na mistura para
formação do concreto simples
pode ser definida em função da re-
sistência mecânica e deve ser feita
com base na curva de Abrams do
cimento a ser utilizado.

24 NT Editora SUMÁRIO
Em relação à trabalhabilidade do concreto, pode-se dizer que o fator de maior importância é a
relação estabelecida entre quantidade de água e quantidade de materiais secos (agregados miúdo e
graúdo + cimento Portland), A (%), podendo assim ser expressa: Trabalhabili-
dade:
grau de
Pesoágua facilidade
A (%) = ————————————
Pesocimento + Pesoagregados com que o
concreto
pode ser
preparado e
Logo, se for considerado 1 saco de cimento de 50kg, tem-se:
aplicado em
obras.
Pesoágua
A (%) = ——————————
50kg + Pesoagregados

O valor de A(%) deve ser tomado em função do diâmetro máximo (dmáx) do agregado graúdo e
do tipo de adensamento, conforme tabela a seguir.

Tabela 8 - Valores recomendados para A(%)


Tipo de Tipo de adensamento
agregado Manual Mecânico
Seixo 8% 7%
Britas 9% 8%

Os valores na tabela 1 são referentes à areia natural e agregado graúdo com dmáx = 25 mm. Para
dmáx = 19 mm e dmáx = 38 mm, deve-se somar 0,5% e diminuir 0,5%, respectivamente, à A(%). No caso
do uso de areia artificial, deve-se somar 1% à A (%).

Definido o valor de A (%), pode-se determinar o Pesoagregados pela expressão:

100 × Pesoágua
Pesoagregados = ———————— − 50kg
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A(%)

A definição da quantidade de agregado miúdo que entrará na mistura seca será dependente da
sua granulometria, devendo ser realizada a partir da tabela 2, com variação, para o caso de dosagem
não experimental, sempre entre 30 a 50%, a fim de se obter boa trabalhabilidade.

Tabela 9 - Porcentagem de agregado miúdo na mistura seca


% de agregado miúdo
Tipo de agregado graúdo
Fina Média Grossa
Seixo 30% 35% 40%
Britas 40% 45% 50%

As porcentagens referem-se ao concreto adensado mecanicamente. Para adensamento manu-


al, deve-se somar 4%.

SUMÁRIO Construções e Instalações Rurais 25


Determinada sua porcentagem na mistura seca, obtém-se seu valor em peso a partir da expressão:

Pesoagregado miúdo = % de agregado miúdo × pesoagregados

Para a definição do agregado graúdo, seu peso será definido a partir da expressão:

Pesoagregado graúdo = pesoagregados − pesoagregado miúdo

Para se definir o traço em peso a ser adotado, basta dividir cada elemento da mistura pelo peso
de 1 saco de cimento (5kg). Como em obras o mais usual é a medição dos agregados em volume, basta
realizar a conversão adotando a massa específica aparente dos agregados envolvidos.

No caso dos agregados miúdos, a quantidade de água presente na massa exerce grande influ-
ência por alterar seu peso e volume, alterações estas que devem ser corrigidas a partir das seguintes
expressões.

Correção da quantidade de água

Teor de umidade do agregado (%) × pesoseco


Pesoúmido = ——————————————————————— + pesoseco
1000

Correção do volume do agregado miúdo

Teor de inchamento do agregado (%) × volumeseco


Volumeúmido = ————————————————————————— + volumeseco
100

Para o cálculo do rendimento do concreto, propõe-se a seguinte expressão:

1000
C = ————————————

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1 a p
—— + —— + —— + x
Dc Da Dp

Legenda:

C = quantidade de cimento (m³) para produzir 1 m³ de concreto;

a = proporção do agregado miúdo no traço;

p = proporção do agregado graúdo no traço;

x = fator água/cimento;

Dc = densidade real do cimento em kg/dm³;

Da = densidade real do agregado miúdo em kg/dm³;

Dp = densidade real do agregado graúdo em kg/dm³.

26 NT Editora SUMÁRIO
Os demais componentes para produção de 1 m³ de concreto serão obtidos pela análise de suas
proporções no traço estabelecido.

Além do concreto simples, pode-se citar outros tipos de concreto, tais como os seguintes.

• Concreto ciclópico: aquele no qual ocorre incorporação de pedras denominadas pedras


de mão ou matacão ao concreto pronto.

• Concreto rolado: utilizado em pavimentações urbanas.

• Concreto armado: estrutura de concreto que possui, em seu interior, armações feitas com
barras de aço.

