Aula - Administração Dos Objetivos para Perda de Peso

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Aula - Administração dos objetivos para perda de peso

MÓDULO 6: ADMINISTRAÇÃO DE OBJETIVOS PARA PERDA DE PESO

O objetivo desse módulo é ajudar o paciente a adotar e aceitar um peso que seja
adequado para ele. Para alcançar isso, é preciso seguir alguns passos:

1. Identificar a meta de peso adequada para o paciente;


2. Questionar o peso desejado;
3. Identificar metas primárias do paciente no tratamento (objetivos
independentes do emagrecimento);
4. Revisar os motivos que o levaram a uma baixa manutenção de peso;
5. Identificar os benefícios de um emagrecimento moderado;
6. Enfatizar a necessidade de aceitação e mudança (ACT);
7. Encorajar a aceitação de um peso adequado para ele.

O paciente deve reavaliar sua meta de emagrecimento e, caso necessário, ajustar.


Simultaneamente, terapeuta e paciente devem continuar a focar na adesão do
paciente quanto aos comportamentos com o intuito de alcançar o emagrecimento.

Identificação da meta de peso para emagrecer. Ajudar o paciente a esclarecer


suas metas. Existem 3 metas de peso:

● Peso ideal: é o peso que o paciente gostaria de alcançar, embora perceba


que é irreal. Um peso que teria que sofrer para conseguir, mas não
consideraria o tratamento como mal sucedido se não alcançar esse peso.
● Peso desejado: é o peso que ele considera que quer chegar e acredita ser
possível.

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● Peso satisfatório: o peso em que ele fica satisfeito com o tratamento se


alcançar. Costumam se sentir desapontados quando chegam somente a esse
peso, mas é uma meta que conseguem alcançar, tolerar e aceitar.

O mais importante é o peso desejado. Devemos trabalhar com o paciente para


chegar nesse peso. Alguns pacientes não têm meta de peso alguma, portanto
devemos incentivá-los a construir, mesmo que possa ser difícil especificar essas
metas e que pensem que não é importante encontrar um número exato. Os
pacientes não são obrigados a manter essas metas até o final do tratamento, elas
podem mudar.

Questionando o peso desejado. O próximo passo é examinar as origens do peso


desejado. Isso pode levar algumas sessões. Deve-se focar no peso desejado do
paciente. As sessões devem ser estruturadas com base nos seguintes tópicos:

➔ Origens do peso desejado: o terapeuta deve revisar as origens do peso


desejado do paciente. Os motivos para se adotar um peso específico podem
ter sido recomendação médica ou de grupos de emagrecimento que ele já
tenha frequentado. Pode ser também o menor peso que ele já teve na vida
adulta. Investigar quais as razões que tornam esse peso significativo.
➔ Outras metas do passado: o terapeuta deve revisar tentativas anteriores do
paciente para emagrecer e suas metas de peso atuais.
➔ Acessibilidade ao peso desejado: tentativas anteriores para manter o peso ou
um peso próximo ao desejado devem ser revistas. Também se deve
perguntar ao paciente se ele consegue prever as dificuldades para manter
esse peso.
➔ Importância de alcançar o peso desejado: a importância pessoal relacionada
ao peso desejado deve ser avaliada. Por exemplo, qual é o significado para o
paciente alcançar esse peso.

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➔ Consequências de se conquistar o peso desejado: os pacientes devem ser


questionados a respeito de como acreditam que suas vidas irão mudar ao
alcançarem o peso. Ao abordar aspectos da vida do paciente, questionar
sobre as mudanças com relação a: aparência física, tamanho e tipo de roupa,
saúde e condicionamento físico, atividades prazerosas, trabalho, vida social,
autoconfiança e autoestima, relacionamentos amorosos e interpessoais. O
terapeuta deve revisar detalhadamente cada um dos assuntos e as
mudanças que os pacientes acreditam que ocorrerão em suas vidas se
alcançarem o peso desejado. Se necessário, é válido rever se as mudanças
estão de acordo com a realidade (expectativa x realidade).
➔ Consequências de não alcançar o peso desejado: o terapeuta deve incentivar
o paciente a considerar como ele reagiria se não alcançasse o peso que
deseja. É importante avaliar como o paciente interpretará o fato de não
alcançar esse objetivo (exemplo, sua resposta cognitiva) e como
provavelmente reagirá a essa interpretação (exemplo desistindo de tentar
controlar o peso).

