A Importância Da Avaliação e Intervenção Psicopedagógica de Acordo Com A Epistemologia Convergente de Jorge Visca

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A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO

PSICOPEDAGÓGICA DE ACORDO COM A EPISTEMOLOGIA


CONVERGENTE DE JORGE VISCA
Andréia Ramos Assunção 1
Maria Laura Araújo2
Augusto Cesar Romero de Resende3

Resumo: A avaliação psicopedagógica busca analisar a relação entre o nível de


desempenho acadêmico da criança, sua faixa etária e ano escolar. Esta análise busca
enfatizar as áreas de leitura, escrita, matemática e habilidades correlatas. Este estudo
indagará a contribuição da avaliação e intervenção psicopedagógica de acordo com
a epistemologia convergente de Jorge Visca. Tendo em vista a importância da
psicopedagogia para o auxílio e o estímulo dos processos de aprendizagem, dando
origem a uma nova forma de pensar, sentir e agir. Desta forma, busca-se investigar
se houve aumento no número de crianças com demandas para acompanhamento
psicopedagógico, bem como demonstrar como a avaliação psicopedagógica junto a
outros métodos podem auxiliar a criança, pais e instituições escolares efetuando o uso
de instrumentos estratégicos. Considerando como base, publicações e estudos. As
informações alcançadas serão analisadas, a fim de prover elementos para atingir os
objetivos indicados. A coleta de dados será realizada através de pesquisas
bibliográficas. Desta forma nosso estudo apontou que há muitas àreas para a
realização de estudos e que muito ainda há para se discutir sobre o tema. Finalmente,
depois do longo caminho percorrido, concluimos que a epistemologia convergente,
foi um marco teórico e conceitual que muito ajudou e ajuda os profissionais que se
dedicam a trabalhar com os processos de aprendizagem, a entender o que acontece
em cada caso.

Palavras chaves: Convergente, Avaliação, psicopedagogia, epistemologia e


aprendizagem.

Abstract: The psychopedagogical assessment seeks to analyze the relationship


between the child's academic performance level, age and school year. This analysis
seeks to emphasize the areas of reading, writing, mathematics and related skills. This
study will investigate the contribution of psychopedagogical assessment and
intervention according to Jorge Visca's convergent epistemology. Bearing in mind the
importance of psychopedagogy for helping and stimulating learning processes, giving
rise to a new way of thinking, feeling and acting. In this way, we seek to investigate
whether there was an increase in the number of children with demands for

1 Graduanda do Curso de Psicologia da Faculdade Doctum de Serra-ES.


2 Graduanda do Curso de Psicologia da Faculdade Doctum de Serra-ES
3 Professor orientador do Curso de Psicologia da Faculdade Doctum de Serra, ES

1
psychopedagogical follow-up, as well as to demonstrate how the psychopedagogical
assessment with other methods can help the child, parents and school institutions
using the use of strategic instruments. Considering as a base, publications and studies.
The information obtained will be analyzed in order to provide elements to achieve the
stated objectives. Data collection will be performed through bibliographic searches.
Thus, our study pointed out that there are many areas for carrying out studies and that
there is still much to discuss on the topic. Finally, after the long journey, we concluded
that the convergent epistemology was a theoretical and conceptual framework that
greatly helped and helps professionals who are dedicated to working with the learning
processes, to understand what happens in each case.

Keywords: Convergent, Evaluation, psychopedagogy, epistemology and learning.

1 INTRODUÇÃO

“Conhecer verdadeiramente como um sujeito aprende é um conceito revolucionário, no sentido de


aceitar este sujeito e fazer com que ele aprenda de verdade” (Jorge Visca)

De acordo com Schekiera (2017), a Psicopedagogia é a área do saber


construída a partir das somas dos conhecimentos da pedagogia e a psicologia.
A psicologia escolar surgiu para compreender as causas do fracasso de certas
crianças no sistema escolar enquanto a psicopedagogia nasceu para o cuidar de
determinadas dificuldades de aprendizagem específicas.
Falando de maneira mais simples a psicopedagogia é uma ciência que estuda
o aprendizado. A avaliação psicopedagógica auxilia no sentido de investigar os
processos e os mecanismos de aprendizagem da criança e do adolescente.
A avaliação psicopedagogica é realizada de maneira estratégica e pontual e
deve contemplar inicialmente os aspéctos da anamnese, que se trata de uma
entrevista com os pais ou cuidadores da criança, ou do adolescente em questão. E
também será realizado uma avaliação dos potenciais dessa criança, tais como:
Habilidade de leitura, escrita, cálculos, habilidades psicomotoras e também a relação
da vinculação da criança com aprendizagem. Desta forma, a avaliação
psicopedagogica é de fundamental importância para crianças que venham a
apresentar alguma dificuldade de aprendizagem escolar.
No entando a avaliação psicopedagogica não tem como finalidade apenas
identificar problemas de aprendizagem, mas também traçar estratégias de intervenção

