Treino Forca em Educacao Fisica
Treino Forca em Educacao Fisica
Treino Forca em Educacao Fisica
reino da Força
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o ICN
Dissertação de Mestrado em
Desporto para Crianças e Jovens
sob a orientação do
Prof. Doutor António Manuel Teixeira Marques
■
UNIVERSIDADE DO PORTO
Indice
Agradecimentos
Resumo
Abstract
Résumée
índice de Figuras i
índice de Quadros v
Lista de Abreviaturas ix
1. Introdução
1.1.0 Treino da Força no contexto escolar 1
1.2. Objectivos e Hipóteses 4
1.3. Estrutura da dissertação 6
2. Revisão Bibliográfica
3. Material e Métodos
3.1. Caracterização da Amostra 165
3.2. Processo de Medida 167
3.2.1. Determinação do Estádio de Maturação 168
3.2.2. Medidas Antropométricas 169
3.2.3. Processo de Avaliação da Força 169
3.3. Instrumentarium 171
3.4. Planos e Programas de Treino 172
3.4.1. O Treino da Força no contexto escolar - os aspectos metodológicos 172
3.4.2. Apresentação dos Programas de Treino 181
3.5. Delineamento Experimental 184
3.6. Calendarização do trabalho experimental (Ano lectivo 1999/2000) 185
3.7. Procedimentos Estatísticos 186
6. Conclusões 263
7. Bibliografia 267
8. Anexos 279
Agradecimentos
muito sinceramente a todos aqueles que ao longo de todo este percurso nos
trabalho.
empenhamento e dedicação.
♦ A os meus pais, por todo o apoio e incentivo que me prestaram desde o momento
♦ À minha namorada, pelo tempo que não lhe dediquei e pela disponibilidade
Francês.
trabalho.
A todos aqueles que a minha memória me atraiçoa e que, de uma forma ou de outra,
Palavras Chave: Força; Treino; Crianças e Jovens; Escola; Cargas Contínuas; Cargas Descontínuas;
Destreino.
Abstract
Strength appears to be one of the less worked from all the motor abilities in Physical
Education classes. Considering it's importance in in health, well-being and quality of life, in sportive
and motor profits, in aquiring physical fitness, etc, this is, no doubt, na issue deserving a great deal of
attention. Thence, this essay is due to evidence the strength trainabiiity in teenagers, testing the
effectiveness of a strength's exercise protocol, under Physical Education classes conditions, during
eight weeks for two weekly units training. This protocol was developed from two different ways of
work, with continuous and broken charges, from which we also tested each effectiveness on improving
motor ability. In the end, we analysed the evolution in winning strength on time, after three weeks of
detraining.
The sample was buitt with 73 pupils, 8th grade, both sexes, from EB 2,3/ S Dr. Daniel de
Matos School, in Vila Nova de Poiares (Coimbra's district), situated in 3, 4 and 5 matured Tanner's
stadiuns (1962). There were 6 groups working: two controlling, two working on continuous charges
and two on discontinuous charges (one for sex).
By analysing and comparing the tests average, we could appreciate the existence of
strength's significant gains in both sexes. The continuous work revealed itself more effective in
developping strength. Working on broken charges, the effectiveness was more evident in boys and,
after untrained, the boys lost less strength.
We conclude that: it is possible to improve strength under Physical Education classes with no
more than two weekly units of training and only in 8 weeks; boys are stronger than girls, except in sit-
up's, which is inferior and in throwing medicinal 2 kgs balls which is similar; working with continuous
and sistematic charges of training is efficent, although with boys we can work with discontinuous
charges; when boys train based on conyinuous charges its effects endure longer.
Key-Words: Strength; Training; Children and Teenagers; School; Continuous Charges; Discontinuous
Charges; Detraining.
Résumée
Dans l'ensemble des capacités motrices, la force semble être laquelle qu'on travaille le moins
dans le champ d'action de l'éducation physique. En tenant compte son importance au niveau de la
santé, du bien-être et de la qualité de vie, les revenues moteurs et sportifs, dans l'acquisition de
l'aptitude physique, etc, celui-ci est, sans doute, l'un des thèmes Qui mérite une grande attention.
C'est pourquoi on veut mettre en évidence l'entraînabilité de la force chez les jeunes pubescents, en
testant léfficace d'un protocole d'entraînement de la force, dans le cours d'éducation physique,
pendant huit semaines à raison de deux unités hebdomadaires d'entraînement. Ce protocole a été
développé à partir de deux manières différentes de travail avec des charges continues et des charges
discontinues à partir desquelles on a fait un test de l'efficace de chacune, dans l'incrément de cette
capacité. Finalement, on a fait l'analyse de l'évolution des revenus de force dans le temps, après trois
semaines sans entraînement.
L'échantillon a été constitué par 73 élèves du huitième année, des deux sexes, de l'École EB
2,3/ S Dr. Daniel de Matos, à Vila Nova de Poiares (district de Coimbra). Les élèves appartiennent
aux stades de maturité 3, 4 et 5 du tableau de Tanner (1962). On a constitué six groupes de travail:
deux de contrôle, deux qui ont travaillé avec des charges continues et deux qui ont travaillé avec des
charges discontinues (un groupe du sexe masculin et l'autre du sexe féminin).
À partir de l'analyse comparative des moyennes des tests, on a pu constater léxistence de
revenus significatifs de force dans les deux sexes: le travail continu s'est montré plus effectif dans le
développement de la force; dans le travail avec des charges discontinues les revenus ont été plus
évidents chez les garçons; et après l'absence d'entraînement, les garçons ont perdu moins force que
les filles.
On peut conclure qu'il est possible d'améliorer la force dans les cours d'éducation physique,
avec des unités hebdomadaires d'entraînement et pendant huit semaines; les garçons sont plus forts
que les filles et présentent plus d'entraînement, à l'exception des sit-up's, où ils présentent un
entraînement inférieur, et dans le jet du ballon médical de 2 kg, où la force est semblable; le travail
développé avec des charges continues et méthodiques d'entraînement est efficace, bien qu'on puisse
travailler avec des charges discontinues au niveau des garçons; quand, chez les garçons,
l'entraînement est basé sur les charges continues, les effets sont plus durables.
índice de Figuras
Figura 4 Evolução da força na idade juvenil, nos dois sexos (adaptado de Hettinger, 121
1964 e referenciado por Manno, 1989)
Figura 5 Evolução da força máxima estática da mão, segundo a idade e o sexo. Para a 123
idade dos 6 aos 8 anos os dados longitudinais mistos foram obtidos a partir
dos trabalhos de Malina e Roch (1983); dos 11 aos 18 anos, os dados foram
obtidos a partir dos estudos de Jones (1959) (adaptado de Malina e
Bouchard, 1991).
Figura 6 Evolução da força máxima dinâmica no período escolar (Letzelter e Letzelter, 123
1990)
Figuras 8 e 9 Comparação dos resultados médios para o salto em comprimento s/ balanço 129
do teste AAHPERD, em estudos realizados em 1958, 1965 e 1975 (Hunsicker
e Reiff,1977, referenciados porCorbin, 1980)
Figura 10 Evolução do teste se salto a pés juntos na população da ilha de Gran Canária 130
(819 sujeitos) (Brito et ai, 1995, referenciado por Manso et ai., 1996)
Figura 13 Performances dos rapazes e raparigas dos 10 aos 17 anos, na prova dos Sit- 138
up's, em estudos realizados em 1958 e 1965 (Hunsicker e Reiff, 1977,
referenciados porCorbin, 1980)
Figura 15 Ganhos musculares, após dois meses de treino da força, em três grupos de 148
idades (431 sujeitos) (Adaptado de Westcoot, 1995)
Figura 17 Progressos registados na força rápida de corrida dos 10 metros, em crianças 155
dos dois sexos, após 8 semanas de treino geral de força (adaptado de
Letzelter e letzelter, 1990)
i
Indice de Figuras
Figura 18 Progressos da força de salto para as crianças da escola primária, no decurso 156
de um treino de 4 semanas, à razão de 2 vezes por semana (adaptado de
Letzelter e Letzelter, 1990)
Figura 19 Progresso da força de salto, em crianças de onze anos, para diferentes ritmos 156
de treino (adaptado de Letzelter e Letzelter, 1990)
Figura 20 Evolução da força das pernas em 2 anos e 4 meses, com duas sequências de 164
treino de 3 meses e intervalos de 9 meses (Adaptado de Letzelter e Letzelter,
1990)
Figura 21 Evolução de duas formas de expressão da força rápida, em crianças, num 164
período de 2 anos e 4 meses, com duas sequências de treino de 3 meses e
dois intervalos de 9 meses (adaptado de Letzelter e Letzelter, 1990)
Figura 22 Comparação dos valores médios da Dinamometria manual, entre grupos e 193
por sexo, nos dois momentos de avaliação.
Figura 23 Comparação dos valores médios do Salto em comprimento s/ balanço, entre 196
grupos e por sexo, nos dois momentos de avaliação.
Figura 24 Comparação dos valores médios do Arremesso da bola medicinal de 2 kg, 199
entre grupos e por sexo, nos dois momentos de avaliação.
Figura 25 Comparação dos valores médios do Sextuplo, entre grupos e por sexo, nos 201
dois momentos de avaliação
Figura 26 Comparação dos valores médios de Sit-up's, entre grupos e por sexo, nos 204
dois momentos de avaliação.
Figura 27 Comparação dos valores médios de Suspensão Estática, entre grupos e por 207
sexo, nos dois momentos de avaliação.
Figura 28 Comparação conjunta dos ganhos percentuais nas diferentes provas entre os 208
dois momentos de observação, em cada grupo, nos rapazes.
Figura 29 Comparação conjunta dos ganhos percentuais nas diferentes provas entre os 209
dois momentos de observação, em cada grupo, nas raparigas.
Figura 30 Perfil dos ganhos/ perdas registados na Dinamometria manual, no pós-teste e 211
após 3 semanas, nos dois sexos.
Figura 31 Perfil da evolução das médias do teste da Dinamometria manual, entre o pré- 211
teste e 3 semanas após a cessação dos protocolos de treino da força, para
todos os grupos.
Figura 32 Perfil dos ganhos/ perdas registados no Salto em comprimento s/ balanço, no 213
pós-teste e após 3 semanas, nos dois sexos.
Figura 33 Perfil da evolução das médias do teste do Salto em comprimento s/ balanço, 213
entre o pré-teste e 3 semanas após a cessação dos protocolos de treino da
força, para todos os grupos
Figura 34 Perfil dos ganhos/ perdas registados no Arremesso da bola medicinal de 2 kg, 215
no pós-teste e após 3 semanas, nos dois sexos.
Figura 35 Perfil da evolução das médias do teste do Arremesso da bola medicinal de 2 216
kg, entre o pré-teste e 3 semanas após a cessação dos protocolos de treino
da força, para todos os grupos.
Figura 36 Perfil dos ganhos/ perdas registados no Sextuplo, no pós-teste e após 3 217
semanas, nos dois sexos
Figura 37 Perfil da evolução das médias do teste do Sextuplo, entre o pré-teste e 3 218
semanas após a cessação dos protocolos de treino da força, para todos os
grupos.
Figura 38 Perfil dos ganhos/ perdas registados nos Sit-up's, no pós-teste e após 3 219
semanas, nos dois sexos.
Figura 39 Perfil da evolução das médias do teste dos Sit-up's, entre o pré-teste e após 3 220
semanas da aplicação dos protocolos de treino da força, para todos os
grupos.
Figura 40 Perfil dos ganhos/ perdas registados na Suspensão Estática, no pós-teste e 222
após 3 semanas, nos dois sexos.
Figura 41 Perfil da evolução das médias do teste da Suspensão Estática, entre o pré- 223
teste e 3 semanas após a cessação dos protocolos de treino da força, para
todos os grupos.
iii
índice de Quadros
índice de Quadros
V
Indice de Quadros
Quadro 28 Valores do peso em cada um dos grupos nos dois sexos (médias (x), 190
desvios-padrão (s), ganhos absolutos (Absolutos) e percentuais (%), assim
como o valor de t e p, nos dois momentos de observação)
Quadro 29 Valores da altura em cada um dos grupos nos dois sexos (médias (x), 191
desvios-padrão (s), ganhos absolutos (Absolutos) e percentuais (%), assim
como o valor de t e p, nos dois momentos de observação)
Quadro 30 Resultados da prova de Dinamometria manual em cada um dos grupos, 193
nos dois sexos (médias (x), desvios-padrão (s), ganhos absolutos
(Absolutos) e percentuais (%), assim como o valor de t e p, nos dois
momentos de observação)
Quadro 31 Matriz de comparações múltiplas (Scheffé F-test) dos ganhos dos três 194
grupos para a Dinamometria manual, nos dois sexos.
Quadro 32 Resultados da prova de Salto em comprimento s/ balanço em cada um 196
dos grupos, nos dois sexos (médias (x), desvios-padrão (s), ganhos
absolutos (Absolutos) e percentuais (%), assim como o valor de t e p, nos
dois momentos de observação)
Quadro 33 Matriz de comparações múltiplas (Scheffé F-test) dos ganhos dos três 197
grupos para o salto em comprimento s/ balanço , nos dois sexos.
Quadro 34 Resultados da prova de Arremesso da bola medicinal de 2 kg em cada um 198
dos grupos, nos dois sexos (médias (x), desvios-padrão (s), ganhos
absolutos (Absolutos) e percentuais (%), assim como o valor de t e p, nos
dois momentos de observação)
Quadro 35 Matriz de comparações múltiplas (Scheffé F-test) dos ganhos dos três 199
grupos para o arremesso da bola medicinal de 2 kg, nos dois sexos
Quadro 36 Resultados da prova do Sextuplo em cada um dos grupos, nos dois sexos 201
(médias (x), desvios-padrão (s), ganhos absolutos (Absolutos) e
percentuais (%), assim como o valor de t e p, nos dois momentos de
observação)
vi
índice de Quadros
Quadro 37 Matriz de comparações múltiplas (Scheffé F-test) dos ganhos dos três 202
grupos para o Sextuplo , nos dois sexos
Quadro 38 Resultados da prova de Sit-up's em cada um dos grupos, nos dois sexos 203
(médias (x), desvios-padrão (s), ganhos absolutos (Absolutos) e
percentuais (%), assim como o valor de t e p, nos dois momentos de
observação)
Quadro 39 Matriz de comparações múltiplas (Scheffé F-test) dos ganhos dos três 205
grupos para os Sit-up's , nos dois sexos.
Quadro 40 Resultados da prova de Suspensão Estática em cada um dos grupos, nos 206
dois sexos (médias (x), desvios-padrão (s), ganhos absolutos (Absolutos)
e percentuais (%), assim como o valor de t e p, nos dois momentos de
observação)
Quadro 41 Matriz de comparações múltiplas (Scheffé F-test) dos ganhos dos três 208
grupos para a Suspensão Estática , nos dois sexos.
Quadro 42 Resultados da prova de Dinamometria manual em cada um dos grupos, 210
nos dois sexos (médias (x), desvios-padrão (s), ganhos absolutos
(Absolutos) e percentuais (%), assim como o valor de t e p, no pós-teste e
após 3 semanas)
Quadro 43 Resultados da prova de Salto em comprimento s/ balanço em cada um 212
dos grupos, nos dois sexos (médias (x), desvios-padrão (s), ganhos
absolutos (Absolutos) e percentuais (%), assim como o valor de t e p, no
pós-teste e após 3 semanas)
Quadro 44 Resultados da prova de Arremesso da bola medicinal de 2 kg em cada um 214
dos grupos, nos dois sexos (médias (x), desvios-padrão (s), ganhos
absolutos (Absolutos) e percentuais (%), assim como o valor de t e p, no
pós-teste e após 3 semanas)
Quadro 45 Resultados da prova do Sextuplo em cada um dos grupos, nos dois sexos 217
(médias (x), desvios-padrão (s), ganhos absolutos (Absolutos) e
percentuais (%), assim como o valor de t e p, no pós-teste e após 3
semanas)
Quadro 46 Resultados da prova dos Sit-up's em cada um dos grupos, nos dois sexos 219
(médias (x), desvios-padrão (s), ganhos absolutos (Absolutos) e
percentuais (%), assim como o valor de t e p, no pós-teste e após 3
semanas)
Quadro 47 Resultados da prova de Suspensão Estática em cada um dos grupos, nos 221
dois sexos (médias (x), desvios-padrão (s), ganhos absolutos (Absolutos)
e percentuais (%), assim como o valor de t e p, no pós-teste e após 3
semanas)
Vil
Lista de Abreviaturas
Lista de Abreviaturas
abdm. Abdominais
Brs. Braços
cm Centímetros
EF Educação Física
EM Estado Maturacional
Explo. Explosiva
ext. Extensão
F Força
IC Idade Cronológica
impls. Impulsão
m Metros
min. Minuto
Pern. Pernas
preens. Preensão
SE Suspensão Estática
SIT Sit-up's
TC Treino em Circuito
IX
Lista de Abreviaturas
X
Introdução
1. Introdução
1.1. O Treino da força no contexto escolar
(Bento, 1991), não esquecendo também os benefícios que lhe podemos conferir a
e auto-estima, etc..
refere à população que pode atingir com os seus propósitos, através da Educação
interesses dos alunos, quer na perspectiva actual, quer numa perspectiva futura.
importância relevante para as crianças e jovens e, por isso, para a Escola. Isto
porque, segundo parece, as capacidades físicas dos jovens em idade escolar não
Pensamos que nos nossos dias o panorama mantém-se, não por qualquer estudo
que tenhamos realizado, mas pelo contacto que temos com os alunos no nosso dia-
a-dia.
í
Introdução
Hoje, a necessidade de aumentar a produtividade no trabalho faz com que este fique
cada vez mais mecanizado e pouco físico. Além disso, os meios audiovisuais
não saltam, correm, trepam às árvores; elas preferem ficar em casa de frente para a
Porém, poderá estar a hipotecar a saúde dessa criança ou jovem uns anos mais
tarde. Lembrando a frase de MAIA (1987, 43), o que se adquire cedo, prolonga-se
pela vida fora. Esta máxima poderá servir tanto para o que prejudica, como para o
2
Introdução
Por outro lado, há quem pense muito nos riscos que este tipo de trabalho pode
acarretar para as crianças e jovens, sem sequer compará-los com os benefícios, que
contexto escolar, então, ainda são mais raros. Porém, actualmente estes estudos
sido atingido (Vrijens, 1978; Sailors e Berg, 1987; Letzelter e Letzelter, 1990;
3
Introdução
disponíveis na Escola.
Física e todas as pessoas que trabalham no treino com crianças e jovens, para uma
Objectivo Geral:
Objectivos Específicos:
treinabilidade da força.
faixas etárias.
4
Introdução
- Aumentar os índices de prestação da força dos alunos e, com isso, contribuir para
Hipótese central:
Hipóteses Secundárias:
1) O treino da força produz alterações importantes nas crianças e nos jovens, com a
etárias.
contínuas perdem mais força do que os que foram submetidos ao trabalho com
cargas descontínuas.
5
Introdução
uma exposição dos trabalhos que testavam a treinabilidade da força, nos escalões
etários referidos, mas ao nível do contexto escolar; por fim, uma breve alusão às
conclusões do estudo.
6
Revisão Bibliográfica
2. Revisão Bibliográfica
7
Revisão Bibliográfica
8
Revisão Bibliográfica
família das coordenativas (Marques, 1989). Porém, Grosser (1983) propõe uma
outra forma de agrupar as várias capacidades, uma vez que considera a Velocidade
Apesar do que foi referido até aqui, apraz-nos registar que todas as capacidades
Capacidades Motoras
tanto a investigação dos problemas básicos do treino dessas capacidades, mas sim
Física
Física
dos estilos de vida das populações que vêem-se cada vez mais imbuídas nos
que a ocupação dos seus tempos livres é efectuada com actividades que não
10
. Revisão Bibliográfica
indivíduo e, mesmo, da sua saúde. Isto porque, além dos baixos níveis de condição
parecem ter a sua origem na infância, sendo que, padrões de vida com uma forte
componente física em idades mais jovens podem ser transferidos para idades
adultas, reduzindo essa tendência (Ross e Patê, 1987). Por outras palavras, o treino
diminuição das capacidades físicas e correspondente condição física, faz com que
as pessoas, de uma forma geral, conscientes dos benefícios que este tipo de
actividade pode trazer a vários níveis, procurem, hoje em dia, a actividade física
pessoal, ocupação dos tempos livres, convívio social, etc. (Jacob, 1995).
li
Revisão Bibliográfica
condicionais. Porém, muitas das vezes esta possibilidade é gorada pela acção
Educação Física. Ela é também condicionada pelo facto dos programas escolares
técnicas das modalidades desportivas, pela falta de tempo para concretizar todos os
objectivos e mesmo por aspectos relacionados com convicções e ideias dos próprios
professores, acerca deste tema. Marques (1988) também considera que a grande
condicionais. De acordo com esta ideia estão Montes e Llaudes (1992) que
condicionais, uma vez que detemos uma grande vantagem relativamente a outros -
pessoas e instituições - uma vez que pelas nossas mãos passará a quase totalidade
das crianças e jovens em idade escolar, idades essas que correspondem ao período
12
Revisão Bibliográfica
particular, das capacidades condicionais (por ex. a Força). Não há dúvida que o
Capacidades condicionais:
Força COMPETÊNCIA MOTORA Capacidades coordenativas:
Velocidade CAPACIDADE DE Orientação e Regulação do
Resistência RENDIMENTO CORPORAL movimento
Componentes Psíquicas do
Rendimento Motor:
Atitudes, Motivos, Vontade,
Conhecimentos
A Escola terá como objectivo contribuir para esta formação multilateral dos
alunos, através das várias disciplinas que a integram. Cada disciplina deverá
13
Escola, parece haver apenas uma que se destina, entre outros aspectos, ao
anteriormente, é uma das vias para a qual estará orientada a Educação Física, e no
concretização.
