Nêutron

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Nêutron

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Um nêutron (português brasileiro) ou neutrão (português europeu) é


um bárion eletricamente neutro. Composto por dois quarks
down e um quark up, forma o núcleo atômico juntamente com
o próton e, uma vez fora deste, é instável e tem uma vida média
de cerca de 15 minutos, emitindo um elétron e um
antineutrino, convertendo-se em um próton.

Foi descoberto pelo físico inglês James Chadwick em 1932, que


recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1935 por essa
descoberta.[1]

Para saber a quantidade de nêutrons que um átomo possui, O nêutron é composto de um quark
basta fazer a subtração entre o número de massa (A) e o u e dois quarks d.
número atómico (Z).

História
Hoje sabemos que o nêutron não é uma partícula elementar, mas quando foi descoberto ele assim
era considerado. Sabemos que partículas de mesma carga se repelem por causa da repulsão
elétrica, desta forma não seria possível um núcleo atômico ser estável contendo apenas prótons,
fazendo-se necessário uma partícula neutra que estivesse presente no núcleo dos átomos para dar
essa estabilidade.[2]

Cientistas passaram a buscar essa partícula neutra do núcleo. Por volta de 1920, Ernest Rutherford
e também outros físicos sugeriam uma partícula eletricamente neutra formada por um próton e
um elétron. Dessa maneira obteríamos uma carga nula, ou seja, é como se somássemos -1 e +1.
Eles previam também uma massa muito próxima à do próton. Para essa nova partícula que foi
prevista deram o nome de nêutron, no entanto essa teoria não deu muito certo: a mecânica
quântica oferecia muitos argumentos que contrariavam essa suposição do nêutron, como por
exemplo o Princípio da incerteza de Heisenberg.[2] Esse princípio nos diz que a incerteza de uma
medida é inevitável, ou seja, é impossível medir a velocidade de uma partícula e sua posição ao
mesmo tempo sem que essa mesma partícula sofra influência do instrumento de medição.[3]

Segundo este princípio, seria impossível que um elétron ficasse preso em um espaço tão pequeno
quanto o núcleo atômico: o elétron possuiria uma velocidade tão grande que escaparia do núcleo. A
ideia do nêutron foi muito boa pois com ele podemos explicar os isótopos de um elemento químico,
além da estabilidade atômica. No entanto, por ser eletricamente neutro, o nêutron tornou-se
extremamente difícil de se observar.[2]

Em 1928, Walter Bothe e Herbert Becker, em uma experiência usando polônio como fonte de
partícula alfa, observaram o nêutron sem se dar conta.[2] Ambos observaram uma radiação neutra
penetrante, mas pensaram ser raios X. Foi então que, em 1932, o físico James Chadwick refez uma
experiência de Frédéric Joliot-Curie e Irène Joliot-Curie e percebeu que eles haviam observado
uma versão neutra do próton.[2] Três anos mais tarde recebeu o Prémio Nobel de Física.[4]

Atualmente sabemos que o nêutron é necessário para a estabilidade de quase todos os núcleos
atômicos (a única exceção é o hidrogênio), já que a força nuclear forte faz com que seja atraído por
elétrons e prótons, mas não seja repelido por nenhum, como acontece com os prótons, que se
atraem nuclearmente mas se repelem eletrostaticamente.

Aplicações
Os nêutrons têm um amplo campo de aplicação. Na medicina são utilizados, por exemplo, para
tratamentos[5][6] e em diagnósticos.[7][8] São utilizados também para a caracterização e
determinação de materiais. Um exemplo prático é o uso dos nêutrons para a inspeção de cargas em
aeroportos.[9] Além da inspeção das cargas pode ser utilizado também para a determinação da
composição do solo.[10] Existem ainda, além de outras grandes quantidades de aplicações, os
laboratórios de pesquisa que utilizam fontes de nêutrons. Todas essas aplicações produzem uma
demanda por instrumentos de detecção e dosímetros para fontes de nêutrons. É válido lembrar
que todo equipamento precisa de calibração para assegurar que seu funcionamento esteja de
acordo com padrões pré-estabelecidos.

