Chapeuzinho Comunista

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Era uma vez um sonho desejado por todos, que um dia veio a tornar-se um ser vivo e

pensante, tal sonho tinha a forma de uma garota com seu capuz vermelho, uma garota
que seguia ordens com intenção de obedecer sua mãe, cujo o nome era Karla Marx, uma
mulher sabia com ideias muito além do comum e com um desejo de igualdade, por
conta de tal desejo obrigara sua filha a dividir a cesta de doces com sua vó, uma senhora
que vivia distante (próxima apenas nos sonhos da garota), livre e tranquila.

A jovem encapuzada saiu durante o inverno para entregar os doces, o inverno era
tenso, tão gelado quanto a própria morte, porem também trazia segura a garota, afinal
não pertia que o exercito do Bigode Quadrado chegasse até ela. No caminho a menina
se depara com flores, que estranhamente cresceram durante o inverno, espantada com a
beleza das plantas ela resolve colhe-las para poder dar uma a cada vizinho de sua e por
conta disso acaba ficando um tempo a mais na floresta.

Enquanto colhia as plantas uma ideia veia a cabeça da menina "porquê não fico com
tal flores", ela sabia que esses pensamentos eram errados, afinal tal beleza precisava ser
compartilhada, porem a beleza das plantas mexe com ela, despertando um sentimento
novo, algo como um lobo solitário que apenas pensa em si e não na matilha, essa
sensação a domina fazendo a esconder as flores para si e comer os doces que eram de
sua avó.

Quando termina os doces ela não tem mais razão para ir até sua vó, não tem vontade
de dividir, porem se sente completa, como nunca antes havia sentido, afinal sua mãe
sempre a obrigara a dividir tudo e a usar aquele maldito capuz e como percebeu que não
precisava dividir mais, qual seria a razão de usar aquele capuz?

Ao voltar pra sua casa recebe uma noticia, sua vó havia morrido de fome, fome que
era algo comum naquele região, porem que poderia ter sido evitada caso a menina
tivesse obedecido sua mãe, ao sentir culpa por ter feito oque fez, a garota corte para
floresta com uma constante briga entre os pensamentos sobre sua vó e a sensação
chamada de lobo, ate sentir-se perdida.

Depois de chorar por horas na floresta a garota escuta tiros e resolve ir até eles, ao se
aproximar dos tiros percebe um homem barbudo e sem um dos dedos da mão, tal
homem era um caçador que durante invernos passados perdera o dedo para um lobo, ele
era sábio e bondoso porem consumido por aquele lobo que o feriu, não pensava em nada
além de curar o mundo de tais criaturas e ao olhar o rosto da garota tudo que ele vê é
apenas outra dessas criaturas, assim atira nela instintivamente e mata aquilo que já
havia sido a esperança se igualdade.

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