Aula 00 Prof Celso Natale
Aula 00 Prof Celso Natale
Aula 00 Prof Celso Natale
Celso
Natale)
Receita Federal (Auditor Fiscal)
Economia e Finanças Públicas - 2022
(Pós-Edital)
Autor:
Celso Natale
05 de Dezembro de 2022
Índice
1) Apresentação
..............................................................................................................................................................................................3
3) Princípios Econômicos
..............................................................................................................................................................................................7
6) Demanda
..............................................................................................................................................................................................
25
7) Curva de Demanda
..............................................................................................................................................................................................
27
9) Função de Demanda
..............................................................................................................................................................................................
45
10) Oferta
..............................................................................................................................................................................................
47
14) Equilíbrio
..............................................................................................................................................................................................
55
20) Resumo
..............................................................................................................................................................................................
79
APRESENTAÇÕES
Saudações!
Meu nome é Celso Natale, e tenho a missão e o desafio de ajudar você a conquistar seu cargo.
Este é o curso ampliado, revisto e atualizado de 2022.
Uma rápida apresentação; eu sou esse cara aí ao lado. Sou Servidor Público
Federal, da carreira de Especialista do Banco Central do Brasil (nosso querido
Bacen ou BC).
Como você, também fui aluno do Estratégia, até ser aprovado no concurso do
BC em 2013. Inicialmente fui alocado na Supervisão de Instituições
Financeiras. Após uma passagem pelo Departamento de Comunicação, atuei
como Coordenador na área de Regimes Especiais, e hoje estou na Área de
Política Monetária.
Mas agora, vamos falar de você! O pré-requisito para ter aproveitamento máximo nesse curso é
muita disposição. A enorme vontade de passar no concurso, aquela que beira a obsessão...
sabe? Porque vou assumir que é seu primeiro contato com a disciplina.
E vamos falar sobre nosso Curso de Economia e Finanças Públicas para Auditor Fiscal da
Receita Federal, em sua versão pós-edital de 2022/2023.
Dominar nossa disciplina vai te deixar mais perto do seu cargo, então este será nosso grande
objetivo. Afinal, ela está de volta ao concurso depois de muito tempo.
Para uma preparação de alto nível, teremos a teoria aliada à resolução de muitas questões.
Centenas delas. Muitas da FGV, mas faremos também de outras bancas, com finalidades
didáticas. A propósito, acompanho há muitos anos a forma como nossa disciplina é cobrada, e
posso dizer que é bastante homogênea.
E Economia não é tão frequente quanto matérias como Língua Portuguesa e “os Direitos”, e usar
questões de apenas uma banca seria limitar nossas possibilidades de cobrir todos os temas do
edital.
O negócio é que essas questões e os vários gráficos ocupam bastante espaço, então não se deixe
intimidar quando as aulas passarem de 100 páginas. Depois que você começar, nem vai ver o
tempo passar.
Ah! A esta altura, você também já notou que utilizo o que chamamos de tom conversacional, o
que significa que este texto é redigido como se estivéssemos conversando, sem um rigor
gramatical extremo ou rebuscados recursos linguísticos. Assim você aprenderá com maior
facilidade.
Os parágrafos curtos também estão aqui por esse motivo. É bem mais difícil “perder o fio da
meada” desse jeito.
Por fim, convém esclarecer que neste curso cobriremos os assuntos de ECONOMIA E FINANÇAS
PÚBLICAS. Isso significa que alguns assuntos que a banca colocou no meio do nosso edital, mas
na verdade são da matéria “Orçamento” ou “Administração Financeira e Orçamentária”, serão
tratados por outros professores, neste mesmo curso. Refiro-me aos seguintes:
E é isso.
@profcelsonatale
AVISO
Esta é a aula mais importante do curso, porque ela fornecerá os fundamentos
para todas as outras aulas e teorias que aprenderemos.
Então, independentemente da previsão expressa dos itens desta aula no edital
ou da frequência com que são cobrados de forma direta, trate-os com muita
atenção, porque eles irão proporcionar o raciocínio e a base que você precisa
para dominar as demais aulas e resolver diversas questões da nossa matéria.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Segundo a etimologia (estudo da origem das palavras), a palavra economia vem de oikonomos,
termo grego que significa algo como “administração do lar”.
Sim, vamos falar grego neste curso. Também vai ter um pouco de latim... =)
Nas casas do mundo todo, as famílias decidem quem vai trabalhar, quem vai estudar, quem vai
preparar a refeição, quem vai ganhar roupas novas etc.
Pense na sociedade como um grande lar no qual, o tempo todo, decisões são tomadas – uma
vez que, assim como em um lar, seus recursos são escassos. Isso significa que não é possível
consumir nem produzir tudo que se deseja.
O que produzir?
Como produzir?
Quando produzir?
Para quem produzir?
Quanto produzir?
Repare só: se não houvesse escassez, nenhuma dessas perguntas seria um problema.
Afinal, “o que produzir”? Se não há escassez, vamos produzir tudo! Para quem produzir? Ah, não
tem escassez mesmo... bora produzir para todo mundo também. Quanto? Infinito, ora. Como?
Ah... De qualquer jeito. Tanto faz. Afinal, não tem problema algum em desperdiçar. E quando?
Sempre. Vamos produzir agasalhos no verão e carros de ouro. E daí?
Mas é claro que a realidade é que existe escassez. Por isso, precisamos nos debruçar sobre o
problema econômico básico e saber quais bens vamos produzir, qual é a melhor forma e o
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melhor momento de produzir esses bens, quem vai consumi-los e em quais quantidades.
COMO
O QUE QUANDO
PRODUZIR
PARA
QUANTO
QUEM
Princípios econômicos
▼ INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXA
Saiba que a economia também tem seus princípios, que são ideias centrais que regem a forma
de pensar dos economistas. Os princípios econômicos, embora consolidados por grandes
autores como Mankiw e Krugman, não são cobrados em sua literalidade pelas bancas, que
também não ligam para a ordem em que eles são apresentados, nem vai querer saber quantos
são.
Por isso, não tente decorá-los, nem fique criando mnemônicos como o “LIMPE” do direito
administrativo. Tome-os como uma base para tudo que vem por aí.
Tradeoff é um termo utilizado para demonstrar que para obter algo, devemos “abrir mão” de
outra coisa, e decorre diretamente da escassez dos recursos.
Você tem o concurso pela frente, e certamente tem várias matérias para estudar. Quanto do seu
recurso mais precioso (seu tempo) você investirá em cada assunto é uma escolha que você
deverá fazer.
Estudar mais Economia implicará, necessariamente, em estudar menos outra matéria. Estudar
mais outra matéria só será possível estudando menos economia. Dizemos que há um tradeoff
na decisão de estudar economia ou outra matéria.
Um exemplo de tradeoff muito atual é entre bem-estar presente e um meio ambiente saudável.
Poderíamos desfrutar de um mundo mais limpo se abríssemos mão de andar de carro
diariamente, ou poderíamos ter carros mais potentes e confortáveis se aceitássemos a
consequência de acelerar o processo de destruição ambiental.
Quer outro?
Esforços e dietas para ter um corpinho enxuto e viver até os 100 anos ou viver até os 45 anos
desfrutando de prazeres, bacon e sedentarismo. É uma questão de escolha – não dá para ter o
melhor dos dois.
Por causa dos tradeoffs, sempre que adquirimos algo, estamos abdicando de outra coisa que
poderíamos adquirir com aquele recurso. Por isso, os economistas se preocupam com o
chamado custo de oportunidade.
Em algum momento, você decidiu estudar para concurso público. Se alguém perguntar qual o
custo dessa decisão, é possível dizer que é a soma dos gastos que você teve com materiais,
cursos e até papelaria.
Claro que esses gastos fazem parte do seu custo, mas devemos considerar algo bem mais
importante que o dinheiro gasto: o tempo.
O custo de oportunidade de algo é aquilo que você abriu mão de fazer para obtê-lo.
Portanto, se sua segunda opção aos estudos para concursos fosse uma pós-graduação ou uma
viagem, pode acrescentá-la aos seus custos.
Portanto, supondo que você escolha a opção “A”, deixando a opção “B” de lado, o benefício que
você obteria caso escolhesse “B” é o custo de oportunidade de escolher “A”.
Sendo assim, qualquer coisa que torne “A” mais atraente reduz o custo de oportunidade de
escolher “A”, assim como qualquer coisa que torne “B” mais interessante, ou seja, que aumente
o benefício de “B”, aumenta o custo de oportunidade por estar escolhendo “A”.
Imagine que você possui R$200.000 disponíveis. Se suas escolhas forem, para simplificar, apenas
estas duas:
Como estamos abstraindo os riscos, os impostos e outras variáveis, sua escolha é óbvia: (a) abrir
um negócio e lucrar R$3.000 por mês. Ao fazer isso, você terá um custo de oportunidade
correspondente ao que você não escolheu, ou seja, os R$2.000 por mês que você não receberá
por não ter investido no mercado financeiro (b).
É isso que queremos dizer quando definimos o custo de oportunidade como o benefício que
seria obtido com a opção não escolhida, ou seja, a segunda melhor opção (já que você
escolherá a primeira melhor).
(JUIZ DE FORA/Economista)
Julgue o item a seguir.
A economia é o estudo de como a sociedade administra seus recursos escassos.
As pessoas enfrentam tradeoffs, portanto a tomada de decisão exige comparar os custos e
benefícios de possibilidades alternativas de ação.
Comentários:
Tudo correto por aqui. Veja como os conceitos vão se conectando: como os recursos são
escassos, escolher significa abdicar de algo (tradeoff), e a comparação entre o que está se
obtendo (benefícios) com o que está deixando de obter (custos) é o que define a ação.
Gabarito: Certo
Possivelmente os incentivos mais importantes em economia são os preços. Mudanças nos preços
provocarão mudanças nas atitudes dos compradores e vendedores.
Mas não são apenas os produtos e serviços que têm seus preços ajustados: impostos também
podem sofrer mudanças, e os governos devem estar atentos aos incentivos (e consequências)
que essas alterações podem gerar.
Incentivos podem alterar os benefícios e custos marginais de uma situação. Por isso provocam
ações e mudanças, como aquela que você promoveu em seus estudos no tópico anterior.
(DPE-RJ/Economista)
Em 2013, o país apresentou um déficit recorde de transações correntes, com um acumulado no
ano de mais de 80 bilhões de dólare1s. Como forma de reverter esse déficit, uma das possíveis
políticas seria reduzir a tributação sobre produtos exportados por empresas brasileiras.
Comentários:
Calma! Essa questão contém conceitos avançados, aos quais você ainda não foi apresentado.
Estamos bem no começo do curso, literalmente, em “princípios”.
Então esta questão está aqui para você começar a vislumbrar como os incentivos são abordados
em Economia. E claro: irei explicar.
Déficit em transações correntes significa, basicamente, que o país está gastando muito dinheiro
com produtos, serviços, trabalhadores e capital (máquinas, dinheiro, etc) de outros países. E por
“muito dinheiro”, quero dizer que ele gasta mais do que recebe de outros países por esses
mesmos itens.
Ora, se esse é o caso, uma forma de atenuar esse déficit é gerando incentivos para que:
1) o país gaste menos (reduza despesas)
2) o país recebe mais (eleve receitas)
Sendo assim, reduzir a tributação sobre exportação tende a gerar elevação dessas exportações!
Se um exportador precisa pagar menos impostos para vender para a China, por exemplo, a
tendência é que ele venda mais para a China, pois ficou mais lucrativo. Com isso, tende a haver
elevação da receita com exportações, e redução do déficit.
Essa é a linha de raciocínio para a maioria das questões de Economia, mas ainda temos algum
caminho a percorrer para conhecer os termos técnicos e as lógicas.
Gabarito: Certo
Imagine se você decidisse plantar e criar animais para ter sua própria comida, além de
confeccionar suas próprias roupas. Você também poderia escrever seu próprio curso de
economia e prover seu próprio entretenimento.
Com certeza você teria uma queda imensa em seu padrão de vida.
Claro que fica muito mais fácil quando as pessoas se especializam na produção de
determinados bens ou serviços e depois os comercializam.
Essa divisão de tarefas e o comércio geram um benefício enorme à sociedade, que pode então
desfrutar de muito mais do que desfrutaria se cada indivíduo decidisse ser autossuficiente.
Eu costumava pegar o metrô de Brasília para ir trabalhar. Quando o vagão está vazio, as pessoas
se espalham, distribuindo-se de forma mais ou menos equilibrada. Cada pessoa que entra
incentiva um pequeno deslocamento das outras, que mantém, cada uma, um espaço mais ou
menos igual. Por outro lado, quando alguém saí do vagão surge um incentivo para que as
demais ocupem o espaço deixado.
Você não verá um vagão com uma metade vazia e pessoas se aglomerando e espremendo na
outra metade. Esse exemplo demonstra um comportamento do mercado, que é consequência
de as pessoas buscarem sempre ficar em melhor situação. Não importa se estamos falando de
um pouquinho de espaço no metrô ou da indústria automotiva.
A situação na qual não é possível para o indivíduo ficar em melhor situação se fizer algo diferente
é o equilíbrio. Um vagão com uma metade cheia e a outra vazia provocaria um deslocamento
das pessoas da área cheia para a área vazia até que todo mundo fique com mais ou menos o
mesmo espaço, sem possibilidade de aumentar sem prejudicar alguém.
A Fiat também vai rapidamente lançar um carrinho, como o Mobi, quando perceber que o
público recebeu bem o Volkswagen Up, aumentando a competição nesse segmento de mercado
e reduzindo os preços para o consumidor (pelo menos na teoria).
Esse processo pelo qual os mercados caminham “sozinhos” para o equilíbrio recebeu o nome
de mão invisível do mercado. Mas como o mundo descobriu de um jeito muito amargo na
primeira metade do século XX, nem sempre a mão funciona muito bem...
Em 1929 ocorreu uma crise econômica tão grave que ficou conhecida como Grande Depressão
– imagine só quanto as pessoas ficaram chateadas para darem esse nome!
Essa pitada de história é apenas para introduzir o papel do governo em corrigir as falhas de
mercado, que causam ineficiências.
Uma forma de mensurar a riqueza de um país é o PIB per capita, que consiste em dividir o valor
da produção total do país durante determinado ano pelo número de habitantes, de forma que
fica demonstrada a renda média do cidadão dessa nação.