2
e orientar pais e escolas.Devido a isto a avaliação psicopedagogica deve ser
realizada com muito critério e cuidado, utilizando-se de instrumentos estratégicos e
adequados. Vale salientar que ainda mais importante que utilizar instrumentos
adequados, é a necessidade de se ligar os pontos de todos os dados que esta
avaliação pode trazer para o psicopedagogo. Pois, o psicopedagogo deve esta atento
mais do que resultados de testes psicopedagógicos, ele deve correlacionar dados
para entender o caso, e assim auxiliar a criança, a família e a escola.
A aprendizagem e os seus respectivos transtornos devem ser observados com
atenção por pais e professores, principalmente no início da educação infantil, pois é
nesta fase da vida que os transtornos de aprendizagem ficam mais evidentes, e
também é nesta etapa que o tratamento pode surtir resultados mais eficazes.
Pais e educadores em geral, todos sem exceção têm-se preocupado com a
demanda das dificuldades de aprendizagem (DA), não apenas no início da idade
escolar, mas em todas as etapas do ensino e em todos os níveis de formação do ser
humano.
Em relação as atribuições de responsabilidades entre pais e professores,
obeserva-se que um atribui ao outro a responsabilidade pela aprendizagem.
Professores defendem que não é tarefa apenas deles e os pais geralmente atribuem
aos professores está tarefa, no entatndo para ser alcançado resultados favoráveis é
necessário este trabalho seja realizado em conjunto.
Quanto a percepção dos pais sobre o diagnóstico, Fonseca (1999) afirma que
à partir do diagnóstico da condição debilitante os pais e professores passam a olhar
com mais atenção para a criança com transtorno de aprendizagem. E com isto
facilitam um diagnóstico precoce, desta forma, impedindo que a criança experimente
eventos estigmatizadores podendo impactar em sua autoestima e autoconceito, pois
a infância é uma etapa da vida em que se é muito suscetível às profundas marcas,
que o indivívuo poderá carregar por toda sua vida.
O principal objetivo da psicopedagogia é dar suporte à aprendizagem, e nasceu
graças a necessidade de abranger os transtornos de aprendizagem. A
psicopedagogia está situada em um campo além dos limites da psicologia e da própria
pedagogia. Assim, observa-se a psicopedagogia estudando as particularidades da
3
aprendizagem humana: como se aprende; como esta aprendizagem varia
evolutivamente e está atrelada a vários fatores; de que forma são produzidas as
mudanças na aprendizagem; como reconhecê-las; tratá-las e a preveni-las.
Dentre as diversas estratégias de intervenção psicopedagógicas, Cruvinel
(2014) cita o uso das seguintes ferramentas: jogos lúdicos, entrevistas, trabalhos em
equipe multidisciplinares, utilização de grupos terapêuticos, técnicas de recolocação
de informação diagnóstica, estratégias terapêuticas, assessoramento, coordenação
de projetos educativos institucionais e projetos pedagógicos inovadores, entre outros.
A Psicopedagogia tem por principal finalidade envolver de forma mais
completa possível os processos cognitivos, emocionais, sociais, culturais, orgânicos,
e pedagógicos que intervêm na aprendizagem.
O estudo tem como intuito mostrar a importância do acompanhamento do
desenvolvimento infantil, principalmente no que tange à avaliação psicopedagógica,
impedindo que a criança sofra no início da vida escolar com dificuldades na
aprendizagem, de onde venha ocorrer negligência por parte dos docentes que podem
vir a enxergar este aluno com maiores dificuldades de aprendizagem como um aluno
desinteressado e preguiçoso.
O psicopedagogo é um profissional que pode atuar em diferentes setores onde
existem situações onde envolvem aprendizagem, como: empresas, clínicas, escolas,
etc., em cada ambiente de trabalho a intervenção do psicopedagogo apresentará sua
especificidade. Nas empresas a abordagem do psicopedagogo é prestar assistência
no desenvolvimento do sujeito para desempenhar suas funções.

