Lista 1

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Universidade Federal de Sergipe - UFS

Departamento de Matemática - DMA


Cálculo I - Unificado - Lista 1

1. Calcule os limites:
√ p √ √
3
x−1 2+ 3x−2 4
x−1
(a) limx→1 √ (b) limx→8 (c) limx→1 √
x−1 x−8 5
x−1

3
1 + cx − 1
2. Calcule limx→0 , onde c é uma constante.
x
3. Considere a função f : Df ⊂ R → R definida pela expressão:

|2t − 1| − |2t + 1|
f (t) = .
t

Determine o domı́nio desta função. Em seguida, calcule o limite desta função quando
t tende à 0.

4. Prove que limx→0+ xesen(π/x) = 0.

5. Demonstre que a função



x4 sen (1/x) , se x 6= 0
f (x) =
0, se x = 0

é contı́nua em (−∞, ∞) .

6. Encontre os valores de a e b que tornam f contı́nua em toda parte.



x2 − 4
, se x < 2



f (x) = x−2
2

 ax − bx + 3, se 2 ≤ x < 3
 2x − a + b, se x ≥ 3

7. Prove que a equação tem pelo menos uma raiz real.


√ 1
x−5=
x+3

8. Existe um número que é exatamente um a mais que seu cubo?

9. Um monte tibetano deixa o monastério às 7 horas da manhã e segue sua caminhada
usual para o topo da montanha, chegando lá às 7 horas da noite. Na manhã seguinte,
ele parte do topo às 7 horas da manhã, pega o mesmo caminho de volta e chega no
monastério às 7 horas da noite. Prove que existe um ponto no caminho que o monge
vai cruzar exatamente na mesma hora do dia em ambas as caminhadas.

1
10. Suponha que uma função f seja contı́nua no intervalo fechado [0, 1] e que 0 ≤ f (x) ≤ 1
para qualquer x em [0, 1]. Mostre que deve existir um número c em [0, 1], de modo que
f (c) = c (c é chamado ponto fixo de f ).

11. Seja f (x) = 3 x.
(a) Se a 6= 0, use a definição de derivada para encontrar f 0 (a)
(b) Mostre que f 0 (0) não existe.

12. Se f for uma função diferenciável e g(x) = xf (x), use a definição de derivada para
mostrar que g 0 (x) = xf 0 (x) + f (x).

2x
13. Encontre uma equação da reta tangente à curva y = (x+1)2
no ponto P0 = (1, 2).

x
14. Quais as retas tangentes à curva passam pelo ponto P0 = (1, 2)? Em quais pontos
x+1
essas retas tangentes tocam as curvas?

15. Se c > 12 , quantas retas pelo ponto (0, c) são normais á parábola y = x2 ? E se c < 12 ?

16. Para quais valores de a e b a função



ax, se x < 2
f (x) =
ax2 − bx + 3, se x ≥ 2

é derivável para qualquer valor de x?

17. Encontre a derivada dada encontrando algumas das primeiras derivadas e observando
o padrão que ocorre
(a) D74 senx
(b) D103 cos(2x)

18. Considere as seguintes funções

1
y1 (t) = e y2 (t) = t−2 ln t.
t2
Verifique se tais funções são soluções da equação diferencial t2 y 00 +5ty 0 +4y = 0, t > 0.

19. Encontre os valores de λ para os quais y = eλ x satisfaz a equação y + y 0 = y 00 .

20. Suponha que f seja uma função derivável tal que f (g(x)) = x e f 0 (x) = 1 + [f (x)]2 .
Mostre que g 0 (x) = 1+x
1
2.

21. A equação x2 − xy + y 2 = 3, representa uma ”elipse girada”, isto é, uma elipse cujos
eixos não são paralelos aos eixos coordenados. Encontre os pontos nos quais essa elipse
cruza o eixo x e mostre que as retas tangentes nesses pontos são paralelas.

2
22. Mostre, fazendo a diferenciação implı́cita, que a tangente à elipse

x2 y 2
+ 2 =1
a2 b
no ponto (x0 , y0 ) é
x0 x y 0 y
+ 2 =1
a2 b
23. A Função de Bessel de ordem 0, y = J (x), satisfaz a equação diferencial

xy 00 + y 0 + xy = 0

para todos os valores de x e seu valor em 0 é J(0) = 1.