A riqueza média do brasileiro em 2021 foi de 11.611 dólares. Se isso é muito ou pouco, você
pode decidir considerando que a renda média dos suíços no mesmo período foi de 83.716
dólares, enquanto os liberianos tiveram apenas 440 dólares de renda anual em 2021. Como você
acha que são os padrões de vida nesses países?
Nos países com renda mais elevada, as pessoas têm mais acesso à saúde, educação,
alimentação, lazer, cultura. Isso ocorre porque esses países têm maior produtividade: o
trabalhador dos países ricos, em média, produz mais bens do que o trabalhador nos países mais
pobres. Em “economiquês”: a produtividade do insumo trabalho determina os níveis de
produção e de renda.
Evidentemente, a forma como essa renda é distribuída também é muito importante, pois países
com grande desigualdade na distribuição de renda podem ter PIB per capita alto.
O PIB per capita é um bom indicador de distribuição de renda, principalmente para economias
com fortes desigualdades de renda.
Comentários:
Se não fosse o “principalmente”, essa afirmação poderia ser discutível.
Em Economias com forte desigualdade de renda, evidentemente, o PIB per capita perde
qualidade como indicador de distribuição, umas vez que é apenas uma média.
Imagine duas Economia, cada uma com três indivíduos:
Economia A: Alice, ganha R$3000 por mês; Bruno, ganha R$3500 por mês; Carla, ganha R$4000
por mês. PIB per capita (média das rendas): R$3000.
Economia B: Alan, ganha R$900 por mês; Bruna, ganha R$8000 por mês; Cosme, ganha R$100
por mês. PIB per capita: R$3000.
Portanto, a Economia B é muito mais desigual, mas o PIB per capita é exatamente o mesmo. Na
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O governo tem o poder de imprimir esses disquinhos de metal e esses pedaços de papel
colorido que tanto batalhamos para adquirir. Quando o governo exagera, o resultado é a
desvalorização do próprio dinheiro.
Afinal, de uma hora para a outra, tem mais dinheiro na Economia para a mesma quantidade de
bens. Claro que o dinheiro perde valor, nessa situação.
Dá na mesma falar que o nível de preços aumenta, já que o dinheiro estará valendo menos.
Portanto, quando o governo emite muita moeda, a inflação, também conhecida como aumento
geral do nível de preços da economia, é uma consequência certa.
A maioria dos economistas aceita que há um tradeoff entre desemprego e inflação no curto
prazo. Em outras palavras, se o governo quiser manter um baixo nível de inflação, suas políticas
causarão um maior nível de desemprego, e vice-versa: o desemprego baixo costuma vir
acompanhado de alto nível de inflação.
Seria muito legal se pudéssemos controlar os preços e promover alto índice de crescimento e
emprego, mas não é bem assim, na maior parte do tempo.
E com isso concluímos o assunto “princípios de economia”, e passaremos a ver alguns modelos
econômicos. Não sem antes ver uma definição simples, embora importante.
A atividade econômica (ou sistema econômico) pode ser organizada por meio de uma economia
de mercado, por meio de uma economia planificada ou por meio de uma economia mista.
Antes de definir o que é economia de mercado, vamos definir sistema econômico:
Um sistema econômico pode ser definido como sendo a forma política, social e
econômica pelo qual é organizada uma sociedade. Engloba o tipo de
propriedade, a gestão da economia, os processos de circulação das
mercadorias, o consumo, os níveis de desenvolvimento tecnológico e da divisão
do trabalho.
Conforme essa definição, os elementos básicos de um sistema econômico são:
Economia de mercado
• a livre iniciativa
• a existência da propriedade privada dos meios de produção, tais como terras, fábricas.
A exploração destes meios de produção tem por objetivo trazer o lucro para os seus
proprietários, sob condições em que predomine, preferencialmente, a concorrência.
Por exemplo: se uma mercadoria é produzida em demasia, isto aumentará a sua oferta,
provocando excesso de estoques. Com o passar do tempo, o preço terá que ser reduzido, caso
os produtores queiram se livrar dos estoques e voltar a vender o produto em níveis normais.
Por outro lado, se uma mercadoria é produzida em baixas quantidades, isto provocará um
excesso de demanda sobre a oferta. Neste caso, os produtores podem aumentar os preços, e
isto reduzirá a demanda, fazendo com que o mercado caminhe para uma situação mais
equilibrada.
Enfim, o sistema de preços é o meio de que dispõem os agentes (famílias, empresas e governo)
para fazerem a economia de mercado caminhar para o equilíbrio, onde a oferta iguala a
demanda nos diversos mercados de bens e serviços existentes.
SETORES DA ECONOMIA
Esse tipo de sistema econômico é típico dos países socialistas, em que prevalece a propriedade
estatal dos meios de produção.
Nesse tipo de sistema, as questões econômicas fundamentais (o que, como e para quem) não
são resolvidas descentralizadamente, por meio dos mercados e do sistema de preços, mas pelo
planejamento central, em que a maior parte das decisões de natureza econômica é tomada pelo
Estado/Governo.
Nesse tipo de sistema econômico, o sistema de preços não tem a mesma importância que é
verificada na economia de mercado – aqui ele tem por finalidade apenas facilitar ao Estado a
atingir os seus objetivos de produção.
Sendo assim, se o governo deseja estimular determinada indústria, ele pode fazê-lo, mesmo que
essa indústria seja ineficiente e apresente prejuízos.
Nesse caso, o sistema de preços apenas vai indicar que a indústria é ineficiente, mas a decisão
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de produção é tomada pelo governo, ela não é determinada pelo sistema de preços, como na
economia de mercado.
Economia Mista
O que se observa, pelo mundo, é uma mescla desses dois sistemas. Alguns países se aproximam
mais da economia de mercado (EUA, por exemplo), enquanto outros se aproximam mais da
economia centralizada (Cuba, por exemplo).
Quando ocorre esta mescla, temos um sistema econômico denominado economia mista. Nesse
sistema, uma parte dos meios de produção pertence ao Estado e a outra parte pertence ao setor
privado.
(ANTAQ/Especialista em Regulação)
No que diz respeito à teoria microeconômica, julgue o item que se segue.
De acordo com a teoria microeconômica tradicional, uma economia de mercado é usualmente
uma forma ineficiente de organização da atividade econômica de um país.
Comentários:
De forma alguma! A teoria econômica demonstra que a economia de mercado, por meio do
sistema de preços, é usualmente eficiente.
Em alguns casos, como na presença de falhas de mercado, essa eficiência é comprometida, mas
note que falhas de mercado são uma exceção, e não a regra do funcionamento do mercado.
Gabarito: Errado
Funcionam, mais ou menos, como os túneis de vento que fabricantes de aeronaves utilizam para
testar seus novos aeromodelos, ou como aqueles bonecos com órgãos expostos das aulas de
biologia no colégio; são simplificações da realidade que, apesar de omitirem algumas variáveis
do mundo real, conservam o essencial e servem de base para compreender as interações reais.
No mundo real, uma economia produz e consome inúmeros bens diferentes, mas no mundo dos
modelos, convém supor que sejam produzidos apenas dois bens. Na economia de nosso país
imaginário, chamado Oikonomos1, produz-se pizza e cerveja.
1
Esse era o nome do campo da política que originou a economia.
Isso nos leva à importante conclusão de que os pontos situados sobre a fronteira, ou seja,
exatamente em cima da curva (como A e B) são quantidades eficientes do ponto de vista da
produção.
Agora, quero destacar outro aspecto deste modelo: seu formato côncavo (arredondado para
cima). Ele decorre da especialização que mencionamos. Mostro e explico na sequência.
Indo ao ponto B (25,75), uma parte da mão de obra passa a produzir cerveja, e algo interessante
acontece: ao custo de oportunidade de apenas 5 pizzas, que deixam de ser produzidas, são
produzidas 25 cervejas!
Isso faz sentido ao pensarmos que, ao concentrar todos os trabalhadores, máquinas e instalações
na produção de pizza (ponto A), provavelmente estamos utilizando excelentes cervejeiros na
produção de algo que não é a especialidade deles.
Para concluir, preciso que compreenda quais são os elementos que alteram a fronteira de
possibilidades de produção.
Vamos fixar essa questão antes de vermos mais um detalhe a respeito da CPP.
(CODEBA/Economista)
Com base na Fronteira de Possibilidade de Produção abaixo, é correto afirmar que
Deslocamentos da CPP
Para começar, a CPP nos mostra quais as combinações possíveis de bens produzidos
considerando os fatores de produção disponíveis, certo?
Outra maneira é por meio da tecnologia: imagine que a internet acaba de ser introduzida em
Oikonomos e, com ela, toda a agilidade de comunicação e de compartilhamento de
conhecimento! Isso certamente deslocará a curva para a direita.
Contudo, a tecnologia também pode afetar apenas a produção de um bem: digamos que um
cientista de Oikonomos desenvolva um superforno de pizza. Isso certamente provocaria um
deslocamento da fronteira, mas desta vez afetando apenas a produção de pizza, sem influenciar
a produção de cerveja.
Então, o que diminui as possibilidades de produção? Em outras palavras, que fatores podem
deslocar a fronteira de possibilidades de produção para dentro?
Qualquer fato que diminua a disponibilidade dos fatores de produção terá esse efeito negativo:
guerras, calamidades, emigração, intervenções do governo ou de sindicatos, são alguns
exemplos.
As demais estão corretas, posto que a guerra tende a diminuir os fatores de produção
disponíveis (I), enquanto a CPP mostra realmente as possíveis escolhas de quantidades
produzidas de cada bem (II).
Gabarito: “d”
DEMANDA
▶ INCIDÊNCIA EM PROVA: MÉDIA
É possível que você também já tenha explicado algum fenômeno da vida real utilizando esses
termos: desde os motivos pelos quais algum produto ficou tão caro há um tempo, até as razões
pelas quais algumas pessoas são mais “seletivas” em seus relacionamentos.
Nosso trabalho inicial será desenvolver esses termos – tão basilares na disciplina – de forma a
acertar questões de concurso.
Começando pela demanda, que é a quantidade de algum bem (produto ou serviço) que os
consumidores desejam e podem comprar. Esse termo é tão importante e tão carregado de
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Outro fato importante, que devemos saber é que a demanda de mercado é a soma das
demandas individuais, ou seja, das demandas dos indivíduos.
Em posse dessas duas informações, estamos aptos a acertar mais uma questão:
A Demanda, naturalmente, tem uma representação gráfica muito útil: a Curva da Demanda.
A Curva da Demanda
▲ INCIDÊNCIA EM PROVA: ALTA
Os termos destacados, preço e quantidade, serão as variáveis do nosso modelo. E aqui cabe
uma importante consideração, aprofundando: o que são os modelos econômicos?
MODELOS ECONÔMICOS
De que valeria um mapa da sua cidade em tamanho real? Ou para que serviria
uma maquete de uma casa se ela tivesse o mesmo tamanho da casa?
Agora que você abriu sua mente para os modelos, vamos construir uma situação hipotética que
irá nos ensinar a compreender nossa primeira curva de demanda, e todas que vieram depois
dela.
Dessa vez, vamos analisar um mercado do qual todos nós participamos: o mercado de
smartphones.
Vamos supor, inicialmente, que exista, no nosso mercado fictício, um único consumidor disposto
a pagar até R$7.000 pelo iPhone. Vamos chamar esse consumidor de André.
Talvez André atribua um valor maior do que os demais consumidores por causa de status, ou
talvez seja supersticioso com o número 7, sei lá, isso não importa agora.
O que devemos saber, para nossos fins, é que ao preço de R$7.000 somente uma unidade do
produto será demandada.
Depois do próspero André, temos duas pessoas – que vamos chamar de Bruna e Carlos –
dispostas a pagar, no máximo, R$5.500 pelo mesmo produto.
Até aqui, se o preço for fixado em R$5.500, três unidades serão demandadas, certo?
Afinal, André está disposto a pagar até R$7.000 (é o que chamamos de preço de reserva; o preço
máximo que alguém está disposto s pagar por algo), então ficará feliz em pagar R$5.500,
enquanto Bruna e Carlos pagam no máximo exatamente esse preço, que é o preço de reserva
deles.
Preço de Reserva
É o preço máximo que cada consumidor está disposto a pagar para adquirir
determinado produto.
Cada consumidor tem o seu próprio preço de reserva, alguns os têm maiores,
outros menores.
Para podermos montar nossa curva de demanda, vamos dizer que existem mais três
consumidores (Débora, Evandro e Fabiana) que pagariam, no máximo, R$5.000 pelo iPhone.
Para começar a desenhar a curva da demanda, vamos convencionar, como é na Economia, que
no eixo horizontal (também chamado eixo das abcissas1), vamos demonstrar as quantidades
demandas, que representamos pela letra “q”:
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No eixo vertical, ou eixo das ordenadas, vamos colocar os preços (letra “p”). Quanto mais alto o
preço estiver no eixo vertical, bem... maior será o preço:
Combinando os dois eixos, temos nosso gráfico em duas dimensões: preço e quantidade:
1
Para lembrar: as abcissas ficam abaixo.
Mas ainda falta alguma coisa... Sim! É a curva da demanda. Para construir a curva, vamos
transformar cada linha da tabela em um ponto no gráfico, além de colocar alguns valores
arbitrários nos dois eixos.
Mas talvez você esteja pensando: “Ok, professor... mas só vejo três pontos. Não tem curva
nenhuma aí!”.
E você tem razão! Fizemos uso de uma simplificação enorme ao construir nossa tabela: apenas
6 consumidores.
Para sermos um pouco mais realistas, convém concluir que no mercado de verdade existem
milhões de consumidores que possuem preços de reserva diferentes entre si.
Há quem esteja disposto a pagar R$6.500 no bem, mas há também quem pague até R$6.499,99
(as lojas de varejo sabem bem disso!).
E essa é uma verdadeira curva da demanda, e dela podemos tirar algumas conclusões muito
importantes para nossos propósitos:
Isso decorre da lei da demanda, que nos diz que preço e quantidade
demandada são inversamente relacionados: quando um cresce, o outro
diminui.
Isso é o que há de mais importante na curva da demanda. Por isso, vamos usar uma “curva”
simplificada: uma reta, ou seja, uma curva linear.