2 METODOLOGIA

Os métodos de pesquisa serão fontes bibliográficas, onde realizaremos a


leitura de materiais físicos (obras de referência, teses e dissertações, anais de
encontros científicos e periódicos de indexação e resumos).
Analisaremos também materiais digitais disponíveis em sites oficiais de
pesquisa na internet (Google Acadêmico, SciELO e PePSIC) como artifício e meio de
buscas. Foram utilizadas as palavras chaves para realização das buscas:
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aprendizagem, avaliação, psicopedagogia, educação, infantil. Convergente,
Avaliação, psicopedagogia, epistemologia e aprendizagem.
Segundo (Gil, 2002, p. 17), podemos definir pesquisa como:

...um procedimento racional e sistemático que tem como objetivo


proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa é
requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao
problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal
estado de desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao
problema.

O tipo de pesquisa utizada neste trabalho é a exploratória que tem como


propósitode estudar um problema de maneira a oferecer informações para uma
averiguação com maior precisão. Este tipo de pesquisa tem com principal objetivo se
manter mais próximo ao tema, que poderá ser levantado baseando-se em conjecturas
ou percepções, e tem como proposta encontrar conceitos e pensamentos. Pode ser
classificada como não estruturada e qualitativa. A coleta de dados será realizada
através de pesquisas bibliográficas.
Os pesquisadores que adotam a abordagem qualitativa em pesquisa se opõem
ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências,
baseado no modelo de estudo das ciências da na natureza. (GOLDENBERG, 2004)
A forma de avaliar e os instrumentos assumem um papel de extrema
importância, tendo em vista que cooperam para a reflexão necessária por parte dos
profissionais acerca do processo de ensino. No entanto, é de conhecimento de todos
que a ação docente sofre forte influência por pressupostos teóricos, neste caso, pelas
tendências pedagógicas que na atualidade na rotina escolar de instituições
educacionais infantis.
Realizada leitura exploratória de todo material sobre o tema rejeitamos as
informações analisadas como antigas, obsoletas, não compatíveis como estudo.
Fatores de inclusão foram à exploração da importância da avaliação psicológica, a
epistemologia convergente de acordo com o autor Jorge Visca e as novas tendências
pedagógicas de aprendizagem.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

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Segundo Bueno (2017), a epistemologia convergente é uma linha teórica,
criada pelo psicopedagogo argentino Jorge Visca (1935-2000), que sugere um
trabalho clínico utilizando-se da assimilação congruente das três linhas: A
Psicogenética (Piaget), a Psicanálise (Freud) e a Psicologia social (Enrique Pichon
Riviere) onde, apresenta uma estatura clássica de clínica, propondo diagnóstico,
tratamento corretor e prevenção.
Para Visca (1987), a aprendizagem depende de uma estrutura onde envolva o
cognitivo/afetivo/social, nas quais estas sejam indissociavelmente ligadas a alguns
aspéctos desses três elementos. Desta forma, o processo de aprendizagem vai se
edificando a partir da interação do sujeito e as circunstâncias do meio social.
De acordo com Bueno (2017) a Epistemologia Convergente se destaca,
exatamente, por esta visão integradora do conhecimento, ressalta ainda a valiosa
contribuição de Jorge Visca para o processo de avaliação e intervenção no contexto
psicopedagógico.
A Epistemologia Convergente integra três teorias fundamentais: a Psicanálise
de Freud, a Psicologia Social de Pichon-Rivière e a Psicologia Genética de
Piaget. A interdisciplinaridade das três vertentes teóricas citadas permite aos
profissionais da Educação, Psicologia, Sociologia, entre outros, conceber o
aprendizado em sua complexidade, abarcando os aspectos cognitivos,
afetivos, sociais e estruturais, correspondentes ao processo da aprendizagem
em diversos contextos, seja na escola ou nas organizações. (GABRIEL, 2017,
p.01)