OBJETIVOS PARA EMAGRECER

*Revisar o Folheto 10 - Seus objetivos para emagrecer

Identificação dos objetivos primários. Ao revisar as metas do paciente para


emagrecer e suas crenças sobre o que ele irá conseguir em sua vida ao perder
peso, o terapeuta deve introduzir a distinção entre metas que não podem ser
alcançadas sem uma perda de peso mínima (por exemplo, redução no tamanho da
roupa) e os objetivos que não necessitam de um emagrecimento exato (exemplo:
praticar esportes, aumentar a autoconfiança). Esses últimos devem ser descritos
como objetivos primários. O terapeuta deve dedicar um tempo para identificar outros
objetivos do paciente não relacionados ao emagrecimento em si. Estes devem ser

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objetivos realistas e não fantasiosos ou impossíveis. Devem ser enumerados e o


paciente deve ser incentivado a buscar aqueles que já consegue realizar (exemplo:
começar a aula de natação). Nas sessões seguintes, o terapeuta deve sempre
perguntar sobre o progresso do paciente quanto a esses objetivos. Aqueles
relacionados diretamente ao emagrecimento ou aqueles difíceis de serem
alcançados devem ser deixados para depois e serão trabalhados no futuro.

Revisão das causas de baixa manutenção do peso. Este é um momento


apropriado para rever os princípios do controle do peso, reforçar as informações e
enfatizar que manter o peso é uma habilidade necessária e que precisa ser
aprendida e praticada. A informação fornecida deve ser simples e objetiva.

Experiências anteriores de manutenção de peso. O terapeuta deve questionar


sobre as experiências do paciente de recuperar o peso que perdeu. O objetivo é
fazer com que o paciente identifique os fatores relevantes que contribuíram para
uma manutenção ineficaz do peso no passado. A maioria dos pacientes já
emagreceu e recuperou o peso. Deve-se obter o maior número de detalhes dessas
idas e vindas do peso. Investigue os seguintes pontos:

- Fase de emagrecimento
• Peso inicial;
• Quantidade perdida;
• Tempo para emagrecer;
• Semelhanças e diferenças entre as metas e o que conseguiu;
• Visão sobre conquistas e fracassos.

- Tentativas de manutenção do peso


• Motivos para parar de tentar emagrecer;
• Decisões para manter o peso.

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- Àqueles que decidiram manter o novo peso


• Detalhes sobre como o paciente tentou manter o peso;
• Conhecimento sobre a manutenção do peso;
• Qualquer conselho ou ajuda de outras pessoas;
• Detalhes da alimentação (quantidade, tipo, etc);
• Detalhes sobre a monitoração do peso;

- Àqueles que decidiram não manter o novo peso


• Razões por optar por essa decisão;
• Visão do novo peso comparado ao antigo.

- Eventos posteriores
• Curso da recuperação do peso;
• Reações do paciente em relação à recuperação do peso.

- Àqueles que tentaram calcular o peso recuperado


• Detalhes sobre tentativas para reverter a recuperação do peso;
• Motivos para abandonar o esforço de controlar o peso.

- Àqueles que não tentaram calcular o peso recuperado


• Motivos por não terem tentado reverter a recuperação do peso;
• Aceitação do novo peso (mesmo que maior do que o desejado).

- Àqueles que a aceitaram o novo peso


• Motivos para não aceitar o novo peso;
• Qualquer mudança percebida com o novo peso.

O objetivo desse questionário detalhado é identificar 3 mecanismos comuns


referentes à manutenção de peso precária:

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1. Ter um objetivo irreal: o fato de não conseguir alcançar uma meta de peso
geralmente resulta na não tentativa do paciente de manter seu novo peso.
Isso acontece em razão dos pacientes considerarem sua perda de peso
insignificante e, portanto, pensarem que não vale a pena mantê-lo
(pensamento dicotômico).
2. Ter uma dieta restrita por um longo prazo: se o paciente precisa fazer uma
dieta restritiva para manter seu novo peso, provavelmente a recuperação
ocorrerá, pois é muito difícil, para a maioria das pessoas, manter esse tipo de
dieta indefinidamente. Esse fator de vulnerabilidade é geralmente agravado
pelo abandono do paciente de seus esforços para controlar o peso, ao sinal
de qualquer recuperação (pensamento dicotômico).
3. Não saber o que envolve uma manutenção de peso bem sucedida: alguns
pacientes não sabem que a manutenção é um processo ativo que requer
conhecimento e prática com ajustes na alimentação (e nível de atividades)
relacionados à mudança do peso, para que se estabilize e seja mantido.

