NR 13 Atualizada 2022 Retificada
NR 13 Atualizada 2022 Retificada
NR 13 Atualizada 2022 Retificada
ARMAZENAMENTO
Publicação D.O.U.
Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78
Alterações/Atualizações D.O.U.
Portaria SSMT nº 12, de 06 de junho de 1983 14/06/83
Portaria SSMT nº 02, de 08 de maio de 1984 07/06/84
Portaria SSST nº 23, de 27 de dezembro de 1994 Rep.:26/04/95
Portaria SIT nº 57, de 19 de junho de 2008 24/06/08
Portaria MTE nº 594, de 28 de abril de 2014 02/05/14
Portaria MTb nº 1.084, de 28 de setembro de 2017 29/09/17
Portaria MTb nº 1.082, de 18 de dezembro de 2018 20/12/18
Portaria MTP nº 1.846, de 01 de julho de 2022 04/07/22
13.1.2 O empregador é o responsável pela adoção das medidas determinadas nesta NR.
13.3.2 Para efeito desta NR, considera-se PLH aquele que tem competência legal para o
exercício da profissão de engenheiro nas atividades referentes a projeto de construção,
acompanhamento da operação e da manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de
caldeiras, vasos de pressão, tubulações e tanques metálicos de armazenamento, em
conformidade com a regulamentação profissional vigente no País.
13.3.3 A inspeção de segurança dos equipamentos abrangidos por esta NR deve ser
executada sob a responsabilidade técnica de PLH.
13.3.4 A inspeção de segurança dos equipamentos abrangidos por esta NR deve ser
respaldada por exames e testes, a critério técnico do PLH, observado o disposto em
códigos ou normas aplicáveis.
13.3.7.1 Quando não for conhecido o código de construção, deve ser respeitada a
concepção original da caldeira, vaso de pressão, tubulação ou tanque metálico de
armazenamento, empregando-se os procedimentos de controle prescritos pelos
códigos aplicáveis a esses equipamentos.
13.3.11.1 A comunicação deve ser encaminhada até o segundo dia útil após a ocorrência
e deve conter:
a) razão social do empregador, endereço, local, data e hora da ocorrência;
b) descrição da ocorrência;
c) nome e função da(s) vítima(s);
d) procedimentos de investigação adotados;
Este texto não substitui o publicado no DOU
e) cópia do último relatório de inspeção de segurança do equipamento envolvido; e
f) cópia da Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT.
13.4 Caldeiras
13.4.1.1 Para os propósitos desta NR, as caldeiras devem ser categorizadas da seguinte
forma:
a) caldeiras da categoria A são aquelas cuja pressão de operação é igual ou superior a
1.960 kPa (19,98 kgf/cm²); ou
b) caldeiras da categoria B são aquelas cuja pressão de operação seja superior a 60 kPa
(0,61 kgf/cm²) e inferior a 1 960 kPa (19,98 kgf/cm2).
13.4.1.3 Toda caldeira deve ter afixada em seu corpo, em local de fácil acesso e visível,
placa de identificação indelével com, no mínimo, as seguintes informações:
a) nome do fabricante;
b) número de ordem dado pelo fabricante da caldeira;
c) ano de fabricação;
d) pressão máxima de trabalho admissível;
Este texto não substitui o publicado no DOU
e) capacidade de produção de vapor;
f) área de superfície de aquecimento; e
g) código de construção e ano de edição.
13.4.1.8 O registro de segurança deve ser constituído por livro de páginas numeradas,
pastas ou sistema informatizado onde serão registradas:
a) todas as ocorrências importantes capazes de influir nas condições de segurança da
caldeira, inclusive alterações nos prazos de inspeção; e
13.4.1.9 Caso a caldeira venha a ser considerada inadequada para uso, o registro de
segurança deve conter tal informação e receber encerramento formal.
13.4.2.3 Quando a caldeira for instalada em ambiente aberto, a área de caldeiras deve
satisfazer os seguintes requisitos:
a) estar afastada, no mínimo, três metros de outras instalações do estabelecimento, dos
depósitos de combustíveis, excetuando-se reservatórios para partida com até dois
mil litros de capacidade, do limite de propriedade de terceiros e do limite com as vias
públicas;
b) dispor de pelo menos duas saídas amplas, permanentemente desobstruídas,
sinalizadas e dispostas em direções distintas;
c) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção da caldeira,
sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam
a queda de pessoas;
d) ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado, provenientes
da combustão, para fora da área de operação, atendendo às normas ambientais
vigentes;
e) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes; e
f) ter sistema de iluminação de emergência caso opere à noite.