Visca (1987) elabora sua proposta de avaliação diagnóstica reiterando sempre


seu caráter corretor e também preventivo no sentido de fazer com que o sujeito supere
os obstáculos que estejam impedindo-o de aprender. Assim emergem não apenas as
contribuições para o contexto psicopedagógico clínico, mas também para o âmbito
educacional, de sala de aula e para as estratégias de ensino e aprendizagem escolar.
No campo do diagnóstico psicopedagógico, a psicopedagogia ainda pesquisa
e discute sobre os instrumentos que seriam apropriados e que, de fato, serviriam de
base para uma avaliação eficaz acerca do desenvolvimento e da aprendizagem do
sujeito. Dentre os instrumentos disponíveis para o diagnóstico psicopedagógico,
destacam-se: E.O.C.A. – Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem; Provas

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Operatórias; TDE – Teste de Desempenho Escolar; Sessão Lúdica; Anamnese;
Provas Projetivas Psicopedagógicas.
Ainda de acordo com o autor, as técnicas projetivas psicopedagógicas
objetivam investigar os seguintes vínculos que a criança pode estabelecer: familiar;
escolar; consigo mesma. Cada um destes vínculos é analisado de maneira
individualizada e vale ressaltar que uma criança é diferente da outra e cada análise
deve ser feita de forma criteriosa e cuidadosa.
O material necessário para a aplicação da prova é: folhas de papel sulfite; lápis
preto; e borracha. As provas devem ser aplicadas individualmente e em cada sessão
de aplicação a solicitação dos vínculos pode variar de acordo com o aspecto da
aprendizagem que se quer avaliar.
Segundo com Jorge Visca (2011) são inúmeros os aspectos que devem ser
levados em consideração quando da aplicação das provas projetivas
psicopedagógicas: a posição do desenho na folha; as pessoas que estão presentes
na produção da criança; os detalhes das pessoas e/ou objetos que constam no
desenho; e a descrição verbal que a criança faz de seu desenho.
Jorge Visca (1987) alega que o objeto de estudos da Psicopedagogia é “o
processo de aprendizagem - e de recursos diagnósticos, corretores e preventivos
próprios.” Esse objeto de estudos adquire características distintas dependendo do tipo
de trabalho: o clínico ou apenas de prevenção. O trabalho clínico tem procedência por
meio da influência mútua que a criança faz com a sua história pessoal buscando
entender o motivo do não aprender da criança.
A partir das experiências de Piaget (2007), uma das teorias mais importantes
na educação, a construtivista que teve inicio no século XX, o qual analisando crianças
desde o nascimento até a adolescência - como um recém-nascido passava do estado
de não reconhecimento de sua individualidade frente ao mundo que o cerca indo até
a idade de adolescentes, onde já se tem o início de operações de raciocínio mais
complicadas - percebeu que o conhecimento se edifica na interação do sujeito com o
meio em que ele vive. De acordo com o autor, o conhecimento.

...não pode ser concebido como algo predeterminado nem nas estruturas
internas do sujeito, porquanto estas resultam de uma construção efetiva e
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contínua, nem nas características preexistentes do objeto, uma vez que elas
só são conhecidas graças á mediação necessária dessas estruturas, e que
essas, ao enquadrá-las, enriquecem-nas (PIAGET, 2007, p.1).