Fontes de nêutrons
Fontes de nêutrons são todos os materiais e equipamentos que têm a capacidade de emitir
nêutrons natural ou artificialmente. Podem ser classificadas de diferentes formas, seja por seus
tamanhos, pela energia dos nêutrons liberados ou, ainda, pela natureza do processo que ocorre
para a geração do nêutrons. Os mais utilizados são as fontes de fissão espontânea, ativação por
gama ou alfa, os reatores e os aceleradores.

Fissão espontânea como fonte de nêutrons


A fissão nuclear é o processo da quebra de um núcleo instável em dois menores. Ela pode ser
realizada de forma induzida, isso é, provocando colisões entre partículas aceleradas e o núcleo, ou
de forma espontânea, natural. É importante que a fissão espontânea tem suas origens da interação
do núcleo com raios cósmicos que são partículas penetrantes e energia considerável.

A fissão espontânea é observada em núcleos mais pesados como, por exemplo, o tório-232. Além
disso, existem outros elementos que podem sofrer fissão espontânea, como o urânio-235, o
Urânio-238, califórnio-252, entre outros elementos com alta massa atômica. Atualmente são
conhecidos mais de 100 elementos capazes de decair por fissão espontânea e liberar nêutrons.

O califórnio-252,[11] em especial, é uma das fontes de nêutrons mais importantes. O motivo é que a
energia dos nêutrons cai em uma faixa de energia que é muito utilizável. O espectro de energia de
nêutrons do califórnio-252 é similar ao de um reator. Outro motivo para a sua grande utilização é a
alta atividade por unidade de massa e tal fato permite a construção de pequenas fontes de
nêutrons. As fontes de califórnio têm tempo de meia vida de aproximadamente 2,6 anos. Tal fato é
uma de suas desvantagens. Além disso a energia média do nêutron liberado é em torno de 2 MeV e
a energia máxima do nêutron liberado pode chegar até 10 MeV.

Reatores de fissão como fonte de nêutrons


Os reatores de fissão[12] são uma das fontes de nêutrons
mais intensas. Assim como a fissão podem existem
reatores de diferentes elementos. Um exemplo clássico é o
da fissão do urânio-235. Durante operação de um reator de
urânio-235 ocorre um aumento da quantidade de
elementos menores como, por exemplo, bário-144 e
criptônio-89, devido ao decaimento do urânio-235 em
elementos mais leves.
Esquema da fissão nuclear de num
É importante destacar que os núcleos resultantes do núcleo de urânio-235.
decaimento do urânio-235 por fissão nuclear ou outros
tipos de decaimentos resultam em núcleos menores e tais elementos também podem decair
resultando em uma cascata de processos. A energia média dos nêutrons liberados em reatores de
fissão como fonte de nêutrons é em torno de 2 MeV. Assim como na fissão espontânea, a energia
máxima dos nêutrons liberados pode atingir até 10 MeV.

Aceleradores como fonte de nêutrons


Aceleradores são equipamentos que fornecem energia para partículas. Dois tipos de aceleradores
são utilizados para a produção de nêutrons.[13] Um é o acelerador de elétrons e o acelerador de
partículas como prótons, deutério, entre outras partículas.

O princípio do acelerador de elétrons é a produção de bremsstrahlung através do bombardeamento


de alvos com alto número atômico como, por exemplo, o tungstênio com elétrons acelerados. Os
fótons de bremsstrahlung, por sua vez, participam em processos de ativação e resultam na
produção de nêutrons como pode ser visto mais detalhadamente em Ativação gama como fonte de
nêutrons. As energias dos nêutrons dependem da aceleração do elétron. Sendo assim, quanto
maior a energia do elétron, maior a energia do Bremsstrahlung e, consequentemente, maior a
energia dos nêutrons. É importante destacar que diferentes elementos alvo podem resultar em
diferentes espectros de energias tanto de nêutrons como de outras partículas.

Existe também como apresentado anteriormente o acelerador de partículas carregadas com massa
como prótons e deutérios. O bombardeamento dessas partículas é feito em materiais com baixo
número atômico, diferentemente do acelerador de elétrons. A aceleração das partículas carregadas
que geralmente são íons pode ser realizada em aceleradores Van de Graaff, por exemplo. Um
exemplo clássico da produção de nêutrons é a aceleração do deutério e o bombardeamento do
mesmo em um trítio conforme a reação a seguir:

