RCM - 10
RCM - 10
RCM - 10
1. NOME DO MEDICAMENTO
3. FORMA FARMACÊUTICA
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
Posologia
Em adultos e adolescentes com idade igual ou superior a 15 anos, asmáticos, ou com
asma e rinite alérgica sazonal concomitantes, a dose recomendada é de um comprimido
de 10 mg, tomado diariamente à noite.
Recomendações gerais
O efeito terapêutico de <Nome do medicamento> nos parâmetros de controlo da asma
ocorre nas 24 horas após a administração. <Nome do medicamento> pode ser tomado
com ou sem alimentos. Os doentes devem ser advertidos para continuarem a tomar
<Nome do medicamento> mesmo que a asma esteja controlada, assim como nos
períodos de agravamento. <Nome do medicamento> não deve ser usado
concomitantemente com outros produtos contendo a mesma substância ativa, o
montelucaste.
Não é necessário qualquer ajuste posológico nos idosos ou em doentes com insuficiência
renal ou compromisso hepático ligeiro a moderado. Não existem dados sobre doentes
com compromisso hepático grave. A posologia é igual em doentes do sexo masculino e
do sexo feminino.
População pediátrica
Não administre <Nome do medicamento> 10 mg comprimidos a crianças com idade
inferior a 15 anos. A segurança e eficácia de <Nome do medicamento> 10 mg
comprimidos em crianças com menos de 15 anos não foram estabelecidas.
Os comprimidos para mastigar de 5 mg estão disponíveis para doentes pediátricos dos 6
aos 14 anos de idade.
Os comprimidos para mastigar de 4 mg estão disponíveis para doentes pediátricos dos 2
aos 5 anos de idade.
O granulado de 4 mg está disponível para doentes pediátricos dos 6 meses aos 5 anos
de idade.
Modo de administração
Via oral.
4.3 Contraindicações
Os doentes devem ser informados de que nunca devem usar montelucaste administrado
por via oral para tratar crises agudas de asma, e que devem manter disponíveis os
habituais medicamentos de recurso apropriados. Se ocorrer uma crise aguda, deverá ser
usado um agonista beta de atuação rápida. Os doentes devem contactar o médico o
mais depressa possível, caso necessitem de mais inalações deste agonista beta do que
as habituais.
O montelucaste não deve ser substituído de forma abrupta por corticosteroides inalados
ou de administração oral.
Gravidez
Os estudos em animais não indicam quaisquer efeitos nefastos no que respeita à
gravidez ou ao desenvolvimento embrionário/fetal.
Os dados limitados disponíveis nas bases de dados sobre gravidez não sugerem a
existência de uma relação de causalidade entre <Nome do medicamento> e
malformações (i.e., defeitos nos membros) que foram raramente notificados durante a
experiência pós-comercialização a nível mundial.
<Nome do medicamento> só pode ser utilizado durante a gravidez, se for considerado
claramente necessário.
Amamentação
Estudos em ratos demonstraram que o montelucaste é excretado no leite (ver
secção 5.3). Desconhece-se se o montelucaste/metabolitos são excretados no leite
humano.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet:http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: [email protected]
4.9 Sobredosagem
Sintomas de sobredosagem
As experiências adversas que ocorreram mais frequentemente foram consistentes com o
perfil de segurança do montelucaste e incluíram dor abdominal, sonolência, sede,
cefaleias, vómitos e hiperatividade psicomotora.
Tratamento da sobredosagem
Não está disponível informação específica sobre o tratamento da sobredosagem de
montelucaste. Não se sabe se montelucaste é dialisável por hemodiálise ou diálise
peritoneal.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Mecanismo de ação
Os cisteínil-leucotrienos (LTC4, LTD4, LTE4) são potentes agentes inflamatórios
eicosanoides, libertados por várias células, incluindo os mastócitos e os eosinófilos. Estes
importantes mediadores pró-asmáticos ligam-se a recetores dos cisteínil-leucotrienos
(Cys LT). O recetor CysLT tipo-1 (CysLT1) encontra-se nas vias respiratórias humanas
(incluindo as células do músculo liso das vias respiratórias e os macrófagos das vias
respiratórias) e noutras células pró-inflamatórias (incluindo os eosinófilos e algumas
células estaminais mieloides). Os CysLTs têm sido correlacionados com a fisiopatologia
da asma e da rinite alérgica. Na asma, os efeitos mediados pelos leucotrienos, incluem
broncoconstrição, secreção de muco, permeabilidade vascular e mobilização de
eosinófilos. Na rinite alérgica, os CysLTs são libertados da mucosa nasal após exposição
ao alergeno durante as fases precoce e tardia das reações, e estão associados a
sintomas de rinite alérgica. A estimulação intranasal com CysLTs demonstrou aumentar
a resistência das vias respiratórias nasais e os sintomas de obstrução nasal.