• Concreto armado pré-moldado: é aquele em que os elementos estruturais, como pilares,


vigas, lajes e outros, são moldados e adquirem certo grau de resistência, antes do seu po-
sicionamento definitivo na estrutura.

• Concreto autoadensável: indicado para concretagens de peças densamente armadas, es-


truturas pré-moldadas, fôrmas em alto relevo, fachadas em concreto aparente, painéis ar-
quitetônicos, lajes, vigas, etc.

• Concreto de alto desempenho: dosado para se obter estruturas com menor dimensão e
resistência superior a 40 MPa.

1.5 Materiais cerâmicos


Materiais cerâmicos são aqueles compostos basicamente por argila, contendo elementos metáli-
cos e não metálicos que, após moldagem, secagem e cozimento, podem ser utilizados na construção civil.

Segundo sua aplicação em cerâmica, as argilas são classificadas da seguinte maneira.

• Cerâmica branca: caulim residual e sedimentar.

• Materiais refratários, com fusão acima de 1600ºC: caulim sedimentar, argilas refratárias –
sílica plástica.

• Argilas para cerâmica vermelha (de baixa plasticidade, porém contendo fundentes): ladri-
lhos, manilhas, telhas e tijolos furados – argilas e folhelhos.
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• Argilas para louça de pó de pedra (plástica, contendo fundentes).

• Argilas para tijolos (plásticas, contendo óxido de ferro); argilas para terracotas, argilas para
tijolos comuns.

• Argilas fundentes contendo mais óxido de ferro.

Entre as diversas propriedades das argilas, estão as seguintes.

• Plasticidade: capacidade de se deformar quando submetidas a uma força e de conservar a


deformação quando essa mesma força for retirada.

• Retração por secagem: capacidade de variar de volume com a variação de umidade. Esta
propriedade é importante na moldagem das peças cerâmicas, pois elas podem fissurar
devido ao efeito da retração.

• Resistência de ruptura à flexão - esta propriedade é importante para facilitar o manuseio


entre o secador e o forno sem haver deformação.

SUMÁRIO Construções e Instalações Rurais 27


• Desagregação de partículas em água: interfere nos processos de produção e nos equipa-
mentos a serem utilizados.
Vitrificação:
• Queima controlada: até 600 ºC ocorre a secagem da argila; entre 600 e 950 ºC as reações
ato ou efeito
de vitrificar, químicas se intensificam e, a partir de 950 ºC, ocorre a vitrificação do material.
transformar
em vidro.
Entre os componentes desse grupo, podemos citar os tijolos ou blocos maciços e vazados, as
telhas, os vidros, as porcelanas, os isolantes elétricos, os azulejos, os ladrilhos, as lajotas, as manilhas e
Alicerce: as refratarias.
a parte da
alvenaria Tijolos ou blocos para vedação e função estrutural: podem ser fabricados por prensagem ou
inferior, que
sustenta uma
extrusão e, após rejuntados, formam paredes de vedação e sustentação (maciços ou furados), colunas,
construção, alicerces, baldrames, etc.
composta
de pedras
ou blocos Figura 8 - Blocos cerâmicos furados para vedação (6 e 8 furos), estrutural e maciço
de cimento,
sobre os quais
as estruturas
externas se
apoiam; fun-
dação.
Baldrames:
viga horizon-
tal que serve
de base para
paredes.
Lajotas para lajes pré-moldadas: são utilizadas para fechamento das lajes pré-moldadas. Essas
lajotas auxiliam no distanciamento das vigotas devendo ser, portanto, sempre do mesmo tamanho.
Também auxiliam na redução da transmissão térmica e melhoram o conforto acústico da laje.

Figura 9 - Lajotas de cerâmica para lajes pré-moldadas

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Como requisitos mecânicos, os blocos ou tijolos de cerâmica devem atender aos valores míni-
mos apresentados na tabela 10:

Tabela 10 - Resistência exigida dos blocos cerâmicos


Tipo de bloco Resistência à compressão (MPa)
Blocos para vedação com furos horizontais ≥ 1,5
Blocos para vedação com furos horizontais ≥ 3,0
Blocos com função estrutural ≥ 3,0

28 NT Editora SUMÁRIO
Telhas: são usadas na construção dos telhados das coberturas. Na fabricação das telhas, são
usados o mesmo processo e a mesma matéria-prima dos tijolos comuns. A diferença está na argila,
que deve ser fina e homogênea, pois deve formar um material mais impermeável devido à condição
de uso, evitando, dessa forma, que ocorram grandes deformações durante o processo de queima.