2H + 3H → 4He + 1n
Tal reação é denominada reação de fusão Deutério-Trítio e libera um nêutron com energia próxima
de 14 MeV. A principal vantagem é que a liberação de nêutrons por reações de fusão tem como
resultado nêutrons praticamente monoenergéticos. Isso pode ser também uma desvantagem pois
existem aplicações em que são necessárias um espectro de energias para o funcionamento
adequado como, por exemplo, a calibração de equipamentos. Cabe ainda destacar que reações com
diferentes íons são capazes de produzir nêutrons com diferentes energias. A fusão Deutério-
Deutério, por exemplo, produz além de nêutrons com energia em torno de 2,5 MeV um Hélio - 3.
Outra grande vantagem de aceleradores em relação a processos com decaimento é que eles podem
ser desligados, ou sejam, podem parar de produzir nêutrons. Assim como o acelerador de elétrons,
quanto maior a energia da partícula incidente no alvo de baixo número atômico, maior a faixa de
energia dos nêutrons liberados.

Ativação gama como fonte de nêutrons


O processo de ativação gama requer uma fonte de energia
que é um feixe gama e um material alvo com baixo número
atômico que seja instável. O processo de ativação gama
também recebe o nome de foto nêutron[14] pois a
incidências de um fóton em dado material resulta em
nêutrons. O material alvo mais utilizado é o berílio - 9 que
ao ser ativado por um fóton resulta em Berílio - 8 e
nêutron. Assim como nos aceleradores os nêutrons
liberados são praticamente monoenergéticos e dependem
tanto da energia do fóton incidente assim como do
material alvo. A fonte de fóton pode ser um elemento que
decai com energia o suficiente para provocar a ativação do
material alvo como o Antimônio - 124 para ativar o Berílio
- 9. Além disso, como visto em Aceleradores como fonte de Exemplo do encapsulamento de uma
nêutrons podem ser ser utilizados aceleradores de elétrons fonte de nêutrons com ativação gama.
que produzem Bremsstrahlung.

A principal desvantagem da ativação gama para a produção de nêutrons é que ela exige uma fonte
gama com atividade considerável. É importante salientar que as radiações gama representam um
risco radiológico considerável devido a sua alta penetração em boa parte dos materiais. Sendo
assim as fontes de nêutrons por ativação são feitas de forma com que o material que emita gama
fique encapsulado em uma primeira casca que geralmente é feita em alumínio. A segunda parte,
externa a primeira casca, é o material alvo que geralmente é Berílio - 9. Por fim, existe ainda uma
casca externa ao material alvo que é feita, geralmente, em alumínio.

O presente esquema mostra a geometria genérica de uma fonte de nêutron com ativação gama. Um
exemplo de fonte gama é o antimônio e um exemplo de material alvo é o Berílio - 9. A blindagem
representada em cinza é um material que é útil tanto para a blindagem da radiação quanto para
proteção física da fonte. Geralmente o encapsulamento da fonte de nêutrons com ativação gama é
feita em geometria esférica ou cilíndrica. Em tal tipo de fonte as energias e fluência dos nêutrons
são relativamente baixas quando comparadas a reatores e aceleradores.

Ativação alfa como fonte de nêutrons


O processo de ativação alfa requer uma fonte que emita alfa e um material alvo com baixo número
atômico e seja instável. São os tipos de fontes de nêutrons mais comuns de todos tendo em vista as
vantagens da fonte. A intensidade da fonte de nêutrons com ativação alfa[15] é definida pela
atividade do emissor alfa o qual o Amerício - 241 é comumente utilizado.Além do Amerício - 241
também podem ser utilizados como emissores alfa o Plutônio - 238, Plutônio - 239, Polônio - 210 e
Rádio - 226. O principal problema de emissores de alfa encapsulados é o acúmulo de Hélio com o
tempo.

Os materiais alvo tem baixo número atômico e podem ser citados como exemplo o Berílio, Flúor e
Lítio. As fontes de Berílio - 9 e Amerício - 241 são umas das mais utilizadas por causa do tempo de
meia vida longo, aproximadamente 432,2 anos, energia média do nêutron de 4,2 MeV com
nêutrons de até 11 MeV. A reação de ativação alfa é representada como:
9Be + 4α → 12C + 1n + γ
O gama liberado tem energia de 4,44 MeV e exige uma cuidado do ponto de vista radiológico. O
esquema de encapsulamento da fonte de nêutrons com ativação alfa é muito similar ao com
ativação gama. A principal diferença é que não existe a blindagem interna entre a fonte e o material
alvo. O motivo para tal é que as partículas alfa tem penetração muito menor que as partículas gama
e, assim, precisam estar em contato direto com o material alvo.