Para Piaget (1982), a criança quando ainda pequena age como um cientista,
ela consegue pesquisar as causas de um fenômeno, daí parte-se da ideia de que o
ser humano busca conhecimento. A criança tem essa necessidade de construir tudo,
mesmo o que pareça mais evidente, é a percepção do universo que a cerca. Ele afirma
ainda, que infância é marcada por etapas de adaptação aos meios físico e social. Nela
são formadas as estruturas cognitivas e o desenvolvimento da inteligência, um
desenvolvimento não linear, mas em saltos, intermitente. Em uma lógica que sempre
será substituída por outra mais avançada.
O referido autor se auto denominou construtivista e dizia que o conhecimento
se realizava através de construções restauradas continuamente por uma conexão
com o real. O conhecimento não está pré formado, nem no sujeito, nem nos objetos,
o que existe é uma ordenação e como resultado uma construção e reconstrução
contínua. De acordo com ele a epistemologia genética é uma junção do que é natural,
inerente ao ser humano, com o meio que o cerca, diz respeito ao desenvolvimento a
formação da inteligência, demonstra como o homem constrói a inteligência.
Segundo Alves (2007), a psicopedagogia nasceu no final do século XIX, com a
distinção de uma pedagogia clínica. Ou seja, surgiu com propósito de cuidar das
crianças com lesões cerebrais e neurológicas adquiridas ou herdadas geneticamente.
A partir daí, surge também o propósito de recuperação das crianças com dificuldades
de aprendizagem, que não conseguiam acompanhar o ritmo de aprendizagem dos
colegas na escola. Hoje em dia a psicopedagogia vai bem além de trabalhar crianças
com lesões cerebrais e neurológicas. Aos primeiros sinais de dificuldade de
aprendizagem da criança os pais e professores devem analisar se a dificuldade de
aprendizagem está fora do padrão normal, e buscar ajuda profissional, de um
psicopedagogo, para analisar a necessidade de estar realizando uma avaliação
psicopedagógica.
Na atualidade, ainda de acordo com Alves (2007), com a educação acessível a
todos, ainda assim, os pais bem como os docentes devem ter consciência da
importância de trabalharem juntos na busca por qualidade na educação infantil, pois,
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é da responsabilidade de ambos passar conhecimentos e valores no processo de
aprendizagem.
Após uma avaliação psicodiagnóstica com resultado positivo para transtorno de
aprendizagem é importante dar inicio ao tratamento, conforme encaminhamentos do
profissional de psicopedagogia ao psiquiatra ou neurologista, para um melhor
entendimento de como o aprendizado desta criança funciona, qual o tipo de memória
está afetada ou não.

3.1 ETAPAS DA AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

Moreira (2015), afirma que a avaliação psicopedagógica tem a intenção de


promover uma busca acerca de pontos que não estão adequados com o indivíduo em
relação ao comportamento que é esperado. O grande objetivo é entender a forma pela
qual a criança aprende.

A anamnese é o histórico dos sinais e dos sintomas que o paciente


apresenta ao longo de sua vida, seus antecedentes pessoais e familiares,
assim como de sua família e meio social. (DALGALARRONDO, 2008, p.61)

No entando a anamnese é apenas um dos artifícios utilizadas pelos


profissionais. Também podem ser utilizados: Entrevista Operativa Centrada na
Aprendizagem (EOCA), provas operatórias de piaget, teste de desempenho escolar;
além disso, atividades de leitura e escrita; aritmética e interpretação de texto. cada um
deles tem a função de traçar objetivos que possam trabalhar a dificuldade de
aprendizagem de um aluno.
Ainda de acordo com Moreira (2015), na primeira sessão é trabalhada
anamnese que é uma coleta de dados com a família para buscar o histórico escolar,
saber o nível de desenvolvimento, a questão social da criança e se há mais alguma
coisa que possa ser percebida nas entrelinhas nesta conversa com a família. Quando
é a família quem traz a criança é recomendado que as perguntas sejam direcionadas
a criança, onde está será a protagonista, onde a criança irá se sentir importante onde
a partir deste momento a criança começa a criar um vínculo com o psicopedagogo.

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SEGUNDA SESSÃO

É o momento em que o psicopedagogo estará sozinho com o paciente, onde


é recomendado iniciar com os testes projetivos, que são os desenhos, e partir destes
desenhos é que o psicopedagogo começa a ter análise do vínculo familiar, social e
escolar.

TERCEIRA SESSÃO

Onde se recomenda usar a EOCA (Entrevista Operatória Centrada na


Aprendizagem), é nesta sessão onde é observada as modalidades da aprendizagem
do educando. É neste momento que se percebe a interação deste paciente com as
questões escolares, os medos, as angústias e a forma como este paciente pensa na
estratégia, e na maneira como ele saem de uma determinada situação, e é quando
funções executivas são possíveis serem percebidas pelo psicopedagogo.

QUARTA SESSÃO

Nesta sessão é muito comum o psicopedagogo usar a “caixa de Piaget” que


são as provas operatórias fundamentais para estudar o cognitivo do paciente. Nas
provas operatórias são utilizadas duas sessões, em seguida são realizadas as
sessões lúdicas onde são obtidas as análises do nível de leitura, da escrita e as
dificuldades com cálculos.
Moreira (2015), deixa claro que no momento em que a criança chega ao
consultório com dificuldades escolares não é recomendado que o profissional lhe
apresente textos, livros, caderno para realizar alguma análise de leitura e escrita, pois
a criança ficará assustada.
Neste momento recomenda-se utilizar como recursos jogos previamente
pensados para se descobrir o nível de leitura, da escrita e as dificuldades com
cálculos.