Efeitos farmacodinâmicos
O montelucaste é um composto ativo por via oral que se liga com alta afinidade e
seletividade ao recetor Cys LT1. Nos estudos clínicos, doses tão baixas quanto 5 mg de
montelucaste inibem a broncoconstrição induzida pelo LTD4 inalado. A broncodilatação
foi observada no prazo de 2 horas após a administração oral. O efeito broncodilatador
causado por um agonista beta foi aditivo ao causado pelo montelucaste. O tratamento
com montelucaste inibiu as fases precoce e tardia da broncoconstrição devido a
estimulação antigénica. O montelucaste diminuiu o número de eosinófilos no sangue
periférico dos doentes adultos e pediátricos comparativamente com o placebo. Num
estudo separado, o tratamento com montelucaste diminuiu significativamente o número
de eosinófilos das vias respiratórias (conforme medições da expetoração) e no sangue
periférico, enquanto se verificavam melhorias no controlo clínico da asma.
Num estudo em doentes pediátricos dos 6 aos 14 anos de idade com a duração de oito
semanas, montelucaste 5 mg tomado uma vez por dia, melhorou significativamente a
função respiratória em comparação com o placebo (alterações do VEMS em relação aos
valores basais: 8,71% vs 4,16%; alterações do DEMI matinal em relação aos valores
basais: 27,9 L/min vs 17,8 L/min), e promoveu uma diminuição no uso de agonistas
beta “usados quando necessário” (-11,7% vs +8,2% em relação aos valores basais).
Num estudo em adultos com a duração de 12 semanas, foi demonstrada uma redução
significativa da broncoconstrição induzida pelo exercício (BIE) (queda máxima do VEMS
22,33% para o montelucaste vs 32,40% para o placebo; tempo de recuperação dentro
de 5% dos valores basais VEMS 44,22 minutos vs 60,64 minutos). Este efeito foi
consistente ao longo do período de 12 semanas do estudo. A redução do BIE foi também
demonstrada num estudo de curta duração em doentes pediátricos (queda máxima do
VEMS 18,27% vs 26,11%; tempo de recuperação dentro de 5% dos valores basais VEMS
17,76 minutos vs 27,98 minutos). O efeito em ambos os estudos foi demonstrado no
final do intervalo da dose diária.
Absorção
O montelucaste é rapidamente absorvido após administração oral. Para o comprimido
revestido por película de 10 mg, as concentrações plasmáticas máximas (Cmax) são
atingidas em 3 horas (Tmax) após administração a adultos em jejum. A
biodisponibilidade oral é em média de 64%. A biodisponibilidade oral e a Cmax não são
influenciadas por uma refeição comum. A segurança e eficácia foram demonstradas em
estudos clínicos em que o comprimido revestido por película de 10 mg foi administrado
independentemente do horário de refeições.
Distribuição
Mais de 99% do montelucaste liga-se às proteínas plasmáticas. O volume de distribuição
do montelucaste é de 8 a 11 litros, no estado estacionário. Estudos feitos em ratos com
montelucaste radiomarcado, apontam para uma distribuição mínima além da barreira
hemato-encefálica. Por outro lado, às 24 horas após a dose, as concentrações de
material radiomarcado eram mínimas em todos os outros tecidos.
Biotransformação
O montelucaste é extensamente metabolizado. Em estudos com doses terapêuticas, as
concentrações plasmáticas de metabolitos do montelucaste são indetetáveis na fase de
estado estacionário, quer em adultos, quer em crianças.
Eliminação
A depuração plasmática do montelucaste é, em média, de 45 mL/min, em adultos
saudáveis. Após uma dose de montelucaste radiomarcado, 86% da radioatividade é
recuperada nas fezes recolhidas durante 5 dias e < 0,2% é recuperada na urina.
Combinados com estimativas da biodisponibilidade oral, estes dados indicam que o
montelucaste e os seus metabolitos são quase exclusivamente excretados por via biliar.
Não ocorreram mortes após uma administração oral única de montelucaste sódico em
doses até 5.000 mg/kg em murganhos e ratos (15.000 mg/m^2 e 30.000 mg/m^2 em
murganhos e ratos, respetivamente), que corresponde à dose máxima testada. Esta
dose é equivalente a 25.000 vezes a dose diária recomendada no homem adulto (com
base num peso de 50 kg do doente adulto).
Foi determinado que o montelucaste não é fototóxico em murganhos usando UVA, UVB
ou espectro de luz visível com doses até 500 mg/kg/dia (aproximadamente > 200 vezes
com base na exposição sistémica).
Montelucaste não foi nem mutagénico nos testes in vitro e in vivo, nem tumorigénico em
várias espécies de roedores.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
<Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo com
as exigências locais.>
{Nome e endereço}
<{tel}>
<{fax}>
<{e-mail}>