13.4.3.4 É considerado operador de caldeira aquele que cumprir o disposto no item 1.1
do Anexo I desta NR.
13.5.1.1 Para os efeitos desta NR, os vasos de pressão devem ser categorizados, com
base na classe do fluido e no grupo de potencial de risco, mediante a aplicação da Tabela
1.
13.5.1.1.1 Os fluidos contidos nos vasos de pressão devem ser classificados conforme
descrito a seguir:
a) classe A:
I - fluidos inflamáveis;
II - fluidos combustíveis com temperatura superior ou igual a duzentos graus Celsius (200
ºC);
III - fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a vinte partes por milhão
(20 ppm);
IV - hidrogênio; e
V - acetileno.
b) classe B:
I - fluidos combustíveis com temperatura inferior a duzentos graus Celsius (200 ºC); e
II - fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a vinte partes por milhão (20 ppm).
c) classe C:
I - vapor de água;
13.5.1.1.2 Quando se tratar de mistura, deve ser considerado, para fins de classificação,
o fluido que apresentar maior risco aos trabalhadores e às instalações, considerando-se
sua toxicidade, inflamabilidade e concentração.
13.5.1.5 Todo vaso de pressão deve possuir, no estabelecimento onde estiver instalado,
a seguinte documentação devidamente atualizada:
a) prontuário do vaso de pressão, fornecido pelo fabricante, contendo as seguintes
informações:
I - código de construção e ano de edição;
II - especificação dos materiais;
III - procedimentos utilizados na fabricação, montagem e inspeção final;
IV - metodologia para estabelecimento da PMTA;
V - conjunto de desenhos e demais dados necessários ao monitoramento da sua vida
útil;
VI - pressão máxima de operação;
VII - registros da execução do teste hidrostático de fabricação;
VIII - características funcionais;
IX - dados dos dispositivos de segurança;
X - ano de fabricação; e
XI - categoria do vaso; (Retificado em 20/10/2022)
b) registro de segurança;
c) projeto de alteração ou reparo;
d) relatórios de inspeção de segurança; e
e) certificados de inspeção e teste dos dispositivos de segurança.
13.5.1.7 O registro de segurança deve ser constituído por livro de páginas numeradas,
pastas ou sistema informatizado onde serão registradas:
a) todas as ocorrências importantes capazes de influir nas condições de segurança dos
vasos de pressão, inclusive alterações nos prazos de inspeção; e
b) as ocorrências de inspeções de segurança inicial, periódica e extraordinária, devendo
constar a condição operacional do vaso, o nome legível e assinatura do PLH.
13.5.2.1 Todo vaso de pressão deve ser instalado de modo que todos os drenos,
respiros, bocas de visita e indicadores de nível, pressão e temperatura, quando
existentes, sejam acessados por meio seguros.
13.5.2.3 Quando o vaso de pressão for instalado em ambiente aberto, a instalação deve
satisfazer os requisitos contidos nas alíneas “a”, “b”, “d” e “e” do subitem 13.5.2.2.
13.5.3.1 Todo vaso de pressão enquadrado nas categorias I ou II deve possuir manual
de operação próprio, manual de operação da unidade ou instruções de operação, em
língua portuguesa, em local de fácil acesso aos operadores, contendo no mínimo:
a) procedimentos de partidas e paradas;
b) procedimentos e parâmetros operacionais de rotina;
c) procedimentos para situações de emergência; e
d) procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação do meio ambiente.
13.5.4.2 A inspeção de segurança inicial deve ser feita em vasos de pressão novos, antes
de sua entrada em funcionamento, no local definitivo de instalação, devendo
compreender exames externo e interno.
13.5.4.5.2 A metodologia a que alude o item anterior deve ser integrada ao Programa
de Gerenciamento de Riscos - PGR, nos termos da NR-01, com a definição dos critérios,
das normas de referência e dos responsáveis pela sua implementação e aprovação.
13.5.4.5.3 A inspeção periódica interna dos vasos de pressão poderá ser postergada,
pela metade do prazo fixado na Tabela 2, mediante o atendimento dos seguintes
requisitos:
a) empresas que possuam SPIE, conforme Anexo II desta NR; (Retificado em 20/10/2022)
b) avaliação de risco aprovada por PLH, assegurada a participação dos responsáveis pela
operação do equipamento; (Retificado em 20/10/2022)
c) definição dos parâmetros operacionais e dos instrumentos de controle essenciais ao
monitoramento do equipamento;
d) implementação de metodologia documentada de Inspeção Não Intrusiva - INI,
observado o disposto na ABNT NBR 16455 ou alteração posterior;
e) emissão de relatório de inspeção, com a definição da data improrrogável da próxima
inspeção periódica interna; e
f) anuência do empregador ou de preposto por ele designado.
