Aprofundamento-Redação-Aprendendo Com A Música
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Teoria
A música é uma representação de arte que se constitui na combinação de vários sons e ritmos. Já reparou
que o nosso cotidiano é repleto de música? Os jingles, a trilha sonora de uma novela, a abertura de uma série
etc. Essa manifestação artística é, portanto, uma prática cultural e humana. Não se conhece nenhuma
civilização que não possua manifestações musicais próprias. É importante ressaltar, também, que é capaz de
representar determinado povo e além da função de entretenimento, muitas vezes, pode também promover a
reflexão acerca de contexto sócio-histórico. E é claro que as músicas podem ser utilizadas como repertório
sociocultural na redação. Vamos aprender com a elas?
"É a primeira vez que um disco entra na lista de obras literárias. Não devemos estranhar, afinal, as letras
trazem uma visão da periferia e conjunto de inferências que faz parte da produção textual [...] Nas escolas é
bastante comum o trabalho com músicas, assim como o reconhecimento de seu valor literário e de crítica da
realidade social", destaca o professor do Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências
Humanas (IFCH).
Disponível em: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/unicamp-2020-album-dos-racionais-mcs-aproxima-estudante-de-
leitura-do-mundo-diz-coordenador-da-comvest.ghtml
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O funk brasileiro vive há quase duas décadas entre extremos de aceitação e repúdio. Se as músicas contam
com milhões de plays no YouTube e Spotify, o estilo também foi alvo em 2017 de um abaixo-assinado com
mais de 20 mil assinaturas que pediu ao Senado que o tornasse crime. (…)
Entre os detratores do gênero é comum ouvir que o funk estaria entre os responsáveis por um declínio moral
e cultural do Brasil. Entretanto, de acordo com a opinião de profissionais e especialistas ouvidos pelo Nexo,
o funk pode ser entendido sim como consequência de uma sociedade marcada por exclusão e violência.
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Redação
Cantado em português, o funk frequentemente se tornou um canal para se relatar as dificuldades da vida na
comunidade. Em meio à denúncia, entretanto, o tom raramente soa resignado ou melancólico. Muito mais
comum nas letras é o orgulho da favela, da sua potência criativa e capacidade de animação.
A exaltação da origem aparece em funks de todos os tipos e vertentes, às vezes até em nomes de artistas,
como Nego do Borel (da Favela do Borel, no Rio) ou o MC Neguinho da Kaxeta (da favela do mesmo nome,
em São Vicente, Baixada Santista). Bairros e comunidades costumam ser citados em shows e aparecem em
letras.
Em 2009, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro promulgou uma lei que declarava o funk como
patrimônio cultural imaterial do estado. Como justificativa, dizia que o funk “está diretamente relacionado aos
estilos de vida e experiências da juventude de periferias e favelas”. (…)
Link para matéria completa: https://www.nexojornal.com.br/explicado/2017/10/22/Popular-e-perseguido-funk-se-transformou-no-
som-que-faz-o-Brasil-dan%C3%A7ar
A música como manifestação cultural pode, inclusive, aparecer na prova de linguagens ou ciências humanas.
Veja, a seguir, uma questão do Enem 2015:
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O rap, palavra formada pelas iniciais de rhythm and poetry (ritmo e poesia), junto com as linguagens da dança
(o break dancing) e das artes plásticas (o grafite), seria difundido, para além dos guetos, com o nome de
cultura hip hop. O break dancing surge como uma dança de rua. O grafite nasce de assinaturas inscritas pelos
jovens com sprays nos muros, trens e estações de metrô de Nova York. As linguagens do rap, do break dancing
e do grafite se tornaram os pilares da cultura hip hop.
DAYRELL, J. A música entra em cena: o rap e o funk na socialização da juventude. Belo Horizonte: UFMG, 2005 (adaptado).
Entre as manifestações da cultura hip hop apontadas no texto, o break se caracteriza como um tipo de dança
que representa aspectos contemporâneos por meio de movimentos
a) retilíneos, como crítica aos indivíduos alienados.
b) improvisados, como expressão da dinâmica da vida urbana.
c) suaves, como sinônimo da rotina dos espaços públicos.
d) ritmados pela sola dos sapatos, como símbolo de protesto.
e) cadenciados, como contestação às rápidas mudanças culturais.
Gabarito: letra B - o break é uma dança de improviso, que trabalha com movimentos aleatórios e dinâmicos.
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Exercícios
A música, dentre as duas funções, é também um meio de crítica social acerca dos problemas da
sociedade. Como a música de Childish Gambino pode contribuir para a luta antirracista nos Estados
Unidos?
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Gabarito
1. A música ‘Que País é Este’, lançada em 1987, no álbum ‘Que País é Este’, da banda Legião Urbana, nunca
esteve tão atual. A canção foi escrita por Renato Russo em 1978, durante a Ditadura Militar, e fala sobre
as contradições sociais do Brasil.
Leia mais em: https://bit.ly/3cFfJhd
2. Childish Gambino é o pseudônimo musical de Donald Glover (Califórnia, 1983). Em 2017, a revista Time
o incluiu em sua lista das 100 pessoas mais influentes do ano, devido ao impacto de seu mais recente
trabalho, o clipe musical “This is America”.
“Recheado de simbolismos que podem servir como pauta de outra matéria, o clipe de This Is America
fala de não somente críticas à brutalidade policial, do Estado, ao assassinato de pessoas negras, como
também critica o estúpido movimento supremacista branco, a posse de arma, a mídia americana, o
conservadorismo, e outras mazelas como a apropriação cultural. Além de também fazer referências a
tragédias ocorridas com pessoas negras nos Estados Unidos, como o massacre da igreja de Charleson,
na Carolina do Sul, quando um homem branco entrou na igreja armado e matou nove pessoas ali
presentes com um discurso extremamente racista. A igreja em questão era referência na luta por direitos
civis da sua região, o que deixa tudo ainda mais simbólico.”
Disponível em: https://www.torredevigilancia.com/a-importancia-das-musicas-de-beyonce-kendrick-lamar-e-childish-
gambino-nas-atuais-manifestacoes-raciais-estadunidenses/
Leia mais em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/05/08/cultura/1525772706_935369.html