Mas qual será a relevância que é dada às capacidades motoras nesse quadro de
processo evolutivo ao longo dos tempos, que apresentam por vezes orientações de
(Quadro 2).
física para a vida e promoção da saúde, isto tudo numa perspectiva de formação
14
Revisão Bibliográfica
Quadro 2 - Objectivos da Educação Física de acordo com vários autores (adaptado de Lopes, 1997)
Autor(es) Objectivos
Ensinar o valor de, e as habilidades necessárias para a participação numa larga variedade
Cumming et ai., de desportos e actividades recreativas, não apenas durante a escolaridade, mas também
1969 nos períodos seguintes da vida.
Melhoria da Aptidão Física
Influência sobre o sistema motor individual dos alunos, sobre a sua motricidade psico-
sensorial, sobre o seu potencial energético-funcional isto é, sobre a sua corporalidade.
Knappe e Hummel,
1991 Educação para a prática desportiva, instrução na prática desportiva e desenvolvimento de
uma competência desportiva fundamental em todos os alunos.
15
Revisão Bibliográfica
Autor(es) Objectivos
escolar, têm por missão contribuir através dos seus meios para a formação do
Educação Física e que devemos procurar fomentar. No entanto, um dos papeis mais
rendimento (Carvalho, 1991). Isto tudo para dizer que se deve ensinar às crianças e
16
Revisão Bibliográfica
também na ocupação dos seus tempos livres (Maia, 1987), de forma a mantê-la pela
vida fora.
mas depois, na sua operacionalização prática, elas são relegadas para segundo
plano. Segundo Baptista (1973, 77) toda a Educação Física que se desvie
desenvolvimento talvez seja desconsiderado nas nossas aulas, pelo menos de uma
forma objectiva, uma vez que para isso é necessário tempo de aula e essa por
vezes é muito curta. Além disso, na leccionação da maior parte das aulas de
17
Revisão Bibliográfica
que caracteriza estas aulas (Carvalho, 1991). Isto são dificuldades que todos nós
das nossas aulas não serem suficientes para o desenvolvimento das capacidades
por Lopes (1997) nos seus trabalhos, pudemos constatar que, com o aumento do
Porém, na capacidade de força, que é aquela que interessa para o nosso estudo,
Lopes (1997, 110) constatou que relativamente aos efeitos induzidos nas diferentes
duas vezes por semana com meios específicos sobre uma ou mais capacidades
motoras, podem-se atingir bons índices de desenvolvimento físico dos alunos (Mitra
18
Revisão Bibliográfica
e Mogos, 1982; 1990). O outro aspecto pelo qual se critica a efectividade das aulas
com a qualidade das aulas. Ou seja, o tempo da aula que é dedicado a exercícios
negar as suas responsabilidades, pois são eles que planificam e programam as suas
Educação Física, pensamos que mais importante do que discutir se são necessárias
capacidade motora, será a melhoria da qualidade dessas aulas, uma vez que, por
muito pouco que se desenvolva uma capacidade motora na aula, esse aumento na
Apesar do que foi considerado, é importante frisar que o trabalho fora da aula
19
Revisão Bibliográfica
(Bento, 1987,37).
transformações ocorridas nos alunos explicadas pela sua acção. (Matos, 1993, 472)
nossas aulas. Ele engloba variáveis de estudo do ensino que se situam em quatro
o contexto deste processo, deverá contribuir para que essa apropriação surja da
processo, ou seja, cabe-lhe a ele decidir o que fazer, de forma a poder contribuir
20
Revisão Bibliográfica
ensino e a forma como o fazer (Bento, 1987). Ele terá que planear a sua acção, no
desenvolvimento dos seus alunos. Para isso é necessário que o professor tenha
sua importância para uma formação correcta e equilibrada dos seus alunos. Ele
diz respeito ao seu desenvolvimento físico e motor e das implicações que isto
21
Revisão Bibliográfica
(Matos e Graça, 1991). Este aspecto é extremamente cáustico para quem pretende
individuais dos alunos, uma vez que os professores devem estar atentos aos
criação de uma atitude positiva face às actividades físicas (Mota, 1993). Esta atitude
existência».
anteriormente, elas parecem não estar a ser devidamente tratadas nas aulas de
Educação Física, e este facto poderá estar intimamente relacionado com a acção do
nem sempre isso acontece. Como exemplo disso, num estudo sobre as tarefas de
explicitação dessas matérias. Mitra e Mogos (1982; 1990) nos seus trabalhos de
22
^ Revisão Bibliográfica
1986) e que esses conteúdos deverão promover uma elevação do potencial físico e
motor para a obtenção de sucesso quer nas actividades quotidianas, quer nas
actividades desportivo-motoras.
alunos, dando o seu contributo para a melhoria da condição física das crianças e
convicções. A nossa convicção é que, por muito pouco que se possa desenvolver
uma qualquer capacidade física nas nossas aulas, o mínimo aumento que se registe
temperada pelas convicções pessoais que tem, acerca do que deve ser a sua
23
Revisão Bibliográfica
(Glatthometal., 1981,63)
harmonioso, quer a nível físico, quer a nível psíquico, ela necessita de uma certa
24
Revisão Bibliográfica
Educação Física. O objectivo será tornar as crianças e jovens cada vez mais activos
e cada vez mais aptos, uma vez que nas crianças mais «fracas» a sua inferior
padrões e níveis de actividade física inferiores, relativamente aos mais aptos (Mota,
1991).
forma abrangente, dando maior ênfase às coordenativas, nas fases iniciais, para
25
____ Revisão Bibliográfica
nível (Hegedus, 1988), no futuro. De facto, parece constituir cada vez maior
forma a poder garantir uma evolução mais consistente, dentro das suas modalidades
considera que, actualmente, ainda se fala muito dos perigos que a sobresolicitação
então não nos podemos surpreender com o facto de os jovens nos apresentarem
26
Revisão Bibliográfica
A aptidão física é um conceito que não reúne um consenso claro, uma vez
que tem despoletado imensas discussões. Nós poderíamos fazer uma exposição
actividades físicas. No fundo, é estar-se preparado para ter uma vida activa e
Da análise deste conceito, podemos constatar que existem, pelo menos, duas
direccionada para a saúde e outra para a performance. Esta ideia é traduzida por
Mota (1992), que refere que a aptidão física tem duas dimensões essenciais,
física, têm surgido várias baterias de testes, umas associadas à performance, outras
27
Revisão Bibliográfica
Hoje em dia, têm proliferado estudos acerca da aptidão física das crianças e
dos jovens, facto este, evidenciado no trabalho de Freitas (1994), que realizou uma
compilação dos estudos mais importantes efectuados nos últimos anos, sobre este
mundo (Marques et ai., 1992). Mesmo assim parece existir uma preocupação
(Sobral, 1986; Marques et ai., 1992; Freitas, 1994; Vieira de Sá, 1995).
desenvolvimento desportivo-motor levará a uma boa aptidão física, que, por sua vez,
Segundo Vilela (1986), além das capacidades físicas dos jovens em idade
escolar no nosso país não crescerem regularmente com a idade, deve ter-se ainda
28
_____ Revisão Bibliográfica
aptidão física para admissão militar e professores de E.F., pois eram muito baixos,
física dos alunos e das suas carências, de forma a poder estabelecer programas de
destes nas crianças, poderá ter uma acção directa na melhoria da saúde pública
bem mais assustador, considerando que a grande maioria das jovens, por exigência
ou por assumirem novos papeis sociais, reduzem a sua actividade física a partir da
realização através dos atributos da personalidade. Este conceito acaba por ser um
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Revisão Bibliográfica
pouco mais específico que o anterior, uma vez que aparece mais associado ao
aptidão física, esta refere-se mais à criação de uma base de participação nas
dos nossos jovens é um aspecto para o qual teremos que estar sensibilizados e para
o qual deveremos apontar uma grande parte dos objectivos da Educação Física,
Porém, não podemos esquecer que, durante a infância, o treino da condição física
deve ser óptimo e não máximo (Weineck, 1986). Ele deverá procurar um
desenvolvimento e crescimento.
dos alunos, se pretende contribuir para uma vida produtiva, criativa, bem sucedida,
30
Revisão Bibliográfica
cada vez mais, estudos centrados na aptidão física relacionada com a saúde. Este
Ter saúde não é só a ausência de doenças, mas estar bem física, psíquica e
dia-a-dia sem qualquer custo ou sacrifício (Ribeiro, 1993, 8). Longe vão os tempos
saúde definido pela Organização Mundial de Saúde (para a qual converge a ideia de
físico, mental e social, foi uma definição que perdurou por muitos anos. Porém, Mota
(1992, 209) considera que actualmente a saúde é descrita como uma condição
estonteante, o que faz com que as pessoas estejam, cada vez mais, informadas
acerca dos problemas de saúde que advêm dos maus hábitos alimentares,
31
Revisão Bibliográfica
saudável, podemos constatar que, de uma forma geral, a saúde não é ainda
reconhecida como um bem relevante para a população (Hahmann, 1990 citado por
suas raízes na infância. Acerca disto, Israel e Buhl (1988) referem que pesquisas
miocárdio, etc.), que se manifestam na idade adulta ou mais tarde, têm muitas
vezes a sua origem na infância. Mellerowicz (1985, 46) considera mesmo que
não é um tema para ser ignorado; antes devemos considerá-lo com preocupação.
saudáveis. No fundo, a forma que temos de nos intrometer neste problema é tentar
Federation of Cardiology and World Health Organization (1994, citada por Horta e
Barata, 1995) refere que a população sedentária tem um risco duas vezes maior de
estado geral de saúde nas crianças e nos jovens. De uma maneira geral, são
32
Revisão Bibliográfica
1987). Mulder e Allsen (1983 citados por Mota, 1991) confirmam também a
de alguns sintomas e pode ser mesmo utilizado como terapêutica (Lima, 1991).
Apesar de tudo o que foi referido, "não são ainda conhecidas as relações entre a
seja, aceita-se que a prática regular de actividade física induz benefícios para a
saúde dos jovens, mas relacionados com a actividade física e a aptidão física, não
havendo ainda certezas acerca dos reais efeitos sobre a saúde. No campo
psicológico já não é bem assim, uma vez que Batista (2000), nos seus estudos,
níveis de satisfação com a imagem corporal, assim como mais elevada auto-estima.
qual ele tenta estabelecer relações entre estes três conceitos (Quadro 3).
responsabilidades na educação para a saúde, dos seus alunos, não só pelo perigo
Quadro 3 - Enquadramento normativo da relação entre actividade física,
aptidão, saúde e bem-estar (Gutin et ai., 1992)
ACTIVIDADE FÍSICA
33
que eles incorrem em desenvolver as doenças ditas da «civilização», como também
pela mudança radical nos hábitos de vida das crianças, a partir do momento que
entram para a escola. Será sua função ajudar as crianças a desenvolver hábitos
1991) e fornecer requisitos que lhes permitam enfrentar toda as cargas, tensões e
pressões que lhes vão ser impostas no dia-a-dia. A Educação Física torna-se no
espaço privilegiado de promoção da saúde, uma vez que abrange uma população
imensa de crianças e jovens, na sua maioria, ávidos de movimento, e aos quais este
entanto, estar a incubar qualquer uma delas, para o futuro. Na escola é possível
conceitos de vida saudável (Mota e Appell, 1995). Por isso se considera que,
(Bento, 1995). Por esse facto, ela tem de ser tratada nas aulas, tem de ser conteúdo
promoção da saúde nas aulas de E.F. também engloba os cuidados a ter, no sentido
de evitar prejuízos e danos à saúde provenientes das referidas aulas. Porém, não se
pode criar a ilusão de que nas aulas de Educação Física iremos melhorar a saúde
dos alunos, uma vez que esse aspecto é muito difícil de alcançar na sua conjectura
Educação Física nos dias de hoje. Difícil, senão impossível, é definir qual a
34
Revisão Bibliográfica
jovens. Esta sim, uma questão de difícil resolução. Simons-Morton et ai. (1987) vão
mais além, considerando mesmo que o aumento da actividade física das crianças é
no âmbito das nossas aulas. Porém, não podemos esquecer que a Educação Física
1991 c). Por isso não podemos extremar posições e considerar que existe um ou
outro objectivo mais importante do que outros. Eles devem ser tratados num âmbito
de desenvolvimento integrado.
De referir ainda que Sleap (1990) aponta quatro razões para a inclusão da
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Revisão Bibliográfica
que não gostam e aos que revelam uma menor assiduidade (Botelho e Duarte,
1999). Com este panorama, a função dos profissionais desta área é elaborar as
aulas, de forma a que possa promover nos alunos o gosto pela prática e pela própria
disciplina.
Física fazer com que os alunos criem o hábito e o gosto pela prática de actividades
adulta (Pieron, 1992, 24). Este constitui então, o objectivo primordial da nossa
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Revisão Bibliográfica
actividade física dos jovens vai diminuindo. Sardinha et ai. (1996) referem que numa
actividade física de cerca de 2,7 % a 7,4 % por ano, para os rapazes e raparigas
a 25 % menos activas, que os rapazes. Perante isto, parece ser evidente a redução
tornar num grupo de risco. Além das diferenças que se registarão em termos de
1997). Para que esses hábitos contribuam, realmente, para a promoção da saúde é
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Revisão Bibliográfica
vezes mesmo de forma intensa (nos ginásios, academias, etc.), mas, por outro lado,
fumar, etc.. A adopção de um estilo de vida saudável engloba o respeito por todos
de vida saudável, de forma a que eles possam identificar, por eles mesmos, quais os
estilos de vida que devem adoptar para que mantenham um bom nível geral de
saúde. Apesar da inegável importância que a nossa disciplina contém ao nível dos
objectivos a longo prazo, não nos podemos esquecer que a curto prazo também
educarmos os nossos alunos para que venham a ser adultos activos, com hábitos de
um reportório motor e desportivo que esteja direccionado para a saúde e lhes sirva
de base para a realização plena das tarefas diárias. Em síntese, a E.F. deve ser
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Revisão Bibliográfica
atrás, o que pressupõe uma perda nítida de força durante este período. Além de
tudo isto, no domínio do desporto escolar, nota-se muitas vezes a existência de uma
dos quadris, assim como dos músculos da cintura escapular, em ambos os sexos
Mais uma vez, o estilo de vida das populações terá uma responsabilidade
muito grande neste défice de força, considerando-se mesmo que, este défice
cidades (Borzi, 1986). A população citadina tem à sua mercê um conjunto de formas
para ocupar os tempos livres (sem esforço corporal), que não existe no meio rural,
onde as brincadeiras passam por jogos de corrida, saltos, trepar às árvores, etc.,
tudo formas de ocupar o tempo em que o caracter do esforço físico está sempre
presente. Por outro lado, esta população também tem ao seu dispor um conjunto de
condições de prática das mais variadas modalidades, que não estão ao alcance da
um grupo restrito dessa população, não a abrangendo num todo, o que não
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Revisão Bibliográfica
têm a sua cota de responsabilidade neste problema, uma vez que estimulam pouco
força. Isto acontece ou porque não têm certezas acerca da melhor metodologia ou,
óptimo desta capacidade, então deverá ser nossa obrigação solicitar e rentabilizar
refere à força resistente e à força rápida, pois são aquelas indicadas para o 3o ciclo.
40
Revisão Bibliográfica
para vencer resistências, de carga fraca ou ligeira, com grande velocidade em cada
salto vertical a pés juntos) (Ministério da Educação, 1999, 19 e 20). Estes são os
objectivos gerais apontados pelo Ministério da Educação para este nível de ensino,
a força nos nossos alunos e porque é que isso deverá constituir um objectivo da
aos objectivos o tema tem outra abrangência. Além dos profissionais da Educação
estar envolvida num trabalho de força e quais os benefícios que daí poderá tirar.
crianças e jovens:
1989; Mitra e Mogos, 1990; Vieira, 1993; Ferreira, 1994; Manso et ai., 1996);
- conseguir uma boa postura corporal (Borzi, 1986; Mitra e Mogos, 1990; Vieira,
41
Revisão Bibliográfica
1993);
- criar bases que permitam, no futuro, atingir o alto rendimento desportivo (Borzi,
estes indivíduos.
42
Revisão Bibliográfica
"... o músculo não está totalmente adaptado à função para que se destina; o trabalho
1993, 92). Quando o treino da força é mal conduzido, isto é, quando não tomem em
ser nefasto e tem levado à perda de muitos talentos (Canevali, 1984). Por outro lado,
Weineck (1986) e Carvalho (1987) constataram que muitas crianças e jovens não
porque durante os processos de crescimento não lhes foi exigida uma quantidade
coloca-se ainda outra questão, ou seja, não basta apenas trabalhar a força, mas sim
fazê-lo a um nível elevado das capacidades do indivíduo. Por isso, não devemos
deixar de desenvolver a força nos nossos alunos por pensar nos riscos; devemos
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Revisão Bibliográfica
trabalho específico, que é produzido pela contracção e/ou por uma tensão (Barbanti,
1988; 1996, 19). Em termos desportivos, esta capacidade, além de exercer uma
vez mais importantes (Marques, 1995). Porque senão vejamos: ao nível da aula de
Educação Física, quantos alunos é que não conseguem tirar o prazer máximo na
realização de um jogo, por exemplo, de Andebol, por não terem força suficiente para
interessa aos desportistas na medida em que lhes permite atingir níveis mais
o músculo mais eficazmente, que por qualquer outra forma de trabalho (Lambert,
1993).
membros, do tronco, etc.), que poderão exercer uma influência um pouco negativa
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Revisão Bibliográfica
(Whitehead e Corbin, 1986). Considerando que muitos destes problemas têm a sua
patologias. A zona lombar e a cintura pélvica são, sem dúvida, zonas extremamente
importantes para a criança e os jovens, uma vez que a sua debilidade acarreta
elevação dos níveis motivacionais; por outro lado, no final da adolescência, a massa
para reduzir o aparecimento da massa gorda, mas também para a distribuir pelo
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Revisão Bibliográfica
satisfação com a imagem corporal, apesar de existirem ainda algumas mulheres que
estético que prejudicará a forma típica feminina. Porém, de uma forma geral
(Marques, 1995);
Letzelter, 1990).
perfil lipídico, osteoporose, profilaxia do cancro do cólon, etc. Porém, iríamos entrar
num campo mais relacionado com a medicina, fugindo um pouco aos propósitos
deste estudo.
46
Revisão Bibliográfica
A aptidão física relacionada com a saúde, constitui cada vez mais um dos
nossas aulas.
performance ou para a saúde. O que é certo é que, cada vez mais são utilizadas
baterias de testes para a aptidão física nas nossas aulas, sob o pretexto de
trabalha num sentido concreto a este nível, já que, na maior parte das vezes, não
metas e finalidades neste campo, de forma a que possamos incutir algum sentido
conteúdo que vai «entreter» os alunos durante algumas aulas. Direccionados para
tratamento mais atento aos níveis de aptidão e condição física dos discentes.
das baterias de testes para a aptidão física. Nas baterias de testes mais utilizadas
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Revisão Bibliográfica
e 1976, são realizados nas duas primeiras 7 e na terceira 6 testes, dos quais 4 e 3
elevada importância que esta capacidade tem, quer ao nível da performance, quer
ao nível da saúde.
uma vez que em todas elas verifica-se a existência de um teste direccionado para a
48
Revisão Bibliográfica
ter sobre o potencial físico-motor das crianças e jovens, é que Israel e Buhl (1988)
e da força. Elas também reconhecem o valor destas duas capacidades numa boa
2.3. A Força
Ensaiar uma definição de força não é uma tarefa que nos pareça fácil e, muito
menos, gratificante, uma vez que este conceito é equívoco, isto é, o sentido da sua
definição pode ser alterado consoante o contexto a que se refere. Porque senão
vejamos: o cidadão normal que pretenda aceder à definição deste conceito a partir,
por exemplo, do seu dicionário de língua portuguesa, vai encontrar força como toda
impulso; destacamento de tropas; hérnia; etc.. (Costa e Sampaio e Melo, sd, 665).
Como podemos constatar, neste exemplo, existe uma panóplia de significados que,
em muitos casos, não apresentam, aos nossos olhos, uma relação directa entre si.
termo força.
49
Revisão Bibliográfica
sentido tão lato, mas de uma forma mais restrita, e que se refere à capacidade de
grandeza física e como capacidade biológica do ser humano. Aqui alguns autores
distinguem dois tipos de força que se relacionam directamente com estas duas
vertentes: as forças externas, que agem externamente ao corpo humano, tais como
Tunnemann, 1995).
segunda lei de Newton que define a força como o produto da massa de um corpo
pela aceleração que aquela lhe imprime {F = m x a). Porém, não se vislumbra uma
50
Revisão Bibliográfica
comum entre a maior parte delas, ou seja, a importância da acção muscular para
vencer uma qualquer resistência, que pode ser o peso do próprio corpo, a acção da
etc.. No fundo, tudo isto faz com que a força muscular esteja constantemente
Meusel (1969, citado por Carvalho, 1993, 15) considera que a força é a
capacidade do ser humano mover uma massa (o seu próprio corpo ou um engenho
através do trabalho muscular. A esta definição juntamos uma outra que, na nossa
Nespereira, 1992, 9). Estas duas definições são as que reúnem maior concordância
com outros autores e foram as que nós elegemos como mais representativas daquilo
que consideramos ser a força, as que melhor se encaixam num quadro mais restrito
da actividade desportiva. Elas referem-se a três aspectos importantes, que lhe são
termo, mas sim num sentido mais pluralista, uma vez que não podemos falar numa
51
Revisão Bibliográfica
força, mas em vários tipos de força. Na actividade física e desportiva e, até mesmo,
resistência (Mitra e Mogos, 1982; 1990; Vieira, 1985; Matveiev, 1986; Weineck,
1986; Carvalho, 1987; Raposo, 1987; Platonov, 1988; Letzelter e Letzelter, 1990;
Carvalho, 1993; Hartmann e Tunnemann, 1995; Cunha, 1996). Estes são os tipos de
força que são mais referenciados quando aplicados à actividade física e desportiva.