(a) Encontre J 0 (0)


(b) Use derivação implı́cita para encontrar J 00 (0).

24. Sejam f e g funções deriváveis em I, com f (x) > 0. Verifique que, para todo x ∈ I,
0
f (x)g(x) = f (x)g(x) g 0 (x) ln f (x) + g(x)f (x)g(x)−1 f 0 (x).


25. Mostre que qualquer função da forma

y = A senh(mx) + B cosh(mx)

satisfaz a equação diferencial


y 00 = m2 y.

3
Sugestões e Respostas

1. A questão 1 mostra como podemos calcular limites não usuais mediante a uma mudança
de variável adequada. Tal mudança de variável tem por finalidade eliminar raı́zes e
transformar as expressões em polinômios. Esses polinômios serão fatorados para ser
possı́vel calcular os limites simplesmente substituindo o valor de x pelo ponto. No
item (a), faça x = t6 . Já no item (b), comece multiplicando pelo conjugado do termo
presente no denominador. Logo após, tome x = t3 . No item (c), o aluno é convidado
a descobrir qual substituição elimina simultaneamente as duas raı́zes.
2
(a) 3
1
(b) 48
5
(c) 4

2. A ideia para resolução da questão 2 é a mesma da questão 1. Tente eliminar a raı́z


mediante uma substituição adequada da variável x. Resposta: 3c

3. Comece utilizando a definição de módulo para escrever as funções modulares presentes


em f (t) como funções definidas por várias sentenças. Dessa forma, você perceberá que
o limite solicitado será o mesmo independente da aproximação ser pela esquerda ou
pela direita de 0. Resposta: −4.

4. Comece usando a limitação da função seno. Lembre-se que ex é uma função crescente.
Use, então, o Teorema do Confronto.

5. Para todo x 6= 0, a função é contı́nua (por que?). Basta então mostrar que a mesma é
contı́nua em 0 fazendo uso mais uma vez do Teorema do Confronto.

6. Note que, independente de a e b, a função é contı́nua nos intervalos (−∞, 2) , (2, 3) e


(3, ∞) (por que?). Agora, encontre os valores de a e b para que a função satisfaça as
condições de continuidade nos números 2 e 3. Resposta: a = b = 12 .

7. Use o Teorema do Valor Intermediário.

8. Chame o número desconhecido de x e tente interpretar a questão de modo que a mesma


seja representada por uma equação. Dessa forma, será possı́vel usar o Teorema do Valor
Intermediário.

9. Tente descobrir uma função que descreve a trajetória do monge e o intervalo de cam-
inhada. Assim, será possı́vel usar o Teorema do Valor Intermediário.

10. Defina a função g(x) = f (x) − x e use o Teorema do Valor Intermediário.

11. Para o item (a), olhe para a questão 1. Para o item (b), use a definição de derivada
no ponto 0.

12. Aplique diretamente a definição de derivada para encontrar g 0 (x).

4
13. Observe que o ponto P0 não está na curva.
√ !
√ 1± 3
14. Resposta: duas retas tangentes que passam pelos pontos −2 ± 3, .
2

15. Para a primeira pergunta, a resposta é 3. Para a segunda a resposta é uma reta. Note
que o eixo dos y está entre essas retas.
3
16. a = 4
e b = 94 .

17. Basta derivar as expressões e perceber o padrão.

18. Encontre as derivadas e substitua diretamente na equação.

19. Calcule as derivadas de y e substitua diretamente na equação.

20. Comece derivando ambos os membros de f (g(x)) = x.

21. Os pontos em que a elipse cruza o eixo x são os pontos em que y = 0. Agora, para
mostrar que as retas tangentes nesses pontos são paralelas, mostre que os coeficientes
dy
angulares dessas retas são iguais (para isso, você vai precisar de ).
dx
dy b2 x
22. Mostre inicialmente que = − 2 . Agora, basta usar a forma ponto-coeficiente
dx ay
angular y − y0 = m (x − x0 ) e desenvolver a expressão para chegar na forma desejada.

23. (a) 0
1
(b) − .
2
24. Use ax = ex ln a . Você também pode usar derivação logarı́tmica.

25. Calcule a derivada segunda de y e substitua diretamente na equação.

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