Em geral a principal desvantagem da fonte de nêutrons com ativação alfa é a produção de Hélio
com o passar do tempo. O tempo de meia vida longo, o espectro energético amplo, a energia média
dos nêutrons e a fácil construção a torna uma das fontes mais ideais para utilização nos mais
diversos campos de aplicação.

Blindagens para fontes de nêutrons


Os nêutrons são partículas capazes de ionizar partículas de forma indireta, ou seja, eles interagem
com partículas que são carregadas que, por sua vez, serão capazes de produzir radiações
ionizantes. Sendo assim os nêutrons interagem, majoritariamente, com núcleos leves como o do
Hidrogênio. O Hidrogênio acelerado que interagiu com o nêutron é capaz, então, de produzir
radiações ionizantes através de interações coulombianas com outros elementos. As radiações
ionizantes tem grande campo de aplicação porém o seu uso deve seguir três princípios básicos:
Justificativa, Otimização e Limitação. De forma geral é desejado que o uso de radiação seja o
suficiente para a aplicação em questão, ou seja, não deve exceder os limites definidos em normas
nacionais. Para tal é necessário um estudo da blindagem a fim de reduzir a exposição a radiação de
tudo que é capaz de produzir radiação seja de forma direta ou indireta.

A radiação de nêutrons, em específico, é relativamente mais complexa que as demais pois tem o
efeito de cascata. O nêutron interage, em maior parte, com vários tipos de núcleos e pode, assim,
resultar em diferentes tipos e energias de radiação. Um exemplo do efeito de cascata de nêutrons é
a interação com o Oxigênio - 16 que resulta em um Oxigênio - 17 que decai emitindo um
Hidrogênio e um Nitrogênio - 16. O Hidrogênio acelerado como já discutimos é capaz de realizar
interações coulombianas e, assim, produzir radiações ionizantes. Já o Nitrogênio - 16 tem
capacidade para emitir radiações Beta e Gama. Como podemos ver o nêutron quando interage com
o Oxigênio - 16 resulta em outras duas partículas que podem provocar radiações ionizantes. Tal
cascata provocada pelas interações dos nêutrons torna a sua blindagem um processo relativamente
complexo quando comparado a outras radiações.

A interação dos nêutrons com a matéria pode ser representada pela relação entre a intensidade de
nêutrons incidente, I0, em um material de espessura X e número de núcleos por volume, N, com o
número de nêutrons emergente,I, é definida por:

:
A letra σ representa a probabilidade de interação do nêutron com o material.[16] Diferentes
materiais assim como nêutrons de diferentes momentos (energia e ângulo de incidência)
apresentam diferentes probabilidades de interação. Para nêutrons de até 10 MeV são
predominantes dois tipos de interações: espalhamento e captura. O primeiro existe apenas um
redirecionamento do nêutron, ou seja, existe um nêutron no final da interação. Já no processo de
captura o nêutron é absorvido por um núcleo.

Diferentes materiais apresentam diferentes coeficientes de secção de choque, σ, para as diferentes


interações. Para as blindagens geralmente são utilizados elementos com alta secção de choque de
espalhamento com nêutrons. Tais materiais geralmente tem baixo número atômico e o caso mais
clássico é o Hidrogênio. O objetivo de tais interações de espalhamento é fazer com que os nêutrons
incidentes percam energia e tenham, posteriormente, maior probabilidade de serem absorvidos em
materiais com alta secção de choque de absorção como é o caso do cádmio.

Sendo assim, a blindagem de nêutrons é realizada com materiais hidrogenados para reduzir a
energia média dos nêutrons incidentes. Depois disso são utilizados materiais que absorvem os
nêutrons de baixa energia, ou seja, com alta secção de choque de absorção como o cádmio. Por fim
são recomendadas blindagens de Chumbo ou algum outro material com alto número atômico para
atenuar as partículas resultantes dos processos de espalhamento com o nêutron como, por
exemplo, hidrogênios acelerados, radiações gama, entre outras.