A força geral é o tipo de força mais referenciado para as idades mais jovens e
especialmente para a aula de Educação Física (Mitra e Mogos, 1982; 1990), sendo a
disciplina desportiva (Weineck, 1986; Mitra e Mogos, 1982; 1990), que tem como
(Weineck, 1986; Mitra e Mogos, 1982; 1990). O seu objectivo será então o
sejam requeridos na competição (Gonzalez, 1987). Estes são outros dois tipos de
52
Revisão Bibliográfica
na maior parte das modalidades desportivas. Podemos mesmo dizer que a primeira
outras duas, a que nos referimos anteriormente. Isto é, quando fazemos um trabalho
A partir do que foi exposto anteriormente, pensamos que será mais fácil
perceber o porquê de não devermos falar num conceito único de força, já que além
53
Revisão Bibliográfica
salto, a força de arremesso, a força de remate, etc., um sem número de forças que
consideradas na literatura.
músculo, mas os elásticos são estirados, se bem que, exteriormente, não seja
54
Revisão Bibliográfica
resulta movimento.
que haja alteração entre a distância das inserções musculares, então a contracção
se verifica movimento.
(Ferreira, 1994).
Este mesmo autor ainda refere a existência de outro tipo de contracção que é
trabalho isométrico é o que promove maiores ganhos de força, mas apenas nos
55
Revisão Bibliográfica
isotónico, por sua vez, perde ainda mais dessa eficácia pelo facto da tensão
desenvolve mais força na fase inicial do movimento, mas vai diminuindo no decorrer
Silva (1999), pensamos que de uma forma global podemos considerar o seguinte
Positiva Negativa
(c. m. concêntrica) (c. m. excêntrica)
56
Revisão Bibliográfica
e Força de Resistência
Como será natural, as definições acerca deste conceito também são variadas.
Porém, de uma forma geral a que parece ser mais referenciada é a que considera a
Força máxima como a maior força que o sistema neuro-muscular pode desenvolver
Marella et ai., 1984; Vieira, 1985; Weineck, 1986; Raposo, 1987; Platonov, 1988;
Barbanti, 1996; Cunha, 1996). É a máxima força que um indivíduo possui de acordo
algumas limitações na sua utilização, quando nos referimos ao treino com crianças e
pode exercer por uma contracção voluntária, contra uma resistência insuperável. A
57
Revisão Bibliográfica
segunda é a maior força que o sistema neuro-muscular pode exercer por uma
Este tipo de força pode ainda ser expresso de forma isométrica (sem
estas três formas de expressão da força máxima estão relacionadas com a força
concêntrica e a excêntrica).
elevação da condição física dos indivíduos. Além disso, parece desempenhar uma
situar-se num nível hierarquicamente superior que, em termos práticos, significa que
qualquer alteração que ocorra nos seus níveis de desenvolvimento vai proporcionar
ai.,1998) Assim sendo, parece, que a força máxima pode ser considerada como uma
capacidade de base (Vieira, 1985), quer para a prestação a nível desportivo, quer
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Revisão Bibliográfica
forma poderá não ser conseguido devido à possível falta de maturação biológica,
uma vez que, em princípio, eles já atingiram a sua maturação nervosa. Como é
desta capacidade de força na Escola, apesar de ser importante, torna-se difícil, uma
vez que para isso será necessário utilizar materiais que, na maior parte das vezes,
são de difícil aquisição para uma Escola. Além do mais, existe um conjunto de
máximas) com uma velocidade de contracção elevada (Harre, 1982; Mitra e Mogos,
1982; 1990; Marella et ai., 1984; Vieira, 1985; Harre e Lotz, 1986 citados por Silva,
1982; Weineck, 1986; Raposo, 1987; Platonov, 1988; Letzelter e Letzelter, 1990;
59
Revisão Bibliográfica
Barbanti, 1988; 1996; Cunha, 1996). Não é mais do que a aplicação da velocidade
este da força rápida, como são o caso da força explosiva, da potência, da força
inicial, etc... A força explosiva e/ou a potência são definidas como a capacidade de
produzir níveis elevados de força, numa unidade de tempo (Fernandes, 1981 ; Vieira,
1985; Szmuchrowski e Vidigal, 1999). Num âmbito mais restrito, a força inicial é a
tempo que diferencia as duas últimas da primeira, ou seja, na força explosiva e/ou
consecução deste tipo de força. Estes serão, na nossa perspectiva, conceitos mais
específicos. No contexto a que nos referimos (na Escola), não nos interessa tanto
perspectiva mais geral. Portanto, optámos por adoptar o conceito de força rápida,
Além do mais, Maia (1989) e Prata (1987) consideram que estes termos (força
significam a mesma coisa, mas dito de formas diferentes. Por tudo isto, vamos
Este tipo de força está presente na maioria dos desportos, em que os movimentos
60
Revisão Bibliográfica
nos jogos desportivos colectivos, uma vez que permite ao jogador a execução rápida
e eficaz de diversas acções de natureza técnica (Colli et ai., 1988 citado por Silva,
na aula de Educação Física, na ocupação dos seus tempos livres, etc., o tipo de
eles correm, saltam, lançam, rematam, fintam, etc., movimentos em que a força
impulsão, a força de lançamento, a força de remate, etc. (Carvalho, 1987). Por isso,
Segundo Vieira (1985, 4) a força rápida pode expressar-se sob duas formas
fundamentais:
concêntricas;
Verchosanskij (1971, citado por Harre e Lotz, 1989) ainda distingue, nos
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Revisão Bibliográfica
parece ser o factor que diferencia esta capacidade das outras. Porém, outros
factores são considerados importantes como é o caso da relação que existe entre a
pouco híbrida, uma vez que depende quer de factores de natureza energética, quer
condição física geral, o que deverá constituir, por isso, objectivo de desenvolvimento
Barbanti (1979) considera que a força de salto depende de três qualidades: a força
ideia, Weineck (1986, 174) diz que a força rápida depende não só da coordenação
Resistência. Porém, de uma forma geral, todas elas parecem convergir para a
força de longa duração (Gonzalez, 1987; Borrmann, 1980; Fernandes, 1981; Harre,
1982; Mitra e Mogos, 1982; 1990; Marella et ai., 1984; Vieira, 1985; Raposo, 1987;
62
Revisão Bibliográfica
Ehlenz et ai., 1990; Ferreira, 1994; Barbanti, 1996; Szmuchrowski e Vidigal, 1999)
ou repetitivas (Fernandes, 1981; Ehlenz et ai., 1990; Barabanti, 1996; Cunha, 1996;
maioria dos desportos colectivos, como também representa um factor decisivo para
a capacidade geral dos atletas (Harre, 1982). Em sintonia com esta ideia, está
constatou-se que um treino bem doseado de força resistente, deve ser efectuado,
atleta. Assim como no treino e' na competição, parece-nos que, mesmo na aula de
nível de prestação motora dos alunos, uma vez que lhes permitirá executar
63
Revisão Bibliográfica
movimentos que sejam dependentes da força durante mais tempo e com maior
eficiência.
Assim sendo, há que desenvolver uma resistência que permita realizar durante mais
tempo esses exercícios que solicitam a força rápida, surgindo então uma capacidade
acordo com Harre e Leopold (1990 a) é de uma importância capital nos desportos
resistência que é solicitada nas actividades em que a força rápida desempenha uma
importância vital, sendo por isso o tipo de trabalho que nós defendemos no contexto
Pelo facto desta capacidade ser aquela que até ao momento menos motivou
sua importância parece ser clara, quer ao nível da prestação motora e obtenção do
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Revisão Bibliográfica
da perna é indispensável para se poderem utilizar com eficácia, dois meios de treino
parece ser a base das outras duas, sem a qual se tornará difícil o desenvolvimento
pleno destas.
da força rápida. A força de resistência é uma capacidade que vai contribuir para que
esses movimentos se possam repetir por um tempo mais alargado e sem perder a
das acções, com a aplicação dos níveis de força mais adequados ao número de
29). Por este facto, estas três formas de manifestação da força andam
permanentemente interligadas, uma vez que umas necessitam das outras para
65
Revisão Bibliográfica
aumentando a correlação entre estas duas forças, logo que a carga cresce
(Weineck, 1986). Isto quer dizer que, o treino da força rápida deve ser executado
que lhe são subjacentes. Porém, se a carga aumenta, a efectividade desse trabalho
já vai depender do nível de força máxima que o indivíduo possui, ou seja, quanto
quer de carácter explosivo (ex. boxe, lutas), quer mesmo de carácter mais
ele irá proporcionar uma eficaz formação das capacidades de resistência, uma vez
que, nas disciplinas que dependem desta capacidade, a evolução dos resultados
66
Revisão Bibliográfica
1990).
uma vez que nas duas primeiras a intensidade é o aspecto fundamental (numa
volume e a duração são as componentes sobre as quais vai recair maior importância
67
Revisão Bibliográfica
população, isso irá contribuir para que o nosso trabalho tenha maiores
Não é nossa intenção dissecar este assunto, mas sim enumerar alguns
secção transversal do músculo (Weiss, 1980; Mitra e Mogos, 1982; 1990; Marella et
ai., 1984; Carvalho, 1987; Grosser et ai., 1988; Manno, 1989; Carvalho, 1993;
relativamente a este tema, Fukunaga (1976, citado por Weineck, 1986, 145) refere-
68
Revisão Bibliográfica
muscular, onde se inclui a disposição anatómica das fibras (Grosser et ai., 1988), os
1993).
de força nas fases iniciais e para principiantes se deve essencialmente a estes dois
factores. Assim sendo, este será um elemento importante para a determinação dos
estudo.
1994), sincronização das unidades motoras (Marella et ai., 1984; Manno, 1989) e
1994), estrutura do músculo (ou seja, a produção de força é maior sempre que o
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Revisão Bibliográfica
parte do praticante (Carvalho, 1987) são outros factores que poderão marcar a sua
Porém, como estamos numa fase inicial, a coordenação inter e intramuscular será o
factor sobre o qual recairão os nossos objectivos, mesmo porque não é objectivo do
70
Revisão Bibliográfica
ajustados (Carvalho, 1993). Alguns exemplos dos vários métodos que podemos
classificação dos métodos é ambígua uma vez que, uns são classificados com base
na modalidade para a qual se destinam, outros com base nas capacidades que se
trabalho da força, isto é, com base no tipo de adaptação que pretendemos promover
adaptação.
Relativamente a este tema, Vieira (1993, 15) relatou uma história bastante
71
Revisão Bibliográfica
tornando cada vez maior e mais pesado. 0 que estaria na base dos progressos de
Com o treino, o organismo irá sofrer uma influência de esforços exteriores que
rendimento (Grosser et ai., 1988). Por este facto, também defendemos que o tipo de
adaptação que pretendemos implementar nos alunos, é que deverá servir de base à
Para a escolha dos métodos para o desenvolvimento da força nas crianças e nos
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Revisão Bibliográfica
realizando os exercícios com uma grande vivacidade. No que se refere aos métodos
neurais, os métodos das cargas máximas (Ferreira, 1994) estes têm como objectivo
actividade muscular. Caracteriza-se pelo número de repetições por série ser menor
(5-6 rep; 5-10 séries), uma vez que a carga é quase maximal (85-100 %) e com uma
não ocorre (Vim, 1986; Carvalho, 1993; Kraemer e Fleck, 1993; Cunha, 1996). Isto
produção de testosterona (Hegedus e Almeida, 1986). Com isto não queremos dizer
que não é possível ocorrer hipertrofia na criança, só que é muito ligeira (Ehlenz et
ai., 1990; Ramsay et ai., 1990; Cunha, 1996). Agora o que nos parece inequívoco é
73
Revisão Bibliográfica
(2) Outro aspecto importante que se prende com este tipo de trabalho é o que
se refere à integridade física e psíquica das crianças e jovens. No trabalho que vise
tensões muito elevadas, para as quais poderão não estar preparados biológica e
pesos, desde que o nível de exigência se situe abaixo da sua capacidade máxima,
foi dito anteriormente, Hakkinen et ai. (1987, citados por Carvalho, 1993) consideram
treino relativamente fracas são suficientes para obter uma melhoria sensível de
força, para indivíduos não treinados (Weineck, 1986). Por isso, não há necessidade
74
Revisão Bibliográfica
por isso igualmente receptiva ao treino dessas capacidades de força (Vieira, 1993).
Não queremos com isto dizer que não se deve treinar a força máxima; bem pelo
contrário, pela sua grande importância quer a nível da prestação desportivo motora,
quer mesmo nas tarefas do dia-a-dia, ela deverá ser desenvolvida. Porém, no
Letzelter, 1990).
importante, senão decisivo, uma vez que o trabalho baseado em cargas máximas
capacidades físicas do sujeito (Schmidt, 1988; Singer, 1986, citados por Montes e
75
Revisão Bibliográfica
um dos indivíduos.
primeira imagem que surge na ideia do cidadão comum, quando se fala em treino da
força (Weiss, 1980). No entanto, há que tentar modificar esta ideia mal formada uma
vez que a força não se restringe à força máxima, ou seja, há outros tipos de
76
Revisão Bibliográfica
ai., 1998), porque é o tipo de trabalho que está mais de acordo com as suas
1988).
isto devido ao tipo de trabalho. Aqui, as cargas de treino são quase maximais ou
mesmo supra-maximais (no caso das acções excêntricas), com uma velocidade de
execução extremamente rápida, que visa atingir altos níveis de actividade nervosa
(Carvalho, 1993). Da mesma forma que acontecia para a força máxima, apesar dos
dar a devida importância à resistência de força, uma vez que é uma capacidade que
77
Revisão Bibliográfica
deverá ser desenvolvida durante todo o ano lectivo (Marques, 1988) e servirá de
suporte às outras duas. No entanto, enquanto que no treino da força máxima o factor
carga. Como se sabe que a tese que vigora considera que, no treino com crianças e
menos nas fases iniciais, então há que considerar esta capacidade de força, uma
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Revisão Bibliográfica
que falar em método não será a forma mais correcta. O jogo é um meio de alcançar
força, também não nos parece uma questão muito consistente, uma vez que esta
autores concluíram que, apesar de não ser muito motivante, o trabalho analítico
enquanto o trabalho realizado com base no jogo, tem uma maior efectividade no
crianças e nos jovens, o que parece não se verificar. Então há que recorrer a outros
79
Revisão Bibliográfica
Porém, no primeiro, que está mais dirigido para o carácter explosivo da força rápida,
pouco a sua utilização no nosso contexto. O segundo está mais dirigido para o treino
utilizados para o treino desta capacidade nas crianças e jovens (Letzelter e Letzelter,
Podemos constatar que os métodos intervalados são uma boa opção para o
geralmente conhecido pelo «método da força rápida», que também pode ser
rápida encerra em si uma importância marcada neste tipo de trabalho, isto porque a
partir do momento em que não se consegue manter a prestação de força rápida que
80
Revisão Bibliográfica
Quadro 4 - Características da dinâmica das cargas de treino da força, segundo o método das
repetições e dos intervalados. Adaptado de Ehlenz et ai. (1990) e Letzelter e Letzelter
(1990).
Método Intensidade Repetições Pausa Séries Velocidade de Objectivo Principal
do Estímulo Movimento
(II)
Método Força endurance geral/
Extensivo por 40 - 60 % 15-30 30-60 3-5 Elevada tolerância de carga
Intervalos (I) Seg.
Método Força endurance/
Extensivo por 20-40% Superior a 30-60 4-6 Elevada tolerância de carga
Intervalos 30 Seg.
(ID
81
Revisão Bibliográfica
aspectos a considerar, nestas faixas etárias, para a dinâmica das cargas? O treino
reportamos.
das aulas de Educação Física deve assentar essencialmente sobre uma base de
evolução nas suas prestações e rendimentos futuros. Isto porque, parece que
quanto menos treinado for o indivíduo, mais ele deve fazer um treino geral e em
82
Revisão Bibliográfica
uma formação multilateral e construirá uma conveniente base para o futuro treino da
Outro aspecto que nos apraz referir prende-se com o carácter do treino, ou
seja, trabalho dinâmico ou trabalho estático. O trabalho dinâmico é aquele que nos
grupos musculares, mas também outros que têm uma acção menos preponderante
que se torna elevada para os indivíduos nestas faixas etárias, o que prejudica os
de Educação Física. Santos (1999, 18) considera ainda que a forma dinâmica de
física e desportiva típica das crianças e jovens nestas faixas etárias, podemos
83
Revisão Bibliográfica
deduzir que, realmente, este será o tipo de trabalho mais indicado para desenvolver
A dinâmica das cargas é um aspecto que deve ser tratado com algum
cuidado e rigor, pois é aqui que vai assentar todo o processo determinado para o
força parece já não se colocar, uma vez que a carga de trabalho a que somos
interessa sim é saber que força treinar e como. No contexto escolar o panorama
será idêntico, isto é, o trabalho desenvolvido nas aulas de Educação Física, por si
mas que não se treinam (Hegedus, 1988). Quando se refere ao treino sistemático da
Biering et ai. (1987) consideram que o princípio da administração cíclica das cargas
84
Revisão Bibliográfica
capacidade de força nas aulas de Educação Física, porque um dos aspectos com
que nos deparamos frequentemente nas nossas aulas é a falta de tempo para
Educação Física, através da administração por ciclos, poderia contribuir para uma
e desportiva dos nossos alunos, sem sobrecarregá-los com uma grande quantidade
programadas.
carga e a duração da pausa (Vieira, 1985). No entanto, não nos podemos esquecer
crianças e jovens um programa de treino da força projectado para adultos, uma vez
que esse programa não está de acordo com as suas capacidades e necessidades
físicas (Barbanti, 1979; Kraemer e Fleck, 1993). O treino das crianças e jovens
diferem da dos adultos ao nível dos objectivos, dos conteúdos e dos procedimentos
adultos (Weineck, 1986). Por isso é que, apesar de não ter reunido ainda consenso,
85
Revisão Bibliográfica
aos riscos de lesões pelas cargas de treino antifisiológicas, que o adulto (Weineck,
1986, 63). Carvalho (1987, 45) ainda vai mais longe e diz que o treino intenso de
força antes dos 17/20 anos, para além de poder provocar lesões no sistema
mais prolongado (Castelo, 1998), o que converge plenamente para o trabalho geral,
perspectivado anteriormente.
apresentem melhoria nos seus resultados de força (Poliquin, 1988; 1991). Além
disso, apesar de não reunir consenso, considera-se que uma frequência semanal de
duas, no máximo três sessões, desde que realizadas em dias alternados, são
Quanto à carga de trabalho deve-se procurar começar com cargas que sejam
Letzelter (1990) propõe a seguinte ordem: (1) exercícios contra o peso do corpo (ex.:
86
Revisão Bibliográfica
utilização em indivíduos pouco treinados e com excesso de peso (Jacob, 1995), são
factores condicionadores da sua utilização. Por esse facto, eles são bons meios que
deve-se estabelecer um tempo de pausa que poderá ser completa (no caso do
resistência de força) ou uma pausa que consideramos intermédia, uma vez que não
necessita de ser completa, mas, por outro lado, não deve ser curta demais (no caso
capacidades dos indivíduos. Para Borzi (1986, 18) a sobrecarga até aos 13-14 anos
leves, para depois desta idade, elevar-se, tanto o volume como a intensidade,
87
Revisão Bibliográfica
pesos, etc..
De todas as questões formuladas, aquela a que ainda não nos reportámos foi
88
Revisão Bibliográfica
motoras, mormente, a força e, desta, a força geral (Mitra e Mogos, 1990, 98). Além
disso, no treino com jovens esta é uma das formas de organização do treino da força
como um «método» de treino, neste caso, da força. Por outro lado, há quem o
Naturalmente, esta não será uma questão sobre a qual nos pretenderemos alongar.
como uma forma de organização do treino da força, que contribui, em larga escala,
1987), no qual os alunos vão rodando num sentido determinado, após a realização
do seu exercício.
uma forma mais específica, da resistência de força rápida. Harre e Leopold (1990 b,
89
Revisão Bibliográfica
37) consideram mesmo que, pela sua natureza, o treino em circuito é um treino de
com sobrecargas de tipo médio. Assim sendo, a utilização do treino em circuito nas
Chagas, 1997);
90
Revisão Bibliográfica
Chagas, 1997).
poder manter o carácter lúdico e agonístico que se relacionam muito bem com a
capacidades).
normativas das cargas, (2) selecção dos exercícios, (3) passagem ou série e (4)
Este pode ser distinguido sob duas formas clássicas: o circuito por número de
repetições (circuito com carga fixa) e o de tempo fixo (Barbanti, 1979). No primeiro, o
cumprir, dentro das suas capacidades, a tarefa definida (tentando realizar o maior
91
Revisão Bibliográfica
poderá ser mais aconselhável uma vez que o aluno vai trabalhar mediante a sua
contexto escolar, esta parece ser uma boa forma de cada um dos alunos trabalhar
que alguns deles acabassem o circuito mais tarde do que os outros. Segundo
estimula a participação dos atletas; o princípio da progressão das cargas pode ser
maior possibilidade de controlar os atletas já que é ele que determina o início e o fim
do trabalho. Porém, o mesmo autor refere que este processo possui algumas
92
Revisão Bibliográfica
dado terem que realizar todos o mesmo tipo de trabalho. Apesar das limitações
crianças e jovens e que, por isso, as sobrecargas elevadas deverão ser evitadas.
Por definição sabemos que, neste tipo de trabalho, existe uma relação entre o tempo
determinado exercício, segue-se uma pausa para descansar. Essa relação poderá
1:2; 2:1; 1:4; etc. Segundo Weineck (1986, 173) as pausas iguais ao tempo de
trabalho são prescritas para os indivíduos cujo nível de performance é elevado (1:1),
estando estabelecida uma relação de 1:2, para aqueles que o nível de performance
é mais baixo. No entanto, parece que, para uma relação de 1:1, as crianças pouco
treinadas conseguem realizar uma ou duas séries (Letzelter e Letzelter, 1990), o que
adaptando a pausa ao nível dos participantes (Weineck, 1986). O que parece ser
para não perdera acção especial do estímulo sobre o coração (Grosser et ai., 1988,
35). Em termos de duração, um treino em circuito eficaz pode ter a duração máxima
93
Revisão Bibliográfica
aquilo que se treina. A escolha dos exercícios pode depender de alguns factores,
melhoria da condição física geral, a partir dos quais se exercitam os grandes grupos
na escola, os exercícios a utilizar seriam de carácter geral. Para além dos exercícios
também exercícios com o próprio peso do corpo ou com o parceiro, mas que
o conjunto destes dois parâmetros é que vai definir a forma como iremos alcançar os
Leopold, 1990b);
94
Revisão Bibliográfica
Leopold, 1990b);
Leopold, 1990b);
Leopold, 1990b);
- pelo aumento da carga por exercício (Raposo, 1987; Platonov, 1988; Harre e
Leopold, 1990b);
1990b);
- diversificando os aparelhos de treino (Platonov, 1988);
Muitas são as formas que temos ao nosso dispor para garantir uma evolução
dessas capacidades.
