Apostila - Aula 02

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#AULA02 – INTENSIVÃO DO SETOR FISCAL Prof.

Fellipe Guerra

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#AULA02 – INTENSIVÃO DO SETOR FISCAL Prof. Fellipe Guerra

1. OBETIVO DO EVENTO

Apresentar uma visão (método) que vai mudar sua percepção da área

fiscal e acelerar o seu aprendizado sobre tributos e SPED.

2. PASSO 0 – CONHECIMENTO SOBRE AS 6 BASES FUNDAMENTAIS

O passo “zero” é a apresentação dos conhecimentos básicos para o

desenvolvimento no setor fiscal, definidos da seguinte forma:

• Conceitos de PF x PJ e os Principais Tributos

• Porte Econômico, Regime Tributário e Atividades

• Principais Normas e Obrigações Tributárias

• Documentos Fiscais, Escriturações e Contabilidade

• Tributos Diretos e Indiretos

• Reforma Tributária

3. PARTE 1 – PRÁTICA COM FERRAMENTAS DO GOVERNO

A primeira parte do método é fundamental entender os processos práticos para o

desenvolvimento das escriturações fiscais com alinhamento das apurações tributárias.

a) Portais do Governo

• Portal do Simples Nacional – PGDAS-D

O Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional -

Declaratório (PGDAS-D 2018) é um sistema eletrônico para a realização do cálculo do

Simples Nacional para os períodos de apuração (PA) a partir de janeiro de 2018, conforme

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determinam a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 (e alterações) e

Resolução CGSN nº 140, de 22 de maio de 2018.

As informações do PGDAS-D têm caráter declaratório, constituindo confissão de

dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência dos tributos e contribuições que

não tenham sido recolhidos, e deverão ser fornecidas à Secretaria da Receita Federal do

Brasil até o vencimento do prazo para pagamento dos tributos devidos no Simples Nacional

em cada mês, relativamente aos fatos geradores ocorridos no mês anterior. O PGDAS-D

está disponível no portal do Simples Nacional na internet

(www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional), não necessitando ser instalado ou

atualizado no computador do usuário.

Os OBJETIVOS DO PROGRAMA:

• Declarar o valor mensal devido referente ao Simples Nacional pelo contribuinte

e gerar o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) para

recolhimento na rede bancária.

• Efetuar a Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais (DEFIS) de toda

a empresa, conforme determina a Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 25,

caput e a Resolução CGSN nº 140/2018.

• Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-Cac)

O Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional -

Declaratório (PGDAS-D 2018) é um sistema eletrônico para a realização do cálculo do

Simples Nacional para os períodos de apuração (PA) a partir de janeiro de 2018, conforme

determinam a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 (e alterações) e

Resolução CGSN nº 140, de 22 de maio de 2018.

O Portal e-Cac é uma central online criada pela Receita Federal com o objetivo de

proporcionar um atendimento mais ágil e eficiente para os cidadãos brasileiros que buscam

informações sobre impostos e tributos em geral.

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O portal é totalmente seguro e oferece uma série de serviços relevantes para a

população. A grande vantagem do e-Cac é que, ao usá-lo, é possível evitar filas, sem ter

que comparecer presencialmente a uma unidade de atendimento da Receita Federal.

Desta forma os contribuintes conseguem resolver pendências fiscais:

• pode verificar se existem eventuais pendências na declaração do imposto de

renda pessoa física ou jurídica;

• descobrir se a situação fiscal pessoal ou de sua empresa está conforme a

legislação;

• emissão do comprovante de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas.

b) Manuais de Obrigações

• Sistema Público de Escriturações Digitais (SPED)

Para cada módulo do SPED é possível extrair os manuais das obrigações acessórias,

documentos que são fundamentados e chancelados por uma norma, via de regra um ATO

DECLAROTÓRIO EXECUTIVO.

o SPED Fiscal

(Link para download: http://sped.rfb.gov.br/arquivo/show/5603)

o SPED Contribuições

(Link para download: http://sped.rfb.gov.br/arquivo/show/5766)

o SPED EFD-Reinf

(Link para download: http://sped.rfb.gov.br/arquivo/show/5759)

o Demais SPED’s

(Link para download: http://sped.rfb.gov.br/)

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4. PRÁTICA DO SIMPLES NACIONAL

Para efetuar o cálculo do SIMPLES NACIONAL, será necessário entender os

seguintes tópicos:

• Atividade econômica;

• Enquadramento do(s) anexo(s) conforme a Lei Complementar 123/2006;

• Coletar o valor das últimas 12 receitas brutas (RBT12);

• Enquadramento da RBT12 a uma das seis faixas de cada anexo anteriormente

verificada;

• Coleta a alíquota nominal;

• Cálculo da alíquota efetiva;

• Cálculo efetivo do Simples Nacional;

• Entendimento da distribuição dos tributos no Simples Nacional.