Não se preocupe com o nome. Ela continuará sendo uma curva de demanda, pois continuará
estabelecendo a relação entre as variáveis preço e quantidade da forma certa: inversamente
relacionados.
Você acaba de entender um conceito muito importante, e agora vamos usar a curva de demanda
para entender o comportamento da demanda!
O modelo chamado “curva da demanda” tem duas variáveis: preço e quantidade demandada.
Como o preço é uma das variáveis do modelo, chamamos ele de variável endógena. “Endo”
vem do grego, e significa “dentro”, enquanto “gena” deriva de algo que significa “de”. Portanto,
o preço é uma variável “de dentro” do modelo.
Tá... mas você quer saber por que essa lição de grego no meio do curso, né?
Simples: cai na prova. Não vão cobrar seus conhecimentos do idioma grego, mas sim a diferença
entre os efeitos das variáveis endógenas e os efeitos das variáveis exógenas (de fora do
modelo) na demanda.
Preço
Isso significa que preço e quantidade demandada são inversamente relacionados. É por isso
mesmo que a curva de demanda costuma ser decrescente/declinada/descendente/inclinada
para baixo. Pode aparecer qualquer um desses termos nas provas.
Para analisar como isso fica graficamente, vamos reduzir o preço (p) de um bem qualquer
hipotético, de R$10 para R$5, e ver o que acontece com a quantidade (q).
O preço do bem caiu para de R$10 para R$5, e a quantidade demandada subiu de 5 para 12
unidades. Algo importante acaba de acontecer, ou melhor, de não acontecer. Algo que cai muito
em provas de economia!
Perceba que a curva não se moveu! O deslocamento se deu ao longo da curva de demanda!
Também podemos dizer que o deslocamento ocorre na curva ou sobre a curva.
É assim porque a alteração original ocorreu no preço, que é uma variável endógena. Nesse caso,
a curva não se move.
Esse assunto é tão recorrente, que sinto que não o destaquei o suficiente. Então lá vai:
(IFF/Professor)
A curva de demanda é traçada supondo-se que a renda, os gastos e as expectativas do
consumidor, bem como os preços do produto, não mudam. Com relação à demanda, julgue os
itens a seguir.
I. O preço é a variável que explica o deslocamento da curva de demanda para a direita ou para
a esquerda.
Antes de vermos várias outras questões, vamos prosseguir com outros fatores. Dessa vez, fatores
exógenos. Como você pode imaginar, alterações nesses fatores moverão a curva de demanda,
mas estamos nos antecipando.
Renda
Isso é bem intuitivo. Quando você for aprovado no concurso e sua renda aumentar, será natural
que você passe a demandar mais bens.
Viu só? A renda aumentou e “arrastou” a curva da demanda para a direita e para cima, de forma
que agora, para qualquer nível de preço, a quantidade demandada é maior.
O contrário também é válido: se a renda for reduzida, toda a curva será deslocada para a
esquerda.
É importante destacar que a quantidade e o preço, depois do deslocamento da curva, não serão
definidos exatamente nesses valores. Esse é apenas o começo do movimento, que será mais
bem compreendido à frente, quando abordarmos o Equilíbrio, ainda nesta aula.
O conteúdo do quadro a seguir pode ser considerado um rigor acadêmico que não costuma ser
cobrado em provas, mas que acho importante para compreendermos bem a teoria e acertar
questões mais difíceis, ainda que raras.
Sempre que houver alteração no preço, haverá uma mudança ao longo da curva
de demanda, e isso resultará em aumento ou em diminuição na quantidade
demandada.
Por outro lado, se a alteração for de algum dos outros fatores que afetam a
demanda, que não seja o preço do próprio bem (renda, gostos, expectativas,
preço de bens relacionados), haverá um deslocamento da curva, e um aumento
ou diminuição da demanda, que significa um aumento da quantidade
demandada a qualquer nível de preço.
Pode parecer confuso, mas fica mais claro adiante. Por enquanto, tenha em
mente que aumento da demanda e aumento da quantidade demandada são
conceitos diferentes, assim como “deslocamentos da curva” e “deslocamentos ao
longo da curva” não são a mesma coisa.
Já o próximo assunto, como a corujinha indica, é muito importante. Então, dedique atenção
especial a ele, ok?
Antes de vermos os efeitos dos outros fatores (Preços de bens relacionados, Gostos e
Expectativas, Tamanho do mercado etc.) sobre a demanda, precisamos conhecer alguns tipos
de bens que fogem às regras que aprendemos, mas são presença recorrente nas questões de
prova!
BENS INFERIORES
Os bens inferiores são aqueles que têm sua demanda aumentada quando a renda cai. Eles
também são menos desejados quando a renda do consumidor aumenta.
Isso significa que o movimento da curva de demanda é o contrário do que vimos: quando a renda
aumenta, a curva é deslocada para a esquerda, resultando em menor demanda no mesmo nível
de preços. São aqueles bens que adoraríamos deixar de consumir, mas não o fazemos por
restrições orçamentárias. É a marmita de miojo, a carne “de terceira”, o ônibus lotado, os
salgados de origem duvidosa...
Mas perceba que esses são exemplos que variam de um indivíduo para o outro. Alguém
extremamente pobre certamente irá adorar aumentar seu consumo de marmitas e carne, seja
qual for o tipo, se conseguir um aumento de renda.
BENS DE GIFFEN
Esses são os bens “diferentões”! São tão inferiores que, quando o preço aumenta, a demanda
por eles também aumenta. Claro que, para um bem tão “bizarro” quanto o de Giffen, não é
surpresa que a quantidade demandada diminua se o preço diminuir, e aumente se o preço
aumentar.
Imagine uma família pobre que consome apenas ovos e carne. Essa família, que só pode destinar
R$80 por semana para proteína, só come carne aos sábados, que custa R$20. Nos outros seis
dias, a família come ovos, que custam R$10 por dia.
Certo dia o preço dos ovos cai para R$6. Dá para consumir mais carne e menos ovos! Assim,
somando os cinco dias da semana, a família pode gastar R$30 com ovos e, nos dois dias do final
de semana, comprar R$40 de carne.
Conclusão: o preço dos ovos caiu, mas seu consumo caiu também. As variáveis preço e
quantidade, no caso dos bens de Giffen, são positivamente relacionadas. Isso é uma clara
exceção à Lei da Demanda.
Note que todo bem de Giffen é um bem inferior, mas nem todo bem inferior é um bem de Giffen.
Sendo assim, todo bem de Giffen também tem sua quantidade demandada reduzida quando
aumenta a renda do consumidor, pois ele é um bem inferior.
a) Bens Complementares: Supondo que nosso bem analisado seja feijão, podemos concluir
que o arroz é um bem complementar. Vamos ver o comportamento da curva da demanda
de feijão quando cai o preço do arroz? ==275324==
Veja que, na curva D2, após a diminuição no preço do arroz, a demanda por feijão
aumenta, independentemente de diminuição no preço do feijão (o que, cá entre nós, está
difícil de acontecer).
Agora, se o preço do arroz aumentar, a demanda de feijão vai diminuir. Isso porque, como
são consumidos juntos, se um dos bens aumentar, a tendência é que as pessoas optem
por consumir outros bens (macarrão, talvez).
Isso vai causar um deslocamento da curva de demanda para esquerda, tornando a
demanda de feijão menor em todos os níveis de preço.
Outros exemplos de bens complementares são: pão e manteiga, terno e gravata, gasolina
e automóvel.
b) Bens Substitutos: Os bens substitutos são aqueles que cumprem as mesmas funções. Isso
significa que, para o consumidor, tanto faz consumir um ou outro, de forma que, se o preço
de um aumentar, a demanda do outro é que aumenta.
Os exemplos que vamos usar para construir nossas curvas de demanda serão o etanol
(álcool combustível) , como bem substituto, e a gasolina, como bem analisado.
Primeiro vamos ver o que acontece com o consumo de gasolina se o preço do etanol
aumentar nos postos.
Claro que o contrário também é verdadeiro. Se o preço do Etanol cair, veremos uma
queda na demanda da Gasolina.
Perceba que, quando há alteração nos preços de bens relacionados, sejam complementares ou
substitutos, ocorre deslocamento da curva da demanda do bem em análise.
(TCE-CE/Auditor)
A demanda varia inversamente com o preço de bens substitutos.
Comentários:
Pelo contrário! A demanda de um bem varia diretamente (positivamente) com o preço de bens
substitutos.
Se o preço do Etanol sobe, a demanda por gasolina sobe.
Se o preço da Netflix diminui, a demanda do Amazon Prime Vídeo diminui.
Gabarito: Errado
Gostos e expectativas
Esses são fatores subjetivos. Trata-se da mudança na demanda de determinado bem quando o
consumidor muda seus gostos ou suas expectativas.
Num dia paletas mexicanas são o máximo, no outro são apenas sorvetões gourmetizados
supervalorizados.
Significa que, se o consumidor passar a gostar mais de determinado produto, ele irá demandar
mais desse produto.
A boa notícia aqui é que não precisamos nos preocupar em entender o porquê de o consumidor
mudar seus gostos, mas, tão somente, saber que esses gostos afetam suas escolhas e demandas.
O mesmo ocorre quando o consumidor espera que ocorra, no futuro, um aumento no preço de
determinado produto; ele aumentará sua demanda pelo bem no presente. Afinal, se você sabe
que o preço de algo que você quer vai subir no futuro, você vai comprar no presente, o mais
rápido possível.
A expectativa também pode ser em relação à renda futura do consumidor, mas aí o efeito é
diferente: se o consumidor espera aumentar sua renda no futuro, pode antecipar seu consumo;
e se, ao contrário, vislumbrar uma queda na renda, a tendência é consumir menos para poder
poupar.
Tamanho do mercado
Isso ocorre porque a demanda de mercado é a soma das demandas individuais. Cada novo
consumidor que chega ao mercado soma sua curva à curva de mercado.
Destaquei que esse fator altera a demanda de mercado, porque não tem efeito na demanda
individual.
Outros fatores
Há ainda outros fatores, menos cobrados em provas, que afetam a demanda pelos produtos. De
qualquer forma, vale conhecer:
Clima
Época do ano
Guerra
Catástrofes Naturais
Muito bem! Com isso terminamos nossa parte teórica sobre Demanda, e é hora de “arregaçar as
mangas” e praticar um pouco antes de começarmos a ver Oferta.
(Defensoria Pública-RS/Economista)
A curva de demanda
a) individual possui inclinação descendente, enquanto a curva de demanda de mercado dela
derivada sempre apresenta inclinação ascendente.
b) de mercado de um dado bem resulta da agregação, para cada preço, das demandas dos
consumidores individuais.
c) individual está relacionada ao desejo dos consumidores em adquirir determinado bem, ao
passo que a demanda de mercado se refere à concretização da compra, o que se denomina
demanda efetiva.
d) de mercado é resultado da soma vertical das diversas curvas de demanda individual.
e) de mercado de um dado bem tem sua constituição influenciada pelo preço dos chamados
bens concorrentes, mas não afeta a inclinação da curva de demanda individual dela derivada.
Comentários:
Vou comentar cada alternativa. Fique atento às novas dicas!
a) individual possui inclinação descendente, enquanto a curva de demanda de mercado dela
derivada sempre apresenta inclinação ascendente.
Errado. A única curva de demanda de mercado que apresentaria inclinação ascendente, ou
crescente, é a curva de um bem de Giffen, cuja demanda aumenta junto com o preço. Já vimos
que esse tipo de bem é a exceção da exceção. Sendo assim, a curva de demanda agregada terá
inclinação descendente, geralmente.
b) de mercado de um dado bem resulta da agregação, para cada preço, das demandas dos
consumidores individuais.
Certo! A curva da demanda de mercado é a soma, ou agregação (é a mesma coisa), das
demandas individuais.
c) individual está relacionada ao desejo dos consumidores em adquirir determinado bem, ao
passo que a demanda de mercado se refere à concretização da compra, o que se denomina
demanda efetiva.
Errado. A primeira afirmação está certa, já que a curva de demanda individual é, de fato, o desejo
dos consumidores de adquirir determinado bem. Portanto, a demanda de mercado é a soma
desses desejos; é o desejo do mercado. Não é a concretização da compra, como afirma a
alternativa.
d) de mercado é resultado da soma vertical das diversas curvas de demanda individual.
Errado. A soma é horizontal! Basta lembrar que as curvas se deslocam para a direita quando a
oferta ou a demanda aumentam. Movem-se na horizontal, para o lado. Ok?
e) de mercado de um dado bem tem sua constituição influenciada pelo preço dos chamados bens
concorrentes, mas não afeta a inclinação da curva de demanda individual dela derivada.
Errado. O que define a constituição da curva de demanda é o preço do próprio bem. O preço
dos substitutos (aqui chamados de concorrentes) pode afetar a posição da curva, mas não sua
constituição.
Gabarito: “b”
(ANAC/Analista)
Com relação à demanda do consumidor, julgue o item subsequente.
A demanda por um bem é influenciada por uma série de variáveis, como renda e preferências,
por exemplo, portanto, considerando-se constante o preço do bem, as mudanças nessas
variáveis implicam o deslocamento da curva de demanda para a direita ou para a esquerda,
segundo o tipo de efeito observado.
Comentários:
Certo! A curva da demanda possui duas variáveis endógenas (internas), que são o preço e a
quantidade. Qualquer alteração nessas variáveis resulta em movimento ao longo da curva, ou
seja, a curva não se mexe. A questão fala em duas variáveis exógenas: renda e preferências
(gostos).
Elas são chamadas exógenas, porque não estão nos gráficos da curva. Lembra que temos apenas
preço e quantidade no modelo? Pois então, variáveis exógenas, quando afetam a demanda ou
a oferta, provocam o deslocamento da curva inteira.
Gabarito: “c”
(CACD/Diplomata)
Com base na teoria microeconômica, julgue o item que se segue.
Suponha que o aumento substancial dos preços cobrados para o estacionamento de veículos
nas grandes cidades eleve a quantidade demandada de corridas de táxi nesses locais. Dessa
forma, conclui-se que esse aumento de preços provoca um deslocamento ao longo da curva de
demanda por serviços de táxi.
Comentários:
Da forma como o enunciado expõe a situação, fica claro que os táxis são bens substitutos para o
serviço de estacionamento de veículos.
Com isso, sabemos que um aumento nos preços dos estacionamentos vai aumentar a demanda
por serviços de táxi. A questão está errada, pois esse aumento se dará via deslocamento da curva
de demanda por táxis para a direita, e não ao longo da curva.
