Direito Comercial

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Direito Comercial

1. Objecto do Direito Comercial:


 Actos do Comercio
 Actividades comerciais

Actos de Comércio

São considerados Actos de Comércio são considerados Actos de comércio


todos os contatos e obrigações dos comerciantes que não forem de natureza
exclusivamente civil, se o contrário do próprio acto não resultar.

Actos do Comércio podem ser:

 Objectivo: São os actos de comércio expressamente regulados


Independentemente da qualidade de comerciante ou não da pessoa que o pratica,
isto de acordo com os arts. 1 e 2 do código comercial
 Subjectivo: São aqueles que adquirem a sua comercialidade em razão da
qualidade de comerciante da pessoa que os pratica.

Actividades Comerciais

O direito comercial regula as actividades comerciais, e essas actividades


comerciais estão ligadas a indústria transformadora, extrativa e aos serviços.

1-Classificação dos Actos de Comércio

Podem ser classificado de acordo com critério particular ou stricto sensu, ou


enquadramento na categoria de negócios jurídicos. Dentro desta classificação temos:

Actos de Comércio Objectivo e Subjectivo

 Actos de Comércio Objectivo: consagrado no art 1° e 2° da 1ª parte do C.Com.


São todos aqueles que se acham regulados especialmente pelo código comercial,
sejam ou não comerciantes das pessoas que os praticam
 Actos de Comércio Subjectivo: são aqueles que devem a sua comercialidade
ao facto de as pessoas que o praticam serem comerciante segundo o art. 2°, 2ª
parte.

Portanto Considera-se que só é comerciante quem pratica actos de comercio


objectivos por profissão (art. 13°/1e 2 da lei das sociedades comerciais)

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Actos de Comércio Absolutos e Relativos ou por Conexão

 Os actos de comercio absolutos: são aqueles que bastam a concorrência da


previsão legal dos seus elementos para que sejam considerados comerciais.
Cuja a natureza funda-se na própria actividade mercantil em função da
necessidade do comércio.

Existem três (3) espécies de actos comércio absolutos ou por natureza

1) Actos absolutos por serem caracterizados das actividades que constituem o


objeto do direito comercial
2) Actos absolutos em virtude da sua forma
3) Actos absolutos em razão do objeto sobre o qual incidem

Actos de comércio absolutos e relativos ou por conexão subdividem-se em:

 Actos de comércio por conexão Subjectiva: abrange todos os actos de


comercio subjectivos em função do art. 2° 2ª parte do C.Com.
 Actos de comércio por conexão Objectivo: abarca determinados actos
objectivos, por exemplo o deposito art. 403 etc.

A conexão objectiva pode ser: conexão directa, e indirecta

Actos Substancialmente Comerciais e Formalmente Comerciais

 Actos Substancialmente Comerciais: São aqueles que tem comercialidade em


razão da sua própria natureza.
 Comerciais e Formalmente Comerciais: são aqueles que estão regulados na lei
comercial como um esquema meramente formal, uma vez que são praticados
para efectivação de operações não comerciais, de conteúdo económico diverso.

Actos de Comercio Causais e Formais ou Abstractos

 Os Actos de Comercio Causais e Formais ou Abstractos: é aquele que se


figura como um meio susceptível de realizar distintas causas ou funções. O acto
está formalmente regulado na lei comercial podendo servir para preencher uma
multiplicidade de causas ou funções.

Critério da categoria dos Negócios Jurídicos

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 Negócios Jurídicos Unilateral: é aquele que requer uma declaração de vontade.
(Art. 225° C.C)
 Plurilaterais ou Contratos: é aquele que requer pelo menos duas declaração de
vontade (art. 463 C.Com)

Contratos bilaterais ou Sinalagmáticos e Unilaterais ou Não Sinalagmáticos

 Nos Contratos bilaterais ou Sinalagmáticos ambas as partes ficam vinculados


a prestações em beneficio recíproco.
 Contratos Unilaterais ou Não Sinalagmáticos: só uma das partes está
vinculada a uma prestação

Contratos Bilaterais Imperfeitos

 São aqueles em que apenas uma das partes fica vinculada a uma obrigação,
ficando a outra limitada à realização de uma prestação em circunstâncias
eventuais.