O decaimento beta ( )
A interação fraca é uma das quatro forças fundamentais da natureza que é responsável, entre
outros processos, pelo decaimento betanuclear. Um desses decaimentos está intimamente ligado
com o nêutron: o . A emissão de uma partícula faz com que um nêutron se torne um próton
( ), um elétron( ) e um antineutrino ( ). Realmente, quando se liberta um nêutron do núcleo
atômico o mesmo decai em um intervalo de tempo aproximado de 15 minutos.[17]

Para o processo geral da desintegração podemos escrever como:

Se não fosse o antineutrino não haveria conservação do momento angular. Para que houvesse essa
conservação, Pauli que postulou em 1931 a existência de uma partícula que foi nomeada por Fermi
de neutrino, o pequeno nêutron. Esta partícula deveria ter: carga nula; spin igual a ; massa igual
ou muito próxima de .[18]

O neutrino e sua antipartícula, o antineutrino, possuem carga e massa igual a zero (ou muito
próximo disso) e então não produzem praticamente nenhum efeito observável quando estes
passam através matéria. Essas partículas só vieram a ser descobertas em 1953 por Frederick Reines
e Clyde Cowan, foi quando detectou-se essas partículas diretamente pela primeira vez. O
antineutrino que é emitido pelo decaimento é chamado .[17]

Geralmente, o decaimento da partícula beta ocorre com nuclídeos onde existem mais nêutrons do
que prótons e, portanto, não há estabilidade. No decaimento o número de nêutrons diminui em
, já o número de Prótons cresce em . Deste modo, o número de massa atômica (A) não varia.[17]

A antipartícula do nêutron
Sabemos que o nêutron, por ser eletricamente neutro, não é auto conjugado de carga. Tanto o
nêutron quanto o antinêutron possuem a mesma massa e nenhuma carga elétrica, mas podemos
distingui-los por outros números quânticos.[2] Além disso, o antinêutron é composto por
antiquarks. Particularmente o antinêutron é composto por dois antiquarks down e um antiquark
up.

Acoplamento
O spin de nêutrons não carrega massa e só pode ser descrito mecanicamente, mas exibe uma
propriedade inercial. Quando as rotações são consideradas, as coisas são semelhantes: o momento
angular de um objeto em rotação é conservado desde que nenhum torque externo seja aplicado.
Mas, ao considerar partículas quânticas, as coisas se tornam mais complicadas: partículas como
nêutrons apresentam um tipo especial de momento angular - o spin. O spin pode ser considerada
como o momento angular de um objeto que é restrito a um ponto. O formalismo da mecânica
quântica pode nos dar uma idéia intuitiva de como as coisas funcionam em alguns casos. Já em
1988, os cientistas já previam como um nêutron deveria se comportar quando subitamente exposto
à rotação. Foi previsto um acoplamento entre a rotação de nêutrons e um campo magnético
rotativo.[19]

Os cientistas em 2020 realizaram um experimento interferométrico de nêutrons. Eles observaram


mudanças de fase surgindo como conseqüência do acoplamento do spin com a velocidade angular
de um campo magnético em rotação. Depois de atravessar a região com o campo magnético, o
momento angular do nêutron é equivalente ao anterior. A principal coisa que "ocorreu" ao nêutron
é que ele sofre impactos de latência, que são perceptíveis por métodos de mecânica quântica.[20]

Propriedades
Massa: mn = 1,675x10−27 kg (1,0087086660945540101555981535467... u)

Vida média: tn = 886,7 ± 1,9 s

Momento magnético: mn = -1,9130427 ± 0,0000005 mN

Carga: qn = (-0,4 ± 1,1) x 10−21 e (teoricamente nula)


Spin: 1/2

Ver também
Partícula elementar
Partículas subatômicas
Física de partículas
Antinêutron

Referências
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2. Batoni Abdalla, Maria Cristina (2006). O Discreto Charme das Partículas Elementares. São
Paulo: UNESP. p. 61-66. ISBN 85-7139-641-8
3. Beiser, Arthur (1969). Conceitos de Física Moderna. São Paulo: Polígono. p. 85 - 93
4. «The Nobel Prize in Physics 1935» (http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1
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doi:10.1038/s41534-020-0254-8 (https://dx.doi.org/10.1038%2Fs41534-020-0254-8)

Ligações externas
Neutronsources.org - Página sobre o mundo dos neutrões (http://www.neutronsources.org/)
NMI3 - Iniciativa Europeia de neutrões e muões (http://nmi3.eu/)
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