Perda de peso moderada (10 a 15% do peso)

- Melhora da aparência, redução da circunferência abdominal e diminuição


do tamanho da roupa.
- Aumento da sensação de bem-estar e autoestima. Isso acontece porque
muitas pessoas ganham autorrespeito, melhoram sua confiança e
começam a fazer coisas que haviam deixado de lado há anos.
- Diminuição de muitos efeitos negativos sobre a saúde associados à
obesidade (pressão alta, dislipidemias, e risco de desenvolver problemas).
- Melhora a sensação física e de bem estar. Muitas pessoas se sentem mais
saudáveis, menos cansadas fisicamente e têm mais energia, por isso
começam a fazer novas atividades.

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Peça ao seu paciente que faça, como plano de ação, uma lista de todos os
benefícios alcançados até o momento. Ao revisar o plano de ação, o terapeuta deve
verificar se o paciente não está desvalorizando suas conquistas.

Enfatizando a necessidade de Aceitação e Mudança. O paciente precisa aceitar


seu novo peso e sua mudança. Para superar com sucesso o problema da
obesidade, o paciente deve mudar aquilo que pode ser modificado, com base em
uma visão a longo prazo, e aceitar o que não pode ser alterado.

*Revisar o Folheto 11 - Aceitação e Mudança - Versão 1

MÓDULO 7: ADMINISTRAÇÃO DOS OBJETIVOS PRIMÁRIOS

Os objetivos primários são aqueles que os pacientes esperam alcançar além do


emagrecimento. Poucos pacientes estão interessados apenas em perder peso (ou
seja diminuir o peso na balança), em geral, emagrecer é uma forma de alcançar
outros objetivos importantes. Os mais comuns são mudar a aparência, melhorar o
condicionamento físico e a saúde, e aumentar a autoconfiança.

Os objetivos deste módulo são: identificar os objetivos primários, gerenciar esses


objetivos e fornecer uma descrição detalhada sobre os objetivos primários mais
frequentes que os pacientes podem ter no tratamento.

Gerenciar os objetivos primários é uma parte importante da terapia, pois se a perda


de peso for o único objetivo do tratamento, muitos objetivos adicionais podem não
ser alcançados com sucesso. Consequentemente, mesmo que haja perda de peso,
certos aspectos do problema que conduziram o paciente a procurar tratamento
podem não ser superados. Isso faz com que o paciente corra o risco de fazer novas
tentativas para emagrecer, as quais podem impedir o sucesso da sua fase de
manutenção.

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Por outro lado, o bom gerenciamento desses objetivos tem maior probabilidade de
gerar um resultado satisfatório com qualquer perda de peso alcançada - mesmo que
não tenha sido a inicialmente desejada. Dessa forma, quanto maior a satisfação
alcançada nesses outros objetivos do tratamento, maior será a probabilidade do
paciente manter seu peso a longo prazo. Portanto, é importante que os pacientes
reconheçam que vários objetivos devem ser administrados e alcançados
independentemente da perda de peso.

Estratégia Geral para administrar os objetivos primários

1. Identificação dos objetivos iniciais: quando o paciente está com dificuldades


de emagrecer, o terapeuta deve ajudar a identificar outros ganhos além do
emagrecimento. A administração dos objetivos primários deve ser compatível
com o objetivo de emagrecer. O primeiro passo é identificar e distinguir os
diversos objetivos iniciais do paciente. Geralmente existem vários objetivos
relacionados à perda de peso (por exemplo, diminuir o tamanho das roupas),
mas muitos não são diretamente associados ao emagrecimento (p. ex.:
melhorar a vida social). Esses últimos objetivos podem ser trabalhados
independentemente do emagrecimento.