Ou seja, a curva de demanda por serviços de táxi será deslocada para a direita.
Gabarito: “e”
Com isso, quase encerramos a parte sobre demanda. Só falta uma coisa bem importante.
Função de Demanda
▶ INCIDÊNCIA EM PROVA: MÉDIA
qD = 10 – p
Utilizando essa função, concluiremos que quanto maior for o preço, menor será a quantidade
demanda. Olha só:
==275324==
qD = 10 – p
qD = 10 – 5
qD = 5
qD = 10 – p
qD = 10 – 9
qD = 1
A quantidade demandada diminuiu para 1 unidade, quando o preço subiu. Isso faz sentido,
diante do que aprendemos sobre a lei da demanda, não é?
As funções de demanda podem assumir formas mais complexas conforme adicionamos outras
variáveis que afetam a demanda (renda, preço de bens relacionados, expectativas).
Normalmente, os parâmetros que as bancas colocam nas funções de demanda são arbitrários,
ou seja, são escolhidos livremente por eles. O importante é que você consiga “ler” a função.
Na função a seguir, inclui novas variáveis, além do preço do bem analisado, que chamaremos de
bem X: preço do bem Y (py), preço do bem Z (pz) e renda (r).
qDX = r – 2.pX + pY – pZ
Quero que você me diga, com base na função acima: o que acontece com a quantidade
demandada do bem X (qDX) quando aumenta a renda (r)?
Da forma como a função foi montada, quanto maior a renda, maior será a quantidade
demandada do bem X, certo? Se quiser, faça o teste. Insira um valor qualquer no lugar de “r”, e
depois aumente esse valor, mantendo outros valores quaisquer constantes para cada variável.
E quanto ao “bem Y”? Você acha que ele é complementar ou substituto do bem X?
Perceba que a quantidade demandada do bem X irá aumentar quando o preço do bem Y
aumentar. Portanto, são bens substitutos entre si!
O “bem Z”, por outro lado, é complementar do bem X: quanto maior o preço do bem Z, menor
a quantidade demandada do bem X.
OFERTA
Quando falamos sobre Demanda, você já aprendeu um monte de coisas que servirão como base
no raciocínio da Oferta. Então, não serei tão detalhista quanto fui até então. Vamos começar a
acelerar.
A oferta também fica mais fácil de entender com o uso de ferramentas gráficas. Sim! Estou
falando da Curva de Oferta.
A Curva De Oferta
▲ INCIDÊNCIA EM PROVA: ALTA
Assim como acontece com a demanda, a curva da oferta é a demonstração gráfica da quantidade
ofertada a cada nível de preços.
Quem define a oferta é o produtor, e, para esse pessoal, quanto maior for o preço do bem, mais
interessante será produzir e vender esse bem. Não é verdade?
Aqui, ao preço de R$5.000, só interessa ao produtor ofertar uma unidade do bem. Agora, se o
preço melhorar um pouquinho para, digamos, R$5.500, o produtor vai ofertar três unidades. Se
o preço for R$7.000, o produtor vai aproveitar e ofertar logo seis unidades!
==275324==
Além do preço, há também outros cinco fatores principais que afetam a oferta de um bem:
1. custos
2. tecnologia
3. preço de outros bens
4. expectativas
5. tamanho do mercado
É claro... há outros fatores que afetam a oferta, mas compreendendo esses cinco você poderá
compreender o efeito de qualquer outro fator, na remota probabilidade de cair na sua prova
algo diferente.
Preço
Como vimos, um aumento no preço torna mais atraente ao produtor aumentar a oferta. Vamos
ver na curva de oferta o que acontece se o preço do bem subir.
Assim como no caso da demanda, o deslocamento dar-se-á ao longo da curva, pois a alteração
foi no preço do próprio bem (e o preço é variável endógena).
Custos
O produtor vai sempre avaliar os custos nos quais irá incorrer para produzir determinado bem.
É muito natural que, se esses custos aumentarem, o produtor diminua a oferta.
==275324==
Os custos incluem o preço de insumos, que são qualquer bem ou serviço utilizado para produzir
outro bem ou serviço, bem como os impostos.
Tecnologia
Em caso de novas tecnologias, os movimentos da curva também serão semelhantes ao que foi
visto no tópico anterior: haverá deslocamento da curva de oferta (geralmente para a direita).
Os produtores também levam em conta o preço de outros bens que possam utilizar o mesmo
processo produtivo.
Por exemplo, a Ambev pode escolher produzir menos Brahma se o preço da Skol subir por um
motivo qualquer. Esse é o caso de bens substitutos na produção. Não confunda com bens
substitutos no consumo, ok?
Se a BR Foods perceber que vale mais a pena produzir Sadia do que Perdigão, ambas marcas
das quais é dona, ela o fará. E por aí vai...
Isso ocorre pois, na prática, os produtores costumam possuir um mix de produtos, ou seja, não
produzem apenas um item.
Também existem bens complementares na ótica do produtor. Por exemplo, quando a Petrobras
perfura poços buscando petróleo, muitas vezes encontra petróleo e gás natural. Um aumento do
preço do petróleo pode aumentar a oferta desse bem e, por consequência, aumentará também
a produção de gás natural.
Expectativas
Isso quer dizer que, por exemplo, se o produtor de soja acreditar que o preço vai aumentar no
futuro, ele provavelmente irá ofertar menos no presente, guardando estoques para vender ao
preço mais alto no futuro.
Isso é mais comum do que você imagina: recentemente tivemos uma grande perda de safra de
feijão. Alguns produtores espertinhos, que já estavam com o produto em mãos, perceberam
antes mesmo do produto faltar no mercado que haveria escassez e aumento de preços no futuro.
Por isso, acumularam grandes estoques, ofertando menos no presente, para vender aos preços
mais altos que logo chegariam (e chegaram).
Tamanho do Mercado
Sobre o tamanho do mercado, precisamos ter em mente que a curva da oferta de mercado é a
soma horizontal das curvas de oferta individuais (as curvas de cada produtor).
Então, se aumentar o número de produtores ofertando determinado bem, sua curva de oferta
de mercado, que é a soma das ofertas de cada empresa daquele mercado, irá se deslocar para
a direita, com maior quantidade ofertada a qualquer nível de preço.
Função de Oferta
▶ INCIDÊNCIA EM PROVA: MÉDIA
qO = 50 + 15p
Ou seja, quando aumenta o preço, sobe também a quantidade ofertada. Faz sentido, não é?
EQUILÍBRIO
Chegou o momento de juntarmos o que aprendemos até aqui sobre Demanda, Oferta e os
fatores que as afetam.
Agora podemos falar do preço pelo qual os bens serão comercializados no mercado, bem como
saber qual será a quantidade transacionada.
Isso porque existe, em economia, um princípio geral que afirma que os mercados se movem
em direção ao equilíbrio.
A disciplina também explica que existe um tipo de mercado no qual nenhum vendedor individual
consegue determinar o preço de um bem: é o mercado competitivo.
Nesse tipo de mercado, o equilíbrio ocorre quando a quantidade ofertada de um bem é igual à
sua quantidade demandada.
Vamos ver como isso fica graficamente no nosso mercado de iPhone, que foi especialmente
modificado e ampliado para essa análise.
==275324==
Direto ao ponto: o Preço de Equilíbrio (PE) é R$4.000, e a Quantidade de Equilíbrio (QE) é de 1,2
milhões de unidades. O ponto E, onde a oferta e a demanda se cruzam, é o ponto de
equilíbrio.
Isso é o que acontece no equilíbrio. Mas já vimos que há fatores que afetam a oferta e há fatores
que afetam a demanda.
A Dinâmica do Equilíbrio
▲ INCIDÊNCIA EM PROVA: ALTA
Primeiro vamos ver o que acontece se o preço estiver acima ou abaixo do preço de equilíbrio.
Em seguida, vamos “mexer” nos fatores que afetam a Demanda e a Oferta, e veremos o que
acontece no mercado, no curto prazo.
O exercício de alterar uma variável e ver o que ocorre recebe o nome de estática comparativa,
e depende de uma suposição chamada ceteris paribus.
Apesar do nome complicado, “ceteris paribus” – ou “coeteris paribus” – significa apenas “tudo o
mais mantido constante”, ou seja, supomos que as demais variáveis que afetam a demanda ou
oferta permanecem sem alteração.
Por exemplo, ao propor um aumento no preço, supomos que a renda permanecerá a mesma,
assim como o preço dos bens relacionados, as expectativas etc.
(ALERR/Economista)
Na economia, emprega-se o termo Coeteris Paribus para realizar uma análise do mercado
isoladamente, considerando a influência de um fator sobre outro e supondo que as demais
variáveis não sofrem alterações.
Gabarito: Certo
Vamos supor que o preço de mercado esteja em R$6.000 (acima dos R$4.000 do preço de
equilíbrio). Isso vai gerar o seguinte gráfico:
A linha preta tracejada, mais acima, mostra que, no valor de R$6.000, os consumidores vão
demandar apenas 600 mil unidades (ponto vermelho, do lado esquerdo), enquanto os
produtores irão ofertar 1,8 milhões (ponto azul, do lado direito)!
Essa diferença entre quantidade ofertada e quantidade demandada, de 1,2 milhões de unidades,
é chamada de excedente, ou produto em excesso, para não confundirmos com os excedentes
do produto e do consumidor, que são tema para outra aula.
Significa que tem muito produto no mercado para pouco comprador. Faz sentido, já que o preço
está muito alto: muita gente vai querer vender, pouca gente vai querer comprar.
Aí você já sabe o que acontece, não é mesmo? Os produtores vão ter que abaixar os preços (e
quando o preço cai, a quantidade demandada sobe) para atrair mais compradores até “zerar” o
excesso... e, assim, o preço volta ao equilíbrio.
Antes de irmos ao gráfico, pense: o que você acha que acontece se o preço estiver abaixo do
nível de equilíbrio?
Muito consumidor para pouco produtor, ou muita demanda para pouca oferta:
Isso irá gerar escassez do bem: por R$3.000 (abaixo do preço de equilíbrio), a demanda é de 1,6
milhões e a oferta de apenas 800 mil. O resultado é escassez do produto no mercado, de 800
mil unidades.
Está faltando produto no mercado, e os produtores vão aumentar os preços, é claro. Afinal, há
consumidores dispostos a pagar mais...
Vão aumentar o preço enquanto houver compradores interessados. Assim, novamente os preços
voltam ao equilíbrio.
Chegamos! Este é um dos pontos mais importantes desta aula, por ser um dos
assuntos de economia mais recorrentes em provas.
Então, respire fundo! Se estiver batendo aquela fadiga, faça uma pausa, tome um
café ou uma água, e só vá adiante com “faca nos dentes”.
Manterei o exemplo do mercado de iPhone, mas agora os números não são importantes.
O que você precisa entender é para onde vai a curva e em qual direção irão variar o preço e a
quantidade.
Vamos supor que o preço do Samsung aumente. Com exceção dos ferrenhos defensores do
sistema Android, podemos esperar que mais consumidores irão procurar o iPhone, e isso vai
deslocar a curva desse bem para a direita, como ocorre, por exemplo, com bens substitutos.
Momento 1 Momento 2
Demanda Original Demanda Aumentada (Curva para a Direita)
No Momento 1:
• o equilíbrio é o ponto E1
• o preço de equilíbrio é P1
• a quantidade de equilíbrio é Q1.
Quando a curva é deslocada para a direita por causa do aumento no preço do bem substituto,
passa a existir escassez, forçando um aumento do preço via movimento ao longo da curva da
oferta.
E a conclusão é: quando a demanda de um bem ou serviço aumenta, tanto seu preço quanto sua
quantidade de equilíbrio aumentam.
Os gráficos acima explicam também o efeito que seria observado se, no lugar do aumento no
preço de um bem substituto, tivesse ocorrido:
O efeito será o inverso do que vimos. A curva da demanda será deslocada para a esquerda e
haverá excesso de oferta de iPhone. Aí os produtores terão que diminuir seus preços, para
adequarem-se à menor quantidade demandada.
Agora vamos imaginar que o governo reduza os impostos de importação. Assim, os fabricantes
de smartphone terão menor custo para produzir, já que grande parte da mão-de-obra e dos
componentes utilizados na produção vêm de diversos países.
Isso resultará no aumento da oferta, por meio de um deslocamento da curva da oferta para a
direita.
Momento 1 Momento 2
Oferta Original Oferta Aumentada (Curva para a Direita)
O equilíbrio estava em E1 e, então, a redução dos custos empurrou a curva de oferta para a
direita.
Com uma oferta maior, os produtores terão que reduzir o preço (P1) para convencerem os
consumidores a comprarem mais, levando ao novo preço de equilíbrio (P2), ou seja, para um
valor menor que o anterior.
Portanto, quando a oferta de um bem ou serviço aumenta, seu preço de equilíbrio diminui,
enquanto sua quantidade de equilíbrio aumenta.
E chegou a hora de praticar um pouco! Fique atento aos comentários, pois darei algumas dicas
valiosas durante a resolução das questões de concurso. As questões são parte importante de seu
aprendizado.
Comentários:
Esta é uma questão interessante que caiu num concurso de alto nível. Vamos à
resolução:
==275324==
Gabarito: “a”
(MPU/Analista - Economia)
Comentários:
Quando ela aumenta, significa que o produtor terá de repassar uma parte do
preço do bem para o governo e, na prática, receberá uma menor receita por bem
vendido.
A alternativa não deixou claro se são substitutos "no consumo" ou "na produção".
Gabarito: “e”
(TCE-CE/Auditor)
Comentários:
Gabarito: “c”
Para o consumidor, excedente é aquilo que ele percebe como benefício por adquirir um bem
por um valor inferior ao qual estava disposto a pagar.
Por exemplo, quando você está disposto a pagar R$4.000 num smartphone, e descobre que ele
vai custar “somente” R$3.000, você obteve um excedente de R$1.000.
Sob o ponto de vista do produtor, o excedente é a diferença entre o valor que ele consegue
vender e o valor mínimo pelo qual ele estava disposto a vender. Se o valor mínimo que ele estava
disposto a vender era R$4.000, mas ele consegue vender por R$6.000, o excedente do produtor
é de R$2.000.