95
Revisão Bibliográfica
poderá ser prejudicial quer para essa gestão do tempo, quer mesmo para os
objectivos do programa de treino. Assim sendo, devemos utilizar meios que facilitem
chão; montar fichas com desenhos; realizar uma passagem informativa, onde se fala
adaptação; e caso o executante tenha dúvidas sobre a próxima estação, sugerir que
pergunte durante a pausa (Greco e Chagas, 1997). Com estes meios de auxílio,
De uma forma global, fizemos uma alusão às características que nos parecem
visando a problemática do desporto de alto nível, sem considerar que uma correcta
visão do treino só é possível tendo uma visão interdisciplinar, em que este conceito
(Greco, 1990, 39). Este talvez seja um dos primeiros motivos de se criticar tanto o
sob uma perspectiva de rendimento ao mais alto nível e não se referem ao seu
96
Revisão Bibliográfica
carácter preventivo, de formação multilateral e criação de uma base geral para uma
assim como o das capacidades condicionais de uma forma mais geral, parece que
tem sido «esquecido» por muitos professores de Educação Física, nas suas aulas.
Juntando esta ideia com a que refere que os índices de capacidade física dos
nossos jovens tem andado por níveis pouco desejáveis, isto sem dúvida é um alerta
importante acerca das responsabilidades que todos nós detemos sobre este tema.
Parece não haver muitas dúvidas relativamente ao facto de que a força é uma das
domínio confirmou-se que não existe movimento que se possa realizar sem força
(Mitra e Mogos, 1990, 88), ou seja, ela ocupa um lugar central na motricidade
humana.
em crianças e jovens. Uma das principais críticas que são feitas ao treino da força
uma delas possui. Mesmo nos treinadores e professores de Educação Física esta
frequentemente o trabalho nas crianças e jovens a este nível (Sobral, 1988). Não
97
Revisão Bibliográfica
músculo (Kraemer e Fleck, 1993), ou seja, ganham força através das suas
tenras, esta parece ser uma ideia que vai prevalecendo, mas que, também, não
treino da força, este é restringido à força máxima. A força, como já vimos, tem vários
tipos de expressão, por isso a força máxima, apesar de ser importante, não detém
força máxima, através do treino da força rápida e resistência de força, uma vez que
e Letzelter (1990) consideram que esta forma de treino é possível, desde que seja
praticado correctamente.
98
^ Revisão Bibliográfica
crescimento infantil (Manso et ai., 1996) são outros dois aspectos que são referidos
Micheili (1986, citado por Cunha, 1996) e alguns investigadores referidos por
Haywood (1993) constataram que o treino de força com pesos não provocou
ser uma verdade absoluta, uma vez que o treino da força, além de ser referenciado
que não se iniciaram no levantamento de pesos. Camevali (1984, 19) refere ainda
99
Revisão Bibliográfica
citado por Manso et ai., 1996). Assim sendo, o trabalho de força assume um carácter
A maior parte das críticas ao treino da força em crianças e jovens são devidas
Vrijens (1978, citado por autores como Carvalho, 1993 e Manso et ai., 1996) que
limitações, como por exemplo o facto de não ter considerado a idade biológica dos
são dois aspectos metodológicos que hoje em dia são essenciais num trabalho
desta natureza. Por outro lado, o facto dos treinadores conduzirem habitualmente o
treino dos jovens à imagem e semelhança do treino dos adultos, levou a que este
O facto desta capacidade não ser desenvolvida por se pensar nos riscos para
a criança, ou por se acreditar não haver condições biológicas para tal trabalho
(Marques, 1995) ou mesmo pelas razões atrás referidas, hoje em dia, na actuação
razão de ser, já que existem cada vez mais certezas acerca deste tema, na extensa
100
Revisão Bibliográfica
Como diz Marques (1995, 212 ) a questão não é mais se ou não treinar, mas
alunos ou atletas. Como é lógico, também sabemos que existem períodos em que
em geral, o que faz mal não é fazer, é fazer pouco e não o excesso (Marques, 1995,
213). Nesta mesma linha de orientação consideramos que, não nos devemos
crianças e jovens, uma vez que a sua falta, essa sim, é que representa uma
preocupação importante.
Apesar de tudo o que já foi referido, não podemos esquecer que o treino da
101
Revisão Bibliográfica
lesões da coluna vertebral (Letzelter e Letzelter,1990), uma vez que nas fases
da força são:
treino com barra de discos (Frietzsche, 1975, citado por Manso et ai., 1996;
(Frietzsche, 1975, citado por Manso et ai., 1996; Weineck, 1986; Carvalho,
exercícios de força (Frietzsche, 1975, citado por Manso et ai., 1996; Letzelter
e Letzelter, 1990);
prestação motora desta capacidade, nas crianças e jovens, de uma forma correcta,
equilibrada e harmoniosa.
juízos práticos. Portanto, há que enumerar essas normas que servirão de orientação
102
Revisão Bibliográfica
com crianças e jovens são: do simples para o complexo; da pequena para a grande
quantidade; das cargas ligeiras para as cargas pesadas; e do geral para o específico
(Letzelter e Letzelter, 1990). Porém estes são os princípios mais gerais. De uma
forma mais específica, mais relativa à própria sessão de trabalho e aos conteúdos
- o treino da força para os jovens deve basear-se numa formação geral prévia
1990);
(Borrmann, 1980);
(Weiss, 1980);
103
Revisão Bibliográfica
(Harre, 1982);
(Weiss, 1980);
- parar o exercício logo que surja uma dor nos músculos ou articulações
104
Revisão Bibliográfica
(Weineck, 1986).
jovem atleta, por um ajustado quadro competitivo, enfim por uma actividade
105
Revisão Bibliográfica
no seu corpo com vista a torná-lo mais maduro. Estas transformações serão
períodos (Winter, 1980 citado por Marques, 1995, 66). Estas fases sensíveis
determinada capacidade pode ser incrementada de uma forma mais forte, do que
possivelmente não atingirão mais os níveis óptimos que poderiam alcançar, caso
106
Revisão Bibliográfica
incorrecta, com todas as consequências que daí podem advir. O treino ocupa assim
um espaço importante neste processo, uma vez que vai permitir a elevação do
potencial físico das crianças e jovens, de uma forma optimizada. Por se admitir o
que aquelas estruturas são mais permeáveis ao efeito dos factores exógenos
Apesar desta teoria das fases sensíveis ser considerada uma referência
1995), existem, porém, algumas contradições. O maior opositor dessa teoria é Baur
(1987, citado por Marques, 1995) que considera que, em muitos estudos, os
comparadas com outras da mesma idade que não treinam sistematicamente. Estes
são os argumentos apresentados pelo autor para contrapor esta teoria. No entanto,
não sendo nosso objectivo discutir aqui a existência ou não desta teoria, um aspecto
parece-nos relevante para o nosso estudo: é que Baur admite a existência de uma
fase sensível para a força e resistência anaeróbia, durante a puberdade. Este sim,
parece-nos um aspecto importante a reter, uma vez que, até os mais cépticos
em que a força se desenvolve de uma forma mais efectiva. Por esse facto é que
aulas de Educação Física, por muito pouca que seja a carga. Isto porque, em fases
107
Revisão Bibliográfica
Quadro 5 - Modelo das fases sensíveis para as capacidades motoras condicionais, adaptado de
Martin (1982) e Grosser et ai. (1989) (referenciados por Cunha, 1996)
Idade
Cap. Condicionais 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
Resistência
Velocidade
^^^^^^^^^B
sensíveis para cada uma delas. Vários modelos têm sido referenciados na literatura
têm sido os mais utilizados na definição dos períodos sensíveis para as capacidades
motoras. No nosso estudo apresentamos apenas a parte dos modelos que se refere
108
Revisão Bibliográfica
força rápida e resistente têm um período sensível relativamente amplo, com o início
em idades muito tenras; o mesmo não acontece com a força máxima, uma vez que
esses período situa-se só a partir dos 12/13 anos, isto é, no momento aproximado
da entrada na puberdade. No que se refere à força, Navarro (1995, citado por Manso
Força Rápida 1 1 1
i i
Força de Resistência
:
J Raparigas ^" " '^^ Rapazes
considerarem as capacidades de uma forma geral (não sendo o caso destes), não
109
Revisão Bibliográfica
cada uma das referidas capacidades, proporcionam uma informação mais específica
no
Revisão Bibliográfica
com a mesma idade cronológica podem diferir, na sua idade anatómica ou óssea,
importante para quem trabalha ao nível das capacidades motoras, com as crianças e
por exemplo, na aula de E.F.) este factor representa uma importância capital, já que
biológica dos alunos. Isto é, ao aplicar um treino, por exemplo de força, com uma
de alunos, do que a outro, uma vez que, em dois alunos de 14 anos, um poderá ter
o indivíduo mais velho em termos maturacionais suportará muito melhor esse treino
e, possivelmente, obterá maior sucesso do que o outro, que até poderá estar a ser
Mesmo assim é necessário ter em conta que a tolerância a uma certa carga de
igual (Weineck, 1986). Por isso, apesar de termos que considerar a existência dessa
este aspecto também pode diferir, mesmo quando essa diferença não existe.
Vicente, 1991):
m
Revisão Bibliográfica
parecem ser mais utilizados para determinar a idade biológica são a determinação
menarca (Malina, 1989; Manso et ai., 1996). De todos eles, o mais aconselhado e
dos ossos com tabelas estandardizadas. O problema é que este método é muito
este é sem dúvida o mais indicado. Isto porque, é mais fácil de aplicar, quer ao nível
realidade biológica das crianças e dos jovens (Maia e Vicente, 1991, 214).
intimidade das crianças. No entanto, têm surgido dados na literatura que referem a
possibilidade dos próprios jovens realizarem essa avaliação, com grande fidelidade.
Isto, sem dúvida, contribui para que possamos utilizar este método no contexto
112
Revisão Bibliográfica
mesmo autor, em 1978 (citado por Barbanti, 1989), limitou as idades para o começo
e o fim da puberdade como o espaço normal de idade dos 10 aos 16 anos, para as
ultimamente se tem verificado ao nível dos hábitos e estilos de vida das populações,
é natural que estes intervalos de idade sofram algumas alterações. Não nos
estimulação do sistema nervoso central, que têm uma influência negativa sobre a
113
Revisão Bibliográfica
Sabemos então que, ao nível das capacidades condicionais parece não haver
desenvolvimento da força (Israel, 1992). Pensamos que esta frase diz tudo. O
nível da força, uma vez que elas situam-se, precisamente, no período sensível para
diferentes sistemas e órgãos (Raposo, 1987, V). Porém, convém referir que o
(Israel e Buhl, 1988), o que, mais uma vez, acentua a importância metodológica que
o treino da força detém, a este nível. Por exemplo, o treino de força máxima não é
frágeis para suportar uma carga de trabalho tão intensa (Letzelter e Letzelter, 1990).
114
Revisão Bibliográfica
uma vez que, com o advento da puberdade, parece existir um incremento acentuado
massa e volume musculares (Vrijens, 1978; Baur, 1990b; Sobral, 1988). Entre as
clara para os rapazes (Quadro 7). Assim sendo, se realmente se verifica a existência
que, por exemplo entre os 14 e os 15 anos de idade, as diferenças entre sexos são
enormes.
115
Revisão Bibliográfica
os miúdos parecem apresentar uma notável evolução no sistema nervoso. Isto irá
das taxas hormonais são dois factores que segundo Ramos et ai. (1998) podem
fibras musculares e as mudanças nos braços das alavancas. Têm surgido trabalhos
do qual inferiram que as adaptações neurológicas durante o treino são uma das
116
Revisão Bibliográfica
nível da prestação motora e desportiva, é um tema que tem marcado presença nas
parece ser uma questão que vai recolhendo consenso, no sentido da sua existência.
30%, enquanto que nos homens estes valores situam-se nos 40%;
mulher;
pelo próprio crescimento físico, o que se evidencia nos recentes estudos de Carter e
Ackland (1998) e Gasser et ai. (2000), nos quais se confirma esta ideia. Este
grupos. Carter e Ackland (1998, 328), baseados nos seus estudos realizados ao
nível da natação, referem ainda que, além das diferenças esperadas no tamanho
117
Revisão Bibliográfica
somatótipo, que podem ter implicações ao nível do treino e selecção dos atletas. Por
sexos, então é natural que elas possam influenciar o nível de prestação dos
raparigas dispõem de uma menor massa muscular, então é aceitável que os seus
níveis de força sejam menores, comparativamente com os dos rapazes. Isto vai
Além do que já foi referido acerca das diferenças de força entre os dois sexos,
inferiores aos dos rapazes, durante o período ontogénico. Assim sendo, e segundo
Israel (1992, 321), aos 11-12 anos as raparigas registam uma percentagem de 90%
da capacidade de força dos rapazes; aos 13-14 anos, 85%; e aos 15-16 anos, 75%.
entre sexos, no que diz respeito à capacidade de força, são pouco significativas.
118
Revisão Bibliográfica
podem surgir, no plano biológico, para explicar este facto, o aspecto sócio-cultural
poderá ter também alguma influência. Isto porque, a sociedade é constituída por
regras e normas, e mesmo mitos, a partir dos quais as mulheres não estão
sua capacidade física (Raposo, 1987). Nos rapazes, pelo contrário, a vontade de
119
Revisão Bibliográfica
incutindo-lhes uma «competição» com eles próprios. Só assim é que cada aluno
desenvolvimento geral das crianças e dos adolescentes e é por esta razão que
interligados, mas que são utilizados frequentemente de uma forma subjectiva. Isto
entre si. Segundo Maia e Vicente (1991) o termo crescimento refere-se às alterações
esquelética, sexual e salto pubertário) que estabelece o seu percurso até ao estado
evolui de uma forma paralela, nos dois sexos, aproximadamente até aos 11-12 anos.
120
Revisão Bibliográfica
que ter em conta que a força manifesta-se sob diversas formas e com períodos de
dos 7/8 anos (nos quais é aconselhável o início deste tipo de trabalho), então
parece-nos que a ideia anterior não tem razão de ser. Importante será analisar a
Figura 4 - Evolução da força na idade juvenil, nos dois sexos (adaptado de Hettinger, 1964 e
referenciado por Manno, 1989)
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(> K 10 I? l'I 16 i» 20
10 anos, a menos que seja estimulada mais cedo. Portanto, se já nesta faixa etária
crianças, elas irão registar aumentos importantes a este nível. Além do mais, esta
ideia faz supor que a força não aumentará apenas através do treino, mas também
121
Revisão Bibliográfica
de discussões não se coloca, uma vez que o aumento notável de força que se
útil para um melhor entendimento acerca desta problemática. Assim sendo, a análise
Carvalho (1993), este teste, além de ser bastante utilizado nos trabalhos com
crianças e jovens, parece estar associado aos valores globais de força máxima.
A partir das investigações de Malina e Roch (1983) e Jones (1959, citado por
Malina e Bouchard, 1991) (Figura 5), podemos constatar que, dos 6 aos 12 anos de
idade, a força estática de preensão da mão evolui de uma forma semelhante para as
Este panorama prolonga-se até aproximadamente aos 13/14 anos, que é quando se
122
Revisão Bibliográfica
Figura 5 - Evolução da força máxima estática da mão, segundo a idade e o sexo. Para a idade dos 6
aos 8 anos os dados longitudinais mistos foram obtidos a partir dos trabalhos de Malina e Roch
(1983); dos 11 aos 18 anos, os dados foram obtidos a partir dos estudos de Jones (1959) (adaptado
de Malina e Bouchard, 1991).
*g
60-
Grip strength
soH
40
30-
20- -Boys
• Girls
10- 1 I I ! I I I—1—I—I—I—|—I
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Age, years
avaliação da força máxima, como é o caso da força máxima dinâmica dos braços
(Figura 6).
Figura 6 - Evolução da força máxima dinâmica no período escolar (Letzelter e Letzelter, 1990)
I
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l l l l l t t t t . l l » A,»,»».
1 » » lo 11 12 U 14 l í l i |? I I
Afle
Da análise da figura 6, podemos verificar que, até cerca dos 11/12 anos a
123
Revisão Bibliográfica
aumento muito leve no sexo feminino. Enquanto que nos rapazes a força vai sempre
evoluindo até aos 18 anos, nas raparigas, a partir dos 15 anos, ela regista uma
força para os dois sexos evoluem de uma forma paralela, embora os rapazes
de preensão da mão, de ano para ano (Figura 7). Como podemos observar, este
30
25
20
15
10
0
7*8 8*9 9*10 10*11 11*12 12*13 13*14 14*15 15*16
-5
Idades
■ rapazes ■ raparigas
Assim sendo, nestes rapazes brasileiros, o momento em que eles apresentam maior
124
. Revisão Bibliográfica
raparigas, entre os 11 e os 12 anos. A partir dos 13/14 anos o gráfico regista uma
sexos. Pensamos, ao nível dos rapazes, ser compreensível que isto aconteça uma
vez que, na fase inicial, os níveis de força ainda são muito baixos e uma carga
partir dos 13/14 anos o desenvolvimento ainda ocorre, mas caminhando claramente
de preensão manual, entre os dois sexos, revelou uma tendência similar até aos 14
melhores.
proliferado ao nível da aptidão física. No seu conjunto, podemos contar com oito
Freitas (1994), Madureira (1996), Nascimento (1996), Pereira (1996), Duarte (1997)
125
Revisão Bibliográfica
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Revisão Bibliográfica
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16,6 % - Almeida, 1998). isto, de resto, não nos parece muito surpreendente, uma
vez que é mais ou menos neste período etário que ocorrem algumas transformações
ao nível da maturação, que poderão estar associadas a este aumento. Apesar disto,
nos outros estudos, esse momento situa-se noutras faixas etárias, isto é, entre os
10/11 anos (Sobral, 1989), os 11/12 anos (Freitas, 1994) e os 14/15 anos
estagna mais rapidamente, por volta dos 14 anos. Elas só conseguirão ultrapassar
1992; 35,7 % - Madureira, 1996; 23,6 % - Nascimento, 1996), outros há que referem
os 12/13 anos, como o momento em que a força evolui mais (66,8 % - Pereira, 1996;
(1996) apresenta o intervalo etário dos 14/15 anos como aquele em que o
cronológica e não da biológica, uma vez que os indivíduos de uma amostra podem
127
Revisão Bibliográfica
idade biológica. Destes, destacamos o trabalho de Cunha (1996) no qual fez uma
registam uma diferença percentual maior (30,8 %, para os rapazes e 18,5 %, para as
raparigas).
(Quadro 10):
Quadro 10 - Diferenças na força máxima, entre rapazes e raparigas, em função da idade (adaptado
de Letzelter e Letzelter, 1990)
entre os dois sexos nas idades mais baixas, para depois aumentar nitidamente nas
128
Revisão Bibliográfica
Por esse facto é que, no que se refere à avaliação da força dos alunos, alguns
superiores.
Numa comparação das médias do SCSB, nos dois sexos, realizadas a partir
A partir da análise dos dois gráficos, podemos constatar que nos rapazes o
período etário. Apenas no estudo de 1965 nota-se um ligeiro aumento dos valores
129
Revisão Bibliográfica
aos 13 anos, embora não nos pareça muito significativo. Os valores dos rapazes
são, no entanto, sempre superiores aos das raparigas, em qualquer idade. Nas
raparigas, além dos valores serem inferiores aos dos rapazes, verifica-se uma ligeira
ou mesmo retrocesso (12-13 e 15-16 anos, em 1965; 14-16 anos, em 1975; e e mais
de 16 anos, em 1958).
Noutro estudo (Figura 10), este realizado por Brito et ai. (1995, citado por
Manso et ai., 1996), podemos verificar que, ao nível dos rapazes, estes registam um
aumento progressivo de ano para ano, da mesma forma que nos estudos anteriores.
Nas raparigas, há um aumento sensível até aos 14 anos, depois entra-se numa fase
de retrocesso, para aumentar de novo dos 16 aos 18 anos. Os valores dos rapazes
são sempre superiores aos das raparigas, sendo a idade dos 11 anos aquela em
Figura 10 - Evolução do teste se salto a pés juntos na população da ilha de Gran Canária (819
sujeitos) (Brito et ai, 1995, referenciado por Manso et ai., 1996)
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130
Revisão B ibliográfica
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131
Revisão Bibliográfica
ocorrem sempre abaixo dos 13 anos. Embora não seja perceptível nos valores das
Ainda noutro estudo realizado por Ellis et ai. (1975, citado por Sobral, 1988),
num trabalho longitudinal realizado ao nível da força com rapazes jovens, puderam
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percentual da força rápida (SCSB) nos rapazes. Apesar disto, ainda existem dois
estudos que referem a ocorrência deste momento entre os 9/10 anos (Madureira,
1996) e os 11/12 anos (Sobral (1989). Nas raparigas, curiosamente, a maior parte
evolução parece ser positiva, enquanto nas raparigas alguns estudos apresentam
132
Revisão Bibliográfica
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133
Revisão Bibliográfica
Podemos então dizer que, de uma maneira geral, a força rápida do SCSB
nos rapazes e atingindo uma estagnação, mais ou menos a partir dos 15 anos, nas
raparigas.
para depois aumentar de uma forma mais intensa a partir dos 13 anos. As raparigas
apresentam uma evolução paralela à dos rapazes até cerca dos 12 anos,
entre os dois sexos. A partir dos 13 anos, elas entram em estagnação, seguindo-se
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desenho linear e progressivo. Talvez por isso é que Letzelter e Letzelter (1990)
(Quadro 13):
Segundo estes dados, até aos 12/13 anos a evolução da força de salto
mesmo retrocesso. Matsudo (1993) constatou ainda que a partir dos 11 anos os
135
Revisão Bibliográfica
adolescência.
que utilizam e ste te ste não abundam, uma ve z que a maior parte de le s re corre a
testes de lançame ntos. Porém, se gundo os e studos de Le tze lte r e Le tze lte r (1990),
podemos constatar que a e ste níve l se ve rifica um cre scime nto parale lo até ce rca
dos 13 anos, em ambos os sexos, embora aos 10/11 anos as raparigas re giste m um
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tipos de testes.