As telhas devem apresentar bom acabamento, com superfície pouco rugosa, sem deformações
e defeitos (fissuras, esfoliações, quebras e rebarbas) que dificultem o acoplamento entre elas e pre-
judiquem a estanqueidade do telhado. Também não devem apresentar manchas (de bolor), eflores-
cência (superfície esbranquiçada com sais) ou nódulos de cal. Sua qualidade pode ser rapidamente
avaliada quando suspensas por uma extremidade e percutidas com a emissão de som metálico.

No mercado, as telhas são encontradas em diversas formas, dimensões e preços, sendo as mais
comuns as dos tipos romano, português, italiano, americano, francês, plan, paulista e colonial.

Figura 10 - Telhas cerâmicas em sequência: romana, portuguesa, italiana, americana, plan e colonial

Materiais cerâmicos de alta vitrificação: podem ser divididos em materiais de louça e materiais de grés
cerâmico. As louças caracterizam-se por sua matéria-prima quase isenta de óxido de ferro, “argilas
brancas”, sua granulometria fina e uniforme, com alto grau de compacidade e vitrificação da superfície
e absorção de água em torno de 2%.

Tipos de louça

• Azulejos – placas de louça de pouca espessura vidradas numa das faces.

• Louça sanitária – os aparelhos sanitários (lavatórios, vasos, bidês) são feitos por molda-
gem. Seu vidrado é obtido pela pintura da peça com esmalte de bórax com feldspato.

• Pastilhas – as pastilhas são fabricadas pelo mesmo processo dos azulejos e têm, normal-
mente, forma quadrada ou sextavada.
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As manilhas de grés cerâmico são tubulações cerâmicas fabricadas por extrusão e utilizadas na ca-
nalização de esgoto sanitário, água residual, água pluvial e despejos industriais. São produtos vidrados
interna e externamente, ou apenas internamente, na superfície que entrará em contato com o líquido.

Apesar de terem sido utilizadas em grande quantidade em um passado recente, atualmente


vêm sendo substituído por manilhas de materiais PVC ou de concreto armado.

Cerâmica branca: grupo bastante diversificado, o qual compreende os produtos obtidos a partir
de uma massa de coloração branca, em geral recobertos por uma camada vítrea transparente e inco-
lor, como, por exemplo, louça de mesa, louça sanitária e isoladores elétricos.

Materiais de cerâmica refratários: possuem ponto de fusão elevado e, consequentemente, não


se deformam quando expostos a altas temperaturas. São feitos com argila refratária, que é uma argila
mais pura, rica em silicatos de alumínio e pobre em óxido de cálcio (material expansivo) e óxido de
ferro (fundente). Como exemplo, destacam-se os tijolos refratários, os tijolos maciços próprios para a
construção de fornos, lareiras, chaminés, etc.

SUMÁRIO Construções e Instalações Rurais 29


Construindo o saber
Agora, tendo conhecido os materiais cerâmicos, marque a alternativa correta.

a) Os blocos de cerâmica podem ter tanto a função estrutural quanto de vedação.

b) As telhas cerâmicas são produzidas com os mesmos materiais dos blocos de con-
creto.

c) Os tijolos refratários são aqueles recomendados para uso em obras com contato
direto com água.

d) Os materiais cerâmicos refratários possuem ponto de fusão mínimo, por isso se


deformam quando expostos a altas temperaturas.

Comentário: A alternativa correta do nosso exercício é a letra “a”. Os blocos cerâmicos


podem ser utilizados para paredes de vedação ou estruturais. Cada bloco, com forma e
dimensão diferentes, produzirá um material com resistência adequada para cada função.

Resumindo
Nesta lição, foram apresentados os materiais convencionais de construção (agregados, aglome-
rantes, argamassas, concreto simples, material cerâmico), seus métodos de classificação e suas princi-
pais características. Vimos também algumas equações importantes de se conhecer para trabalhar com
esses materiais, bem como seus principais usos nas atividades de construção.

Veja se você se sente apto a:

• apontar os materiais de construção convencionais mais usados nas instalações rurais;

• avaliar seus métodos de classificação e processos de produção;

• calcular a dosagem de cada componente de acordo com os requisitos de projeto.

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30 NT Editora SUMÁRIO
Exercícios
Questão 1 - Os agregados são materiais de construção considerados primários. Como eles Parabéns,
podem ser classificados? você fina-
lizou esta
a) Materiais granulares que possuem função de reação química nas argamassas e nos lição!
concretos.
Agora
b) Materiais quimicamente inertes e fracionados que compõem as argamassas e os responda
concretos. às questões
ao lado.
c) Materiais com dimensão superior a 4,8 mm utilizados em concretos.
d) Materiais de origem artificial com dimensão inferior a 4,8 mm.