Temos, a seguir, duas tabelas. A primeira delas lista os compradores de smartphones e seus
preços de reserva, enquanto a segunda faz o mesmo em relação aos vendedores, supondo, para
simplificar, que cada produtor dispõe de apenas uma unidade para ofertar.
Só para refrescar a memória: nossas tabelas dizem, por exemplo, que o consumidor C2 pagaria
no máximo R$4.250 pelo smartphone. Esse é o preço de reserva do consumidor C2.
Do lado do produtor, podemos observar, por exemplo, que o produtor 12 (P12) só ofertaria o
smartphone por, no mínimo, R$3.750. Menos do que isso não interessa para ele.
Também podemos interpretar, por exemplo, que se o preço de mercado for R$3.800, somente
C1, C2 e C3 estariam dispostos a pagar pelo produto, e todos os produtores estariam dispostos
a ofertá-lo, com exceção dos produtores P13, P14 e P15, que têm preço de reserva superior a
R$3.800, ou seja, só venderiam por valores maiores.
Se quiser saber quantos consumidores estarão dispostos a comprar a cada nível de preço, pode-
se montar outra tabela e as curvas de oferta e de demanda.
==275324==
O importante mesmo é:
Veja que, no caso do consumidor, a área sombreada é formada por todos aqueles consumidores
que estavam dispostos a pagar mais do que R$2.750. Eles estão felizes da vida pagando menos
do que seus preços de reserva.
O mesmo pode ser dito dos produtores, sua área sombreada é composta por aqueles que
venderiam o smartphone por menos de R$2.750, mas já que o mercado está pagando mais, que
ótimo para eles!
Podemos, com essas informações, até mesmo calcular os excedentes, com base no preço de
mercado vigente (R$2.750):
O Excedente total será de R$14.000, ou seja, o mercado como um todo obteve um benefício
nesse montante.
base × altura
Área =
2
8 × 1750 14000
Área = = = 7000
2 2
O excedente do produtor pode ser obtido da mesma forma, mas fica como desafio para você
fazer sem ajuda. Um spoiler: será igual, nesse caso específico.
Mas acontece que, algumas vezes, os governos ao redor do mundo intervêm na economia,
determinando preços mínimos ou máximos para determinado bem.
Nessa parte da aula, veremos por qual motivo isso costuma ser uma ideia ruim. Também veremos
quem ganha em quem perde com a intervenção, bem como quem paga o preço da intervenção.
Teto de preços
O consumidor fica feliz da vida quando o teto é decretado. Mas qual será o resultado disso no
mercado?
A consequência, demonstrada no gráfico acima, é a seguinte: Como o governo não pode obrigar
o produtor a oferecer o smartphone abaixo do preço que ele estava disposto, apenas os
produtores dispostos a vender por R$1.500 ou menos continuarão no mercado, e serão
ofertadas apenas 5 unidades.
Por outro lado, por esse preço tem mais gente querendo comprar! Serão demandadas 11
unidades! Resultado: escassez permanente de 6 unidades, ou seja, excesso de demanda.
Permanente porque o mercado não poderá voltar ao equilíbrio, uma vez que o governo
estabeleceu um teto de preço.
Além da escassez, há algumas outras consequências de uma política de controle de preços, que
serão vistas a seguir.
Sabemos que, com nosso mercado fictício em equilíbrio, era gerado um excedente total de
R$14.000 – metade para os consumidores, metade para os produtores.
Com o controle de preços, serão retirados do mercado todos os produtores que queriam vender
por mais de R$2.000 (P6, P7 e P8).
Além disso, temos que acrescentar os consumidores C9, C10 e C11 ao mercado, pois eles estão
todos dispostos a pagar R$2.000 ou mais. Com isso, nosso mercado tem agora 11 consumidores,
mas só 5 unidades disponíveis. Teremos 6 consumidores frustrados, pois não conseguirão
comprar, mesmo dispostos a pagar o preço estabelecido!
Ela corresponde ao excedente perdido das operações que não vão mais ocorrer, em virtude do
controle de preços. Fica para você o desafio de calcular (o resultado será R$2.250).
Aí depende, podem ser aqueles que tiverem sorte consigam, ou aqueles que tiverem mais
contatos. Isso quer dizer que o comprador C8 que estava disposto a pagar R$2.750, pois tinha
urgência em adquirir seu smartphone, pode não conseguir comprar, enquanto o consumidor
C11 pode ter mais sorte e pagar somente os R$2.000 que estava disposto desde o início.
==275324==
Desperdício de recursos
O tempo perdido em filas, que poderia ser empregado no trabalho ou lazer, tem que ser
contabilizado como um recurso desperdiçado.
Quando os produtores não podem aumentar seus preços, eles não têm incentivos para
oferecerem produtos de qualidade.
Além disso, há mais compradores do que vendedores! Mesmo com menor qualidade, ainda
haverá gente interessada em comprar.
Mercado Ilegal
Lembra-se do consumidor C8, que estava disposto a pagar R$2.750 no smartphone, mas agora
não consegue encontrar nenhum?
É bem provável que apareça algum produtor desonesto que arrume o produto, por um preço
acima do teto estabelecido legalmente, e que ele está disposto a pagar.
Piso de preços
Não iremos prolongar o assunto, pois funciona tudo como no teto de preços, com peso morto e,
nesse caso, excesso de oferta de trabalho (muita gente querendo trabalhar) e escassez de
demanda por trabalho (pouca gente querendo contratar).
A função de demanda é uma equação que mostra como varia a quantidade demandada
de acordo com mudanças nos fatores que afetam a demanda (normalmente, o preço);
A função de oferta é uma equação que mostra como varia a quantidade ofertada de
acordo com mudanças nos fatores que afetam a oferta (normalmente, de novo, o preço);
O equilíbrio é definido no preço em que a quantidade ofertada é igual à quantidade
demandada.
Portanto, se tivermos uma função de oferta e uma função de demanda, poderemos determinar
a quantidade e o preço de equilíbrio.
qD = 400 – 10p
qO = 100 + 5p
Podemos, portanto, igualar essas equações e manipulá-las até encontrar o valor de “p” (preço)
que determina a mesma quantidade para a oferta e para a demanda (qD = qO).
qD = qO
Em qualquer equação, o que está à esquerda do sinal de igual é equivalente ao que está do lado
direito. Assim, simplesmente trocamos a igualdade acima por:
E, para começar, vamos passar o “-10p” para o outro lado. Como ele está com o sinal negativo,
ficará com sinal positivo1:
1
Outra forma de ver essa operação é que estamos somando 10p dos dois lados. Assim, mantém-se a
igualdade dos dois lados da equação, fica anulado o “-10p” do lado esquerdo, e soma-se um 10p do lado
direito.
300 = 15.p
300 = 15.p
300 / 15 = p
20 = p
Qual será a quantidade de equilíbrio? Basta inserirmos esse preço na função de oferta ou na
função de demanda.
Tanto faz, já que dará o mesmo resultado. Afinal, a quantidade ofertada e a quantidade
demandada devem ser iguais, não é?
qD = 400 – 10p
qD = 400 – 10 x 20
qD = 400 – 200
qD = 200
qO = 100 + 5p
qO = 100 + 5 x 20
qO = 100 + 100
qO = 200
Que sucesso, não? Temos que a quantidade de equilíbrio nesse mercado é de 200 unidades, ao
preço de 20 unidades monetárias.
RESUMO
A economia estuda como a sociedade lida com recursos escassos;
Os modelos econômicos são versões simplificados do mundo real;
A curva de possibilidades de produção é um modelo que demonstra a produção
máxima de dois bens diante da plena utilização dos fatores disponíveis, para dado nível
de tecnologia;
Demanda é a quantidade de bens que os consumidores desejam e podem adquirir;
A curva de demanda demonstra a relação inversa entre preço e quantidade demanda;
Variações no preço provocam alterações ao longo da curva de demanda;
Variações em fatores exógenos deslocam a curva de demanda;
A função de demanda é uma equação que demonstra como a demanda varia em
decorrência de valores assumidos pelas variáveis que a afetam.
Oferta é a quantidade de bens que os produtores desejam ofertar para cada nível de
==275324==
preço;
A curva de oferta demonstra a relação direta entre preço e quantidade ofertada;
Variações no preço provocam alterações ao longo da curva de oferta;
Variações em fatores exógenos deslocam a curva de oferta;
A função de oferta é uma equação que demonstra como a oferta varia em decorrência
de valores assumidos pelas variáveis que a afetam.
Oferta e demanda entram em equilíbrio quando suas quantidades são iguais;
O preço de equilíbrio é aquele que iguala oferta e demanda;
@profcelsonatale
QUESTÕES COMENTADAS
(2016/FCC/ARSETE/Economista)
Considere os seguintes problemas básicos da Economia:
I. O que produzir.
II. Como produzir.
III. Quanto produzir.
IV. Para quem produzir.
A existência ilimitada de recursos utilizáveis tornaria frágil o caráter “econômico” dos problemas
contidos em
a) I e IV, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) I, II, III e IV.
d) II e III, apenas.
e) III e IV, apenas.
Comentários:
Todas as perguntas fazem parte do problema econômico fundamental, e todas são decorrentes
da escassez dos recursos. Apenas relembrando:
O que produzir?
Como produzir?
Quando produzir?
Para quem produzir?
Quanto produzir?
Gabarito: “c”
Comentários:
A alternativa “c” é claramente o gabarito, e o uso da expressão “relativa” deixa implícito que os
bens são escassos em relação aos desejos das pessoas de consumi-los.
Perceba que todas as demais alternativas são fontes de alguns problemas econômicos, mas não
todos; como a demanda agregada ou o consumo em excesso pode causar inflação, a oferta
agregada/produção global em falta podem causar baixo crescimento, crescimento nenhum
(estagnação) ou encolhimento (recessão) da economia.
Entretanto, esses possíveis problemas só ocorrem porque existe escassez relativa dos bens.
Gabarito: “c”
Comentários:
Vejamos as alternativas.
Isso está correto. O chamamos problema econômico básico envolve responder a pergunta “para
quem produzir?”, ou seja, a distribuição daquilo que é produzido. Portanto, essa alternativa está
correta e não é o gabarito.
b) A economia estuda a forma pela qual uma sociedade organiza a sua produção.
Errado. O princípio contrariado por essa alternativa é aquele de que “quando os mercados
falham, o governo pode ajudar”. Em Economia do Setor Público, área da economia que estuda
a atuação do governo, isso é desenvolvido em maior profundidade, mas o conhecimento do
princípio basta para acertar esta questão.
Correto. A FPP ilustra as restrições econômicas, pois mostra as quantidades máximas de bens
que podem ser produzidas, diante da quantidade disponível de fatores de produção e a
tecnologia atual.
Gabarito: “c”
Comentários:
Custo de oportunidade é o benefício que se deixa de obter ao escolher a opção "A" em vez de
optar por "B".
O salário que o indivíduo obteria se não entrasse na faculdade em tempo integral é, certamente,
um custo de oportunidade dessa decisão.
As alternativas “a” e “c” trazem custos incorridos, enquanto “b” é um custo que será evitado.
A alternativa “e” está incorreta por haver alternativas com retornos e, portanto, escolher implicará
em custo de oportunidade não nulo (diferente de zero).
Gabarito: “d”
Comentários:
O custo de oportunidade é aquilo que o indivíduo deixará de receber. Mas para resolver essa
questão devemos supor que, ao cursar o ensino superior, o indivíduo não poderá trabalhar, e
dessa forma ele deixará de receber um potencial salário pago para pessoas com nível médio
(letra “c”).
Não acho que a banca tenha deixado isso claro, mas é a única forma de chegar a um gabarito
coerente, diante dos erros mais claros nas demais alternativas:
d) o diferencial de renda do trabalho entre um trabalhador com ensino superior e um com ensino
médio, ambos completos;
Errado. Esse é justamente o benefício líquido, ou seja, o benefício de cursar o ensino superior
(salário para ensino superior), descontado o custo de oportunidade (salário para ensino médio).
e) a renda sacrificada do mercado de trabalho medida para um trabalhador com ensino superior
completo.
Errado. Esse é o benefício que ele espera obter ao cursar o ensino superior.
Gabarito: “c”
Comentários:
Apenas o valor do benefício relaciona àquilo de que João abriu mão deve ser considerado
como custo de oportunidade. No caso, o valor que ele atribui a sair com os amigos, como está
na afirmativa I.
A afirmativa II traz um custo que ele deixará de incorrer, enquanto III traz um custo no qual
incorrerá.
Gabarito: “a”
(2019/VUNESP/TRANSERP/Contador)
O custo de oportunidade de uma atividade econômica é
a) o custo econômico da pior alternativa a ser utilizada na produção de um bem.
b) a soma dos benefícios deixados de lado por conta de uma escolha.
c) o valor da próxima melhor alternativa que deve ser sacrificada ao se fazer uma escolha.
d) a possibilidade de obter mais lucros mesmo com custos elevados.
e) a distância entre o preço de um bem e os custos de produção.
Comentários:
Ao mesmo tempo, isso impede que as alternativas “a” e “b” estejam corretas, posto que
contradizem o conceito correto.
A alternativa “d” não guarda relação com qualquer conceito econômico relevante, enquanto “e”
conceitua o lucro médio, algo que foge ao escopo desta aula.
Gabarito: “c”
(2014/FGV/ALBA/Auditor)
Um potencial criminoso considera tanto os benefícios como os custos esperados da atividade
ilegal para tomar a decisão de cometê‐la ou não.
Com base no exposto acima, assinale a opção que reduz o custo de oportunidade do crime.
a) Aumento da taxa de desemprego do seu grupo demográfico.
b) Aumento do salário oferecido para seu perfil, no mercado de trabalho.
c) Aumento da pena de prisão para qualquer tipo de crime.
d) Queda das condições econômicas da região onde reside.
e) Queda do custo de se educar em qualquer ciclo escolar.
Comentários:
Muito cuidado! Algo que reduz o custo de oportunidade de escolher a opção “A” é algo que
torna essa opção mais atrativa (ou torna a opção “B” menos atrativa”). Afinal, você escolheria a
opção “A” com mais tranquilidade se o custo de oportunidade for menor.
No caso desta questão, é algo que torna escolher a atividade criminosa mais interessante (e o
trabalho honesto menos interessante).
A alternativa “b” torna o trabalho honesto mais atrativo e, portanto, aumenta o custo de
oportunidade em escolher o crime.