2. Administração dos objetivos primários: uma vez que o paciente definiu seus
objetivos primários de emagrecimento, esses devem ser administrados com o
uso da técnica de resolução de problemas. Isso envolve a identificação do
maior número de soluções possíveis para cada problema, seleção da solução
mais adequada, implementação desta e avaliação do resultado de solução
escolhida para resolver cada problema. Em geral, isso envolve tanto um
plano a longo prazo quanto tarefas a curto prazo - que serão dadas como
plano de ação (tarefa de casa). Por exemplo, um paciente solitário que
deseja melhorar sua vida social pode optar por fazer parte de um grupo de

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caminhada como um experimento a curto prazo. Entrar no grupo e participar


dos encontros será um item regular na agenda da sessão deste paciente.
Isso pode conduzir a outras possibilidades sociais, as quais se tornarão foco
das sessões e objeto da técnica de resolução de problemas. Entretanto,
deve-se lembrar que os objetivos primários nunca devem ter mais prioridade
na agenda da sessão do que a perda de peso e a manutenção, mas também
não devem ser esquecidos. Os pacientes precisam ser incentivados a
identificar e administrar os objetivos não relacionados à perda de peso
enquanto tentam emagrecer. É necessário que já tenha ocorrido alguma
perda de peso para se trabalharem os objetivos. Na maioria das vezes, o
progresso na administração de objetivos iniciais facilita os esforços tanto para
emagrecer quanto para manter o peso.

OBJETIVOS PRIMÁRIOS COMUNS

Melhorar a aparência física. O objetivo de melhorar a aparência física pode ser


motivado pelo desejo do paciente de se sentir melhor consigo mesmo ou ser mais
atraente fisicamente para os outros. Em geral, emagrecer aumenta a satisfação com
a própria aparência, embora isso nem sempre aconteça.

Por outro lado, os pacientes podem aceitar melhor a forma do seu corpo
independentemente do quanto já emagreceram. Alguns pacientes concordam que o
problema não é totalmente o peso. Portanto, emagrecer não é a única solução. Os
pacientes também devem ser lembrados de que pessoas com qualquer peso podem
ser atraentes. Dessa forma, devem ser incentivados a fazer coisas que os ajudem a
se sentirem melhor com sua aparência (usar roupas diferentes, mudar o corte de
cabelo, usar maquiagem, etc).

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Aumentar as opções de roupa. Decorre do desejo de parecer mais atraente de


modo geral. Emagrecer aumenta as opções dos pacientes com relação ao tipo e
disponibilidade de roupas. Durante o tratamento, muitos pacientes tendem a
prorrogar a compra de roupas na esperança de perder mais peso e usar um
tamanho menor. Os terapeutas devem considerar isso e incentivar a comprar roupas
enquanto emagrecem. Isso aumenta o bem-estar do paciente e pode gerar efeitos
positivos secundários (por exemplo, receber elogios de outras pessoas).
Considerações similares também se aplicam a outras mudanças na aparência ( por
exemplo, corte de cabelo ou maquiagem).

É muito importante que os pacientes tenham roupas adequadas ao seu tamanho na


fase em que aprendem a manter o peso, até mesmo porque isso é uma boa forma
de facilitar a fase de aceitação do peso.

Ser mais saudável. Mudança na alimentação, atividade física e perda de peso


geram efeitos positivos e importantes na saúde. Uma perda de 5 a 10% do peso
total gera importantes benefícios à saúde do paciente e, se ele não ganhar
novamente esse peso, os riscos à saúde diminuem significativamente, mesmo que
não atinjam o peso ideal. Os pacientes devem ser informados sobre isso.

Melhorar o condicionamento físico. Todos os pacientes devem ser estimulados a


mudar seu estilo de vida e serem mais ativos fisicamente, isso faz parte do
tratamento. A melhora do condicionamento físico gera outros efeitos positivos, como
melhora da autoestima, da imagem corporal, e melhora dos relacionamentos
interpessoais.