Questão 2 - Quanto à condutibilidade térmica de um produto que contenha agregado


natural em sua constituicao, o que é correto afirmar?
a) Os agregados naturais aumentam a condutibilidade térmica do produto.
b) Os agregados naturais contribuem para reduzir a condutibilidade térmica do produto.
c) Os agregados naturais não influenciam a condutibilidade térmica do produto, apenas o
custo e a resistência mecânica.
d) Os produtos que contenham agregados naturais só terão sua condutibilidade térmica
reduzida caso o agregado seja tratado artificialmente.

Questão 3 - Sabe-se que agregados naturais são aqueles que passaram por processos
mínimos de industrialização para atingirem o ponto de comercialização. Sabendo disso, marque
a alternativa que contém os exemplos corretos desses materiais.
a) Areia de rio, pó de pedra e seixo rolado.
b) Britas, areia de pedra e pedra pome.
c) Vermiculita, areia de rio e seixo rolado.
d) Britas, areia de rio e pó de pedra.

Questão 4 - São exemplos de agregados classificados como leves quanto à sua densidade:
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a) Pedra pome, vermiculita e argilas.


b) Areias, seixo rolado e argilas.
c) Vermiculita, britas e magnetita.
d) Hematita, vermiculita e pó de pedra.

Questão 5 - As britas são agregados graúdos que compõem os concretos. Como elas são
classificadas?
a) Material artificial com dimensão superior a 4,8 mm utilizado para confecção de concretos.
b) Material natural com dimensão inferior a 4,8 mm utilizado exclusivamente na confecção
de argamassas.
c) Material responsável por fornecer resistência mecânica a tração aos concretos.
d) Material ativo quimicamente, utilizado na confecção de concretos e argamassas.

SUMÁRIO Construções e Instalações Rurais 31


Questão 6 - Dentre as propriedades de um agregado, destaca-se a granulometria obtida
por diversos métodos, sendo o mais simples o peneiramento em peneiras normatizadas. Nesse
contexto, a granulometria de um agregado pode ser conceituada como:
a) a porcentagem de um agregado passante na peneira com abertura igual a 4,8 mm.
b) a quantidade de material em porcentagem retida acumulada que passa somente nas
peneiras de série normal, sendo o número obtido dividido por 100.
c) as diferentes frações de tamanho das partículas pertencentes a uma amostra de
agregado.
d) a relação entre o tamanho máximo de partículas de um agregado e sua massa.

Questão 7 - A dimensão máxima (dmáx) de partículas de um agregado pode ser definida como:
a) valor correspondente à abertura da peneira de série normal ou intermediária na qual o
agregado apresenta porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a
5% em massa.
b) valor correspondente à abertura da peneira de série normal ou intermediária na qual o
agregado apresenta porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a
5% em volume.
c) valor correspondente à peneira como menor quantidade de material retido no ensaio
granulométrico.
d) valor correspondente à peneira com maior abertura utilizada em um ensaio
granulométrico.

Questão 8 - Os aglomerantes têm sido utilizados nas construções desde a antiguidade,


podendo ser conceituados como:
a) elementos componentes de argamassas e concretos que têm a função de reduzir os
custos do produto final.
b) elementos inertes quimicamente utilizados para aumentar a durabilidade de argamassas
e concretos.
c) elementos utilizados apenas para confecção de argamassas refratárias.
d) elementos ativos quimicamente, que fazem parte da composição de argamassas e

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concretos.

Questão 9 - Sabe-se que um aglomerante hidráulico inicia suas reações químicas que
proporcionarão enrijecimento à massa no momento em que entra em contato com água.
Assim, a pega de um aglomerante hidráulico refere-se ao:
a) tempo decorrido entre seu contato com a água e a perda de moldabilidade.
b) tempo necessário para que esse aglomerante alcance o máximo de sua resistência
mecânica.
c) tempo decorrido entre seu contato com a água e sua mistura com os demais componentes.
d) tempo necessário para se trabalhar com a pasta sem que haja perda de trabalhabilidade.

32 NT Editora SUMÁRIO
Questão 10 - São exemplos de aglomerantes hidráulicos:
a) cal aérea, cimento Portland, cal hidratada.
b) gesso, cal hidratada, cimento Portland.
c) cal aérea, gesso e cal hidratada.
d) cimento Portland, cal aérea e cal hidratada.
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SUMÁRIO Construções e Instalações Rurais 33

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