Contratos Onerosos e Gratuitos

 Os contratos Onerosos importam o empobrecimento e o enriquecimento de


ambas as partes. Ao passo que os contratos gratuitos acarretam o
empobrecimento de uma das partes e o enriquecimento de outra. (art. 237.CC e
art. 233 CC)

Contratos Formais ou Solenes e Contratos Consensuais ou Não Solenes

 Contrato Formal ou Solene: é aquele que a sua validade esta independente


da observância de uma forma legal para ele prescrita, segundo o art. 219 CC
 Contratos Consensuais ou Não Solenes: são aqueles que podem ser
livremente acelerados, sem a necessidade de observância de qualquer forma.

Contratos Reais e Consensuais quanto a Constituição ou Formação

 Contratos Reais: são aqueles que exigem como elemento essencial para a sua
constituição a entrega da coisa, sem a qual e antes da qual o contrato não existe.

Contrato Reais e Obrigacionais quanto aos Efeitos

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 Contrato Reais e Obrigacionais: têm eficiência relativa ou obrigacional, os
efeitos são restritas as partes. O princípio que domina os contratos é o da
eficácia relativa. Art. 406 n° c C.Civil.

Contrato Nominados, Inominados, Típicos e Atípicos

 Contrato Nominados: é aquele que existe como uma categoria jurídica, que
tem uma designação jurídica.
 Contrato Inominados: é aquele que não é reconhecido pelo legislador e como
tal não tem uma designação jurídica, não está prevista na lei.
 Contratos Típicos: são aqueles cujo regime está previsto na lei, mas ambas as
partes podem conformar o seu regime nos termos do art. 405 C.Civil.

Contratos Mistos e União, Junção ou Coligação de Contratos

 Contratos Mistos: é aquele que reúne regras de dois ou mais negócios total ou
parcialmente regulados na lei, de acordo com o art. 405 nº 2 C.C
 Junção ou Coligação de Contratos: são contratos diferentes que embora
ligados entre si não perdem a sua individualidade.

Contratos Civis e Contratos Comercias

 Contratos Civis: são aqueles que não sendo comerciais são regulados pela lei
civil.
 Contratos Comercias: são especialmente regulados pela lei civil.

2 - Regime Jurídico Especial dos Actos de Comércio

Simplicidade da Forma dos Actos Comerciais

 Art. 96 do C.Cm estabelece a liberdade de língua nos actos de comercio


declarando válidos os documentos comerciais independentemente da língua em
que sejam exarados.
 Art. 396 admite todo género de prova para o empréstimo mercantil entre
comerciais.
 Art. 398 prevê que o penhor mercantil é valido com a entrega simbólica da coisa
empenhada efectuada por uma das modalidades ai descrita

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 Art. 400 C.Cm prevê que o penhor mercantil entre comerciante por quantia tida
por significativa, para produzir efeitos perante terceiros, basta que se aprove por
escrito.

Regra de Solidariedade nas Obrigações Comerciais

 De acordo com o art. 100 1ª parte da lei 06/03 de Março nas obrigações
comerciais existe solidariedade dos devedores.

Regime dos Actos de Comércio Unilaterais

 De acordo com o art. 99 C.Com mesmo que o acto seja comercial apenas para
uma das partes, ele será regulado pela lei comercial quanto a todos contratantes.

Solidariedade do Fiador

 A fiança é um contrato unilateral regulado no art. 627 C.C. quando se trata de


um contrato civil, o fiador ao abrigo do art. 638 pode recusar o cumprimento da
prestação provando existirem bens ao devedor ou seja afiançando. No entanto
quando o contrato é comercial, o fiador dessa obrigação mercantil de acordo
com o art. 101 ainda que não seja comerciante não poderá invocar o art. 638

Princípio da Onerosidade das Obrigações Mercantis

 Uma das normas do código comercial que reflete o princípio da onerosidade é o


texto do art. 102 que estabelece a regra do decurso e contagem de juros em todos
os débitos comerciais, máximos de carácter pecuniário. Este princípio estabelece
ainda que a prestação de cada parte deve corresponder a uma retribuição pela
contraparte.

Obrigações Especiais dos Comerciantes

 As Obrigações Especiais dos Comerciantes estão relacionadas com os aspectos


contabilísticos, com a firma, de acordo com o art. 18 do código comercial todo
comerciante deve adoptar uma firma, deve ter a contabilidade organizada, deve
proceder ao registo, elaborar e prestar contas.

Dividas dos Comerciantes quando são Casados

 Em relação da dívida, os actos praticados pelo cônjuge comerciante são


considerados comerciais pela presunção elidível do regime consagrado no

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art. 2°, 2ª parte C.Com, e de acordo art. 63 código da família responde por
essas dividas os bens comuns do casal e na falta ou insuficiência deles a
solidariedade os bens próprios de cada um dos cônjuges são entregues para
liquidação do mesmo

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