136
Revisão Bibliográfica
diárias por parte das raparigas, em exercícios que solicitam maiores índices de
De uma forma geral, podemos referir que, ao nível da força rápida, tanto nos
para a avaliação deste tipo de força. Assim sendo, no nosso trabalho optámos por
137
Revisão Bibliográfica
utilizar os sit-up's (SIT) e a suspensão estática na barra (SE) para avaliar o nível de
existência de diferenças entre os dois sexos (Figura 13). Enquanto que nos rapazes
esta capacidade desenvolve-se progressivamente até perto dos 15/16 anos. Nas
muito superiores aos das raparigas, diminuem a sua força entre os 16 e os 17 anos.
Figura 13 - Performances dos rapazes e raparigas dos 10 aos 17 anos, na prova dos Sit-up's, em
estudos realizados em 1958 e 1965 (Hunsicker e Reiff, 1977, referenciados por Corbin, 1980)
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Revisão Bibliográfica
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139
Revisão Bibliográfica
anos de idade, em ambos os sexos, o que acontece mais cedo do que nos outros
tipos de força já abordados. Nos rapazes, a evolução parece ser um pouco irregular,
pois tanto aumentam os seus índices de força, como estagnam ou diminuem. Nas
anos, não se sabendo o que acontece nas outras idades. Segundo estes resultados,
podemos induzir que, ao contrário dos outros testes já mencionados, neste parece
que o advento da puberdade não contribuirá muito para a melhoria dos índices de
força das crianças e dos jovens. Isto porque, para além dos picos de
ocorrerá a puberdade, a partir dos 12/13 anos (idade mais provável da ocorrência do
estagnação e retrocesso.
só a partir dos 10 anos, não se sabendo portanto o que acontece entre os 7 e os 10.
Talvez por esse facto é que o melhor período de desenvolvimento desta capacidade
nos jovens portugueses se situe um pouco mais tarde. Apesar de tudo, os valores
anteriormente.
140
Revisão Bibliográfica
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141
Revisão Bibliográfica
Parece-nos que, mesmo assim, a puberdade não terá uma grande influência
nas melhorias desta capacidade, já que, de uma maneira geral e excepção feita aos
apresentam valores reduzidos nesta expressão de força, a partir dos 12/13 anos.
Nas raparigas, a tendência para diminuição dos seus valores de força resistente é
Num outro estudo realizado por Bragada (1994) em jovens hoquistas, dos
apresentam sempre valores superiores ao escalão que se segue, portanto, aos mais
velhos.
excepção feita aos rapazes do grupo experimental pubertário que registaram valores
Apesar de tudo o que foi referido, os índices de força resistente parecem ser
superiores nos rapazes, relativamente às raparigas, excepção feita nas idades mais
baixas em que os valores são idênticos. Esta ideia é confirmada nos estudos de
rapazes e raparigas (Quadro 17). A partir deste quadro, podemos verificar que
Quadro 17 - Diferenças na performance dos Sit-up's, entre rapazes e raparigas, em função da idade
(adaptado de Letzelter e Letzelter, 1990)
142
Revisão Bibliográfica
abundantes, uma vez que na maior parte deles o teste utilizado é a elevação na
barra. Porém, no contexto escolar e, principalmente, nas faixas etárias que o nosso
estudo comporta, este tipo de teste não é aconselhável uma vez que a relação entre
podemos constatar que entre os 12 e os 14 anos a força resistente dos braços evolui
Nas raparigas, o pico situa-se também neste período, embora de seguida os valores
diminuam. Na análise deste estudo não podemos afirmar, com certeza, que este tipo
de força tem o seu ponto máximo de desenvolvimento neste período, uma vez que
não temos conhecimento do que acontece até aqui. Isto porque sabemos que o
peso corporal terá grande influência neste tipo de teste e, normalmente, quando se é
mais novo a relação força/peso corporal é maior. Podemos sim constatar que nos
que nas raparigas quanto mais novas melhores índices de força na SE.
pubertário registar uma diminuição dos índices de força (na ordem dos - 21 %), no
143
Revisão Bibliográfica
talvez possamos dizer que, ao nível da força resistente dos membros superiores,
esta evolui positivamente com o advento da puberdade, nas meninas é-nos difícil
chegar a alguma conclusão, pela divergência que existe nos resultados. Porém,
de induzir que as meninas atingirão maiores índices de força neste teste em idades
Quadro 18 - Diferenças na força resistente de braços, entre rapazes e raparigas, em função da idade
(adaptado de Letzelter e Letzelter, 1990)
para o sexo masculino, é nossa convicção que após o salto pubertário a diferença
entre sexos ainda poderá ser maior do que aquela apresentada pelos autores.
puberdade, tanto para os rapazes como para as raparigas. A partir daqui, enquanto
abdominal dos jovens. Na força de resistência dos braços, parece que os rapazes
144
Revisão Bibliográfica
força com os pré-puberes. Apesar do nosso estudo estar orientado para o grupo
verificada nos mais jovens, que era associada à menor capacidade de desenvolver
força; por outro lado, a inexistência de hipertrofia muscular nesses indivíduos, o que
levava muitos autores a concluir que estes jovens não eram treináveis.
Sob esta égide referiu a Academia Americana de Pediatria (1983, citada por
pelo que os benefícios que se podiam retirar de um treino de força nestas crianças,
eram mínimos. Vrijens, nos seus conhecidos estudos de 1978, já tinha referido
145
Revisão Bibliográfica
(Quadro 19):
e das espaldas, pelo que ao nível dos membros superiores e inferiores apenas se
força pode evoluir por meio das adaptações neurais. O estudo de Ramsay et ai.
146
Revisão Bibliográfica
Westcott (1993) citados por Westcott (1995), Sewal e Micheli (1986) citados por
Manso et ai. (1996) e Weltmann et ai. (1986) citados por Malina e Bouchard (1991).
com uma média de idades de 10 anos, que treinaram força duas vezes por semana
(1991) num estudo desenvolvido com rapazes e raparigas com uma média de
aumento de força na ordem dos 63%. O mesmo autor, em 1993, realizou outro
estudo, em que a amostra era constituída por 67 meninos e meninas com média de
revelaram um aumento de força de 58%. Weltman et ai. (1986) utilizou uma amostra
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147
Revisão Bibliográfica
Outro estudo que evidenciou a eficácia do treino da força nestas idades, foi o
* p < 0,05
Como podemos verificar com os trabalhos que vão surgindo sobre esta
trabalho não produz efeitos nos mais novos vai-se dissipando aos poucos.
Westcoot (1995) ainda vai mais longe. Num estudo realizado com 81 jovens
3 ^ ^^^^___
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148
Revisão Bibliográfica
De uma forma geral, podemos dizer que a treinabilidade da força é igual nos
promove um conjunto de alterações físicas e biológicas nos dois sexos, que poderão
e como já vimos num capítulo anterior, tanto em termos qualitativos como em termos
dos valores absolutos dos rapazes; em termos relativos esta treinabilidade parece
ser igual. No que se refere à força máxima, o panorama parece ser idêntico.
existentes entre o período de 1956 a 1993 (28 estudos). O mesmo autor também
149
Revisão Bibliográfica
Letzelter (1990). Com uma amostra constituída por 400 alunos de escolas primárias
quadro 21.
antes da aplicação do programa de treino. Além disso, também foi possível verificar
que a força máxima dos braços e a força máxima das pernas têm uma idêntica
treinabilidade, quer nos rapazes, quer nas raparigas. Os autores concluíram ainda
base, não sendo necessário nestas idades um treino específico. Por este facto é que
citado por Letzelter e Letzelter, 1990), que utilizaram uma amostra constituída por
150
^ Revisão Bibliográfica
final concluíram que a força máxima dos membros superiores e inferiores é treinável
nestas idades, uma vez que os resultados registados no grupo experimental eram
1990).
da força nos mais jovens, o que de resto foi feito por Carvalho no seu trabalho de
1993. Porém, como o nosso estudo está direccionado para a fase pubertária e para
«flexão de braços». Cada exercício era realizado em três séries: 65, 85 e 100% das
«supino» (19,6%) e «flexão de braços» (26%). Deste estudo concluiu-se que num
possível o incremento de força nos rapazes que estão entrar na fase pubertária.
151
Estes dois grupos estavam divididos em três subgrupos: dois experimentais (um
com uma frequência semana! de 2 treinos e o outro com uma frequência semanal de
Plano de Treino Especial Escola - mais uma hora de actividade que correspondia a
Base + uma hora de treino semanal na sala de musculação). Este programa teve a
duração de 10 semanas. A partir dos resultados, o autor pôde constatar que, de uma
152
Revisão Bibliográfica
mesmo entre si. Daqui se pode induzir que quanto maior for a frequência e a
metodológico. Neste, utilizou uma amostra maior (n= 183), constituída por 90
rapazes e 93 raparigas, distribuídos por oito grupos: dois de controle (1G0 e 2G0,
153
Revisão Bibliográfica
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ÏO lo 15 <9 5l) 6** 7o
Age
baixas, mesmo porque este tipo de força parece decrescer à medida que se avança
na idade, mais ainda que a força máxima (Hakkinen et ai., 1996). Por este facto, é
154
Revisão Bibliográfica
Como podemos verificar, é possível melhorar os níveis de força rápida nos dois
sexos, num período de treino, a partir de um trabalho de âmbito geral (Figura 17).
Figura 17 - Progressos registados na força rápida de corrida dos 10 metros, em crianças dos dois
sexos, após 8 semanas de treino geral de força (adaptado de Letzelter e letzelter, 1990)
Forca de départ
Test II
Tes! I Tes» Il Test I
GE : groupe expérimental ; GC : groupe de contrôle
progressos ao nível da força rápida (salto vertical e salto horizontal com «pré-salto»),
semanas, duas vezes por semana. Os progressos dos grupos experimentais foram
155
Revisão Bibliográfica
Letzelter e Letzelter (1990) referem ainda que num trabalho realizado ao nível
treino uma vez por semana, têm poucos progressos no sextuplo salto, o que não se
verifica no grupo que treinou duas vezes por semana, que evidenciou progressos
evidentes (Figura 19). Curiosamente, isto vai de encontro ao que Letzelter (1981,
citado por Letzelter e Letzelter, 1990) tinha referido, quando considerou que para as
crianças uma unidade de treino por semana era suficiente, sendo necessário duas
para os jovens e de uma forma intensiva. Noutro estudo dos mesmos autores em
intensivo de força de salto, com um volume de treino na ordem dos 100 saltos num
Figura 19 - Progresso da força de salto, em crianças de onze anos, para diferentes ritmos de treino
(adaptado de Letzelter e Letzelter, 1990)
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Garçons FIBes
156
Revisão Bibliográfica
quarto de hora (15-20 séries de 6-10 saltos), com exercícios de força geral; o grupo
tipos de expressão da força rápida. Nielsen et ai. (1980, citado por Carvalho, 1993),
nos seus estudos realizados com raparigas, com idades situadas abaixo dos 13,5
157
Revisão Bibliográfica
relativamente aos outros dois grupos. No estudo de 1993, o autor constatou uma
força rápida dos membros inferiores que os rapazes, sendo idêntica a treinabilidade
nos membros superiores. Nos rapazes, parece que a treinabilidade entre os mais
De uma forma geral, podemos referir que a força rápida parece apresentar
maior treinabilidade nas idades mais baixas, uma vez que os progressos ganham
rápida inicial e/ou maior for o volume e intensidade do treino (Carvalho, 1993, 253).
muito significativas.
158
Revisão Bibliográfica
de resistência. Isto porque, de uma forma geral, este tema parece não constituir
Ao nível dos mais jovens, dois estudos são referenciados no plano da força
treinou 10 minutos por dia, 5 dias por semana, durante 3 meses, numa escada
constituíram dois grupos: um de controle (n= 92) e outro experimental (n= 95). O
Letzelter e Letzelter (1990), por sua vez, submeteram jovens de 13/14 anos e
159
Revisão Bibliográfica
que durante 8 semanas (2 vezes por semana) tinham que realizar exercícios de
âmbito gerai. Os treinos tinham a duração de 15 minutos, com 40" de trabalho e 60"
contra 16,3 dos mais velhos. Apesar disso, a treinabilidade entre eles parece ser
metodológico, mas no qual utilizaram um grupo de crianças de 10-11 anos, além dos
(Quadro 22):
Quadro 22 - Progressos registados em três testes de força resistente, para rapazes de escalões
etários diferentes (número de repetições em 40 segundos) (adaptado de Letzelter e Letzelter, 1990)
Testes idades
10-11 13-14 16-18
Flexões do tronco 3,6 3,3 3,4
Lançamento da bola medicinal 4,9 4,7 5,1
Teste de corrida 3,5 3,1 3,4
entre todos os intervalos de idade, embora o período dos 13-14 anos registe os
dois sexos, apesar de existir uma ligeiríssima superioridade para os rapazes. Pelo
160
Revisão Bibliográfica
resistente.
treinável; nas fases iniciais, uma frequência de treino reduzida é suficiente para
sexos.
2.7. O Destreino
alguma razão (por doença, lesão ou simplesmente por uma interrupção, de carácter
destreino, que num sentido mais restrito é considerado como um período em que
Kraemer, 1987).
161
Revisão Bibliográfica
resto, uma das ideias segundo a qual assenta a convicção de muitos autores de que
treino a que o indivíduo foi sujeito, bem como das suas características,
características da própria carga de treino, etc.. Porém, uma coisa parece ser certa:
igual à velocidade das perdas, ou seja, quanto mais depressa se ganha através do
treino, mais depressa se perde pelo destreino (Weiss, 1980). Alguma literatura da
aumento rápido da força irá corresponder a uma regressão rápida após a paragem
por uma redução da activação neural máxima do músculo. Essa diminuição pode ir
até 30% numa semana, em caso de resposta total do músculo (Doutreloux et ai.,
1992).
já não se pode descobrir o menor traço desse treino (Weineck, 1986, 154). Este
162
Revisão Bibliográfica
aspecto parece-nos discutível, uma vez que num período tão pequeno de intervalo,
e considerando que a carga de treino foi adequada, o indivíduo ainda poderá estar a
utilizados por vezes métodos de treino cíclicos, ou seja, a carga é aplicada por ciclos
do processo treino até podem ter um carácter transitório, mas a afirmação de que
elas desaparecem totalmente até aos níveis iniciais, parece ser uma ideia que não
que, após a entrada numa fase de destreino, o decréscimo que ocorre ao nível dos
ganhos musculares processa-se de uma forma mais lenta nos músculos que foram
solicitados de uma forma mais regular (Sharkey, 1990). Assim sendo, para que os
contribuem para a manutenção dos níveis de força explosiva, ou seja, pelo que
Apesar de tudo o que foi referido até aqui, num estudo de carácter longitudinal
163
Revisão B ibliográfica
meses, com pausas de 9 meses, à razão de duas vezes por semana, os autores
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Groupe rie
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Ageettesm
Figura 21 - Evolução de duas formas de expressão da força rápida, em crianças, num período de 2
anos e 4 meses, com duas sequências de treino de 3 meses e dois intervalos de 9 meses (adaptado
de Letzelter e Letzelter, 1990)
Fores do saut
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Groupe
rf'ontralnomonl g Force de sprint
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d'entraînement
I -+i+- -+H |_4- -+-r~ -f-<
I TÍ T l T4 TS T ï Tl « Tl T« « T*
Age et résultais des tests Age et résultats des tests
164
Material e Métodos
3. Material e Métodos
3.1. Caracterização da Amostra
Nova de Poiares (distrito de Coimbra), em 5 turmas do 8.° ano do 3.° ciclo do Ensino
Básico, num total de 91 alunos de ambos os sexos, dos quais 43 eram do sexo
A razão pela qual foi escolhida esta Escola justifica-se unicamente por uma
questão de facilidade de obtenção dos dados por parte do investigador, já que reside
nesta zona.
este parâmetro:
(1962, citado por Carvalho, 1990) (no caso dos rapazes) ou por não ter
a
ocorrido ainda a l menstruação (no caso das raparigas).
A amostra real foi assim constituída por 73 alunos, sendo 36 do sexo masculino
e 37 do sexo feminino, que foram distribuídos pelos seguintes grupos (Quadro 24):
165
Material e Métodos
166
Material e Métodos
indivíduo, não será a forma mais correcta e fidedigna de o fazer, uma vez que as
para indivíduo. Segundo Greco (1990, 44), o salto pubertário comporta problemas
mesma idade, uma vez que a idade cronológica pode divergir da idade biológica,
mesma idade cronológica, uma delas pode ter um desenvolvimento biológico mais
avançado ou mais atrasado, relativamente à outra. Assim sendo, foi necessário fazer
Carvalho, 1990). Este grupo incluía indivíduos que se encontravam numa fase
(estádio 5). Nas raparigas, foram consideradas todas aquelas em que já tivesse
do 7.° ano de escolaridade, optámos por utilizar os alunos do 8.° ano, uma vez que,
o intervalo de idades a que corresponde este nível de ensino, nos daria maiores
167
Material e Métodos
- Medidas antropométricas
uma ficha individual foi suficiente para o registo do aparecimento ou não do 1.° ciclo
menstrual.
método invasivo, uma vez que o aluno se poderia sentir inibido por estar a ser
(1987, citado por Maia e Vicente, 1991) este é um método de fácil administração e
avaliação, uma vez que pode ser efectuado pelos próprios jovens com grande
168
Material e Métodos
gramas.
Altura - esta medida efectuou-se com o aluno descalço e de pé, com as costas
referência no solo.
aspectos:
169
Material e Métodos
Assim sendo, os testes para medir a capacidade de força dos alunos, que
Testes Capacidades
força em três momentos: antes e após a aplicação dos programas de treino (pré-
ocorrência de ganhos de força nos jovens, realizou-se o pós-teste; por fim, fez-se
170
Material e Métodos
(1) à estreita relação de influência que parece existir entre a força máxima e
(3) para avaliação deste tipo de manifestação da força, este é um teste muito
(4) pela própria motivação que este teste acarreta para os alunos.
das referências bibliográficas existentes (Safrit, 1973; Nunes e col., 1981; Aapherd,
1988; Eurofit, 1988; Grosser e Starischka, 1988; Letzeltere Letzelter, 1990; Marques
3.3. Instrumentarium
materiais:
gramas
- Ficha de registo
- Ficha de registo
- Fita métrica de 50 m
171
Material e Métodos
- Cadeira
- Ficha de registo
- Colchão de ginástica
- Cronometro
- Cabeça do plinto
- Ficha de registo
treino são a pedra angular de todo o «edifício» experimental que poderá ser posto
172
^___ Material e Métodos
física. Porém, a nossa escolha recaiu sobre a força máxima e a força de resistência,
isto porque:
(4) trabalho com cargas máximas torna-se muito mais monótono, o que,
destas capacidades.
173
Material e Métodos
processo que deve estar intimamente relacionado com o tipo de capacidade que
músculos em geral (Letzelter e Letzelter, 1990). É então este tipo de trabalho geral
que deveremos promover na Escola, pelo menos nas fases iniciais, de forma a que
determinados critérios:
de força adoptados.
174
Material e Métodos
Este último aspecto foi para nós muito importante, pois com isto pretendíamos
Outro aspecto que se nos apraz referir é o que se refere à variedade dos
treino, quer seja pelo aumento da motivação dos alunos, quer mesmo pela natureza
da adaptação aos esforços. Poliquin (1988, 21) refere que a falta de variedade dos
de treino da força.
areia, os bancos suecos, os haltères, etc., são materiais usualmente utilizados nas
Escolas e que podem constituir os meios de treino de força, neste contexto. Este tipo
de material pode ser facilmente manuseado pelos alunos, uma vez que não lhes é
extra. Relativamente aos haltères, Mitra e Mogos (1982; 1990) consideram que os
175
Material e Métodos
exercícios efectuados com haltères pequenos (até 5 kg) ou médios (entre 5 e 10 kg),
Com vista à concretização, com êxito, dos propósitos deste estudo, haveria
que organizar o trabalho de forma a que, (1) as leis e os princípios do treino fossem
Física, uma vez que possibilita uma grande variabilidade na sua configuração e
pelo entusiasmo que provoca aos alunos, uma vez que está associado ao carácter
marcam o caminho que deve ser percorrido, para atingir os objectivos do trabalho.
176
Material e Métodos
muito fácil poder trabalhar simultaneamente estas duas capacidades. Por isso é
nossa convicção que o tipo de trabalho desenvolvido neste estudo, não terá sido
edificado com base numa ou noutra capacidade, mas sim nas duas em simultâneo,
Segundo Harre e Leopold (1990 b, 37), pela sua natureza, o treino em circuito é um
exercícios, com sobrecargas de tipo médio. Naturalmente, este foi um aspecto que
se registou de uma maneira geral, pois houve períodos que talvez tenhamos
solicitado mais a força rápida e outros que tenhamos solicitado mais a resistência de
força rápida. Pensamos que este aspecto também se verificou ao nível dos grupos
sido mais solicitado na resistência de força rápida de uma forma mais marcada, do
que o grupo experimental 1 (trabalho contínuo). Isto apenas se explica, pelo facto de
querermos manter entre os dois grupos, o mesmo volume total de trabalho. Este
facto fez com que o volume por sessão de trabalho fosse ligeiramente maior para o
e também o escolhido para esta investigação foi o método intervalado. Este método
177
Material e Métodos
Dentro do método intervalado optámos pelo método intensivo, uma vez que é
aquele que estará mais dirigido para o desenvolvimento da força rápida e, pelo
Segundo Letzelter e Letzelter (1990) o método intensivo por intervalos, além de ser
rápida, ele também pode ser utilizado com eficácia na melhoria da resistência de
força rápida, uma vez que comporta uma intensidade de estímulo suficiente para
seja, os alunos realizam os exercícios de cada uma das estações, durante um tempo
medida que vão evoluindo no seu desenvolvimento. Segundo Weineck (1986) nos
meios escolares pode-se observar, por vezes, uma diferença de 5 anos entre a
criança fisiologicamente mais jovem e a criança mais velha. Por este facto é que o
(por parte dos próprios alunos) pelo aumento do número de repetições, pensamos
que será uma forma de poder individualizar minimamente o trabalho de cada aluno,
uma vez que "cada um só dá o que pode", isto é, cada aluno trabalha ao seu ritmo.