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DEVOLUTIVA PSICOPEDAGÓGICA

Na devolutiva é necessário ter muito cuidado e muita empatia com a família


deste paciente, pois é quando levanta-se uma hipótese diagnostica, pois, o
psicopedagogo não fornece diagnostico, pois, quem é responsável por fornecer o
diagnóstico é o médico,).
Geralmente são realizadas em média oito sessões e cada uma dessas
sessões com sua especificidade. No entanto, quantidade de sessões a serem
realizadas é de acordo com o ritmo, o trabalho e o perfil de cada profissional, pois não
existe um número especifico de sessões a serem realizadas, de acordo com a
verdade de cada profissional, segundo Moreira (2015).

3.2 A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

A necessidade da presença do psicopedagogo escolar se faz necessário uma


vez que nem todas as famílias possuem situação financeira adequada para procurar
um atendimento particular. Além da falta de tempo, por trabalharem fora durante a
semana toda, alguns pais que acabam tendo que deixar os seus filhos aos cuidados
de terceiros de forma que uma visão de um profissional de pedagogia poderia fazer
toda diferença na vida de uma criança, através de um acompanhamento assim que a
criança iniciasse a vida escolar.
Rotta (2016), destaca a importância da avaliação infantil, além dos testes
psicológicos, onde se destacam a necessidade de um acompanhamento familiar e
escolar no dia a dia da criança, mostrando a importância do acompanhamento de
psicólogos, pedagogos, psicopedagogos e professores, além de toda uma equipe
multidisciplinar, para acompanhar o desenvolvimento da criança, logo no início da
idade escolar, com acompanhamento até a adolescência, caso necessário.
Para Moraes (2010), a função inicial da psicopedagogia é ter uma atenção
voltada ao estudo do processo de aprendizagem, diagnóstico e tratamento de suas
barreiras. Analisando a situação do aluno para poder oferecer o diagnosticar os

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problemas e suas motivos. Ele levanta hipóteses simultaneamente ao analisar os
sintomas apresentados, escutando as queixas do aluno, da família e da escola.
O psicopedagogo precisa estar em contato com todas as pessoas envolvidas
no processo de aprendizagem da criança para ter um panorama mais amplo das
dificuldades, é importante ter conhecimento do ambiente familiar onde a criança vive,
se não há histórico de extrema pobreza onde a criança possa passar fome ou histórico
de violência domestica, situação que poda vir a causar traumas a crianças, refletindo
em seu processo de aprendizagem.
De acordo com Bossa (2007), o psicopedagogo investiga as condições
necessárias para para produção à aprendizagem do que é ensinado nas escolas, a
partir de então ele realiza a distinção do que é um obstáculo e também separa
informações facilitadoras, quando o objetivo principal é investir em uma abordagem
preventiva.
...cabe ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo
aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo
a integração, promovendo orientações metodológicas de acordo com as
características e particularidades, dos indivíduos do grupo, realizando
processos de orientação A dislexia é um transtorno específico de
aprendizagem, de origem neurológica. Acomete pessoas de todas as origens
e nível intelectual e caracteriza-se por dificuldade na precisão (e/ou fluência)
no reconhecimento de palavras e baixa capacidade de decodificação e de
soletração. (BOSSA, 1994, p. 23)

Se uma criança cresceu em um ambiente onde enfrenta situações de violência


e privações, é compreensível que tais condições tragam reflexos negativos na
aprendizagem escolar, mesmo que esta criança não possua nenhum tipo de
transtorno de aprendizagem. Neste contexto podemos entender a dificuldade de
aprendizagem como resultado do meio onde está criança está inserida.

3.3 FAIXAS ETÁRIAS E MODELOS DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA.

As técnicas projetivas são baseadas na teoria de Jorge Visca e Alícia


Fernandez. As técnicas projetivas psicopedagógicas têm o objetivo de investigar a
rede de vínculos que o sujeito possui em três domínios: o escolar, o familiar e consigo
mesmo.