Em “c”, é o crime que fica menos atraente, diante do aumento da pena de prisão. Novamente,
há aumento no custo de oportunidade por escolher o crime.
Acredito que a alternativa “d” também poderia ser um gabarito... mas algumas vezes,
infelizmente, é assim mesmo.
Por fim, a alternativa “e” tende a reduzir o custo de escolher a vida honesta, aumentando,
portanto, o custo de oportunidade de escolher o crime.
Gabarito: “a”
Comentários:
O custo de oportunidade do lazer é o retorno que seria obtido ao trabalhar, ou seja, o salário
esperado do trabalho.
Se ele só tem duas escolhas, escolher lazer significará ficar desempregado. Isso implica na perda
potencial do salário, este sim o custo de oportunidade.
d) o benefício do seguro-desemprego.
Caso ele tenha esse benefício, contaria como... ora, um benefício de escolher o lazer, que
também pode ser visto como um atenuante do custo de oportunidade.
Mas ele escolheu o lazer! Esse custo poderia ser considerado caso ele escolhesse o trabalho.
Gabarito: “a”
Comentários:
A princípio, podemos pensar que o custo de oportunidade de cursar o ensino médio é o ganho
que seria obtido com atividades criminosas, ou seja, “w”.
Contudo, esse ganho só seria obtido caso o jovem não fosse preso. Se a probabilidade de ser
preso é “c”, a probabilidade de não ser preso é “1-c”.
Por exemplo: se a probabilidade de ser preso (c) é 0,2 (20%), a probabilidade de não ser preso
(1-c) é 0,8 (80%).
Aqui entra o que chamamos de expectativa, um assunto de estatística que eu acredito estar
além desta aula e disciplina, mas que vou explicar para resolver essa questão.
Se eu ofereço para você 50% (ou 0,5) de probabilidade de ganhar R$200, sua expectativa é de
ganhar R$100. Se a chance fosse de 0,3, sua expectativa seria de R$60. Assim, a expectativa (E)
é igual a probabilidade multiplicada pela recompensa.
w . (1-p)
Ou seja, a recompensa (w), multiplicada pela probabilidade de recebê-la não sendo preso (1-p).
Ela também é o custo de oportunidade de cursar o ensino médio.
Gabarito: “b”
Comentários:
O que torna o custo de oportunidade de uma decisão maior, é algo que torna as alternativas a
essa decisão mais interessantes.
Dessa forma, o indivíduo com ensino médio concluído terá o custo de oportunidade de decidir
pela faculdade mais alto se a renda que poderia receber se não cursasse a faculdade aumentar,
tornando a alternativa “a” nosso gabarito.
Se isso ocorre, escolher o ensino superior se torna mais atraente e, portanto, diminui o custo de
oportunidade dessa escolha.
Sendo o custo de oportunidade uma medida relativa, ou seja, que compara duas opções,
acredito que esta alternativa também poderia ser o gabarito, uma vez que torna o ensino superior
menos atraente e, portanto, aumenta o custo de oportunidade dessa decisão. Contudo, diante
de um conflito como esses, convém marcar a alternativa que traz um aumento do benefício da
opção que não está sendo escolhida (como na alternativa “a”), em vez da alternativa que diminui
o benefício da escolha feita (como nesta alternativa “c”).
Nesse caso, não ter ensino superior torna-se uma escolha pior e, portanto, o custo de
oportunidade de fazer a faculdade diminui.
Novamente, exponho que essa alternativa também poderia ser considerada correta. Afinal, se a
mensalidade da faculdade aumentar, o indivíduo terá um custo contábil maior. Contudo, esse
custo contábil também representa aumento do custo de oportunidade. Apenas para deixar mais
claro: se o indivíduo estivesse pagando R$1.000. Se aumenta para R$1.500, o custo de
oportunidade aumenta, porque agora ele também está abrindo mão de usar esses R$500 com
outras coisas. E é por isso que é muito raro alguém gabaritar provas de concurso.
Reforço que não estou aqui para iludir você de que as bancas são perfeitas, muito menos para
forçar uma resolução apenas para se adequar ao gabarito da banca.
Estou aqui para mostrar as coisas como elas são, e o melhor que você pode fazer para se dar
bem nessas condições. E isso significar marcar a alternativa “mais certa”.
Gabarito: “a”
A afirmativa I está correta, pois define trade off como situação de escolha conflitante, algo
totalmente alinhado com o que vimos nesta aula, e conclui com uma explicação também correta:
se a escolha não representasse a geração de um outro problema, não haveria conflito.
A assertiva II está errada. Custo de oportunidade é o benefício que seria obtido com aquilo que
foi deixado de lado, é o que se perde (ou o que se deixa de ganhar) por ter feito uma escolha.
Observe, portanto, que o custo de oportunidade não é uma recompensa, mas sim uma perda
(ou algo que se deixa de ganhar). Ora, se é custo de oportunidade, não pode ser uma
recompensa. Custo tem uma ideia oposto à de recompensa.
A assertiva III está errada pois a mudança marginal é um ajuste incremental em um plano de ação
revestido de racionalidade econômica. Consideramos sempre escolhas racionais ao longo de
toda a parte de Microeconomia, a propósito.
Por fim, a afirmativa IV define perfeitamente os incentivos, que podem ser recompensas ou
punições.
Gabarito: “c”
Comentários:
Mankiw define tradeoff como uma situação de escolha conflitante, na qual é preciso abrir mão
de algo para obter outra coisa.
Esse “algo” de que se abre mão é o que constitui o chamado de custo de oportunidade, ou
melhor, o benefício que essa escolha que fica para escanteio é o custo de oportunidade. Por isso,
“a” é o gabarito.
Os demais conceitos fogem ao escopo da aula, mas falo deles para aplacar sua curiosidade.
Custo marginal (letra “b”) é algo aprofundado em outras circunstâncias, mas resumidamente é o
custo gerado ao produzir uma unidade adicional de um produto.
Custo de transação (letra “c”) é o custo necessário para a realização de contratos de compra e
venda. Ou seja, é um custo que excede os custos de produção e o lucro, tornando mais onerosa
uma transação.
Custo de eficiência (letra “d”) está relacionado com teoria da tributação impostos e custo de
equidade (letra “e”) é um assunto de finanças.
Gabarito: “a”
Comentários:
Os custos econômicos incluem os custos contábeis, mas não se limitam a eles, o que torna a
alternativa “a” errada.
A alternativa “b” é uma bela “viajada” da banca, e para mim é difícil encontrar algum sentido nela,
além da tentativa de induzir o candidato que nunca ouviu falar em custo de oportunidade.
Por fim, “d” está correta, pois, ao construir o hospital, a prefeitura abre mão de construir outras
opções no terreno. Esse é o custo de oportunidade da decisão relacionada ao terreno.
Gabarito: “d”
Comentários:
Isso não é verdade! Não há divisão da propriedade privada, tornando a segunda afirmativa a
única falsa.
Por fim, a livre iniciativa e a propriedade privada levam a ocorrer apenas transações mutuamente
benéficas, ou seja, cada parte deve se beneficiar (ou pelo menos entender assim) para que o
negócio ocorra.
Gabarito: “c”
(2015/FGV/DPE-MT/Analista - Economista)
Considere um país que produza apenas bens primários e industriais. Considerando o conceito
de fronteira de possibilidade de produção (FPP), assinale a afirmativa incorreta.
a) O país alcança o máximo de eficiência quando produz uma combinação dos dois bens
exatamente sobre a FPP.
b) Se o país está abaixo da FPP, ele está usando uma dada combinação de insumos produtivos
e tecnologia de forma ineficiente.
c) O país se depara com um trade off entre produzir mais bens primários e industriais.
d) O país consegue produzir além da FPP, expandindo o uso de todos os fatores produtivos.
e) O custo de oportunidade de se produzir mais bens primários é o de produzir menos bens
industriais.
Comentários:
Nunca é demais alertar para essas questões que pedem a alternativa incorreta. Especialmente
no “calor” da prova, quando é bem fácil deixar passar esse detalhe e pontos preciosos...
Dito isso, note que todo ponto exatamente sobre a fronteira ou curva de possibilidade de
produção é um ponto eficiente, sob o aspecto da produção, o que torna a alternativa “a” correta.
Relacionado a essa conclusão, está o fato de que pontos abaixo da curva são ineficientes.
Exatamente como afirmado na alternativa “b“, que também está correta.
Considerando que o país produz apenas bens primários e bens industriais, é correto dizer que a
FPP mostrará o tradeoff entre produzir um ou outro tipo de bem, e com isso, o custo de
oportunidade de produzir um é deixar de produzir o outro. É o que dizem as alternativas “c” e
“e”, respectivamente.
Temos o gabarito na letra “d”, pois a fronteira é exatamente os pontos onde há uso total dos
fatores produtivos disponíveis, não sendo possível expandir a fronteira sem aumento da
disponibilidade – e não do uso – dos fatores ou com progresso tecnológico.
Gabarito: “d”
Comentários:
O enunciado já é legal, porque define muito bem a FPP. Cabe-nos analisar as alternativas:
a) a fronteira de possibilidade de produção não pode ser expandida, dado que todos os recursos
produtivos estão sendo plenamente utilizados.
Errado. A FPP é côncava (e não convexa), demonstrando tradeoffs crescentes. Ou seja, conforme
vamos da esquerda para a direita, cada vez é necessário um custo maior em termos de um bem
para produzir unidades adicionais do outro bem.
Gabarito: “c”
Comentários:
E também o mesmo que dizer que ½ unidade de X custa 1 unidade de Y. Invertendo a ordem
dessa afirmação, 1 unidade de Y custa ½ unidade de X, exatamente como consta na letra “d”.
Matematicamente:
2x = 4y
Equivale a:
1/2x = 1y
Ou:
y = 1/2x
Gabarito: ”d”
Comentários:
O pleno emprego (dos fatores de produção) ocorre exatamente sobre a FPP, ou seja, no ponto
B. Com isso, ficamos entre as alternativas “c” e “d”.
Capacidade ociosa é ineficiência, ocorrendo abaixo da FPP – como ocorre no ponto A. Isso já
nos fornece o gabarito: letra “c”.
Para concluir e confirmar, o ponto C está além da FPP, ou seja, não há tecnologia produtiva para
alcançar esse nível de produção. Para ser rigoroso, discordo de restringir à tecnologia produtiva,
pois pode ser insuficiência de fatores de produção, e o termo “inexistência de capacidade
produtiva” seria mais adequado.
Gabarito: “c”
Comentários:
As alternativas “a”, “b”, “c” e “d” descrevem características corretas de qualquer ponto sobre a
FPP.
Apenas a letra “e” descreve uma situação compatível com pontos abaixo da FPP, onde há
capacidade ociosa (desemprego). Sendo rigoroso, considero impreciso dizer que desemprego
gera escassez de mão de obra. Na verdade, desemprego significa excesso de oferta de mão de
obra (muita gente querendo trabalhar), mas pouca gente querendo contratar. Mas talvez a
alternativa queira dizer “escassez de mão de obra produzindo”.
Gabarito: “e”
(2010/FGV/CODEBA/Economista)
Com base na Fronteira de Possibilidade de Produção abaixo, é correto afirmar que
Comentários:
Todos os pontos exatamente sobre a curva, são combinações eficientes da produção dos dois
bens, de forma que a alternativa “d” é nosso gabarito.
O ponto C, por outro lado, é ineficiente, porque está abaixo da capacidade produtiva da
economia. Seria possível aumentar a produção dos dois bens simultaneamente com os fatores
disponíveis. É o que torna b” e “e” erradas.
Gabarito: “d”
(2018/IADES/SES-DF/Economista)
Considere a curva de transformação na figura apresentada. O deslocamento da curva permite
atingir, a longo prazo, níveis mais elevados de produção e consumo.
Com base no exposto, é correto afirmar que o deslocamento da curva para a direita é causado
por
a) progresso tecnológico.
b) redução na demanda agregada.
c) queda da inflação.
d) redução da carga tributária.
e) elevação da oferta agregada.
Comentários:
Duas coisas podem deslocar para fora a curva de possibilidades de produção para a direta:
avanços tecnológicos (letra “a”) e aumento na disponibilidade de fatores de produção.
c) queda da inflação.
A inflação é um fenômeno monetário, que tem relação inversa com o desemprego. Sendo assim,
seria razoável concluir que a queda na inflação eleva o nível de emprego, mas esse não é um
fator que desloca a CPP.
Isso seria uma elevação de um ponto mais distante para outro mais próximo da CPP, e não um
deslocamento da própria curva.
Gabarito: “a”
(2010/FGV/CODEBA/Economista)
Em relação à Fronteira de Possibilidade (FPP), assinale a alternativa correta.
a) As inovações tecnológicas deslocam a FPP para a esquerda.
b) A FPP mostra as diferentes combinações que um indivíduo tem possibilidade de consumir
de um determinado bem.
c) A elevação da renda desloca a FPP paralelamente para a direita.
d) Alterações no preço dos insumos vão deslocar a FPP para baixo.
e) A FPP mostra as combinações de produto que uma determinada economia tem possibilidade
de produzir.
Comentários:
A questão é apenas conceitual, mas tenta gerar confusão entre a fronteira de possibilidade de
produção e a reta orçamentária (assunto visto em Teoria do Consumidor).
A FPP, de fato, mostra as combinações de produto que uma determinada economia tem
possibilidade de produzir com os fatores de produção disponíveis, tornando “e” nosso
gabarito. Vejamos os erros das demais alternativas.
a) As inovações tecnológicas deslocam a FPP para a esquerda.
Errado. As inovações tecnológicas deslocam a FPP para a direita, permitindo à economia
produzir maiores quantidades dos bens.
b) A FPP mostra as diferentes combinações que um indivíduo tem possibilidade de consumir
de um determinado bem.
Errado. Quem mostra isso é a reta orçamentária. Como mencionei, assunto que extrapola esta
aula.
c) A elevação da renda desloca a FPP paralelamente para a direita.
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136
p
O
pB
pA
DB
DA
qA qB q
Por fim, não há nada que indique a existência prévia de escassez. Ainda se houvesse, o
aumento da demanda só iria agravar essa escassez, que também significa excesso de demanda
sobre a oferta.
Gabarito: “a”
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136
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136
Então, o enunciado nos diz que ocorreu deslocamento da curva de demanda para a direita, o
que significa que há um novo ponto de equilíbrio: PE(D2).