Para o desenvolvimento prático, será abordado com os seguintes dados:

• Empresa: Intensivão do Setor Fiscal Ltda

• CNAE: 85.99-6-04 Treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial

• Competência do Cálculo do Simples Nacional: janeiro/2021

• Receita Bruta dos Últimos 12 meses: 479.513,80

• Anexo: III – Prestação de Serviços em Geral

• Link sugerido para averiguação do anexo adequado:

https://www.contabeis.com.br/ferramentas/simples-nacional/

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Cálculo a ser elaborado:

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5. PRÁTICA DO ICMS

Para efetuar a apuração do ICMS será necessário analisar os seguintes dados:

• Empresa: Comércio Atacadista Intensivão Ltda

• Operações Fiscais – A Indústria VENDEU por R$ 5.000,00 diretamente para o

ATACADISTA;

• Operações Fiscais – O Atacadista VENDEU por R$ 9.500,00 diretamente para o

VAREJISTA;

Cálculo do ICMS a ser elaborado:

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6. PRÁTICA DO PIS E COFINS

• Apuração do PIS e COFINS pela cumulatividade

Para efetuar o cálculo do PIS e COFINS pela cumulatividade, iremos seguir os

seguintes dados:

• Empresa: Intensivão do Setor Fiscal Ltda

• Apuração do IRPJ e CSLL pelo Lucro Presumido

• PIS e COFINS – Cumulativo

• Competência: janeiro/2021

Dados extraídos da contabilidade para apreciação:

• Compra de Mercadorias = 200.000,00

• Venda de Mercadorias = 450.000,00

• Devolução de Vendas = 15.000,00

• Energia Elétrica = 9.000,00

• Aluguéis Pagos a Pessoa Jurídica =2.000,00

• Receita Financeira = 3.000,00

Cálculo do PIS e COFINS a ser elaborado:

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• Apuração do PIS e COFINS pela não cumulatividade

Para efetuar o cálculo do PIS e COFINS pela não cumulatividade, iremos seguir os

seguintes dados, extraídos da contabilidade:

• Compra de Mercadorias = 200.000,00

• Venda de Mercadorias = 450.000,00

• Devolução de Vendas = 15.000,00

• Energia Elétrica = 9.000,00

• Aluguéis Pagos a Pessoa Jurídica =2.000,00

• Receita Financeira = 3.000,00

Cálculo do PIS e COFINS a ser elaborado:

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• Considerações sobre a Receita Financeira

As receitas financeiras auferidas por empresas que apuram PIS e COFINS pela

cumulatividade, não constituem fato gerador, e por isso não compõe o cálculo das

contribuições, conforme as regras da Lei 9.718/1998.

Já as mesmas receitas financeiras quando auferidas por empresas que apuram PIS

e COFINS pela não cumulatividade, constituem fato gerador, tendo em vista as definições

da Lei 10.833/2003 e 10.637/2002.

Então vamos aprofundar!

A definição de Receita Financeira encontra-se no artigo 397, do RIR/2018: “os

juros, o desconto, o lucro na operação de reporte e os rendimentos de aplicações

financeiras de renda fixa, ganhos pelo contribuinte”.

Como exemplos de receitas financeiras, podemos citar: Os juros, os descontos

recebidos, os rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa, as receitas de títulos

vinculados ao mercado aberto, as receitas sobre quaisquer outros investimentos

temporários, os prêmios sobre resgate de títulos e debêntures, as atualizações

monetárias, as variações monetárias em função da taxa de câmbio ou de índices

aplicáveis e juros recebidos sobre o valor do depósito judicial ou extrajudicial que

suspenda a exigibilidade do crédito tributário.

Em Regra geral, as contribuições cumulativas para o PIS e COFINS devidas pelas

pessoas jurídicas de direito privado, teriam como base de cálculo a receita bruta.

Receita bruta é a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo

irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para

as receitas.

Entretanto, a partir de 28.05.2009, por força do artigo 79 da Lei 11.941/2009,

que revogou o § 1º do artigo 3º da Lei 9.718/1998, entendemos que a base de cálculo

será a receita bruta da pessoa jurídica, e não mais a totalidade das receitas auferidas.

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Desta forma, conclui-se que as receitas tributáveis serão as decorrentes das

operações normais do negócio (faturamento), não compreendendo as receitas

financeiras para as empresas mercantis.

As Leis 10.637/2002 e 10.833/2003, as quais versam sobre o regime não

cumulativo do PIS e da COFINS, definem que a base de cálculo será a receita bruta,

incluindo-se a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica.

A partir de 01.07.2015, as alíquotas do PIS e COFINS sobre receitas financeiras,

inclusive decorrentes de operações realizadas para fins de hedge, auferidas pelas

pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não-cumulativa das referidas

contribuições, serão de 0,65% e 4%, respectivamente.

Aplica-se tal tributação inclusive às pessoas jurídicas que tenham apenas parte

de suas receitas submetidas ao regime de apuração não-cumulativa do PIS e COFINS.

Ficam mantidas em 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento)

e 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento), respectivamente, as alíquotas do PIS

e COFINS aplicáveis aos juros sobre o capital próprio.

7. PRÁTICA DA APURAÇÃO D IRPJ e CSLL PELO LUCRO PRESUMIDO

• Apuração do IRPJ e CSLL pelo Lucro Presumido

Para efetuar o cálculo do IRPJ e CSLL pelo Lucro Presumido, iremos seguir os

seguintes dados:

• Empresa: Intensivão do Setor Fiscal Ltda

• Competência: ano calendário 2020

• Receita Bruta sujeita ao Percentual de: 32%

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RECEITA BRUTA P/ TRIMESTRE

1º R$ 122.000,00

2º R$ 116.000,00

3º R$ 72.500,00

4º R$ 98.200,00

LUCRO PRESUMIDO IRPJ - 15% CSLL – 12%


= RB x % Presunção

122.000,00 x 32% 39.040,00 R$ 5.856,00 R$ 3.513,60

116.000,00 x 32% 37.120,00 R$ 5.568,00 R$ 3.340,80

72.500,00 x 32% 23.200,00 R$ 3.480,00 R$ 2.088,00

98.200,00 x 32% 31.424,00 R$ 4.713,60 R$ 2.828,16

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Cálculo do IRPJ e CSLL pelo lucro presumido:

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