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A projeção é um termo freudiano, advindo da psicanálise que tem a ver com o
inconsciente. Para Hogan (2006), teste projetivo é um tipo de teste livre no qual o
testando irá ter um estímulo seja uma imagem, uma frase, algo que faça com que o
testando crie uma resposta consciente ou inconsciente para o estimulo dado. As
técnicas projetivas podem ser empregadas nas clinicas, em aconselhamento, em
escolas e também usadas em pesquisas.
Jorge Visca (2011) afirma a importância do inconsciente e diferencia os
aspectos do inconsciente, o pré-consciente e o consciente. O consciente corresponde
a tudo aquilo do que estamos conscientes no momento, no agora. Nele está tudo
aquilo que podemos perceber e acessar de forma intencional.
O pré-consciente são conteúdos que podem facilmente chegar ao consciente,
mas que lá não permanecem. São as informações sobre as quais não pensamos
constantemente, mas que são necessárias para que o consciente realize suas
funções, como o nosso endereço, o segundo nome, nome dos amigos, etc.
Inconsciente é onde permanecem as memórias que acreditamos estarem
perdidas para sempre, todos os nomes esquecidos, os sentimentos e medos que
conseguimos, de alguma forma, ignorar… todas as lembranças que temos desde a
infância.
Então as crianças vão revelar para o psicopedagogo como são seus vínculos
na escola, na família e consigo mesmo e é aí que o psicopedagogo entra para analisar
o vínculo relacionado à aprendizagem. Mas a aprendizagem não se destina apenas
no campo da educação, como campo escolar, se aprende em todos os ângulos.
De acordo com o autor Jorge Visca (2011), o objetivo das técnicas projetivas
psicopedagógicas é o estudo das redes de vínculos que um sujeito estabelece em três
grandes domínios: o escolar, o familiar e consigo mesmo. Em cada um desses
domínios - com diferenças individuais - é possível reconhecer três níveis em relação
ao grau de consciência dos distintos aspectos que constituem um vínculo: neste caso
o vínculo de aprendizagem. Um nível inconsciente, no qual um conjunto de conteúdos
não é reconhecido e, apesar de sua tentativa de emergir no campo pré-consciente ou
consciente, permanece ignorado. Um nível pré-consciente, cujos conteúdos e
mecanismos, sem ser estritamente inconscientes, fogem do campo da consciência,
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mas podem ter acesso ao mesmo. e um nível consciente, no qual os conteúdos e
mecanismo, as percepções internas e externas são conhecidas e representadas em
pensamentos, palavra, desenhos, entre outros.
Ainda de acordo com o autor existem três principais domínios que são o
escolar, o familiar e o consigo mesmo. E pra esses ambientes existem testes
específicos e consignas especificas. Consignas são os comandos dados às crianças,
são perguntas direcionadas.
No ambiente escolar tem-se o “par educativo”, “eu com meus colegas”, “a planta
da sala de aula”, sendo que cada um desses testes estão relacionados com a faixa
etária específica. O “par educativo” são para crianças entre 06 e 07 anos, a “planta da
sala de aula” é direcionada a crianças dos 07 aos 08 anos e o “eu com meus colegas”
dos 08 aos 09 anos.
Para o ambiente familiar o autor traz “a planta da minha casa”, “família
educativa” e “as quatro partes de um dia”. A “planta da minha casa” é direcionada a
crianças entre 08 e 09 anos que já tem uma consciência e compreensão de uma noção
espacial e uma localização geográfica, e consegue simbolizar mais as coisas.
A “família educativa” e “os quatro momentos de um dia” são para criança entre 06 e
07 anos.

FAMÍLIA EDUCATIVA

Solicita-se ao entrevistado que desenhe sua família, cada fazendo o que sabe fazer.
Indicadores mais significativos: Indicar nomes e idades. Perguntas regulares e
complementares. Atividades de cada personagem. Objetos utilizados. Idade e sexo.
Relação de parentesco. Relato do processo.