E com isso, é possível ver que PE(D2) é maior do que PE(D1), que é maior do que P1.
Gabarito: “d”
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136
(2010/FGV/BADESC/Economista)
Uma campanha de marketing bem-sucedida consegue afetar as preferências do consumidor,
alterando dessa forma a demanda.
Assim, os deslocamentos e o resultado de equilíbrio de mercado são dados por:
a) a curva de demanda se desloca para a direita, o preço aumenta e a quantidade de equilíbrio
aumenta.
b) a curva de demanda se desloca para a esquerda, o preço diminui e a quantidade de equilíbrio
diminui.
c) a curva de demanda se desloca para a direita, o preço diminui e a quantidade de equilíbrio
aumenta.
d) a curva de demanda se desloca para a direita, o preço aumenta e a quantidade de equilíbrio
diminui.
e) a curva de demanda se desloca para a esquerda, o preço aumenta e a quantidade de
equilíbrio aumenta.
Comentários:
Lembra-se que os gostos e expectativas do consumidor deslocam a curva de demanda? Pois é.
Mas apenas saber disso não é suficiente para resolver a questão, pois precisamos saber para
onde ocorrerá esse deslocamento.
Então, vamos esboçar a curva de demanda e a curva da oferta, afinal estamos falando de
equilíbrio aqui:
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136
Digamos que, por palpite, achemos que a curva irá para a direita.
Faz sentido que o deslocamento seja para a direita, não? Dessa forma, a campanha de
marketing bem-sucedida aumentará tanto o preço (de p para p2) quanto a quantidade de
equilíbrio (de q para q2).
Isso também nos dá o gabarito.
Gabarito: “a”
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b) Pode-se supor que a supersafra causará uma queda no preço do trigo, contribuindo para um
aumento do custo de produção do pão, que tem o trigo como insumo. Consequentemente, a
curva de oferta de pães deslocar-se-á para a esquerda, o que fará baixar o preço do pão. Com
isso, diminui a quantidade demandada de pães. Ou seja, houve um movimento ao longo da
curva de demanda por pães, sem alteração na posição da curva;
c) Pode-se supor que a supersafra causará um aumento no preço do trigo, contribuindo para
um aumento do custo de produção do pão, que tem o trigo como insumo. Logo, a curva de
oferta de pães deslocar-se-á para a esquerda, o que contribuirá para aumentar o preço do pão.
Com isso, diminui a quantidade demandada de pães. Ou seja, houve um movimento ao longo
da curva de demanda por pães, sem alteração na posição da curva;
d) Pode-se supor que a supersafra causará um aumento no preço do trigo, contribuindo para
uma redução do custo de produção do pão, que tem o trigo como insumo. Consequentemente,
a curva de oferta de pães deslocar-se-á para a direita, o que contribuirá para reduzir o preço do
pão. Com isso, aumenta a quantidade demandada de pães. Ou seja, houve um movimento ao
longo da curva de demanda por pães, sem alteração na posição da curva;
e) Pode-se supor que a supersafra causará uma queda no preço do trigo, contribuindo para
uma redução do custo de produção do pão, que tem o trigo como insumo. Consequentemente,
a curva de oferta de pães deslocar-se-á para a esquerda, o que contribuirá para reduzir o preço
do pão. Com isso, aumenta a quantidade demandada de pães. Ou seja, houve um movimento
ao longo da curva de demanda por pães, sem alteração na posição da curva.
Comentários:
Esta questão expõe uma análise de estática comparativa bastante completa.
Não há muito o que comentar, além de que a única alternativa que respeita as definições que
você aprendeu nesta aula é a “a”. Só quero destacar como cada etapa faz sentido:
A supersafra de trigo aumenta a oferta de trigo deslocando sua curva para a direita e,
mantida a demanda, haverá uma queda no preço do trigo;
Como o trigo é um insumo do pão, o custo de produção do pão diminui, deslocando a
curva de oferta de pão para a direita;
Mantida constante a demanda de pão, a nova oferta leva a um novo equilíbrio, com
menor preço e maior quantidade.
Como a demanda ficou parada e foi a oferta que aumentou, o deslocamento é da curva
de oferta e ao longo da curva de demanda.
Gabarito: “a”
(2016/FCC/AL-MS/Economista)
A quantidade ofertada aumenta com o aumento de preços porque
a) os produtores passam a considerar mais lucrativo produzir o bem.
b) os consumidores saem do mercado e assim compradores encontram um excesso de oferta.
c) quando a demanda aumenta com um preço alto surge um excedente.
d) a demanda sobe quando a oferta aumenta.
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(2016/FCC/AL-MS/Economista)
Sobre a curva de demanda, é correto afirmar:
a) A mudança no preço das bicicletas não levará a um deslocamento da curva de demanda por
bicicletas.
b) O aumento do preço dos carros levará a uma queda na demanda por motocicleta.
c) A mudança na demanda é equivalente a um movimento ao longo da curva de demanda.
d) Quando o preço cai, a quantidade demandada também cai.
e) Quando a curva de demanda se desloca para a direita, a curva de oferta também se desloca
para a direita.
Comentários:
A mudança no preço das bicicletas provocará uma alteração ao longo da curva de demanda por
bicicletas, e não deslocará a curva.
Isso torna a alternativa “a” correta.
A alternativa “b” está errada porque carros e motocicletas são bens substitutos, de forma que o
aumento no preço dos carros levará ao aumento na demanda por motocicletas.
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Para tornar “c” correta, deveria estar escrito que “a mudança na demanda é equivalente a um
movimento ao longo da curva de demanda”. A mudança na demanda é a mudança da curva. A
mudança na quantidade demandada é um movimento ao longo da curva.
Em “d” a relação entre preço e quantidade está demandada incorreta: quando um aumenta, o
outro diminui, em decorrência da lei da demanda.
Por fim, “e” apenas não faz sentido. Os movimentos da curva de demanda não são
acompanhados por movimentos da curva de oferta, e vice-versa.
Gabarito: “a”
(2015/FCC/TCM-RJ/Auditor-Substituto de Conselheiro)
Um dos fatores que leva ao deslocamento a curva de demanda são as preferências. Um
aumento do gasto com propaganda e marketing tende a
a) levar a firma a gastar mais sem efeito algum sobre o nível de vendas.
b) deslocar a curva de demanda para a esquerda, aumentando a demanda do bem.
c) deslocar a curva de demanda para a direita, aumentando a demanda do bem.
d) deslocar a curva de oferta e de demanda para a esquerda, reduzindo a demanda do bem.
e) deslocar a curva de oferta para a direita reduzindo a oferta do bem.
Comentários:
Se a propaganda deslocasse a curva da demanda para a esquerda, o que significaria
diminuição da demanda, certamente ninguém faria publicidade, não é?
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(2016/FCC/PGE-MT/Analista – Economista)
De acordo com a lei da demanda,
a) existe uma relação positiva entre quantidade demandada e preço.
b) quando o preço sobe, a demanda irá se deslocar para a esquerda.
c) existe uma relação negativa entre quantidade demandada e preço.
d) quando o preço sobe a demanda irá se deslocar para a direita.
e) quando o preço sobe, os consumidores irão deslocar suas compras para bens
complementares.
Comentários:
A lei da demanda estabelece que preço e quantidade demandada irão variar em direções
inversas: quando um sobe, o outro desce.
Por isso, está correto, como diz a alternativa “c”, que há relação negativa entre essas variáveis.
Gabarito: “c”
(2015/FCC/SEFAZ-PI/Analista)
A estática comparativa descreve os ajustamentos de preço e quantidades sofridos por um
mercado em resposta a uma mudança em alguma das variáveis que afetam seu funcionamento.
Partindo-se de uma posição inicial de equilíbrio entre o preço e a quantidade, um mercado
atinge seu novo equilíbrio quando:
I. um aumento autônomo da quantidade demandada desloca a curva de demanda para a
direita, aumentando tanto o preço de equilíbrio quanto a quantidade de equilíbrio.
II. um acontecimento que reduza a quantidade ofertada desloca a curva de oferta para a
esquerda, ocasionando a elevação do preço de equilíbrio e da quantidade de equilíbrio.
III. uma queda da renda dos consumidores diminui a quantidade demandada desloca a curva
de demanda para a esquerda, de forma que tanto o preço de equilíbrio quanto a quantidade
de equilíbrio aumentam.
IV. um aumento da quantidade ofertada a qualquer preço dado desloca a curva de oferta para
a direita. O preço de equilíbrio diminui e a quantidade de equilíbrio aumenta.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
c) II e IV.
d) I e IV.
e) III.
Comentários:
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Este tipo de questão exige a análise individual dos itens. Algumas vezes é possível eliminar
alternativas dessa forma, ou mesmo definir prioridades. Perceba que a afirmação II, por
exemplo, aparece nas alternativas A, B e C.
Se ela estiver errada, ficaremos bem mais próximos do gabarito, que só poderá ser D ou E,
cujos conteúdos são bem diferentes entre si. Para fins didáticos, irei analisar todas as
afirmativas, mas fique à vontade para utilizar a tática.
I. um aumento autônomo da quantidade demandada desloca a curva de demanda para a
direita, aumentando tanto o preço de equilíbrio quanto a quantidade de equilíbrio.
Isso está correto. Qualquer fator que não seja o preço deslocará a curva de demanda, e como
estamos falando de um aumento, isso só poderá se dar pelo deslocamento da curva para a
direita.
II. um acontecimento que reduza a quantidade ofertada desloca a curva de oferta para a
esquerda, ocasionando a elevação do preço de equilíbrio e da quantidade de equilíbrio.
O erro da afirmação está em dizer que haverá aumento da quantidade de equilíbrio, quando o
deslocamento da curva de oferta para a esquerda tem efeito contrário: redução da quantidade
ofertada em equilíbrio. *Note que já temos nosso gabarito, já que I está correta e II errada, e
apenas uma alternativa admite isso: D.
III. uma queda da renda dos consumidores diminui a quantidade demandada desloca a curva
de demanda para a esquerda, de forma que tanto o preço de equilíbrio quanto a quantidade
de equilíbrio aumentam.
A queda na renda de fato desloca a curva de demanda para a esquerda. Entretanto, isso
provocará queda no preço e na quantidade de equilíbrio. Afirmativa errada.
IV. um aumento da quantidade ofertada a qualquer preço dado desloca a curva de oferta para
a direita. O preço de equilíbrio diminui e a quantidade de equilíbrio aumenta.
Essa está correta, então não há muito o que acrescentar.
Gabarito: “d”
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Comentários:
Pense no IPI como um custo para o produtor, uma vez que ele precisará repassar uma quantia
relativa ao imposto para cada unidade de veículo produzida.
Nesse caso, ocorrerá redução da oferta, com o deslocamento de sua curva para a esquerda (e
para cima, mas “c” continua correta).
Eu considero isso um deslocamento negativo da oferta, o que tornaria “e” também correta.
Contudo, diante dessa situação, marcamos a alternativa “mais correta”, e a letra “c” é mais precisa
ao especificar a direção do movimento.
Gabarito: “c”
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(2019/VUNESP/TRANSERP–SP/CONTADOR)
Uma diminuição na demanda de um determinado bem normal Y, pode ser causada por
a) uma queda na renda dos consumidores.
b) um aumento nos custos de produção.
c) um aumento no preço do bem.
d) uma queda nos preços dos bens substitutos.
e) uma mudança favorável nas preferências ao bem Y.
Comentários:
Precisamos nos lembrar, para resolver essa questão, dos fatores que são capazes de deslocar
para a esquerda a curva da demanda. Vamos à análise das alternativas.
a) uma queda na renda dos consumidores.
E logo de cara, aí está o gabarito. A queda na renda do consumidor desloca a curva de
demanda para a esquerda, demonstrando diminuição na demanda, e menor quantidade
demandada para qualquer nível de preço.
b) um aumento nos custos de produção.
Isso deslocará a curva de oferta para a esquerda.
c) um aumento no preço do bem.
Isso diminuirá a quantidade demandada (que é diferente da demanda, que não muda).
d) uma queda nos preços dos bens substitutos.
A queda no preço de bens substitutos diminui a demanda (cai o preço da gasolina, diminui a
demanda por etanol), e há deslocamento da curva de demanda para a esquerda.
Essa alternativa também está certa. A banca considerou “a” como gabarito, mas “d” é
igualmente correta, ou seja, a banca errou estabelecendo dois gabaritos.
e) uma mudança favorável nas preferências ao bem Y.
Isso também aumenta a demanda, deslocando sua curva para a direita.
A questão tem duas alternativas certas: “a” e “d”. A banca considerou “a”, mas deveria ter
anulado a questão.
Gabarito: “a”
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(2014/VUNESP/EMPLASA/Analista Administrativo)
O ponto X, que é representado pela fórmula Qop = f(P) e mostrado na figura a seguir, indica
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QO=20+10p
Como o preço é 1, teremos:
QP=80−20.1 = 80 – 20 = 60
QO=20+10.1 = 20 + 10 = 30
Pronto, a procura (demanda) é 30 unidades superior à oferta.
Gabarito: “e”
20 = 10 + 5p resolvemos as somas
10 = 5p resolvemos as subtrações
Agora, vamos elevar esse preço em 12%, para termos o preço a ser avaliado (p’). Para isso,
multiplicamos por 1,12:
p’ = 2 . 1,12
p’ = 2,24
Pronto. Agora, só precisamos colocar esse preço nas funções e ver o quanto a oferta será
superior à demanda.
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(2018/CEBRASPE-CESPE/IFF/Professor - Administração)
Considere as seguintes equações de oferta e demanda:
demanda: Q = 10.000 – 150P;
oferta: Q = 3.000 + 250P.
Nesse caso, o preço e a quantidade de equilíbrio são respectivamente iguais a
a) 17,5 e 7.375.
b) 27,5 e 8.375.
c) 37,5 e 9.375.
d) 47,5 e 9.575.
e) 57,5 e 10.375.
Comentários:
Basta encontrarmos o preço que torna as quantidades de oferta e de demanda iguais:
QD = QO
10.000 – 150P = 3.000 + 250P.
7.000 = 400P
P = 7000 / 400
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P = 17,5
Encontramos o preço de equilíbrio, e já poderíamos marcar a alternativa “a” se estivermos
seguros o bastante. Mas como isto é uma aula, vamos conferir a quantidade de equilíbrio.