Por estes factos, optámos por manter durante a execução dos três programas de
178
Material e Métodos
esta metodologia nesta primeira fase, teve a ver com o nível inicial de prestação dos
alunos, ou seja, para indivíduos cujo nível de performance é mais baixo, a relação
Neste programa o volume total de trabalho, por sessão, ainda foi o mesmo para
os dois grupos, uma vez que optámos por desenvolvê-lo nas primeiras duas
semanas.
deve aumentar primeiro o volume e só depois a intensidade. Esta é uma ideia que
nos parece que ainda não terá atingido o consenso de todos os investigadores, isto
aumento do volume.
179
Material e Métodos
tempo de actividade e repouso aumenta muito mais, pois era nosso objectivo manter
trabalho por sessão para o segundo grupo, de forma a que no final, o volume total
180
Material e Métodos
que diz respeito à parte da aula em que se realiza o treino de força, a metodologia
quando ainda não existe fadiga muscular, nem nervosa (Borzi, 1986). Além disso, o
programa.
sucessivamente.
181
Material e Métodos
Programa de Treino I
(quer para o trabalho contínuo, quer para o trabalho descontínuo), seguidos de uma
séries, com intervalo entre séries de 110 a 120 segundos. O programa desenvolveu-
se durante duas semanas. O volume total de trabalho por sessão foi de 19,3
minutos, o que perfez um volume total de trabalho para este primeiro programa de
confinados uns com a força rápida e outros com a força de resistência, com e sem
dimensão. O material utilizado está ao alcance de qualquer escola, uma vez que é o
Estes dois programas eram constituídos por 10 estações cada um. Em cada
182
Material e Métodos
estação. Os alunos efectuavam duas voltas ao circuito (duas séries), com intervalos
entre séries de 180 segundos. A duração dos programas foi de três semanas cada
um, para o trabalho contínuo; e duas semanas, para o descontínuo. O volume total
de trabalho por sessão foi de 21,3 minutos (para o trabalho contínuo) e 32 minutos
força máxima). Para isso utilizaram-se exercícios de força geral, relacionados com a
força rápida e outros com a força de resistência, com e sem cargas adicionais, mas
vez que é material normalmente usado nas aulas de Educação Física e outro de fácil
183
Material e Métodos
Outro aspecto que nos apraz referir, prende-se com os procedimentos para
estação;
de execução.
avaliação, ou seja, a avaliação inicial (no pré-teste), a avaliação final (no pós-teste) e
a avaliação após três semanas da aplicação dos programas de treino. Se nas duas
184
Material e Métodos
C PÓS~t6St6
Grupos Experimentais 2 Programa Contínuo Programa de Treino I A , „ ,
i t~"f r>-'** r > _ j T T T Após 3 semanas da
1G2 Pre-teste e J Programa de Tremo II programas
*^.. „de ,treino
2G2 Programa Descontínuo Programa de Treino III
lectivas, os programas foram suspensos para os dois grupos, optámos por não fazer
185
Material e Métodos
Janeiro j
10 17 24 31
11 18 25
12 19 26
13 20 27
14 21 28
15 22 29
16 23 30
Legenda:
ausência de ganhos.
186
Material e Métodos
estudos e propostas de Schutz (1989, citado por Carvalho, 1993) e foi utilizada
também por Carvalho (1993) e Cunha (1996) no desenvolvimento dos seus estudos,
no mesmo âmbito. Por essa razão optámos por recorrer a este tipo de procedimento.
versão 8.0.
187
4. Apresentação e Análise dos Resultados
Apresentação e Análise dos Resultados
análise dos resultados dos pré e pós-testes nas diferentes provas de avaliação; 3)
apresentação e análise dos resultados das provas de avaliação, após três semanas
aberrantes que podem existir numa distribuição e que tendem a influenciar a média
- peso e altura.
Da análise do quadro 28, podemos verificar que de uma forma geral quer os
existentes pendem sempre para o lado dos rapazes, que apresentam mais 6,36 kg
No sexo masculino, o grupo 1G0 foi aquele que registou um aumento mais
189
Apresentação e Análise dos Resultados
grupo 1G1, o que registou maiores aumentos (1,5 kg de ganhos absolutos => 3%).
Quadro 28 - Valores do peso em cada um dos grupos nos dois sexos (médias (x), desvios-padrão
(s), ganhos absolutos (A bsolutos) e percentuais (%), assim como o valor de t e p, nos dois
momentos de observação)
Pré-teste Pós-teste
Grupos Ganhos
>' ^ m
Absolutos %
■ . . .
53,11 ■ ■ ' ■ ■ ■ -
9,66 ■ ■ ■ ' ; ' :
37 Total 54,32 9,75 -4,621 0,000 1,21 2,28
Feminino 54,38 10,65 8 2G0 54,5 10,95 -0,243 0,815 0,120 0,22
diferenças de altura entre os dois sexos, podemos constatar que os rapazes deste
estudo são mais altos que as raparigas (diferença de 5,67 cm no pré-teste e 6,28 cm
no pós-teste), tendo mesmo crescido, em média, mais 0,61 cm, entre os dois
momentos de avaliação.
(p= 0,001 e p= 0,000, respectivamente), sendo o grupo 1G0 o que aumentou mais
190
Apresentação e Análise dos Resultados
absolutos (0,87 cm de ganhos absolutos => 0,55%). De salientar que o grupo 2G2
relativamente ao pré-teste.
Quadro 29 - Valores da altura em cada um dos grupos nos dois sexos (médias (x), desvios-padrão
(s), ganhos absolutos (Absolutos) e percentuais (%), assim como o valor de te p, nos dois
momentos de observação)
há alunos com elevados índices de prestação de força e outros com índices muito
baixos.
191
Apresentação e Análise dos Resultados
uma grande dispersão interindividual, uma vez que a amplitude dos resultados varia
existem rapazes que evidenciam índices de força máxima (quase) quatro vezes
superiores aos outros. No caso das raparigas, a amplitude dos resultados varia entre
kg, respectivamente), tendo mesmo aumentado essa diferença em cerca de 1,9 kg,
De uma forma geral, podemos verificar que, ao nível dos rapazes houve um
absolutos => 5,17%. Nas raparigas não houve aumento de força, registando-se
mesmo uma diminuição dos valores iniciais neste teste (-0,21 kg de ganhos
absolutos^ -0,87%).
Nos rapazes, o grupo 1G1 evidenciou aumentos significativos (p= 0,004), embora o
grupo 1G2 tenha ficado muito perto da significância estatística com um p= 0,065. O
aumento mais elevado, em termos absolutos cifrou-se nos 2,6 Kg, o que
corresponde a cerca de 9,22%. O mais baixo ocorreu no grupo 1 GO, com ganhos
absolutos na ordem dos 1,1 kg, o que corresponde a cerca de 2,92%. Portanto, um
192
Apresentação e Análise dos Resultados
Quadro 30 - Resultados da prova de Dinamometria manual em cada um dos grupos, nos dois sexos
(médias (x), desvios-padrão (s), ganhos absolutos (Absolutos) e percentuais (%), assim
como o valor de t e p, nos dois momentos de observação)
Figura 22 - Comparação dos valores médios da Dinamometria manual, entre grupos e por sexo, nos
dois momentos de avaliação.
ganhos absolutos ^> 5,41 %), embora não tenham sido significativos. Porém, esses
(p=0,043). O aumento mais elevado, em termos absolutos cifrou-se nos 0,9 Kg, o
que corresponde a cerca de 3,81%. Nos grupos 2G0 e 2G2, verificou-se mesmo
193
Apresentação e Análise dos Resultados
uma diminuição dos valores da força neste teste, sendo o grupo 2G2 o que registou
De registar ainda, que o grupo 2G0, apesar de ter diminuído os seus valores
iniciais (- 2,1 kg de ganhos absolutos => - 8,3%), essa diminuição foi inferior à que
ocorreu no grupo 2G2. Portanto, um aumento do grupo 2G1 na ordem dos 12,11%,
evidenciou diferenças significativas, nem nos rapazes, nem nas raparigas. O quadro
Quadro 31 - Matriz de comparações múltiplas (Schefíê F-test) dos ganhos dos três grupos para a
Dinamometria manual, nos dois sexos.
No estudo com outliers, nas raparigas, o grupo 2G0 evidencia diminuição nos
seus valores de força, mas essa diminuição não é significativa. Este mesmo grupo,
seria o que registava maior diminuição dos valores da força, em vez do grupo 2G2.
valores, também no que se refere à força rápida. Nos testes utilizados para medir
194
Apresentação e Análise dos Resultados
145% (arremesso da bola medicinal) mais elevados que outros. A dispersão nas
força (p= 0,001), correspondente a 7,64 cm de ganhos absolutos => 5%. Nas
raparigas também houve aumento nos valores de força, embora este não tivesse
absolutos => 7,73%). O mais baixo ocorreu no grupo 1G0, tendo-se constatado uma
diminuição dos valores iniciais (-1,5 cm de ganhos absolutos => - 0,99 %). Portanto,
195
Apresentação e Análise dos Resultados
Quadro 32 — Resultados da prova de Salto em comprimento s/ balanço em cada um dos grupos, nos
dois sexos (médias (x), desvios-padrão (s), ganhos absolutos (Absolutos) e percentuais (%),
assim como o valor de r e p, nos dois momentos de observação)
Pre-teste Pós-teste
Grupos Ganhos
;
Absolutos %
i ^ — — —
Feminino 121,9 10.83 8 2G0 123,6 16,34 -0,468 0,654 1,7 1,39
*-'
120^2" 19 28 l7~ 2G1 127,7 22 76 -2,607 0,01.9 7,5 6,24
(p=0,019). O aumento mais elevado, em termos absolutos cifrou-se nos 7,5 cm, o
Figura 23 - Comparação dos valores médios do Salto em comprimento s/ balanço, entre grupos e
por sexo, nos dois momentos de avaliação.
Rapazes Raparigas
(cm)
diminuição dos valores da força neste teste (-1,6 cm de ganhos absolutos =^> -1,2%).
De registar ainda, que o grupo 2G2 também apresentou valores mais baixos neste
196
Apresentação e Análise dos Resultados
teste do que o grupo 2G0 (1,7 cm de ganhos absolutos ==> 1,39%). Por fim, constata-
se uma diferença entre o grupo 2G1 relativamente ao grupo 2G0, na ordem dos
no inicial também não evidenciou diferenças significativas, nem nos rapazes, nem
permitiu verificar que, quer nos rapazes, quer nas raparigas, não existem diferenças
Quadro 33 - Matriz de comparações múltiplas (Scheffé F-test) dos ganhos dos três grupos para o
salto em comprimento s/balanço, nos dois sexos.
teste), tendo aumentado a diferença para as raparigas em cerca de 12,49 cm, após
197
Apresentação e Análise dos Resultados
absolutos => 12,95%), porém em termos percentuais foi no grupo 1G1 que se
grupo 1G0, tendo-se constatado mesmo uma diminuição dos valores iniciais (- 17,9
relativamente ao grupo 1G0, na ordem dos 18,09%. O grupo 1G2 obteve aumentos
Pré-teste s-teste
Grupos ■■ ■ . : .
Ganhos
M ;; ::v
S Absolutos %
Masculino 430,5 98,76 8 IGO 412,6 64,78 0,875 0,410 -17,9 -4,16
Feminino 300,4 47,6 8 2G0 285,6 43,92 3,516 0,010 -14,8 -4,93
Significativo para p< 0,05 Significativo para p< 0,05 (diminuição significativa)
absolutos => 13,93 %). O mais baixo ocorreu no grupo 2G0, tendo-se constatado uma
=> -4,93%) . Portanto, um aumento do grupo 2G2 relativamente ao grupo 2G0, na ordem dos
198
Apresentação e Análise dos Resultados
18,86%. O grupo 2G2 apresentou valores mais elevados neste teste do que o grupo 2G1 (32,4
Figura 24 - Comparação dos valores médios do Arremesso da bola medicinal de 2 kg, entre grupos
e por sexo, nos dois momentos de avaliação.
Rapazes Raparigas
360f-'"T
(cm)
grupo 2G0.
Quadro 35 - Matriz de comparações múltiplas (Scheffé F-test) dos ganhos dos três grupos para o
arremesso da bola medicinal de 2 kg, nos dois sexos.
199
Apresentação e Análise dos Resultados
4.2.2.3. Sextuplo
A partir do quadro 36 e figura 25, podemos ver que, mais uma vez, os
De uma forma geral, nos rapazes houve um aumento significativo de força (p=
raparigas, o panorama já não é o mesmo, uma vez que, apesar de ter havido
aumento de força (0,11 m de ganhos absolutos => 1,14%), este não foi significativo.
Fazendo a análise dentro de cada grupo, nos rapazes, os grupos 1G1 e 1G2
respectivamente), tendo sido o grupo 1G2 o que registou aumentos mais elevados
em termos absolutos (0,77 m de ganhos absolutos =^> 7,18%). O mais baixo ocorreu
no grupo 1G0, tendo-se constatado mesmo uma diminuição dos valores iniciais
relativamente ao grupo 1G0, na ordem dos 8,11%. O grupo 1G2 apresentou ganhos
mais elevados neste teste do que o grupo 1G1 (0,6 m de ganhos absolutos =>
(2,11 %). No grupo 2G0, verificou-se o aumento mais ligeiro (0,09 m de ganhos
2G1. O grupo 2G2 apresentou valores mais elevados neste teste (0,1 m de ganhos
200
Apresentação e Análise dos Resultados
Quadro 36 - Resultados da prova do Sextuplo em cada um dos grupos, nos dois sexos (médias (x),
desvios-padrão (s), ganhos absolutos (Absolutos) e percentuais (%), assim como o valor de
t e p, nos dois momentos de observação)
Pré-teste Pós
" ■ - :
Grupos
sexo x : s t Absolutos
10 96
^HP > 1,28 36 Total H,47 1.34 -3,392 0,002 0,51 4,65
Masculino: 11,8 1.2 9 1G0 11,7 1.15 1,072 0,315 -0,11 -0.93
9,61 0,66 34 _
Total 9,72 0.67 -1,268 0,214 0,11 1,14
Feminino l() 0,39 6 2G0 10,09 0,33 -0,533 0.617 0,09 0,9
• r——rfí
9,5 0,75 ~Ï6~ 2G1 9,7 0,65 -2,203 0.044 0,2 2,11
9,5 0,56 12 2G2 9,7 0,8 -0,498 0.628 0,1 1,05
Figura 25 Comparação dos valores médios do S extuplo, entre grupos e por sexo, nos dois
momentos de avaliação.
Rapazes Raparigas
(m) 9 6
absolutos => 1,05%), do que o grupo 2G0. Pudemos ainda constatar a existência de
uma diferença entre o grupo 2G1 relativamente ao grupo 2G2, apenas de 0,15%.
evidenciou diferenças significativas nem nos rapazes, nem nas raparigas. O mesmo
201
Apresentação e Análise dos Resultados
sexo.
Quadro 37 - Matriz de comparações múltiplas (Scheffé F-test) dos ganhos dos três grupos para o
Sextuplo, nos dois sexos.
variação (nos sit-up's, 16-46 abdm., para os rapazes, e 9-44 abdm, para as
(com um desvio padrão de 3,21) e a grande dispersão existente a nível da prova dos
4.2.3.1. Sit-up's
202
Apresentação e Análise dos Resultados
Quadro 38 - Resultados da prova de Sit-up's em cada um dos grupos, nos dois sexos (médias (x),
desvios-padrão (s), ganhos absolutos (Absolutos) e percentuais (%), assim como o valor de
te p, nos dois momentos de observação)
2,2 abdm..
De uma forma geral, quer nos rapazes, quer nas raparigas houve um
a cerca de 5,72 abdm. (16,84%), nos rapazes, e 7,92 abdm. (26,3%), nas raparigas.
Portanto, neste teste os aumentos verificados nas raparigas foram superiores aos
dos rapazes.
nível dos rapazes, todos os grupos aumentaram os seus valores, tendo o grupo 1G1
O mais baixo ocorreu no grupo 1G0, com 1,8 abdm. de ganhos absolutos, o que
203
Apresentação e Análise dos Resultados
Figura 26 - Comparação dos valores médios de S itup's, entre grupos e por sexo, nos dois
momentos de avaliação.
Raparigas
Rapazes
50
40
30
(n.°)
20
10
O grupo 1G2 também registou um bom aumento nos seus valores (4,2 abdm.
(p= 0,052). Os valores deste grupo foram cerca de 7,44% superiores aos registados
de ganhos absolutos => 32,7%). O mais baixo ocorreu no grupo 2G0, (2,7 abdm. de
teste, tendo ficado o grupo 2G0 com aumentos muito próximos da significância
estatística (p= 0,069). O grupo 2G2 apresentou valores mais elevados neste teste
204
Apresentação e Análise dos Resultados
raparigas, onde verificaram-se diferenças significativas nos valores dos três grupos
Quadro 39 - Matriz de comparações múltiplas (Scheffé F-test) dos ganhos dos três grupos para os
Sit-up's, nos dois sexos.
rapazes, o grupo 1G2 registava aumentos significativos nos seus valores de força,
essa diferença para mais 1,91", após a aplicação dos protocolos de treino. No
entanto, é de salientar que, tanto nos rapazes como nas raparigas, houve aumentos
para os rapazes, e nos 2,3" (97,46%), para as raparigas. Neste teste, os aumentos
205
Apresentação e Análise dos Resultados
aos rapazes. Porém, deveremos considerar que os índices de prestação inicial das
raparigas são muito mais baixos do que os dos rapazes, que, em termos absolutos,
evoluíram mais.
grupo 1G1 teve aumentos significativos de força (p=0,031). Esse aumento cifrou-se
mais baixo ocorreu no grupo 1G0 (1,4" de ganhos absolutos => 28%), embora tenha
Quadro 40 - Resultados da prova de Suspensão Estática em cada um dos grupos, nos dois sexos
(médias (x), desvios-padrão (s), ganhos absolutos (Absolutos) e percentuais (%), assim
como o valor de f e p, nos dois momentos de observação)
O grupo 1G2 obteve aumento nos seus valores (2,9" de ganhos absolutos =>
206
Apresentação e Análise dos Resultados
Figura 27 - Comparação dos valores médios de Suspensão Estática, entre grupos e por sexo, nos
dois momentos de avaliação.
Rapazes Raparigas
termos absolutos, verificou-se no grupo 2G2 (2,7" de ganhos absolutos => 67,5%),
percentuais (370,97%). O aumento mais baixo ocorreu no grupo 2G0 (1,7 de ganhos
absolutos => 62,96%) . Assim sendo, o grupo 2G1 aumentou cerca de 308,01%
do grupo 2G1, que é mais baixo relativamente aos outros, o que faz com que
qualquer evolução que surja, por muito pequena que seja, corresponda a um grande
aumento percentual.
neste teste do que o grupo 2G0 (cerca de 4,54%) e uma diferença de 303,47%
não houve diferenças significativas nem no grupo dos rapazes, nem no das
207
Apresentação e Análise dos Resultados
Quadro 41 - Matriz de comparações múltiplas (Scheffé F-test) dos ganhos dos três grupos para a
Suspensão Estática, nos dois sexos.
Por fim, fazendo uma visão de conjunto das provas de avaliação, nos dois
sexos, no que se refere aos ganhos absolutos e percentuais, podemos verificar que,
nos rapazes (Figura 28), os grupos que foram submetidos a protocolos de treino
Figura 28 - Comparação conjunta dos ganhos percentuais nas diferentes provas entre os dois
momentos de observação, em cada grupo, nos rapazes.
Rapazes
Testes
todas as provas. De uma forma geral, o grupo 1G1, que foi submetido a um treino
contínuo de força, foi o que evidenciou maiores ganhos, na maior parte dos testes,
208
Apresentação e Análise dos Resultados
sexo masculino, isto porque, dos grupos que foram submetidos aos protocolos de
treino de força (grupos 2G1 e 2G2), apenas o grupo 2G1 (treino contínuo de força)
controle (grupo 2G0), conseguiu aumentar os seus valores de força nas provas do
Figura 29 - Comparação conjunta dos ganhos percentuais nas diferentes provas entre os dois momentos de
observação, em cada grupo, nas raparigas.
Raparigas
Testes
De referir apenas que, a escala dos valores das raparigas (Figura 29), não
está ajustada ao valor percentual máximo atingido pelo grupo 2G1 na prova da
suspensão estática, que foi de 372%. Optámos por ajustar a escala a 100%, de
forma a podermos visualizar melhor o perfil dos ganhos registados nas outra provas.
209
Apresentação e Análise dos Resultados
De uma forma geral, podemos dizer que o estudo da distribuição com outliers,
revela algumas alterações nas médias e desvios-padrão, na maior parte dos testes
A partir da análise do quadro 42 e do figura 30, podemos verificar que, após três
rapazes.
Quadro 42 - Resultados da prova de Dinamometria manual em cada um dos grupos, nos dois sexos
(médias (x), desvios-padrão (s), ganhos absolutos (Absolutos) e percentuais (%), assim
como o valor de t e p, no pós-teste e após 3 semanas)
grupo 1G2, aquele que mais perdeu força (-2,7 kg de perdas absolutas => -7,69%).
Nas raparigas, os grupos 2G1 e 2G2 evidenciaram uma diminuição significativa dos
210
Apresentação e Análise dos Resultados
Figura 30- Perfil dos ganhos/perdas registados na Dinamometria manual, no pós-teste e após 3 semanas, nos
dois sexos.
Grupos
depois da aplicação dos protocolos de treino (Figura 31), podemos constatar que,
com a excepção feita ao grupo 1G1, todos os outros diminuíram os seus valores de
Figura 31 Perfil da evolução das médias do teste da Dinamometria manual, entre o préteste e 3
semanas após a cessação dos protocolos de treino da força, para todos os grupos.