OS QUATRO MOMENTOS DE UM DIA

O entrevistado dobra uma folha em quatro partes iguais, solicita que o


entrevistado faça o mesmo com outra. Solicita que desenhe quatro momentos do seu
dia, desde que acorda até a hora de dormir. Os indicadores mais significativos:
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Adequação à ordem. Momentos escolhidos. Atividade realizada Pessoas. Campo
geográfico. Objetos. Sequência do desenho (temporal, espacial, do relato).
Visca (2011) diz que o psicopedagogo vai selecionar quais áreas ele gostaria
de investigar ele pode selecionar um teste de cada área, um teste para o familiar, um
teste para o escolar e um teste o eu consigo mesmo, ou destinar mais testes para o
familiar, mais testes para o escolar ou mais testes para o consigo mesmo. Se o
psicopedagogo não tiver segurança o suficiente para aplicar estes testes na segunda
sessão ele pode deixar para aplicar na quarta ou quinta sessão e não há problemas
nisso.
As consignas são as perguntas estruturadas onde o psicopedagogo pede a
criança que faça desenhos específicos, estas orientações devem ser bem explicadas
e não devem induzir a criança ao erro. o profissional deve permitir que a criança
projete no papel os seus desejos, mas sempre tendo como referência a consigna. Um
exemplo é pedir a criança para desenhar duas pessoas e logo após o profissional
deve observar quem a criança desenha. É o momento onde o psicopedagogo vai
observar quem a criança destina como professor, pois nem sempre o professor é o da
sala de aula. Nesta etapa também é possível analisar as dimensões e o tamanho
dessas figuras no desenho e o posicionamento destes na folha.
O psicopedagogo deve pedir a criança para dar um título para este desenho e
também relatar o que ela desenhou. O profissional sempre deve lembrar-se da
liberdade de expressão da criança, pois a análise do psicopedagogo vira
posteriormente.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Jorge Visca influenciou o meio psicopedagogico com a Epistemologia


Convergente, através de tecnicas e teorias psicopedagógicas que muito comntribuiu
que muito contribuiu para o crescimento e desenvolvimento da psicopedagogia no
Brasil. Defendendo que a maneira ideala de transmitir o conhecimento ocorre não
apenas no ambiente escolar, bem como tambem no sujeito. Valorizando aspectos
como personalidade, afetividade, grupo, instituição, cultura, comunidade,

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maturidade e a conduta molar e molecular, o autor apresentou em plano progressivo
de aprendizagem, onde se avalia o sujeito como o todo.

De acordo com os elementos apresentados, é possível apontarclaramente a


importância de uma avaliação psicopedagógica, principalmente no tange o âmbito
escolar e as classes menos favorecidas que não possuem acesso.
Essa discussão torna-se importante uma vez que muitos pais deixam que seus
filhos cresçam e se torne um adulto que não obteve acesso à educação de maneira
correta. Pois, quando criança este aluno sem foi tratado como o aluno “problema”,
sofrendo bullying, sendo visto como o aluno “preguiçoso” e “burro” por colegas de sala
e até mesmo por professores. Sendo que o que faltou para esta criança em idade
escolar foi apenas um acompanhamento psicopedagógico adequado, seguido de uma
avaliação psicopedagógica, uma intervenção e tratamento acertado.
E neste caso nem podemos culpar os professores, pois, estes atuam em
ambiente escolar dentro de sua realidade, pois, o professor até encaminha o aluno ao
pedagogo e nem sempre a família consegue levar para realizar um diagnóstico.
Uma possibilidade para ultrapassar esse problema está no acesso a todas as escolas
a psicopedagogos, onde estes possam atender a todos os alunos, pois, a realidade
atual da escola pública é um pedagogo para dezenas de alunos, onde este profissional
ainda que possua muita força de vontade não possuem capacidade de chegar a todos
os estudantes. Sem contar que o pedagogo pode enviar este aluno para uma
avaliação, mas nem sempre poderá garantir a realização desta.
O estudo teve como objetivo analisar a importância da avaliação
psicopedagógica na educação infantil. Para tanto, buscou-se examinar as percepções
pedagógicas que embasam e influenciam a avaliação na Educação Infantil, apontar
quais são os instrumentos avaliativos presentes na educação infantil.
É possível afirmar em resposta aos questionamentos iniciais, que avaliação
psicopedagogia pode contribuir de modo significativo para o diagnóstico precoce dos
transtornos de aprendizagem, evitando assim problemas futuros na vida da criança.
Nesse sentido, vale ressaltar que são muitos os desafios encontrados
pelo psicopedagogo, principalmente no espaço escolar, visto que a inserção desse
profissional nas escolas ainda é demasiadamente pequena. No entanto, existe um
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interesse mútuo, tanto das escolas em contar com o psicopedagogo em seu quadro
funcional, em compartilhar esses espaços, quanto do profissional de psicopedagogia.
Dessa maneira, os resultados comprovam a premissa de que há muito para se evoluir
para que o sistema educacional tenha conhecimento da importância da avaliação
psicopedagógica.

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