Usarei a função de demanda, mas poderia ser a de oferta, igualmente.
QD = 10.000 – 150 x 17,5
QD = 10.000 – 2.625
QD = 7.375
Gabarito: “a”
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P=15/5
P=3
E o depois:
Qo = Qd2
-5+2P = 15-3P
5P=20
P=4
Então, o preço aumentou de 3 para 4, e isso significa que...
a) O preço de equilíbrio caiu de 4 para 3.
Pelo contrário!
b) O preço de equilíbrio aumentou mais de 30%.
O preço aumentou 33,33%, e aqui está o gabarito!
c) O preço de equilíbrio aumentou, e a quantidade de equilíbrio diminuiu.
Quando a demanda aumenta, a quantidade de equilíbrio também. Podemos ver qual era a
quantidade de equilíbrio nos dois momentos (com preço de 3 e preço de 4):
Qd1 = 10 - 3P = 10-3.3 = 10-9 = 1
Qd2 = 15 - 3P = 15-3.4 = 15-12 = 3
Viu só? A quantidade aumentou.
Gabarito: “b”
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Considere, agora, que haja um choque no mercado de açúcar (insumo para a fabricação das
barras de chocolate) que eleve seus preços. O novo equilíbrio E1 = (Q1, P1) no mercado de
chocolates será dado por:
a) Q1 > Q0 e P1 > P0;
b) Q1 < Q0 e P1 > P0;
c) Q1 < Q0 e P1 < P0;
d) Q1 > Q0 e P1 < P0;
e) Q1 = Q0 e P1 = P0.
Comentários:
Quando há uma redução na oferta, preço aumenta e quantidade diminui.
Assim, teremos uma nova quantidade (Q1) inferior à quantidade anterior (Q2): Q1 < Q0.
E o novo preço (P1) é maior que o preço anterior (P2) : P1 > P0.
Gabarito: “b”
(2008/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Considere-se que, em determinado mercado, a curva de demanda de um bem seja dada por
Qd = 10 - 3p, e a curva de oferta desse mesmo bem seja dada por Qo = 5 + 2p, em que p seja
o preço do bem. Nessas condições, é correto concluir que o equilíbrio nesse mercado será
atingido para
a) p = 1.
b) p = 2.
c) p = 3.
d) p = 5.
e) p = 10.
Comentários:
Há duas opções para resolver esse tipo de questão. Como precisamos encontrar o preço que
iguala quantidade ofertada e quantidade demandada, poderíamos simplesmente testar cada
alternativa fornecida, ou podemos manipular as equações.
Testando as opções:
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Nesse caso, acho que essa forma teria sido muito boa, já que daria o gabarito logo de cara.
Entretanto, o “mais correto” é você desenvolver a álgebra, pois a prova pode não permitir essa
abordagem. Sendo assim, começamos igualando as funções:
Qd = Qo
10 – 3.p = 5 + 2.p
10 – 5 = 2.p + 3.p
5 = 5.p
p = 5/5
p=1
Gabarito: “a”
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LISTA DE QUESTÕES
(2016/FCC/ARSETE/Economista)
Considere os seguintes problemas básicos da Economia:
I. O que produzir.
II. Como produzir.
III. Quanto produzir.
IV. Para quem produzir.
A existência ilimitada de recursos utilizáveis tornaria frágil o caráter “econômico” dos problemas
contidos em
a) I e IV, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) I, II, III e IV.
d) II e III, apenas.
e) III e IV, apenas.
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(2019/VUNESP/TRANSERP/Contador)
O custo de oportunidade de uma atividade econômica é
a) o custo econômico da pior alternativa a ser utilizada na produção de um bem.
b) a soma dos benefícios deixados de lado por conta de uma escolha.
c) o valor da próxima melhor alternativa que deve ser sacrificada ao se fazer uma escolha.
d) a possibilidade de obter mais lucros mesmo com custos elevados.
e) a distância entre o preço de um bem e os custos de produção.
(2014/FGV/ALBA/Auditor)
Um potencial criminoso considera tanto os benefícios como os custos esperados da atividade
ilegal para tomar a decisão de cometê‐la ou não.
Com base no exposto acima, assinale a opção que reduz o custo de oportunidade do crime.
a) Aumento da taxa de desemprego do seu grupo demográfico.
b) Aumento do salário oferecido para seu perfil, no mercado de trabalho.
c) Aumento da pena de prisão para qualquer tipo de crime.
d) Queda das condições econômicas da região onde reside.
e) Queda do custo de se educar em qualquer ciclo escolar.
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(2015/FGV/DPE-MT/Analista - Economista)
Considere um país que produza apenas bens primários e industriais. Considerando o conceito
de fronteira de possibilidade de produção (FPP), assinale a afirmativa incorreta.
a) O país alcança o máximo de eficiência quando produz uma combinação dos dois bens
exatamente sobre a FPP.
b) Se o país está abaixo da FPP, ele está usando uma dada combinação de insumos produtivos
e tecnologia de forma ineficiente.
c) O país se depara com um trade off entre produzir mais bens primários e industriais.
d) O país consegue produzir além da FPP, expandindo o uso de todos os fatores produtivos.
e) O custo de oportunidade de se produzir mais bens primários é o de produzir menos bens
industriais.
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a) a fronteira de possibilidade de produção não pode ser expandida, dado que todos os
recursos produtivos estão sendo plenamente utilizados.
b) a convexidade da fronteira de possibilidade de produção indica a possibilidade de que a
quantidade de um dos bens seja aumentada, sem que haja custo para a sociedade.
c) o aumento da quantidade produzida de um dos bens gera um custo de oportunidade que
consiste na redução da quantidade produzida do outro bem.
d) o custo de oportunidade, também denominado custo alternativo, é constante em toda a
extensão da FPP.
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136
(2010/FGV/CODEBA/Economista)
Com base na Fronteira de Possibilidade de Produção abaixo, é correto afirmar que
(2018/IADES/SES-DF/Economista)
Considere a curva de transformação na figura apresentada. O deslocamento da curva permite
atingir, a longo prazo, níveis mais elevados de produção e consumo.
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Com base no exposto, é correto afirmar que o deslocamento da curva para a direita é causado
por
a) progresso tecnológico.
b) redução na demanda agregada.
c) queda da inflação.
d) redução da carga tributária.
e) elevação da oferta agregada.
(2010/FGV/CODEBA/Economista)
Em relação à Fronteira de Possibilidade (FPP), assinale a alternativa correta.
a) As inovações tecnológicas deslocam a FPP para a esquerda.
b) A FPP mostra as diferentes combinações que um indivíduo tem possibilidade de consumir
de um determinado bem.
c) A elevação da renda desloca a FPP paralelamente para a direita.
d) Alterações no preço dos insumos vão deslocar a FPP para baixo.
e) A FPP mostra as combinações de produto que uma determinada economia tem possibilidade
de produzir.
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(2010/FGV/BADESC/Economista)
Uma campanha de marketing bem-sucedida consegue afetar as preferências do consumidor,
alterando dessa forma a demanda.
Assim, os deslocamentos e o resultado de equilíbrio de mercado são dados por:
a) a curva de demanda se desloca para a direita, o preço aumenta e a quantidade de equilíbrio
aumenta.
b) a curva de demanda se desloca para a esquerda, o preço diminui e a quantidade de equilíbrio
diminui.
c) a curva de demanda se desloca para a direita, o preço diminui e a quantidade de equilíbrio
aumenta.
d) a curva de demanda se desloca para a direita, o preço aumenta e a quantidade de equilíbrio
diminui.
e) a curva de demanda se desloca para a esquerda, o preço aumenta e a quantidade de
equilíbrio aumenta.
Receita Federal (Auditor Fiscal) Economia e Finanças Públicas - 2022 (Pós-Edital) 129
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136
oferta de pães deslocar-se-á para a esquerda, o que contribuirá para aumentar o preço do pão.
Com isso, diminui a quantidade demandada de pães. Ou seja, houve um movimento ao longo
da curva de demanda por pães, sem alteração na posição da curva;
d) Pode-se supor que a supersafra causará um aumento no preço do trigo, contribuindo para
uma redução do custo de produção do pão, que tem o trigo como insumo. Consequentemente,
a curva de oferta de pães deslocar-se-á para a direita, o que contribuirá para reduzir o preço do
pão. Com isso, aumenta a quantidade demandada de pães. Ou seja, houve um movimento ao
longo da curva de demanda por pães, sem alteração na posição da curva;
e) Pode-se supor que a supersafra causará uma queda no preço do trigo, contribuindo para
uma redução do custo de produção do pão, que tem o trigo como insumo. Consequentemente,
a curva de oferta de pães deslocar-se-á para a esquerda, o que contribuirá para reduzir o preço
do pão. Com isso, aumenta a quantidade demandada de pães. Ou seja, houve um movimento
ao longo da curva de demanda por pães, sem alteração na posição da curva.
(2016/FCC/AL-MS/Economista)
A quantidade ofertada aumenta com o aumento de preços porque
a) os produtores passam a considerar mais lucrativo produzir o bem.
b) os consumidores saem do mercado e assim compradores encontram um excesso de oferta.
c) quando a demanda aumenta com um preço alto surge um excedente.
d) a demanda sobe quando a oferta aumenta.
e) este aumento de preço reduz o custo marginal.
(2016/FCC/AL-MS/Economista)
Sobre a curva de demanda, é correto afirmar:
a) A mudança no preço das bicicletas não levará a um deslocamento da curva de demanda por
bicicletas.
b) O aumento do preço dos carros levará a uma queda na demanda por motocicleta.
c) A mudança na demanda é equivalente a um movimento ao longo da curva de demanda.
d) Quando o preço cai, a quantidade demandada também cai.
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e) Quando a curva de demanda se desloca para a direita, a curva de oferta também se desloca
para a direita.
(2015/FCC/TCM-RJ/Auditor-Substituto de Conselheiro)
Um dos fatores que leva ao deslocamento a curva de demanda são as preferências. Um
aumento do gasto com propaganda e marketing tende a
a) levar a firma a gastar mais sem efeito algum sobre o nível de vendas.
b) deslocar a curva de demanda para a esquerda, aumentando a demanda do bem.
c) deslocar a curva de demanda para a direita, aumentando a demanda do bem.
d) deslocar a curva de oferta e de demanda para a esquerda, reduzindo a demanda do bem.
e) deslocar a curva de oferta para a direita reduzindo a oferta do bem.
(2016/FCC/PGE-MT/Analista – Economista)
De acordo com a lei da demanda,
a) existe uma relação positiva entre quantidade demandada e preço.
b) quando o preço sobe, a demanda irá se deslocar para a esquerda.
c) existe uma relação negativa entre quantidade demandada e preço.
d) quando o preço sobe a demanda irá se deslocar para a direita.
e) quando o preço sobe, os consumidores irão deslocar suas compras para bens
complementares.
(2015/FCC/SEFAZ-PI/Analista)
A estática comparativa descreve os ajustamentos de preço e quantidades sofridos por um
mercado em resposta a uma mudança em alguma das variáveis que afetam seu funcionamento.
Partindo-se de uma posição inicial de equilíbrio entre o preço e a quantidade, um mercado
atinge seu novo equilíbrio quando:
I. um aumento autônomo da quantidade demandada desloca a curva de demanda para a
direita, aumentando tanto o preço de equilíbrio quanto a quantidade de equilíbrio.
II. um acontecimento que reduza a quantidade ofertada desloca a curva de oferta para a
esquerda, ocasionando a elevação do preço de equilíbrio e da quantidade de equilíbrio.
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III. uma queda da renda dos consumidores diminui a quantidade demandada desloca a curva
de demanda para a esquerda, de forma que tanto o preço de equilíbrio quanto a quantidade
de equilíbrio aumentam.
IV. um aumento da quantidade ofertada a qualquer preço dado desloca a curva de oferta para
a direita. O preço de equilíbrio diminui e a quantidade de equilíbrio aumenta.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
c) II e IV.
d) I e IV.
e) III.
(2019/VUNESP/TRANSERP–SP/CONTADOR)
Uma diminuição na demanda de um determinado bem normal Y, pode ser causada por
a) uma queda na renda dos consumidores.
b) um aumento nos custos de produção.
c) um aumento no preço do bem.
d) uma queda nos preços dos bens substitutos.
e) uma mudança favorável nas preferências ao bem Y.
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(2014/VUNESP/EMPLASA/Analista Administrativo)
O ponto X, que é representado pela fórmula Qop = f(P) e mostrado na figura a seguir, indica
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(2018/CEBRASPE-CESPE/IFF/Professor - Administração)
Considere as seguintes equações de oferta e demanda:
demanda: Q = 10.000 – 150P;
oferta: Q = 3.000 + 250P.
Nesse caso, o preço e a quantidade de equilíbrio são respectivamente iguais a
a) 17,5 e 7.375.
b) 27,5 e 8.375.
c) 37,5 e 9.375.
d) 47,5 e 9.575.
e) 57,5 e 10.375.
Considere, agora, que haja um choque no mercado de açúcar (insumo para a fabricação das
barras de chocolate) que eleve seus preços. O novo equilíbrio E1 = (Q1, P1) no mercado de
chocolates será dado por:
a) Q1 > Q0 e P1 > P0;
b) Q1 < Q0 e P1 > P0;
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(2008/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Considere-se que, em determinado mercado, a curva de demanda de um bem seja dada por
Qd = 10 - 3p, e a curva de oferta desse mesmo bem seja dada por Qo = 5 + 2p, em que p seja
o preço do bem. Nessas condições, é correto concluir que o equilíbrio nesse mercado será
atingido para
a) p = 1.
b) p = 2.
c) p = 3.
d) p = 5.
e) p = 10.
GABARITO
1. C 11. A 21. D 31. A 41. A
2. C 12. C 22. A 32. A 42. D
3. C 13. A 23. E 33. A 43. E
4. C 14. D 24. E 34. A 44. C
5. C 15. C 25. D 35. C 45. A
6. A 16. D 26. A 36. C 46. B
7. C 17. C 27. D 37. C 47. B
8. A 18. D 28. D 38. D 48. B
9. A 19. C 29. D 39. C 49. D
10. B 20. E 30. D 40. C
Receita Federal (Auditor Fiscal) Economia e Finanças Públicas - 2022 (Pós-Edital) 135
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