Relacionar-se melhor. A compreensão profunda das dificuldades nos


relacionamentos está fora do escopo desse tratamento. Os pacientes devem ser
incentivados a serem mais ativos socialmente e apoiados ao fazerem esforços
relacionados a esse assunto. Os pacientes devem ser encorajados a estabelecerem

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metas pequenas e específicas. Se não alcançarem suas metas, devem ser


incentivados a usarem a técnica da resolução de problemas para identificarem os
obstáculos e, se necessário, definirem uma nova meta menos exigente.

Ter mais autorrespeito e autoconfiança. Os problemas com autorrespeito e


autoconfiança podem variar suas complicações conforme o grau da autoestima,
autoavaliação negativa geral, crônica ou grave. O tratamento geralmente resulta na
melhora do autorrespeito e da autoconfiança, principalmente em pacientes com
menos complicações nessa área. Especificamente, a melhora no controle alimentar
(em especial naqueles que apresentavam episódios de compulsão alimentar), a
perda de peso, o aumento da atividade física e a melhora na aceitação da forma do
corpo e do peso contribuem para uma melhora na autoavaliação.

Além disso, o trabalho cognitivo nos pensamentos distorcidos (pensamento


dicotômico e pensamentos negativos), em geral, ajudam os pacientes a terem uma
visão mais equilibrada ao avaliarem a si mesmos. Por outro lado, essas mudanças e
procedimentos tendem a ter um efeito menor nos pacientes com autoestima baixa
há muito tempo. Gerenciar o autoconceito negativo desses pacientes está fora do
alcance desse tratamento. Pacientes que querem emagrecer para melhorar sua
autoconfiança devem ser incentivados a considerar se há outras maneiras de se
fazer isso. Devem ser encorajados a explorar a maior quantidade possível de
opções e, em seguida, estabelecer metas para experimentar aquelas que mais
provavelmente irão ajudar a melhorar a autoconfiança.

Mudanças no estilo de vida. Alguns pacientes planejam fazer mudanças em suas


vidas assim que emagrecerem. Em geral, essas mudanças são colocadas “em
espera” até que sua meta de peso seja alcançada. O terapeuta deve incentivar os
pacientes a buscarem esses objetivos desde que isso não interfira no
emagrecimento ou na fase de manutenção do peso. Discussões sobre objetivos
primários podem levar à percepção de que esses objetivos não podem ser

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alcançados apenas pela perda de peso por si só e podem ser buscados fora dos
objetivos do tratamento.

Em alguns casos, os pacientes não trabalham seus objetivos iniciais até mesmo
quando já conseguiram alcançar a perda de peso ou quando percebem que esses
objetivos não dependem do emagrecimento. O mais importante é que esses
pacientes reconheçam que existem outras coisas que impedem de alcançar seus
objetivos, e não que o peso é a única barreira, como muitos acreditam inicialmente.

MÓDULO 8: ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

O foco desse módulo é ajudar os pacientes a terem uma alimentação saudável,


fundamental para todos, tanto no emagrecimento quanto na manutenção. Os
pacientes precisam aderir a uma alimentação saudável a longo prazo. Este módulo
foca em 2 tópicos principais: o comportamento alimentar e a escolha da comida.

1. Comportamento Alimentar: horário, padrão das refeições, atitudes de


beliscar, tamanho das porções, etc. Todos esses itens já foram mencionados
anteriormente no tratamento. Contudo, deve-se revisar cada um para verificar
se há algum problema remanescente que deveria ser administrado. Se
positivo, este deve ser trabalhado com as mesmas estratégias usadas
anteriormente.
2. Escolha da comida: até esta fase do tratamento a escolha da comida foi
somente administrada no contexto da perda de peso. A adoção de uma dieta
saudável é uma parte essencial da fase de manutenção de peso e, por essa
razão, é necessário que se torne um objetivo a ser evidenciado nesta fase do
tratamento.

Estratégias gerais para encorajar uma alimentação saudável:

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- Reduzir o consumo de massas (arroz, macarrão, pão, biscoitos);


- Aumentar o consumo de proteínas e gordura natural dos alimentos;
- Cortar ou diminuir drasticamente o consumo de açúcar;
- Aumentar o consumo de vegetais (fibras);
- Planejar com a nutrição o programa adequado;
- Revisar o progresso e gerenciar as dificuldades;
- Adesão a longo prazo a uma alimentação saudável.

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