13.5.4.6 Vasos de pressão que não permitam acesso visual para o exame interno ou
externo por impossibilidade física devem ser submetidos a exames não destrutivos ou a
outras metodologias de avaliação de integridade definidas por PLH, considerados os
mecanismos de danos previsíveis.
13.5.4.7 Vasos de pressão com enchimento interno ou com catalisador podem ter a
periodicidade de exame interno ampliada, de forma a coincidir com a época da
substituição de enchimentos ou de catalisador, desde que esta ampliação seja precedida
de estudos conduzidos por PLH ou por grupo multidisciplinar por ele coordenado,
baseados em códigos ou normas aplicáveis, onde sejam implementadas tecnologias
alternativas para a avaliação da sua integridade estrutural.
13.5.4.8 Vasos de pressão com temperatura de operação inferior a zero grau Celsius (0
°C) e que operem em condições nas quais a experiência mostre que não ocorre
deterioração devem ser submetidos a exame externo a cada 2 (dois) anos e a exame
interno, quando exigido pelo código de construção ou a critério do PLH.
13.6 Tubulações
13.6.2.2 Os intervalos de inspeção das tubulações devem atender aos prazos máximos
da inspeção interna do vaso ou caldeira mais crítica a elas ligados.
13.6.2.3 O programa de inspeção pode ser elaborado por tubulação, por linha ou por
sistema.
13.7.1.2 Todo estabelecimento que possua tanques enquadrados nesta NR deve ter a
seguinte documentação devidamente atualizada:
a) folhas de dados com as especificações dos tanques necessárias ao planejamento e
execução da sua inspeção;
b) projeto de alteração ou reparo;
c) relatórios de inspeção de segurança;
d) registro de segurança; e
e) certificados de inspeção e teste dos dispositivos de segurança, se aplicável.
13.7.1.3 O registro de segurança deve ser constituído por livro de páginas numeradas,
pastas ou sistema informatizado, onde serão registradas:
a) todas as ocorrências importantes capazes de influir nas condições de segurança dos
tanques; e
a) sempre que o tanque for danificado por acidente ou outra ocorrência que
comprometa a segurança dos trabalhadores;
b) quando o tanque for submetido a reparos ou alterações significativas, capazes de
alterar sua capacidade de contenção de fluído;
c) antes de o tanque ser recolocado em funcionamento, quando permanecer inativo
por mais de vinte e quatro meses; ou
d) quando houver alteração do local de instalação.
ANEXO I DA NR-13
CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO
1. Caldeiras
1.1 Para efeito da NR-13, é considerado operador de caldeira aquele que cumprir uma
das seguintes condições:
a) possuir certificado de treinamento de segurança na operação de caldeiras expedido
por instituição competente e comprovação de prática profissional supervisionada,
conforme item 1.5 deste Anexo; ou
b) possuir certificado de treinamento de segurança na operação de caldeiras previsto
na NR-13 aprovada pela Portaria SSMT n° 02, de 08 de maio de 1984 ou na Portaria
SSST n.º 23, de 27 de dezembro de 1994.
1.3.2 A adoção do EaD não elide o disposto no item 1.3, alínea “d” deste Anexo.
1.5 Todo operador de caldeira deve ser submetido à prática profissional supervisionada
na operação da própria caldeira que irá operar, a qual deve ser documentada e possuir
duração mínima de:
a) caldeiras de categoria A - oitenta horas; ou
b) caldeiras de categoria B - sessenta horas.
1.7 Deve ser realizada a atualização dos conhecimentos dos operadores de caldeiras
quando:
a) ocorrer modificação na caldeira;
b) ocorrer acidentes e/ou incidentes de alto potencial, que envolvam a operação da
caldeira; ou
c) houver recorrência de incidentes.
1.8 A prática profissional supervisionada obrigatória deve ser realizada após a conclusão
de todo o conteúdo programático previsto no item 1.9 deste Anexo, inclusive nos casos
de aproveitamento de treinamentos entre organizações.