211
Apresentação e Análise dos Resultados
forma geral, não houve perdas significativas de força, nem nos rapazes, nem nas
raparigas, havendo mesmo aumentos nos valores dos rapazes (1,36 de ganhos
Nos rapazes os grupos 1G0 e 1G1 obtiveram aumentos nos seus valores de
força, sendo o grupo 1G0 o que registou aumentos mais elevados (8,8 cm de
ganhos absolutos => 5,87%). Por outro lado, o grupo 1G2 foi o único que diminuiu os
seus valores do pós-teste (-7 cm de perdas absolutas => -4,16%). Nas raparigas, o
grupo 2G1 foi o único que obteve aumentos nos seus valores de força (0,9 cm de
aumentos absolutos => 0,7%). Os outros registaram diminuição dos valores de força,
relativamente ao pós-teste, tendo sido o grupo 1G0 o que mais se destacou pela
Quadro 43 - Resultados da prova de Salto em comprimento s/ balanço em cada um dos grupos, nos
dois sexos (médias (x), desvios-padrão (s), ganhos absolutos (Absolutos) e percentuais (%),
assim como o valor de te p, no pós-teste e após 3 semanas)
Pós-teste 3 semanas após a cessação dos programas
Grupos
Ganhos
sexo X s n n x s t p Absoluto %
160,58 19,03 33 j Total 36 161,94 "~26/> -0,487 0,629 1,36 0,85
Masculino 149,8 12,85 8 1G0 9 158,6 27,02 -0,613 0,559 8,8 5,87
158,8 17,1 11 1G1 12 165,6 21.75 -0.917 0.379 ~ 6.8 4.28
168,1 21,01 14 1G2 15 161,1 30,99 0.761 0,459 -7 -4,16
128,22 19,62 ' 3 7 ' TTc*aí ' :""3'"i 127.1 17,48 0,323 0,748 -L.12 ' '-O^f
Feminino 123,6 16,34 8 2G0 8 119^5 14,83 1,848 0,107 -4,1 -3,32
___ 22,76 17 ~ 201 : 11 128,6 " 7,43 -0.152 0.881 0,9 0,7
132.1 17.44 12 2G2 12 130,8 24.16 0.402 0.696 -1,3 -0,98
Significativo para p< 0,05
212
Apresentação e Análise dos Resultados
14
12 „„—. — —~:~0p— — sr
10
8
6
4 —V yf \
2
0
2 Total 1G0 1G1 . .102. Total ^2GD 2G1 2 s2
Grupos
avaliação (Figura 33), podemos constatar que, nos rapazes, todos os grupos
esse aumento mais notório no grupo que foi submetido ao trabalho contínuo de força
(grupo 1G1). Nas raparigas, também se nota um aumento de força para o grupo
2G1, enquanto os outros dois grupos registam valores inferiores à sua prestação
inicial.
Figura 33 Perfil da evolução das médias do teste do Salto em comprimento s/ balanço, entre o pré
teste e 3 semanas após a cessação dos protocolos de treino da força, para todos os grupos.
cm
Grupos
■ Pré-teste -totais
213
Apresentação e Análise dos Resultados
que, em ambos os sexos, os grupos de controle (grupo 1G0, nos rapazes, e 2G0,
último momento de avaliação (grupo 1G0 com 114cm de ganhos absolutos =>
27,63%; e grupo 2G0 com 58,1 cm de ganhos absolutos => 20,34%), relativamente
ao pós-teste. No sexo masculino, o grupo 1G2 foi o que registou perdas mais
elevadas (-15,3cm de perdas absolutas => -3,23%), enquanto que no sexo feminino
214
Apresentação e Análise dos Resultados
Figura 34 - Perfil dos ganhos/ perdas registados no Arremesso da bola medicinal de 2 kg, no pós-
teste e após 3 semanas, nos dois sexos.
A partir da análise do perfil da evolução das médias para este teste (Figura
35), podemos constatar que apenas o grupo 2G1 registou uma ligeira diminuição
da força.
No que se refere a este teste, o estudo com outliers revela que, de uma forma
geral, em termos percentuais, nos rapazes, os aumentos dos valores de força não
Nos rapazes.o grupo 1 GO não evidenciava aumentos significativos nos seus valores.
215
Apresentação e Análise dos Resultados
Figura 35 Perfil da evolução das médias do teste do Arremesso da bola medicinal de 2 kg, entre o
préteste e 3 semanas após a cessação dos protocolos de treino da força, para todos os
grupos.
600
500
_0*\\
400 ^^^\Nv^XXV,
\ / N.
cm 300
200 _
100
0 ■--.- ■
y | , | " !
Total 1G0 1G1 1G2 Total 2G0 2G1 2G2
Grupos
■ Pré-teste - totais
4.3.2.3. Sextuplo
uma diminuição nos ganhos de força que se verificaram após a aplicação dos
programas de treino, nos dois sexos, diminuição essa que foi significativa nos
rapazes (p=0,023).
Nos rapazes, o grupo 1G2 foi o que registou maiores perdas nos valores de
significativas de força, embora o grupo 2G2 tenha sido o que registou maior
diminuição nos seus valores (-0,4m de perdas absolutas => -4,12%). Tanto nas
216
Apresentação e Análise dos Resultados
Quadro 45- Resultados da prova do Sextuplo em cada um dos grupos, nos dois sexos (médias (x),
desvios-padrão (s), ganhos absolutos (Absolutos) e percentuais (%), assim como o valor de
t e p, no pós-teste e após 3 semanas)
Figura 36 - Perfil dos ganhos/perdas registados no Sextuplo, no pós-teste e após 3 semanas, nos
dois sexos.
Grupos
Pós-teste Após 3 semanas
que apenas o grupo 1 GO registou uma diminuição muito ligeira dos valores de força
217
Apresentação e Análise dos Resultados
Figura 37 - Perfil da evolução das médias do teste do Sextuplo, entre o pré-teste e 3 semanas após a
cessação dos protocolos de treino da força, para todos os grupos.
Grupos
Pré-teste totais
perdem mais força em termos percentuais entre estes dois momentos de avaliação.
4.3.3.1. Sit-up's
diferenças significativas dos seus valores de força. Porém, pudemos constatar que,
de uma forma geral, os rapazes ainda aumentaram mais os seus índices de força e,
por sua vez, as raparigas diminuíram, embora essa diminuição se deva apenas ao
grupo 2G1.
218
Apresentação e Análise dos Resultados
Quadro 46 Resultados da prova dos Sit-up's em cada um dos grupos, nos dois sexos (médias (x),
desvios-padrão (s), ganhos absolutos (Absolutos) e percentuais (%), assim como o valor de
f e p, no pós-teste e após 3 semanas)
Figura 38 Perfil dos ganhos/ perdas registados nos Situp's, no pósteste e após 3 semanas, nos
dois sexos.
Grupos
■ Pós-teste - Após 3 semanas
valores de força neste teste, aumento esse que ocorreu com maior incremento no
5,35%. Nas raparigas, o grupo 2G0 também foi o que mais aumentou os seus
valores de força (0,7 abdm. de ganhos absolutos => 2,39%). No entanto, o grupo
219
Apresentação e Análise dos Resultados
que foram submetidos aos protocolos de treino de força, sobressaindo o grupo 1G1
uma forma geral, os rapazes registaram diminuição dos seus valores de força, em
1G2, foram os que diminuíram mais nos rapazes, enquanto nas raparigas o grupo
Figura 39 - Perfil da evolução das médias do teste dos Sit-up's, entre o pré-teste e após 3 semanas
da aplicação dos protocolos de treino da força, para todos os grupos.
(n.°)25
20 -
15 -
10
5-t
0 I —r 1 "-— : —i -i 1 ~ 1—~—r T-——-
Total 1G0 1G1 1G2 Total 2G0 2G1 2G2
Grupos
Ré-teste totais
220
Apresentação e Análise dos Resultados
dois sexos, diminuíssem, embora sem significância estatística (Quadro 47 e Fig. 40).
Nos rapazes, o grupo 1G1 foi o que registou maior diminuição em termos
absolutos (-5,8"), uma vez que, em termos percentuais, foi o grupo 1G0, o que
raparigas, enquanto o grupo 2G2 perdeu -2,7" (-40,3%) dos ganhos registados no
pós-teste , o grupo 2G1 aumentava ainda mais os seus índices de força para esta
prova (1,52" de ganhos absolutos => 52,78%). No entanto, esta análise deve
considerar o baixo índice de prestação inicial patenteado por este grupo, que por
Quadro 47 - Resultados da prova de Suspensão Estática em cada um dos grupos, nos dois sexos
(médias (x), desvios-padrão (s), ganhos absolutos (A bsolutos) e percentuais (%), assim
como o valor de t e p, no pós-teste e após 3 semanas)
bfetar
■■■ ■ , ■ ■ \ .■■■■■■
WK;;:;:: ; ;; :;;K.;;:K:KS
221
Apresentação e Análise dos Resultados
Figura 40 - Perfil dos ganhos/ perdas registados na Suspensão Estática, no pós-teste e após 3
semanas, nos dois sexos.
400
350
300
250
% 200
150-
100 -
50
0
^eta), 1430—4€4~ 4€2 7étaf-~-2<30—-364 -2G2-J
Grupos
diminuição dos valores registados no pré-teste, para o grupo 1 GO. Todos os outros
aumentaram os seus índices de força nesta prova, destacando-se, uma vez mais, os
grupos que foram submetidos aos treinos de força. Nos rapazes, os grupos 1G1 e
1G2 obtiveram aumentos idênticos de força, com uma ligeira supremacia do grupo
1G2. Nas raparigas, a supremacia do grupo experimental 1 (2G1 ), que foi submetido
Por fim, o estudo realizado com outliers revelou que, de uma forma geral,
2G0 perde mais força em termos percentuais, do que o grupo 2G2. Nos rapazes não
se regista uma diminuição percentual tão grande, enquanto nas raparigas essa
222
Apresentação e Análise dos Resultados
Figura 41 - Perfil da evolução das médias do teste da Suspensão Estática, entre o pré-teste e 3
semanas após a cessação dos protocolos de treino da força, para todos os grupos.
seg.
•Pré-teste totais
todos os testes, o estudo da distribuição com outliers, revela algumas alterações nas
223
5. Discussão dos Resultados
Quando elaboramos estes estudos de carácter experimental, pretendemos
realizados no contexto escolar são mais raros ainda. Por isso, temos que nos
por vezes com amostras que diferem um pouco na idade biológica. Temos também
aptidão física, que nos permitem estabelecer comparações com o nível de prestação
estudos. Apesar de tudo, é importante considerar esses estudos, uma vez que eles
são os que existem em maior quantidade e na generalidade não utilizam esse meio
realização dos testes, dificulta imenso a nossa tarefa de comparação com outros
225
Discussão dos Resultados
estudos. Por isso, é possível que tenhamos que estabelecer comparações com
vez que os progressos registados a este nível podem contribuir para um melhor
± 18,2 kg, aumentando em média no pós-teste 1,42 kg, o que corresponde a 2,4%.
As raparigas, com um peso médio no pré-teste de 53,1 ± 9,66 kg, aumentaram mais
primeira avaliação a sua média de altura situava-se nos 158,3 ± 5,32 cm, registando
226
Discussão dos Resultados
valores médios de peso e altura superiores aos das raparigas. Porém, como em
compreensível, uma vez que as diferenças entre sexos decorrentes desta fase do
período ontogénico, são mais favoráveis ao sexo masculino. Por isso, não é
evidente na amostra do nosso estudo uma vantagem das raparigas, que poderia
portuguesa, podemos verificar que a amostra do nosso estudo de uma forma geral,
Sobral (1986; 1989), Marques (1988), Carvalho (1993), Cunha (1996), Almeida
pouco mais velha do que a nossa 14/16 anos). Porém, existem estudos em que as
similares para os dois sexos, mas os indivíduos da nossa amostra são mais
estudo; em Duarte (1997) os rapazes são mais baixos e mais leves, enquanto que
com que cada população em estudo adopte estilos e hábitos de vida diferenciados,
características do indivíduo.
227
Discussão dos Resultados
muito grande, principalmente no que se refere aos rapazes. Isto induz uma série de
dificuldades para a interpretação dos resultados, uma vez que existem indivíduos
com elevados índices de prestação de força e outros com índices muito baixos.
3,8% nas raparigas). A partir daqui poderíamos induzir que apenas com a aplicação
significativos de força, foram aqueles em que os seus valores iniciais eram mais
de força é baixo, uma carga por mais sensível que seja promove aumentos
228
Discussão dos Resultados
melhoria dos níveis desta expressão de força nos indivíduos. Contudo, esta
praticantes.
aumentos significativos nesta capacidade, uma vez que esses aumentos apenas se
observaram no grupo que realizou esse tipo de trabalho. Nos outros grupos, os
sexos, uma vez que, apesar dos aumentos se terem registado em ambos os sexos,
os dos rapazes foram quase três vezes superiores aos das raparigas.
10,45, nos rapazes, e 24,06 ± 3,23, nas raparigas. Comparando estes resultados
229
Discussão dos Resultados
trabalhos (Freitas, 1994; Nascimento, 1996; Pereira, 1996; Duarte, 1997; Almeida,
indivíduos, podemos constatar que nos rapazes os valores foram superiores aos de
se certamente aos diferentes estilos e hábitos de vida das pessoas. Isto é, algumas
pertencem mais ao meio rural, em que as formas de ocupar os tempos livres são
muito diferentes daquelas adoptadas num meio mais citadino. Além disso, as
temos consciência que, no meio rural, nem todos os jovens têm a necessidade de
desenvolvimento.
230
Discussão dos Resultados
de treino revelaram maior eficácia uma vez que os ganhos percentuais evidenciados
13,6%, 9,3% e 16,2% nos rapazes e 20,2%, 12,0% e 13,8% nas raparigas, no nosso
estudo os aumentos situaram-se nos 9,2% e 5,4% nos rapazes e 3,8% nas
raparigas, sendo que o grupo que trabalhou com cargas descontínuas registou
mesmo uma regressão nos valores na ordem dos -11,0%. Como podemos
constatar, apenas no grupo dos rapazes que trabalhou com cargas contínuas é que
2 de Carvalho (1993), sendo este o grupo que no seu trabalho registou menor
evolução. Estas diferenças entre os resultados dos dois trabalhos podem estar
quer ao nível da qualidade das cargas. Isto porque, nos trabalhos de Carvalho
tenham sido mais efectivos. Sabemos da literatura que, quanto mais específicos
231
Discussão dos Resultados
aumento registado no grupo experimental dos rapazes (7,0%) foi inferior ao nosso
(que trabalhou de forma contínua), enquanto que nas raparigas foi superior (6,8%).
superiores em ambos os sexos. No que se refere à qualidade do treino, ela foi muito
semelhante entre os dois trabalhos, com o nosso a recorrer por vezes a material um
Cunha (1996) o circuito era por número de repetições. Este factor poderá ter tido
amostras, uma vez que um indivíduo motivado para o trabalho de força facilmente
se esforça para dar o máximo. Se o trabalho se desenvolver com tempo fixo, o aluno
poderá realizar mais repetições do que aquelas que forem predeterminadas. Nas
raparigas o efeito será contrário. Como é lógico, isto são suposições que
registados neste teste (7,5%) são ligeiramente inferiores aos nossos, no que se
232
Discussão dos Resultados
que, se por um lado quanto mais baixo for o nível de prestação inicial, maiores
Saraiva (2000), que também trabalhou com uma amostra constituída por
bastante maiores (entre 50,0% e 54,0%, para a mão esquerda e a mão direita) do
deste teste pode ser perturbada pelo tipo de dinamómetro utilizado, o tamanho da
233
Discussão dos Resultados
braços», respectivamente.
citado também por Carvalho (1993), num trabalho desenvolvido com jovens pre-
234
Discussão dos Resultados
nestes estudos são superiores aos nossos, apesar dos testes utilizados não serem
pubescentes parece ser uma questão que reúne grande consenso na literatura da
especialidade. Já Simkin (1960, citado por Carvalho, 1993) referia que era no
1964 (citado por Carvalho, 1993). Parece ser, precisamente, entre este período
explosiva de extensão das pernas. Apesar de, em termos desportivos não ser o
235
mais utilizado, no contexto do nosso estudo parece ser o mais ajustado e o que
Assim sendo, a partir dos resultados obtidos, podemos constatar que os dois
Nos rapazes registam-se aumentos absolutos na ordem dos 11,4 e 9,8 cm, no
nesta expressão de força: em termos absolutos 7,5 cm, o que corresponde a cerca
pernas, nos dois sexos. Nos rapazes, o trabalho aplicado com cargas descontínuas,
poderá apresentar-se como uma boa alternativa para o desenvolvimento deste tipo
de força (no contexto escolar), uma vez que promove progressos importantes nos
rapazes diminuíram esses valores de força. Este aspecto merece nossa atenção,
controle foi o que apresentou maior peso corporal inicial, aumentando ainda, de
nível de força relativa, poderemos compreender que o maior peso corporal terá uma
236
Discussão dos Resultados
absoluta crescem, mas os de força relativa diminuem. Ou seja, o indivíduo tem mais
força, mas sente mais dificuldades quando a tem que aplicar em oposição ao seu
registou os maiores aumentos de força neste teste, foi aquele que apresentava um
nível de prestação inicial mais baixo e, também, aquele em que os seus elementos
eram mais leves. Por sua vez nas raparigas, estas foram as que aumentaram menos
o seu peso corporal. Por isso, este factor poderá não ter influenciado negativamente
treino, uma vez que após a aplicação dos protocolos a diferença existente entre os
dois sexos aumentou ainda mais. Porém, podemos constatar que a treinabilidade
entre os dois sexos parece ser idêntica quando se trabalha de forma contínua e
237
_____ Discussão dos Resultados
entanto, enquanto nos rapazes, de uma maneira geral, esse aumento verifica-se ao
massa gorda (tecido adiposo), o que parece estar directamente relacionado com a
apesar de não termos medido o comprimento das pernas dos nossos alunos,
podemos constatar que os rapazes são mais altos que as raparigas. Citando Malina
(1980, 269), durante a adolescência, a maioria das raparigas, para estatura igual,
têm pernas mais pequenas que os rapazes. Então, considerando este pressuposto,
podemos inferir que possivelmente o facto dos rapazes serem mais altos,
que, para explicar estas diferenças entre sexos neste teste, deve-se considerar a
nos rapazes. Com isto pretendemos salientar que não só pelos factores
238
Discussão dos Resultados
e até mesmo psicológica, que poderão ser tão ou mais importantes que os outros,
18,27 nos rapazes, e 124,9 ± 16,49 nas raparigas. Comparando estes resultados
com os de outros estudos, em que também avaliaram a força rápida dos membros
inferiores, através do mesmo teste, pudemos constatar que são inferiores a todos os
Barbanti, 1989; Nunes et ai., 1981; Sobral, 1989; Marques et ai., 1992; Freitas,
1994; Vieira de Sá, 1995; Cunha, 1996; Madureira, 1996; Nascimento, 1996;
Pereira, 1996; Duarte, 1997; Almeida, 1998; Mendes, 1998; Saraiva, 2000). Apenas
prestação evidenciado pela nossa amostra. Isto porque, como a nossa população se
indivíduos do nosso estudo apresentam uma boa média de alturas e que estas se
marcada.
239
Discussão dos Resultados
(2000) utilizaram este teste do salto em comprimento sem balanço para avaliar a
força rápida dos membros inferiores, nos jovens pubertários. Em Cunha (1996), no
refere aos grupo dos rapazes, os aumentos são similares aos nossos (7,7% e 6,2%,
aumentos registados em Cunha (1996) são quase duas vezes superiores aos
constatar que as nossas alunas que trabalharam com cargas contínuas registam
sem esquecer que são praticantes de voleibol em que o salto é fundamental, temos
que considerar que estas estão mais avançadas em termos maturacionais e isso
feminino.
240
Discussão dos Resultados
desses trabalhos.
(1993) (6,4% e 5,9%) são similares aos do nosso, excepto no grupo que trabalhou
raparigas é que, mais uma vez, os resultados são superiores, principalmente nos
11,2%, nos grupos 2G2 e 2G3, respectivamente). No grupo que foi submetido ao
(4,9%) aos registados nas nossas alunas que trabalharam com cargas contínuas.
relativamente ao grupo três. Nas raparigas, quando a carga dos programas foi
241
forma contínua e sistemática, o tipo de metodologia utilizada no nosso trabalho é
parecem não terem sido muito eficazes comparativamente com os dos estudos de
referência.
Neste teste de força rápida de extensão dos braços, parece ser inequívoco o
controle no pós-teste, o que nos faz induzir que o processo de crescimento não terá
influência nos aumentos dos níveis de força dos indivíduos da nossa amostra.
força idênticos quer nos grupos sujeitos a um trabalho contínuo de força, quer nos
242
Discussão dos Resultados
e 13,9%. Segundo os dados obtidos, podemos induzir que estes dois tipos de
Mais uma vez, as diferenças entre sexos são acentuadas, com clara
sociedade é constituída por regras e normas, e mesmo mitos, a partir dos quais as
mulheres não estão destinadas a desenvolver actividades que exijam uma grande
Carvalho (1996, 35) as raparigas, por educação e tradição, são muito pouco
243
Discussão dos Resultados
seus índices de força, o que lhes proporciona níveis elevados de motivação para
fazer mais e melhor, os indivíduos dos grupos de controle situam-se num contexto
completamente diferente.
força rápida explosiva dos membros superiores da mesma forma que o fizemos no
entrada, podemos constatar que os nossos (395,4 ± 103,2 cm nos rapazes e 303,9
relação aos estudos de Saraiva (2000) ao nível das raparigas (4,38 m) os valores
em Carvalho (1993) são substancialmente maiores (23,0%, 20,4% e 25,5%, nos três
programas de treino demonstraram-se mais efectivos, uma vez que nos dois grupos
244
Discussão dos Resultados
com este estudo revela-se difícil, uma vez que os testes diferenciavam na forma de
5.3.3. Sextuplo
significativos de força.
poderá induzir também neste teste, podemos constatar que, realmente, os aumentos
245
Discussão dos Resultados
Neste teste, os valores dos rapazes também são superiores aos das
raparigas, o que evidencia, uma vez mais, a maior vantagem dos rapazes após o
advento da puberdade.
elementos dos grupos de controle e experimentais, foram: 10,96 ± 1,28 nos rapazes
literatura podemos verificar que os resultados da nossa amostra são inferiores aos
(2000). Isto sem dúvida, irá influenciar os resultados finais, pois se o nível de
estudos de Carvalho (1993) ( 2,2%, 5,3% e 7,7% nos três grupos). Relativamente às
três grupos) são superiores aos do nosso. Embora o estudo de Carvalho (1993)
verificar que os rapazes evoluíram cerca de 2,6%, após a aplicação dos programas
246
Discussão dos Resultados
5.4.1. Sit-up's
na medição da força abdominal do que o modified sit-up. Isto porque exige uma
maior participação dos músculos abdominais e não tanto dos flexores da coxa,
dos sit-up's tem sido mais utilizado na literatura da especialidade, o que facilita a
tarefa de comparação dos resultados. Por este facto é que optámos pela sua
utilização.