2. Vasos de Pressão
2.4.2 A adoção do EaD não elide o disposto no item 2.4, alínea “d” deste Anexo.
2.8 Deve ser realizada a atualização dos conhecimentos dos operadores de unidades de
processo quando:
a) ocorrer modificação na unidade de processo;
b) ocorrer acidentes e/ou incidentes de alto potencial, que envolvam a operação de
vasos de pressão; ou
c) houver recorrência de incidentes.
2.9 A prática profissional supervisionada obrigatória deve ser realizada após a conclusão
de todo o conteúdo programático previsto no item 2.10, inclusive nos casos de
aproveitamento de treinamentos entre organizações, com carga horária definida pelo
empregador.
ANEXO II DA NR-13
ANEXO IV DA NR-13
1.1 A ampliação dos prazos de inspeções de segurança das caldeiras de categoria A que
operam de forma contínua fica condicionada ao cumprimento integral das seguintes
exigências:
a) instalação da caldeira em estabelecimentos que possuam certificação de SPIE,
conforme Anexo II desta NR;
b) plano e programa de inspeção aprovados por PLH, observado o limite máximo de
quarenta e oito meses entre inspeções internas;
c) sistema instrumentado de segurança, em conformidade com normas técnicas
aplicáveis, atestado por responsável técnico;
d) controle da deterioração dos materiais que compõem as principais partes da caldeira;
e) análise e controle periódico da qualidade da água;
f) testes da pressão de abertura das válvulas de segurança a cada doze meses; (Retificada
em 20/10/2022)
1.3 As alterações nas funções instrumentadas de segurança do SIS, bem como em outros
componentes da malha de controle, provisórias ou definitivas, devem ser registradas e
aprovadas por responsável técnico, com anuência do empregador ou de preposto por
ele designado.
2.1 A ampliação dos prazos de inspeções de segurança das caldeiras de categoria B que
operam de forma contínua fica condicionada ao cumprimento integral das seguintes
exigências:
a) plano e programa de inspeção aprovados por PLH, observado o limite máximo de
trinta meses entre inspeções internas;
b) SGC com projeto de funções instrumentadas de segurança em conformidade com
normas técnicas aplicáveis, atestado por responsável técnico;
c) controle da deterioração dos materiais que compõem as partes importantes para
integridade da caldeira;
d) análise e controle periódico da qualidade da água, conforme prescrições do
fabricante da caldeira;
e) testes da pressão de abertura das válvulas de segurança a cada 12 meses;
f) acompanhamento periódico dos parâmetros operacionais que influenciam a
integridade da caldeira;
g) parecer técnico de PLH fundamentando a decisão de extensão de prazo; e
h) registro formal do cumprimento das alíneas anteriores.
GLOSSÁRIO
Abertura escalonada de válvulas de segurança: condição diferenciada de ajuste da
pressão de abertura de múltiplas válvulas de segurança, prevista no código de
construção do equipamento por elas protegido, onde podem ser estabelecidos valores
de abertura acima da PMTA, consideradas as vazões necessárias para o alívio da
sobrepressão em cenários distintos.
Alteração: mudança nas condições de projeto ou nos parâmetros operacionais, com
impactos na integridade estrutural dos equipamentos abrangidos por esta NR, ou que
possam afetar a segurança dos trabalhadores e de terceiros.
Caldeiras: equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob pressão superior
à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, projetados conforme códigos
pertinentes, excetuando-se refervedores e similares.
Caldeiras de recuperação de álcalis: caldeiras que utilizam como combustível principal o
licor negro oriundo do processo de fabricação de celulose, realizando a recuperação de
químicos e geração de energia.
Códigos de construção: publicações normativas desenvolvidas por associações técnicas
ou por sociedades de normalização, dotadas de um conjunto coerente de regras,
exigências, procedimentos, fórmulas e parâmetros, oriundas de entidades nacionais,
internacionais ou estrangeiras e utilizadas na construção dos equipamentos abrangidos
por esta NR. Exemplos: ASME Boiler and Pressure Vessel Code, British Standards
Institution, AD 2000 Merkblatt, SNCTTI, ABNT, entre outros.
Dispositivo Contra Bloqueio Inadvertido - DCBI: dispositivo utilizado para evitar o
fechamento inadvertido de válvulas instaladas à montante e à jusante de dispositivos
de segurança.
Dispositivos de segurança: dispositivos ou componentes que protegem um
equipamento contra sobrepressão manométrica, independente da ação do operador e
de acionamento por fonte externa de energia. O dispositivo também pode ser projetado