Porém, a efectividade dos programas de treino está bem patente nos resultados,
Este é mais um teste que é condicionado pelo nível de força relativa dos
indivíduos, uma vez que têm que vencer o peso do próprio corpo. Porém, pelos
consciência que essa melhoria poderá dever-se a uma melhoria da técnica e dos
247
Discussão dos Resultados
Apesar dos aumentos mais elevados se terem registado nos grupos que
apresenta-se, mais uma vez, como uma boa alternativa de desenvolvimento dos
semelhança entre os valores evidenciados pelos dois sexos. Isto revela que, além
sexos, é possível que nas raparigas essa treinabilidade seja um pouco maior. Isto
De facto, parece que a força resistente abdominal, para além dos benefícios
248
Discussão dos Resultados
deste programa.
6,84 nos rapazes, e 30,11 ± 9,5 nas raparigas. Comparando estes valores com os
Pereira (1996) e Almeida (1998). Relativamente aos rapazes, eles são ainda
inferiores aos de Freitas (1994), Duarte (1997) e Mendes (1998) e superiores aos
mesmo superiores aos de Sobral (1989), Freitas (1994), Prista (1994), Duarte
nossos valores são inferiores aos de Carvalho (1993), Cunha (1996) e Saraiva
(2000).
do nosso estudo, que foram submetidos ao programa com cargas contínuas. Porém,
249
Discussão dos Resultados
(11,5%), nos outros dois (Carvalho, 1993; e Cunha, 1996) os aumentos foram
similares (35,0%, 29,1% e 32,5% nos três grupos de Carvalho, 1993; e 31,9% nos
entender, se poderá dever, entre outros, a dois factores: primeiro o facto do nível de
prestação inicial ser mais baixo nos indivíduos do nosso estudo; e também, pela
grande incidência que este tipo de trabalho teve nos nossos programas de treino.
forma a lhes dar maior solidez. Quanto às raparigas, a treinabilidade parece ser
registaram níveis médios iniciais mais elevados, o que torna difícil a existência de
aos rapazes poderão estar na base da maior adaptabilidade ao treino, por parte das
raparigas. No entanto, parece que nem todos os músculos têm o mesmo grau de
250
Discussão dos Resultados
velhos que os da nossa amostra, valores esses inferiores aos do nosso estudo.
corporal, por um lado, e o nível de força máxima dos membros superiores, por outro,
(incluindo os de controle) registaram aumentos nos seus valores iniciais. Isto induz,
enquanto que nas raparigas, tanto as que treinaram contínua como as que
370,9% e 67,5%.
251
Discussão dos Resultados
ideias que explicarão estes valores. Em primeiro lugar, como o nível inicial de
analisarmos bem os resultados podemos verificar que eles são muito baixos,
particularmente nas raparigas, em que o grupo que revela maiores aumentos não
rapazes que trabalhou continuamente era o mais leve, por outro lado, também foi o
que aumentou mais o seu peso corporal. Por esse facto é que acreditamos que os
valores superiores aos das raparigas, o que evidencia uma vez mais a diferença de
252
Discussão dos Resultados
Bouchard, 1991; Guedes e Barbanti, 1995; Vieira de Sá, 1995; Carvalho, 1996),
peso corporal nas mulheres, leva a uma relação carga/força menos favorável que
contribui para as diferenças de força entre sexos. Também Sobral (1988, 69)
valor somático pode constituir uma vantagem nas provas que exijam a deslocação
Apesar dos valores registados pelas raparigas terem sido muito baixos,
nestas, o trabalho descontínuo parece apresentar-se como uma boa alternativa para
Física.
7,65 nos rapazes, e 2,36 ± 3,21 nas raparigas. Os estudos a partir dos quais
constatar que os nossos resultados são bastante inferiores aos dos estudos de
Montecinos e Prat (1982), Cunha (1996), Mendes (1998) e Saraiva (2000). Mesmo
nos trabalhos de Montes e Llaudes (1992) e Branco (1994), com jovens pré-
púberes, os valores de força são inferiores aos apresentados por estes estudos.
Não encontramos justificação para que os nossos valores sejam tão baixos. Na
realidade, parece que os nossos alunos têm mesmo é pouca força de resistência
253
Discussão dos Resultados
nos braços, mesmo porque pensamos que este tipo de exercício estará muito mais
que os resultados obtidos pelas raparigas são um pouco enganadores. Isto porque,
suspensão, na nossa perspectiva, não revela uma grande capacidade de força. Por
esse facto é que os aumentos registados pelo grupo feminino que trabalhou de
forma contínua, bateriam qualquer um dos outros: 157,4% (Cunha, 1996), 117,3%
(Branco, 1994) e 31,9% (Saraiva, 2000). O mesmo não se verificou para o grupo
registando por isso aumentos percentuais mais modestos, mas abaixo dos estudos
ser muito mais elevado). Quanto aos rapazes, os aumentos foram similares ou
33,6% e 25,9%, após a aplicação dos programas nos dois grupos, respectivamente.
nível inicial de prestação, neste tipo de força. Isto condicionará, sem dúvida, a
254
Discussão dos Resultados
dos rapazes ela foi evidenciada, uma vez que os grupos experimentais revelaram
aumentos muito superiores aos atingidos pelo grupo de controle. Nas raparigas, já
pelas razões já expostas. Por isso, preferimos justificar estes aumentos através dos
programas de treino. Pensamos que não existe grande consistência nos resultados
programas foi evidente, com o programa de cargas contínuas a revelar, uma vez
tempo. Para isso, fizemos uma avaliação do nível de força três semanas após a
aplicação dos programas de treino, afim de analisar o nível das perdas dos alunos.
constatar que todos os grupos registaram uma diminuição nos seus valores obtidos
após as 8 semanas de treino. Porém, nas raparigas dos dois grupos (contínuo e
descontínuo), essa diminuição foi significativa, o que não se verificou nos rapazes
255
^ _____ Discussão dos Resultados
dos respectivos grupos. Isto é, o efeito do destreino parece ter sido mais acentuado
e três semanas após a aplicação dos protocolos, podemos constatar que, excepção
foram ligeiras, localizando-se muito perto dos seus valores iniciais, nas raparigas
poderemos atribuir alguma responsabilidade nesta diminuição, uma vez que tanto
tempo após o trabalho de força, os alunos poderão não encontrar um interesse tão
pressupostos de Hakkinen (1989) quando referia que esta se perde nas primeiras 2-
nota o menor traço do trabalho desenvolvido nos protocolos. Pelo menos ao nível
256
Discussão dos Resultados
Neste teste, podemos observar que existem grupos que ainda aumentaram
qualquer forma, não encontramos uma justificação lógica para a ocorrência, uma
vez que não controlámos a actividade física dos indivíduos durante as três semanas
(1986) refere que as pausas motivadas pelas férias escolares são muito efectivas,
lado, se esses músculos foram solicitados de uma forma regular, nas diversas
maturação, também poderão ter grande influência na melhoria da força, uma vez
que o grupo de controle, que não foi sujeito a nenhum programa de força, também
257
Discussão dos Resultados
Nas raparigas, apenas o grupo que trabalhou com cargas contínuas é que
registou uma melhoria na sua prestação de força, desde o estado inicial. Todos os
com cargas contínuas, essa diminuição chegou a ser significativa, o que até se
percebe pelo pouco trabalho braçal que normalmente caracteriza o dia-a-dia das
raparigas. Porém, facto curioso é que nos grupos de controle dos dois sexos
que, de uma maneira geral, os benefícios foram positivos, uma vez que todos os
grupos apresentam melhorias nos seus índices de força desde a primeira avaliação.
Essas melhorias são acentuadas nos rapazes, enquanto que nas raparigas elas são
de braços dos rapazes. Porém, não nos podemos esquecer de factores de ordem
258
Discussão dos Resultados
adaptabilidade ao treino por parte dos rapazes, no que se refere a esta expressão
de força, parece ser maior do que nas raparigas. Parece também que nas raparigas
o nível das perdas é maior e mais rápido do que nos rapazes, que diminuem, mas
mais lentamente.
5.5.2.3. Sextuplo
rapazes que trabalhou com cargas descontínuas essa diminuição chegou a ser
apenas este grupo, tenha diminuído tanto os seus valores. Possivelmente, isto
registaram melhorias nos seus índices de força, relativamente ao seu estado inicial.
Essas melhorias foram maiores para os rapazes do que para as raparigas, o que
protocolos de treino. Mais uma vez fica evidenciada a maior efectividade dos
259
Discussão dos Resultados
5.5.3.1. Sit-up's
significativas nos valores, excepção feita ao grupo feminino que trabalhou de forma
contínua, todos os outros evoluíram após o período de interregno. Este facto não
deixa de ser curioso e não encontramos explicação lógica para ele. Contudo
ontogénico.
as raparigas apresentam neste teste, uma vez que é aquele em que elas
desenvolvimento destes músculos, pensamos que este facto poderá explicar grande
parte destes resultados. Ou seja, quando se treina aquilo que se avalia, os efeitos
significativas nos índices de força dos indivíduos. Porém, o grupo das raparigas que
260
Discussão dos Resultados
qualquer alteração que se verifique no seu nível de prestação, por mais pequena
execução da prova. Pelos níveis serem tão baixos é que se registam perdas ou
aos programas de força melhoraram o seu índice de força resistente dos membros
o que pressupõe a perda total dos progressos obtidos a partir dos protocolos de
treino. No entanto, como este teste depende em grande parte da força máxima dos
membros superiores é possível que a perda de força máxima que parece ocorrer
mais rapidamente, tenha influência directa na prestação neste teste. De lembrar que
este grupo foi o que evidenciou maior perda de força máxima no teste de
feminino que trabalhou com cargas contínuas, a não ser o nível de prestação inicial
treino, uma vez que perderam força, mas de uma forma mais lenta.
apresentam valores sempre superiores aos das raparigas, o que realmente marca a
261
Discussão dos Resultados
ela apenas parece ser idêntica ao nível do arremesso da bola medicinal de 2 kg, o
ambos os sexos. Porém, nos rapazes o trabalho com cargas descontínuas parece
ser uma boa alternativa para as aulas de Educação Física, embora os aumentos
não sejam tão acentuados como os do trabalho contínuo. Nas raparigas, o trabalho
diminuem os seus níveis de força. Contudo, nos rapazes essa diminuição é muito
mais lenta do que nas raparigas, que chegam mesmo a perder toda a força que
262
Conclusões
6. Conclusões
Este estudo teve como tema de investigação o treino e a treinabilidade da
ambos os sexos e nas três formas de expressão da força: força máxima, força
rápida e força resistente. Estes resultados confirmam a hipótese número um. Porém,
em alguns testes este aumento não se deve apenas à aplicação dos protocolos de
indivíduos.
2 - 0 programa com cargas contínuas é mais efectivo nos incrementos das três
263
Conclusões
Este pressuposto confirma a hipótese número dois, no que se refere aos rapazes, o
uma maneira geral, esses incrementos são maiores ao nível da força resistente,
embora na força rápida eles também existam. Por isso, consideramos a confirmação
da hipótese seis.
6 - Após o destreino, os rapazes perdem força nas três expressões avaliadas, mas
de uma forma mais lenta, conseguindo mesmo revelar incrementos de força após as
revelam uma perda muito rápida de força, até aos níveis iniciais, ou seja, após o
264
Conclusões
A força máxima foi a forma de expressão desta capacidade que mais diminuiu
Conclui-se, por isso, que é possível melhorar a força nas condições da aula
eficaz, embora, ao nível dos rapazes se possa trabalhar com cargas descontínuas.
Nas raparigas este tipo de trabalho também poderá proporcionar bons resultados,
de treino.
Quando, nos rapazes, o treino é realizado com base nas cargas contínuas, os
265
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Pinamometiia Manual
Pâsçríçiei
- O executante segura o 4inamõmetro com a sua mão mais forte e com o braço
tocar em qualquer 4as suas partes. Fazer pressão 4e forma progressiva e contínua,
A valiação:
Orientações:
- O marca4or 4o 4inamõmetro 4everã estar bem visível 4urante a prova não 4eve tocar
Ma teria I necessário-.
283
Salto em Comprimento sem cometa preparatória
Objectivo: Avaliai- a força explosiva 4os extensores 4as pernas. . _J^ J^^lQ
marca4a no chão. lmpuIsionan4o-se apenas pela flexão 4as pernas e movimento 4os
braços ã retaçjuar4a, o executante salta reaiizan4o uma rápi4a extensão 4as pernas,
Avaliação:
Orientações:
- O piso 4everã" estar gra4ua4o 4e 10 em 10 cm. Ao la4o 4everá estar coloca4a uma fita
Material necessário:
284
Arremesso 43 Bob MeciicingI 4e 2 Kg
Qssçticãoi
- Sentado numa ca4eira atrás 4e uma linha marcada no solo. Bola nas 4uas mãos ã frente
4o peito.
A partir 4esta posição, projectar a bola 4e forma a atingir a maior distancia possível.
Avaliação:
- A medida fáz-se entre a linha marcada no solo e o local onde a bola tocou o solo pela
primeira vez.
Orientações.-
- O executante deve manter-se sempre sentado na cadeira, sem cjue esta sai do lugar.
- Após o arremesso, o executante não pode tocsiY o solo com qualquer parte 4o solo,
Material necessário:
-1 bola medicinal de 2 kg, 1 fita métrica, 1 recipiente com magnesia ou substancia análoga.
Sextuplo
- Avaliar a força rápi'4a 4e impulsão horizontal cíclica com impulsão alterna4a 4e pernas.
Descrição:
O executante coloca-se com um 4os pés junto 4a linha 4e parti'4a, com o peso 4o
PartMo 4esta posição, procura atingir a máxima 4istancia possível com 6 multissaltos.
A valiação:
contactos no solo.
Orientações:
Ma teriaI necessário:
- 1 fita métrica.
286
Sit-up's em 60"
Descrição: "
A valiação:
Orientações:
Ma teriaI necessário:
287
Suspensão Estática
Descrição:
- O executante sobe para cima 4e um banco, pren4e as mãos à barra com os 4e4os
o queixo por cima 4a barra, sem lhe ioc^r. A partir 4o momento que os pés per4em o
cônscio com o banco, 4eve manter-se esta posição o maior tempo possível.
prova.
Avaliação:
Orientações.-
288
Programa de Treino I
possível.
estímulo
sobre o mesmo, apenas com uma perna, fazendo a recepção no colchão. Alternar a perna
solo e peito do pé fixo nos espaldares. Braços cruzados à frente do peito. Realizar abdominais,
Exercício 3: Dois a dois, de pé, voltados um para o outro, afastados cerca de 3/ 4 metros.
Exercício 4: Deitado ventralmente no chão, colocar as mãos nas nádegas. Elevar o tronco
Exercício 6: Enrolar um fio com cerca de um metro, o qual se encontra atado a um pau
Exercício 7: Dois a dois de pé, virados de costas. Um dos alunos tem entre mãos uma bola
medicinal de 3 kg. Torção do tronco em sentido contrário com transmissão de bola, seguida
Exercício 8: De pé, afastados cerca de um metro de uma parede. Cair para a frente, os braços
amortecem a queda em contacto com a parede. Em seguida extensão explosiva dos braços
292
Programa de Treino 1
293
Programa de Treino II
Intensidade do
Executar os movimentos com a maior rapidez
estímulo
possível.
2 séries
Volume do estímulo
Proqrama Contínuo: volume total 21.3 minutos
Proqrama Descontínuo: volume total 32 minutos
Forma de
Treino em circuito (os alunos por cada estação irá
Organização
depender do número de alunos por turma)
2 Bancos de musculação ou cabeças de plinto; 2
barras de musculação; 1 barreira; 2 bancos suecos
grandes; 2 bancos suecos pequenos; 4 bolas pequenas
Material necessário de borracha maciça ou tensores de mola para as
mãos; 4 haltères de 2 kg; 1 colchão; espaldares; 2
bolas medicinais de 3 kg e 2 de 2 kg; 1 caixote de
papelão; 4 haltères de 5 kg.
Descrição dos Exercícios
Exercício 1: Frente a frente, palmas das mãos em contacto, braços estendidos e grande flexão
dos joelhos. Saltitar lateralmente descrevendo ciclos. Mudar o sentido da progressão lateral.
Exercício 2: Dois a dois de pé, virados de costas e afastados cerca de 30 cm. Um dos alunos
tem entre as mãos uma bola medicinal de 3 kg. Flexão completa do tronco à frente e entrega
da bola medicinal por baixo das pernas.
Exercício 3: Na posição decúbito ventral, mãos colocadas no solo à largura dos ombros.
Flexão e extensão soa braços. Os alunos que revelarem dificuldades ser-lhes-à permitido
apoiarem os joelhos no chão.
Exercício 4: Sem balanço, e da posição de pernas flectidas, saltar (se possível a pés juntos)
sobre os vários obstáculos (ex: barreiras, bancos suecos, colchões, etc.). Os obstáculos estarão
colocados a uma altura que possibilite a fácil transposição por parte dos alunos.
Exercício 5: Deitado decúbito dorsal sobre um banco sueco inclinado e com as mãos presas
ao espaldar, na parte superior da cabeça, fazer uma flexão das pernas sobre o tronco, tentando
tocar com os pés no espaldar.
Exercício 6: Segurando uma bola de borracha (maciça), apertá-la com os dedos contra a
palma da mão. Este exercício poderá ser realizado com tensores de molas para as mãos.
Exercício 7: Deitado decúbito dorsal sobre um banco de musculação, segura uma barra de
musculação com 10 kg. Com as mãos estão colocadas à largura dos ombros, faz a extensão
dos braços. O ajudante segura a barra no início, no fim e sempre que for necessário durante o
exercício.
Exercício 8: Com as pernas flectidas e os pés à largura dos ombros, o aluno segura, junto ao
peito, um banco sueco grande que está apoiado no espaldar. Faz a extensão das pernas,
mantendo as costas direitas.
Exercício 9: Bola medicinal de 2 kg no chão e presa entre os pés. Realizar um salto vertical,
elevando anteriormente as pernas, de forma a poder lançar a bola, pelo ar, para o colega que
se encontra à sua frente.
Exercício 10: De pé, pernas ligeiramente abertas e estendidas. Um haltère de 2 kg em cada
mão. Braços em extensão completa ao longo do corpo. Elevar lateralmente os braços até à
posição de paralelos ao solo. Paragem momentânea nesta posição. De seguida elevação até à
posição de braços estendidos sobre a cabeça. Realizar o percurso inverso.
297
Programa de Treino 2
298
Programa de Treino III
Intensidade do
Executar os movimentos com a maior rapidez
estímulo
possível.
Duração do estímulo
Proqrama Contínuo: 25 sequndos
Proqrama descontínuo: 40 sequndos
Densidade do
Proqrama Contínuo: pausa de 30 sequndos entre
estímulo
cada estação;180 segundos entre cada série.
Proqrama Descontínuo: pausa de 47 sequndos entre
Forma de
Treino em circuito (os alunos por cada estação irá
Organização
depender do número de alunos por turma)
299
4 sacos de areia de 5 kg; 6 colchões; 1 cabeça de
plinto; 2 paus cilíndricos; 2 cordas com 1 m; 2
Material necessário haltères de 2 kg; 1 banco sueco grande; espaldares; 2
300
Descrição dos Exercícios
Exercício 1: Dois a dois, sentados de frente um para o outro, com pernas afastadas e plantas
dos pés em contacto. Os braços estão estendidos e seguram uma bola medicinal de 3 kg,
acima da cabeça. Estender o tronco para trás e para o Chão e, quando subir (flexão do tronco à
frente), passar a bola para o colega. O movimento é alternado entre os dois alunos.
Exercício 2: Em apoio facial, deslocar-se a uma distância de 10m, por acção dos braços,
arrastando o corpo estendido.
Exercício 3: Dois a dois, um de pé com uma corda presa à cintura e outro sentado no chão
sobre uma tela forte e deslizante, agarrando as extremidades da corda. O aluno que está de pé
terá que deslocar-se 10m, arrastando o colega.
Exercício 4: Deitado em decúbito dorsal com as pernas flectidas e apoiadas no banco sueco e
com as mãos unidas atrás da nuca, realizar flexão do tronco, tocando com a testa nos joelhos.
Exercício 5: Enrolar um fio com cerca de um metro, o qual se encontra atado a um pau
cilíndrico e suspenso através de um peso de 2 kg.
Exercício 6: Deitado de cúbito ventral sobre uma prancha suspensa ou banco de musculação,
por debaixo colocar a barra de haltère com 10 kg. Segurar a barra com as mãos e flectir os
braços, até esta bater por baixo da prancha onde se encontra deitado.
Exercício 7: Saltar a pés juntos para cima da cabeça do plinto e desta para baixo.
Exercício 8: Deitado em decúbito dorsal, com pernas semiflectidas, planta do pé assente no
solo e fixo nos espaldares. Saco de areia de 5 kg sobre o pescoço e agarrado pelas pontas
através das mãos. Procurar tocar com os cotovelos nos joelhos.
Exercício 9: Dois a dois, de pé, voltados um para o outro, afastados cerca de 3/ 4 metros.
Lançamento da bola medicinal de 3 kg.
Exercício 10: Da posição de pé, a pés juntos, sem balanço e com um saco de areia de 5 kg
envolvendo o pescoço e seguro nas extremidades pelas mãos, executar saltos a pés juntos com
ligeira flexão das pernas na fase descendente.
301
Programa de Treino 3
302